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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


A PRIMEIRA VEZ / Nic Chaud
A PRIMEIRA VEZ / Nic Chaud

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Eu tive uma amiga de infância que era minha vizinha. Ela morava nos fundos da casa dos seus avós. A mãe desta minha amiga tinha fugido para se casar, mas, quando as ilusões acabaram, precisou voltar e pedir ajuda para ela e o marido. Os pais a tinham avisado de que ele não prestava, mas de nada adiantou. Sem coragem de colocar a filha na rua, deixaram-na ficar na casinha dos fundos, uma espécie de depósito.

E foi lá que passei boa parte da minha infância brincando, subindo em árvores e no telhado, fazendo fogueiras no quintal e quase pondo fogo na casa. Foram tempos bem divertidos. Com o passar dos anos, essa minha amiga arrumou um namorado e foi me deixando de lado. Nas poucas vezes em que nos encontrávamos era para falar dele e do que os dois faziam.

Eu perguntava sobre as sensações que ela sentia, se era bom beijar, que gosto tinha e coisas do tipo. Ríamos demais de tudo. Eu voltava para casa com inveja, querendo arranjar um namorado para mim. Mas meu pai não queria nem que eu mencionasse essa possibilidade. Só depois dos dezoito anos, ele me dizia.

Nesse meio tempo, um dos primos da minha amiga veio morar com os avós. O nome dele era Nicolas e tinha vindo fazer a faculdade na capital. Os avós concordaram com que ele se hospedasse na casa deles, durante o período de aulas. Eu o conheci numa das vezes em que estivesse lá. Ele era simplesmente maravilhoso. A primeira coisa que ele disse ao ser apresentado a mim foi: “Como você é linda, Alicia!”. Caí de amores imediatamente. E, discretamente, passei a controlar suas idas e vindas pela janela do meu quarto. Já conhecendo um pouco da sua rotina, eu dava um jeito de passar na frente da casa dele sempre que ele estivesse saindo ou chegando. Às vezes dava certo, às vezes não, mas quando dava eu sempre ganhava um beijo no rosto. E se minha amiga estivesse ao meu lado, ele parava para conversar e me olhava de um jeito que eu me derretia toda.

O tempo todo eu sonhava acordada, imaginando ele me pedindo em namoro, a gente se beijando, ele me fazendo carícias e tirando a minha virgindade. Eu queria muito que ele fosse o primeiro homem da minha vida. Mas um dia ele chegou com uma namorada, e depois dela veio outra e mais outra. Todas tinham o mesmo perfil, ricas e sofisticadas. Foi impossível não me comparar com elas. Eu era boba, inexperiente, sempre de camiseta, calça jeans e tênis. Nunca teria chance com ele. Para não sofrer mais, passei a evitá-lo e, como minha amizade com a prima dele já não era a mesma, acabei me afastando dela também.

No segundo grau e depois na universidade, fiz novas amizades e passei a me divertir muito. Quase todos os finais de semana eu fazia algum programa. Minhas amigas me ajudavam a escolher roupas que me deixavam atraente. Passei a despertar mais atenção do sexo oposto. Tive muitos namorados, mas nunca permiti que seus carinhos passassem da minha cintura. Eu queria que a minha primeira vez fosse muito especial, com um homem mais maduro e mais experiente do que os meus amigos de faculdade.

Para a formatura do meu curso superior, haveria um grande baile. Um dos meus colegas de turma, o Gabriel, seria o meu par. Ele era muito divertido, mas éramos só amigos. Minhas amigas torciam para que isso mudasse e passássemos a ser namorados. Não aguentavam mais saber que eu continuava virgem. Achávamos divertido o empenho delas em querer nos juntar. Mas ele havia me confidenciado estar apaixonado por uma menina da outra turma, que não queria saber dele. Como eu tinha alguma experiência em me sentir rejeitada, eu o entendia.

No dia da festa, marquei hora no salão para deixar o cabelo bem liso e preso num rabo de cavalo alto e também fiz as unhas e uma maquiagem de olhos esfumaçados. O meu vestido era preto, tomara que caia, com saia vaporosa. Perto da hora de sair, coloquei minhas pulseiras e brincos de brilhante, passei meu perfume francês favorito e apanhei a bolsa que havia escolhido. E, para a alegria das minhas amigas, que viviam reclamando de eu sempre querer sair de tênis, eu estava com sapatos de salto alto.

Meu amigo ficou impressionado quando me viu. Questionou-se brincando porque ele não tinha se apaixonado por mim. E eu respondi que estava me fazendo a mesma pergunta, já que ele também estava bem bonito. Combinamos de fingir estar namorando, para a outra pensar que ele tinha dado a volta por cima. Nos divertimos muito planejando o que faríamos.

O baile já estava cheio de gente quando chegamos. Era hora de colocarmos nosso plano em ação. Só faltava localizar onde estava a dona do coração do meu amigo. Depois de rodar os olhos por tudo, ele a encontrou, dirigindo-se com seu par para a pista de dança.

– Vamos dançar e você esbarra “sem querer” neles – pediu meu amigo

– Não prefere que eu dê uma cotovelada no par dela? – brinquei.

– Sem violência, por favor! Um esbarrão será suficiente.

– Você é quem manda!

Fomos rindo para a pista. Quando conseguimos emparelhar com o outro casal, fiz o combinado, mas quase desmaiei ao me dar conta de quem era o seu par. O primo da minha amiga de infância. Toda a atração que eu sentia por ele retornou com força total, assim como as memórias daquele tempo. Vi que ele me reconheceu e suei frio nessa hora. Esperei que meu amigo pedisse desculpas pelo esbarrão e me apresentasse como namorada dele. “Nós já nos conhecemos”, o primo da minha amiga falou, olhando-me fixamente, o que deixou sua companheira enciumada.

Ele estava ainda mais maravilhoso do que eu me lembrava. Vi que me estudava com os olhos e sua expressão era de surpresa, já que nunca tinha me visto vestida para uma festa. Em compensação sua parceira me olhava com desprezo. Pedimos desculpas mais uma vez e fizemos uma retirada estratégica. Fomos para a mesa de nossos amigos e sentamos bem juntos. A música alta nos obrigava a falar no ouvido um do outro. Do outro lado da mesa, minhas amigas batiam palmas para mim, achando que finalmente estávamos namorando, e apontavam os lábios me incentivando a começar logo com os beijos. Achamos engraçado e demos um selinho. Elas amaram e barulho de aprovação que fizeram atraiu o olhar do casal esbarrado, que ainda dançava.

Comentei com o meu amigo que, por uma coincidência do destino, o rival dele era o homem por quem um dia me senti rejeitada. “Rejeitada, só se foi na sua cabeça”, meu amigo disse, “porque o jeito que ele te olhou me diz exatamente o contrário. E não é que eu queira falar, mas ele continua te olhando. Vai dar confusão, eu conheço aquela mulher”. Dito e feito, pouco depois o casal alvo começou a se desentender, ela, furiosa, pegou a bolsa e saiu correndo com lágrimas nos olhos. “É a sua chance”, eu disse para o meu amigo, “corra atrás dela e não se preocupe que eu arranjo carona pra casa”.

Minhas amigas fizeram uma expressão de “Ué, que tá acontecendo?”. Eu disse a elas que explicaria depois. Nesse momento, uma música lenta começou a tocar e eu vi o Nicolas se aproximando.

– Você quer dançar comigo? – ele me perguntou.

Aceitei e fui com ele até a pista de dança. Devo ter ovulado no momento em que ele me tomou nos braços, porque a sensação de prazer de estar realizando um sonho foi indescritível. Ele me puxou com firmeza para perto do seu corpo e eu fiquei totalmente entregue aos seus movimentos. A música romântica intensificava ainda mais o que eu estava sentindo. Mais do que nunca, tive vontade de beijá-lo.

Ele percebeu meu desejo e se aproximou lentamente. Meus lábios se entreabriram, ansiosos pelo contato íntimo, úmido e quente. Seus lábios pousaram sobre os meus e ele começou a explorar o interior da minha boca com sua língua. Não trocamos nenhuma palavra. Perguntei-me que loucura era aquela que estava acontecendo. Mas meu corpo apenas correspondia, sem se importar. Senti que sua parte de baixo também correspondia, crescendo sob sua calça. Passei a reagir de modo instintivo, guiada pela língua dele.

– Sempre quis te beijar – ele disse em meu ouvido.

– Sempre quis que me beijasse – sussurrei em resposta.

– Mas você era muito nova.

– Fique tranquilo que agora já sou maior de idade.

– Fico muito feliz por isso. O que você acha da gente se encontrar essa semana? Queria te levar passear no meu carro conversível. Lembra que te prometi um passeio caso comprasse um carro desse tipo?

– É verdade. Como você ainda se lembra disso?

– Nunca me esqueci de você, Alicia.

– Mas a sua namorada não vai se incomodar?

– A informação que recebi agora pouco é de que não somos mais namorados, então sou um homem livre para sair com quem eu quiser.

– Neste caso, aceito o passeio de carro.

– Me passa o número do seu telefone.

Depois de anotar meu número, ele me perguntou se eu tinha com quem voltar para casa. Eu disse que sim e combinamos de nos falar no dia seguinte. Depois de me despedir dele, voltei para junto das minhas amigas, mais confusas do que nunca.

– Quem era aquele homem maravilhoso, pelo amor de Deus?

– Um conhecido de antigamente – respondi, dando risada.

– Conhecido bem íntimo pelo jeito. Vai ter que nos contar esta história direitinho.

– Podem deixar que outro dia eu conto, mas agora vamos dançar! Estamos formadas! Uhuull!

– Uhuull! – gritaram minhas companheiras, juntando-se a mim na pista de dança.

Cheguei em casa exausta de tanto dançar. Eu tinha me divertido muito e estava radiante pela promessa do passeio de carro com Nicolas. Reencontrá-lo tinha sido uma surpresa maravilhosa e beijá-lo tinha sido mais maravilhoso ainda. O que me fazia imaginar como seria transar com ele. Antes de dormir dei uma conferida no celular para saber se meu amigo tinha se dado bem. Mas quem tinha me mandado mensagem tinha sido o próprio Nicolas.

“Amei rever você!”

Mandei um coração como resposta e dormi relembrando nosso beijo.

Na manhã seguinte, eu e Gabriel começamos cedo a troca de mensagens.

– E aí, conseguiu consolar sua amada?

– Fiquei tentando a noite inteira, sem sucesso. Mas houve sexo-vingança e eu fui o premiado por estar por perto.

– E como foi, gostou?

– Sabe como homem é, a gente sempre gosta. Mas não posso dizer que ficar com ela me deixou feliz. Ela só estava com raiva do cara por ele ter ficado olhando para você. E por falar no cara, o que aconteceu depois que eu fui embora?

– Ele me tirou para dançar e me beijou. Também combinou me levar para passear de carro. Acho que sua amada vai precisar de mais consolo, esteja disponível.

– Com certeza estarei. E você, como está se sentindo? Gostou do beijo?

– Achei maravilhoso, principalmente por sentir que estava realizando o meu sonho de adolescente.

– Deve ter sido bem emocionante mesmo. Depois me conte como foi o passeio. E se a minha amada me chamar, eu te aviso.

– Combinado. Até depois! Bjo!

– Até! Bjo!

Para não perder mais tempo, larguei o celular e fui tomar banho. Queria estar pronta caso Nicolas me chamasse para passear. Quando saí do chuveiro, fui logo conferir o celular. Meu coração bateu forte quando vi que ele havia mandado uma mensagem.

– Oi, vamos passear depois do almoço? Vou visitar uma área rural que estou pensando em comprar. Topa ir comigo?

– Oi, topo sim. Que horas você passa para me buscar?

– Duas da tarde. Está bem para você?

– Está sim.

– Até depois, então!

– Até!

Com bastante tempo para me arrumar, comecei pela secagem dos meus cabelos. Precisei lavá-los, porque estavam cheios de spray de fixação forte. Penteado à prova de terremoto, como dizia meu cabeleireiro. Tive de rir quando me lembrei disso. Depois dos cabelos foi a vez do meu corpo ser hidratado e perfumado. E no rosto, fiz só uma leve maquiagem. Eu queria estar o mais natural possível, bem diferente das mulheres com as quais ele saia. Como ele tinha avisado que íamos visitar uma área rural, escolhi uma roupa esportiva, afinal eu não havia mudado meu jeito de ser.

Um pouco antes das duas ele avisou que estava chegando. Fui esperá-lo no portão. Ele também estava vestido com roupas esportivas, o que eu achei o máximo. Como o dia estava quente e ensolarado, o passeio com o conversível foi uma delícia. Eu parecia uma criança de tão empolgada que estava. Nicolas sorria por me ver contente.

– Eu sabia que você ia gostar de passear. Foi pensando em você que comprei este carro.

– Mas faz anos que não nos vemos e foi só por acaso que nos reencontramos.

– É que suas conversas me marcaram. Era delicioso ficar perto de você.

O brilho do olhar dele, quando revelou isso, me deixou muito excitada. Saber que ele gostava da minha companhia era muito bom.

– E de sua namorada, você gosta?

– Quero que saiba que não reatei meu namoro. Talvez o faça, mas ainda não sei. Eu trabalho para o pai dela e seria uma grande vantagem para minha carreira se eu casasse com ela. Ela é bonita, sofisticada e bem agradável quando quer. Mas o oposto também é verdadeiro, ela pode ser insuportável quando fica com ciúmes.

– Acho que eu também sentiria ciúmes de você. Você continua muito lindo.

– Ahhh, obrigado! Saiba que você está ainda mais linda. É um prazer olhar para você. Aquele seu namorado tem sorte.

– Ele não é meu namorado, é só meu amigo.

– Que bom! Assim vou poder te beijar sem culpa – brincou com olhar safado, pegando minha mão para beijar.

Quando chegamos, Nicolas passou uma mensagem para o corretor perguntando se ele já estava lá. O corretor respondeu que infelizmente teve uma emergência e precisou ir embora. Mas avisou que tinha deixado o portão aberto, para Nicolas entrar e dar uma explorada na propriedade. Qualquer dúvida ele poderia responder depois por telefone.

– Bem, já que estamos aqui, vamos entrar.

A área era bem bonita. O sogro de Nicolas queria construir um clube de golfe e Nicolas o estava ajudando a encontrar a propriedade certa. Depois de andarmos por tudo, Nicolas sentou-se no capo do carro e me puxou para perto dele, abraçando-me por trás.

– Não foi só um beijo que sempre desejei te dar – ele disse.

– E eu sempre desejei mais do que beijos e ainda desejo.

Para provar que eu estava falando sério, virei de frente para ele e o beijei, acariciando sua pele por baixo da camiseta. Ele correspondeu acariciando meus seios enquanto me beijava.

– Só tem uma coisa que eu preciso te dizer.

– Diga.

– Eu ainda sou virgem. Algo me fez sempre esperar por esse momento. Quero que minha primeira vez seja com você, que foi o primeiro homem por quem me apaixonei. Só hoje, só desta vez. Sei que amanhã você acabará voltando para sua namorada.

– Você tem certeza disso?

– Mais do que tudo na minha vida.

– Venha aqui então, porque também sempre sonhei com isso.

Saber que eu era virgem o deixou ainda mais excitado. Seus beijos e gestos demonstravam isso. Ele abriu o zíper da minha calça e se abaixou para puxá-la vagarosamente para baixo. Minhas pernas tremeram, tamanha a emoção que eu estava sentindo. Em seguida, Nicolas abaixou minha calcinha e me lambeu. Pensei que ia morrer, pelas desconhecidas sensações que me invadiam. Com ele me lambendo e me sugando e me lambendo novamente, eu já estava delirando e pedindo para ele enfiar seu pênis dentro de mim.

– Vamos fazer com bastante calma para você não sentir dor. Vou abaixar o banco do carro e depois senta no meu colo – ele disse.

– OK! – respondi, terminando de tirar minha calça e calcinha, que estavam arriadas.

Minhas pernas continuavam tremendo, pelo medo de alguém nos pegar em flagrante, mas era excitante estar correndo aquele risco. Ele colocou o banco bem para trás e deixou a porta aberta para nos dar mais espaço. Consegui sentar em seu colo, de frente para ele, esticando o que pude de uma perna no meio dos bancos e da outra na lateral perto da porta. Ele levantou minha blusa e começou a acariciar e sugar de leve os meus seios. Aquilo me deixou enlouquecida. Eu sentia o reflexo das suas sugadas em meu útero, me fazendo desejar que ele me penetrasse até o fundo.

– Eu quero você dentro de mim – eu disse.

Como resposta ele abriu o zíper da calça, deixando seu pênis duro à mostra. Olhei fascinada.

– Coloque a mão, sinta, pode mexer com a pele pra cima e para baixo se quiser.

Fui obedecendo aos seus comandos. Toquei na ponta do pênis que estava molhada e deslizei meu dedo naquela região, depois coloquei o dedo na boca para sentir o gosto e cheirei minha mão para saber seu cheiro. Ele me observava descobrindo o sexo e parecia fascinado com aquela experiência. Ambos estávamos muito excitados, mas ele estava se controlando. Era importante, para ele, que a minha primeira vez fosse prazerosa.

Quando ele achou que eu estava pronta, pediu para que eu me erguesse um pouco, e, tendo seu dedo como guia, encaixou seu pênis na minha abertura, e devagarinho foi forçando a entrada, puxando ao mesmo tempo meu corpo para baixo, dizendo para eu parar se sentisse dor. O começo foi bem, mas, quando chegou na parte mais grossa de seu pênis, precisei recuar um pouco. Ele ia incentivando meus movimentos, “isso mesmo”, “tente de novo”, “experimente fazer movimentos de subida e descida só na ponta”.

Eu nem percebi que tinha fechado os meus olhos, escutando ao longe a voz dele me guiar. O foco dos meus sentidos estava concentrado na minha vagina, se alargando e se moldando ao pênis dele, até que senti uma dor ardida, quando meu hímen se rompeu. A dor não demorou muito a passar e logo pude sentar um pouco mais fundo, até a penetração ficar quase completa. “Fique sentada assim”, ele disse, “deixe seu corpo se acostumar com a sensação, enquanto eu te penetro um pouco mais.” A dor ardida foi sendo trocada por uma onda de prazer, eu estava experimentando pela primeira vez a sensação de um orgasmo total. Gozei ali mesmo, parada, contraindo de modo instintivo minha vagina no pênis dele, prolongando o prazer que eu estava sentindo.

Com o rosto afogueado e o coração batendo acelerado, abri meus olhos brilhantes pelo prazer sentido.

– Foi maravilhoso – eu disse.

– O prazer foi meu, paixão. Se achar que já está pronta para repetir, eu quero que descubra o que é ter um homem em suas mãos e fazer dele o que quiser. Quem vai me guiar agora é você. Me fale o que vai fazer, o que espera que eu sinta. Estou em suas mãos.

Só de imaginá-lo em minhas mãos, a excitação voltou com força, e enquanto eu me sentava sobre ele, fui falando como estava me sentindo, desinibida como nunca em minha vida.

– É maravilhoso ter seu pau dentro de mim. Estou com vontade de te dar muito prazer, porque gozar é a melhor coisa do mundo.

– Então se mexa – ele disse – para cima e para baixo, para cima e para baixo... Mais rápido um pouco agora, assim, assim, assim, assimmmmm...

Como eu não sabia quando parar, ele me segurou com gentileza enquanto gemia e gozava. Ficou curtindo a sensação de olhos fechados, até que seu pênis voltasse ao normal. Fiquei observando suas reações, e entendi o que ele quis dizer em ter um homem em minhas mãos. Quando ele abriu os olhos, sorriu para mim dizendo:

– Foi indescritivelmente maravilhoso para mim também.

Vi que a calça dele tinha ficado manchada de sangue e avisei. Não se preocupe, ele disse. Eu amarro um casaco na cintura e ninguém vai ver. Depois de nos arrumarmos o máximo que conseguimos, nós dois nos olhamos.

– Nunca vou me esquecer de você durante toda a minha vida – eu disse.

– Também jamais me esquecerei de você, Alicia, nem deste dia maravilhoso que vivemos juntos.

Voltamos para casa e nos despedimos. Senti seu olhar meio triste, assim como o beijo de despedida que me deu. Pouco tempo depois recebi o convite de casamento dele. Meu coração e o do meu amigo, ainda apaixonado pela noiva de Nicolas, ficaram em frangalhos. No fundo, tínhamos esperança de um dia podermos ficar com nossos amados. Mas Nicolas tinha um projeto ambicioso de vida e sua namorada o projeto de ter um marido.

No dia do seu casamento, me arrumei o mais bonita possível, e com a coragem que me restava, fui à cerimônia acompanhada pelo Gabriel. Precisávamos ver com nossos próprios olhos eles dizendo sim um para o outro. Nicolas estava lindo e, ao dizer sim, se tornou indisponível para mim. No final da cerimônia, dei-lhe um beijo no rosto e me despedi. Alguns podem achar cruel ele ter me convidado para o casamento dele. Mas acho que ele quis me libertar para eu poder viver um novo amor. Quem sabe eu até me apaixone pelo Gabriel.

Mas guardarei bem guardadas as memórias daquele dia. Meu corpo ficou marcado para sempre, pelo seu primeiro e maravilhoso toque. A cada orgasmo que atinjo, tenho consciência que devo parte do prazer a ele, pois foi ele quem me ensinou a ser mulher. 

 

                                                    Nic Chaud         

 

 

 

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