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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


A PAIXÃO DOS AUGUST / Lora Leigh
A PAIXÃO DOS AUGUST / Lora Leigh

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

Biblio VT

 

 

 

 

As contrações começaram já na entrada da noite, e começaram fortes. Marly despertou de um agitado sonho, um ofego de dor em seus lábios enquanto o estômago arredondado se esticava dolorosamente. Imperiosamente.

Levantou a mão para Cade, para despertá-lo, avisar, mas já estava ali, seus olhos azuis cheios de pânico enquanto se lançava para o abajur de noite e voltava o olhar para ela.

— Oh, merda. — Nunca antes tinha ouvido esse particular tom de voz.

Marly pestanejou surpreendida, dividida entre a risada e a preocupação, enquanto os olhos arregalados dele foram para o ondulado movimento da contração que se apoderava de seu muito inchado abdômen.

— Vamos, Cade — tentou acalmá-lo enquanto ia para os pés da cama — Acalme-se.

— Droga. Sam! Brock! — Marly tinha certeza que o demente alarido sacudiu até o teto da casa.

Maldição. Agora todos iam deixar se levar pelo pânico. Ela não precisava disto.

— Maldição, Marly, onde vai? — Antes que pudesse passar as pernas sobre a borda do colchão, Cade foi para ela, as mãos tremulas enquanto agarrava seu braço para mantê-la na cama.

— Cade August, eu me nego a ter este bebê em casa. — Espetou, olhando-o fixamente, como o lunático que era. — Preciso me vestir. Na realidade, você também. Preciso ir para o hospital.

 

 

 

 

Marly não pensava que ele pudesse empalidecer mais. Mas o fez. Em um instante sua tez morena ficou branca como a neve enquanto tragava com dificuldade.

— Oh, merda. — Parecia respirar com dificuldade.

A porta se abriu de repente e Sam, Brock, e suas esposas irromperam no quarto. Sam tinha uma pistola e uma ereção. Brock simplesmente vestia uma ereção. Felizmente, Sarah e Heather pensaram em colocar um pouco de roupa.

Marly fechou os olhos em um gesto de impotência. Ainda não haviam conseguido dominar completamente o terror que os acometera deles durante os meses em que ela, Sarah e Heather haviam sido espreitadas. Annie ainda os obcecava a todos.

— Heather estava tão certa o ano passado — suspirou — Meninos, só vocês poderiam estar juntos, sem importar a situação. — Gemeu, sacudindo a cabeça com resignação.

Outra contração se apoderou de seu corpo, esticando o abdômen e ondulando a carne convulsivamente.

— Demônios. Está em trabalho de parto! — Sam pareceu sufocado então, enquanto ele e Brock empalideciam de modo alarmante.

— Não quero ter este bebê aqui. — Gemeu, mais que preocupada com as caras subitamente horrorizadas dos homens que a olhavam fixamente, como se ela fosse algum tipo de aberração. — Sarah. Heather. Façam alguma coisa, por favor.

Graças a Deus, fizeram. Marly não estava certa como conseguiram vestir a todo mundo, incluindo ela, e subir nos veículos para o hospital. Simplesmente estava agradecida de que o fizessem. As contrações vinham mais rápidas do que Doc tinha contado que começariam, e embora lutasse para esconder seu medo de Cade, não podia esconder de si mesma.

Sentou-se no banco traseiro do Mercedes, e os braços de Cade a agasalharam, fazendo a respiração Lamaze e sentindo-se como um cão ofegante enquanto tentava relaxar através da dor que aumentava rapidamente. Deus, estava tão agradecida por optar pelos medicamentos durante o parto. Isto não era agradável. Nada agradável.

— Carinho, você está bem? — Sam olhou para trás, enquanto dirigia a toda velocidade através da noite, sua face preocupada refletida nas tênues luzes do interior do carro.

— Olhe a maldita estrada, Sam! — Espetou Cade, segurando Marly perto de seu peito, suas mãos gentis acariciando o inchado abdômen, que se contraía com dureza.

— Estou olhando a estrada. — Girou-se rapidamente quando o suave sussurro de Heather se acrescentou à ordem de Cade para avisá-lo das próximas curvas da estrada.

— Amo você, Marly — sussurrou Cade em sua orelha, enquanto outra contração lhe apertava o estômago.

— Faltam quinze minutos, Marly. — Calculou Heather. — Sam, carinho, melhor acelerar.

Ele dobrou a velocidade. Marly fechou os olhos em vez de observar a noite passar de comprimento a uma velocidade espantosa.

As contrações estavam em menos de cinco minutos de intervalo quando chegaram ao hospital. Graças à chamada de Heather, enfermeiras, residentes e o prático obstetra de Marly estavam esperando na entrada de emergência quando chegaram.

Para Marly, a vida se transformou em uma conta minuto-a-minuto entre contrações, enquanto tentava relaxar contra a entristecedora dor do parto. Também tinha se transformado em um caleidoscópio de lembranças.

Como se sua vida se mostrasse fugazmente diante de seus olhos, Marly viu os momentos impactantes dos anos com Cade, desde dia em que chegou a sua soleira até agora.

Como havia a acolhido, uma desajeitada e fraca menina, e a tinha vestido com as mais belas roupas, lhe dando tudo o que uma menina pudesse desejar. Deixara-a repleta com todo o amor, segurança e elogios que tinham faltado em sua própria vida. Brock e Sam o tinham imitado. Durante toda sua adolescência, eles a criaram e protegeram, acolhendo-a, e por vezes, tinham fiscalizado cada aventura em sua vida. Tinham-nas fiscalizado, e eventualmente se implicaram na aventura. E agora, aqui estavam outra vez. Os três, as faces pálidas e as vozes roucas, enquanto as enfermeiras trabalhavam a seu redor.

Entre contrações, preparativos e a tranqüila transição da dor ao enjoado consolo, observou os três homens. Permaneciam em silencio do outro lado do quarto, seus olhares sombrios e preocupados, oscilando com temor. Mas Cade parecia o mais atormentado.

— Estou bem — sussurrou, sorrindo quando a dor amainou — Ambos vamos estar bem.

Ele aproximou-se dela, com o cuidado de permanecer fora do caminho das enfermeiras, até que pôde estar junto à maca. Depois apoiou a cabeça junto à dela, as mãos enredadas em seu comprido cabelo enquanto a segurava, o corpo dele sacudido com um forte estremecimento.

— Eu sei — sussurrou em tom sombrio, sua voz tão angustiada pela dor que lhe rompeu o coração. — Todo está bem. Já sei.

Mas ela pôde ouvir seus temores. Temores que só tinham aumentado enquanto a       gravidez progredia.

— Será tão bonito como seu papai. E igualmente forte. — Sussurrou ela, bem consciente do fato de que o menino não podia ser de outro além de Cade. Estava certa disso.

Tinha dado a cada um deles a ilusão de que o bebê era tão parte deles como de Cade, para manter viva essa união. Mas em particular, assegurou-se que não outro se não Cade fosse o pai. Ele era sua alma. Tudo o que lhe importava nesse mundo.

Enquanto suas mãos se esticavam no cabelo dela, o corpo dele tremia com a emoção, Marly temia as mudanças que logo irromperiam na vida dele. Queria seu marido feliz. Completamente. Os pesadelos tinham desaparecido, mas ela sabia que os temores ainda permaneciam. O temor de perdê-la. De estar só, profundamente, outra vez. E ela jurou, nesse momento, por Cade, por seu bebê, que o faria confrontar o último demônio que o espreitava. A ele, a Brock e a Sam.

Brock estava nervoso sentado no incômodo sofá da sala de espera. Mantinha sua esposa perto dele e observava o relógio da parede frente a eles. Assombrou-o. Ela o assombrava. Em pouco mais de um ano, Sarah tinha conseguido encher sua vida tão completamente que sabia que nunca poderia pedir mais. Mas ainda assim tinha muito mais.

A seu lado, Sam segurava Heather enquanto falavam em voz baixa. Entretanto, eles estavam preocupados com a mulher e o bebê com os quais Cade estava agora. Sozinho. Seus irmãos não estavam com ele. Mas era assim que devia ser, pensou Brock.

Até este momento, eles tinham compartilhado cada maldito minuto desta gravidez com Cade. Preocupando-se com ele. Escutando seus temores, vendo suas preocupações. E tanto quanto Brock estava nervoso agora, sabia que este passo final estava sendo levado como se devia.

Seus dedos se enroscaram no cabelo de Sarah, os olhos se entrecerraram ante a emoção que esteve se formando em seu interior durante quase um ano. Podia sentir a mudança no ar. Do momento em que irromperam no quarto de Cade, depois do grito que tinha interrompido a esmerada e sensual tortura de Brock no corpo de Sarah, Brock o havia sentido. Movia-se como um fantasma, urdindo cuidadosas correntes de conhecimento através de sua alma. Suspirou profundamente. Sem remorsos. Sem pressentimento de pesadelo. Sem a necessidade entristecedora de estar seguro de que ainda fazia parte da família, o vínculo que tinha salvado sua vida durante tantos anos. Tinha a Sarah. Com ela, podia sobreviver a quase tudo.

— Tudo bem? — Ela o contemplou, e aqueles olhos cor de uísque o relaxavam como poucas outras coisas podiam.

Como sempre, Sarah notou seus sentimentos, seus desejos e necessidades, ainda antes que ele soubesse.

— Sabe que te amo? — perguntou em voz baixa.

Um sorriso se estendeu em sua face, chegando a seu olhar.

— Como eu te amo.

Seus braços se apertaram ao redor dela. Podia vir a mudança, como sabia que de qualquer forma o faria. Mas enquanto Sarah o abraçasse, sabia que ele sobreviveria.

  

Por que não se sentia isolado? Sam estava sentado ao lado de Heather, os braços ao redor dos ombros dela enquanto sua cabeça descansava contra o peito dele, e franziu o cenho diante esse pensamento. Por que não ficava louco com a esmagadora necessidade de estar ali com Marly e Cade? Estava preocupado. Ansioso. Sam pensou em todas as coisas que podiam sair errado, mas não saía baba pela boca por isso. Para compartilhar isso, para assegurar-se de que Cade não estava sozinho. Que ele mesmo não estava sozinho.

Deslizou as mãos pelos braços de Heather, consciente da suavidade de sua pele, da calidez de seu corpo. Ela estava falando de sua irmã, Tara. Ele sabia o que estava fazendo. Tentando tranqüilizá-lo. Dar-lhe alguma outra coisa em que concentrar-se. Franziu o cenho. Ela fazia isso freqüentemente. Quando as lembranças o assaltavam, era como se soubesse. Ela sabia, e se esforçava por acalmar os demônios, por encher seu coração. Estranho. Não tinha visto isso antes. Estivera casado com ela durante quase um ano, e só agora se dava conta disso.

— Disse a Tara que esta nova missão era uma má idéia. — Heather suspirou contra seu peito. — Mas ela acredita que sabe tudo. Ryder não é tão fácil de dirigir como ela acha. E Rick está agindo muito estranhamente.

Havia um fio de suspeita em sua voz. Sam podia notá-lo, mas não podia assinalar o que era.

— Rick a manterá a salvo. — Perguntou-se se realmente era isso o que a tinha preocupado.

— Sim. Manterá. — Ouviu a diversão em sua voz. — Assim como Cade manterá Marly segura.

Sam franziu o cenho.

— É obvio que o fará. Cade não deixaria que nada a machucasse.

— Então, pare de preocupar-se tanto — arreganhou brandamente — Sei que quer estar na sala de partos para estar seguro, mas tudo sairá bem.

Sam franziu o cenho.

— Não. Não, não quero. — Odiou a nervura de egoísmo que freqüentemente o embargava. — Se fosse você, gostaria que estivéssemos só nós, Heather. Juntos.

Não ficara ciumento quando Brock ou Cade a tocaram, amaram-na. Isso o enchia com uma sensação de segurança, saber que sempre seria amada se algo acontecesse com ele. Mas às vezes... às vezes desejava não ter essa necessidade.

— Estaremos só nós, Sam. — Elevou-se de seu peito, voltando-se para ele, seus olhos verdes escuros de amor, de sonhos e vida. — Prometo isso. Só nós.

Seu coração encolheu. Algo em sua alma pareceu mudar, embora não estava certo do que fosse.

— Amo você — sussurrou.

Ela sorriu daquela maneira. A que nunca falhava em esquentar seu sangue, em arrumar seu coração.

— Como eu amo você, vaqueiro — disse com doçura, inclinando-se para frente, seus lábios tocando os dele. — Para sempre, Sam. Como eu amo você.

 

Outubro

— Olhe. Se puser a maldita coisa ali vai desequilibrar todo o quarto. — A voz de Marly estava irritada, fora do sério.

— Fará com que o quarto pareça único — alegou Heather — Ficará perfeito ali.

— Ainda não está centrado — interrompeu Sarah — Sério, Marly, esse quadro não pega. — O quadro em questão era uma vista aérea dos terrenos da casa. Infelizmente, Marly não queria mover o grande e antigo quadro usado como mapa do rancho, de cima da lareira. Tinha estado pendurado ali durante tanto tempo como o rancho tinha permanecido nesse lugar. Ela queria os dois quadros.

— Pode pendurar este na sala de jantar — raciocinou Heather — Ficaria bem ali.

— Quero-o aqui.

— Não pega.

— Só se o centralizar.

E a discussão começou de novo.

Cade escapou através da soleira com uma crescente sensação de horror masculino e foi diretamente para a cozinha e ao café que rogou que estivesse o esperando. Encontrou o café. O café, e Sam e Brock, com as cabeças baixas, a resignação marcada em suas faces.

— Que demônios está acontecendo ali? — Perguntou Cade aos outros dois homens. — Agem como se estivessem preparadas para arrancar o cabelo umas das outras.

— Não, isso foi esta manhã. Quando chegou o quadro. — Gemeu Brock. — Estão loucas desde que Marly teve Drace. Tem que fazer algo a respeito, Cade.

Cade cruzou os braços sobre o peito e olhou fixamente a Brock, não sem pouca surpresa.

— E você espera que eu faça o que?

Drace tinha quase seis meses e crescia a cada dia. Cade nunca havia sentido tal sensação de amor, de responsabilidade, como tinha quando olhava fixamente seu filho. Nem tal sensação de terror. Como protegê-lo? Sem importar sua idade. Inculcar nele a fortaleza de um homem, a aceitação e a honra necessária para sobreviver no mundo.

— Maldição se sei. — Resmungou Brock. — Essas três mulheres estão loucas. Juro que estão.

— Sim. E também voltaram a usar calcinhas. — Queixou-se Sam. —. O que esta acontecendo com essa merda? Toco em Heather, e ela me dá um tapinha na cabeça como se tivesse a idade de Drace, e se ocupa de sua coisas.

Estavam excitados. Estavam muito excitados. Não tinham ficado sem... exatamente. Só seriamente restringidos. Cade não tinha previsto isto. Drace era seu orgulho e alegria, mas havia dias em que esgotava Marly. E durante esses dias, estar com Sarah ou Heather não era a resposta, nenhuma das duas. A mudança na dinâmica familiar tinha acontecido lentamente, mas tinha colocado como uma cômoda camisa sobre seus ombros.

— Tenho a sensação que sou um fodido garoto outra vez — suspirou Sam — Tentando seduzir a minha garota favorita. Heather em alguns dias é pior que uma virgem.

Estavam-se queixando sobre isso, mas Cade podia ouvir um fio de diversão, sentindo o lento aumento da tensão e antecipação crescendo neles. Sacudiu a cabeça e se encaminhou à cafeteira. Maldito se sabia que tramavam essas três mulheres, mas sabia que tramavam algo.

— E continuam mencionando os presentes. — Assinalou Brock. — O que comprará? Demônios, não posso pensar em algo que não tenham que possamos lhes proporcionar.

— Ofereci uma viagem a Heather. — Sam soou mais que confuso agora. — Qualquer lugar que queira ir, durante o tempo que quisesse. Pensei que ia chorar. E não de felicidade.

Oh, oh. Cade se voltou para eles lentamente.

— Sim. O mesmo com Sarah. — Brock sacudiu a cabeça. — A levei para ver carros novos, e agiu como se lhe rompesse o coração.

Cade tinha provado várias sugestões diferentes com Marly. Ela sorria. Mostrava-se entusiasmada com cada uma, mas não desaparecia a tristeza em seus olhos. O Natal seria em poucas semanas. Não faltava muito tempo, e não tinha nem idéia de que demônios queria.

— Sarah tem feito alguma insinuação? — Perguntou Sam a Brock desesperadamente. — Heather não mencionou nada a ela?

— Nenhuma maldita coisa — resmungou Brock — Até lhe perguntei o que queriam as outras. Disse-me que deixasse de ser um homem e que descobrisse. — Um insultado ego masculino ressonava em sua voz. — Como faz um homem para deixar de ser um homem? —grunhiu mal-humorado.

— Sendo uma mulher. — Riu dissimuladamente Sam. — Quer que compremos uma calcinha de Natal, irmão?

Brock jogou um pãozinho em seu engraçado irmão, batendo na testa ao mesmo tempo em que Sam tentava se esquivar. Uma inundação de miolos caiu quando se partiu, cobrindo o amplo peito de Sam com miolos de massa.

— Parem já. Os dois. — Cade pegou na mão um dos poucos pãezinhos restantes. Obviamente, Heather os tinha feito. Eram leves e saborosos, perto de derreter em sua boca quando o mordeu.

— Que tal uma governanta? —Franziu o cenho, enquanto pensava em todo o trabalho extra que havia agora na casa. — Alguém que só venha durante o dia.

Todos se imobilizaram. A qualquer hora durante o dia, podiam escapulir-se para uns minutos de ardente e luxurioso sexo ali onde encontrassem a uma das mulheres. Cade soluçou diante deste pensamento. Ou ao menos estavam acostumados a fazê-lo. Franziu o cenho. Não havia tocado a Sarah ou a Heather desde o nascimento de Drace. Tinha perdido muito tempo tentando introduzir-se nas calcinhas de sua própria mulher. Como as outras duas, era tão difícil de seduzir esses dias como uma nervosa virgem.

— Sim, talvez isso fosse uma boa idéia. — Sam se endireitou na cadeira. — Demônios, Heather de qualquer forma sai da cama malditamente cedo para preparar o café da manhã. Já não consigo tocá-la pela manhã. Isso poderia funcionar.

— Ao menos não temos que nos preocupar sobre uma governanta interrompendo nada absolutamente. — Disse Cade com cansaço. — Maldição, como se eu quisesse a alguém mais fazendo circular rumores por todo o povoado sobre nossas vidas. Eu gostaria de ver isto normalizado um pouco antes que Drace seja o bastante grande para ir à escola.

Os outros dois suspiraram. Tinham falado disto antes. Não tinham dado muita importância às fofocas do povo. Eram cuidadosos com as reputações de suas esposas, e bastante temerosos para que nada dito ou feito machucasse às mulheres. Mas sabiam quão cruéis e irrefletidos podiam ser os outros meninos. Não era algo que quisessem que Drace sofresse.

— Poderia ser uma boa idéia. — Disse Sam, devagar. — O dia de Ação de Graças está próximo. Poderíamos fazer um grande jantar. Talvez deixar às garotas convidar a alguma que amigas tenham feito. A melhor maneira de nos assegurar o futuro de Drace, é assegurar-nos que terá a lealdade necessária para vencer tudo que vier. — Todo mundo tinha odiado tanto o velho Joe, que torturar seus filhos tinha sido seu jogo favorito. Cade estaria condenado se visse seu filho torturado dessa forma.

— Está bem. — Cade aspirou devagar. — Chamarei Marie, e verei se pode nos encontrar a alguém.

Marie tinha sido sua governanta enquanto cresciam. Agora estava retirada, vivendo comodamente do fundo que Cade estabeleceu para ela anos antes. Estaria mais que disposta a ajudá-los. Ainda eram seus meninos favoritos, afirmava a cada vez que iam assegurar-se que ela tinha comida, remédios, ou algo que necessitasse.

— Bom plano. Mas isso não nos soluciona o Natal. — Advertiu Sam. — Uma governanta não é um presente bastante bom.

Cade assentiu.

— Maldição se sei agora. Verei se Marly for mais comunicativa esta noite do que foi nas últimas semanas. Talvez tenhamos sorte.

 

Não teve. Cade olhou fixamente para Marly na privacidade de seu quarto, depois de colocar Drace na cama, um cenho franzido em seu rosto.

— Não quer uma governanta? — perguntou, confuso, enquanto a frustração cintilava em sua expressão depois de fazer a oferta.

— Uma governanta está bem, Cade. — Oh, ele odiava esse tom de voz. Onde demônios tinha ido sua doce, apaixonada e pequena esposa?

— Então o que aconteceu com a aparência? — Encarou-a, os braços em jarras, os olhos indo sobre seu excessivamente vestido corpo. — E que aconteceu com as roupas? Em todo caso, o que aconteceu a seus vestidos?

Ela franziu o cenho lúgubremente.

— Está começando a fazer frio, Cade. Eu gosto de meus jeans.

— Não faz tão maldito frio. — Sentia-se como um menino carrancudo, e estava seguro que parecia um. — Maldição, Marly, é fantástica com os vestidos.

Mas ela também estava malditamente bem de jeans. Moldavam o corpo como uma segunda pele, acariciando suas esbeltas pernas, enfatizando sua pequena cintura e o estômago plano.

— Por agora, prefiro os jeans. — Deu de ombros — Falaremos dos vestidos quando fizer mais calor. Quer dizer, a menos que queira que mora de frio. — Arqueou uma sobrancelha interrogativa.

Os olhos de Cade se entrecerraram.

— Muito bem. De qualquer maneira, este quarto está mais que quente. Usa os jeans fora, mas ao menos tira isso quando estiver aqui dentro.

Ela abriu os olhos como se estivesse escandalizada.

— E q que acontece se Drace chora? Não vou brincar de correr nua no quarto do meu filho.

Cade quis revirar os olhos.

— É um bebê, Marly. Dá-lhe o peito, pelo amor de Deus.

— Isso não significa que tenha a intenção de brincar de correr por aí nua na frente dele. —Cruzou os braços sob os seios.

Cade sentiu água na boca com a visão desses suaves montículos sob o fino suéter. Seu pênis pulsou. Passeava em um quase constante estado de excitação.

— Então, ponha um robe. — Forçou as palavras através de seus dentes rangidos. — Marly, neném, está pressionando um homem desesperado.

O que foi essa trêmula luz que cintilou em seu olhar? Como se sossegasse uma chama de antecipação. Quanto tempo tinha passado desde que ele tinha espalmado seu traseiro por jogar com ele? Escondeu um sorriso. Deixou-a continuar o jogo. Não podia esperar para ver essas tenras curvas avermelhar; ouvindo-a pedindo a gritos sua liberação.

O quarto do bebê estava do outro lado do banheiro. Bastante protegido dos sons de excitação e culminação dela. Comprovou o monitor ao lado da cama. Estava aceso. Sem perigo. Suas mãos desejavam tocá-la. Demônios, tinha sido desde antes do nascimento do filho que tinha afundado seu pênis em seu apertado traseiro. Podia fode-la e ensinar os perigos de pressioná-lo tanto. Demônios, isso era mais que provável o porquê de o estar pressionando. Ela o amava tanto, se não mais, de que ele a amava.

— Um homem desesperado. — Soprou baixinho, seus olhos cheios de calor e regozijo. — A sério, Cade. Age como se não tivesse me tocado em meses.

Ele entrecerrou os olhos ante o som deliberadamente provocador de sua voz. Tinha os mamilos duros. Podia vê-los sob o suéter.

— Dias — grunhiu.

Ela fez uma cara de falsa piedade.

— Pobrezinho. Mas estou certa que as coisas voltarão logo para a normalidade.

Cade sabia que estava mais que claro de que ele não ia com Sarah ou Heather, assim não estava exatamente seguro que demônios pretendia ela. E depois da conversa com seus irmãos mais cedo, as outras duas mulheres não estavam mais comunicativas do que estava sua esposa.

— Isto é pelo Natal? — perguntou finalmente, perguntando-se que demônios pretendia com o sutil joguinho que sentia que estava sendo jogado. — Supõe-se que tenho que pegar as indiretas que estou perdendo sobre os presentes?

Então ele o viu. Um brilho de fogo em seus olhos. Quase uma sensação de frustração ou irritação. Nossa. Então, usava de indiretas.

— Marly, me diga o que quer. — Repreendeu-a suavemente. — Não sou bom com as indiretas, neném. Sabe disso.

— Não sei do que está falando. — Encolheu os ombros, mas ele pôde sentir uma sensação de dor implicada.

Ela sabia malditamente bem do que estava falando e não tinha intenção de o iluminar. Algo se esticou em Cade. Uma sensação de medo. Podia estar enganado? Talvez depois de tudo isto, não era sobre o Natal? Estava perdendo-a? Tinha ouvido histórias horrorosas das mudanças nas mulheres depois do parto. Marly era jovem. Na realidade, teria sido muito jovem para saber o que queria? Para compreender o compromisso que tinha adquirido ao lhe amar? Havia ele destruído tudo?

Tentou sossegar a rajada de agonia que ressoava através dele diante do pensamento. A necessidade de fodê-la, duro e profundo, até estar seguro que ainda se agarrava ao menos a essa parte dela. Em troca esticou seu corpo. Armando-se de coragem contra os pesadelos que se elevavam em sua alma.

Ela tinha perdido tudo o que ele tinha tentando lhe dar do momento em que haviam a trazido para ele. Sua inocência. Seus sonhos de contos de fadas de amor e casamento. A fantasia de sua mãe e seu amor. Seria suficiente para destruir a qualquer um. Especialmente a alguém tão doce, tão cheia de amor, como sua Marly.

— Olhe para você. — Suspirou ela. — Fechou-se para mim. Me excluindo, como sempre o faz. Odeio quando faz isto, Cade.

Ele observou-a em silêncio. Viu amor em seus olhos. Estes eram doces, reluzentes. Mas havia algo mais, e essa propriedade desconhecida tinha a capacidade de ser seu pior pesadelo.

— O que você quer, Marly? — Manteve a voz serena, manteve uma tensa rédea sobre as emoções enfrentadas em seu interior.

O olhar dela cintilou de fúria.

— Quero que pare de esperar o pior — espetou — Cada vez que não entende algo que acontece comigo, você se fecha. Como se esperasse que começasse a cuspir ódio e acusações críticas. É como se, inclusive agora, não pudesse aceitar simplesmente quanto te amo.

A dor em sua voz o despojou de fôlego.

— Marly, não. — Caminhou para ela imediatamente, lhe rompeu o coração ante as repentinas e brilhantes lágrimas nos olhos dela. — Neném, não chore — sussurrou desesperadamente. — Tudo que quiser, juro-lhe isso, pode ter. Mas tem que me dizer isso. — O surpreendeu negando com a cabeça, afastando-se dele.

— Desta vez não. — Disse, mal respirando. — Desta vez, Cade, terá que resolvê-lo.

Ele piscou surpreso.

— Resolver o que, Marly? Maldição, não sei ler a sua mente.

— É uma pena. — Encolhendo-se de ombros.

— Uma pena? — perguntou em voz baixa, sua luxúria aumentando fortemente ante o desafio deliberado que podia notar agora no ar.

— Resolva-o, Cade. — Não estava zangada, mas faltava pouco.

Observou enquanto ela caminhava para a janela, olhando fixamente para a noite invernal, metendo as mãos nos bolsos dos jeans, recusando dizer nada mais. Recusando a responder.

Cade se precaveu então que ultimamente tinha estado fazendo-o bastante. As três mulheres o tinham feito. Distanciando-se em formas muito sutis, tirando o sossego dele, de Brock e Sam, enquanto lutavam por descobrir o problema. Já tinha tido o bastante. Desde nascimento de Drace tinha tentado ser terno, tentado ser o amante que uma jovem e inocente mulher deveria ter. Tentado compensar a forma em que a tinha tomado, pressionado, ao princípio de sua relação. Podia não dizer que demônios queria, mas ele estava mais que farto e cansado de tentar adivinhá-lo, tentando compensar algo que ele não estava totalmente certo que ela lamentasse.

— É uma merda que o farei! — murmurou entre dentes, tirando bruscamente a camisa, resolvido que se não ia conseguir respostas, ao menos ia conseguir esse traseiro escuro que o estava deixando louco. Primeiro a submeteria, depois conseguiria respostas.

Ela deu a volta, os olhos muito abertos enquanto ele se despia. A camisa, as botas, as calças. Seu pênis era como uma parte de aço quente, deixando-o louco com a luxúria que varria seu corpo. E ali estava ela, de pé, com o olhar surpreendido. Como se não soubesse o que aconteceria então.

— Cade. — Sua voz era vacilante. — O bebê...

— Está dormindo. — Grunhiu, e os dedos de uma mão foram para seu pênis enquanto a observava. Maldição, estava a ponto de explodir só de olhá-la. — Dispa-se.

— Perdão? — Teria rido diante a ofendida sacudida em seu tom se não soubesse muito bem que havia luxúria brilhando intensamente em seus olhos em vez de medo.

— Já! — Manteve a voz dura, tendo visões dela nua, a seus pés, seu pênis cavando entre seus lábios de repente o deixaram louco.

— Não tenho tempo para isto, Cade. Estou cansada.

— O bom é que eu não estou. — Caminhou para ela, puxando-a para perto, seus lábios oprimiram os dela enquanto rasgava o suéter pela metade.

Ela gemeu sob o beijo, mas seus lábios se abriram, sua língua se enredou imediatamente com a dele a violência de sua necessidade varrendo-os a ambos. Deus, quanto tempo tinha passado desde que a tinha tomado assim? Desde que havia deixado loucos a ambos, com a fome crescendo em seu interior?

Despojou-a de seus jeans tão rápido, que com certeza o zíper estragou com a força que usou para abrir a malha. Droga, ele pensou, um par menos desses para tentá-lo.

— Cade. — A voz dela era cortante com a negativa que seu corpo contradizia.

A mão dele agarrou seu cabelo, arrastando a cabeça para trás enquanto a olhava fixamente aos olhos.

— Tire as calcinhas. — Mostrando os dentes, lutando com a necessidade de jogá-la na cama e investir em seu interior com força, para enviá-los a ambos gritando à liberação.

— Não. — Ela entrecerrou os olhos, os seios elevando-se, os picos endurecidos de seus mamilos varrendo seu peito com chicotes de fogo.

— Não? — Liberou seu cabelo, enganchando seus dedos nos elásticos do minúsculo encaixe que ela chamava calcinhas e os desceu por suas pernas enquanto a empurrava de costas sobre a cama.

Em menos de um segundo, estava gloriosamente nua, as pernas estendidas. Seu corpo se esticou diante a visão da reluzente nata feminina no depilado monte entre suas coxas. Os pequenos lábios fazendo uma careta, abertos, revelando o inchado clitóris, a diminuta entrada de sua apertada vagina. O pênis se sacudiu enquanto ela tentava fechar as pernas.

Deixou-a lutar. Recordava com claridade a excitação que a açoitava enquanto ele fingia deixá-la lutar. Liberou-se chutando, deu a volta e tentou saltar por cima da cama.

Cade a empurrou sobre seu estômago, movendo-se entre suas coxas, estendendo-as, uma mão retendo-a na cama, a outra se movendo entre suas coxas.

Seus gemidos estalaram no quarto enquanto os dedos dele pinçavam ao longo da pequena fenda de sua vagina, rodeando o clitóris e descendendo, separando as sedosas dobras até que puderam afundar dentro do quente esconderijo de seu corpo.

Sedosos músculos se apertaram sobre os dois dedos que se afundavam, enquanto sua vagina convulsionava. Agora Cade estava louco de luxúria. Não havia tempo para as preliminares, não havia tempo para prolongar a deliciosa agonia. Seus dedos recolhiam os acetinados sucos que caiam espessos e úmidos em sua vagina, lubrificando-os para trás, abrindo o pequeno broto de seu ânus, preparando-o para a invasão de seu dedo.

Colocou seu pênis na entrada da vagina, atormentando com o dedo a entrada de seu quente traseiro. No segundo seguinte, invadiu ambos com um forte impulso que a fez gritar baixo ele.

Deus. Era tão bom. Quente. Os músculos de sua vagina apertaram com força mordaz ao redor do grosso eixo de sua ereção. Seu ânus convulsionava ao redor de seu dedo. Ambos os canais espremiam sua carne enquanto o escroto se estirava tenso e duro contra a base de seu pênis. Faltavam poucos segundos para sua liberação. Felizmente, também para Marly.

Com uma mão se aferrou aos esbeltos quadris, observando a penetração de seu dedo na ultra apertada entrada anal e começou a fodê-la com potentes embates dura e lentamente.

O suor emanava de seu corpo tenso, enquanto lutava contra a necessidade de gozar rápido e duro. Queria verter-se em seu interior. Marcá-la para sempre. Fazê-la gritar de satisfação. Exatamente enquanto estava gritando seu nome, rogando por mais.

Sua vagina estremeceu ao redor de seu pênis. Convulsionava enquanto empurrava dentro dela duro e forte, saboreando o apertado agarre, o crescente calor. Rodeava-o como um punho, seu agarre desesperado, provocando que cada entrada forçasse a separação dos convulsionados músculos, fazendo-a gritar do cortante prazer/dor enquanto ele gemia pela crescente pressão em seu pênis.

— Tome. Completamente. — Apertou os dentes contra a pressão que esticava seu escroto, a deliciosa agonia de conter-se, sentindo-a apertar-se a seu redor, afundando-se dentro dela enquanto os gritos aumentavam, açoitando-o, satisfazendo sua alma até que ela explodiu debaixo ele.

— Deus! Marly! — Enterrou seu dedo profundamente no interior de seu traseiro, afundando cada centímetro de seu atormentado pênis no interior do vulcão em erupção de sua vagina e soltava seu controle.

Suas costas se encurvaram, enquanto o calor se arqueava entre suas coxas, subindo por sua coluna vertebral, cravando-se em sua mente e explodindo com a sensação de rápidos relâmpagos atravessando seu corpo.

Pôde sentir seu sêmen saindo precipitadamente da ponta de seu pênis, vibrando dentro da convulsionada vagina, e sem poder reprimir seu próprio grito. Saiu-lhe da alma. Desesperado. Cheio de seus sonhos, suas necessidades, seus temores.

Jorro atrás jorro saindo dele até que caiu contra ela sem forças. Ela estava tremendo, igual a ele. Lutando por respirar enquanto a tormenta passava lentamente.

— Agora, me diga que demônios está acontecendo — grunhiu em sua orelha — Nada mais jogos, Marly, e o juro, vou te amarrar e torturarei até que te tire a verdade.

Na realidade, ele pensava que não seria uma má idéia. Quer dizer, logo que recuperasse o fôlego.

 

Novembro

— Isto não vai funcionar. — Queixou-se Sarah, enquanto ela, Marly e Heather ocupavam a jacuzzi em uma gruta anexa, e relaxavam depois de uma noite de sexo exaustivo.

A casa tinha ressoado com todos seus gritos na noite anterior embora não estivessem na mesma sala. Parecia que os homens estavam cada vez mais cansados de tentar adivinhar. E as mulheres estavam mais que cansadas de suas ocas cabeças recusando-se a captar a indireta.

— Deus, estou tão cansada. — Sarah tinha a cabeça arremessada para trás sobre almofadada borda da jacuzzi, os olhos fechados. — A este ritmo, Brock vai me matar.

Por estranho que pareça, ainda não tinham tentado unir-se contra elas. Se o fizessem, Sarah tinha o mau pressentimento de que o pequeno plano de Marly ia passar de doce a merda realmente rápido.

— Tenha fé. — Murmurou Marly enquanto bebia a goles o vinho frio que tinha servido a todas antes. — Desfruta do momento de trégua. Não tem nem idéia quão difícil foi roubá-lo.

Durante duas semanas Cade, Brock e Sam tinham levado a cabo uma constante e sempre crescente guerra sexual contra suas mulheres. As mulheres lhes deram as pistas; os idiotas as ignoravam e exigiam respostas. Sarah suspirou. Brock ia continuar ignorando as pistas até a encher o saco, e a levaria a descobrir o bolo aos homens. De qualquer forma, ela não estava para jogos. Sua idéia era lhes impor seu critério e passar por cima deles. Marly e Heather estavam seguras de que isso não funcionaria. Sarah necessitava um pouco de sonho. A idéia lhe parecia melhor cada dia.

— Quanto o desejamos? — perguntou Marly.

Sarah levantou a cabeça e suspirou profundamente.

— Demais. Muito mesmo. — Murmurou.

— É uma grande idéia — respondeu Heather com desalento — Entretanto, a execução está se fazendo endemoniadamente exaustiva.

— Então, vamos concluí-la. — A vontade de Marly era mais forte do que Heather tinha imaginado.

Quando conhecera Marly McCall, nunca teria suspeitado que por baixo desse doce sorriso, o pícaro brilho em seus olhos e a suave conduta, existiam umas garras de aço. Entretanto, estava provando o contrário. Tinha idealizado o plano enquanto permanecia no hospital, depois de dar luz a Drace. Então, sua voz tinha ressoado com determinação. Agora, era duro aço.

— O que faremos para concluí-la? — perguntou Heather com curiosidade — Não captam as indiretas, Marly. Você sabe disso.

— Vão captar. — Marly parecia ter mais confiança nos homens que Heather.

— Ao menos, você tem um bebê como desculpa para descansar. — Queixou-se Sarah, bebendo a sorvos seu vinho. — Brock vai me matar, Marly.

Marly soprou.

— Oh, então é dor o que posso ouvir em seus gritos?

Heather riu. Sarah era capaz de suplicar alto e forte uma vez que Brock tenha começado. Sempre havia dito que Brock era o mais paciente dos três homens. E não é que não fosse divertido, pensou Sarah com desalento. Estava se voltando mais e mais duro em não lhe dar o que queria.

— Ele me mordeu — disse Sarah com ar cansado, recostando sua cabeça de novo.

— Oh, oh, Brock. — Ouviu Sarah murmurar a Marly quando a porta trilho se abriu, sussurrando, e uma pegada soou atrás delas.

A cabeça de Sarah se elevou alarmada enquanto se voltava lentamente. E ali estava Brock. Magnificamente nu, sua ereção tensa, pulsando pesadamente, enquanto apanhava seu olhar e se movia lentamente para ela. Oh, demônios. Lambeu os lábios em antecipação, sentindo a umidade transbordando-se entre suas coxas.

— Brock, não estava ajudando Cade? — Agora Marly soava mais que nervosa.

— Drace está bem dormindo, Mordisquinho. — Não estava sorrindo. Não afastou o olhar do de Sarah. — Pode ir comprová-lo você mesma, ou ficar e esperar até que Sarah se encarregue desse assuntinho que provocou antes.

Sarah tinha a sensação de que ia pagar por provocá-lo só uns segundos, antes de deixá-lo com os outros dois homens vigiando o bebê. Drace normalmente ficava acordado durante horas pela tarde.

Entrou na jacuzzi, seu pênis, grosso e delicioso, agora ao nível da boca de Sarah.

— Você escolhe — grunhiu.

Sarah estremeceu esquisitamente. Abriu a boca.

Imediatamente estava cheia com a grossa carne masculina pulsando exigentemente. Seus lábios fechados sobre ele, sua língua golpeando ligeiramente contra a cabeça, provocadoramente, enquanto as mãos se elevavam para agarrar seus quadris. Era consciente de Marly e Heather saindo da jacuzzi, fugindo da tensão sexual que começava a aumentar na gruta.

As mãos de Brock agarraram sua cabeça enquanto começava a empurrar dentro e fora de sua boca. Esta foi sua represália. Sempre dava a ela a opção por onde começar. Ela podia aliviar as exigências do corpo dele, o que normalmente a provocava ao máximo, com sua boca ou entre suas coxas. Ela sempre tentava permanecer controlada. Mas sabia malditamente bem o que ocorreria depois, se não fosse extremamente cuidadosa.

— Uma boquinha tão quente. — Suas palavras a invadiram, incitando sua própria luxúria. — Tão apertada e úmida. Isso, neném. Chupa meu pau. Assim.

Normalmente, adorava quão falador podia chegar a ser em sua fome por ela. Nunca falhava em lhe dizer quanto desfrutava com seu toque. Quão quente era sua boca. Quão bem sentia sua língua.

— Outra vez, neném. Me chupa. Me chupa forte, Sarah. — Seus lábios estavam envoltos ao redor da turgente cabeça, sugando profundamente, tragando-o tão profundo como sua boca o permitia. Era bastante hábil em tomá-lo completamente em sua garganta, e logo tragar quase convulsivamente.

Era isso que fazia agora. Aceitando a cabeça afundada na entrada de sua garganta, trabalhando desesperadamente por tragar sua carne enquanto ele gemia de delírio. Oh, gostava disso. Suas coxas tremiam, o líquido pré-seminal gotejando da ponta de seu pênis, salgado e doce ao mesmo tempo. Logo ela se retirou, saboreando o gosto que explodia em sua língua enquanto o melado líquido gotejava de seu pênis. Estava perto. Muito perto, ela podia senti-lo.

Suas bolas estavam apertadas contra a base de seu eixo, a forte respiração na gruta, quase entrecortada pelo prazer, enquanto se introduzia tão profundo como se atrevia em sua boca uma vez mais. Os dedos dela embalavam seu escroto, acariciando-o enquanto com a outra mão acariciava a longitude restante de seu eixo que não estava enterrado em sua boca.

— Droga. Sim, neném — gemeu — Chupa, Sarah. Deus, que bom. Tão fodidamente bom.

Agora murmurava seu prazer constantemente. Uma ladainha de frases explícitas dispersas que a faziam avermelhar de paixão, sua vagina pulsava de necessidade. Estava já bastante sensível de seu luxurioso jogo horas antes. Tinha o pressentimento que estaria esquisitamente dolorida antes que acabasse.

— Sarah. Vou gozar. — Sempre a advertia primeiro, dando-lhe a oportunidade de retirar-se, para deixar acabar nas profundidades de sua vagina em vez de derramar sua semente em sua boca e pô-lo mais duro, mais faminto pela carne entre suas coxas.

Como sempre, até agora, ela desejava ardentemente seu sabor, quase louca em sua necessidade de sentir o forte jorro de sêmen lançando-se garganta abaixo. Como uma sobremesa favorita, não podia negar a se mesma. Seus lábios apertados sobre ele, suas mãos acariciantes intensificando o prazer enquanto a mão dele se enterrava em seu cabelo, os dedos apertados, seus quadris empurrando mais forte, mais rápido em sua boca.

A explosão de sua liberação a fez gemer de prazer. O áspero sabor de seu sêmen alagou sua língua. Seu pênis acariciando através dela, derramando a rica essência enquanto ela tentava tragar a carne ainda mais fundo em sua garganta.

Duras e líquidas pulsações de prazer acompanhadas por seus estrangulados gritos de alívio a alagaram. Sarah queria gritar das profundidades de sua própria satisfação. Inclusive sem orgasmo, saber que tinha conduzido seu marido até tal ponto de prazer que nunca falhava em esquentar todo seu corpo. Nunca falhava em mantê-lo duro, pondo-o mais faminto que antes até.

Ele saiu de sua boca com um luxurioso grunhido, as mãos lhe agarrando a cintura, levantando-a até sentá-la na acolchoada borda da jacuzzi. Não houve preliminares. Estendeu suas coxas, inclinando-a de costas, depois observou enquanto se afundava toda a dura e quente longitude de seu pênis profundamente no interior do escorregadio portal que o aguardava.

— Brock — lançou um grito, tão impotente como sempre de sossegar seu próprio ruidoso prazer do ato.

— Essa boquinha quente é como um afrodisíaco. — Grunhiu enquanto baixava a cabeça, lambendo com a língua o duro pico de um mamilo. — Não posso te foder o bastante, Sarah. Não posso conseguir suficiente prazer, neném. Não posso gozar o suficientemente duro para saciar completamente a necessidade que tenho de você.

Quase culminou diante o poder da emoção ressoando em sua voz. Sempre estava faminto dela. Sabia. Deleitava-se com isso. Amava-o. Sua vagina se apertava convulsivamente ao redor da possante virilidade, seu clitóris vibrando com cada carícia de sua pélvis contra ele. Estava-a destruindo. Carícia a carícia, com cada sussurro suplicante, cada simples promessa.

— Mais forte — gritou ela diante o ritmo cuidadoso de suas carícias. Necessitava-o agora. Necessitava que tomasse forte e rápido, antes que ela soltasse cada segredo depositado em sua alma que a reclamava. — Por favor, Brock. Me foda forte. Agora.

Ele riu entre dentes contra a curva de seu seio.

— Como se não me conhecesse, neném.

Ela gemeu.

— Por favor, Brock. Por favor.

— Me dê o que quero, Sarah. — Afundou profundo e duro, apartando os músculos da vagina com um destruidor e lento impulso, acariciando cada nervo, cada tecido, com prazer destruidor. — Vamos, neném. Prometo que não vou te dedurar.

Ela sabia. Sabia que se atrevesse a expressar a necessidade, ele nunca seria capaz de guardar para si mesmo.

— Agora, Sarah. — Golpeou em seu interior mais duro e profundo. Depois se retirou com tal deliciosa vacilação que suas costas se arquearam, enquanto lutava por finalizar a sensual tortura.

— Não. Por favor, Brock, por favor, me fode mais forte. — Sacudiu a cabeça, apertando-se a seu redor, sua carne convulsionava com a necessidade de alívio. Quente e líquido desejo se derramou da vagina, jorrando ao redor do pulsante eixo enquanto suplicava por mais.

— Tudo o que você quiser, neném — cantarolou um instante antes que golpeasse em seu interior, duro e rápido. —Me diga Sarah.

Podia sentir seu controle enfraquecendo. O pênis pulsava, palpitando em seu interior.

— Oh, Deus, Brock. É tão grosso. Tão duro. — Sacudiu a cabeça, tão imersa no prazer, a necessidade do clímax, que estava alcançando seu ponto gélido.

— Sarah — gemeu, lutando por manter o controle. Que Deus a ajudasse se alguma vez ele descobrisse quão fraco a fazia. Quanto desejava dar o que ele pedia.

— Diga-me — recuou até que só a ponta de seu pênis permaneceu dentro dela. — Deus, Sarah, não sabe que te daria o universo se pudesse? Só me diga o que quer.

O desespero e a dor enchiam sua voz. Os olhos de Sarah se abriram, e olhou fixamente as escuras profundidades do torturado olhar de seu marido.

— Te amo, Sarah. Mais que a minha própria vida. — Suas mãos apertavam os quadris. O suor brilhava em sua face enquanto sulcavam sua expressão linhas de dolorosa necessidade. — Por favor, neném. Por favor, não me machuque mais.

E ele soube. As lágrimas encheram os olhos dela. Não era simplesmente um jogo. Soube quão desesperadamente o necessitava, só que ele não sabia o que necessitava, e ela pôde ver a dor que isso causava. Uma dor que ela queria aliviar, entretanto sabia que a revelação em palavras poderia causar mais mal que bem.

Os dedos dela subiram por suas faces, tremendo enquanto as lágrimas se derramavam por suas próprias bochechas. Amava-o. Necessitava-o. Mas o necessitava por inteiro.

— Meu coração. — Soluçou, incapaz das conter por mais tempo. Sua mão deslizou por seu peito, alisando sobre seu coração. — Minha alma e minha vida. Isso é tudo o que quero. Você completamente. —Era tudo que podia lhe dar. Mas era suficiente?

Brock ficou imóvel. Com os olhos completamente abertos. Sentiu suas mãos apertando com força violenta sobre seus quadris enquanto algo brilhava em seus olhos.

— Sempre seu. — Sussurrou. Um segundo mais tarde estava afundando dura e profundamente em seu interior, rápido e desesperado, e ela sentiu sua alma sair de seu corpo enquanto explodia a seu redor um segundo antes de que o clímax dele explodisse em seu interior.

Profundos, duros, pulsantes jorros de sêmen vibraram profundamente nela, lançando-a mais alto enquanto seu útero explodia em um orgasmo que a fez gritar, a cabeça caindo atrás, seu prazer enchendo o ar enquanto suas coxas o apertavam, segurando-o profundamente, tomando cada gota de êxtase que derramou.

Desabaram na cálida madeira que rodeava o jacuzzi, com a respiração desigual, entrecortada.

— Tem muito que aprender sobre mim, Sarah. — Sussurrou ofegante. — E há muitíssimo mais que não está vendo. Agora, neném, pede o que quer. Se te atrever.

Ela observou enquanto levantava a cabeça, olhando-a fixamente, sua expressão, por uma vez, hermética, fria.

— Brock?

Ele se separou dela, observando-a, sua expressão sombria, controlada.

— Se não poder confiar em mim até esse ponto, Sarah, confiar o suficiente para me dar todos seus sonhos, então tampouco poderá confiar em que te amo. Pode?

Ela sacudiu a cabeça, o peito se apertando pela dor.

— Sei que me ama. Amo você. Brock.

— Sério? — Levantou, os olhos nunca abandonando os dela. — Se o fizesse, então essa confiança estaria ali. Abriria os olhos como espera que abra meus, e veria a verdade frente a sua cara. Quando fizer isto, faça-me saber. Depois poderemos falar.

 

— Isto não vai funcionar. — Sarah tentou conter o pânico enquanto enfrentava às outras duas mulheres no dia seguinte. Brock estivera muito silencioso a noite anterior. Tinha-a observado muito intensamente, muito intencionadamente. Sabia, e o simples efeito de que não houvesse dito nada, a estava rasgando até a morte.

— Acalme-se, Sarah. — Marly se dirigiu para a porta do salão, comprovando a sala de jantar e o saguão antes de fechar as portas rapidamente. — Não precisavamos que a governanta nos ouça.

— Sem mencionar os homens. — Heather ia de um lado para outro da sala. — Está sendo condenadamente difícil. Estamos só a poucas semanas do Natal, Marly.

— O que aconteceu, Sarah? — Perguntou Marly enquanto Sarah se sentava pesadamente no sofá.

— Deus, isto é um desastre — gemeu — Fiz o melhor que pude, Marly. Juro que fiz. Fui agradável e imprecisa, como combinamos, mas acho que ele adivinhou. Adivinhou, e agora está mais furioso que um touro, e não posso simplesmente dizer-lhe sabia que isto era uma má idéia.

Levantou a vista enquanto Heather e Marly compartilhavam um olhar de preocupação.

— O que? — perguntou com cautela.

— Cade tampouco está falando comigo. — Marly retorcia as mãos, seus olhos azuis completamente abertos, assustados. — Veio à cama ontem de noite, e só me jogou um muito estranho olhar antes de me beijar no rosto, virar e dormir. Não disse nada. Sempre fala comigo antes de dormir.

— Sam também agiu de forma estranha. — Heather passou os dedos através de seu já despenteado cabelo. — Deus, isto é um desastre. E só pode piorar mais. Não deveríamos fazer mais juginhos como este, Marly.

— Têm outra sugestão? — Agora Marly estava cada vez mais frustrada. — Maldição! Ambas sabem que tentamos falar com eles antes. Não funcionou. Por que teria que funcionar agora?

Ficaram em silêncio. Sarah franziu o cenho, enquanto algo que Brock disse a noite anterior continuava rondando-a. Que a resposta ao que ela queria estava frente a seus olhos. Seu coração dera um tombo então, e o fez agora outra vez.

— Marly? — Elevou os olhos para a outra mulher. — Pararam.

Marly sacudiu a cabeça e a olhou fixamente, confusa.

— O que?

Sarah franziu o cenho enquanto considerava os últimos nove meses.

— Pense nisso. Vamos admitir, não lhes demos muitas oportunidades para tentar, mas eles tampouco o tentaram. Pararam.

Heather e Marly ficaram quietas.

— Percebemos, Sarah. — Suspirou Heather — Mas tem que continuar assim.

Sarah negou com a cabeça exigentemente.

— Não. Me escutem. Pensem nisso. Acabou tudo. Nenhum tapinha no traseiro. Nem olhares ardentes. E todo o resto. Acabou-se.

Marly e Heather a olharam, confusas. Tinham conseguido de algum modo aquilo pelo que estavam lutando, sem brigar por isso? Os homens não tinham prestado atenção a seu esmero por não estar a sós com nenhum deles, a não ser com seus próprios maridos, por decisão própria?

Marly sentou lentamente.

— Tem razão — sussurrou, olhando para Heather, surpreendida. — Conheço Cade. Nenhuma evasão no mundo funcionaria se estivesse o suficientemente quente para ir atrás disso. Eles pararam.

Tinham estado tão preocupadas em suas sutis manobra para assegurar-se de que os três homens não tivessem a oportunidade de apanhar a uma delas a sós, ou tentar seduzi-las em seus eróticos e ardentes jogos, que não se deram conta que os homens não tentaram fazê-lo.

— E agora o que? — perguntou Heather em voz baixa — Como podemos estar seguras de que não tentarão restabelecer estas relações mais tarde?

Sarah respirou ruidosamente.

— Estou segura, Heather. Agora, Brock está furioso como um touro. — Este pensamento a aterrorizava. — Ele me disse, bastante friamente, que talvez o que queria estivesse em frente aos meus olhos, e tinha recusado vê-lo. Acredito que tem razão. Estivemos tão preocupadas em nos proteger deles, tentando encontrar nosso caminho durante o ano passado, que não nos demos conta de sua mudança. — E isso lhe rompeu o coração. — Não vimos que não foi por nossas maquinações, a não ser sua própria decisão de acabar com isso.

Observou às outras duas mulheres empalidecerem.

— Deus. Temos um grave problema aqui. — Marly tragou com dificuldade — Um varão August enraivecido não é uma boa coisa.

Heather soprou.

— O que vão fazer? Divorciar-se de nós? — perguntou a ambas irritada — Tá, admitimos. Eles são um pouquinho menos descabeçados do que achamos. Mas ainda não descobriram exatamente o que queremos. Digo que o contemos sem rodeios e vejamos o que acontece.

Marly e Sarah a olharam com incredulidade.

— Desça das nuvens! — espetou Marly — Talvez isto funcione com Sam, e você pode optar por isso se acha que funcionará. Mas não com Cade. Esquece seu sentido de responsabilidade. Sua determinação por manter à família unida. Isto lhe romperá o coração se o fizermos a sua maneira. Não arriscarei a isso.

— Não é como se quisesse me mudar para outro estado, Marly. — Alegou Heather. — Pelo amor de Deus! Será capaz de ver a casa da janela de seu quarto. Maldição, tanto como quero você e a Sarah, e aos outros irmãos, quero minha própria casa. Também quero minha própria família.

Havia abundância de dor e um crescente desalento, nas palavras da outra mulher. Esse era o sonho que todas sustentavam. Seus próprios lares. Suas próprias famílias. A liberdade de trazer para os meninos dentro de uma plena e frutífera família unida em vez do estilo de vida pouco convencional no que tinham vivido.

Tinha sido diferente quando se casaram. Novas nos excessos sexuais que os homens proporcionavam, tinham estado flutuando na sensualidade e a liberdade de entregar-se às mais extremas fantasias que todos eles tiveram em um momento ou outro. Mas agora, com a gravidez de Marly e o nascimento de Drace, tinham encontrado um núcleo de necessidade em seu interior que as aterrorizava completamente. Possessividade. Queriam seus maridos para elas. Queriam seus próprios lares. Suas próprias famílias.

— Então, o que faremos? — Perguntou-lhes Sarah em voz baixa. — Não podemos destruí-los. Não podemos machucá-los por nossas necessidades. Onde nos deixa isto?

— Maldição, como se eu soubesse! — Finalmente suspirou Marly, desoladamente. — Mas temos que fazer algo agora. Por que tenho certeza que nos descobriram, e não vão esperar muito tempo antes de nos golpear com isto. Temos que estar preparadas.

Maldição. Sarah teve o pressentimento que os próximos dias iam ser pouco agradáveis.

 

— Elas estão conspirando de novo. — Cade elevou o olhar do bebê que segurava na segurança de seus braços para Sam, enquanto este entrava no quarto do bebê.

Brock já estava lá. De pé frente na janela, silencioso, taciturno. Estava deixando que isto o afetasse profundamente. Sentindo-se muito culpado sobre algo que poderia solucionar. E Cade estava seguro de que podia ser solucionado.

Drace gorgojeava de prazer enquanto Cade continuava balançando-o, seus sonolentos olhos azuis o olhavam fixamente com a inocência que só se podia encontrar nos olhos de um bebê. Olhos muito parecidos com os de Marly. As feições de Drace eram mais parecidas com as de seu pai. Isso fazia Cade se perguntar a quem se pareceria sua filha. E estava malditamente decidido a procurar uma. Uma pequena filhinha de temperamento e beleza como sua Marly, que deixasse todos loucos com suas pouco lógicas maneiras. E sua Marly definitivamente podia ser pouco lógica.

Roçou com um dedo a bochecha de Drace, sorrindo quando o bebê fez uma risadinha e agarrou seus dedos. Já engatinhava. Ponha o pequeno sobre o chão e partirá, abrindo caminho para encontrar algum tipo de aventura que fosse a menos segura. Parecia-se com seu pai. Agia mais como sua mãe.

— Cade, ouviu? — Sam estava de pé frente de a porta fechada, e Cade sabia que os olhos de seu irmão estariam brilhando com antecipação e diversão.

— E agora o que? —Fez uma careta de dor quando Drace lhe mordeu o dedo, os pequenos e apenas visíveis dentes morderam a dura almofadinha de carne.

— Bem, ao menos sabemos qual é o projeto. — Havia risada na voz de Sam. Só Deus sabia quanto isso iluminava o coração de Cade.

Drace bocejou, suas pequenas pálpebras descendiam enquanto mordiscavam com satisfação o dedo de Cade.

Cade soprou.

— Descobri há dias. Sarah simplesmente o confirmou. — Brock tinha estado furioso consigo mesmo quando foi a Cade e a Sam e lhes revelou a natureza dos desejos das mulheres.

— Deveríamos tê-lo visto antes — murmurou Brock.

— Nós o fizemos, Brock. — Cade recordou sua conversa meses depois de que a gravidez de Marly fora confirmada. — Foi nossa decisão nos deter. O que não sabemos é até onde querem chegar.

Um ano antes, ver seus irmãos e mulheres abandonarem seu lar teria matado algo em seu interior. Tinham sido parte uns dos outros durante muito tempo, então não sabia se poderia sobreviver. Entretanto, Drace tinha mudado isso. O pensamento sobre os outros meninos, sobre os que tinha falado Marly tinha cimentado a decisão. Tinha-lhe importado uma ova que as pessoas do povoado mexericassem sobre isso, mas não podia enfrentar à dor que poderia suportar para seus filhos. Não podia enfrentar à idéia de que crescessem de outra forma que não fosse convencional.

Queria levá-los a escola dominical. Queria unir-se à fodida AMPA, pelo amor de Deus. Nunca poderia fazer isso sem problemas enquanto seu estilo de vida continuasse como estava. Além disso, queria a sua mulher para ele. Tanto como amava seus irmãos, tão excitante, intenso, e cheio de erotismo como tinham sido suas vidas sexuais, já não precisava desse vínculo de afirmação que os tinha salvado durante anos. Precisava de Marly. Precisava de seus filhos.

— Ela poderia ter dito algo. — Cade pôde ouvir o pesar na voz de Brock. — Deveria tê-la deixado saber que tinha a liberdade para fazê-lo.

Cade elevou o olhar enquanto Sam soprava.

— Vamos, Brock, seu amor nos deixa loucos. Você sabe e eu sei. E nós as amamos. Chamei os empreiteiros e estarão aqui na próxima semana. Vamos deixá-las se divertir enquanto possam. Depois nos podem ressarcir por não ter acreditado em nós como deveriam. Tão logo mostre a minha doce mulherzinha quão má garota foi, estou seguro o fará.

Cade dissimulou um sorriso enquanto levantava o olhar de seu adormecido filho para a presunçosa expressão de seu irmão.

— Acredito que deveríamos as pressionar um pouquinho mais. — Tornou-se para trás na cadeira de balanço, levantando Drace até o peito, lhe oprimiu o coração ante o leve peso de seu filho descansando contra ele. Sua mão acariciou as costas do bebê.

— Sim? — Sam estaria totalmente a favor do jogo.

— Como? — Brock sempre foi mais desconfiado.

— Faremos-a suplicar. — Cade manteve baixa a voz. Não desejava incomodar o sono do bebê.

Brock se separou da janela até que pôde encarar a seu irmão.

— E como faremos isso?

Cade observou os outros dois homens. As mudanças neles nos últimos dois anos eram assombrosas. Riam. Algumas vezes até se abraçavam. Inclusive tinham encontrado a forma de falar dos acontecimentos que quase os tinham destruído tempo atrás. Tinham sarado. E era a terna aceitação e o feroz amor de suas intrigantes esposas que tinham selado as feridas abertas de suas almas, e lhes permitiram viver de novo.

— Fácil. — Sorriu Cade. Tinha-o estado planejando todo o dia. — As obrigaremos. — Deu uma olhada a Brock. — Sabe o que deixa Sarah mais louca. Acabou-se o ter piedade e joga com ela. Faça-a saber que o jogo é a sério agora. Se ela quiser algo, tem que confiar em você o suficiente para pedi-lo. — A voz se endureceu, assim como sua própria resolução.

Ele amava a Marly mais que do que amava a sua própria vida, e assim como Brock e Sam, incomodava-lhe que não se deu conta de que ele se absteve de tocar às outras mulheres, que não precisava mais toques que o dela. Não gostou do pensamento que ela sentisse que tinha que dirigi-lo para uma decisão tão importante. Não lhe permitiria jogar com suas vidas desta maneira.

— Quando? — Sam era, é obvio, o que mais se divertia com tudo este assunto.

Cade lhe jogou um olhar recriminador.

— Está desfrutando muito com isto, irmão.

— É obvio que estou. — Soltou uma risadinha. — Não tive muita diversão com Heather em meses. Me enche o saco que não queira vir , mas suponho que uma vez que tudo seja dito e feito, se dará conta do engano de suas atitudes.

Cade se estremeceu. Tinha o pressentimento de que se Sam não fosse cuidadoso, sua pequena e ruiva esposa agitaria sua arma sob o queixo dele. Maldição, podia encher o saco e muito quando queria.

— Esta noite — decidiu, levantando-se para pôr Drace no berço.

O bebê estava estendido com inocente abandono, as gordinhas pernas estendidas, os braços jogados para trás sobre sua cabeça. Já se recusava dormir sobre o estômago. Cade jogou uma leve manta sobre seu corpo e tragou o nó de emoção crescente em sua garganta. Seu filho. Nunca falhava em lhe assombrar que ele formasse parte de uma coisa tão perfeita.

— Agora. — Mudou de idéia enquanto passava seu dedo sobre a bochecha de Drace outra vez. Ele era tão perfeito como sua mãe. Mas diferente de sua mãe, enormemente mais fácil de dirigir. Por agora.

 

Heather sabia que o problema estava chegando quando a porta do salão se abriu e os três homens entraram. Maldição. Separados eram uma visão muito boa para a paz mental de qualquer mulher. Mas juntos eram perigosos. Altos, morenos, corpos feitos para o pecado e olhares tão pícaros como o inferno.

Vestidos com jeans, botas gastas e camisetas que mostravam seus perfeitos músculos em todo seu esplendor, era suficiente para enviar seu corpo à ebulição. Mas quando olhou para Sam, ficou alerta. Ele estava duro. Todos o estavam. Mas essa ereção era para ela. Podia vê-lo em seus olhos; na forma em que seu olhar percorria seu corpo, atrasando-se em seus seios, suas coxas, depois retrocedeu para apanhar o seu.

Pararam ao cruzar a soleira, os braços cruzados sobre o peito, contemplando-as com expressões frias e arrogantes. A confiança parecia vibrar ao redor deles. Controle. Determinação. Demônios, tinha o pressentimento de que ela, Sarah e Marly estavam em um montão de merda de problemas agora.

Cade moveu a cabeça com gesto de desgosto quando lhes chamou a atenção em voz baixa.

— Senhoras — suspirou pacientemente — Posso ver que nós evidentemente não as mantivemos bem ocupadas.

A testa de Heather se quebrou em um cenho. Oh, na verdade não gostava desse tom de voz.

— E adivinhou sozinho? — Quase estremeceu com o tom agressivo de Marly.

Cade cravou em sua mulher um olhar recriminatório.

— Querida. — Seu amplo sorriso era perigoso. Deixou a todas nervosas. — Você é, assumirei, a líder do bando nesta pequena farsa.

Marly soprou.

— Carinho, sobre o que está supondo? Ridiculariza a você e a mim. — O tópico foi comunicado com mais que um pouco de veemência.

O olhar de Cade flamejou de luxúria. Demônios, Marly ia gritar mais alto que o resto delas.

— Péssima jogada, amiga — murmurou Sarah ao lado de Marly.

A sobrancelha de Brock se elevou sarcasticamente. Normalmente não era um bom sintoma. Seus olhos cinzas azulados brilhavam com luxúria, um indício de cólera, e um brilho possessivo que deveria curvar os dedos de Sarah.

— Nada a dizer, doçura? — A atenção de Heather foi apanhada pela pergunta expressa sarcasticamente de Sam.

Heather deu de ombros levemente, lutando contra o sorriso que curvava seus lábios. Demônios, não gostaria que se divorciasse dela. Não?

— Oh, tenho muitas coisas que dizer, senhor importante — murmurou enquanto dava um olhar ardente e lhe percorria o corpo. Era um maldito e de aparência agradável espécime, pensou. Nunca deixava de surpreendê-la como tinha conseguido obter o amor deste homem. — Simplesmente estive praticando a paciência.

Sam grunhiu. Parecia que não ia engolir essa.

— Senhoras, já estão preparadas para expor suas petições? — Perguntou-lhes Cade, a voz séria, o olhar quente enquanto observava a sua mulher. — O jogo se está tornando tedioso.

— Dizer o que? — Agora Marly estava firmemente avivada.

A tensão sexual se fez mais densa na sala, fazendo estremecer a Heather de antecipação pelo que ia acontecer. Todos eles se acomodaram bastante bem à vida matrimonial. O sexo era genial, mas em ano passado mais ou menos tinham existido carências em alguns dos aspectos mais pervertidos do jogo sexual entre ela e Sam. Agora se deu conta que não era algo que simplesmente sentisse falta; era algo que tinha começado a enchê-la com um medo que tinha recusado admitir. O temor que Sam estava começando a se aborrecer dela. Que não a necessitasse tanto como antes.

Essa revelação lhe causou uma dolorosa opressão no peito. Tinham, em um sentido, exatamente aquilo pelo que elas tinham estado brigando e tinham estado muito assustadas das mudanças em suas vidas para vê-lo.

— Me diga, Marly. — Cade entrou na sala, avançando lentamente para sua mulher enquanto ela ficava cada vez mais e mais nervosa. — Deveria saber que o jogo tinha um preço, neném.

Heather lançou um olhar à outra mulher. Os olhos estavam completamente abertos pela surpresa. O castigo normalmente tinha sido a sensual e deliciosa tortura com a que os três homens as deixavam loucas de prazer. Heather franziu o cenho. Sem dúvida os homens não pensariam que elas iam reatar o compartilhar para apaziguar seus ternos sentimentos? Depois de mais de um ano fugindo disso, Heather não ia permitir.

Ela deu um passo frente de Marly, surpreendendo-os a todos.

Cade se deteve. Suas sobrancelhas se franziram ameaçadoramente. Intimidou-a enormemente, mas não ia deixá-lo perceber.

— Nada de compartilhar. — Ela mesma estava cansada do jogo. Seu olhar foi para Sam, o desespero brotando em seu interior quando encontrou com seu duro olhar. — Estou falando sério, Sam. Não mais.

— Está dizendo que não desfrutou, Heather? — perguntou-lhe Cade em voz baixa, uma voz enganosamente afável.

Temor, dor, e não pouco pesar aumentaram em seu interior.

— Sabe que todos o fizemos — espetou furiosa — Mas já é o bastante, Cade August. Acabou-se.

— Acabou-se faz um ano. Vocês, senhoras, estavam muito malditamente obstinadas e decididas ao ter a sua maneira para dar-se conta. — Uma faísca de dor, de fúria, matizou sua voz.

— Não disseram nada. — Discutiu Heather de forma contundente. Demônios, como iriam elas supô-lo? Estiveram evitando os homens durante esse tempo o máximo possível.

— Dizer algo? — espetou Brock — Maldição. Por que deveríamos? Não estávamos tentando lhes foder, Heather. Isso deveria ter sido suficiente.

A exasperação calou sua voz, mas cobriu todas suas expressões.

— Bom, perdoem-me por não me dar conta que não estavam juntos por todas nós. —Heather levantou as mãos em um gesto de impotência nesse momento. Eram homens. Maldição. Ela sabia que era melhor não discutir com nenhum deles. — Isto não é como se nos tivessem informado desta brilhante idéia no momento.

— Sam. — A voz de Cade agora estava cuidadosamente controlada. — Quer agarrar a sua mulher, assim eu poderei arrastar a minha atrás dela? Poderia ser um bom momento para provar que não precisa de ajuda para tratar com ela.

As risadas afogadas de Sam fizeram brotar a forte fúria em seu interior. Apertou os punhos, abraçou seu corpo. Que a condenassem se a tratasse como a uma menina.

— Heather? — Cade captou sua atenção simplesmente embalando o queixo em suas mãos e lhe voltando a cabeça até enfrentar seu olhar de novo. O que viu ali a imobilizou de surpresa. Calidez. Amabilidade e afeto, mas a faísca de luxúria que brilhou ali por sua mulher não estava quando a olhava agora. — Sempre será minha irmã. Sempre amada por mim. Sempre uma parte de mim, igual a Sam. Nada, e quero dizer nada, significa mais para nós que sua felicidade, a de Sarah e a de Marly. Não importa o que deseje. Não importa o que precise. Se estiver em nossas mãos, então é seu.

A promessa, feita com simplicidade em um tom de voz rouco pela emoção, encheu de lágrimas seus olhos.

— Mas Sam ainda tem que fazer com que pense isso duas vezes antes de jogar conosco de novo. — Seu sorriso perigoso foi seguido por seu ofego, enquanto Sam a movia para um lado, agarrava seu braço e começava afastá-la de Marly. Brock estava atrás dele. Sarah foi jogada sobre um amplo ombro enquanto ofegava de surpresa. Quando protestou, uma grande palma calosa aplaudiu ligeiramente em seu vulnerável traseiro.

Heather não estava certa do que aconteceria com Marly. Mas a outra mulher estava rindo. Essa risada, pensou, não era completamente apropriada dadas as circunstâncias.

O olhar na cara de Sam era desconcertante. Seus olhos quase brilhavam de luxúria, de amor e de uma absorta determinação. Heather teve o pressentimento de que as férias definitivamente iam começar a melhorar.

 

Sam levou Heather aos trancos do salão. Concedeu-lhe o suficiente para apaziguar seu sentido de amor próprio. Não ia entender se deixasse fazer o que ele quisesse. Isso poderia jogá-lo a perder. Ou a ela. Não estava segura a quem. Uma coisa era certa, ele era um homem incapaz de aceitar um não como resposta.

Puxou-a através da entrada e subiu pela escada. Cada passo foi deliberadamente marcado, como se mantivesse seu controle pendente por um fio. Sua expressão, as poucas vezes que girou a cabeça para olhá-la, era um estudo de sensualidade. Não ia ser suave com ela. Mas francamente, tinha tido bastante suavidade no ano passado para momento. Queria seu homem de volta. Conduzindo-se asperamente. Exigente. Dominante. Amava a suavidade de Sam. Mas estava faminta do sexo de menino mau com o que a tinha seduzido ao princípio.

Empurrou-a para o quarto, fechando a porta atrás deles com uma portada, depois rasgou a camiseta pelas costas. Ela olhou para baixo, seus seios nus, com surpresa e impressão. Ele nunca antes tinha esmigalhado as roupas.

— Tem alguma idéia de quão duro foi te tratar com suavidade? Te mostrar quanto te quero? O quanto significa para mim? — Sua voz baixa e rouca lhe fez abrir os olhos de surpresa. Estava ferido? Havia ela ferido à única pessoa pela que morreria antes que feri-la?

— Sam? — Estirou-se para ele, depois ficou sem fôlego pela surpresa quando ele agarrou seus pulsos, segurando-os nas costas antes de abater os lábios sobre os seus.

Seu beijo foi puro prazer carnal. Sua outra mão lhe agarrou a mandíbula, obrigando a sua boca a abrir-se para a suave penetração de sua pícara língua. Uma vez dentro, voltou-se capaz. Faminta. Inclinando-a para trás enquanto pressionava sua ereção coberta pelos jeans na quente união de suas coxas, seus lábios, dente e língua seduzindo a à força com luxuriosa determinação.

Heather gritou, os dedos curvando-se nas palmas enquanto lutava por esfregar os duros mamilos contra o áspero tecido da camisa de algodão dele. Gemeu ante a elétrica excitação que os atravessou, arqueando-se entre as coxas dela, umedecendo sua vagina mais à frente do prazer.

Ele segurou-a firmemente enquanto a fazia recuar pelo quarto. Em cada passo abundava a antecipação, incrementando a tensão sexual enquanto esperava sentir a cama atrás de suas pernas.

Heather teve só um segundo para se dar conta que estava na borda do colchão antes de que ele a empurrasse para baixo, suas mãos se moveram rapidamente para abrir e desabotoar os jeans dela. Uma vez abertos, puxou a malha pelas pernas abaixo depois rasgou as calcinhas dos quadris.

— Olhe para você. — Grunhiu, enquanto se despia rapidamente, olhando-a fixamente, a cara dele ruborizada, os lábios cheios de sensualidade. — Tão malditamente diminuta. Minha luxúria por você às vezes me aterroriza. Cada vez que observo meu pau afundando-se dentro de você, assombra-me que possa agüentá-lo.

Havia vezes que ele a assombrava.

— Sam. — Ela estava resfolegando agora de excitação.

— Espero que esteja preparada para mim, Heather — disse em voz baixa enquanto liberava a enorme e grossa carne de seu pênis dos jeans.

Ela lambeu os lábios com nervosismo. Ele estava raivosamente duro. A cabeça em forma de ameixa pulsava com exigência, a pele sobre o resistente eixo se estirava tensa.

— Dê a volta. —O olhar dela voou para ele quando murmurou a ordem.

Sabia o que ele queria. Nesse segundo, era muito consciente que o menino mau que tinha sentido falta tão desesperadamente tinha retornado. E tinha retornado com uma vingança.

— Eu não... — Negou com a cabeça rapidamente. Não estava preparada. Tinha deixado de se preparar para ele quando suas relações sexuais se tornaram mais ternas, embora não menos famintas ou exigentes.

Ele sorriu tensamente.

— Assim é melhor, neném. Tão apertado e quente que minha cabeça se desprenderá quando disparar minha corrida dentro desse doce traseiro. Quando ouvir seu grito, porque não sabe se isto é prazer ou dor.

Seus jeans foram descartados, sua camisa atirada no chão enquanto dava a volta e tirava o tubo de gel lubrificante da mesinha de noite.

— Dê a volta, Heather. Não me faça te atar à cama.

Ela estremeceu diante a demanda. Diante o pensamento de ser atada.

— Você gosta desse pensamento, não? — Então várias gravatas de seda foram tiradas da gaveta. — Vejamos quanto.

Lutou contra ele. Não ia ceder sem brigar. Lutou e amaldiçoou a tranqüila força dele, enquanto a arrastava para a parte superior da cama, mantinha-a segura e restringia os pulsos contra as barras da cabeceira, estendendo suas coxas enquanto ele se posicionava entre elas. Ela estava aberta para ele, as coxas abertas, sua vagina tão quente e molhada que podia sentir os sucos escorrendo espessos ao longo dos sensíveis lábios.

— Maldição, quase poderia gozar apenas de te olhar. — Em vez disso, inclinou-se para frente, os lábios cobrindo um mamilo dolorosamente duro enquanto Heather gritava, arqueando-se contra ele, indefesa agora, receosa da corrente de excitação que corria por sua corrente circulatória. Gostava. Gostava de estar vulnerável, atada para o prazer dele.

— Sam. — Corcoveou contra ele, tão desesperada por seu toque agora, que sabia que ficaria louca se ele não se apressasse e a fodesse logo.

— Uh uh, neném. — Ele levantou a cabeça, os lábios úmidos pelos cuidados em seu seio, os olhos escuros, famintos. — É o momento para ver o que estava provocando. Da próxima vez que jogar comigo, Heather, pensará nisto.

Não me diga. Isso realmente ia assustá-la, pensou. Então tirou um dos brinquedos que tinham ficado sem usar da mesinha ao lado da cama. Ela abriu os olhos completamente quando o tirou do pacote de proteção.

O grosso e flexível consolador era quase tão grande como seu pênis. Sorriu malvadamente quando ela abriu os olhos por completo.

— Não te compartilhei todos estes meses, Heather, por uma razão. — Informou com voz sedosa. — Tomamos a decisão. Eu. Cade. Brock. Não mais compartilhar. Quer saber a razão, carinho?

Ela negou com a cabeça, a respiração entrecortada enquanto ele empurrava vários travesseiros sob seus quadris, elevando-a, elevando-a para lhe dar melhor acesso à pequena entrada que ela sabia estava decidido a tomar agora. Depois de dispô-la como ele quis, espremeu um grosso jorro de gel lubrificante em seus dedos.

— Sim, quer. — Sua voz era suave agora, perigosa em sua resolução completamente sexual. — Vou dizer isso de qualquer modo. Porque quando faço isto... — Seus dedos se meteram dentro de sua entrada anal. — E escuto isto... —Ele empurrou dois dentro dela, lentamente, com segurança, enquanto um comprido e trêmulo grito se rasgava da garganta dela. — Quero saber que é tudo para mim.

As costas de Heather se arquearam, enquanto ele enchia a estreita abertura com seus dedos, alargando-a, enviando um ardente prazer correndo através de seu corpo que temeu não sobreviver. Sua vagina pulsava, jorrava, enviando seus escorregadios sucos a misturar com a lubrificação que ele estava aplicando no estreito canal, fazendo a entrada muito mais fácil. Mas tinha passado muito tempo desde que a tinha tomado por ali. Não estava preparada, os músculos mais apertados, esquisitamente sensível.

— Heather, maldição. — Ele fez uma careta de antecipação enquanto ela o observava. Observava-o enquanto ele seguia o rastro de seus dedos entrando e saindo de seu apertado canal. — Ah, carinho. Isto vai ser tão bom. — Então levantou a vista para ela, sorrindo malvadamente enquanto ela tremia de pés a cabeça.

Empurrou os dedos lenta e suavemente, separando os músculos, estirando-os, preparando-a enquanto ela gritava no calor e no prazer/dor que assaltava seu corpo.

— Vai ser muito demorado — grunhiu ele, sua voz tensa pela antecipação — Estive morrendo de vontade por me afundar de novo dentro de seu doce cuzinho, Heather. Ansioso. Não quero esperar mais. E nunca vou esperar outra vez.

Afundou os dedos outra vez no interior dela. Profundos. Abertos. Heather cravou os calcanhares no colchão, elevando-se mais perto dele, corcoveando a cada entrada para levá-lo mais profundo. Estava bêbada da sexualidade espessando-se ao redor deles, úmida de suor, com a paixão propagando-se através de seu corpo.

— Preparada, carinho? — cantarolou, sua voz escura, tudo exceto tranqüilizadora, enquanto a elevava mais perto, levantando suas pernas até que pousaram nos amplos ombros dele, e situou sua ereção para a entrada.

— Sam... — Ficou imóvel quando sentiu a larga cabeça de seu pênis começando a separar a sensível abertura.

— Amo você, Heather. — As palavras suavemente sussurradas, tão cheias de emoção, de fome e necessidade, alagaram-na. — É minha vida. É o único laço que preciso. O único amor que desejo ardentemente. Só você, Heather.

Ela gritou quando seu pênis empurrou lentamente, implacavelmente em seu ânus. Sem dor. Com um raio de prazer tão intenso que a queimou viva, enviando chamas ondulantes através da vagina e do útero, deixando-a louca com a combinação de deleite carnal e excesso emocional.

Enquanto ele empurrava com abrasadora deliberação dentro do ultra-apertado canal, seus dedos não estavam quietos. O polegar atormentava seus clitóris. Os dedos jogavam com os nus lábios de sua vagina, deslizando-se dentro provocadores enquanto avançava lentamente no quente agarre por seu traseiro. Estava morrendo de êxtase. Heather corcoveou contra ele, tentando levá-lo mais profundo, ofegando depois gritando diante das cortantes rajadas de prazer enquanto seu corpo se acomodava à grossura de seu pênis, até que ele se assentou completamente, cada palpitante centímetro enterrado em seu traseiro enquanto os músculos convulsionavam a seu redor.

— Aí, meu amor. — Ele estava respirando com dificuldade, lutando por manter o controle.

Heather o olhou fixamente, aturdida, com o canal anal em chamas, cheio, estirado, alagada por tal ardência de prazer que temeu que o orgasmo que se aproximava.

— Agora — ofegou, movendo-se contra ele, tentando obrigá-lo a começar as profundas e fortes investidas que finalmente a enviariam para o clímax.

— Ainda não, carinho. — Então agarrou o consolador. — Não quero te compartilhar mais, mas estarei condenado se faço sem que certo pequeno grito transpasse minha alma quando lhe foder assim.

— Sam. Não posso suportá-lo. — Gritou enquanto ele esfregava a firme cabeça do falso pênis contra a entrada de sua vagina.

Ele estirava seu ânus tão fortemente, enchendo-o tão profundamente, que temeu que o que ocorreria a sua prudência se empurrava esse consolador dentro de sua vagina. Já estava balançando-se em tal cúspide de sensação que estava destruindo sua mente.

Ela tinha feito isto com seus irmãos. Sentir seus pênis forçando ao limite seu corpo, sua boca, e não tinha conhecido esta intensidade de sensação.

— Pena, carinho — sussurrou com doçura — Porque aqui vai.

Pôde sentir cada grosso centímetro, cada manipulada crista, cada condenado matiz do falso pênis enquanto ele começava a introduzi-lo lentamente em sua já apertada vagina. Moveu-se agitadamente entre seus braços, gritando enquanto o dilacerador prazer atravessava seu corpo com rajadas de paixão tão cegadoras que quase a deixaram sem fôlego.

Quando teve o dispositivo firmemente, profundamente, encravado dentro dela, começou a mover-se. Oh, Deus. Era muito. Empurrou as pernas dela para trás, ficando sobre ela, segurando seus braços a cada lado enquanto a olhava fixamente.

— Agora. — Retirou-se, o pênis quase deslizando-se livre do acolhedor ânus antes que ele voltasse a empurrar em uma larga estocada que lhe fez ver estrelas frente a seus olhos.

O consolador sepultado em sua vagina se movia com cada impulso. Lentas e superficiais estocadas que acariciavam seus nervos raramente expostos a tais sensações, raramente estirados desta forma. Sua cabeça se agitou. Seus músculos apertando-o enquanto ele gemia de prazer e perdia o último fragmento de controle. Gostava quando explorava dessa maneira.

Então começou a fodê-la a sério. Cada dura estocada no interior de seu ânus, cada roce do consolador em sua vagina a empurrava mais alto, transformava-a em uma criatura de sensações, faminta, desejando ardentemente cada segundo da conta atrás para o êxtase. E ele a estava levando para ele. Duros e devastadores impulsos em seu traseiro que a balançavam na borda do prazer, da dor, deixando-os a ambos os ofegantes, gemendo, desesperando-se.

Sua vagina ondeou e ela soube que ele o sentiu no túnel desesperadamente estreito no que ele se propulsava. Uma e outra vez. Os impulsos intensos, desesperando-se enquanto ela sentia esticar-se seu corpo, apertar-se seu útero, os espasmos de sua vagina.

— Agora. — Tentou gritar enquanto punha a prova seus nervos, sentindo o orgasmo crescer, elevando-se... destruindo-a.

Inconscientemente, os músculos de seu ânus seguravam mais forte o vigoroso pênis, a vagina apertando-se contra o consolador enquanto cada terminação nervosa de seu corpo explodia. Segundos mais tarde, gritou de novo quando ouviu o rasgado gemido de Sam, sentindo pulsar seu pênis, aumentar, logo os duros e quentes jorros de sêmen estalando em seu ânus, provocando outro orgasmo mais profundo e deixando-a sem respiração.

— Amo-te. Amo-te. OH meu Deus, carinho. Quanto te amo. — Sam desabou contra ela, uma chuva de beijos sobre sua face e lábios, enquanto o corpo dele se sacudia com força, tremendo, sua própria liberação ondulando através de cada músculo e tendão.

Heather brigou para recuperar o fôlego, mas os tremores secundários do orgasmo o roubavam cada vez. Estremeceu-se baixo ele, sua própria voz rouca, rasgada, enquanto a emoção a percorria.

— Te amo, Sam. — As lágrimas umedeceram suas bochechas, molharam seus lábios. — Te amo tanto. Mas preciso de nosso próprio lar. — A presa se quebrou em seu interior. — Preciso de nossa própria família, nossos próprios bebês. Maldição! Quero meu próprio quadro sobre minha lareira.

Agora estava soluçando, apenas consciente dele liberando-se dela, tirando o consolador e abraçando-a com doçura quando desatou as ataduras.

— Quero tudo isto — gritou em seu peito — Quero você completamente.

Nunca lamentaria o tempo que passou com seus irmãos, as escaramuças sexuais, ou o conhecimento selvagem e erótico de que ela podia ter a um ou a todos, cada vez que quisesse. Sem recriminações. Sem culpa. Mas já não queria mais isto. Verdadeiramente, nunca o quisera por mais tempo de que tinha durado. Tinha o que queria, o que precisava, agora mesmo em seus braços.

— Shh, carinho. — Seus lábios acariciaram a bochecha. — Sempre foi seu, Heather. Sempre. Tudo o que tinha que fazer, carinho, era dizer isso tudo, o que precisava era sabê-lo.

— Mas você precisava de seus irmãos. — Negou com a cabeça, odiando as lágrimas. — Precisava desse vínculo.

— Heather. — Jogou a cabeça para trás e ela se surpreendeu da profunda emoção que viu em seu olhar. — Com você, é tudo o que realmente alguma vez necessitei. Sem isto, nenhum vínculo na terra poderia me salvar, carinho. Minha alma murcharia e morreria. Você me salvou, Heather. Lamento que não sentiu que podia chegar para mim. Que não sentiu que podia me confiar seu sonho. As feridas se curaram lentamente, carinho, mas você as sarou. Sou todo seu. Sempre.

A verdade de suas palavras brilhou em seus olhos, na única lágrima que sulcou sua bochecha.

— Nosso próprio lar — sussurrou então — Nosso quadro sobre nossa lareira. — Colocou a mão sobre o abdômen dela. — Nosso bebê. — Sua voz baixa, voltando-se reverente, impressionada. — Desejo nosso bebê, Heather.

Em sua voz, seus olhos, ela viu a necessidade, os sonhos que ela temia ele nunca teria.

— Nosso bebê. — Sua mão cobriu a dele. — Te amo, Sam.

— E eu amo você, Heather. Para sempre, carinho. Para sempre.

 

Natal. Um Ano depois.

Havia três casas onde uma vez tinha havido uma. Ao alcance da vista dos outros, os jardins dianteiros olhavam para o centro do jardim do rancho principal. Cada um diferente. Cada um característico do casal que residia nela.

Cade estava em pé frente na ampla janela da suíte que ele e Marly tinham renovado para lhes permitir uma vista das outras casas. O quarto era grande, cheio agora dos delicados, e algumas vezes caprichosos, gostos de Marly. Mas apesar dos toques femininos, ainda retinha o gosto dominante que tinha o antigo quarto. O mobiliário escuro e pesado, as grandes sela, uma ampla cama. Não é que alguma vez a deixasse afastar-se dele.

Tinha passado um ano desde que ela e as outras tinham tramado e planejado a queda final dos homens August. Cade sorriu. Ser vencido nunca tinha sido tão bom.

— Não são bonitas as luzes? — Marly foi para seu lado, aconchegando-se contra ele enquanto a abraçava pela cintura.

Certamente as luzes eram bonitas. Cada casa tinha sido trespassada com uma multidão de festivas cores. Os pedaços de gelo iluminados gotejavam dos beirais, enquanto as fortificações de caramelo coloridos envolviam os postes do alpendre, e criações multicoloridos brilhavam rodeando as janelas. Era um maravilhoso inverno de prazer festivo. Drace tinha amado cada um e cada minuto da visão deles. E logo, haveria um irmão ou irmã para compartilhar a excitação.

Percorreu com a mão o volumoso abdômen de Marly, assombrado pela vida que podia sentir pulsando baixo ela. Gêmeos. Aterrorizou-o. Heather também estava grávida. Sarah acabava de dar a luz à filha recém-nascida de Brock. Uma pequena loira quebradora de corações que os teria curvados para manter os pretendentes afastados mais tarde. O rancho estava cheio de vida. De risada. De amor. Com sonhos que ele nunca pensou que seriam deles.

— Obrigado. — Pressionou um beijo nos cachos alvoroçados de sua esposa.

Ela elevou o olhar para ele, seus brilhantes olhos azuis empanados de emoção.

— Graças a você — sussurrou — Por nossos sonhos, Cade. Por se atrever a sonhar comigo.

Ambos se rodearam com os braços, seus olhares retornaram à vista, e o futuro estendendo-se frente a eles.

 

 

                                                                  Lora Leigh

 

 

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