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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


COUP GRACE / Lani Lynn Vale
COUP GRACE / Lani Lynn Vale

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Series & Trilogias Literarias

 

 

 

 

 

 

Michael era o cara. Aquele de quem todo mundo tinha cautela.
Talvez fossem as tatuagens. Talvez a maneira pela qual ele exalava uma vibe 'não mexa comigo'. Talvez porque ele tenha pedido que o deixassem em paz.
De qualquer maneira, as pessoas lhe deram seu espaço.
Ele estava mal, e todos sabiam.
Ele tem tatuagens, porque ele gostava da dor.
Ele era retraído. Ele não tinha muitos amigos fora do trabalho.
E a única coisa que se sabia sobre ele era que ele era um bom policial.
Todos falavam sobre ele, mas ninguém perguntava.
A única que não o tratava como se ele fosse um asno era Nikki Pena, uma mulher que nunca seria dele.
Nikki era aquela garota. Aquela que todos gostavam.
A única mulher que ele iria destruir se ele deixá-la ter a caminho.
O que ela queria? Mas, ele não poderia dar a ela.
Ela não merecia o que seria necessário para estar com ele.
Então Michael iria sofrer em silêncio... ou então era isso o que ele pensava.
Mas a mulher que ele amava tinha ideias diferentes.

 

 

 


 

 

 


CAPÍTULO 1

Eu lambi isso. Então é meu.

-Fato da vida

Michael


"Você precisa ter certeza que estará em casa às seis se quiser chegar a tempo para o jantar,” meu pai disse cansado. "Você sabe como sua mãe fica quando você não aparece na hora certa."

Eu estremeci.

Eu sabia como minha mãe ficava.

Irracional é como ela fica.

É como se ela não tivesse sido casada com um médico pelos últimos trinta anos.

Não posso citar uma única vez que meu pai chegou a qualquer evento na hora, seja um aniversário, férias, evento esportivo, formatura, ou inferno, até mesmo a merda de um nascimento.

Nenhuma uma vez eu a vi irritada com meu pai por estar atrasado, mas o filho dela estar atrasado de repente parava o mundo inteiro.

"Vou tentar chegar na hora." Eu disse a ele. "Mas não prometo nada. Tenho que trabalhar até as cinco e meia. Leva quase trinta minutos para chegar a sua casa a partir da estação. E isso se eu sair na hora certa. Eu pedi a ela para marcar a festa para mais tarde, mas ela não quis me ouvir."

"Joslin queria às seis." Meu pai disse hesitante, abrindo a porta para o seu escritório. "E este é o horário que Dean pode estar lá."

Fechei minhas mãos firmemente, tentando me controlar para não fazer um buraco na parede com meu punho.

Eu não conseguia entender porque minha mãe continuava a convidar a minha ex-mulher.

Dean pelo menos era o meu maldito irmão, e eu podia entender porque ele teria que estar lá.

Era como se minha mãe não se importasse que Joslin já não fosse mais casada comigo. Geralmente a família escolhe o filho, e não a ex do filho.

Nós estávamos juntos por um pouco mais de um ano e meio quando descobri que ela tinha me traído.

Reconheço que, a razão pela qual ela tinha feito isso havia sido culpa minha, ou pelo menos foi o que ela me disse, mas ainda não lhe dava o direito de fazer isso comigo.

Tínhamos feito votos. E eu, pelo menos, os quis dizer.

Contendo o desejo de dizer, 'Foda-se Joslin,' andei até as portas laterais do hospital, passando pela entrada das ambulâncias com meu pai.

"Eu entendo," resmunguei.

Meu pai olhou pensativo, como se quisesse dizer algo, mas não sabia como falar.

"Michael, eu preciso te dizer uma coisa..." Meu pai começou.

Eu teria ficado para escutar, mas o microfone no meu ombro começou a gritar.

"A unidade mais próxima é necessária no Pleasant Circle 5543. Possível duplo homicídio," ordenou o despachante.

Suspirando, virei e estendi minha mão ao meu pai.

"Tenho que ir, pai. Vou tentar chegar a tempo, mas não estou prometendo nada." Eu disse a ele.

Ele assentiu, olhando ao redor, como se estivesse chateado por não ter dito o que ele queria, e apertou minha mão falando, "Fique a salvo."

Meu pai, assim como minha mãe, não gostava de eu ter escolhido me tornar um policial.

Eles gastaram milhares e milhares de dólares comigo na faculdade de medicina apenas para depois eu sair e me alistar na Marinha.

Assim que entrei na Marinha, continuei meus estudos. Depois de ter terminado, fui afastado por um tempo devido a uma lesão leve no meu pé esquerdo causado pela explosão de uma bomba, então decidi que a área médica não era realmente algo que me interessava muito mais.

O que tinha irritado tanto minha mãe quanto meu pai.

Imensamente.

Mas eu odiava isso.

Eu só tinha feito faculdade de medicina porque era o que esperavam de mim.

Ninguém da minha família conseguiu entender por que eu desisti.

Minha mãe era enfermeira. Meu pai era médico. Meu irmão era médico, e minha irmã enfermeira.

Eles não percebiam o fato de que eu era feliz. Eles apenas viam os milhões de dólares eu estava jogando pelo ralo me tornando um oficial da SWAT.

Sem mencionar que eles eram democratas incondicionais e eu, definitivamente, não era.

Minha mente, no entanto, ficou subitamente alerta assim que eu a vi.

Nikki.

Ela tinha um longo cabelo castanho brilhante, pele caramelo deslumbrante e lindos olhos castanhos.

Hoje, ela estava vestida com seu uniforme.

Uma cor cinza escuro que, apesar de parecer incrivelmente feia, não a tornou feia.

Ela era uma flebotomista1e estava na equipe de IV. Uma paramédica licenciada que trabalhava como uma técnica na sala de emergência. Ela passava fazendo IV em todo o hospital, mas ficava principalmente no pronto-socorro, onde ela era mais necessária.

Ela também estava estudando para ser uma parteira, e pelo que eu soube através de Nico, o irmão dela e outro membro da equipe SWAT, ela estava indo muito bem e quase se formando.

E eu estava apaixonado pela mulher.

Somente ela, ninguém a não ser ela.

Tão apaixonado que mal podia ficar perto dela.

Ela era apaixonada por mim, também... ou tinha sido quando nos conhecemos.

Mas eu tinha arruinado isso, como sempre arruinei fodidamente cada coisa em minha vida.

Veja, eu era um idiota.

Um idiota diagnosticado, mas mesmo assim um idiota.

Eu era bipolar.

Eu tomo meus remédios rigorosamente.

No entanto, houve momentos... como quando eu disse a Nikki que não queria ter filhos com ela... que o idiota escapou, e acertou pessoas inocentes, arrasando relacionamentos com danos colaterais.

Eu não pretendia que saísse da maneira que saiu.

Na verdade, posso afirmar que saiu de maneira inteiramente oposta.

Eu não queria ter filhos gerados por mim.

Eu não queria que meus filhos sofressem com o que eu tinha. Ser bipolar era apenas a ponta do iceberg.

Eu lutava também com a depressão por muito tempo em minha vida.

Eu tinha TDA (Transtorno do Déficit de Atenção).

E juro por Cristo que não queria fazer uma criança passar por isso.

Eu era um excelente exemplo de uma pessoa que não deveria ter filhos.

Mas eu era de Nikki, mesmo que Nikki não fosse minha. Pelo menos não mais.

Ela teria para sempre o meu coração, mas eu nunca esperaria o dela.

Era melhor assim.

Eu estava tão fodido que literalmente não suportava mais.

E eu não queria que uma mulher como Nikki, alguém tão puro de coração, tivesse que lidar com a minha merda. Porque certamente a merda era muito maior do que isso.

Observei-a até que ela entrou, então finalmente saí do estacionamento para responder ao chamado de duplo homicídio.

E mais uma vez isto enfatizou o fato de que algumas pessoas realmente não deveriam ter filhos.

Parando no quintal que abrigava um trailer de largura dupla, caminhei até a porta da frente, onde um casal de idosos estava em pé.

O senhor tinha as mãos envolvidas em volta dos ombros da senhora, segurando-a confortavelmente.

Como se, se ele não fosse cuidadoso, ela poderia facilmente desmoronar.

Saí da minha viatura, meus pés rangendo no cascalho.

Enquanto caminhava até eles, fiz um levantamento dos arredores. O terreno ao redor do trailer era limpo e bem conservado.

Um canteiro de flores cercado com tijolos vermelhos estava alinhado ao lado do trailer.

Um barco de pesca estava debaixo de um toldo, com um reboque de quatro rodas na parte de trás, pronto para puxar a querida embarcação a qualquer momento.

Um balanço infantil balançava na varanda da frente, sendo empurrado por nada mais que o vento.

E eu tive um pressentimento muito, muito ruim.

No momento em que me aproximei, ambos começaram a falar ao mesmo tempo.

"Eles estão mortos!" Gritou a mulher, cobrindo a boca com a mão.

"Ele atirou nela e, em seguida, nele mesmo," o homem disse bruscamente. "O bebê também. Não tocamos em nada."

Bile começou a subir em minha garganta, e eu disse, "Por favor fiquem ao lado da minha viatura."

Eles me atenderam prontamente, e fiquei agradecido.

Eu podia dizer que o homem era um homem duro.

Ele tinha uma tatuagem do Corpo dos Fuzileiros Navais em seu antebraço direito, e o que claramente se assemelhava a uma ferida de faca logo acima.

Seus olhos eram duros e o seu comportamento ainda mais.

Mas o que ele viu lá dentro o abalara.

Tomando uma respiração profunda, ultrapassei o limiar da porta e imediatamente virei-me para perder meu almoço ao lado da varanda.

Não me envergonho de ter um coração.

Mas qualquer homem ficaria desnorteado com o que eu tinha acabado de ver.

Tomando algumas respirações profundas, fiz uma prece silenciosa e mais uma vez ultrapassei o limite.

Desta vez fui capaz de observar melhor a cena.

Antes eu tinha parado sobre a criança.

Agora, fui capaz de me mover, passando pela criança que estava em frente a uma porta de vidro deslizante que corria por toda a sala, até o homem caído contra o balcão do outro lado.

Ele estava sentado, um revólver caído logo à direita da sua mão.

Em sua cabeça havia um grande buraco no topo, por onde a bala tinha saído.

Passando por ele, vi as pernas de uma mulher do outro lado da ilha.

Andei com cuidado pela sala, contornei a ilha e fechei os olhos no momento em que vi.

Ela era linda. Longos cabelos loiros espalhados ao seu redor como um halo. Saia bonita e uma blusa agarrada estreitamente em uma barriga de grávida.

"Foda-se," suspirei, caindo de joelhos.

Embora eu soubesse que era inútil, verifiquei o pulso em cada um dos pais.

Mas o Rigor Mortis já tinha se instalado; eu sabia que eles estavam mortos no momento que meus dedos tocaram em suas peles.

Eu realmente não queria verificar o bebê, mas sabendo que tinha que fazê-lo de qualquer maneira, caminhei cuidadosamente até ele.

Ele vestia um pijama vermelho com desenhos de patinhas de cachorrinho sobre ele.

Seus pezinhos estavam cobertos por um minúsculo par de meias vermelhas, e eu me senti agradecido.

Ela disfarçava a quantidade enorme de sangue em torno dele.

O sangue dele e de sua mãe estavam se misturando, e você não saberia dizer de quem era quem.

Mas quando meus dedos encontraram sua pele fria, e eu senti a sua pulsação, todo o meu corpo congelou em estado de choque.

Ele estava vivo!

Filho da puta.

Ele tinha um ferimento a bala no rosto, mas ele estava vivo!

Peguei-o, coloquei-o suavemente sobre meu ombro e comecei a correr para fora da porta.

Fiquei grato como o inferno ao ver Bennett, outro membro da equipe SWAT e colega de profissão, parando na entrada.

Ele me viu chegando e seus olhos brilharam.

Eu não perdi um segundo, no entanto.

Corri para a porta do passageiro, caí dentro e disse, "Dirija!"

Ele dirigiu, e a última coisa que vi antes de voltar minha atenção ao menino nos meus braços, foi o olhar horrorizado das duas pessoas idosas quando saímos da garagem, pulverizando terra e cascalho no nosso rastro.

"Por que não esperamos a ambulância?" Bennett gritou, fazendo uma curva rápido demais.

“Porque estamos no máximo a dois minutos do hospital e a ambulância vai levar pelo menos cinco para chegar aqui. É mais fácil e mais rápido ir de carro, e esse bebê pode não ter muito tempo, " disse-lhe sinceramente.

Ele não disse mais uma palavra, e eu também não.


CAPÍTULO 2


Mulheres danificadas são fortes. E loucas. Não se esqueça de loucas.

-Copo de café


Nikki


"Nikki"! Lennox chamou do posto de enfermagem.

Olhei por cima do homem que eu estava colocando uma IV e levantei minhas sobrancelhas em questionamento.

"Nikki, Paxton vai colocar essa IV para você. Preciso de ajuda. Agora," ordenou Lennox.

Os olhos dela estavam assombrados, e eu ofeguei com seu olhar.

O que diabos estava acontecendo?

Senti no momento em que o trauma tinha entrado.

O quarto inteiro acelerou.

Não costumo participar de traumas devido à minha falta de credenciais, sempre ficando fora do caminho, ajudando onde eu era necessária.

Entregando o IV para Paxton terminar de colocar, dei uma batidinha na mão do homem e me apressei a sair do quarto.

Minha primeira indicação de que algo estava seriamente errado foi quando entrei na sala e vi as botas pretas de um homem no final da mesa de exame, curvando-se sobre a extremidade da maca.

Então entrei mais um pouco para ver que ele usava as mesmas calças cargo que o pessoal da KPD usava.

Mas o que realmente me alertou foi o fato que o homem usava blusa de mangas compridas.

Ninguém, e eu quero dizer ninguém, usava mangas compridas no meio de um verão no Texas.

A menos que seu nome fosse Michael 'Saint' Perez.

"O que você precisa?" Consegui perguntar a Lennox, desviando o olhar.

Eu ainda tinha que ver o que estava na maca, mas eu sabia que era ruim.

Todo o corpo de Michael estava protegendo o que quer que fosse, e eu sabia que seria ruim antes de terminar de contornar a maca.

"Preciso que você consiga um IV nele," ela disse suavemente.

Foi quando Michael se moveu, e eu quase perdi a sustentação das minhas pernas. "Doce Maria mãe de Deus," sussurrei devastada.

Os olhos de Michael estavam vazios.

Nenhuma emoção neles, nada.

Mas eu podia dizer que ele não estava assim por minha causa.

Ele estava assim porque sabia que se mostrasse até o mínimo de emoção, ele iria sucumbir. Como eu estava prestes a fazer.

Seguindo o seu exemplo, firmei minhas defesas e disse, "Calibre 22."

Então comecei a trabalhar em conseguir uma IV em um bebê de menos de dez meses de idade, com um pouco de perda de sangue, e um ferimento de bala na cabeça.

Enquanto Michael, o homem por quem estava apaixonada por mais de dois anos, me assistia, segurando a criança em seus braços e falando com ele como se fosse seu pai.

Coração acelerado, achei uma veia e comecei uma IV.

Já tinha feito isso muitas vezes, e era raro eu perder.

Assim que o acesso foi iniciado, recuei, observando a equipe de trauma descendo em massa.

Michael, porém, não saiu.

Mesmo quando sua ex-mulher apareceu e pressionou seu corpo inteiro contra o dele para pegar uma maldita gaze, quando ela poderia ter tirado uma do seu bolso.

Vadia.

Deus, ela fez minha vida um inferno.

Literalmente, dia após dia ela fez questão de me torturar, e eu não sabia porquê.

Ela não sabia que eu gostava de Michael.

Diabos, poucas pessoas sabiam que eu o conhecia.

O que Joslin não gostava sobre mim era o fato de que todos gostavam de mim.

Eu era, por natureza, uma pessoa agradável.

Eu me dei bem com todos.

Eu era uma participante ativa da equipe, e poderia trabalhar malditamente perto de qualquer um.

Com ela, porém, eu não conseguia trabalhar.

Não só porque ela se recusou, mas porque ela me odiava e eu me recuso a me torturar. Então, quando ela começou a se pressionar em Michael, eu queria dar uns bons tapas nela.

Mas, como a profissional que eu era, saí do quarto e fui ver onde eu era necessária.

Eu era a mais nova técnica de ER.

E também uma paramédica licenciada.

Mas uma paramédica que não poderia estar em uma ambulância, porque tenho enjoo. Uma coisa que eu não tinha percebido até que iniciei em meu primeiro emprego.

Sorte minha que tinha começado com outro paramédico licenciado que cuidou de mim, porque passei o tempo todo vomitando, efetivamente terminando minha carreira antes mesmo de começar.

Eu tinha desconsiderado completamente a área médica depois disso, voltando para o escritório do meu pai onde fui uma secretária, com meu rabo entre as pernas.

Mas quando minha melhor amiga, Georgia, voltou para a cidade, ela me convenceu a me dar outra chance, e aqui estou eu, na equipe de IV e sendo uma pessoa útil de qualquer maneira que eu pudesse.

"O que aconteceu?" Ouvi perguntarem atrás de mim.

Vi Paxton, um PA que trabalhava conosco, olhando para o quarto de onde eu tinha acabado de sair.

"Ferimento de bala na cabeça," sussurrei, tentando esquecer, mas ainda não conseguindo fazer isso muito bem.

"Foda-se," Paxton resmungou.

Eu gostava de Paxton.

Ele era um homem muito sexy, com cabelo castanho escuro enrolado sobre as orelhas e um belo par de olhos azuis que poderia fazer qualquer coração palpitar.

Seu coração só vibrava para homens, no entanto.

Especificamente, o seu companheiro que ele havia conhecido apenas há alguns meses através de um amigo em comum dos dois.

"Sim," eu disse, me virando e lavando as mãos na pia que ficava ao lado da saída que os paramédicos usavam ao entrar ou sair, ao fazer a transferência de pacientes. "Vou correr até o Starbuck’s. Quer alguma coisa?"

Paxton balançou a cabeça.

"Não, já comi uma barra de chocolate. Minha bunda não pode mais receber quaisquer calorias hoje," ele respondeu timidamente.

Rolei meus olhos.

Minha bunda é que definitivamente não poderia mais ter qualquer caloria, mas mesmo assim eu não estava dando uma merda a isso no momento.

Definitivamente eu puxei a minha mãe na forma curvilínea.

Eu tinha o que minhas irmãs gostavam de chamar 'quadris abundantes.'

Seios grandes, quadris largos, coxas tonificadas (que, eu poderia acrescentar, estava maior do que o aceitável) e um queixo de formato questionável, perto do que chamariam de 'duplo.’

Meus amigos e família não viam o que eu via, as imperfeições.

Eles diziam que eu era linda.

Eu dizia que eu era gorda.

To-ma-tes. To-ma-tes2.

Não me pergunte por que fiz o que fiz em seguida.

Pode ter sido porque eu era louca. Ou pode ter sido porque eu sabia que ele precisava, mas fiz isso sem segundas intenções.

"Eu quero um latte amaretto de 590ml e um Americano preto de 828ml." Pedi.

Uma jovem adolescente sorriu, fervendo meu leite e polvilhando canela sobre a espuma no topo da bebida.

"Isso vai custar oito e cinquenta," disse ela, estendendo a mão.

Coloquei uma nota de dez na sua mão e disse: "Fique com o troco."

Ela sorriu. "Obrigada."

Levando meus dois cafés, voltei pelo corredor da sala de emergência. Quando virei no final do corredor que me levaria até o ER, bati diretamente contra uma parede de tijolos de carne.

Instintivamente, levantei minhas mãos para salvar o café e inadvertidamente colidi meus seios contra um peito duro e bem definido. Eles instantaneamente endureceram.

"Oh!" Eu disse surpresa.

"Foda-se," uma voz profunda sibilou, movendo as mãos para o meu quadril para me manter firme.

Aquela voz sempre teve a capacidade de enviar arrepios a minha espinha.

"Michael," suspirei, sorrindo timidamente para ele.

"Nik," ele suspirou. "Desculpe, eu não estava olhando para onde estava indo."

Abaixando meus copos, dei um passo para trás lamentando a perda do seu calor.

Eu sabia, no entanto, que quanto mais tempo eu ficasse lá tocando-o, mais difícil seria me afastar.

"Eu peguei isso para você." Falei, empurrando o café em sua direção.

Ele pegou antes que eu o derramasse todo em seu peito, mas para ser honesta, sua camisa realmente não poderia ficar pior.

Não com a quantidade enorme de sangue que eu podia ver a encharcando.

Ele teria que jogá-la fora.

Pode ser preta, mas não havia como ele tirar todo esse sangue.

As letras brancas que o designavam como um oficial da KPD estavam manchadas de vermelho, e eu tinha a sensação de que não iria sair. Nem esfregando muito.

"Obrigado," ele disse, parecendo surpreso.

"Parecia que você precisava disso," murmurei, caminhando ao redor dele até a porta que levava ao ER.

Ele sorriu tristemente.

"Eu aprecio isso," ele murmurou, olhando o café como se ele fosse a resposta para todas as perguntas da vida.

Vê-lo assim me fez lembrar da última vez que ele fez isso.

Tinha sido em uma reunião da SWAT que se transformou em uma festa improvisada quando eu tinha aparecido com uma caixa cheia de tamales3 da minha mãe.


***

Dois anos atrás.

"Caramba, esse homem é malditamente quente!" Eu disse a minha melhor amiga em todo o mundo.

Geórgia estava linda. Tão linda agora quanto tinha sido quando ela partiu.

E eu tinha sentido muita falta dela.

Georgia sorriu para mim. "Qual deles"? Ela perguntou descaradamente.

Eu sabia que ela estava certa.

Eles eram todos excessivamente quentes.

Exceto meu irmão. Ele era apenas meu irmão e eca. Isso era errado de pensar... em tantos níveis que eu não poderia listar todos.

"Todos, menos Nico. Ele é feio,” eu disse a ela.

Ela rolou os olhos para mim. "Seu irmão é lindo, e você sabe muito bem disso."

Dei de ombros.

"Eu estava falando sobre o Michael," afirmei, observando enquanto ele inclinava-se na cadeira e colocava os dedos entre os joelhos.

Geórgia revirou os olhos.

"Por que você sempre vai para os maus?" Ela perguntou, forçando uma cerveja na minha mão.

Eu pisquei.

"Não gosto de cerveja," disse, estendendo a mão com a garrafa para ela.

Ela me deu um olhar aguçado. "Vá levar isso para ele. Ele pediu por isso."

Borboletas começaram a se agitar em minha barriga, e eu sorri para minha melhor amiga. "Eu te amo, você sabe."

Os olhos de Geórgia brilharam com lágrimas não derramadas. "Não me faça chorar. Leve para ele antes que eu faça."

Mostrando minha língua, atravessei o espaço que separava os homens de mim e Geórgia.

Eu sabia que ele tinha me notado assim que me afastei de Geórgia.

Não era como se ele estivesse me olhando, mas ciente da minha presença

Quando cheguei ao seu lado, ele levantou o rosto e olhou para mim, sem sorrir.

"Sua cerveja"? Ofereci-lhe.

Ele pegou cuidadosamente. Com tanto cuidado que não tocou em um único pedaço da minha pele nesse momento.

"Obrigado," ele murmurou, sorrindo sem graça. "' Aprecio isso."

Eu o tinha visto antes. O notei em eventos da SWAT. Observei-o enquanto visitava o meu irmão.

Essa foi a noite em que me tornei ciente dele.

Que fiquei obcecada por ele.

Essa foi a noite em que meu mundo mudou, eu desejei ser uma estrela, e estar sob o céu estrelado com Michael ao meu lado.

Horas depois de lhe entregar aquela cerveja, ele me contou sobre sua ex-mulher. Sobre o trabalho dele. Sobre como sua esposa o culpou por não querer filhos, e porque ela o traiu.

Essa foi a noite em que me apaixonei por ele.

Completamente apaixonada.

 


***


"Precisa de algumas roupas?" Perguntei suavemente.

Ele balançou a cabeça. "Não. Vou direto para a estação e colocarei meu equipamento de treino. Obrigado pela oferta, entretanto."

Sorrindo, digitei o código para abrir a porta, mas parei quando Michael chamou meu nome.

"Nikki"?

Virei-me para encontrá-lo olhando para mim. Seus olhos cheios de dor.

"Você... Você quer assistir um filme e jantar esta semana?" Ele perguntou esperançoso. Pisquei e, em seguida, um pequeno sorriso surgiu em meu rosto. "Sim, acho que eu gostaria disso."

Ele assentiu, virou-se e saiu do edifício.

Sem olhar para trás nem uma vez.

E eu fui deixada lá no corredor, praticamente dando pulinhos em excitação.

Então ao me virar, o sorriso lentamente caiu do meu rosto quando vi Joslin ali de pé, com os olhos cheios de fogo.

Escolhendo ignorá-la, passei por ela murmurando, "Desculpe-me."

Mas eu sabia que não isso não seria o fim.

Nem de perto.


CAPÍTULO 3

Sexta-feira. Minha segunda palavra favorita de S.

-Copo de café


Michael


É desnecessário dizer que eu estava muito atrasado para a festa da minha mãe.

Por mais de uma hora.

Eu estava vestindo uma camiseta branca e calça jeans preta com tantos buracos que poderia ser considerado um short.

E estava mostrando minhas tatuagens.

Uma coisa que minha mãe definitivamente não iria gostar.

Mas não pude evitar.

Eu poderia ir para casa, me trocar e fazê-la feliz, porque estaria cobrindo minhas tatuagens, mas chegaria bem mais tarde. Ou poderia estar um pouco atrasado e vir descoberto.

Era uma situação perde-perde, e eu realmente não me importava muito neste momento.

Eu queria vir a esse jantar tanto quanto queria cortar minhas bolas.

Infelizmente, eu amava muito a minha mãe, e sofreria para vê-la feliz.

Como compartilhar um maldito jantar com a minha ex. Ela foi o pior erro da minha vida, mas minha mãe se recusava a mandá-la ir se foder.

Chegando a casa dos meus pais, abri a porta do carro e saltei.

Eu dirigia uma Ford F-150 elevada, para grande consternação dos meus pais.

Éramos uma família de carros, puro e simples.

Ou pelo menos eles eram, não eu.

Eu amava a minha caminhonete.

Eu poderia sujá-la e não me preocupar com o interior porque caminhonetes eram para isso.

Empurrando as chaves no meu bolso, virei-me para pegar a torta que estava em meu carro desde esta manhã quando o copo de café que eu tinha tomado no meu carro caiu no chão.

Meus olhos acenderam nele, e sorri, pensando em quando Nikki o havia me dado.

Ela me conhecia bem.

Ou pelo menos o quanto eu deixei que ela me conhecesse.

Ela me conhecia melhor do que toda a minha família, e isso se deu através de apenas dez encontros no total.

Ela conseguiu mais de mim em uma noite do que Joslin em um ano e meio.

"Já era hora de que você aparecer." Meu irmão, Dean, disse preguiçosamente do planador no meio do quintal dos meus pais.

Curvando-me, peguei meu copo de café e coloquei gentilmente no porta-copos da minha caminhonete antes de agarrar a torta e bater a porta.

"Sim," murmurei, andando para a porta da frente.

"Ouvi sobre seu dia. Sinto muito, cara." Meu irmão disse sinceramente, soprando a fumaça que acabara de inalar de seu charuto.

Eu e o meu irmão não éramos o que você chamaria de ‘próximos.’

Éramos uma família, é claro, mas só isso.

Ele era o filho pródigo. Aquele que fez tudo certo, enquanto eu fiz tudo errado.

E às vezes era difícil não se ressentir disso.

Muito difícil.

"Obrigado," murmurei, abrindo a porta assim que cheguei.

A primeira coisa que notei foi que ninguém estava na sala de estar onde normalmente estavam, e que eu poderia sentir o cheiro do jantar flutuando da cozinha.

O cheiro embrulhou meu estômago.

Comer era a última coisa que eu queria fazer nesse momento.

Não com a lembrança do sangue do bebê Nathan saindo de seu corpo enquanto eu o segurava a caminho do hospital.

"Ele não vem, acho que devemos comer," Joslin disse ofendida.

Rolei meus olhos enquanto caminhei pelos corredores escuros que me levariam à cozinha e sala de jantar, onde achei que eles estavam todos reunidos.

"Ele está vindo. Ele me mandou uma mensagem quando estava saindo do hospital." Minha irmã, Hannah, me defendeu.

Hannah e eu éramos próximos em idade.

Gémeos irlandeses.

Ela nasceu dez meses antes de mim, no mesmo ano.

Eu, sendo o caçula, fui a surpresa que todos ainda gostavam de salientar que foi um acidente.

"Obrigado, Hannah," eu disse, entrando na cozinha e colocando minha torta na bancada. "Estou aqui, então a festa pode começar."

A última frase foi dita quando eu estava na sala de jantar, o que significava que todos se viraram para me ver entrando.

Meu pai e Hannah não demonstraram a mínima surpresa com o meu traje.

Minha mãe e Joslin, porém, fizeram.

Não que eu me importasse.

Nem fiquei surpreso.

Tomando o assento à direita do meu pai e diretamente ao lado de Hanna, coloquei minhas mãos no meu colo e esperei, como o bom menino que eu era, o jantar ser servido.

O que só aconteceu assim que Dean voltou para dentro de seu intervalo para fumar.

Enquanto isso, falei com minha irmã sobre sua filha, Reggie.

Reggie era uma menina barulhenta de dois anos e meio de idade que estava com o seu ex-marido essa noite.

"Reggie disse-me que era para eu ‘cuidar do meu caminho’ hoje quando lhe disse o que deveria fazer. Você pode acreditar nisso? Aposto que Joshua ensinou-lhe isso, também." Hannah disse gargalhando.

Eu bufei.

Desnecessário dizer, que Hanna e seu ex não se davam bem.

Nem sequer um pouco.

"Na verdade," corrigi. "Fui eu. Desculpa. Eu disse a ela dois dias atrás, quando fui vê-la."

Hannah suspirou. "Acho que eu deveria estar feliz por você não lhe ensinar a falar palavrões, suponho."

Meu pai bufou. "Você e Michael já xingavam quando tinham três e quatro anos. Principalmente porque seu tio Paddy pensou que seria engraçado ensinar a vocês. Foi muito emocionante pisar nos freios para evitar bater num carro e ter vocês dois dizendo 'foda-se' e 'que porra' respectivamente.”

Hannah deu uma risadinha enquanto eu ria.

Minha mãe, por outro lado, não.

Aparentemente, ela não achou graça.

"Tudo bem, podemos comer agora." Joslin balbuciou enquanto Dean chegava na sala, quebrando o olhar de morte silenciosa que eu estava recebendo da minha mãe.

Assim que meu pai fez a oração, ele começou a se servir e passar o prato em volta da mesa.

Depois que eu me servi com dois pedaços, passei para minha irmã e então assim por diante.

Não jantamos todos juntos com frequência, mas quando fazíamos, era esperado que realmente nos sentássemos à mesa em vez de na frente da TV, como queríamos.

"Está bom, Beth." Meu pai disse em torno de uma boca cheia de comida.

Minha mãe sorriu. "Obrigado."

Olhei para minha comida intocada e não podia dizer o mesmo.

Me fez lembrar o sangue no trailer.

O que eu soube mais tarde é que era um policial de uma cidade vizinha e sua esposa, que ficava em casa com seu filho de dez meses de idade.

E enquanto eu pegava minha comida, não pude deixar de pensar sobre o policial.

O que tinha acontecido?

Será que ele sofreu uma ruptura?

Será que precisava de ajuda, e ninguém notou?

Eu teria notado se ele fosse meu amigo?

Se alguém tivesse intervindo, a mãe ainda estaria viva? Esse bebê crescendo em sua barriga ainda estaria abrigado no ventre de sua mãe?

"Michael, Joslin disse que você teve um dia interessante." Minha mãe disse, trazendo a minha atenção do meu prato para ela.

Dei de ombros. "Sim, eu acho que sim. Nada de especial."

Joslin, que nunca deixava algo ir, sentou-se para a frente.

"Você salvou a vida do bebê. Você é a razão pela qual ele está vivo! Você é o assunto no hospital.” Falou Joslin.

Dei de ombros, sem responder.

Eu realmente, realmente não queria mais pensar nisso.

De verdade.

Tanto assim, que se ela continuasse a não pegar a dica, eu teria que sair.

"Bem, tenho algumas notícias." Meu irmão disse, quebrando o silêncio constrangedor. Virei minha atenção para ele e o vi assistindo Joslin estranhamente.

"Estamos noivos!" Dean sorriu, entrelaçando sua mão com a de Joslin.

Pisquei, surpreso.

Minha mãe, que adorava Joslin, levantou-se e aplaudiu ruidosamente.

Meu pai e Hannah, porém, viraram para mim, me olhando, esperando uma reação.

Dei de ombros novamente.

Não me importava.

Devo avisar Dean, no entanto.

Eles não sabiam porque Joslin e eu havíamos terminado.

Eles só pensaram que a dissolução do casamento tinha acontecido porque nós deixamos de nos amar. Joslin tinha praticamente me implorado para não contar, porque ela e minha mãe tinham se aproximado muito.

"Parabéns!" Minha mãe cantou animadamente.

"Você está bem?" Meu pai perguntou preocupado.

Foi quando percebi que ele já sabia.

Era sobre isso a hesitação dele mais cedo.

"Bem, por que?" Perguntei.

Hannah me olhou, quase como se estivesse me esperando quebrar.

"Tem certeza?" Ela pediu persistentemente.

Balancei a cabeça. "Sim. Isso é bom para eles." Menti.

Eu realmente devia ter dito a eles por que nos separamos. No entanto, eu não podia porque Joslin agiu como... bem... Joslin.

"Mãe," eu disse, ficando de pé. "Se importa se eu comer um sanduíche? Depois de hoje, isso não é muito... atraente."

Eu precisava comer, não importa o quê. Minha medicação não podia ser tomada de estômago vazio, ou não seria absorvida corretamente. E se ela não fosse absorvida corretamente, então estaríamos em uma situação muito diferente da que estávamos agora.

Minha mãe olhou para mim, e quero dizer realmente olhou para mim, viu através da minha atitude despreocupada, imediatamente soltou a mão de Joslin e se apressou para cozinha.

Eu a segui, mantendo os olhos nas costas da minha mãe em vez de no rosto irritado de Joslin, e um Dean chateado.

Opa.

Estraguei a grande revelação. Foi mal.

Ela pode amar Joslin e Dean, mas ela amava mais o seu bebê. Com tatuagens, decepção e tudo.

"Eles me disseram sobre isso hoje." Ela sussurrou quando entramos na cozinha.

"Eu... eu não gosto disso. Sinto que deveria ter feito mais. Sido mais rápido. Eu não sei. Ele era um policial." Eu disse a ela.

Esse boato não tinha sido divulgado até o momento.

Então quando ela ofegou e se virou, um bloco de queijo em uma mão e uma Tupperware de frios na outra, percebi que a havia surpreendido.

"O quê?" Perguntou com horror.

Balancei a cabeça. "O assassino e suicida era um policial e sua esposa." Confirmei.

"Deus, isso é horrível. Ouvi os médicos falando. O bebê vai viver, mas eles não tem certeza sobre o que cognitivamente foi afetado, correto?" Ela perguntou, colocando a comida no balcão e me fazendo um sanduíche.

Quando ela pegou o tomate eu a impedi. "Nenhum desses, por favor."

Ela olhou para mim, olhou para o tomate que ela sabia que eu amava, e acenou, colocando-o na prateleira da geladeira, fechando-a com sua bunda.

"E sim, isso foi o que disseram quando liguei para checá-lo mais cedo. Eles estão mantendo-o em coma induzido até terem certeza que o inchaço diminuiu para um nível gerenciável. Eles estão entrando em contato com os avós paternos, também." Eu sabia qual seria sua próxima pergunta.

Minha mãe tinha o coração um pouco mole por aqueles que não tinham família.

E era por isso que Joslin era tão amada por ela.

Os pais de Joslin não eram o que alguém poderia chamar de pessoas de 'qualidade.'

Os dois fumavam maconha e não tinham um emprego. Eu não sabia como eles conseguiam financiar suas atividades extracurriculares.

Eu no entanto, nunca perguntei já que eu era a porra de um policial.

Ela sorriu para mim.

"Isso é bom. Ele está no andar da pediatria ou na UTI?" Ela perguntou.

Minha mãe trabalhava no andar pediátrico.

E foi onde ela estava trabalhando quando conheceu meu pai, que era um pediatra, trinta e cinco anos atrás.

Minha irmã trabalhava no andar da UTI, e Dean era um cirurgião geral.

"Na UTI por agora. PED4 será quando ele estiver melhor." Respondi, aceitando o sanduíche que ela me ofereceu.

Ela enrugou o nariz quando olhou mais atentamente para as minhas tatuagens, e eu quase não contive o impulso de revirar meus olhos.

Qual era o grande negócio sobre as tatuagens?

Eu pensava que elas eram fodidamente excelentes.

Ela, por outro lado, pensava que eram feias.

Tanto faz.

"Então, quando Joslin e Dean começaram a namorar? Não tinha percebido que eles estavam juntos." Perguntei, mordendo um pedaço do meu sanduíche.

Senti como se minha boca estivesse cheia de areia conforme mastigava e engolia.

Empurrei para dentro com um grande gole de chá doce que minha mãe me deu, e terminei o sanduíche em três mordidas enquanto minha mãe mordia o canto do lábio com os dentes.

"Bem?" Perguntei novamente.

Ela suspirou. "Eles estão saindo juntos por um ano agora, Michael."

Pisquei. "Que merda é essa?"

Ela estreitou os olhos. "Michael, você sabe que eu não gosto quando você xinga."

Trabalhar na pediatria realmente impedia que minha mãe usasse palavrões, dia após dia. Ela raramente, ou nunca, os usava. E odiava quando a família dela fazia.

"E porque o grande segredo?" Perguntei em voz alta.

Minha mãe mordeu os lábios. "Joslin disse que você ficaria chateado, e gostaria de manter quieto até que eles estivessem prontos para compartilhar as novidades, e fui junto com eles."

Levantei minha sobrancelha para ela. "Você percebe, certo, que sou seu filho, não ela. Ela estava na família por menos de um ano, se você quiser contar a quantidade de tempo que passamos separados. Por que manter segredo do seu próprio filho? Não que eu esteja decepcionado com isso, estou apenas desapontado com a minha família por manter isso de mim. Eu não estou indo para quebrar, porra."

"Linguagem!" Ela estalou.

Levantei meu braço.

"Obrigado pelo jantar, mãe. Talvez você possa me avisar quando resolver me colocar à frente da minha ex. Tenho algumas histórias incríveis que acho que você vai achar extremamente interessante." Eu disse, caminhando para a porta dos fundos.

"Mikey." Minha mãe disse preocupada.

Acenei com a minha mão.

Com isso, saí e não olhei para trás.


CAPÍTULO 4


Eu odeio você. Não do tipo “espero que você morra,” mas da forma como eu espero que você desenvolva uma alergia a chocolate e queijo.

-Copo café


Nikki


"Olá, Nikki!" Joanna disse da sua posição atrás da mesa no posto de enfermagem da UTI pediátrica. "Como tem passado?"

Sorri para ela. "Estou bem. Só vim aqui para ver aquele garotinho. Como ele está indo?"

Ela sorriu tristemente para mim. "Solitário, tenho certeza. Mas eu sinto, somos apenas duas enfermeiras e estamos quase no limite."

Sorri. "Você se importa se eu me sentar com ele por um tempo?"

"Acho que ele iria gostar," ela sorriu.

Levando suas palavras para o coração, segui as instruções para o quarto dele e entrei em uma sala intensamente branca com um berço no meio.

Bem, uma cama de hospital berço.

Realmente, não tem muito de um berço.

Não tinha o sentimento acolhedor como a maioria dos berços tinha.

Esta era de metal frio e sem graça.

E o menino minúsculo no meio, ligado a centenas de tubos e fios, partiu meu coração.

Eu amava as crianças.

Eu os amava com uma paixão e ferocidade tão poderosa que mal podia enxergar direito.

E eu nunca teria um dos meus.

Então absorvi isso, passando tempo com os filhos dos outros.

E parecia que esse carinha precisava de um amigo.

Caminhando até o berço, sentei em uma cadeira ao lado dele e o observei.

Sua pequena cabeça estava enfaixada com ataduras do nariz para cima, apenas um olho aparecendo.

Suas mãos estavam atadas a pequenas placas, então se ele se movesse, não puxaria as linhas IV presas a elas.

Os pés dele tinham monitores ligados a eles com um envoltório verde brilhante, e seu corpo estava vestido em uma roupinha de hospital vermelho brilhante feito para pequenos seres como ele.

Peguei um dos livros que estava na prateleira em frente ao meu assento, me recostei na cadeira e comecei a ler para ele.

Devo ter lido de cinco a seis livros antes de perceber que eu não estava sozinha.

Olhei por cima do livro que estava lendo para ver Michael inclinando-se contra o batente, assistindo-me.

"Ei," eu disse, fitando-o.

Ele parecia melhor do que antes.

Sua camiseta branca destacava-se intensamente contra sua pele tatuada.

Eu nunca tinha visto seus braços nus antes, agora que pensava nisso.

"Ei," ele disse cuidadosamente. “Eu só estava trazendo-lhe algumas de suas coisas... você sabe, então ele não estaria sozinho."

"Isso foi gentil da sua parte," sussurrei suavemente. "Entre."

Ele fez, embora um pouco relutante.

Quando percebi, eu estava de pé, oferecendo-lhe a cadeira.

"Já está na hora de ir embora. Eu só queria vir ver como ele estava." Sussurrei suavemente.

Michael, que estava examinando o menino, olhou para cima.

Seus lindos olhos pareciam me perfurar toda vez que ele me olhava diretamente.

"Você não tem que ir," disse ele baixinho. "Não vou ficar muito tempo. Eu tenho que ir."

Ele não está sendo gentil?

Você vê, Michael e eu tivemos uma longa história.

Bem, era mais como um total de quatro meses de história, mas que foi o suficiente para durar uma vida.

Acariciei o antebraço do bebê, tentando transmitir um pouquinho do meu carinho. "Bem, então acho que você pode me acompanhar até lá fora."

Depois de colocar um beijo nas pontas dos meus dedos, apertei-os contra a mãozinha dele e o olhei com saudade.

Como poderia alguém atirar em seu próprio filho?

Que tipo de monstro era capaz de fazer isso?

Fazendo uma oração silenciosa, saí da sala, muito consciente de Michael me observando.

Eu tinha me convencido que ele não iria me seguir, mas no momento em que entrei no elevador, e as portas se fecharam, ele estava lá.

Muito Ninja?

"Você gosta de crianças." Ele murmurou, acomodando-se no canto do elevador, próximos aos números.

Uma declaração, não uma pergunta.

Uma que ele já sabia a resposta, já que isso tinha sido a coisa que atraíra nosso relacionamento para um súbito abalo.

 

***

18 meses atrás


Nervosamente, olhei para o espelho e inspecionei meu traje.

Hoje seria meu décimo oitavo encontro com Michael, e senti que era o primeiro.

Aquele que mudaria tudo.

Hoje seria o dia em que me entregaria a ele.

Totalmente tudo de mim.

Nós tínhamos saído por pouco mais de quatro meses, mas era o suficiente.

Estaria quebrando minha regra de vinte encontros antes de dormi com ele, mas isso era porque eu sabia.

Eu sabia que estava prestes a dormir com o homem com quem pretendia me casar.

Uma batida soou na porta, então corri através do meu quarto para entrada da frente e abri a porta.

Michael estava ali, camisa de botão de manga comprida, como sempre, e um sorriso no rosto. "Você está linda," ele suspirou.

Eu sorri para ele e terminei de abrir a porta.

"Fiz o seu prato favorito." Eu disse enquanto ele entrava.

Descobri nos últimos quatro meses que Michael tinha um amor por comida mexicana. Um grande amor por isso.

E ele realmente gostava de comida mexicana caseira.

Eu tinha passado por todo livro de receitas da minha mãe fazendo-lhe a comida e, ao longo do tempo, descobrimos que o favorito dele era um dos mais simples.

A fajita5, arroz e feijão.

"Ponto!" Michael disse conforme passávamos através da sala de estar em direção a cozinha.

"O arroz e o feijão estão prontos. Só estou esperando você para grelhar a carne," informei.

Ele se virou e sorriu, prendendo-me no lugar com seus olhos azuis bebê. "Então nós temos tempo," ele murmurou, "Para que eu faça isso?"

Em seguida, seu corpo apertou o meu contra o balcão, e esqueci como respirar. "Fazer o quê?" Eu perguntei sem fôlego.

Ele riu e, em seguida, sua boca estava na minha.

Ele tinha gosto de céu, hortelã com uma pitada do Dr. Pepper que tinha acabado de beber.

Minhas mãos passaram por baixo da sua camisa enquanto eu dizia, "Estou pronta."

Ele piscou, então abruptamente envolveu os braços em volta da parte inferior das minhas pernas e levantou-me. "Jesus," ele respirou, virando e caminhando rapidamente para o meu quarto.

Ele não se incomodou com as luzes, só me deitou na cama antes de me seguir para baixo.

"Você tem certeza? Porque estou a ponto de perder o controle aqui, e não quero que você se arrependa de nada. Se arrependa de mim," ele sussurrou.

Em resposta, comecei a despir a sua camisa e depois sua calça.

Ele se levantou e continuou a se despir, permitindo-me tirar meu vestido por sobre minha cabeça.

Todo meu planejamento cuidadoso para a noite que incluiu a minha roupa, até o meu penteado, foi para fora da janela, quando seu corpo nu pressionou contra o meu.

"Estou tão certa, que não posso nem aguentar mais." Disse a ele, abrindo as pernas e permitindo seus quadris deslizarem entre elas.

Ele rosnou contra minha boca, sua mão subindo para a taça do meu sutiã. "Bom," ele murmurou, ficando de joelhos.

Quando ouvi o som de um pacote rasgando, eu o impedi. "Eu estou tomando a pílula," sussurrei, arqueando-me até ele. "E estou limpa."

Ele continuou rolando o preservativo. "Estou limpo, também. Mas sempre uso camisinha. Não importa o quê. Menos chance de ter filhos assim."

Concordei com a cabeça, um pouco chateada por ter desperdiçado todo esse dinheiro entrando no controle de natalidade quando ele não estava disposto a utilizar os benefícios do mesmo.

Então eu estava completamente preenchida por ele, e me esqueci de estar decepcionada.

Porque ele era tudo menos decepcionante.

 

***


No dia seguinte, na cozinha do meu irmão, ocorreu o confronto que terminou nosso relacionamento.

Eu queria filhos. Ele não queria.

Bem, isso não foi exatamente o que ele disse. Mais como se ele queria filhos... só não comigo.

Simples assim.

“... Você teria... você estaria disposta a adotar?" Ele perguntou baixinho.

Eu pisquei.

"O quê"? Perguntei surpresa.

Ele olhou para suas mãos, inspecionando os dedos, conforme dizia, "Você estaria disposta a adotar? Ou ter filhos que não fossem meus? Talvez por um banco de esperma ou algo assim."

Pensei nisso por um momento, tentando aprofundar o que ele estava deixando.

“Você está me perguntando se eu estaria disposta a adotar uma criança e ainda ficar com você?" Confirmei.

Ele finalmente me olhou e minha respiração falhou.

Suas pupilas estavam dilatadas e eu tinha certeza que não era porque ele estava usando drogas.

Ele respirou fundo e expirou lentamente.

"Eu sinto sua falta."

Três palavras simples que tinham o poder de me derrotar.

"Michael, nós rompemos ... não foi sobre algo pequeno. Foi algo enorme. Importante. Mas não foi sequer por você ter dito que não queria ter filhos comigo. Foi sobre o fato que você agiu de maneira definitiva sobre o assunto. Você não quis falar comigo sobre isso. Não quis compartilhar seus sentimentos comigo. Inferno, mas você me fodeu com a sua camiseta, e não me deixou entrar! Então você apenas apagou e sequer se explicou.” Eu disse ferozmente.

Ele deixou tudo o que estava sentindo escorrer em duas palavras. "Desculpe-me."

Só balancei minha cabeça. "É preciso muito mais do que apenas 'desculpe-me' para deixar tudo certo."

"Você... você pode vir comigo? Em um lugar? Quero lhe mostrar uma coisa,” disse ele suavemente.

"Tenho que estar em uma reunião amanhã às oito horas. Não posso ficar fora até tarde." Tentei.

Ele balançou a cabeça. "Nós ficaremos até a hora que você quiser. No minuto que desejar ir para casa, eu te levarei."

"Meu carro está aqui," respondi.

"Eu trago-o de volta até aqui pela manhã," ele disse suplicante.

Olhei para ele por um longo tempo antes de tomar a minha decisão.

"Bem. Só... não me machuque mais, Michael. Doeu bastante a primeira vez para durar mil anos de vida. Não acho que poderia sobreviver uma segunda vez." Sussurrei roucamente. "Prometa-me."

Ele fez um som na garganta que machucou meu coração, mas não cedi.

Eu o observei e esperei que ele me prometesse, e foi o que ele fez.

"Juro pela minha vida que nunca irei machucá-la intencionalmente novamente. Eu prometo."


CAPÍTULO 5


A vida é uma droga. Ah, não. Espere, é você. Meu erro.

-Pensamentos secretos de Nikki Pena.


Michael


"Este é meu lugar favorito no mundo," admiti baixinho conforme parava minha caminhonete no estacionamento em frente ao Peek Tattoo Parlor.

"Isto é um estúdio de tatuagem," ela disse surpresa.

Atirei-lhe um sorriso enquanto abria a porta da minha caminhonete e pulava fora.

Eu não sabia que porra eu estava pensando.

Tudo o que eu sabia era que este dia foi uma merda completa, e fui obrigado a refletir sobre um monte de coisas. Algo que tinha evitado fazer por um bom tempo agora.

Quase um ano e meio, para ser mais exato.

Desde o momento que deixei Nikki interpretar mal porque eu não queria filhos, eu sabia que tinha cometido um erro terrível. Mas, no momento, pensava que tinha feito uma coisa boa.

Ela teria uma vida terrível, se ficasse comigo, e não havia ninguém na terra que eu gostaria de ter lidando com as minhas merdas.

Mas então eu havia segurado aquele menino, enquanto seu sangue era drenado no meu peito, e sabia que não podia mais continuar negando.

Eu a amava. E faria qualquer coisa para tê-la. Mesmo ter um filho com ela, se isso fosse necessário.

Eu estava cansado de ficar sozinho.

E quando entrei e ela estava lendo para o bebê, eu sabia que a faria minha de novo.

Custe o que custasse.

E isso começava deixando-a entrar no meu mundo. Deixando-a me ver. E isso começava aqui.

"Então, acho que preciso começar lhe dizendo porque faço as tatuagens," falei, engolindo nervosamente, antes de concluir. "Quando eu tinha doze anos, comecei a me cortar."

Ela ofegou surpresa e se virou para olhar para mim.

Abri a porta traseira da minha caminhonete, sentei-me e estendi minha mão para ela.

Ela aceitou, sem relutar, o que me forçou a falar o que eu tinha que dizer em seguida.

Ela veio entre as minhas pernas e se inclinou para mim, me olhando com os olhos emocionados.

Inclinei minha cabeça contra a dela por um longo instante antes de puxar para trás e olhar para o alto.

"Foi a primeira vez que meus pais perceberam que algo estava errado comigo. Não tentei me matar, mas eu sabia que não estava bem, e a dor me fazia sentir melhor." Expliquei, sem olhar nos olhos dela. "Foi quando fui diagnosticado com depressão e três semanas depois, com transtorno bipolar. Bipolar dois, para ser exato. Quando eu tinha 14 anos, fui diagnosticado com DDA. Agora estou tomando remédios para o meu transtorno bipolar e DDA desde que eles acreditam que essas são as duas causas da maioria dos meus problemas."

Quando finalmente tive coragem de olhar para baixo, para ela, não foi horror o que eu vi, mas compreensão.

Então senti que deveria continuar.

"Surpreendentemente, nada disso afetou minha escolaridade. O lado maníaco do meu transtorno bipolar me impediu de ficar para trás com as outras coisas que me afetavam. Sempre me esforcei para ser o melhor. A depressão vinha quando eu não era o melhor.” Expliquei.

"Minha irmã caçula é bipolar," disse ela, me surpreendendo o suficiente para olhar para baixo para ela novamente.

E a compreensão em seus olhos quase me matou outra vez.

"Quando fiz dezoito anos, eu tinha um emprego em uma loja de tatuagem para ajudar a financiar meus estudos. Meus pais pagaram quase tudo, eu apenas tinha que cobrir os livros." Expliquei. "Foi quando descobri que a dor da agulha alimentava essa necessidade que eu tinha de maneira menos destrutiva, e não olhei para trás."

"Estudos? Eu pensei que você estava na Marinha." Ela disse.

Enrolei um pedaço de cabelo que tinha se soltado de seu coque atrás da orelha, tocando o pescoço dela quando o fiz.

"Fui para a faculdade estudar medicina quando tinha 17 anos. Graduei-me quando tinha vinte e cinco. Ingressei na Marinha quando tinha vinte e três, enquanto eu terminava a graduação. Então percebi que eu odiava ser um médico, então eu só... desisti."

Eu sabia a próxima coisa que sairia de sua boca antes que ela mesmo falasse.

"E o que fez você não querer mais ser um médico? Parece ser um monte de estudo de sua parte para depois desistir." Ela sussurrou, colocando a cabeça dela contra meu peito e envolvendo seus braços na minha cintura.

Prendi a respiração e tentei segurar a dor, mas não queria mais guardar isso.

"Testemunhei um aborto que mudou o curso da minha vida e arruinou-me também para a área médica." Eu disse inexpressivo. "Se alguém pode apenas matar uma criança por nascer, dessa forma, uma que tinha dedos das mãos e dos pés, e características claramente definidas, então como poderiam dizer que eram defensores da vida humana? Eles não estavam fazendo exatamente o oposto?"

"Oh, Michael," Nikki ofegou. "Você quer me falar sobre isso?"

Nikki era católica.

Ela ia à igreja religiosamente todos os domingos.

Na verdade, como uma forma de me aproximar dela, comecei a ir para aulas de estudos bíblicos e assistir à missa de domingo na mesma igreja que ela frequentava, para assim tentar preencher a distância que havia entre nós.

O fato de que aborto nunca seria mencionado novamente por ela, era de grande ajuda para mim.

Porque o aborto foi um fator determinante em como eu viveria minha vida a partir do momento que fiz vinte e três anos.

Até agora, doze anos depois, ainda me lembro de como era aquele bebê.

Eu olhei para ele todos os dias no espelho.

"É assustador. E não é uma boa história." Avisei.

Ela apertou mais nos meus braços e disse o que eu precisava ouvir. "Diga-me."

Então eu fiz.

"Perguntaram-me se eu queria assistir, e desde que eu nunca tinha testemunha um antes, pensei 'claro, porque não.' Bem, o porquê não se tornou um 'o que diabos eu fiz' muito rapidamente, porra. Eu já tinha ouvido sobre abortos durante uma de muitas palestras. Sabia o básico. Então quando entrei, lá estava a mulher já na mesa com as pernas abertas e para o alto." Limpei minha garganta. "Ela estava dormindo e foi então que percebi que o bebê que eles estavam tirando era um feto formado, mas a mãe não o queria.”

“Assisti quando eles ligaram o vácuo, manobraram o tubo pequeno na sua vagina e começaram a sucção." Tossi. "Imediatamente, havia sangue, e foi quando me virei e não quis mais assistir. Eu tinha apenas testemunhado uma criança ser assassinada bem diante dos meus olhos."

"Deus," ela respirou, um soluço soltando de sua garganta.

"Foi a primeira tatuagem que fiz," falei, agarrando sua mão e movendo-a para descansar sobre meu coração. "Foi quando conheci o Peek."

Ela se afastou, colocando a distância que eu não queria que entre nós, e estendeu a mão. "Mostre-me o seu Peek."

E foi isso o que eu fiz.

Pulando da porta traseira da caminhonete, caminhei para dentro, de mãos dadas com a Nikki.

A primeira pessoa a nos cumprimentar no balcão da frente foi Alison, a mulher que trabalhava na recepção por todo o tempo que eu poderia lembrar.

Ela também era a old lady do Peek.

Peek era membro de um clube de motocicleta não oficial, e um dos homens mais mal-humorado em todo o mundo.

No entanto, ele respeitava um homem que poderia falar a língua dele. E a linguagem do Peek era a arte de tatuagens e eu tinha um monte de tatuagens.

"Mikey!" Alison disse alegremente. "Você está pronto para ter esse espaço vazio em suas costas preenchido?"

Antes que eu pudesse responder, Nikki falou.

"Na verdade, ele está me trazendo aqui para fazer minha primeira tatuagem!" Nikki disse com entusiasmo, como se tivéssemos realmente planejado que isso acontecesse.

Quando fui para dizer algo, ela colocou a mão sobre minha boca e balançou a cabeça.

"É mesmo? Mikey nunca trouxe ninguém aqui antes! Estou animada em conhecê-la! Você é Nikki, certo?" Alison perguntou com um sorriso feliz.

Nikki olhou curiosamente para mim antes de voltar sua atenção para Alison. "Sim, eu sou a Nikki. Espero que você tenha ouvido coisas boas." Ela disse sinceramente.

Eu sabia que deveria parar com isso antes que fosse longe demais, mas decidi deixar acontecer. O que foi dito foi dito, e eu não tinha nada a esconder.

Nikki descobriria em breve o que tinha feito mesmo sem ajuda da Alison.

Alison sorriu. "Oh sim. Michael contou-nos tudo sobre você quando Peek estava fazendo a tatuagem nas costas dele."

Nikki piscou e se virou para mim, mas Alison não notou. Ela estava muito ocupada repassando tudo sobre o que eu disse naquela noite, há um ano e meio atrás.

A noite que fiquei completamente embriagado.

"O que você fez?" Ela perguntou com cautela.

Dei de ombros e virei-me, dando-lhe minhas costas. "Logo acima da minha cintura." Eu disse a ela.

Lentamente senti minha camiseta ser levantada, e então ela ofegou.

Eu sabia o que ela viu.

Era meio difícil não ver.

"Você tem o meu nome tatuado na bunda!" Ela gritou.

Bufei e me virei, dando-lhe um olhar seco.

"É na minha cintura, não na minha bunda. Não tenho nada na minha bunda. Mas posso conseguir uma se você quiser." Ofereci sugestivamente.

Ela mexeu os dedos para mim.

"Vire-se de costas," ela disse. "Ainda não tinha acabado de olhar."

Fiz como me foi dito e senti ela traçando as letras do nome dela tatuado na minha carne com os dedos.

"Porquê?" Ela perguntou baixinho.

Dei de ombros.

"Parecia uma boa ideia na época," falei sem jeito.

Ela riu, fazendo meu coração disparar.

"Já ouvi falar de mulheres colocando o nome do seu homem ali, então ele pode, você sabe, vê-lo quando ele faz, você sabe, por trás. Mas nunca vi um homem fazer isso. ” Ela murmurou.

Deixei minha camisa cair e me virei para ver os olhos dela agora fixos na minha virilha, e quase não resisti ao impulso de cobri-la com a mão.

"Então," eu disse provocando. "O que você estará recebendo nessa sua pele virgem Nik?"

Tínhamos falado sobre isso uma vez, há muito tempo atrás, mas os tempos mudaram. Assim como opiniões.

Nikki, porém, era previsível, provando a mim que ela não tinha mudado nem um pouco.

"Você já viu aqueles animais de pelúcia de olhos grandes, Ty Beanie Babies6?" Ela perguntou a Alison.

Alison concordou. "Sim, quem não viu?"

Nikki sorriu.

"Isso é o que eu quero."

Eu balancei minha cabeça.

Essa mulher.

No nosso primeiro encontro juntos, ganhei um bichinho de pelúcia de uma daquelas máquinas superfaturadas, onde você usa a garra para pegar.

Ela tinha se apaixonado por ele, e eu comecei a chamá-la de 'Coruja' mais tarde naquela noite quando vi a semelhança entre os olhos da coruja e os de Nikki.

Quando ela brincou dizendo que iria fazer uma tatuagem de coruja, tínhamos feito uma aposta, e eu disse que ela não iria.

Mas então, com o passar do tempo, nós tínhamos esquecido.

Então as coisas complicaram, e de repente não havia mais Nikki e Michael.

Bem, eu tinha esquecido disso.

Nikki, aparentemente, não.

"Tem um específico em mente?" Alison pediu.

Nikki sorriu e enfiou a mão em sua bolsa, buscando seu telefone, esvaziando-a, retirando não só sua carteira, mas as chaves, uma bolsa de maquiagem, e também um par de chinelos, colocando tudo em cima do balcão.

Não pude fazer mais nada, apenas balançar a cabeça.

"Essa mulher."

"Oh!" Alison disse com entusiasmo. "Adorei!"

Alison era uma mulher 44 anos de idade com cabelos grisalhos louros, mas naquele momento, com o jeito que ela estava rindo como uma adolescente, ela poderia ter passado por uma das jovens garotas que Peek tinha acabado mostrar a saída.

"Porque você está berrando, mulher? Você sabe como isso machuca meus ouvidos," Peek grunhiu provocando.

Peek era um irlandês de quarta geração.

Ele tinha um sotaque grosso, mas quando conversava com sua esposa, o sotaque ficava mais e mais grosso quando ele cantava suas palavras doces para ela. Ou quando gritava com ela.

"Como você está, rapaz?” Peek perguntou batendo no meu ombro com a mão grande.

Peek era uma potência de 1,93m que se elevava sobre minha estrutura de 1,87m.

Eu não era nem um pouco magro.

E tinha músculo em cima de músculo.

Peek, por outro lado, era um touro onde o resto de nós definitivamente não éramos.

Ele era um bombeiro voluntário para o Uncertain, Texas Fire Department, quando necessário, e trabalhava em seu estúdio de tatuagem em Kilgore, Uncertain, e Gun Barrel City em turnos alternados. Ele também era membro e presidente, do Uncertain Saint’s MC.

Peek tinha formado o MC há muito tempo atrás, após a morte do único filho dele e da Alison.

Aparentemente foi devido a drogas, mas eu nunca abordei o assunto indo mais longe do que ele estava disposto a informar.

Eu o conheci naquela noite, há doze anos atrás, e ele me ajudou a lidar com a minha decisão de deixar a medicina, bem como com a indignação dos meus pais sobre o fato.

Ele também me apresentou ao Chefe de polícia, Chefe Rhodes, na minha licença em terra.

Nós tínhamos nos dado bem, e eu encontrei um emprego no Departamento de Polícia de Kilgore, no minuto que meus pés estavam em terra firme novamente.

"Estou indo bem, Peek. Esta," eu disse, estendendo a minha mão para Nikki, que me ignorou, enquanto mostrava a Alison as fotos de seus sobrinhos. "É a Nikki."

Peek sorriu, se movendo mais perto, até ficou diretamente atrás de Nikki, então se virou para mim, parecendo satisfeito, assim como Alison. "Estou feliz em ouvir isso, rapaz. O que é que vocês estão fazendo aqui?"

Nikki se virou quando percebeu Peek atrás dela.

Com olhos arregalados, admirada, ela disse, "Nunca conheci um irlandês antes."

Peek virou-se para ela e lhe deu um sorriso malicioso. "Você gostaria de conhecer?"

Revirando os olhos, me aproximei, passando meu braço em torno do pescoço da Nikki. "Ela está comprometida, grandão. E eu gosto dos olhos dela." Eu disse, olhando incisivamente para uma inocente Alison que teve a graça de parecer envergonhada.

Há alguns meses atrás, Peek estava trabalhado em uma cliente, uma mulher jovem que estava recebendo uma das tatuagens mais odiadas de sempre pelo Peek, uma borboleta, quando a jovem cliente tinha agarrado a virilha de Peek.

Alison, tendo testemunhado o incidente, perdeu o controle. Em seguida, jogou a menina e a borboleta semiacabada para fora pela porta da frente.

Fui o responsável para atender a solicitação, quando a garota havia chamado para relatar o aparente 'assalto', quando foram na verdade apenas alguns arranhões no rosto

"Não tenho culpa se aquela garota idiota pensou que seria apropriado agarrar a virilha de um homem, um homem casado." Alison disse teimosamente, antes de jogar um olhar na direção do marido.

"Não tenho culpa se o meu pacote é irresistível!" Peek, disse em seu sotaque irlandês.

Nikki sorriu, cobrindo a boca para conter suas risadinhas antes de virar os olhos risonhos para mim.

"Está pronta para fazer aquela tatuagem, coruja"? Perguntei baixinho, ignorando as duas pessoas briguentas ao nosso lado.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim, acho que está na hora."


CAPÍTULO 6


Se ela nem me olha eu vou-o cara de cima... com o meu assassino brilho e indiferença e tanto.

-Nikki para Lennox


Nikki


"Alô"? Atendi meu celular. Eu parecia cansada.

Eu estava literalmente na cama há menos de quatro horas, no máximo, e estava morrendo de vontade de voltar a dormir.

"Nikki"? Lennox sussurrou suavemente. "Onde você está?"

Meus olhos se abriram, cansados, e eu rolei para olhar o relógio.

"Na cama..." gemi. "Porquê?"

"Uhh, porque supostamente era para você estar aqui há trinta minutos. Você me disse que trocou com Damon, e nem você nem o Damon estão aqui e Joslin está fodidamente com raiva,” Lennox disse apressadamente. "Ela está dizendo a todos que você ainda chegou. Estou enrolando, mas você precisa se apressar!"

"Merda," sussurrei, saltando para fora da cama. "Estarei aí em dez minutos."

Passando uma escova no meu cabelo enquanto ia para o banheiro, tirei a roupa apressadamente e acelerei minha rotina matinal que normalmente levaria quarenta e cinco minutos, condensando isso para cinco.

O que significava que meu cabelo estaria encaracolado em vez de liso, como era o meu estilo habitual.

Isso significava também maquiagem inexistente e roupas amassadas, porque tive que puxá-las de uma pilha no pé da minha cama que minha gata amava derrubar quando podia. E também significava que eu estaria usando tênis coloridos, porque não consegui encontrar o meu par de trabalho.

Eu tinha certeza que seria repreendida, mas se eu soubesse de antemão que receberia uma advertência por escrito e quase perderia o meu emprego, eu teria dito que estava doente.

Meu telefone tocou novamente, e quase entrei em pânico.

Eu estava religiosamente atrasada.

Para tudo.

Aniversários, trabalho, festas, encontros.

Se tivesse a possibilidade de me atrasar, eu estava atrasada.

Felizmente, era só a minha irmã, Noel.

"Nik-Nik, me empresta seu carro? Tenho que levar o meu para consertar os freios, e preciso levar Tyler para a escola." Noel disse suplicante.

Rolei meus olhos. "Desde que você encha o tanque de gasolina de novo e o devolva a tempo da minha saída do trabalho mais tarde."

"De acordo," disse ela. "Eu irei pega-lo no seu trabalho em cerca de dez minutos."

Fechei a porta da frente do meu apartamento atrás de mim e comecei a correr pelo corredor até a escada. "Venha em quinze. Estou atrasada."

Ela riu. "Por que isso não me surpreende?"

"Cuidado," brinquei. "Vejo você mais tarde. Tenha cuidado hoje.” Com isso, desliguei e comecei a descer as escadas. Eu ia chegar mais tarde do que eu tinha dito.

Doze minutos depois, entrei pelas portas do PS com a minha bolsa sobre um ombro.

Desde que eu não tinha comida na minha bolsa, porque não tive tempo para fazer nada na noite passada nem esta manhã, coloquei minha bolsa embaixo da estação das enfermeiras e fiz o meu caminho até Bryan, o enfermeiro encarregado.

"Bryan," eu disse, capturando a atenção dele. "Desculpe, me atrasei. Tive uma noite muito longa." Não lhe contei porque foi longa, no entanto.

E ele não pediu.

Ele assentiu. "Não faça disso um hábito, Pena."

Assenti com a cabeça, em seguida, recuei quando o movimento repuxou a pele nas minhas costas, me lembrando mais uma vez da tatuagem que eu tinha feito apenas algumas horas atrás. E Michael.

"Bryan, quando fomos autorizados a usar sapatos coloridos?" Uma voz feminina imprestável pertencente a Joslin, perguntou.

Bryan olhou para cima de seus gráficos para Joslin.

"Não são permitidos sapatos coloridos. Você sabe as regras, apenas brancos." Bryan respondeu, soando ligeiramente aborrecido.

Saí andando, sabendo para onde isto ia antes que eu tivesse tempo de processar o fato que Joslin estava apontando para mim hoje.

"Mas Nikki está usando sapatos assim," Joslin entregou como uma criança de dois anos. Os olhos de Bryan viraram para mim, logo em seguida para meus sapatos.

Então, rapidamente voltou para o mapeamento em suas mãos.

Foi o pigarro macio de Joslin que o fez suspirar e olhar para mim. "Vá trocá-los Pena," Bryan disse cansado.

Que diabos foi isso?

"Você quer que eu vá para casa para trocá-los?" Perguntei em esclarecimento.

Ele assentiu. "Sim. Agora."

Dei de ombros. "Por mim tudo bem, mas vai demorar mais ou menos uma hora para voltar. Emprestei o meu carro para minha irmã hoje. Tenho certeza que ela já o pegou por agora. Então terei que ligar para ela e pedir uma carona para casa."

Bryan rosnou em frustração.

"Nikki," disse ele, levantando-se. "Siga-me para a sala de descanso. Precisamos conversar."

Com meu estômago dando nós, segui Bryan para fora das portas duplas em direção a um corredor lateral que nos levou à nossa sala de descanso, com os olhos risonhos de Joslin me seguindo.

Controlei-me para não lhe dar o dedo, mas por pouco.

Eu já estava em apuros, e bastante certa que Joslin gostaria apenas de contar a ele o que eu tinha feito de qualquer maneira. Então vesti minha calcinha de menina grande e obedientemente segui atrás de Bryan.

Quando já estávamos na sala de descanso, ele sentou-se na borda da mesa e cruzou os braços.

"Tive que conversar com o diretor sobre seus atrasos constantes," ele disse sem preâmbulo.

Apertei meus lábios com força.

Não tinha razão.

Eu estava atrasada.

Fim da história.

E sempre estaria.

"Sinto muito," falei com sinceridade.

E eu sentia.

Não por só pelas incidências passadas, mas pelas futuras também.

Ele suspirou e levantou a cabeça até o teto.

"Você precisa colocar isso em ordem," ele disse. "Tenho a sensação que a única razão deles a manterem é porque você é uma trabalhadora tão boa. Você está sempre ficando até tarde, sempre pegando turnos extras e disposta a mudar quando pedimos. Mas isso não compensa o fato de que você está sempre atrasada e você precisa se esforçar mais para consertar isso, caso contrário serei obrigado a informar ao diretor, certo?" Ele perguntou, soando cansado.

Concordei, descruzando meus braços e colocando as mãos nos bolsos do meu avental. "Claro."

Eu não faria promessas, no entanto.

Essa era apenas eu. Eu era atrasada.

"Eu também recebi reclamações de você de alguns dos membros da equipe, eles disseram vê-la fazendo pausas para o café frequentemente," ele disse com cuidado.

Alguns membros do pessoal minha bunda!

Foi apenas um membro da equipe!

E isso foi porque ela tinha acabado de voltar de chupar o pau de algum homem!

Prostituta!

"Eu entendo," falei com cuidado. "E este membro da equipe poderia ser alguém que tem desejos de vingança contra mim ou algo assim?"

Ele piscou.

"Hum, não," ele respondeu sem jeito.

Mentiroso!

"Bem, eu só fiz uma pausa ontem, Bryan. E isso foi logo depois que tive que colocar um IV em um garoto que tinha acabado de ser baleado na cabeça!" Eu praticamente grunhi. "Desculpe-me se eu não pude lidar com isso e precisava de uma pausa!"

Ele piscou, surpreso com meu desabafo.

"Não sabia que foi por isso que você tinha saído ontem. Só ouvi o que ela me disse. Peço desculpas." Bryan disse com sinceridade.

Ah-ha!

Ela!

Só poderia ser uma pessoa!

"Estúpida cadela vadia," murmurei, conforme me virei para sair. "Fodendo seu caminho até o topo."

Segui pelo corredor, passando pela entrada do ER e então parei bruscamente quando vi a porra da mão de Joslin no meu Michael.

Ele a olhava com preocupação, enquanto ela limpava uma lágrima falsa de sua pálpebra, e eu me perdi.

É difícil dizer de onde veio o meu temperamento.

Meu pai gostava de dizer que era da minha mãe. Minha mãe gostava de dizer que era do meu pai.

De onde quer que fosse, era lendário.

No entanto, temperamento lendário ou não, eu precisava do meu trabalho, então tive que deixar minha birra de lado e sair pelo estacionamento das ambulâncias, em vez do corredor onde a vadia estúpida estava.

"Estúpida filha de uma prostituta. A puta precisa verificar o cérebro se ela acha que pode foder comigo. Eu sou uma Pena, droga! E aquele pendejo8 terá que começar a pensar diferente se ele acha que vou aceitar isso depois da noite passada. Filho da puta!" Assobiei alto conforme marchava para fora das portas de vidro deslizantes.

Dando de frente com um grupo de motociclistas que estavam me olhando de maneira engraçada.

Em sua liderança estava Peek, e ele tinha um sorriso zombador em seu rosto que estava perigosamente perto de ser esbofeteado.

"O que estão olhando, tolos?" Estalei, empurrando através deles.

Eles se moveram, e eu tinha certeza que alguns deles estavam tentando não rir.

Outros, como o moreno alto e bonito com pele de caramelo e olhos verdes, bem como Peek, não se preocuparam em esconder as risadas.

"O que tem em sua calcinha hoje, Coruja"? Peek, riu por trás de mim.

Mostrei-lhe o dedo enquanto atravessava o estacionamento, sem perder o fato de que, através das paredes de vidro que ladeavam o corredor dos fundos, eu podia ver Michael em pé com Joslin, ainda na mesma posição, mas agora ele tinha as mãos na cabeça.

Caminhei por todo o estacionamento antes de lembrar-me que eu não estava com meu carro.

Então vi a F-150 brilhante com calotas preto e pintura azul metálica que Michael tinha comprado em algum momento no ano passado, e a Nikki má saiu para jogar.

Vamos apenas dizer que meu irmão me ensinou uma coisa ou duas em algum momento que não tínhamos nada melhor para fazer, e eu aperfeiçoei as habilidades até poder entrar e dirigir qualquer coisa.

Os veículos mais novos eram equipados com acesso sem chave, e você tinha que ter um controle remoto para dar a partida.

Michael, porém, cometeu um deslize ontem.

Ele me contou sobre uma chave reserva que ele guardava em sua caixa de ferramentas.

Nunca pensei que precisaria saber isso..., mas agora era fodidamente acessível!

Aproximando-me da roda, abaixei minha cabeça e olhei por cima do pneu, encontrando a caixa preta em questão de segundos.

A caixa saiu do suporte com bastante facilidade, mas estava toda coberta de sujeira e graxa, deixando minha mão completamente coberta de lama.

Não que eu me importasse.

Eu estava a caminho de casa.

Eu levaria o tempo que fosse necessário para me vestir, realmente me vestir e voltaria somente depois disso.

Embora provavelmente abandonasse o veículo de Michael há algumas quadras do meu apartamento.

Não seria bom que ele soubesse que fui eu.

Pressionando o botão de desbloqueio, abri a porta e entrei.

"Há alguma razão para um homem ter que levantar seu caminhão tão alto" Murmurei para mim mesma, batendo a porta com força.

Pressionando o pé no freio e apertando o botão de partida, o motor a diesel roncou para a vida com um ronronar silencioso.

Olhei para a esquerda e para a direita, assim como para a porta onde imaginei que Michael sairia se ele soubesse que seu caminhão estava o deixando, e saí do estacionamento onde ele tinha encaixado seu carro tão bem.

Então, eu estava a dois minutos do local onde eu tinha decidido estacionar a minha mais nova aquisição, quando as luzes vermelhas e azuis refletiram no espelho retrovisor.

"Filho da puta!" Resmunguei, xingando a mim mesma por minha estupidez. "Você sempre faz isso, Nikki. Sempre tendo más decisões."

Para piorar a situação, era meu irmão fedorento ao volante da viatura me pedindo para encostar.

Sua surpresa foi tão grande quanto a minha, quando ele me viu ao volante.

Levou alguns minutos para falar, mas quando o fez, não foi legal.

Não que isso fosse incomum em Nico.

Ele era um grande idiota às vezes.

"Você é uma cadela estúpida," ele suspirou.

Peguei a coisa mais próxima a mim que pude alcançar e joguei nele, que na realidade era uma garrafa de Gatorade cheia até a metade.

Ele pegou com facilidade e me olhou furioso.

"Você sabe, certo, que metade da força policial está agora procurando sua caminhonete?" Ele perguntou com uma sobrancelha levantada.

Dei de ombros. "Eu estava louca."

Ele piscou. "Você estava louca... então você pensou que seria uma boa ideia roubar a caminhonete do homem?"

"Eu não roubei. Peguei emprestada." Falei teimosamente.

Ele apenas balançou a cabeça. "Saia."

"Não."

"Sim," ele disse com os dentes cerrados.

"Faça-me!" Respondi.

Eu estava sentada no carro de polícia do Nico quando Michael chegou vinte minutos mais tarde.

Nico estava encostado na capota, cansado de me ouvir gritar com ele, e eu estava louca.

E provavelmente seria demitida também.

Eu sabia que não seria presa pelo 'empréstimo' da caminhonete de Michael, mas Nico era um idiota e me colocou aqui porque ele queria, não porque ele precisava.

Michael chegou em outro carro de polícia que parou frente a frente com a caminhonete dele e saiu.

Foi quando eu fechei os olhos e fiquei confortável.

Inclinando-me contra a porta, cruzei meus braços sobre meu peito e estendi as pernas, com meus sapatos coloridos proibidos no assento.

Eu tentava não pensar sobre o que encontraria na minha roupa se eu tivesse uma luz.

Dentro desta viatura era nojento, e se isso nunca acontecesse de novo, seria ótimo.

Até cheirava mal.

A batida na janela em frente a mim me fez arregalar os olhos e em seguida os fechei rapidamente.

A porta abriu e a voz profunda e sensual de Michael disse "Saia."

Balancei minha cabeça e fechei os olhos. "Não, sinto muito. Não é possível. Meu irmão é o policial. Terei que lidar com ele de agora em diante."

Os olhos de Michael estreitaram. "Não vou dizer isso de novo, Nikki."

"E o que vai fazer se eu não ouvir? Sentar e ficar olhando para mim? Sim. Não." Eu disse, fechando meus olhos novamente.

Então minha bunda estava deslizando sobre o banco por meio da mão grande de Michael enrolada no meu tornozelo.

Gritei, virando de barriga, quando ele retirou minhas pernas para fora do carro e então trancou a porta quando terminou de me puxar.

As mãos de Michael foram para meus quadris conforme ele puxava com mais força, e meu aperto na porta começou a ceder.

"Deixe-me ir, seu grande babaca!" Gritei. "Socorro!"

Estávamos numa rua deserta no meio do centro da cidade, então o fato de que eu estava gritando 'ajuda', quando não havia ninguém ao redor era bastante cômico, e aparentemente Michael pensava assim.

Ele riu. O bastardo.

"Deixe-me ir! Eu te odeio!" Gritei, começando a chutar quando ele me jogou por cima do ombro.

Ele bateu na minha bunda e eu gritei.

"Seu bastardo!" Rosnei.

"Você já disse isso." Ele disse rindo, passando pelo meu irmão e o outro policial que o levou, que passou a ser James.

A boca do meu irmão se contraiu enquanto passei, e a garrafa que me entregou quando me empurrou para o carro parecia uma boa coisa para atirar nele novamente.

Exceto que Michael me fez perder a oportunidade com suas tendências de homem das cavernas.

Quando chegou a porta do passageiro da sua caminhonete, ele desbloqueou com as chaves em sua mão, abrindo-a com força antes de me depositar sem a menor cerimônia no assento.

Ofeguei em surpresa e então olhei para a porta fechada que ele tinha acabado de bater no meu rosto.

"Pendejo." Murmurei, em seguida, tentei abrir a porta.

Só que ela não cedia, principalmente porque meu irmão estava lá para me impedir.

Mostrei-lhe o dedo e ele riu.

"Vou pagar você de volta por isso," falei, apontando para ele em advertência.

Ele levantou as duas mãos e sacudiu em falso terror.

Estreitei meus olhos e então sorri, enquanto retirava meu celular do bolso.

"Alô?" Respondeu a minha melhor amiga.

"Georgia," falei quando ela atendeu. "Você sabe na semana passada, quando você perguntou a Nico o que ele comeu no almoço, e ele disse salada? Sim, realmente foi um hambúrguer da Jucy’s. Ele mentiu para você."

Seu suspiro indignado e, em seguida, o clique do telefone na minha orelha, seguido pelo toque instantâneo de Nico quase me fez gargalhar.

"Carma é uma puta!" Gritei quando ele atendeu o telefone.

Geórgia estava em uma dieta, o que significava que Nico também estava em uma.

Mas Nico não queria estar em uma dieta, e todos os dias no seu turno ele comia fora porque estava com muita fome.

Ele pagava em dinheiro para que ela não visse sua conta bancária, então eu o peguei no restaurante favorito da Geórgia na semana passada onde ele me fez prometer não contar.

Como a boa irmã que sou, não contei. Até ele colocar seu chapéu de bastardo. Então todas as apostas estavam fora.

Michael disse do meu lado, “Isso não foi legal."

Ouvi-o abrindo a porta dele, claro, mas eu estava ignorando-o, então não me incomodei com ele.

Cruzando os braços sobre meu peito, eu olhava para frente e me recusei a sequer pensar sobre ele.

"Coloque seu cinto de segurança," ele ordenou assim que deu partida na camionete.

O ignorei.

"Nikki," ele disse com um suspiro. "Coloque isso."

Eu não fiz.

Suspirando exasperado, ele soltou o próprio cinto de segurança, aproximando-se de mim.

Seu antebraço acariciou meus seios e meus mamilos apertaram.

A vaca traidora.

Ele pegou o meu cinto, passou em torno de mim e o afivelou no lugar ao lado do meu quadril.

Ele cheirava bem. Não que eu admitiria isso.

E os meus mamilos ainda estavam formigando.

Michael voltou ao seu lugar, abriu a janela e começou a dar marcha ré.

"Obrigado!" Ele gritou para os dois homens nos observando partir.

Bufei.

Que se danem, também.

Eu conversaria com a esposa de James, também. Sinto-me bastante segura que poderia encontrar alguma sujeira nele para tirar esse sorriso do seu rosto.

"O que rastejou em seu traseiro?" Ele perguntou quando estávamos na estrada.

Virei minha cabeça para olhar pela janela e fiquei em silêncio.

"Pare de ser infantil e fale comigo. O que você fez hoje poderia ter sido muito diferente. Sorte que foi seu irmão que fez você encostar e não alguém que não te conhecia. As coisas poderiam ter ido a merda facilmente.” Ele rosnou.

Então, me virei para ele.

"Quer saber o que é infantil? Que tal sua esposa dizendo a todos no trabalho que sou uma empregada inadequada e depois chamam a minha atenção porque estou usando os sapatos errados. A mesma 'regra' e digo regra com a maior relutância porque ninguém segue, que todo mundo quebra. Então fui enviada para casa," rosnei.

Ele piscou. "Ela não é minha esposa."

"Bem, você a fodeu e foi casado com ela. Quase a mesma coisa." Eu disse a ele.

"Isso nem de perto é a mesma coisa. Já me divorciei de Joslin de há mais de dois anos. Nós não temos qualquer relação, e ela vai casar com meu irmão." Michael disse com naturalidade.

Esforcei-me para não reagir ao fato que ela ia se casar com o irmão de Michael, mas falhei.

"Ela o quê?" Gritei.

Bem, se isso não chamasse minha atenção, não sei o que iria.

Michael atirou-me um olhar divertido, o que fez aquele fogo queimando no meu ventre se tornar mais quente.

Ele era tão sexy.

Seu cabelo preto estava raspado firmemente à cabeça dos lados com cerca de dois centímetros na parte superior, e seu rosto estava barbeado, embora não estivesse ontem. Ele estava de volta em sua camiseta preta e uma calça jeans.

"Sim, você ouviu direito," ele acenou com a cabeça.

Pisquei e voltei a olhar para a janela.

Ela transava com todo mundo!

Bryan. Pelo menos três médicos que eu conhecia. E o irmão de Michael? De verdade?

Como é que a mulher tinha tanta energia?

"Pensei que você tinha que trabalhar hoje." Eu disse acusadoramente, não desviando minha atenção da vista.

"Eu irei. Às 12:00. São só 09:30 da manhã." Ele respondeu. "Eu estava lá para te ver, quando não te encontrei no seu apartamento, mas Joslin estava me dizendo que você foi mandada para casa."

Cerrei minhas mãos em punhos.

"Ela é uma vadia," resmunguei.

Ele bufou. "E só agora você descobriu isso?"

Bufei. "Você estava tocando nela."

Ele suspirou. "Há algo de errado com ela. Ela não entende a palavra 'não', e é desonesta e vingativa. Aprendi ao longo dos anos que a maneira mais fácil de lidar com ela é deixando-a ficar com o que ela quer. Ou, pelo menos, permitir que ela pense que tem o que ela quer. Mansidão parece expulsá-la, por isso é que faço isso. Aprendi a ser tão manipulador como ela por necessidade."

Eu rolei meus olhos. "Bem, acho que se você quer continuar esta relação, você precisa descobrir como não tocá-la, porque não me agrada. Nem um pouco."

Ele sorriu, revelando dentes brancos e brilhantes.

"Nota-se," ele concordou imediatamente.

Então ele voltou para a estrada, e fiquei contemplando minha audácia de roubar sua caminhonete.

"Às vezes eu não penso antes de agir." Admiti baixinho, olhando para as minhas mãos.

Ele bufou. "É um eufemismo."

"Vou tentar não roubar sua caminhonete de novo." Eu disse suavemente.

"Você não terá a oportunidade de roubar minha caminhonete de novo," ele riu.

Eu levantei meu rosto para ele.

"Você acha?" Perguntei.

Ele sorriu. "Eu sei."

Quando chegamos ao meu apartamento, retirei as minhas chaves... e ofereci a ele.

Ele pegou, grato por não ter que perguntar e começou a subir as escadas.

Eu tinha percebido ao longo da nossa vida amorosa de quatro meses, e novamente ontem à noite, que Michael gostava de ser cauteloso.

Não importava se saímos por dez minutos ou cinco horas, quando voltávamos para minha casa, ele olharia tudo para ter certeza que estava tudo bem antes de me deixar entrar.

Segui atrás dele, e entrei pela porta assim que ele estava saindo da cozinha e desaparecendo no quarto.

Eu tinha um apartamento de um quarto que eu amava odiar.

Ele ficava localizado no canto superior direito de uma unidade de quatro apartamentos, e eu o odiava a cada segundo.

O vizinho à minha direita roubou minha vaga no estacionamento. O vizinho à minha esquerda na parte inferior gostava de retirar minhas roupas da lavanderia compartilhada. E o vizinho diretamente abaixo de mim gostava de ter sexo alto, batendo na parede. Não que eu soubesse como ele fazia isso, desde que eu estava acima dele, e eu estava bastante segura que ele não podia foder no teto.

Independentemente disso, ele fazia isso, e eu ficava impressionada. Mas também com um pouco de sono privado às vezes.

O interior do apartamento não era nada especial. Paredes brancas, carpete bege. Bancadas de baixa qualidade simples e aparelhos da última década.

Meus móveis, no entanto, eram bons.

Eu passava muito tempo em casa, e queria estar confortável enquanto fazia isso.

E foi por isso que gastei quase um salário inteiro no meu sofá e o próximo na minha TV.

Minha cama não era tão boa como o sofá, por isso que encontrei-me dormindo no sofá mais frequentemente do que na cama.

"Porque você teve que voltar para casa?" Michael perguntou, invadindo meus pensamentos.

Virei-me para ele e cruzei os braços sobre meus seios.

"Não consegui encontrar os sapatos apropriados para o trabalho esta manhã, então usei meus tênis regulares, o que Joslin imediatamente informou ao meu chefe, e ele me mandou para casa para trocá-los. Embora isso tenha ocorrido a mais de uma hora e meia atrás, então talvez eu não tenha um emprego para voltar." Admiti.

Ele se aproximou, passando a mão ao longo das costas do sofá.

Visões de nossa única noite juntos começaram a filtrar através de meu cérebro, e eu quase não contive a vontade de cruzar as pernas para tentar controlar o pulsar entre elas.

"Você terá um trabalho para voltar." Michael me disse. "Quanto aos sapatos, estão no banco de trás da minha caminhonete. Você os tirou ontem à noite e esqueceu de levá-los com você. Que era o que eu estava trazendo de volta para você quando você roubou minha caminhonete."

Eu sorri.

Aquele homem! Como ele era engraçado!

"Isso teria me poupado muito tempo e dor de cabeça," disse-lhe. "Por que você apenas não me enviou um texto?" Perguntei.

"Você me disse para perder o seu número, lembra-se? Como eu não o memorizei, e você o deletou do meu telefone, eu não tinha. A menos que eu quisesse chamar o Nico, e hoje era o dia dele fazer um teste padronizado com o departamento, embora tenha sido cancelado, graças a Deus. Assim não havia muito o que fazer. Então eu os levei para você." Ele explicou, seus olhos me comendo.

Suspirei.

Virando-me para a cozinha, coloquei minha bolsa sobre a mesa e fui até a geladeira pegar o meu almoço, que eu tinha esquecido;

"Bem, acho que não havia necessidade de você me trazer de volta até em casa. Porém vou trocar de roupa, pois sinto que nadei em uma fossa depois de estar na parte de trás da viatura de Nico." Eu disse, dirigindo-me para o meu quarto.

Tirei minha camisa no caminho, joguei-a no chão do meu quarto e fui até o meu armário pegar uma nova.

Retirei meus sapatos e desci minha calça, que já estava em meus quadris quando senti um par de mãos assentar sobre eles.

"Com certeza eu deveria ter ficado na sala de estar." Ele sussurrou contra meu pescoço.

Arrepios começaram a correr pela minha espinha, e desta vez não parei ao esfregar minhas coxas uma contra a outra.

Apenas o som da voz rouca do homem me fez relembrar nossa noite, o que senti ao tê-lo dentro de mim. A forma como suas mãos ásperas corriam na pele sensível dos meus seios.

O jeito que sua barba fazia cócegas nos lábios de meu sexo quando ele puxou seu pau de mim e me comeu, antes de bater de volta dentro de mim gozando duro com dois golpes ásperos.

"Por quê?" Perguntei sem fôlego, alargando minhas pernas quando sua mão começou a se mover entre as minhas coxas.

"Porque você está prestes a ficar ainda mais atrasada."


Capitulo 7


Você é muito pequena para estar tão cheia de merda.

-Michael a Nikki


Nikki


Ofeguei em surpresa quando ele me girou e se moveu para frente até minhas costas encontrarem as camisas que eu tinha penduradas em meu armário.

Os cabides chiaram em protesto quando nossos corpos fizeram com que eles batessem na parede.

Uma das minhas mãos estava em volta dos ombros de Michael enquanto a outra foi para o varão que segurava todas as minhas camisas.

"Vou pegá-las mais tarde," arfei logo antes da boca de Michael encontrar a minha.

Eu gemia enquanto sua língua varria dentro da minha boca, esfregando provocativamente, enquanto ele pressionava a minha com mais força.

Quando senti suas mãos se moverem entre nós, levantei meus quadris ligeiramente, permitindo que o meu núcleo dolorido pressionasse contra o seu abdominal duro enquanto ele soltava suas calças, deixando-as cair em seus pés.

Engasguei quando ele pegou meus quadris e os forçou de volta para baixo.

Seu pênis pressionava minha boceta ainda coberta com a calcinha, e eu não consegui segurar o movimento involuntário dos meus quadris quando o prazer rasgou através de mim com o toque simples.

"Michael," ofeguei, jogando minha cabeça para trás contra as minhas camisas.

Sua boca deslizou ao longo da minha clavícula, e moveu para baixo até que seus lábios deslizaram sobre a ondulação do meu seio.

Eu estava com um modesto sutiã branco, que era o único que eu achava confortável para usar o dia inteiro enquanto trabalhava, e eu tinha certeza que não era o que se chamaria de atraente.

No entanto, me esqueci da importância disso quando ele puxou para baixo a taça do sutiã cobrindo um dos seios com os dentes, em seguida, sugou a ponta do meu mamilo em sua boca quente e molhada.

"Oh, Jesus," ofeguei, movendo meus quadris bruscamente enquanto pequenas faíscas surgindo na ponta do meu mamilo percorriam meu corpo.

Meu estômago se apertou e eu retirei minhas mãos de seus ombros e as levei para baixo.

Uma foi para a minha calcinha, enquanto a outra segurava o comprimento duro de seu pênis.

Puxando minha calcinha para o lado, alinhei a cabeça de seu pau com a minha entrada e esperei.

Michael não me decepcionou.

Quando trocou de seio, puxando a outra taça para baixo com os dentes e beliscando a ponta do meu mamilo, ele entrou dentro de mim.

Minha boceta convulsionou enquanto tentava ajustar ao seu tamanho, mas ele não me deu tempo.

Quando estava totalmente encaixado dentro, ele puxou lentamente para fora antes de afundar novamente dentro de mim.

Mordi meus lábios e movi minhas mãos para os lados de sua cabeça, observando enquanto ele circulava a ponta da sua língua no meu mamilo.

Ele começou a empurrar dentro e fora de mim, enchendo-me ao ponto de dor, antes de retirar novamente.

Os cabides se romperam e camisas caíram em torno de nós enquanto seus quadris continuavam o movimento, seu pau tocando a entrada do meu ventre a cada impulso.

"Por favor," eu disse, precisando de mais.

Abri meus olhos quando ele parou, e depois os arregalei quando ele saiu completamente e nos colocou de joelhos

Virei-me conforme ele pediu, com meus quadris para o lado, apresentando-o a minha bunda.

Minhas mãos estavam descansando sobre minha pilha de sapatos quando olhei por cima do meu ombro e o vi puxar minha calcinha para baixo sobre meus quadris.

Minha boceta se apertou com necessidade ao ver a expressão em seu rosto quando ele devorou a visão do meu núcleo.

Eu podia adivinhar o que ele viu.

Os lábios da minha boceta vermelhos e inchados. Minha entrada vazando de necessidade, implorando para ele me encher novamente. Minha calcinha em torno de meus joelhos quando ele as retirou apressadamente. Meu traseiro redondo e cheio.

Mexi meus quadris, pressionando ligeiramente para trás enquanto ele continuava a olhar por mais um tempo.

"Michael," sussurrei. "Por favor."

Minha boceta apertou quando ele olhou para cima, meus olhos encontrando os dele.

Eles estavam em chamas.

O azul estava completamente preto com pupilas dilatadas.

Ele avançou de joelhos até que seu pênis encontrou a minha entrada, e sem pressa ele afundou dentro.

Gemi e caí sobre meus cotovelos, enquanto ele empurrava seus quadris para a frente até que cada pedaço dele estava enterrado em meu canal.

Esta posição o permitiu afundar mais profundamente dentro de mim, e juro que eu podia senti-lo na minha barriga cada vez que ele me enchia.

Seu polegar roçou sobre o meu cu, e eu gozei praticamente com o simples toque tabu.

Eu apertei com tanta força que ele soltou um gemido estrangulado, e, finalmente, perdeu o controle que estava tentando desesperadamente segurar.

Eu gritei quando ele puxou e empurrou tão forte que meus joelhos deixaram o chão acarpetado.

Sem dor, no entanto. Só prazer.

"Sim!" Gemi, empurrando para trás com meus próprios quadris para encontrar seus impulsos poderosos.

Ele grunhiu com a forma que minha boceta apertou seu pau e me deu um pequeno tapa na bunda quando tentei tocar entre as minhas pernas para acelerar meu orgasmo.

"Não," ele disse bruscamente. "Isso é meu."

Não me incomodei em discutir com o que era dele.

Lembrei-me de como ele gostava.

Fazia muito tempo que eu não tinha o seu pau, mas eu sabia que ele queria que o meu prazer fosse só dele.

Ele queria ser responsável por me levar ao orgasmo

Ele queria me fazer gozar tão forte que eu gritaria tão alto que acordaria os vizinhos.

Minha mão caiu e descansei meu rosto ao lado de um dos meus chinelos de casa enquanto ele batia dentro de mim.

Meu orgasmo estava bem próximo, e ele podia sentir.

"Goze," ele ordenou.

Eu sorri. "Você não pode simplesmente dizer-me para gozar. Você tem que me fazer gozar. "

Então ele fez.

Ao inseriu o polegar na minha bunda.

Eu disparei como um maldito foguete, subindo tão alto e indo tão longe que não podia nem lembrar o meu caminho pra casa.

Mesmo distante, eu estava cinte dele puxando para fora de mim e empunhando seu pau contra as minhas costas enquanto atirava toda a sua porra ao longo das minhas costas, mas eu estava muito ocupada gozando para me perguntar por que.

Seu polegar torceu dentro de mim e o meu orgasmo, que pensei que estava descendo a ladeira, começou a avançar novamente.

No momento em que retornei a minha pele, eu era uma pilha desossada que tinha entrado em colapso, sapatos escavando a parte superior do meu tronco e sem um único cuidado à vista.

"Acho que você me quebrou," disse a ele, sentindo-o retirar o seu polegar.

Ele bufou enquanto se levantava, e eu assisti enquanto ele subia sua calça que ainda estavam em torno de seus tornozelos, de volta por suas pernas e quadril.

Ele a fechou, mas não abotoou enquanto se afastava, deixando-me na minha posição indecente em meio a uma neblina sexual.

Ele voltou momentos depois com uma toalha e começou a limpar minhas costas.

Depois de ter terminado, empurrou uma mão debaixo da minha cintura e me levantou.

Quando minhas costas encontraram seu peito, inclinei minha cabeça para o lado, expondo meu pescoço para a sua boca.

"Graças a Deus você está tomando pílula," disse ele em sua voz grave.

Enrolei meu braço em volta do pescoço dele.

"Como você sabe que estou tomando?" Perguntei curiosa.

Eu não estava surpresa que ele sabia que eu ainda estava.

Ele era um policial, pelo amor de Deus.

Se ele não fosse observador e inteligente, não seria um bom policial.

E havia uma coisa que eu tinha certeza, Michael era um maldito policial.

"Porque as vi em sua bolsa na noite passada quando você estava entregando o telefone para Alison," explicou. "Basta lembrar de tomá-las, porque depois de te foder assim nua, tenho certeza que nunca mais serei capaz de fazê-lo novamente com um preservativo. "

Sua admissão me fez sorrir amplamente.

Em seguida, o meu sorriso morreu quando ouvi meu telefone tocando da cozinha.

"Merda," eu disse, levantando e puxando minha calcinha para cima.

A nova posição colocou a minha bunda ao nível dos olhos de Michael, e ele aproveitou enquanto eu olhava para a bagunça que tínhamos feito no meu armário.

"Merda," repeti, curvando-me para olhar através da bagunça.

Encontrei uma camisa, em seguida uma calça, e as segurei, enquanto Michael massageava minha bunda e a parte interna das minhas coxas, deixando-me acessa antes que eu percebesse.

"Michael," eu disse, suplicante. "Já estou atrasada. Por favor."

Ele grunhiu em frustração e disse, "Tenho que ir trabalhar também em breve. Droga."

Eu sorri quando ele soltou meus quadris e ficou de pé, mas apenas para substituir os dedos por seu pau.

Ele apertou os quadris em mim.

Estava grata que ele já estava vestindo com sua calça, porque se estivesse nu, provavelmente estaria pedindo para me preencher novamente.

"Michael," implorei mais uma vez.

Ele suspirou e deu um passo atrás.

Imediatamente, perdi o calor do seu corpo, mas eu tinha um trabalho e compromissos.

"Obrigada," eu disse a ele, me virando enquanto vestia minha camisa.

Ele sorriu.

"Qualquer coisa para você," disse ele dolorosamente, ajeitando seu pau na calça enquanto abotoava as fivelas do seu cinto.

Um sorriso curvou meus lábios enquanto caminhei até o banheiro para inspecionar meu rosto.

Então, decidi que o olhar ‘apenas fodido' ficava bem em mim.

E não faria mal permitir Joslin ver exatamente o que ela estava perdendo.

"Pronta?" Michael perguntou quando saí do banheiro.

Com meu aceno, ele me levou até a cozinha onde peguei minha bolsa e saímos pela porta.

 

***


Trinta minutos depois, com a essência de Michael ainda escorrendo de mim, corri para o trabalho, jogando um beijo por cima do meu ombro para ele enquanto corria para dentro.

Ele o pegou e acenou, me fazendo sorrir.

Pedi que esperasse por mim para me certificar de que ainda tinha um emprego, e ele me deu um sinal de "ok" enquanto se recostava em seu assento, terminando de programar meu número em seu telefone.

Eu ainda não acredito que ele me ouviu.

Inferno, parecia surreal ... tudo isso.

Apenas alguns dias atrás, eu estava tentando organizar tudo para me manter à tona com aulas, trabalho, estudo.

Agora eu estava aqui, tirando tempo do estudo para ir em um encontro com um homem que nunca pensei que teria uma chance novamente.

"Bom, você está de volta!" Lennox murmurou, esfregando as mãos juntas em excitação. "Houve muita emoção aqui uma hora atrás. Policiais estavam por toda parte, e então esse homem, Michael, não sei se você o conheceu, mas ele tem cabelos castanhos e olhos azuis. Ele estava gritando com alguém sobre sua camionete sendo roubada. Em seguida, ele forçou o segurança para verificar as câmeras de segurança, mas a gravação não aconteceu porque o segurança derramou café sobre o hardware na semana passada e fritou completamente todo o sistema.."

Eu corei. "Eles descobriram quem roubou o carro?" Perguntei inocentemente.

Lennox sacudiu a cabeça. "Não. Eles não o fizeram, ou pelo menos não viram quem foi. Eles saíram daqui como se seus traseiros estivessem em chamas quando receberam alguma chamada sobre um BOLO7, o que mais tarde aprendi ser algo como ‘estar atento,’ e não ouvimos mais nada desde então."

Ual!

Seria muito ruim o hospital sabendo o que eu tinha feito.

Eu já estava em terreno movediço antes mesmo disso!

"Bem, isso é uma merda," consegui dizer levemente enquanto esguichava uma grande quantidade de sabão antibacteriano em minhas mãos. "Você ouviu por que eu tive que sair?"

Lennox assentiu e nós duas olhamos para onde Joslin estava parada do outro lado da sala.

Ela estava com um novo estagiário que eu nunca tinha visto antes, inclinando-se para ele e acariciando seu braço com um sorriso falso.

Deus, essa mulher era uma vadia!

E eu ainda não perdoei o Michael por tocá-la mais cedo

Eu não me importava se aquela era a única maneira de deixá-la perturbada. Ele precisava encontrar uma diferente.

"Eu me pergunto qual é o seu problema? Ela normalmente só esse tratamento para as mulheres que tentam roubar seu pau," Lennox meditou.

"Isso é porque Joslin é um cão a caça de espetáculo que gosta de ter toda a atenção sobre ela," Melissa, uma das minhas enfermeiras favoritas, rosnou enquanto jogava um gráfico sobre o balcão ao lado da minha mão.

"Estou namorando Michael," eu disse a Lennox à título de explicação, ignorando completamente os murmúrios chateados de Melissa.

Então, um brilho de compreensão brotou nos olhos de Lennox.

"Bem, isso vai ser interessante para você," ela conseguiu dizer.

"Você pode dizer isso de novo. Essa mulher precisa remover o pau que está alojado em seu traseiro," Melissa resmungou. "Ela apenas disse a Bryan que eu estava flertando com um paciente, e que eu precisava aprender a ser mais profissional. Filha da puta, eu estava apenas dizendo que ele tinha filhos bonitos! Eu não disse que ele tinha um pau bonito ou nada!"

Nós duas olhamos surpresas para ela pela sua explosão.

"Essa mulher precisa ir," murmurei. "Certamente há pessoas suficientes por aí que podem reclamar sobre ela, não há ninguém que ela não tenha fodido."

Nos três caímos em um ataque de risos com o pensamento.

Provavelmente não havia um homem solteiro ... aliás ou casado ... por todo o hospital que ela não tenha fodido. O que era um problema. Para todos nós.


CAPÍTULO 8


Toque minhas tatuagens, eu tocarei seus seios.

-Camiseta


Michael


Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang

O som da minha Glock ecoando nas paredes cavernosas da sala de treino de tiro fez-me sentir em paz.

Na verdade quase tão bem como me senti quando tive Nikki envolta em meus braços.

Atirar me trazia um sentimento de paz.

Um que permitia deixar meus pensamentos de lado e me divertir.

Eu precisava registrar muitas horas com armas variadas por mês de qualquer maneira, assim funcionava muito bem porque eu adorava fazê-lo.

O que não dava para amar era o homem nas minhas costas choramingando sobre a sujeira que estava grudando em suas roupas. "Eu não pedi que viesse," resmunguei para o meu irmão.

“Não, mas você não reagiu como pensei que faria no jantar, quando disse a você. Eu esperava raiva e você não fez nada. E depois partiu. Eu só queria ter certeza que estava tudo bem,” Dean disse teimosamente.

Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang

Colocando a arma na mesa à minha frente, peguei o carregador que acabara de ejetar da arma e comecei a recarregá-lo.

"Michael, você está me ouvindo?" Dean perguntou frustrado.

Eu o ignorei.

Realmente não sabia o que ele queria que eu dissesse.

Eu já tinha dito a ele exatamente o que pensava sobre o assunto, principalmente que não me importava.

Nem um pouco.

E ele se recusava a acreditar que não.

Então estávamos diante de um impasse.

Eu não me importava.

Ele se preocupava demais por eu não me importar.

"Michael! Foco!" Dean rugiu.

Bati a carregador na arma, engatilhando-a com mais oito tiros, tentando fodidamente ignorá-lo.

Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang.

"Michael! Saia da porra da sua cabeça e fale comigo!" Dean rosnou, puxando meu braço com a arma ao redor, então o enfrentei.

Guardei a arma vazia e explodi.

"Estou fora da minha cabeça, seu idiota! Não sou mais a porra da bagunça que era quando tinha quinze anos. Eu nunca estou com minha cabeça no lugar! Agora mantenha suas malditas mãos longe de mim, e pelo amor de Deus, não puxe o braço de um homem quando ele tem uma arma em sua mão!” Eu gritei diretamente em seu rosto.

Dean se manteve firme.

Éramos os dois da mesma altura.

Eu só era maior porque levantava pesos.

Dean estava em forma. Excelente forma. Mas ele não era eu.

Então quando ele levantou os dois braços para trás e me empurrou, eu só voltei alguns centímetros.

Considerando que, quando fiz o mesmo, ele caiu de bunda no chão.

"Que porra você quer de mim?” Rosnei olhando para Dean.

Dean olhou furioso e se levantou, limpando sua bunda e o ‘terno novo’ que acabara de comprar.

“O que eu quero é sua permissão. Quero ter certeza que isto não acabará em uma disputa quando ela se casar comigo,” ele insistiu.

Suspirei e levei minhas mãos até meu rosto, deixando os meus dedos enrolar no pouco cabelo que tenho.

"Não há nenhum ponto de discórdia, Dean. Não a amo, e tem sido assim por algum tempo. Quando ela me traiu, foi isso. Todo e qualquer amor que senti por ela foi apagado da face da terra," eu falei cansado.

Nunca devia ter deixado Torres assumir meu turno.

Deveria ter feito as horas extras e ficado no trabalho.

Isso foi besteira.

Eu preferia estar fazendo qualquer coisa agora, menos isso.

Ele arruinou um dia perfeitamente bom com sua insistência de que eu não estava 'bem.'

Dean me olhou atordoado. "Você está mentindo. Ela me disse que você não queria ter um filho com ela, e só por isso vocês se divorciaram. "

Eu sorri sem graça.

"Eu não queria ter um filho com ela, isso é verdade. Mas o que fez me divorciar dela não foi porque ela queria ter filhos. Foi porque ela dormiu com cerca de quinze homens enquanto estávamos casados, e só descobri porque ela foi descuidada e deixou um médico novo chamá-la em casa. Ele deixou uma mensagem de voz dizendo a sua 'menina' que ele não poderia fazer o jantar, e que eles precisavam marcar um outro dia. O que me deixou curioso, já que ela deveria estar no trabalho naquele momento,” falei honestamente.

Maldição, como foi bom tirar essa merda do meu peito!

Estive segurando isso por muito tempo.

Foi difícil deixar minha família pensar que eu era o cara mau por não querer filhos.

Minha mãe ressentia-se, por isso, eu poderia dizer. Mas eu não sabia como contar isso sem que Joslin fosse banida da família, então mantive minha boca fechada.

"Você está mentindo," Dean disse sem veneno.

Eu podia dizer que ele acreditou em mim.

"Quer os arquivos do detetive particular? Tenho cerca de duzentas fotos, e isso acontecendo em tempo real, também.” Ofereci.

Ele estreitou os olhos. "Por que você não nos disse isso? Por que nos deixou pensar mal de você?"

Sorri sem vontade.

"Mamãe ama Joslin. E Joslin não tinha mais ninguém. Eu estava apenas sendo legal," disse a ele.

Ele suspirou. "Maldição. Não era isso o que eu queria ouvir."

Dei de ombros. "Desculpe, homem."

Ele me olhou por algum tempo antes de dizer, "Eu a amo, cara."

Balancei a cabeça. "Se você quer ficar com ela, isso está bom para mim. Eu não me importo. Mas esteja ciente de seus defeitos. E não diga que eu não te avisei."

Ele me olhou. "Foda-se."

Eu sorri e lhe dei um tapa de leve nas costas.

"Agora dê o fora daqui e me deixe aproveitar o resto do meu dia."

A contragosto ele saiu, e não pude deixar de sorrir com a grande mancha marrom sobre seu traseiro, onde ele havia caído no chão.

Bom para o fodido por me importunar.

Virando-me, recarreguei minha arma novamente e comecei a disparar em um pedaço de papel flutuando ao redor.

Eu estava tendo um momento muito bom até que recebi um telefonema, e o que ouvi quase fez meu estômago revirar.

 

***


"O que está acontecendo, Luke?" Perguntei enquanto caminhávamos, lado a lado, no corredor para nossa sala de conferência.

Luke abriu a porta e me conduziu para dentro à frente dele.

Fiz uma parada logo depois de entrar ao me deparar com vários homens de terno.

"O que está acontecendo?" Perguntei novamente.

Luke passou por mim e sentou próximo ao Chefe Rhodes, fiquei surpreso ao ver que ele também havia comparecido.

"Pegue uma cadeira, Perez. Temos algumas coisas para discutir com você. Porém, nada que tenha feito de errado, então não olhe assim para mim," o chefe resmungou.

Sorrindo ligeiramente, caminhei até a cadeira do outro lado do chefe e me sentei, recostando-me e cruzando meus braços sobre o peito.

O chefe empurrou uma pasta de arquivo que tinha quase três centímetros de espessura, e imaginei que queria que eu olhasse.

E quando fiz, desejei que pelo menos tivessem me preparado.

"Que droga, chefe. Foda-se," eu disse, afastando o arquivo de mim e fechando os olhos, tentando controlar minha vontade de vomitar.

"Ele vai fazer," disse o homem que me sentei em frente.

Ele tinha cerca de cinquenta anos e os cabelos castanhos com fios grisalhos.

Era um homem magro, e provavelmente não chegava a 1,68m de altura.

O outro homem ao seu lado era corpulento, com cabelo preto e a pele escura. Ele estava em seus trinta anos, tinha olhos verdes e um cavanhaque.

Eu olhei para os dois.

“O que diabos está acontecendo?” Rosnei.

Eu odiava os malditos jogos.

Só me diga o que diabos está acontecendo.

"Este é o Agente Especial Troy Palmer, e este," disse o chefe, indicando o homem negro. "É o agente especial Dane Elliott. Eles estão aqui para falar com você sobre o caso Cox.”

O caso Cox era o assassinato e suicídio que eu tinha sido o primeiro a chegar.

"Sim, então?" Perguntei cansado.

Inferno, eu estava cansado. Estava de pé com poucas horas de sono, e ficaria muito bem com algum sono antes de ter que lidar com eles e sua merda.

Crimes, no entanto, não esperam que seja conveniente para todos os envolvidos.

O agente Palmer explicou no próximo minuto.

"Nós descobrimos algumas semelhanças em cerca de dez assassinatos em todo Ark-La-Tex envolvendo policiais e suas esposas grávidas," agente Palmer disse sem preâmbulo.

Pisquei os olhos surpreso. "O quê?"

Ele empurrou o arquivo de volta para mim, e o olhei novamente, só agora percebendo que não era o assassinato que entrei apenas dois dias atrás.

Era um diferente.

"Puta merda," falei surpreso. "Estão todos posicionados assim?"

Era quase idêntico.

A única coisa diferente era a cor do piso em que eles estavam deitados.

"Temos razões para acreditar que você pode ter visto o homem que fez isso no seu caminho para a cena. Já tivemos três testemunhas dizendo que viram um homem passeando com um cão na rua perto da cena do crime. Capuz preto. Calça jeans preta. Cão preto."

Pensei no dia que estive na cena do crime.

Lembrei-me de passar pela placa do parque de trailer e, em seguida, ver um cão preto ao lado da estrada por onde passei.

Recordo-me que pensei que o proprietário precisava tirar o fodido cão do caminho quando ele viu as luzes e a sirene estridente.

"Sim, eu o vi," confirmei, lembrando do homem em questão. "Capuz preto. Calças pretas e cadarços vermelhos no sapato. O cachorro tinha uma coleira vermelha com letras pretas sobre ela. Labrador preto."

Agente Elliott tomava nota no seu bloco de papel, enquanto eu falava.

O outro apenas me observava de perto.

"Havia carros na área?" Perguntou.

Neguei com a cabeça. “Na verdade, não. Passei quatro casas antes de chegar a deles e não vi nenhum. O casal tinha dois carros na garagem, bem como um sedan de tamanho médio vermelho pertencente ao casal de idosos. Passei por um carro abandonado com luzes de alerta apontando na direção oposta, que eu tinha ido, mas também vi um homem andando longe do carro com uma calça branca e camiseta cáqui.

O agente concordou. "Bom. Obrigado."

"Temos razões para acreditar que o homem é um médico que trabalha na área. Ou uma enfermeira. Ou uma parteira. Possivelmente um atendente no hospital. A única conexão entre as mulheres mortas foi o fato de terem se consultado com o mesmo médico que trabalha no Ark-La-Tex. É um prédio grande, com mais de oito escritórios e sete médicos atendendo. Apenas quatro dos médicos viajam ao longo da fronteira estadual, e nós fizemos uma nota desses quatro neste gráfico," disse o agente Palmer, entregando para nós uma pilha de papéis.

Examinei os nomes na lista, bem como as imagens.

E não reconheci nenhum deles.

"Então o que você precisa de nós?" Chefe Rhodes perguntou sem rodeios.

Ambos balançaram a cabeça, mas Palmer foi o único a responder.

“Nada. Ainda não. Já conhecemos os relatórios, as fotos e os dados da cena do crime. Só pedimos que, se você encontrar outro desses, por favor nos ligue. Estamos trabalhando neste caso há pouco mais de dois anos, e até agora temos tanto quando começamos. Um monte de nada,” ele disse simplesmente.

Olhei para os papéis na minha frente, gravando os rostos dos quatro médicos no meu banco de memória para o caso de precisar futuramente.

"Agora o porque de você está aqui, agente Perez, é só para parabenizá-lo por salvar aquela criança. Ele é o nosso primeiro sobrevivente, e eu nunca desejei tanto que um bebê falasse como agora,” ele disse abatido.

Concordo totalmente.

Eu queria a mesma coisa.

Eu não sabia que tipo de pessoa sem coraçao poderia atirar em um bebezinho inocente como aquele, mas quem quer que fosse merecia um único tiro no coração como seu último golpe de misericórdia.

"Então, é uma coincidência que todos esses homens são policiais?" Chefe Rhodes perguntou enquanto olhava sua própria pasta.

Virei para a outra página de onde tinha parado e vi o que ele estava falando.

Polícia de Longview. Polícia de Kilgore. Polícia de Shreveport. Polícia de Gun Barrel. Polícia de Gilmer. Polícia de City Bossier. Polícia de Benton. Polícia de Tyler. Polícia de Waskom. Polícia de Hallsville.

"Que porra é essa?" Falei exaltado.

Ele não só matava mulheres grávidas e bebês, mas o filho da puta também era um assassino de policiais.

"Então você não tem nada, é o que eu estou entendendo?" Perguntei com cuidado.

Os dois assentiram. "Nada."

Uni os meus dedos, e comecei a bater os dois primeiros juntos.

Eu estava inquieto.

Muito inquieto.

Eu não podia ficar parado por nada, algo que aprendi a conviver.

Isso deixaria meus amigos e familiares loucos. Mas eu era assim. Não havia nada que eu pudesse fazer para mudar isso.

“Conheço algumas pessoas que podem nos ajudar, e o cunhado de Luke é do The Dixie Wardens MC. Eles estão na cidade de Benton, Louisiana. Uma das cidades que você nomeou. Ele pode conversar com eles e ver o que ele pode cavar. Eu posso fazer o mesmo através dos meus recursos. Eles de lá e eu aqui,” ofereci.

Os dois homens me olharam, depois olharam para Luke, então se estabeleceram no Chefe Rhodes.

"Você se responsabilizará por eles. Se isto vazar para a imprensa, haverá um escândalo público. Você entende isso, certo?" Agente Palmer confirmou.

Agente Rhodes assentiu.

"Meus meninos não dariam esse tipo de informação a qualquer um. Confio neles implicitamente."

Finalmente, os dois assentiram com a cabeça e se levantaram para ir embora. "Mantenha-nos informados, e nós faremos o mesmo."

Com isso eles saíram, e nós três continuamos sentados silenciosamente por alguns momentos.

"Se isso vazar, vou chutar a bunda de vocês dois," O Chefe retumbou.

Sorri para as minhas mãos antes de me levantar. "Farei a minha parte. Luke, você vai falar com os Wardens? "

Luke assentiu e se levantou, puxando o seu telefone. "Sim, entendi."

Com isso, todos nós nos separamos, eu para continuar minha folga e Luke indo para Louisiana.

Ia ser um longo dia de descanso.


CAPÍTULO 9


Queridos adolescentes, reclamando da vida como uma criança reclamando da hora sesta. Você só viu a ponta do iceberg. Só espere!

-Pensamentos secretos de Michael


Michael


"Levante-se do chão farei você se levantar" Rosnei para o adolescente estúpido que tinha tentado roubar minha caminhonete.

Aquele bastardo tinha me roubando duas vezes, ou quase, na mesma porra de dia, e desta vez eu não achei graça.

"Eu não fiz nada!" O menino gritou, recusando a se mover.

Sem outra opção, virei o menino sozinho, tudo sob olhar atento da multidão enquanto eles observavam a coisa toda acontecer.

Rolando-o sobre suas costas fiquei olhando para ele com desprezo.

"O que você achou que ia fazer? Até onde você acha que você poderia chegar? Você quase roubou a caminhonete de um oficial de polícia," indaguei. “Sem mencionar que tenho GPS e poderia ter ativado. Depois, há o fato de que todo policial na cidade estaria procurando por você, porque não se rouba algo de um policial sem consequências. Você teria toda a polícia do estado a sua procura seu idiota. Então se levante do chão e sente na porra do banco como pedi. "

Ele fez.

Relutantemente.

Muito relutantemente.

O menino tinha quinze anos, no máximo, mas com uma atitude que dizia que normalmente ele tinha qualquer merda que quisesse.

Bem não hoje, porra.

Entrei na loja de conveniência para pegar o meu recibo, mas decidi que poderia comprar um Gatorade, enquanto estava lá.

Quando virei no corredor de lanche, me deparei com adolescente de quinze anos empurrando barras de chocolate para baixo em suas calças.

Ele não estava nem mesmo preocupado em ser visto.

Sua calça já estava tão cheia que era possível ver a grande protuberância, bem como os invólucros laranja que saiam para fora dos bolsos.

Então ele correu.

Eu tinha que dar crédito ao menino, pois ele era rápido.

Ele correu em direção ao estacionamento antes que eu sequer tivesse passado pela porta em direção a ele.

Sorte minha e azar dele, eu o peguei em minha caminhonete.

Tudo que ele viu foi um carro funcionando com os vidros abertos.

Infelizmente, eu estava com as chaves na mão e desliguei a caminhonete antes que ele pudesse sequer pensar.

Ele olhou para mim como se eu fosse o anjo da morte, como deveria ser desde que ele estava sentado na minha caminhonete.

Então ele tentou pular pela janela do outro lado, mas só conseguiu cair de rosto no chão.

"Por que você os roubou?" Perguntei, apontando para as barras de chocolate e uma garrafa de leite que estava empilhados aos seus pés.

Ele encolheu os ombros.

"Qual é seu nome?" Perguntei.

O brilho das luzes e a sirene de uma viatura me fez olhar para cima e vi Miller, outro membro da equipe da SWAT, apontando.

Ele saiu da viatura e moveu seus óculos até o topo de sua cabeça.

“Santo,” disse Miller, acenando com a cabeça.

Acenei com a cabeça, optando por não o cumprimentar pelo uso do apelido que eu odiava.

Eu não era um santo.

Longe disso, na verdade.

Agora não era o momento nem o lugar para isso, porém.

"O que você tem Santo?" Perguntou Miller, entrando na cena.

“Masculino, quinze ou dezesseis anos de idade roubando doces da 7-Eleven8. Eu o peguei em flagrante, e ele correu. Tentou fugir rapidamente pegando minha caminhonete, mas ele não conseguiu. E aqui estamos. Ele estava prestes a dizer seu nome,” expliquei brevemente.

Miller assentiu com a cabeça. "Qual seu nome, rapaz?"

O garoto olhou para Miller com todo o calor e veneno que os jovens de quinze anos poderiam reunir.

Eu poderia ter dito a ele que estava perdendo seu tempo, já que adolescentes as vezes parecem perder a compreensão quando estavam loucos.

Quando o menino se recusou, dei de ombros e lhe pedir para ficar de pé.

Ele não o fez.

"Sabe, isso pode acontecer de duas maneiras. Uma,” eu disse levantando um dedo. "Você pode cooperar. Levante-se, diga-nos o seu nome, vamos verificá-lo, e o levaremos para a central. Ou dois, você pode se recusar a fazer todas essas coisas, podemos forçá-lo a fazê-las, e você ainda irá para a central. ”

O menino olhou para mim, e então transferiu seu olhar para um carro no canto mais distante do estacionamento.

Seguindo seu olhar, estreitei meus olhos quando vi o que ele estava olhando.

"Quem está no carro?" Perguntei, olhando de volta para o rapaz.

Ele fechou os lábios com força, em seguida, olhou para seus pés.

Após compartilhar um olhar com Miller, caminhei sobre a pilha de barras de chocolate e o leite em direção ao carro que estava estacionado sob o letreiro da 7-Eleven.

Quanto mais me aproximava, mais me preocupava.

Porque pude ver uma cadeirinha no carro.

Duas cadeirinhas no carro.

Puta merda.

Abri a porta de repente, apertando as mãos, assustado com o que iria encontrar.

Eu tinha visto algumas merdas ruins no meu tempo, mas quando abri a porta, eu sabia que nada poderia ser pior.

Duas crianças famintas olharam para mim com olhos fundos.

Nenhum dos dois estava chorando, e nem pareciam assustados.

Interessados. Esperançosos talvez. Assustados? Não.

"Miller," chamei em voz alta. "Coloque-o em seu carro e venha aqui."

Miller lançou um olhar por cima do ombro para mim. Dei um passo para o lado, permitindo a ele que visse o assento mais próximo, e seus olhos se arregalaram.

Sua boca abriu e ele se virou para o garoto que parecia derrotado.

Agora eu entendia por que ele tinha roubado as barras de chocolate. E o leite.

Eu não tinha nenhuma dúvida em minha mente agora quanto ao caráter do garoto.

O desespero faz um homem fazer coisas engraçadas.

Peguei o bebê menor primeiro.

Senti-a extremamente pequena em minhas mãos.

Tão pequena que eu não poderia mesmo dizer qual a idade dela.

Miller se juntou a mim assim que coloquei o bebê na curva do meu braço, encaixando-o de lado.

"Que porra é essa?" Ele perguntou em negação ao que estava vendo.

Acenei com a cabeça. "Sim."

Era mais do que óbvio que as crianças não estavam sendo bem tratados.

Suas roupas estavam sujas.

O próprio carro cheirava horrivelmente.

O garotinho no carro nos olhou com um sorriso, mas este não alcançava os olhos.

O profundo círculo sob seus olhos, bem como o vazio neles, mostrava que ele era tudo, menos saudável.

"Pegue o outro," pedi.

Miller rodeou o carro e pegou o menino de sua cadeirinha.

O menino envolveu seus dedos magros ao redor da corda do microfone de Miller, e sorriu tão intensamente que doeu meu coração.

A menina em meus braços balbuciou e olhei para baixo temeroso.

Como policial, em alguns momentos você acaba passando por situações desagradáveis.

Embora esta não fosse a situação ideal, os dois estavam vivos, e teriam uma oportunidade para lutar que eles não tinham antes.

Algo que contabilizaria como mais um ponto em minha coluna da vitórias.

Senti como se estivesse carregando ar enquanto caminhava de volta para o carro de polícia.

Miller não parecia estar carregando muito mais quando pegou seu microfone.

"Vou precisar de uma ambulância aqui. Tenho dois bebês que precisam de atenção médica," ele disse calmamente, sorrindo para o garotinho que tentava agarrar seu microfone.

O rapazinho parecia assustado, a medida que aproximávamos da viatura de Miller, e quando abri a porta, parecia que ele estava prestes a saltar. Diretamente através da janela de vidro.

"Tudo bem, filho," eu disse, caindo de joelhos ao lado dele. "Diga-me o que está acontecendo."

Ele olhou que entraria em colapso, mas foi então que percebi que o seu coração estava em seus olhos quando ele olhou para as crianças.

"Eles são meus," ele resmungou.

Pisquei. "Eles são os seus?"

Ele assentiu. "Sim," ele murmurou.

"Quantos anos você tem?" Perguntei.

Ele engoliu em seco. "Quatorze. Quinze em dois meses.”

Meu coração acelerou.

"Eles são o seu," perguntei para esclarecimento.

Ele balançou a cabeça novamente.

"Sim," ele confirmou.

Olhei para Miller, depois de volta para o menino.

"Qual é seu nome?" Perguntei baixinho.

Ele olhou para suas mãos.

"Madden," ele disse calmamente.

"Madden, você ainda não tem idade suficiente para estar sozinho. Como você tem dois filhos? E por que está sozinho? Onde está a mãe dos bebês?" Continuei.

Ele mordeu o lábio e olhou para mim com olhos que brilhando de lágrimas.

"Eu os roubei dela. Ela não estava cuidando deles," ele gritou. "Não como eles precisavam ser cuidados."

Abstive-me de dizer que ele não estava fazendo um bom trabalho também, e balancei a cabeça. "Quem é a mãe?"

“Ela é... Ela é minha madrasta. E eu os roubei dela enquanto ela e meu pai estavam altos. Eles estavam... Fazendo coisas que eu não gostei. E ela estava fumando em torno do bebê. Eu não gosto disso. Eu tive que tirá-los. Eu precisei. Eles teriam morrido. Ela os teria matado,” insistiu suplicante. “Ela já fumou e bebeu durante toda a gravidez.” Ela sequer foi ao hospital para tê-los!

Olhei para o bebê nos braços, vi a fragilidade dela, e comecei a ficar louco.

Não com ele, não.

Mas com a situação.

"Quando você os levou?" Perguntei suavemente.

Ele mordeu o lábio. "Ontem a noite."

Jesus, era como se eles fossem dele, não dela.

"Tudo bem, Madden. Que tal você ir dar um passeio no médico com seus filhos. De lá nós vamos descobrir o que fazer, certo? ”

Ele assentiu, enxugando os olhos com as costas das mãos.

"Obrigado," ele resmungou, a voz oscilando como de todos os rapazes adolescentes nessa idade.

Jesus, esta era uma situação doentia, fodida.

Fodida com F maiúsculo


CAPÍTULO 10


Meu irmão tem a melhor irmã do mundo.

-Xícara de café


Nikki


"Vá pegar o seu jornal!" Falei apressadamente no momento que entrei pela porta de trás da casa de Nico.

Nico olhou para mim, ainda segurando a porta aberta. Geórgia, sendo Geórgia, fez o que pedi e correu para a porta da frente para pegar o jornal.

"Por que você não pegou o jornal no caminho?" Perguntou Nico.

Seu cabelo estava uma maldita bagunça.

"Os gêmeos o manteve acordado a noite toda?" Perguntei descaradamente.

Ele olhou furioso.

"Talvez você devesse levá-los por uma noite. Dê-me uma pequena pausa,” ele murmurou.

Pisquei. "Ofereci pelo menos trinta vezes desde que nasceram. Eu adoraria olhá-los. Você só tem que se convencer a deixá-los ir.”

Meu irmão estava ligado à sua família.

Não importa o que ele fizesse, ele recusava a deixar os gêmeos, ou Geórgia, fora da sua vista.

Alguns anos atrás, antes de ter reencontrar a Geórgia, ele teve problemas com um chefe da máfia local.

Tantos problemas que, para salvar Geórgia, ele simulou sua morte com a ajuda da CIA e dos Texas Rangers. Enquanto estava ‘morto,’ ele continuou a procurar o homem responsável por colocar sua vida e da Geórgia em perigo, finalmente o encontrando próximo ao nascimento dos gêmeos.

Geórgia, no entanto, assim como o resto da nossa família, não foi capaz de superar o fato de que ele tinha 'morrido.’ Ainda tínhamos pesadelos.

Eu e Geórgia conversamos um pouco sobre isso.

Nico tinha seus próprios pesadelos, também.

Embora todos nós tenhamos conversado bastante sobre o assunto, esquecer a coisa toda era difícil para nós, algo que se mostrou na maneira que Nico era agarrado a seus filhos e sua esposa, e se recusava a deixá-los longe de seu alcance.

"Oh, meu Deus! Santo está na primeira página!" Geórgia gritou excitada, pulando para cima e para baixo de camisola.

Eu pulei também, batendo palmas.

"Não é a coisa mais fofa do mundo?" Perguntei emocionada.

Geórgia riu e espalhou o jornal na mesa.

Nico se inclinou para estudar as imagens.

"Legal," disse ele, rindo.

Michael, aquele que dizia “Eu não sirvo para ser pai,” estava na parte de trás da viatura policial segurando um bebê pequenino em seus braços.

O bebê parecia ter um mês de idade, no máximo.

Ele estava olhando para a menina com uma chupeta na boca.

Seus olhos estavam observando o pequeno embrulho, como se fosse um pai devotado.

Algo que eu sabia que ele seria se desse uma chance a vida.

"Isso não era uma coisa que você poderia ter ligado?" Nico perguntou depois que leu a notícia.

Dei de ombros. "Claro que sim. Mas então eu não poderia te irritar como estou fazendo agora."

Ele estreitou os olhos para mim, e então caí em seu colo.

Ele grunhiu quando meu peso o atingiu.

"Jesus, acho que você ganhou peso," Nico brincou.

Envolvi meus braços em torno do pescoço gordo, embora não fosse realmente gordo, e apertei.

"Ackk!" Ele disse enquanto o ar escapava de seus pulmões.

Sorri para ele.

"Agora, o que você estava dizendo?" Perguntei com uma sobrancelha levantada.

Ele franziu os lábios para mim.

"Tudo bem, Nik. Deixe-me vestir e vamos até lá para ver estes bebês,” Geórgia disse saindo da sala.

"Ei!" Disse Nico, ficando de pé.

Segurei-o como se fosse minha vida, fazendo-o cair comigo.

Nico lutou para se soltar, mas consegui puxá-lo para baixo com meu movimento inesperado de segurar enquanto caía.

Nico caiu ao meu lado com um grunhido, então envolvi meus braços ao redor do seu pescoço por trás, com os braços e as pernas em torno de seu peito e apertei como se fosse tirar a vida dele.

"Deus! Você é uma merda!" Nico rosnou, efetivamente, me deixando sem ar ao rolar de costas, me prendendo no chão com o seu peso.

No entanto, não o deixei me deter por muito tempo.

Em vez disso, soltei seu pescoço e comecei a atacar suas axilas com a ponta dos meus dedos, fazendo com que ele parecesse um lunático, enquanto se contorcia soltava risadas no chão.

"Deus! Pare!" Ele gritou em voz alta.

Eu era como um carrapato, no entanto.

Fiquei e fiquei até que não tinha mais força para me segurar, então, como qualquer mulher inteligente, corri.

Como o vento.

Empurrei-o para longe com força sobre-humana que lembrava um burro desajeitado, e corri para o quarto de Nico e Geórgia.

Eu fiz mais.

Batia a porta direto no rosto de Nico e tranquei-a antes que ele pudesse me alcançar.

Em seguida, rapidamente caí exausta na sua cama que estava cheia de roupas e outros apetrechos de bebê.

"Vocês brigam o tempo todo," Geórgia disse do armário.

Balancei a cabeça. "Sim, brigamos."

"Não sei por que vocês não podem ser apenas irmãos normais," ela observou.

Nico era o único menino entre seis meninas... estava prestes a acontecer.

Eu não era uma irmã má. Eu sou uma irmã normal!

"Está com inveja que seus irmãos não estão aqui todo dia." Provoquei.

Eu estava mentindo.

Os irmãos da Geórgia a amavam imensamente.

Eles só tinham um relacionamento diferente do que Nico, minhas irmãs e eu tínhamos.

Não significava que era errado que eles a tratassem como um bebê.

Era compreensível, realmente.

Especialmente pela forma como Geórgia manteve sua família unida após a morte de seus dois irmãos mais novos.

"Então o que está acontecendo? Por que você quer que eu vá para o hospital com você?" Geórgia perguntou.

Dei-lhe um olhar estranho.

"Você é uma assistente social, Geórgia. Porque eu quero você lá?" Sorri.

Ela me mostrou o dedo e pulou por cima do São Bernardo, Hambúrguer, que estava ocupando metade do armário.

“Você sabe que nós somos ‘designadas’ a essas coisas. Eles têm que vir até nós. Você teria mais sorte chamando Shiloh,” Geórgia explicou.

Geórgia era assistente social de uma agência de adoção que colocava as crianças em casas definitivas.

Shiloh, esposa de James, por outro lado, era assistente social do serviço de proteção a criança do estado do Texas, e trabalhava no Condado de Gregg.

Foi por isso que eu a convidei para vir também.

"Já liguei para ela. Vamos buscá-la no caminho," disse-lhe.

Geórgia sorriu.

"Ótimo," ela disse solenemente. "Diga-me, o que aconteceu?"

Suspirei.

“Pelo que fiquei sabendo através do Michael, e do hospital ontem, muita coisa aconteceu. O menino, que também é o pai dos dois bebês, tem catorze anos. Sua madrasta o estuprou várias vezes ao longo dos anos, e depois ficou grávida dele. Ela teve os bebês, e os usou para manter o garoto em silêncio. O pai não sabia nada sobre tudo isso, mas, basicamente, era porque ele estava alto e fora de sua mente,” expliquei a ela. “Depois que o segundo filho nasceu em casa, viciado em Deus sabe quais tipos de drogas, ela simplesmente deixou de cuidar deles, e o menino achou que era hora de dar o fora. Ele roubou seu carro, levou as crianças, e estava estacionado naquele posto de gasolina por 12 horas antes que Michael o pegasse tentando roubar doces e leite para as crianças."

Georgia parou e se virou na metade da história, mas quando terminei de contá-la, haviam lágrimas nos seus olhos, assim como nos meus.

"Que merda, esse pobre menino," ela disse, com a voz devastada.

Concordei com a cabeça. "Foi onde a equipe da SWAT esteve ontem à noite. Fazendo uma incursão naquela casa. O juiz responsável pelo caso é filho de um homem que o abusou, então ele não foi tolerante ao ouvir o que aconteceu com Madden."

"Madden é o nome do pai meninos?" Geórgia esclareceu.

Acenei com a cabeça. "Sim, é.”

"O que eles encontram na invasão da noite passada?" Perguntou Geórgia.

Nico entrou no quarto, empurrando uma chave no bolso depois que abriu a porta.

Ele passou pela cama e me empurrou com força suficiente para me fazer cair para trás, me fazendo rir.

Ele atirou-me um olhar de 'Eu vou pegar você de volta' e se virou para sua esposa.

"Se você estava interessada nisso, porque apenas não perguntou ao seu marido?" Nico perguntou descaradamente.

Georgia sentou na cama ao meu lado e colocou as meias antes de calçar os tênis.

"Provavelmente porque eu ainda estou com raiva de você," ela disse, jogando-lhe um olhar falso.

Bufei.

“Eu disse que estava muito cansado para trocar a fralda! Eu não roubei seu hambúrguer, e não despejei molho quente em seu chá! Foi uma maldita fralda! Uma!” Ele disse, erguendo as mãos no ar para enfatizar.

Revirando os olhos, levantei-me e puxei a mão de Geórgia.

“Estaremos de volta logo, querido irmão. Cuide dos bebés e das fraldas, até voltarmos,” pedi.

Então saímos sob o olhar muito irritado de Nico.

"Então, o que eles encontraram" Georgia continuou de onde paramos.

Fechei a porta atrás de mim e caminhei com ela para o meu carro.

Meu bebê lindo.

Um Volkswagen Beentle, conversível céu azul.

Georgia entrou do lado do passageiro, e eu sentei no lado do motorista antes de responde a ela.

"Muito, na verdade. Drogas. Drogas suficientes para que eles pensassem que eram traficantes. Agulhas sujas. Cocaína e maconha. Péssimas condições de vida. Ambos os pais estavam altos como o inferno. Nenhum deles sequer sabia que as crianças estavam desaparecidas," disse a ela saindo da garagem e pegando à esquerda para a rodovia.

Georgia resmungou.

Olhei para ela.

"O quê?" Perguntei, movendo os olhos de volta para a estrada a minha frente.

Um trator estava ocupando três quartos da estrada, e olhei sobre o ombro quando ele se moveu nos permitindo ultrapassa-lo.

Durante todo esse tempo, a Geórgia permaneceu em silêncio.

"O quê?" Perguntei novamente.

"Eles vão separá-los, já posso ver isso," ela disse suavemente.

Estremeci.

Isso é o que eu temia.

Madden era um bom rapaz, mas ele não estava pronto de maneira alguma para criar dois filhos, já que ele era apenas um garoto.

"É por isso que estou trazendo artilharia pesada” respondi.

Ela franziu o cenho.

"Vou tentar, querida. Mas não há muito a se fazer," ela explicou. "Não posso fazer nenhuma promessa."

Assenti com a cabeça. “Eu sei. Só quero que você tente o melhor que puder. Trabalhe com Shiloh. Qualquer coisa é melhor do que eles tinham. Sinto-me tão mal pela situação.”

Ela deu um tapinha na minha mão quando parei no semáforo próximo ao hospital.

“E o outro garotinho? Como ele está?” Ela perguntou.

Sorri feliz.

"Muito melhor, na verdade. Eles disseram que ele abriu os olhos ontem. Darei uma passada para vê-lo, já que estaremos no andar da pediatria," informei a ela. "Mas temos que estar de volta em sua casa por volta do meio dia para que assim eu possa fazer a minha aula de uma da tarde. Tudo bem?"

Geórgia concordou. "Sim, isso soa bem. Então poderei estar lá a tempo de Nico ir trabalhar, e não teremos que chamar sua mãe para ficar com as crianças.”

Levantei meu polegar em um gesto de 'positivo' e abri a porta do carro.

Olhei assustada com os carros de polícia alinhados em frente à entrada do hospital.

"O que está acontecendo?" Perguntei a uma mulher parada em frente ao meu carro estacionado.

A mulher se virou e deu de ombros. "Não sei. Eles não estão deixando ninguém entrar ou sair.”

Pegando meu telefone, liguei para Michael.

"Alô?" Michael respondeu.

Ele parecia distraído, mas isso não ia me impedir de tentar entrar.

"Ei," eu disse. “Estamos em frente da entrada do ER e há um bando de pessoas do lado de fora. O que está acontecendo?"

Ele limpou a garganta.

"Houve outro assassinato," disse ele suavemente. "Dê-me alguns minutos para descer e as trarei para dentro.”


CAPITULO 11


Não tire sarro de uma mulher com lábios grandes. Ela provavelmente está cansada e cheia disso.

-E-card


Michael


"Quando foi este?" Perguntei ao Agente Palmer com brusquidão.

Agente Palmer me ofereceu uma pasta de arquivo, e eu me preparei antes de abrir.

O que eu vi não decepcionou.

"Maldição," eu disse, limpando a garganta. "Porque outro tão rápido?"

"Tudo isso aconteceu nas últimas três semanas. Aproximadamente de três em três dias. Isso está de acordo com este cronograma,” ele admitiu suavemente.

"Bem, você deveria ter compartilhado essa notícia ontem, pois hoje aconteceu novamente e aqui estou eu de novo," murmurei, olhando para a cena na minha frente.

Não sou um detetive.

Eu não tenho paciência para ser um.

Ser um detetive exige tempo e dedicação, um tempo que eu não tinha, e também grande paciência e perseverança.

Eu tinha a dedicação e a perseverança, mas não os outros dois.

Por isso fiquei confuso por estar aqui na cena de um crime, olhando para a carnificina que foi deixada para trás.

Não havia nenhum corpo, porque eles o levaram para o hospital no momento em que os socorristas chegaram.

O homem, o assassino, era um fodido.

Ele tinha feito isso em uma boa vizinhança.

O tipo de vizinhança que, se eles ouvirem tiros, os policiais são chamados quase que imediatamente.

Os socorristas chegaram em poucos minutos, e tanto a mulher como o homem que foram baleados, haviam sido levados as pressas para o hospital.

Não se esperava que eles sobrevivessem, embora a última notícia que tive foi que ambos estavam em cirurgia.

Não havia muito a se fazer, pois o casal foi baleado na cabeça, mas ainda tinham que tentar.

"Quem é ele?" Perguntei, examinando a cena.

"Wolfgang Amse, trabalhava para o Departamento de Polícia de Karnack. Sua esposa, Abby Amsel, era uma contadora da empresa Roscoe and Rush Contabilidade. Abby estava com oito meses e meio gravidez de seu primeiro filho,” agente Palmer me informou.

Balancei a cabeça.

O nome soava familiar, mas não consegui associá-lo a um rosto.

"Qual consultório médico essa mulher frequenta?" Perguntei, quando um pensamento me ocorreu de repente.

"Women´s Center of East Texas. E em outros na região da Arca-La-Tex," disse ele. "Mas todos os seus sistemas são interligados, já que os médicos atendem em vários consultórios."

Virei à cabeça para olhar para o balcão da cozinha.

No balcão estava a arma do oficial, distintivo, vários acessórios que ele usava em seu cinto de utilidades, chaves do carro, e seu telefone.

Mas a coisa que me chamou a atenção foi o distintivo.

Quando um policial cai, há uma tradição que outros oficiais usem uma linha fina azul sobre seus distintivos para homenagear a vida perdida.

Inicialmente era usado apenas no período de luto, mas ao longo dos anos, passou a ser utilizado também como uma demonstração de respeito por todas as autoridades policiais, civis e funcionários públicos.

"Você vê isso?" Perguntei a Palmer.

Palmer olhou e franziu os lábios ao ver. "Sim."

O distintivo tinha duas tiras de fita adesiva preta disposta em um X em todo o crachá, como se ele estivesse dizendo que cuidou desse oficial em particular.

"Imbecil," rosnei de raiva.

"Concordo," Palmer afirmou.

Então, um pensamento me ocorreu.

"Você checou as impressões digitais?" Perguntei.

Agente Palmer assentiu. "Sim."

"E quanto à parte de trás da fita?" Perguntei.

Eu não era um técnico de cena de crime, mas esse seria um lugar que eu procuraria por impressões digitais.

Agente Palmer franziu os lábios.

"Eles já recolheram as provas, mas levarei isso para os técnicos para eles verem se podem encontrar algo," Palmer disse enquanto pegava uma bolsa de provas de seu bolso, depois usou a ponta de seu lápis para enganchar no distintivo e o soltou dentro do saco.
Uma vez lacrado, ele disse: “É por isso que eu queria você aqui. Notei no outro dia que você tinha um bom olho. Ninguém conseguiu me dizer muito sobre o suspeito, mas você o fez."

Dei de ombros, desconfortável com o elogio.

O telefone de Palmer tocou, e ele puxou do bolso antes de responder com uma murmuro, "Sim?"

"Você está de gozação comigo," disse o agente Palmer em surpresa. "Não merda, tá falando sério? Tudo bem, vamos descer agora.”

Palmer já estava indo para fora, e segui atrás dele rapidamente.

O policial na porta, que estava guardando a entrada para nós, acenou com a cabeça quando passamos.

Quando Palmer desligou o telefone ele olhou para mim com alegria em seus olhos.

"O policial," disse acenando para a casa. “Saiu da cirurgia e está falando. Ele quer falar conosco.”

Nós?

Por que ele iria querer falar comigo?

Não questionei, no entanto, só entrei na minha caminhonete e segui para o hospital.

Quando chegamos, o hospital inteiro estava cheio de policiais.

Desde que o tiroteio ocorreu, todos os seus irmãos de profissão vieram, os repórteres estavam por toda parte, o que significava que meus companheiros de farda tinham que estar aqui para controlar a multidão.

"Está com o FBI?" Um repórter perguntou quando começamos a empurrar através da multidão.

"Sem comentários," agente Palmer murmurou sombriamente.

"Você é o oficial que respondeu ao assassinato do policial e do bebê?" Outro repórter perguntou.

Essa pergunta foi dirigida a mim.

Mas agi como se não tivesse ouvido e continuei empurrando juntamente com Palmer.

Agente Elliott esperava na porta do ER e a segurou aberta para que entrássemos.

"Fale comigo," Palmer ordenou a Elliott.

O Agente Elliott começou a caminhar para os elevadores enquanto falava.

"Ele está acordado, em primeiro lugar. Ele despertou bruscamente no momento em que o efeito da anestesia passou, mas ainda não consegue falar,” explicou Elliott. "A bala não atravessou seu cérebro. Aparentemente, no último momento, Amsel se afastou para o lado. A bala atravessou a base de seu pescoço e saiu pela boca. Ele perdeu alguns dentes, um pouco de tecido e tem uma pequena lesão muscular no pescoço, mas provavelmente terá uma recuperação completa. Tive que contar que sua esposa morreu na mesa de cirurgia. O bebê também não sobreviveu. "

Balancei minha cabeça.

Isso não soou bem, mesmo com ele dizendo que iria ter uma recuperação completa.

Sua esposa estava morta. Seu filho estava morto. Sua vida mudou para sempre.

Como ele poderia se 'recuperar' depois disso?

Eu sabia que não podia.

Se eu perdesse Nikki, ficaria fodidamente perdido, não seria engraçado.

Embora não ficamos juntos no último ano e meio, eu ainda sabia que ela estava bem.

Amsel, porém, não teria mais esse privilégio.

Ele iria viver para sempre sabendo que ele não pôde proteger a sua esposa e filho.

Então eu me censurei.

Amsel pode não ter esses problemas.

Eu simplesmente sabia que eu teria se nossas situações fossem inversas.

Se fosse Nikki carregando meu filho.

Então tremi.

Nikki não estaria carregando meu filho.

Não importa o quanto a ideia me excitou.

"Isto é dele. Anotei tudo em um bloco de papel. Também tenho um fax com as fotos de todos os membros que trabalham no Centro de Mulheres,” disse Elliott, sacudindo a mão com uma pilha espessa de papéis.

Quando me virei para esperar lá fora, Elliott levantou a cabeça. "Você também. Ele perguntou por você."

Arqueei minhas sobrancelhas. "Eu?"

Ele assentiu. "Sim, aparentemente ele te conhece."

"Como ele sabia que estou trabalhando nesse caso?" Perguntei.

Ele parou e se virou. "Ele era o melhor amigo de Darren Cox."

Minha mente desligou.

Filho da puta.

Aquele cara. O pai que foi assassinado na cena do crime que começou este caso para mim.

"Puta merda," suspirei.

Elliott assentiu com a cabeça. "Sim, é desnecessário dizer que ele não está levando isso muito bem."

 

***


Uma hora depois, com mais informações do que o Agente Palmer tinha coletado em meses ao longo de vários casos, saímos do quarto do hospital de Wolfgang Amsel.

Nós ainda não tínhamos um nome.

No entanto, tínhamos uma cor de cabelo.

Preto.

Que parecia ser a tendência do homem.

Amsel explicou que ele tinha acabado de chegar do trabalho e estava na cozinha tomando o café da manhã que a esposa tinha acabado de fazer para ele quando alguém bateu na porta.

Ela foi atender, e ele levantou os olhos quando ela começou a recuar.

Ele disse que ouviu "Volte-se ou eu atiro!”

Sua arma estava na ilha, a um metro de distância, então ele se virou.

E foi prontamente baleado na cabeça.

Ele olhou a tempo de ver sua esposa sendo atingida segundos depois por um homem com cabelo preto.

Então ele se foi.

Ele foi deixado para assistir como sua esposa lutou por sua vida.

Meu telefone tocou quando chegamos à sala de espera, e sorri quando vi que era Nikki.

Um pouco de felicidade em uma grande tigela de merda.

"Alô?” Atendi ao telefone.

"Ei," disse ela, preocupada. "Estamos do lado de fora da entrada do ER e há um bando de pessoas aqui na frente. O que está acontecendo?"

Limpei a garganta.

"Houve outro assassinato," falei suavemente. "Dê-me alguns minutos para descer e eu vou trazê-la para dentro."

Eu sabia que ela estaria aqui.

Ela não podia evitar.

Ela tinha ido ver Nathan Cox várias vezes desde que ele estava lá.

E como eu tinha contado ontem à noite sobre Madden e seus dois filhos, eu sabia que ela estaria aqui, assim que pudesse.

Embora eu tivesse plantado a dica para chamar Shiloh e Geórgia.

Madden não merecia essa sorte na vida.

Ele merecia viver uma vida feliz e fácil.

Algo que ele não podia mais fazer.

Não com duas crianças.

Dois filhos de quem ele definitivamente não estaria desistindo.

Aos olhos da lei, uma criança é somente seu filho, não importa a sua idade.

Embora as coisas fiquem um pouco complicadas quando você não pode cuidar de seus filhos.

Algo que Madden não poderia fazer sozinho.

A melhor solução seria deixar todos os três em uma casa onde estivessem dispostos a mantê-los juntos.

E é aí que Nikki, Shiloh, e Geórgia entram.

"Tenho que ir pegar a minha garota," eu disse aos dois homens na minha frente. "Ela está presa fora do ER com a merda de uma tonelada de policiais e repórteres."

Ambos assentiram.

"Isso é bom. Estamos saindo de qualquer maneira. Nós vamos descer com você,” disse Elliott.

Balançando a cabeça, apertei o botão para descer, e as portas do elevador se abriram.

"Você acha que o que você conseguiu hoje vai ajudar?" Perguntei aos dois enquanto as portas se fechavam e começamos a descer.

Elliott encolheu os ombros, mas Palmer assentiu com a cabeça. "Acho que, sim."

Senti um suspiro aliviado fluir através de mim.

"Isso é bom," eu disse-lhes. "Muito bom".

E era.

Policiais não merecem ter ainda mais pessoas contra eles.

Eles mereciam unidade e apoio do público e com todos os tiroteios relacionados com policiais acontecendo ultimamente, eles não estavam vendo com bons olhos a polícia.

"Vocês sabem o meu número," disse quando as portas se abriram.

Os dois assentiram com a cabeça e saíram do ER comigo.

Assim que chegamos lá fora, eles foram para a esquerda, e fui direto para onde podia ver Nikki e as duas mulheres a seu lado.

"Ei," falei, apontando para a abertura nos cavaletes que a polícia havia erguido.

Elas assentiram e começaram a empurrar através da multidão até que chegaram na abertura.

Quando Estevez ia para-las, coloquei minha mão sobre suas costas.

"Elas estão comigo," informei a ele.

Ele piscou. "Peguei vocês."

Elas passaram pela barreira e eu puxei Nikki contra o meu lado com o braço em volta dos ombros. "Preciso de um abraço que vai se transformar em sexo," ela sussurrou contra a pele do meu pescoço.

Apertei seus ombros com força, puxando-a ainda mais perto em mim. Então, como um chefe, eu disse: "Eu poderia dar isso a você... se você quiser. "


CAPÍTULO 12


Olá, meu nome é Nikki Pena, e sou uma mentirosa. Também vou para o inferno.

-Pensamentos secretos da mentirosa


Nikki


"Alô?” Michael atendeu seu telefone com uma grande mordida de hambúrguer ocupando a maioria da sua boca.

Michael sorriu, e pude ver pedaços de comida em sua boca, fazendo-me afastar em desgosto.

Meu estômago se agitou, e olhei para o prato mal tocado de nachos que eu pedi para o almoço, cem por cento certa que se eu tentasse comê-los iria vomitar a qualquer momento.

Haviam se passado quatro semanas desde o negócio com Madden e seus filhos tinha vindo a tona, e um pouco mais de quatro semanas desde que Nathan Cox tinha sido internado no hospital por causa de um tiro em sua cabeça.

Todos os quatro estavam indo bem, e Madden foi enviado com seus filhos para um lar de acolhimento temporário até que pudéssemos encontrar uma solução permanente.

Nathan, no entanto, ainda não estava em casa.

Embora ele estivesse muito melhor, ainda não estava tão bem para ter alta do hospital.

E então, o assassino ainda estava solto por aí matando policiais e suas esposas grávidas.

Isso era o pior.

Essa parte era a mais assustadora, porque me preocupava com os meus amigos e familiares, desde que todos eles eram policiais.

Uma náusea subiu a minha garganta, e às pressas peguei minha xícara de chá e tomei vários goles em uma tentativa vã de acalmá-la.

"Eu disse para comprar uma com tração nas quatro rodas," Michael disse, dando outra mordia em seu sanduíche.

Fechei os olhos quando uma bola de alimento e conteúdo do meu estômago começaram a subir por minha garganta, e engoli convulsivamente para que ela voltasse para baixo.

"Sim, estarei lá em vinte minutos," Michael disse com uma risada. "Não tente mais sair. Estou indo.”

Abri os olhos quando senti o movimento na mesa.

Levantei uma sobrancelha para ele, enquanto tentava não deixar transparecer o quão mal me sentia.

“Minha irmã está presa em seu quintal. Tenho que ir tirá-la. Você quer ir ou vai para casa estudar?” Ele perguntou esperançosamente.

Imediatamente comecei a me sentir mal.

Apesar de termos passado algum tempo juntos no mês passado, não fiquei muito tempo com ele.

Nós estávamos juntos... Só não estávamos juntos. Eu estava lá fisicamente, não mentalmente.

Eu estava estudando para meu exame final, que me levaria a ser uma parteira certificada no estado do Texas.

Um teste que eu faria na próxima semana se tudo corresse como planejado.

Porém, isso fez com que eu ignorasse, e eu lamentava isso.

O único que realmente ficávamos juntos, sem eu estar estudando, era quando eu estava deitada em seus braços durante a noite.

"Eu vou," falei suavemente, levantando-me.

Uma onda de exaustão me atingiu no momento em que me levantei e eu cambaleei.

Michael me pegou pelo cotovelo e perguntou "Tudo bem?”

Acenei com a cabeça. "Estou realmente cansada."

Suas sobrancelhas arquearam.

"Isso é porque você tem estudado até altas horas da noite, trabalhando até ficar muito cansada e acordando ao amanhecer para estudar mais," ele advertiu, ajudando-me ao redor da mesa e conduzindo pelo corredor.

Ele não soltou a minha mão, até que eu estava totalmente acomodada na caminhonete.

"Aperte o cinto, baby," ele sussurrou, correndo a palma áspera de sua mão pela minha coxa.

Tremi com o toque familiar, e meu núcleo começou a apertar em antecipação. "Certo," falei rapidamente, apertei meu cinto de segurança e fechei minhas pernas firmemente para controlar a necessidade que lentamente crescia dentro de mim.

As náuseas agora completamente esquecidas, pois eu só conseguia pensar como me sentiria com seu pau dentro de minha... Nikki! Controle-se!

Eu era uma máquina de tesão.

A qualquer momento do dia ou da noite, eu estava pronta para gozar.

Tão excitada, na verdade, que agora me masturbava no chuveiro pensando em Michael quando ele não estava lá para cuidar de mim.

"O que você está pensando?" Michael perguntou, o olhar cômico em seu rosto mostrando que ele sabia.

"Nada." Murmurei, tentando o meu melhor para fazer o tesão ir embora.

Mas não foi de qualquer utilidade.

Ele estava lá para ficar, e ficaria até que ele, ou eu, cuidasse dele.

Jesus, eu estava me tornando uma vagabunda!

Andamos cerca de três quilômetros e viramos para uma estrada de terra quando ele de repente virou a caminhonete em direção a um grupo de árvores, fazendo-a saltar com solavancos sobre a grama e o cascalho antes de parar abruptamente.

"Michael!" Ofeguei.

Então me vi sendo puxada através do assento, arrastada para o colo dele, até que estava de frente para o para-brisa.

Pude sentir a coluna dura de seu pênis cavando em minha bunda, e me contorci em excitação.

"Você sabe," ele murmurou contra o meu pescoço, "O prazer ver como você gosta disso?”

Balancei a cabeça e arqueei meu corpo quando ele começou a mover os dedos dos meus quadris, subindo pelo meu tórax, fazendo uma parada nos meus mamilos duros.

Mamilos que se tornaram tão sensíveis ultimamente que eu mal podia respirar quando ele os tocava.

Até mesmo o mais ínfimo dos toques me fazia ficar excitada em segundos.

"N-não," falei, ofegante.

Ele rosnou contra meu pescoço.

"Eu sempre disse isso," ele disse. "Tenho dito a dois anos, e ainda posso dizer agora. Sabe, baby, você tem um jeito peculiar de demonstrar tesão.”

Gemi quando sua boca subiu da minha coluna para meu pescoço, mergulhando sua língua ligeiramente no meu ouvido antes de lamber em torno da minha orelha.

"Um o que?" Perguntei sem fôlego.

Meus olhos estavam fechados enquanto sua outra mão desceu até alcançar a barra da minha saia e lentamente começou a levantá-la.

Não demorou muito para que minha bunda estivesse nua, e ele percebeu que eu não estava usando calcinha.

“Você esfrega as pernas juntas e vira o cabelo de lado para o outro. Seus mamilos ficam duros, e suas pupilas ficam dilatadas,” ele me informou, movendo sua mão até que seus dedos enfiaram em minha boceta.

Três dedos cravaram através dos lábios do meu sexo e imediatamente estavam dentro de mim.

"Tão molhada para mim, também," ele rosnou.

Acenei com a cabeça, levantando as mãos para brincar com o meu outro seio.

"Sim, tudo isso é para você," falei honestamente. "Tudo o que posso pensar é ter você dentro de mim."

Ele riu contra meu pescoço. "Você sabe o que é ter uma ereção na mesma sala que o irmão da sua mulher? Não é muito fácil, e isso acontece o tempo todo, com todos os textos sujos que você me envia durante todo o dia."

Sorri sem fôlego. "Sim, realmente sinto muito sobre isso," menti.

Ele percebeu a minha mentira. "Sim, tenho certeza que sente."

Então as mãos dele foram para o seu cinto nas minhas costas, e senti ele sendo liberado e suas calças abaixadas sobre seu quadril.

Quando seu saltou livre da sua cueca, ele o esfregou deliciosamente contra as bochechas da minha bunda, antes de dizer, "Sente-se.”

Acenei com a cabeça, erguendo-me até que ele pudesse se posicionar na minha entrada.

Então ele me puxou para baixo, me enchendo tão completamente que imediatamente comecei a gozar.

Não sabia o que havia de errado comigo, mas mesmo a ideia dele me levando tão rudemente me fez ver estrelas.

"Porra, você responde tão rápido," ele rosnou quando tomou meus quadris e começou a me puxar asperamente para baixo sobre ele.

Fiz um ruído agudo na minha garganta concordando, e ele riu.

“Incline-se para frente para que eu possa vê-la me levando. Segure o volante,” ele ordenou.

Fiz, inclinando-me para frente até que meus seios estavam pressionados contra a buzina e aumentei o ritmo novamente, trabalhando rapidamente para fazê-lo gozar.

"Tão perfeita," ele sussurrou, passando as mãos sobre a extensão da minha bunda.

Gemi novamente.

"Sim, você me preenche completamente," falei, batendo minha bunda contra suas coxas, tomando seu pau grande, tanto quanto eu poderia levá-lo.

Sua mão correu pela extensão da minha coluna, parando sobre meu ombro, em seguida, passou a me bater para baixo, pedindo-me para ir mais e mais rápido.

Com um empurrão em particular, ele começou a gozar.

Senti sua barriga apertar, em seguida, seu pau começou a pulsar enquanto lançava a sua liberação em meu canal.

E isso era tudo que eu precisava, para gozar mais uma vez.

Meus olhos se fecharam, e inclinei minha cabeça para trás.

Michael apertou meus cabelos, me segurando firme enquanto eu descia finalmente do orgasmo que ele acabara de me dar.

"Fodidamente linda," ele sussurrou ferozmente.

Sorri e me inclinei até que minhas costas descansaram contra seu peito.

Ele envolveu as mãos ao meu redor e enterrou seu rosto no meu pescoço.

"Você está me matando ultimamente," ele sussurrou rindo.

Eu bufei.

"Não posso evitar. Isso é tudo o que eu penso. Seu pau," provoquei.

Ele riu e se inclinou para pegar a pilha de guardanapos que recebemos do Chick-Fil-A9 na noite anterior.

Entregou a metade para mim, que coloquei na frente da minha vagina enquanto ele tomou a parte de trás, fazendo o seu melhor para pegar o esperma que começava a vazar da minha boceta, no momento em que fiquei livre de seu pau.

Caí para o meu lugar no banco do passageiro e fiz o meu melhor para me limpar de seu gozo antes de retornar ao meu lugar.

Ele já tinha jogado seus guardanapos no pequeno saco pendurado no câmbio do carro.

"Aqui," falei, oferecendo os guardanapos sujos para ele.

Ele me deu um olhar ‘tá falando sério,’ pegou a sacola da alavanca e me ofereceu "Aqui."

Sorri e empurrei os guardanapos dentro do saco antes de entregar de volta para ele.

Ele pegou com relutância e guardou antes de ligar a caminhonete e sair da garagem improvisada.

"Nós chegaremos atrasados," eu falei.

Ele me jogou um olhar. "Não vamos nos atrasar. Você não pode se atrasar para algo assim."

Em vez de responder, fiquei em silêncio e observei as árvores passando, minha náusea começando a retornar agora que o tesão não estava lá para dominá-la.

"Você pode estar atrasado para algo assim, se sua irmã estiver sentada na entrada da garagem pela última hora nos esperando chegar," retruquei.

Ele revirou os olhos, apesar de que eu não poderia dizer que ele tinha feito.

Pelo menos, ouvi o zombaria em seu tom.

"Minha irmã pode esperar o tempo que for preciso, pois eu falei a ela para não comprar a casa em primeiro lugar, porque estava localizada em uma área de inundação. Então lhe disse para não demorar em fazer uma garagem porque se ela não fizesse, a inundação viria e acabaria com seu quintal. Então, quando ela não conseguiu fazer a entrada, falei a ela para comprar um Jeep com tração nas quatro rodas. Você sabe o que ela fez? Comprou um Jeep com tração nas duas rodas. Quem diabos tem um Jeep sem tração nas quatro rodas?"

Percebi que ele realmente queria saber, e eu não tinha uma resposta para ele.

A resposta era: ninguém.

Qual era o ponto de se ter um jipe... se não fosse com tração nas quatro rodas?

Não que eu ficaria do lado dele.

Mulheres precisavam ficar do mesmo lado, caso contrário os homens dominariam o mundo.

Ou, pelo menos, Michael ficaria todo cheio de si, pensando que ele sempre tinha razão.

"Ela vive em um lugar remoto, também, o que significa que é um passeio de onde estou," ele me disse quando se virou para entrar em uma estrada de terra. "E precisa de reparos, então estou lá todo fim de semana, ao que parece."

Ele não estava lá todo fim de semana, disso eu tinha certeza.

"Você não está lá todo fim de semana. Porque estamos juntos a um mês agora, e eu nunca a conheci, e você passa seus finais de semana comigo,” eu lhe disse secamente.

Ele piscou para mim, e senti arrepios percorrendo minha espinha.

Mas, então, nós batemos em um buraco que fez a caminhonete chacoalhar.

E a náusea brotou novamente em minha garganta.

"Pare!" Implorei com a mão na minha boca.

Ele percebeu o estado que eu estava com uma olhada rápida em minha direção e parou.

Não muito rápido.

Mas foi o suficiente.

Ele parou a caminhonete rapidamente, e foi o tempo suficiente para que eu abrisse a porta antes de perder o almoço que eu mal tinha conseguido comer.

Minha cabeça parecia um milhão de vezes maior enquanto eu vomitava tudo que tinha em meu estômago, e em seguida, comecei a arfar seco.

Acho que Michael ficou preocupado que eu caísse da caminhonete, porque enfiou a mão na faixa da cintura da minha saia para me segurar enquanto eu vomitava violentamente.

Com a cabeça latejando, me levantei.

E dei de cara com uma vaca.

Ela estava do outro lado da cerca, mas ainda assim, a surpresa de tudo me fez gritar.

"Você está bem?" Michael perguntou.

Virei-me para ele e, em seguida, de volta para a vaca.

"Sim, estou bem agora. Estou enjoada desde o café da manhã," disse a ele.

"Infecção de estômago"? Ele perguntou preocupado.

Dei de ombros. "Não sei. Talvez. Nós lidamos com tantas pessoas doentes no hospital todos os dias que é possível. Mas não tenho a menor ideia. Só espero que vá embora.”

Relutantemente, ele soltou a minha saia e sentou-se de frente novamente.

"Talvez devêssemos levar você para casa," ele disse. "Não será bom você passar o que tiver para Reggie."

Acenei minha mão. "Ficarei no carro. Você já está próximo, e vou ficar bem, contanto que não se importe."

Ele balançou a cabeça. "Não, não me importo. Só não passe seus germes para mim."

Bufei e fechei a porta, lançando um olhar para a vaca que parecia um pouco triste ao me ver partindo.

Inclinei minha cabeça contra o assento e fechei os olhos, enquanto Michael colocava a caminhonete na estrada novamente. Em um ritmo muito mais lento desta vez.

"Não vou espalhar meus germes se puder evitar," falei sorrindo.

Ele pegou minha mão na sua, e a segurou no topo do console central por mais de três quilômetros.

Então, ele parou em um... Quintal.

Não havia nenhuma entrada.

Nenhuma mesmo.

E com toda a chuva que tivemos nos últimos dois meses, a área ao redor da casa se assemelhava mais com um lago, em vez de um quintal.

"Ela dirige um jipe sem tração..." Eu disse surpresa. "Por que ela comprou sem tração nas quatro rodas?"

Michael começou a rir.

"Exatamente!"

Ele tentou com cuidado, mas no momento que entrou no quintal, os pneus afundaram e começaram a girar.

"Vou ter que colocá-lo no 4x4," ele murmurou, fazendo algo no assoalho que não pude ver.

Não consegui ver o que ele fez porque a mulher que estava saindo da casinha marrom era linda.

Podia claramente dizer que era irmã de Michael.

Ela tinha o cabelo castanho bonito igual ao dele, e mesmo a esta distância consegui perceber que seus olhos eram do mesmo azul translúcido.

"Ela parece com você," observei quando ele deu marcha ré e começou a recuar.

A lama salpicou e bateu contra as janelas, me fazendo rir da situação.

Já estive em meio a lama antes.

Inferno, eu fui criada no leste do Texas.

Se você não nunca ficou enlameado, era porque não tinha vivido aqui por muito tempo.

Mas já fazia tanto tempo que eu tinha esquecido a maneira que escorregava e deslizava.

Lama tinha zero de tração.

Ajudou que a caminhonete de Michael era grande. E seus pneus estavam bons.

Ele abaixou a janela e colocou a mão na borda dela, enquanto se alinhava com seu alvo.

Logo ele emparelhou com o Jeep da Hannah e já estava fazendo a sua liberação antes que eu pudesse perguntar se ele precisava de mim para fazer qualquer coisa.

Eu observava os cavalos do outro lado da rua quando a voz de Michael gritou para mim.

"Nikki!"

Enfiei a cabeça pela janela e virei até que poderia vê-lo.

"Sim?" Perguntei curiosamente.

Hannah e Michael estavam de pé, ambos olhando para mim.

Michael estava provocando, e o olhar de Hannah era calculista. Ela estava me avaliando.

Acenei para ele e ela abriu um sorriso.

"Ele me disse para ficar na caminhonete, e assim não espalhasse meus germes fodidos a vocês!" Informei.

Hannah sorriu.

"Aprecio isso. Se eu o pegar, significa que Reggie pegará também!" Ela me agradeceu.

"Vocês terminaram?" Michael perguntou impaciente.

Pisquei, mas mantive sabiamente minha boca fechada.

Mas acenei com a cabeça.

"Bem," ele murmurou. "Agora vá para o assento do motorista e tente de novo um pouco mais.”

Prestei continência, e ele estreitou os olhos para mim.

Escorregando para o assento, ajustei o banco até que consegui facilmente alcançar os pedais e dei marcha ré com a caminhonete.

Prontamente salpicando os dois com lama.

Bati minha mão na boca.

"Sinto muito!" Gritei.

Michael não riu, mas Hannah sim.

Grandes gargalhadas que a fez dobrar sobre si.

"Você quer se retirar?" Ele rosnou para sua irmã.

Ela balançou a cabeça e se levantou, as lágrimas escorrendo por seu rosto, lavando o rastro de lama.

"Nossa," disse ela, caminhando até a porta de seu Jeep. "Você não é divertido."

"É verdade, não sou."

Arqueei minha sobrancelha para ele, mas ele não podia me ver, porque estava ocupado mexendo na corrente que tinha tirado de sua caixa de ferramentas, anexando os veículos.

Contemplei a súbita mudança repentina no comportamento de Michael.

Ele tinha feito isso algumas vezes no mês que passamos juntos.

Três momentos, onde de repente o humor dele foi de um extremo ao outro.

Indo de realmente feliz, a chateado com a menor coisa em questão de segundos.

Francamente, foi fascinante de testemunhar.

Não que eu dissesse que achava sua doença fascinante.

Mas aprendi a conviver com ele, no entanto.

Eu tinha irmãs.

O que já era o suficiente.

Além disso, era mais fácil não chamar a atenção para isso e agir como se nada estivesse errado.

Essa era a maneira mais rápida de fazer com que ele se recuperasse, e eu sabia que ele era grato por eu não falar sobre isso com ele.

“Tudo bem, Hannah. Quero que você acelere um pouco quando começar a sentir o puxão na corrente, certo?” Ele orientou.

Ela assentiu com a cabeça, e ele veio para a porta do motorista, então me mudei antes dele pedir.

Eu estava no meu lugar, quando ele abriu a porta, e tive que olhar para o lado para que ele não visse o sorriso no meu rosto.

"Eu sei que você está rindo de mim," ele rosnou.

"Não estou rindo," menti.

Ele bufou e acelerou a caminhonete.

O aperto na corrente soou, e ambos começaram a acelerar.

Então, de repente, Michael parou.

"Ela está indo para frente," ele disse, cobrindo o rosto com as mãos. "Por favor, me diga que não. Porque vou ficar com vergonha de chamá-la de minha irmã.”

Saltei da caminhonete, e meus tênis brancos imediatamente afundaram na lama.

Ela subiu até o meio das minhas panturrilhas, mas saí para evitar a discussão que eu sabia que estava prestes a acontecer.

"Hannah!" Sussurrei alto.

Ela se virou e parou de acelerar.

"Para trás!" Falei novamente.

Seus olhos se arregalaram, e então ela cobriu a boca com a mão. "Merda!”

Com bochechas cor de rosa, ela inverteu e passou a acelerar para trás.

Michael então começou a ir para frente e imediatamente a puxou para fora da lama com pouco ou nenhum esforço no final de tudo.

Ele a arrastou até a estrada, onde parou e a deixou ao lado e saiu.

"Você precisa de uma entrada de automóveis," ele rosnou.

Hannah saiu do seu jipe, mas ela tinha estacionado sobre uma inclinação que levava a uma vala, fazendo-a tropeçar e quase cair de rosto no chão.

Seu irmão mais novo, porém, a salvou antes que ela pudesse mesmo cair de joelhos.

"Você precisa começar a estacionar aqui, onde o solo é firme caso contrário você ficará presa," disse ele, colocando-a de pé.

Cruzei meus braços sobre o peito e me virei para olhar o cão que estava espreitando na porta atrás de mim.

"Ei garotão," eu disse a ele.

Ele era velho.

Era um labrador preto e estava com uma máscara branca cobrindo toda a sua face.

Andando lentamente ele caminhou até mim.

Abaixei-me e estendi minha mão para ele.

Ele cheirou minha mão, e comecei a fazer carinho em sua cabeça.

"Você é um doce," falei para ele, coçando atrás das suas orelhas.

"Esse é Mogley," Hannah disse atrás de mim. "Ele é um otário para algum atenção.”

Sorri. “Ele é um doce. Eu tinha um labrador preto como ele chamado Nike. Meu pai teve que colocá-lo para dormir quando ele tinha quinze anos, porque não conseguia mais andar. Muitos lances de Frisbee, acho.”

“Mogley é um idiota com uma bola de tênis. Ele era do meu ex, mas Joshua não quis mais ficar com ele quando começou a perder o seu desejo de caçar patos,” ela disse tristemente.

Que idiota.

Como você poderia apenas se livrar de um cão que estava velho demais para fazer o que você pediu a ele?

Certamente não eu!

Eu mataria por um filhote de cachorro, mas o depósito para animais de estimação do meu bloco de apartamentos era ultrajante, e você não poderia ter um cão com mais de vinte e cinco quilos.

E, embora eu amasse cães pequenos, não conseguia aguentar o tom alto do latido que vinha com eles.

Eu preferia ter um cachorro que me protegeria. Brincaria comigo. E realmente se divertiria comigo.

Eu teria isso de novo um dia.

"Ele é um amor," disse a ela.

Michael veio até a varanda e ofereceu a Mogley um cafuné na cabeça antes de começar a retirar suas botas, seguidas rapidamente por suas calças.

"Tem algo que eu posso usar?" Ele perguntou.

Num piscar de olhos ele estava apenas de cueca boxer.

"O que você faria se eu não tivesse?" Ela perguntou rindo.

Ele olhou para ela.

"Iria para casa de cueca," ele disse simplesmente.

Claro que sim.

Embora, os homens pudessem facilmente sair assim.

Eles poderiam sair com quase nada.

Mas se uma mulher tentasse sair de casa com apenas um sutiã e uma calcinha, iria arranjar problemas por isso.

“Tenho algumas das roupas velhas do Joshua no quarto de hóspedes. Elas não cairão muito bem em você, mas tenho certeza que poderá encontrar um short, uma camiseta ou algo assim que lhe servirá,” ela disse.

Ele resmungou e entrou na casa, ignorando-me completamente.

"Hmmm," murmurou quando ele saiu.

"Ele está em um daqueles estado de humor," ela explicou suavemente.

Balancei a cabeça. "Ele está bem.”

Ela olhou para mim com cuidado.

"Você sabe," ela disse simplesmente.

Pisquei. "Sabe o que?" Perguntei inocentemente.

"Que ele é bipolar."

Assenti. "Sim, ele me disse.”

Seus olhos se arregalaram em entendimento.

"Ele te ama," ela sussurrou. "E você o ama.”

"Bem..." eu amo. Só não queria que sua irmã soubesse.

Eu estava esperando.

Eu sentia que isso de alguma forma era crucial para o início da nossa relação.

Se eu o assustasse, ele fugiria.

Era por isso que eu negava, com tudo o que tinha, o que eu suspeitava que não era intoxicação alimentar ou uma infecção estomacal.

Eu estava grávida.

Muito grávida.

Porque desde que eu tinha voltado com Michael, não tive o meu período.

Eu era tão regular nesse sentido que poderia definir até o horário para isso acontecer.

Sabia exatamente o momento que ia começar, porque sempre acontecia no mesmo horário todos os meses.

O que significava que a primeira vez que ficamos juntos, nós concebemos uma criança.

Uma criança que ele não queria.

Uma criança que eu teria que convencê-lo que poderíamos ter. Que poderia ser saudável. Que poderia ser uma boa pessoa, assim como ele era. Mesmo ele não querendo admitir que ele era um bom homem.

“Você o ama. Bom. Ele é um bom homem.”

Vê? Eu sabia que ele era.

“Eu sei.” Falei para ela. “Ele realmente é um homem muito bom.”

“Ele e um saco como irmão mais novo, no entanto. Como você pode ver, ele está sempre perturbando.” Ela disse com uma risadinha. “Um ano ou mais atrás, ele salvou um garotinho de um acidente de carro, e ficou com ele por quatro horas, enquanto eles cortavam o carro para retirá-lo. Agora Jackson é o maior fá de Michael. Eles ainda saem juntos de vez em quando. Droga, ele é o melhor amigo de Reggie. Ela fala sobre ele o tempo todo.”

Saber que ele amava as crianças me deu esperança.

Eu já sabia disso, é claro, mas era bom ter a confirmação.

“Qual a idade de Reggie?”

Perguntei pegando as botas e roupas de Michael, colocando-as em um saco de lixo que Hannah fez brotar de um esconderijo entre as cadeiras da varanda.

“Ela tem dois anos e meio, quase dezoito meses,” Hannah sorriu. “Ela é a versão mini de Michael. Imita tudo que ele faz. E isso faz com o que o meu ex marido seja contra. Eu amo isso.”

Eu sorri com ela.

E foi assim que Michael nos encontrou.

Ele não estava mais de mau humor.

Não, ele estava de bom humor.

O que provou quando ele disse, “Eu gosto que as minhas duas meninas favoritas se dão bem, sorrindo e felizes.”

Dei-lhe um polegar para cima. “Bem, nós estávamos rindo de você. Não sei se você gostará de saber disso.”

Ele sacudiu a cabeça em negativa.

“Não, não. Contando que vocês se deem bem.” Anunciou ele.

Levantei uma sobrancelha para ele, observando sua roupa.

Ele estava com um calção preto de corrida que ficou seriamente apertado nele, principalmente porque eu podia ver o contorno de seu pau através dele. E embora o esquema fosse bom, não era algo que eu gostaria que todo mundo visse.

A camiseta não era muito diferente, mas pelo menos o cobria.

Fiquei feliz ao ver as tatuagens a mostra, no entanto.

Normalmente eu só podia ver quando estávamos em minha casa ou na sua. E só na privacidade do quarto.

Michael não era como os homens normais.

Ele não ficava sem caminha. Ele sempre estava vestido. Sempre.

A menos que ele fosse para a cama ou para o chuveiro.

“Porque não nos daríamos bem?” Perguntei curiosa.

Foi Hannah que respondeu.

“Joslin e eu não nos damos bem. Em absoluto. Ela era egoísta e egocêntrica. Ela também odiava quando chamava sua atenção no ER em nossos plantões. Algo que ela realmente, realmente não gostava.” Ela respondeu.

“Ahh, isso faz sentido. Ela me odeia porque faço isso também.” Eu falei.

Hannah sorriu. “Parece que temos muitas coisas em comum. E adivinha! Podemos nos unir contra ela em jantares de família e no Natal. Porque meu irmão foi muito estúpido em se casar com a vadia traidora!”

Michael inclinou a cabeça para o lado. “Como você sabia que ela me traiu?”

“Michael, irmão querido, eu não sou estúpida. Trabalho no mesmo hospital que ela. E seu fedor não fica apenas no térreo. Ele se espalha por todos os andares. Confie em mim.”

Eu tinha concordar.

Joslin era bem conhecida.

Ela era a vagabunda do hospital, e todos sabiam disso.

As pessoa poderiam não conhecê-la pessoalmente, mas a conheciam pelo nome, e esse nome não era realmente bonito.

“Eles a chamam de Whoreslin10 em vez de Joslin.” Informou Hannah.

Ele piscou surpreso.

“E ela não se incomoda com isso?” Ele perguntou incrédulo.

Minhas sobrancelhas se levantaram.

“Ela não sabe que é chamada assim.” Falei para ele.

“Se todo mundo a chama assim, ela deve saber. Ela está longe de ser idiota.” Ele disse a mim.

Dei de ombros. “Não importa. Que seja, ela não é burra, mas também não se importa sobre o que pensam dela. Ela faz o que faz e não se preocupa com a opinião dos outros dos seus atos.”

“Então, você chegará a tempo para o jantar hoje a noite?” Hannah perguntou, mudando de assunto.

Eu fiquei contente.

Essa mulher sempre teve a capacidade de me deixar deprimida.

Um ano e meio trabalhando com ela e eu ainda a odiava.

E o fato de estar prestes a conhecer seus pais também não ajudava.

Na verdade, a náusea estava de volta com força total com apenas o pensamento de encontra-los.

Eu conheci seus pais antes, mas nunca soube o que dizer.

Eu não era uma pessoa muito extrovertida.

Eu conseguia conversar com as pessoas, é claro, mas sempre dizia ou agia de alguma maneira que me fazia parecer estúpida.

“Nós estaremos lá a tempo, eu acho. A menos que alguma coisa da equipa apareça,” Michael falou, erguendo os braços acima de sua cabeça para descansar na viga do telhado da varanda.

Sua camiseta muito curta subiu, expondo seu abdômen rijo, e minha começou a salivar.

Sua barriga também era coberta de tatuagens, mas eu ainda podia ver seu abdômen definido.

O homem era seriamente malhado.

Nunca era ruim observar suas tatuagens. Algo que eu gostava de ver em exibição, pois foram feitas para as pessoas verem.

Não que ele concordasse comigo.

Tinha sido um tema de discussão, e eu finalmente decidi deixá-lo ser o que ele queria.

Ele poderia fazer o que quisesse, e eu estaria lá para apoiá-lo.

“Bem, não é como se você em qualquer controle quando surge uma chamada da SWAT. Nós sabemos disso,” disse ela, acenando com braço concordando com a ideia dele estar atrasado por esse motivo. “Mamãe vai superar isso.”

Senti que este era um assunto doloroso, ele estar na SWAT, e fiz uma nota mental para perguntar a ele sobre isso mais tarde.

“Tudo bem Hannah. Temos que correr. Nós temos um almoço com os rapazes, mas verei você mais tarde,” ele disse a sua irmã.

Hannah caminhou para frente e o abraçou, efetivamente tornando-o lamentoso novamente, mas não tanto quanto antes.

Ele esfregou os cabelos e beijou a testa dela antes de soltá-la.

“Tenha cuidado,” ele sussurrou para ela.

Hannah assentiu com a cabeça. “Eu vou.”

Então, antes que eu pudesse pensar ou dizer qualquer coisa, fui pega.

Um de seus braços varreu minhas pernas por baixo de mim, e o outro foi atrás de meus ombros para me pegar quando caí.

Gritei e passei meus braços em torno de seus ombros, com medo por minha vida, mesmo sabendo que ele nunca me deixaria cair.

"Eu sou muito pesada!" Protestei.

Ele bufou. "Você não é pesada. Você é pequena. O que é o oposto de muito pesada," ele disse com aquele tom irritantemente doce dele.

Pude ouvir seus pés afundando na lama a cada passo, e não pude deixar de objetar.

“Michael, meus pés já estão cobertos de lama. Por que você está me carregando?" Perguntei.

Ele riu.

Inclinei minha cabeça para descansar contra seu pescoço.

"Que seja," falei provocando.

Ele me apertou um pouco mais forte, e nunca me senti mais segura ou mais querida em toda a minha vida.


CAPÍTULO 13


Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Talvez eu vá... Amanhã. - Fato da vida


Nikki


"Michael!" Ofeguei, minha cabeça indo para trás quando ele bruscamente puxou meu cabelo, expondo meu pescoço para sua boca.

Ele correu sua língua da minha clavícula até o lóbulo da minha orelha, que ele sugou em sua boca, correndo a ponta pela parte exterior.

"Nós vamos nos atrasar," falei em desespero.

Ele não estava escutando, no entanto.

Já estava puxando o meu jeans para baixo, empurrando-os com ambas as mãos enquanto me inclinava na beirada da cama.

"Vou ser rápido," ele disse com voz rouca, fazendo meus olhos revirarem quando percorreu minha fenda com sua barba, traçando o comprimento do meu sexo com a língua.

"Deus," sussurrei, empurrando para trás involuntariamente quando ele enfiou a língua na minha boceta desesperada.

Sua barba arranhava deliciosamente o meu clitóris, e eu estava a ponto de gozar, quando ele se afastou de forma tão abrupta que gritei de frustração.

"Tudo bem, podemos ir agora," disse ele severamente.

Olhei por cima do ombro para ele, vi o brilho em seus olhos, e sabia que ele estava brincando.

Estreitando os olhos, dei-lhe um olhar feio. "Você já me deixou no limite. Que tal você apenas terminar o trabalho?" Perguntei, balançando minha bunda em provocação.

Ele sorriu e lentamente abaixou o zíper da calça jeans, desabotoou, em seguida, baixou-as em torno de seus quadris apenas o suficiente para que pudesse liberar sua ereção, sem muitas manobras.

Lambi meus lábios fazendo-o sorrir para mim.

Ele sabia o quanto me afetava, e eu não me importava nem um pouco.

"Michael," insisti, empurrando meus quadris para trás contra ele.

Seus olhos escureceram, e ele alinhou seu pau com a minha entrada antes de empurrar lentamente.

Engoli em seco e joguei a cabeça para trás.

Meu cabelo desceu pelas costas, e Michael o pegou, enrolando-o em suas mãos enquanto afastava seus quadris.

Então ele afundou novamente, puxando meu cabelo para me impedir de me afastar, ao mesmo tempo.

Joguei meus quadris para trás com tanta força que um som alto encheu o quarto quando nossos quadris colidiram.

Ele grunhiu.

"Essa é a maneira que você quer fazer isso?" Ele perguntou casualmente, como se ele não estivesse me deixando louca com seus movimentos lentos.

"Sim!" Gritei.

Puxando os quadris para trás até que a cabeça de seu pênis ficou na minha entrada, ele bateu de volta para dentro de mim com tanta força que meus joelhos levantaram da cama.

"Ahhh," gemi, o calor correndo em minhas veias com seus movimentos eróticos, me iluminando como fogos de artifício.

O prazer crescia em meu núcleo.

Meu orgasmo voltou quando ele bateu em mim, mais e mais forte, até que a única coisa que esperei foi a dor deliciosa que disparou através de mim quando ele se afundou completamente.

Sua mão livre, que não estava puxando o meu cabelo, foi para minha bunda, apertando-a cada vez mais forte.

Mas não me importei, porque sentia que ia gozar.

A dor erótica, o prazer puro, e a emoção veio tudo de uma vez, e eu entrei em combustão espontânea.

Ou assim parecia.

Talvez fosse um orgasmo.

Mas eu não chamaria o que tinha com Michael de 'normal.'

O que tínhamos era fan-porra-tástico.

"Vou gozar," ofeguei. "Por favor!"

Ele sabia o que eu queria.

Uma mão estava no meu cabelo, e a outra em meu quadril.

Uma viajou para o meu clitóris, enquanto a outra foi para um dos meus seios: puxando, apertando e agradando.

Meu orgasmo explodiu como um show de fogos de artifício, enquanto eu o prendia com tanta força que o ouvi amaldiçoar e bombear seus quadris incrivelmente mais rápido.

"Jesus," ele grunhiu.

Então senti o jato quente de sua semente entrando em mim, me enchendo, e me marcando como sua.

Ele empurrou para frente uma última vez e ficou parado, ofegando com o esforço.

"Você sabe," disse ele. "Nem mesmo quando corro, eu suo tanto."

Gemi.

"Eu não posso reclamar." E não podia.

Se eu tivesse que lidar com o suor para obter o prazer que eu tinha, então eu o levaria todos os dias da semana e duas vezes aos domingos.

Ele saiu de mim, deixando-me desolada.

Permaneci de bruços na cama, e pude sentir sua essência vazando de mim em um jorro.

No entanto, eu não tinha energia para cuidar disso naquele momento.

"Levanta mulher," Michael disse dando um tapa em minha bunda.

Virei-me, sem dúvida vazando tudo sobre a cama.

Eu mudaria os lençóis quando chegássemos em casa.

Não havia nenhuma maneira que eu poderia me mexer direito agora.

Bem, isso a menos que Michael fosse me pegar.

O que ele fez apenas alguns segundos depois, envolvendo suas grandes mãos em volta da minha cintura e me levantando.

"Vá se limpar, colocar suas calças, e vamos embora. Eu já posso ouvir minha mãe,” Michael brincou.

Horror me encheu.

"O quê?" Eu disse freneticamente. "Estamos atrasados?"

É claro que estamos.

Nós tínhamos acabado de ter sexo quando deveríamos estar saindo, Nikki Pena!

"Gah!" Eu disse apressadamente, colocando a palma da minha mão entre minhas pernas para pegar qualquer gota que pudesse vazar enquanto mancava para o banheiro, minhas calças ainda em torno de meus tornozelos de onde ele tinha deixado anteriormente.

Michael riu enquanto observava, sentando-se na cama para colocar o coldre da arma e amarrar os sapatos.

Vinte minutos depois, e apenas dez minutos de atraso, nós chegamos à casa de seus pais.

Era um lugar exuberante.

Uma daquelas casas de fazenda pintada de branco, enormes colunas brancas, persianas vermelhas e uma varanda grande na frente que abrigava cadeiras de balanço.

"Isso é legal," eu disse em admiração.

Eu cresci em uma fazenda.

Nós tínhamos vivido em uma casa de cinco quartos com sete filhos.

Meu irmão, sendo o único menino, tinha conseguido um quarto sozinho, enquanto minhas irmãs e eu tínhamos que dividir tudo em três.

Parecia que esta casa tinha nada menos que dez quartos.

Além disso, quartos de empregada. E uma casa de piscina.

"Sim," ele concordou, abrindo a porta e correndo para o meu lado. "É um bom local."

Saltei quando ele me ofereceu sua mão, e caminhamos em direção a escada.

"Estou nervosa," sussurrei para Michael. "E nós estamos atrasados!"

Ele deu um tapinha em minha mão. "Vai ficar tudo bem."

Eu sabia que ficaria. Ele faria isso.

Mas isso ainda não ajudou o nervosismo que estava tomando conta de mim.

Ou era a náusea que não tinha desaparecido por três dias?

Porque eu senti que ia morrer.

De nervosismo. Ou talvez anorexia, pois eu não tinha fome.

Conheci seus pais no hospital, é claro, mas apenas o tempo suficiente para cumprimentá-los, pois os dois estavam trabalhando no momento.

Encontrá-los em sua casa, no seu território, em seu berço, era uma coisa completamente diferente.

"Vai ficar tudo bem, prometo," ele me disse, enquanto caminhávamos até a entrada da casa de seus pais.

"Tem certeza que minhas calças não estão muito apertadas?" Perguntei preocupada.

Seus olhos foram da porta da frente para a minha bunda, e eu podia ver suas pupilas dilatarem.

"Não, baby. Elas estão fodidamente perfeitas," ele murmurou, lambendo os lábios. "Talvez devêssemos ir para casa. Ligar e dizer que você ainda está doente.”

Eu sorri, acertando-o com o cotovelo nas costelas. "Nós fizemos isso antes de vir," provoquei de ânimo leve.

Então a porta a minha frente se abriu, e uma mulher bonita, com os mesmos olhos azuis de Michael, estava diante dela, junto com um homem com o cabelo castanho de Michael. Com alguns cabelos brancos que só acrescentava um charme a sua aparência.

"Michael, você está atrasado," sua disse em tom de reprovação.

Então seus olhos brilharam nos braços à mostra de Michael, e eu estremeci.

Eu tinha implorando para ele usar uma camiseta.

Eu deveria ter deixado ele vestir uma de manga longa que ele queria usar.

"Ma," disse ele, entrando comigo atrás dele. "Nós perdemos tempo tentando encontrar um sapato que combinasse."

E nós realmente ficamos.

Foi assim que tudo tinha começado essa noite.

Eu estava olhando debaixo da cama, e ele estava olhando para minha bunda em vez de para o meu sapato.

"Nikki!" Hannah chamou. "Estou feliz por você ter vindo!"

Sorri verdadeiramente para Hannah, então derreti ainda mais quando a menina em seus braços se lançou sobre Michael.

"Tio Mickey!" Reggie gritou.

Reggie era uma bola de sol e felicidade embrulhada em um vestido rosa e cachos castanho.

Eu a adorava!

Como podia ser tão bonita?

“Tio Mickey! Rodar!” Reggie gritou novamente.

Nós observamos enquanto Michael girava Reggie em um círculo, os braços estendidos para frente enquanto a segurava suspensa no ar.

Ela gritou e gritou, rindo enquanto fazia o ‘avião.’

“Tudo bem, crianças. É o bastante. Que tal jantarmos?” Elizabeth ralhou suavemente.

Michael balançou mais uma vez, em seguida, parou abruptamente.

Ele colocou Reggie no chão, e todos vimos quando ela começou a tropeçar, enquanto o equilíbrio voltava aos poucos. Michael a pegou antes que ela caísse no chão e riu para ela.

"Você fez bem, Reggie-Roo," ele disse, puxando-a firmemente em seu peito.

Eu podia dizer que ele a amava.

Claramente.

Não pude evitar uma pontada de tristeza com a visão.

Eu queria que fosse um filho nosso.

"O que tem para o jantar?" Outra voz chamou da sala de estar.

Olhei para cima, assustada ao ver outro homem lá.

Ele se parecia com Michael. Tinha a mesma pele bronzeada e cabelos castanhos.

Mas era aí que as semelhanças terminavam.

Este homem tinha um rosto mais 'infantil,' e uma construção muito mais magra.

Ele não parecia muito com o resto da família, assim como Hannah e Michael.

"Fiz frango ao alho, batata trufada de limão e pimenta com espargos, e um bolo de laranja para a sobremesa," Elizabeth sorriu, feliz por alguém ter perguntado o que ela havia feito.

Notei quando o homem acenou com a cabeça, e a mulher encostada nele fez uma careta.

Eu tinha esquecido que Joslin, eventualmente, estaria aqui.

Ou mais como deixei de lado.

Eu realmente não gostava da mulher, e devo ter inconscientemente me protegido de pensar nisso durante todo o dia, porque, até agora, não me lembrei que ela estaria aqui.

Michael passou o braço em volta dos meus ombros, me puxando para seu lado enquanto dizia, “Cheira bem, mãe. Espero que você tenha um pouco de chá doce, no entanto. Estou com sede.” Elizabeth deu a seu filho um olhar divertido.

"O que você acha que eu sou, uma ianque?" Ela zombou.

Suspirei, e cobriu minha boca com a mão de um golpe.

Joslin era do Norte.

Eu sabia porque ela sempre repetia como o Texas ‘não era Nova York.’

Bem, graças a Deus por isso!

“Bem, lidere o caminho, Ma. Você está reclamando por eu estar atrasado, mas você está em marcha lenta.” Michael brincou.

Elizabeth estreitou os olhos para seu filho.

"Cuidado," ela sacudiu o dedo para ele.

O jantar foi excelente. E nada deu errado o tempo todo.

Mantive meus olhos no meu próprio prato, sorri para todos, e agi como se eu estivesse confortável.

Mas o tempo todo eu não estava.

Joslin ficou calada, mas olhou para mim o tempo todo, e eu perdi a paciência com ela após trinta minutos de refeição, e comecei a olhar de volta.

"Mais frango?" Olhei para cima e encontrei Dean segurando o prato de frango para mim, e eu balancei a cabeça.

"Não, obrigada." Seus olhos se estreitaram quando não levantei o prato, e olhei para o meu prato vazio.

"Estou realmente cheia, juro," falei para ele.

Ele suspirou.

"Dean não gosta quando as mulheres em sua vida não comem tanto quanto um pequeno cavalo," Michael resmungou mordendo um bocado de pão. "Continuo dizendo para que ele supere isso, mas ele tem uma fobia."

"Fobia?" Perguntei confusa.

Eu realmente estava cheia, por isso não me importava se ele queria que eu comesse mais ou não. Eu não comeria. Não com a forma como o meu estômago estava turbulento ultimamente.

“Ele namorou uma menina na escola que era anoréxica. Então ele acha que todas as garotas que ele conhece são,” Hannah murmurou, sorrindo para seu irmão com humor.

"Eu não!" Dean negou.

"Você sim," Manuelo riu na ponta da mesa.

"Então, mãe," Joslin interrompeu a conversa com seu tom arrogante normal. "O que faremos no feriado? Eu realmente quero ir para o Colorado esquiar novamente."

Eu odiava esquiar. Portanto, esperava que Michael não quisesse que eu fosse com ele.

"Nós tentamos isso no ano passado e não deu certo, então está fora de questão este ano,” Manuelo murmurou, fazendo-me amá-lo naquele instante. "Além disso, agora temos outra pessoa para adicionar à mistura, então agora teremos que sincronizar nossas agendas."

Meu coração se aqueceu com a menção de mim, e quando Manuelo sorriu para mim, eu sabia que ele teria para sempre meu coração.

Se alguém pode enfrentar Joslin assim, tinha todo o meu respeito!

"Mas no ano passado os meninos escolheram. Este ano as meninas escolhem," Joslin lamentou.

Michael ocupou sua boca com outro pedaço de pão, mas eu poderia dizer que ele queria gritar com ela.

Inferno, eu também, mas não o fiz, é claro.

Surpreendentemente, foi Dean quem fez isso.

"Que tal falarmos sobre isso quando estiver mais próximo? É apenas abril ainda," Dean falou.

“Tudo bem, desde que todo mundo está satisfeito, vou retirar os pratos. Nikki, Joslin, que tal vocês duas me ajudarem?” Elizabeth perguntou.

Tentei não fazer caretas.

Limpar a cozinha não era uma das coisas favoritas para mim.

Dê-me um esfregão ou uma escova de vaso sanitário durante todo o dia, mas o pensamento de tocar em alimentos e os cheiros de uma cozinha realmente me fez querer vomitar.

Michael olhou para mim, avaliando minha vontade de fazê-lo, e começou a dizer algo, mas eu peguei sua mão.

"Tudo bem," falei alegremente, levantando, pegando meu prato e estendendo a mão para o de Michael.

Quando tentei puxar o prato de Michael, ele o segurou até que olhei em seus olhos.

O que vi foi preocupação. Por mim.

Sorrindo para ele, inclinei-me e o beijei suavemente nos lábios, sussurrando: "Eu estou bem." Ele olhou nos meus olhos, estudando-me por um tempo, depois assentiu. "Traga-me um pouco de torta na volta."

Arqueei um sobrancelha para ele "Sim, senhor."

“Veja, isso é o que eu gosto de ouvir! Lizzie, quando você vai aprender a obedecer assim?” Manuelo perguntou em voz alta.

Rindo, segui uma Elizabeth resmungando, e uma Joslin ainda mais infeliz, para a cozinha.

“Falando mal de nós, minha querida," Elizabeth falou quando porta se fechou atrás de nós.

Eles tinham uma daquelas portas giratórias que eu só tinha visto em filmes, e sua cozinha era uma arte.

"Cara, eu poderia bater alguns tamales11 aqui!" Eu disse em reverência.

"Você é bem-vinda para fazê-los quando quiser, desde que compartilhe," Elizabeth ofereceu graciosamente.

"Negócio fechado," eu disse, parando no lixo para despejar o que restava nos dois pratos em minhas mãos antes de colocá-los na pia onde Elizabeth estava lavando.

Joslin sentou em uma cadeira na mesa e começou a folhear uma revista, deixando Elizabeth e eu para preencher o silêncio, que foi surpreendentemente fácil, considerando a situação.

"Então, o que a fez querer ser uma parteira?" Perguntou Elizabeth, oferecendo-me um prato enxaguado para que eu colocasse na máquina de lavar.

“Sou uma paramédica. A primeira chamada que atendi foi de uma mulher grávida com quarenta semanas de gestação que estava tendo seu bebê em um armário em seu quarto. Foi durante uma dessas tempestades com granizo que danificavam toda a área afetada com seus ventos fortes. Eles tinham acabado de tocar a sirene de furacão quando nos chamaram" eu disse a ela. "Então, quando chegamos, ela estava no armário com seu marido pirando ao seu lado. E foi aí que a ajudamos. E fiquei apaixonada desde então."

“Esses são os tipos de histórias que adoro ouvir. Como você sabe, eu trabalho na emergência da pediatria. Pode ser deprimente às vezes ouvir algumas histórias,” disse Elizabeth, entregando-me um punhado de garfos.

"Dean e eu decidimos tentar fertilização in vitro," Joslin anunciou em seu lugar na mesa.

Congelei, assim como Elizabeth.

"Vocês realmente não têm realmente dado tempo para isso," Elizabeth hesitou.

“Nós tentamos por mais de um ano, então Dean resolveu fazer o teste e descobriram que ele tinha uma contagem muito baixa de espermatozoides. Eles sugeriram a fertilização in vitro, mas mesmo assim eles não deram certeza que será possível fertilizar meus ovos. Nós vamos perguntar ao Michael se ele estaria disposto a doar esperma...”

Deixei cair o prato que eu estava segurando e saí da cozinha.

Eu estava tão louca que poderia cuspir pregos, e quando entrei na sala vi Dean e Michael em uma conversa tensa no canto.

"Michael!" Gritei, cortando a conversa.

Ele se virou para olhar para mim com preocupação, em seguida, seus olhos se estreitaram quando viu o rosto sorridente de Joslin em minhas costas.

"O quê?" Ele perguntou preocupado.

“Nós precisamos conversar. Do lado de fora... Agora,” eu disse a ele rapidamente.

"Eu disse a ela que nós vamos pedir a Michael para doar esperma," Joslin anunciou para a sala toda.

Michael virou-se rígido e olhou para mim, pronto para o que ele sabia que estava por vir.

Porque deixe-me dizer um pouco sobre mim.

Sou uma cabeça quente.

Eu reajo primeiro, falo em segundo, e penso em terceiro.

Isso me deixou em apuros toda a minha vida.

"Você não vai ter um filho com ninguém além de mim!" Gritei alto, marcando meu ponto com um dedo em seu peito.

Os olhos de Michael brilharam.

"Não terei filhos com ninguém, por isso não é um ponto discutível," Michael disse, cruzando os braços sobre o peito.

"Mas Dean, você disse que ele concordaria!" Joslin lamentou.

“Meu irmãozinho não está tendo um filho com você. Isso é fodido,” Hannah afirmou sua opinião.

"Mas não seria o filho dele e meu, seria meu e de Dean," Joslin continuou a lamentar.

"Certo. Você sabe muito bem que se o DNA é de Michael, ele terá uma responsabilidade com a criança, mesmo se você não quiser," Manuelo disse sério.

“Seria o nosso filho! Ele não teria nada a dizer!” Joslin insistiu.

O corpo de Michael ficou tenso, e eu sabia que ele estava prestes a dizer algo duro.

"Michael e eu estamos sérios, e realmente não me sentiria muito confortável com um filho dele por aí com vocês. Não quero dizer com isso que você não seriam pais capazes," falei a Dean. "Mas o que é uma parte de Michael é uma parte de mim. Então, vocês estariam confortáveis com a partilha desta criança comigo e Michael? Porque sei que eu não estaria confortável fazendo isso com vocês."

“Acho que precisamos conversar com Michael sem você aqui,” Dean disse suavemente. "Joslin, por que você não vai terminar de limpar a cozinha com Nikki e...”

“Não, ela está certa. Eu não vou ter filhos. Mas se fosse não seria com Joslin. Desculpe,” Michael disse, enfiando as mãos em seus bolsos e olhando ao redor da sala para todos os ocupantes.

Manuelo e Hannah, eu poderia dizer, estavam firmemente do meu lado.

Elizabeth, eu poderia dizer, estava em conflito.

Ela queria que seus dois filhos fossem felizes.

E eu sabia que tinha acabado de fazer uma inimiga em Joslin.

Não haveria mais volta agora.

Dean, no entanto, parecia estranhamente feliz.

Como se ele não quisesse ter filhos com ela.

Nem ela ter filhos com mais ninguém.

Beep-Beep-Beep-Beep.

Olhei para Michael quando ele puxou o Pager do bolso.

"Tenho que ir," ele murmurou, olhando para a mensagem. “Nikki, vamos lá. Vamos embora.”

Saímos dentro de segundos, e eu fiquei tão feliz que poderia gritar.

"Eu não posso acreditar," falei, apertando meu cinto de segurança, "Que ela lhe pediu isso." Michael bufou.

"Ela sempre quis ter filhos. E eu acho que Dean estava no processo de me dizer que não queria filhos, quando você irrompeu pela porta como se tivesse um atiçador de fogo quente empurrado na sua bunda.”

Estremeci.

"Isso soa doloroso." admiti.

Ele encolheu os ombros.

"Não posso afirmar. Mas não tenho dúvida de que seria, no entanto." Ele saiu do quintal do seus pais, ligando as luzes em seus carro que eu não tinha percebido que estavam lá.

"Uau," eu disse, olhando para as luzes piscando que foram montadas acima do seu espelho retrovisor. "Faz sons, também?"

Ele apertou um botão em seu volante, e o som de uma buzina de ar alto, seguido pela distinta buuuurp-burrrp que a maioria dos carros de polícia usavam, encheu o ar da noite.

Surpreendentemente, as pessoas abriam caminho com bastante rapidez.

"Você pode levar a minha caminhonete para a sua casa," ele murmurou. "Vou arranjar alguém para me deixar no meu lugar."

Pisquei.

"Você não vai voltar de novo?" Isso foi um gemido que detectei na minha voz? Ei, eu odiava choramingar.

"Não, não há como dizer quando estarei de volta," ele me disse quando parou na estação. Então, sem mais uma palavra, ele desapareceu, deixando a caminhonete ligada, eu surpresa e um pouco magoada.

Ele sempre vinha para minha casa depois de suas chamadas.

Por que desta vez foi diferente?

Será que o que eu disse foi demais?

Certamente não.

Mas inferno, o que eu sabia?


CAPITULO 14


Mostre-me seus gatinhos.

– Camiseta


Nikki


"Onde você está?" Perguntou Michael.

Olhei para o consultório médico onde estava atualmente esperando minha consulta, e menti. “Estou na loja. Precisa de alguma coisa?” Perguntei docemente.

Ele resmungou. "Não. Eu só estava esperando que você estivesse em casa para que pudesse me trazer minha pistola extra. Algo está errado com a minha e acho que preciso levá-la para consertar."

“Não, eu não estou lá. Desculpe-me,” falei a ele honestamente.

"Droga. Eu não posso sair. Estou prestes a entrar em uma reunião, e tenho um seminário da SWAT em Longview às doze horas,” ele suspirou.

“Posso leva-la para você em Longview, se estiver tudo bem. Tenho que ir ao shopping de qualquer maneira,” ofereci.

Ele fez um som de contentamento. "Isso soa bom. O que você precisa no shopping?"

Calças, porque as minhas já não me cabem mais, foi o que pensei, mas o que eu disse foi, "Calças novas. A minha estão com defeito no botão."

Não era totalmente uma mentira. O botão havia perdido sua eficácia, pois já não podia alcançar o buraco que foi desenhado para isso. Eu tinha que usar um laço de cabelo para ligar os dois juntos, e, eventualmente, Michael acabaria percebendo que eu já não podia mais abotoar minhas calças. Eu tentaria ganhar algum tempo, porém, comprando um jeans maior.

Passaram-se três semanas desde que eu tinha ido com Michael puxar sua irmã da lama.

Três semanas desde que conheci seus pais.

E três semanas desde que eu tinha terminado a escola.

Mas eu estava ocupada.

Eu tinha recebido minha 'graduação' há apenas dois dias, embora tenha sido apenas uma formalidade.

Eu tinha feito meu teste de certificação que era exigido no Estado do Texas, e agora eu era uma parteira certificada e licenciada.

“Senhora. Pena?” A voz de uma jovem mulher chamou, fazendo-me olhar para cima da contemplação das minhas unhas, que estavam necessitando urgentemente de uma manicure.

Infelizmente, eu sabia que isso não ia acontecer em breve.

Eu não tinha tempo.

E quando tinha, eu preferia dormir.

Esta gravidez que eu ainda não tinha anunciado estava realmente drenando o inferno fora de mim.

Levantei-me e caminhei até a mulher.

"Você está pronta?" Ela perguntou com um sorriso.

Concordei com a cabeça.

"Sim."

Eu estava.

Não havia como negar.

De jeito nenhum.

Se todos os meus cálculos estivessem corretos, eu estava bem além da fase do 'perdi o meu período.'

Que era normalmente quando as mulheres se sentiam seguras para anunciar a sua gravidez ao mundo.

Algo que eu não tinha encontrado a coragem de fazer tão cedo.

"Tudo bem, vamos ver o seu peso e pressão arterial, então você pegará aquele copo ali," ela indicou o copo no balcão. "E o encherá até a....”

“Primeira linha, sim, eu sei. Eu sou uma parteira,” eu disse a ela, sorrindo feliz.

“Oh! Eu quero fazer isso!” A mulher falou admirada. “Estive pensando sobre isso. É difícil?” Eu sorri.

“É difícil, sim. Acho que a parte 'mais difícil,' porém, é acordar no meio da noite, quando as mulheres entram em trabalho de parto. Mas eu não vou seguir esse caminho dos partos em casa. Eu já tenho uma posição alinhada com o Good Shepherd. Vou ajudar os médicos de lá. Trabalharei em turnos de doze horas, disponível para fazer os partos se os médicos não puderem fazê-los a tempo,” expliquei a ela.

Seus olhos brilharam.

"Eu não sabia que eles tinham essa opção," disse ela, apontando para a escala. "Olharei a sério sobre isso. Eu aceitei esse emprego por causa dos bebês. Eu adoro conhecer os pequeninos."

Eu podia entender.

Eu tinha ajudado um bebê nascer no estacionamento do ER.

A mulher passou por uma situação difícil, dentro de uma caminhonete Chevy com o marido frenético ao volante.

O marido estava branco como uma folha, e pude ver o porquê no minuto em que abri a porta e vi um bebê praticamente à beira de nascer, olhando para mim da vagina da mulher.

O bebê estava literalmente olhando ao redor.

Sua cabeça estava voltada para o lado de cima, o que significava que o bebê estava vindo ao mundo voltado para o céu, em vez de para baixo como deveria ser.

Também significava que doía muito mais.

O que a mulher que estava dando à luz ao menino estava deixando-nos saber com seu jogo eloquente de palavras.

Levantei meus braços bem a tempo de pegar o garoto quando a mulher deu um empurrão valente.

O bebê deslizou do canal de nascimento da mãe direto para as minhas mãos estendidas, e desde então nunca mais olhei para trás.

"Ok, você se aproximar," disse a mulher. "Sente-se aqui, por favor."

Depois de verificar minha pressão arterial, e encher o temido copo de plástico, ela me mostrou um quarto.

"Tenho certeza que você já sabe o que é esta pequena joia!" Ela disse, segurando um aparelho de Doppler12.

Acenei com a cabeça, me sentei e levantei minha blusa. "Claro que sim."

“Você disse que está de doze semanas, de modo que deve ser tempo mais do que suficiente para ele se desenvolver e nos permitir ouvir os batimentos cardíacos."

Fechei os olhos e ouvi os sons do Doppler, espantada em como era diferente.

"Ahhh," a mulher disse. "Aqui está."

Sorri, e as lágrimas encheram meus olhos, enquanto ouvia meu bebê e do Michael pela primeira vez.

E eu me apaixonei.

Desesperadamente a esta pequena vida dentro de mim.

"Um quarenta e dois. Perfeito!” Ela disse. “Tudo bem, minha querida. Meu nome é Dália se você precisar de alguma coisa. O médico deve ver você em cerca de dez a quinze minutos." Dália explicou enquanto se dirigia para a porta do quarto, fechando-a silenciosamente ao sair.

Bem, pelo menos eu não tinha que que sentar aqui nua enquanto esperava.

Esta consulta estava um pouco tarde.

A maioria das mulheres geralmente vinha quando estavam entre quatro a seis semanas de gestação.

Como eu estava com doze, não seria necessário o ultrassom vaginal normal. Eu poderia fazer o que seria executado do lado de fora da minha barriga.

O que também significava que eu não teria que ficar nua.

Ocupei-me com uma revista de um parto, o tempo todo dizendo a mim mesma para me acalmar e não surtar.

Perder a cabeça estava sendo a parte mais importante do meu dia de hoje.

Como eu diria ao Michael?

Será que ele ficaria bem com isso?

Será que me pediria para abortá-lo?

Eu sabia de uma coisa, porém, que esse bebê era meu, e eu já o amava.

E se eu tivesse que desistir do meu relacionamento com Michael porque ele não conseguia ver além de seus medos, então eu o faria.

Seria difícil como o inferno, mas eu o faria.

E eu planejava dizer-lhe hoje à noite depois do jantar com nossas famílias.

Talvez eu lhe desse algumas bebidas antes de dizer.

Quem sabe isso o ajudasse a ficar calmo e ele percebesse que ter um filho não era o fim do mundo.

A porta do quarto se abriu, e eu olhei nos olhos de um homem mais velho, no final dos seus sessenta anos.

"Olá," Doutor Jones disse, oferecendo sua mão. “Eu sou o Doutor Jones. É bom conhecê-la.”

Sorri para ele e lhe ofereci a mão, também.

No momento em que minha mão tocou a sua, senti uma energia um pouco desconfortante subindo pelo meu braço, mas escondi com um sorriso. "Prazer em conhecê-lo, também."

Ele sentou em uma cadeira, e eu nunca me senti tão grata por não estar nua como estava nesse momento.

Porque se este homem tivesse que fazer coisas entre minhas pernas, eu acredito que gritaria.

Não consigo imaginar porque isso me deixou tão nervosa e desconfortável.

Ele tinha uma aparência normal. Uma leve careca no topo de sua cabeça, e um sorriso amoroso. Um homem normal para a sua idade.

Não havia nada realmente diferente nele, mas eu sabia que não voltaria a esse médico.

Porém, as consultas funcionavam de forma que eu teria que visitar qualquer médico quando o meu próprio OB/GYN estivesse ocupado com outro paciente ou fora da cidade.

Eu teria que me consultar com qualquer outro, e este médico, Dr. Jones, foi o primeiro disponível.

Então, aceitei me consultar com ele, mesmo que ele não fosse o médico que eu queria que me atendesse. Felizmente, eu não teria que me encontrar com ele novamente.

"Tudo bem, o seu teste de gravidez deu positivo, então você está realmente grávida. Hoje vamos fazer um ultrassom para confirmar as datas, mas como fiquei sabendo que você é uma parteira, estou bastante certo que seus cálculos sobre a sua gestação estão corretos,” ele sorriu.

Escondi meu desconforto novamente com um sorriso.

"Sim, estou bastante certa."

Ele assentiu. "O que o seu marido faz?"

Em vez de dizer a ele que eu não era casada, apenas sorri e lhe disse, "Ele é um policial." Algo em seus olhos brilhou, mas foi embora tão rápido quanto veio.

"Bem, isso é bom, aposto que vocês estão animados," ele falou, levantando-se e caminhando até a pia para lavar as mãos.

Inclinei-me para trás e levantei a minha blusa quando ele voltou para mim, suas mãos se movendo para a minha barriga.

Ele pressionou o meu abdômen, e eu tive que apertar o meu núcleo firmemente quando o movimento fez o estado da minha bexiga ir de suportável para fazer xixi imediatamente.

"Tudo parece certo," disse ele, movendo-se e indo para a pia novamente.

"Prescrevi uma receita de vitaminas pré-natais, bem como alguns remédios para náuseas se você sentir que vai precisar deles, desde que li em seu prontuário que está tendo um pouco de náuseas e vómitos."

Assenti, e ele sorriu, inclinando apenas o canto dos lábios novamente.

"Tudo bem," disse ele, levantando-se e indo para a porta. “Se você tiver alguma dúvida, por favor, não hesite em ligar. Sabe onde é a sala de ultrassom?” Acenei com a cabeça, e ele piscou. “Tudo bem pequena senhora, você é mais que bem-vinda para ir! Vejo-a no próximo mês.”

Segurei um arrepio até que ele fechou a porta, e soltei o ar que não tinha percebido que estive prendendo.

Em seguida, uma raiva irracional tomou conta de mim.

Se meu namorado bastardo não fosse tão irracional sobre crianças, eu não estaria enlouquecendo agora sozinha. Ele teria me segurado, e me diria que nunca mais veríamos aquele filho da puta novamente.

Porque eu sabia muito bem que Michael sentiria o mesmo que senti.

Saí da pequena sala, acenando para Dália, indo em direção a sala de ultrassom.

Encontrei a sala, e imediatamente percebei que eu estava fodida.

Porque Memphis, a esposa de outro membro da equipe da SWAT, estava sorrindo radiante para mim.

"Eu sabia!" Ela cantou alegremente. "Eu sabia!"

"Sabia que?" Perguntei cuidadosamente.

“Quando vi o seu prontuário. Aposto que Michael está tão feliz!” Ela aplaudiu alegremente.

Errado. Michael nem sabia!

"Umm, Michael não sabe," eu disse a ela suavemente.

Seus olhos perderam a alegria.

"O que?" Ela perguntou.

Eu tinha certeza que foi um choque para ela.

Downy, seu marido, era realmente um bom homem que ficou radiante quando soube que Memphis estava grávida.

Ela provavelmente não percebeu que alguns homens não se sentiam da mesma forma que o dela.

"Sim, eu não lhe disse ainda," informei a ela. "E eu não tenho certeza se quero fazer... ou como fazer."

"Mas por que? Ele é um santo. Ele é tão delicado com crianças. Ele ama as crianças."

Sim, eu conseguia perceber como isso poderia dar errado.

"Michael não quer ter filhos," eu disse finalmente. "Não sei como ele vai reagir quando souber que estou grávida, nem se ele ficará feliz com isso. Se eu for honesta, tenho certeza que ele sairá e me deixará."

“Oh, Nikki. Sinto muito,” ela sussurrou desolada.

Dei de ombros.

Era a verdade.

Eu lidaria com isso quando acontecesse.

Hoje à noite, porém, eu diria a ele.

Eu não queria que ele descobrisse de um amigo, quando deveria estar vindo de sua mulher. Pelo menos eu poderia dar isso a ele...


CAPITULO 15


Ninguém se preocupa com os seus problemas. Temos merda o suficiente da nossa própria para lidar. -Michael a um suspeito


Michael


"Surpresa!" Eu disse, abrindo a porta do restaurante que eu tinha alugado para a noite toda, revelando toda a nossa família e amigos.

A boca de Nikki abriu em surpresa.

"O que... por que... o que..." ela gaguejou boquiaberta.

Eu sorri.

"Parabéns pela sua certificação, melhor amiga," disse Geórgia, envolvendo os braços em torno de Nikki e abraçando-a com força.

"Oh, meu Deus!" Nikki saltou para cima e para baixo, em seguida, virou-se e se jogou em mim, tirando meu equilíbrio.

"Você é o melhor homem de sempre."

Soltei uma risada e deixei-a ir quando seus pais se aproximaram de nós.

"Mãe, pai!" Ela chorou de felicidade.

E foi assim que que eu soube. Eu fiz tudo isso só para conseguir um sorriso em seu rosto.

"Você se saiu muito bem, parabéns," disse Nico, me batendo na parte de trás.

Bufei e virei-me, oferecendo-lhe a mão. Ele pegou e apertou os olhos em mim.

"Posso ver agora que você tentará entrar no coração de meus pais. Mas isso não vai funcionar. Eu sou o favorito,” ele brincou.

Ele falava sério, tanto quanto eu poderia dizer. Ou talvez ele fosse muito tão bom em manter a compostura.

"Não, você não é!" Uma jovem mulher disse, muito parecida com Nikki, mas que ainda tinha que desenvolver todas as curvas sensuais dela. “Eu sou!"

Nico olhou para ela. "O que diabos você está vestindo, Nila?"

Ela olhou para a saia curta que se agarrava a suas coxas tonificadas.

"Uma saia. O que há de errado com ela?”

“Uh,” Nico disse, balançando a cabeça e olhando em minha direção. “Sei que você tem uma irmã. Será que ela se veste como uma prostituta?”

Balancei minha cabeça. “Não. Não mais, pelo menos. Ela teve um bebê aos dezesseis anos, no entanto.”

Os olhos de Nico se tornaram assassino. "Você não vai ter um bebê! E arruinar a sua vida! Puxe sua saia para baixo.”

“Nossos bebês arruinaram sua vida?” Geórgia perguntou com uma risada em sua voz.

Os bebês de Nico estavam agora com um ano de idade, mas ele ainda agia como se eles tivessem nascido ontem.

"Sim, quando foi à última vez que tivemos..." Geórgia bateu a mão sobre a boca de Nico antes que pudesse terminar sua frase.

"... você tomará cuidado com a sua boca em torno de nossos amigos, seu bastardo escandaloso," Geórgia rosnou para o marido.

Virei-me para Nila. “É bom conhecê-la, finalmente, Nila. Já ouvi muito sobre você.”

Nila sorriu. "E eu de você. Apesar de que, tudo o que Nikki e eu temos falado é sobre o fato de que você pode dar a ela...”

“Você também, não!” Geórgia cessou a conversa. “O que está errado com vocês, Pena? Obviamente, Nikki fez o certo, encontrando um homem para tirá-la dessa família fodida.”

Nico riu, como assim como Nila.

Eu, porém, congelei. Ela estava falando com a Geórgia em se casar?

Eu realmente não tinha pensado muito durante o verão, mas o pensamento de estar com Nikki para sempre realmente me fazia feliz.

Como, loucamente feliz.

Mas também me preocupou.

Eu não queria me casar com ela ainda.

Precisávamos de tempo para ficarmos juntos e conhecer um ao outro.

Ela nunca tinha testemunhado qualquer um dos meus episódios maníacos/depressivos.

Eu, pelo menos, preciso passar este inverno com ela, então poderia pensar em casamento. Agora, eu estava feliz em tê-la em meus braços, sabendo que ela estaria lá quando eu acordasse.

"Michael?" Nikki me chamou.

Olhei e vi seus pais me observando.

Virei-me e me afastei dos irmãos discutindo, oferecendo minha mão para Sol, mais uma vez.

"Como vai?" Perguntei.

Ele sorriu.

"Você fez um bom trabalho, mantendo isso dela. Eu estava apenas dizendo a ela que foi você que organizou tudo,” Sol disse

Nikki olhou de seu pai para mim.

"Você é bom em manter segredos," ela brincou. “Eu geralmente sou a primeira pessoa a falar a minha família sobre os presentes. Da próxima vez prestarei mais atenção para os sinais de que você está escondendo algo.”

Sorri. “Você nunca saberá se eu estiver escondendo algo de você. Você, por outro lado, é um livro aberto.”

Os olhos dela se arregalaram. "Sério?"

Assenti.

Então seus olhos se estreitaram. "Eu também sou boa em guardar segredos."

Em seguida, Memphis e Downy se aproximaram, efetivamente terminando a conversa.

“Lolita! Você me trouxe alguns tamales?” Downy perguntou em voz alta.

Lolita corou. “Não, meu Downy, eu não trouxe. Mas vou fazer algum amanhã, então me certificarei de levar para você na delegacia.”

Downy sorriu.

"Ponto!" Ele disse, abaixando seu braço rapidamente a partir da altura da cabeça. “Faça-os quente! Você sabe como eu gosto deles!”

Lolita revirou os olhos, e me virei para Memphis, e a vi olhando para Nikki estranhamente. Ela encarava o copo de champanhe na mão de Nikki como se fosse uma víbora.

"O quê?" Perguntei a ela.

Memphis virou e olhou para mim com olhos selvagens.

A primeira coisa que notei foi ela olhando meus braços nus, fazendo com que seus olhos se arregalassem ainda mais.

"Puta merda!" Ela anunciou em voz alta. "Você tem uma nova!"

Olhei para os meus braços nus e fiz uma careta.

Eu tinha ido sem as mangas compridas esta noite por causa de Nikki.

Eu sabia que ela gostava quando eu estava com os braços de fora.

E, embora tivesse feito isso por ela, eu não estava confortável.

Eu não gostava de explicar porque eu tinha tantas tatuagens. Porque com essa explicação vinha a outra sobre eu sofrer de depressão e ser bipolar.

Que só levaria a mais conversas que eu não queria ter.

Com o canto do meu olho, vi Nikki virar para colocar a taça de champanhe em uma mesa próxima e se voltar para mim.

Levantei uma sobrancelha para o movimento, mas ela só piscou e afastou-se, falando com seus amigos e familiares, deixando-me sozinho para explicar a Memphis algo que eu não queria explicar.

 

***


Duas horas mais tarde, o dilema do champanhe foi trazido novamente.

"Nikki, porque você não está bebendo champanhe? Comprei especificamente para você?” Perguntou Geórgia, empurrando ainda mais um copo para ela.

Nikki novamente acenou. “Não, eu não estou interessada em champanhe esta noite. Quero aproveitar esta noite, e não esquecê-la.”

Um pouco apaziguada, Geórgia levou a bebida aos lábios e bebeu, mantendo os olhos em Nikki, estudando-a.

Estudei Nikki também.

Ela não tinha bebido nada com álcool em um tempo muito longo, agora que pensei sobre isso. Por quê?

Fazendo uma nota mental para interrogá-la mais tarde, voltei a prestar atenção a conversa.

“Então eles estão fazendo cortes no orçamento? Onde? Eles vão tirar os nossos uniformes? Os veículos que prometeram? O pagamento de horas extras que eles nos obrigam a fazer?” Nico perguntou com indignação ao ouvir o que Luke tinha acabado de dizer.

Luke balançou a cabeça. "Só estou falando os rumores que estou ouvindo, e explicando porque vou estar presente na reunião da Câmara Municipal."

“Bem, e sobre eles reduzirem o pagamento do prefeito, ou de alguns dos funcionários da cidade? Por que não cortar no orçamento das fodidas flores que plantam no meio da estrada? Ou as novas luzes vermelhas que trazem mais problema do que fazem bem?” Nico murmurou sombriamente.

Luke levantou as mãos em sinal de rendição. "Foi por isso que mencionei isso. Quero que vocês venham no encontro comigo nesta sexta-feira,” disse Luke.

Depois de alguns grunhidos de confirmação, Luke virou para mim. “Eu também queria falar com você hoje, mas não consegui uma oportunidade. Você não ouviu falar mais nada sobre esses assassinatos?” Ele perguntou.

Todos nós sabíamos de quais assassinatos ele estava falando.

Todos sabiam.

Agora era informação pública após o quarto assassinato a sessenta quilômetros daqui a duas semanas atrás.

"Wolf está acordado e falando, mas ele só foi capaz de dar poucos detalhes. Ele pode atestar as roupas pretas, o capuz preto, e as botas pretas. Sabemos que ele tem cabelo preto, e cerca de 1,75m. Magro. Cerca de 80kg," eu disse a eles. "Mas vocês já sabem disso. Parker e Elliott não estão compartilhando muito mais ainda. Wolf está recebendo alta na segunda-feira, apesar de tudo. E, esperançosamente, ele conseguirá adotar Nathan como ele tem tentado, agora que não tem outra família," informei.

Luke assentiu.

"Eu ouvi que menino está finalmente melhor," Downy disse com a boca cheia de bolo. "Quando ele irá para casa?"

Balancei minha cabeça. "Só o tempo dirá. Ele tem um inchaço em seu cérebro que está fazendo-o agir de maneira diferente, então eles estão à espera que ele diminuía um pouco antes de fazerem planos para ele receber alta.”

"Foda-se," disse Miller, levando sua cerveja aos lábios e tomando um gole.

O mesmo sentimento que o meu.

"Você está grávida!" Noel cantou. "É por isso que você não está bebendo."

Meu coração congelou no meu peito com a declaração da irmã mais nova de Nikki, e comecei a prestar um pouco mais de atenção.

“O que? Não! Eu não estou!” Nikki sacudiu a cabeça violentamente.

Mesmo que ela negasse imediatamente, comecei a ligar alguns pontos.

Vômitos.

Seu período que eu não tinha visto ainda.

E eu teria notado em qualquer uma das milhões de vezes que tínhamos fodido no último mês e meio.

Ganho de peso.

Porque ela precisava de novas calças no shopping hoje.

Porque seus mamilos estavam tão grandes ultimamente.

Eu mal tinha acabado de fodê-la no chuveiro esta manhã, e a tive implorando por mais outra vez.

"Com licença," murmurei, meus olhos conectados com os Nikki.

Seus olhos se arregalaram ligeiramente, queimando com algo que eu não consegui ler, e depois desapareceu antes que pudesse estudar suas feições.

Então, ela se desculpou com seus amigos e me seguiu para fora do restaurante, em seguida, mais para longe.

Eu não parei até que estávamos nas sombras ao lado do edifício.

Eu podia ouvir os saltos de Nikki batendo no chão enquanto ela andava atrás de mim.

O vento da tempestade iminente abanando sua saia enquanto ela se apressava para me alcançar.

Mas meus passos eram rápidos demais para ela.

Ela não me alcançou até que parei nas sombras profundas, tão escuro que ela não conseguiu perceber que estava em pé na minha frente até que a segurei em meus braços antes que ela batesse em mim.

"Agora não é hora de mentir, Nikki," eu disse sem fôlego.

Eu estava sem fôlego porque me sentia fodidamente pirando.

Eu era um médico, merda.

Eu conhecia os sinais.

Eu também era mais inteligente do que tenho agido ultimamente.

Eu acho que eu queria tanto dar a Nikki o benefício da dúvida que ignorei os sinais.

Nunca olhei para ver se ela estava tomando a pílula do controle de natalidade.

Mãe. Idiota.

"Michael," disse ela, apertando a mão dela contra a minha.

E de repente esqueci porque estávamos brigando.

Principalmente porque sua boca estava na minha, e suas mãos estavam envolvendo meu pescoço.

Ela me segurou apertado quando tentei me livrar dela, mas, em seguida, ela pressionou os quadris deliciosos contra o meu pau furioso, e eu esqueci porque estava louco.

Esqueci que minha vida tinha acabado de mudar.

Esqueci que ela estava tentando me distrair.

Porque ela me distraiu.

E peguei a isca.

Vara, linha e o fodido anzol.

Minha boca caiu sobre a dela quando a peguei em meus braços.

A saia apertada que chegava até seus tornozelos, se enroscou em suas pernas enquanto eu tentava levantá-la.

Ela e eu empurramos a saia para cima até que ela parou em seus quadris, em seguida, me virei até que a pressionei contra a parede de tijolos do edifício.

"Nikki," rosnei, moendo meu pau em sua vagina.

"Sim?" Ela perguntou, a necessidade evidente em sua voz.

Ela balançou os quadris contra o meu pau, e gemeu quando acertei o ponto certo em seu clitóris.

"Por favor... só não minta," implorei.

Ela não respondeu, o que eu acho que foi resposta suficiente.

"Nikki," eu disse, colocando a mão entre nós para tirar meu pau de dentro da calça e colocando sua entrada. “Por quê?" Ela balançou a cabeça.

“Eu fiz tudo certo. Juro pela minha vida, Michael. Eu fiz tudo certo.”

Meus olhos se fecharam, e meu coração parecia que estava quebrando enquanto ela afundava lentamente sobre meu pau.

Seu calor apertava meu pau, cobrindo cada polegada de pele do meu comprimento.

Meus olhos permaneceram fechados, não que isso importasse de qualquer maneira, pois estava escuro feito breu agora.

A luz solitária que estivemos usando como iluminação, sumiu quando uma rajada dura de vento passou uivando entre os prédios.

Nikki ofegou, e não consegui descobrir se foi por causa da escuridão pura, ou a maneira como bati nela, descarregando toma a minha frustração sobre a situação em sua vagina.

"Michael," ela ofegou, agarrando-me mais apertado.

"Leve-o," ordenei.

Ela se inclinou e mordiscou meu pescoço, com força.

E eu explodi.

Era tudo muito.

A maneira como ela se apertou em torno de mim.

A maneira como ela cheirava.

O pensamento dela carregando o meu bebê.

Um bebê que foi um milagre por si só, mas, provavelmente, crescerá para ser igual a mim.

"Eu terminei sem você," murmurei em seu cabelo.

Ela acariciou minha cabeça, correndo as unhas ao longo do meu couro cabeludo, fazendo arrepios percorrer minha espinha. "Tudo bem," ela sussurrou baixinho. "Só não faça isso de novo."

Eu sorri sem graça e tirei dela, deixando seus pés cair de volta para o chão.

Uma vez que eu sabia que ela estava firme, soltei seus quadris.

Sua saia caiu da minha mão, e nós ficamos lá parados, em um silêncio constrangedor.

Eu estava com a minha cabeça em seu ombro, e ela com os braços ainda em torno de mim.

"O que vamos fazer?" Eu falei, com os olhos fechados apertados.

Um soluço ficou preso em sua garganta, e eu sabia que ela não fez isso de propósito.

Eu sabia com todo meu coração e alma.

E quando ela sussurrou: "Eu não sei, mas eu te amo," eu sabia que eu faria o que fosse preciso para chegar a um acordo com isso.

Porque eu tinha tanto responsabilidade na concepção dessa criança quanto ela.

E isso é o que um homem fez.

Reforça a armadura.


CAPITULO 16


Então me diga o que você quer o que você realmente quer. - Camiseta


Nikki


Eu sabia que ele não me encontraria aqui.

Era o único lugar que eu poderia ir sem que ninguém me encontrasse.

Salsarita Mamacita's.

Minha família nunca seria vista aqui.

Era o lugar mais miserável para dançar na cidade.

Além disso, Michael não dança.

Ele me disse isso.

Muitas, muitas vezes.

Quando eu estava dançando ao redor da cozinha fazendo o jantar, ele rolava os olhos para mim, exasperados quando tentei levá-lo a juntar-se a mim.

Algo sobre participando de muitas danças quando era mais novo ou alguma desculpa como essa.

Passaram-se dois meses desde que falei a Michael que eu estava grávida.

Dois meses desde que ele me fodeu, ficou comigo durante o resto da noite, e depois desapareceu sem deixar rastros.

Bem, não foi exatamente sem deixar rastros.

Eu sabia onde ele estava.

Ele me ligou, me falou o que estava acontecendo, mas ele não voltou.

Ele estava vendo um terapeuta.

Ele estava chegando a um acordo’ sobre o bebê, como ele disse.

Ele estava em um caso.

Eu sabia que era um caso ruim.

Eu também sabia que era um caso importante para ele, mas eu não entendia por que ele estava se afastando de mim.

E eu tinha certeza que ele estava apenas usando isso como uma desculpa para lamber suas feridas. Feridas que ele acreditava que eu infligi contra ele.

Eu estava no controle de natalidade. Não conheço um método mais eficaz para impedir uma gravidez, a não ser a abstinência... E era algo que não ia acontecer com Michael.

Eu não tinha usado antibióticos, por isso não foi nada estúpido da minha parte.

Nem tinha esquecido qualquer pílula. Eu sabia que ele não queria filhos. Eu nunca iria prendê-lo assim, nem lhe daria um filho que ele não queria de propósito.

Assim, desnecessário será dizer, eu estava em um péssimo estado de espírito.

Um estado de espírito solitário.

Porque ele não estava lá.

Ele não estava comigo, e eu precisava tanto dele que mal podia suportar.

Eu estava ignorando suas chamadas por três dias, e eu sabia que, ou ele ficaria cansado de me ligar, ou tiraria sua cabeça para fora de sua bunda e viria me ver.

Qualquer um surtiria um efeito desejado neste momento.

Eu sabia que ele me amava.

Sabia que era tão profundo o seu amor por mim que conseguia perceber em cada chamada que ele fez para mim. Ouvi no tom de sua voz.

Tomei um gole da minha água, o suficiente para que eu pudesse tecnicamente dizer que fiz, pois não havia nenhuma maneira que eu estaria tocando-a quando voltei para a minha mesa.

Eu não queria cair no boa noite Cinderela.

Além disso, eu não era estúpida.

"Quer dançar, mamacita?" Ouvi por cima do meu ombro.

Virei-me de onde eu estava balançando os quadris junto com a batida da música e encontrei um homem muito bonito atrás de mim.

Ele era alto.

Vestia um colete de couro preto sobre uma camiseta vermelha, calça jeans preta e um par de botas pretas.

Eu sabia que ele soletrava P-R-O-B-L-E-M-A.

Será que eu me importo?

Foda-se, não.

Porque eu era uma senhora solteira, e solteiras tinham necessidades.

Não, não esse tipo de necessidades.

Necessidades que me faziam desejar o toque de outro ser humano. Desejo.

Necessidades que Michael deveria estar suprindo agora. Não me deixando sozinha.

Jesus, agora eu estava me deprimindo novamente.

Virei-me, e os olhos do homem imediatamente desceram para minha barriga.

Algo que eu não fiz nenhum esforço em esconder.

Eu estava orgulhosa desta barriga.

Eu estava faltando uma semana para quatro meses de gravidez, e estava definitivamente mostrando.

Minha barriga lisa de antes era agora suavemente arredondada. E o jeans que eu estava usando abraçava minhas pernas e quadris como uma luva.

Eu estava usando botas pretas de salto alto que vinham até o meio da perna, e uma blusa preta colada a pele, decotada que mostrava minhas meninas.

Era uma roupa que eu sabia que deixaria Michael selvagem se ele visse.

Ele não faria isso, eu sei, mas mesmo assim eu ainda esperava.

"Sim?" Perguntei bruscamente.

Seus olhos se moveram da minha barriga para o meu rosto e ele perguntou abruptamente: "Você tem um homem?"

Eu sorri. "Sim, eu tenho um homem."

Seus ombros pareciam cair. "Merda. Eu esperava que você dissesse o contrário."

Sorri genuinamente para ele. "A vida é assim, uma cadela as vezes," disse oferecendo minha mão para ele. "Meu nome é Nikki."

Ele pegou minha mão, apertou-a duas vezes, em seguida, deixou-a ir.

“Meu nome é Dane. Posso arranjar-lhe outra bebida?” Ele perguntou, olhando incisivamente para o meu copo vazio.

"Claro, mas vou dançar agora. Você pode querer esperar, porque se ela ficar lá muito tempo, eu não vou beber," eu disse, me afastando para longe dele.

Ele sorriu. "Eu farei isso. Mas tenho uma reunião que deveria começar em cerca de quinze minutos. Mas parece que vou ter que adiar."

Joguei uma risada por cima do meu ombro e, em seguida, desapareci na multidão na pista de dança.

Balançando minha bunda para o ritmo de Ricky Martin, esqueci completamente o homem e sua ‘reunião,’ quando a quarta canção, Pitbull neste momento, começou a tocar.

 

***


Quarenta e cinco minutos depois, saí da pista de dança com uma coisa em mente.

Um banheiro.

Rápido.

Atravessei a porta até o meu destino, e parei de repente quando me deparei com a mulher mais linda que eu já vi.

E ela estava grávida.

Seu cabelo louro descia até sua bunda. A saia preta puxada abaixo da sua barriga, a blusa azul cor do céu, e as sandálias gladiador dourada arrematava a produção.

Ela parecia elegante e moderna, algo que nunca consegui fazer.

Minhas curvas eram muito generosas, para parecer bonita com o que ela estava vestindo.

"Olá," eu disse, contornando-a por trás para entrar na porta atrás dela.

"Ei!" Ela respondeu de volta imediatamente.

Fiz o meu negócio, mas a ouvi sair antes que eu tivesse terminado.

Lavei as mãos e corrigir alguns grampos que estavam caindo do meu cabelo na frente do meu rosto, alisei minhas mãos pelo meu jeans e saí, entrando no corredor.

Tentei decidir se queria ou não pegar uma bebida no bar novamente antes de ir para a pista de dança novamente, quando eu os vi.

E meu coração saltou no meu peito, chegando a uma parada lenta, antes de começar a bater novamente em uma velocidade rápida.

Porque ali, na minha frente, estava Michael.

Ele estava com o braço em torno da mulher loira do banheiro, rindo com ela.

Dane estava de frente para eles em um banco sozinho, observando os dois interagirem com os olhos grosseiros.

Ele disse alguma coisa para eles, e caminhou para o bar.

Onde pediu uma água, e se virou para sorrir para mim.

Eu não sorri de volta.

Em vez disso, andei até ele, temendo cada um dos meus passos, e peguei o copo em sua mão.

Eu nunca na minha vida queria tanto uma bebida como quis naquele momento.

Mas, infelizmente, eu estava grávida.

E isso era um não-não.

Foda-se.

"O que há de errado?" Dane perguntou enquanto observava a rigidez dos meus ombros, e a forma como os meus olhos estavam parados, sem qualquer emoção.

"Como você os conhece?" Perguntei apontando para Michael e a senhora misteriosa.

"Colega," ele respondeu.

Maravilhoso. Dane era outro policial.

Com um suspiro, caminhei de volta para a pista de dança, sabendo que Michael iria me ver quando eu passasse por sua mesa.

Então encontrei a primeira pessoa que eu vi, lembrando que ele queria que dançasse com ele durante todo o tempo que eu tinha estado lá e o agarrei.

Assustado no início, o homem sorriu quando viu quem era.

Em seguida, começou a moer em minhas costas.

E caramba, eu odiava isso.

Eu estava achando isso tão ruim que não prestei atenção ao meu redor.

Perdi totalmente o homem que estava me observando como se eu tivesse acabado de tirar seu coração diretamente do seu peito.

Perdi o jeito que Dane pegou tudo isso, e a compreensão que iluminou seus olhos.

Eu também perdi a forma como a mulher me observava, sabendo que eu era a única para Michael.

Quando as mãos do homem subiram para cobrir meus quadris, eu dei um tapa na mão dele. Michael perdeu isso, porém, porque ele se virou para falar com a mulher, e rapidamente ela se afastou da mesa, permitindo que ele viesse direto para mim.


***

Michael


"Isso tem que parecer real," Dane disse a mim e a Lisette.

Revirei os olhos.

"Nós já passamos por isso um milhão de vezes, Dane," rosnei.

“Você sequer está tocando nela. Na verdade, você não a tocou a noite toda. Como isso é convincente?” Dane riu.

Eu o ignorei, aproximando-me mais de Lisette e colocando meu braço sobre o seu ombro. "Melhor?"

Dane estudou nós dois. "Sim, eu acho."

Senti como se estivesse traindo Nikki.

Mesmo sentado aqui, apenas assim, não era bom. Eu sabia.

Eu deveria ligar e explicar.

Mas eu era um covarde.

"Que horas você quer que a gente se encontre amanhã no consultório do médico?" Lisette perguntou a Dane.

Dane deu de ombros. "Que horas é seu compromisso?"

Eu os ignorei, puxando o meu telefone do bolso, mais uma vez, desapontado por não ter ainda nenhum texto de resposta ou retorno das chamadas que fiz para Nikki.

Eu sorri quando Elliott disse que eu mandava mensagens como uma garota, e vi quando ele se levantou para sair.

"Você realmente não querer fazer isso", observou Lisette.

Dei de ombros. “Isso precisa ser feito. Eu só gostaria de não ter que mentir para a minha namorada sobre isso. Ela ficaria devastada se ela...”

Vi quando a mulher dos meus sonhos passou por mim sem olhar em minha direção.

Cabeça baixa e um olhar de devastação em seu rosto, eu sabia que ela tinha me visto.

Inferno, como ela não veria?

Estávamos no meio da pista de dança debaixo das luzes do caralho por amor de Deus.

"Poooorra," gemi, virando a cabeça para ver Nikki caminhando até um garoto punk, agarrou seu braço, e começou a moer seu traseiro contra ele.

Fiquei atordoado ainda, por longos momentos, e só saí do transe quando a mão do punk foi para os quadris de Nikki.

Ela afastou as mãos dele, mas ele não tomou a dica, moendo o pau em seu traseiro e segurando quando eu sabia que ela não o queria.

"Mova-se rapidamente, por favor," pedi a Lisette.

Ela tinha visto a altercação, seguido os meus olhos para a pista de dança e Nikki, e optou por se mover.

Garota esperta.

Andei resolutamente até Nikki e seu novo amigo, e bruscamente o puxei para longe dela.

"Vá encontrar sua própria mulher," assobiei para o garoto.

Os olhos do garoto se estreitaram, e eu tirei meu distintivo do meu cinto e segurei na frente do seu rosto.

"Agora você realmente quer tentar?" Perguntei a ele honestamente.

Eu não acho que ele faria, mas lhe daria a opção. Eu estava ansioso por uma briga

Ele balançou a cabeça freneticamente. "Não."

Foi o que pensei.

Acenei com a cabeça. "Bom garoto."

Quando ele ficou onde estava, esperando minha próxima direção, inclinei a cabeça para a saída e disse, "Por que você não vai em frente e sai?"

Ele foi.

E eu fiquei com pequena miss problema.

"Realmente, Nikki?" Perguntei, diversão clara em minha voz.

Ela estreitou os olhos.

"Vá se foder, pedenjo," ela rosnou.

Lá estava minha pequena gata arisca espanhola.

A que só saía quando ela estava verdadeiramente irritada.

Levantei uma sobrancelha para ela, e, em seguida, observei sua roupa.

Gostei da maneira como seus saltos pontiagudos a trouxe até mim.

Gostei do jeito que ela me olhou nos olhos, todo fogo e inocência com uma pitada de irritação.

"Leve-a para fora, amigo," disse Elliott nas minhas costas.

Passei os dedos em torno do pulso de Nikki, notando que ela estava mais delicada desde a última vez que a vi, e fiz uma anotação mental para falar sobre isso com ela também.

Em primeiro estava colocá-la em linha reta novamente.

Eu a tinha mantido no escuro por tempo suficiente.

Era hora de trazê-la para a luz. Deixá-la saber no que ela estava prestes a entrar.

Eu tinha acabado de informar a minha decisão.

Eu não seria cobaia do FBI.

Eu seria eu mesmo e ficaria com minha mulher ao meu lado.

"Solte-me," Nikki puxou seu braço do meu aperto antes que estivéssemos do lado de fora.

Parei, em seguida, empurrei-a para o banheiro de deficientes, fechando a porta com uma batida antes que ela pudesse protestar.

"Michael! Deixe-me sair!” Ela gritou.

Fui para frente, até que meu corpo estava prendendo o dela na porta, e ela começou a contorcer-se violentamente.

Sua blusa subiu, e eu olhei para baixo, sentindo a nova dureza em seu abdômen.

Antes era suave e flexível. Agora era duro e redondo, fazendo com que eu perdesse a minha linha de pensamento.

Movi minha mão para baixo até que ela descansou ao lado da sua barriga, a palma cobrindo a pequena vida dentro dela.

"Você ficou grande," murmurei suavemente.

Ela congelou. Então me deu um tapa na cabeça.

"Você não diz à mulher que você fodeu que ela ficou grande!" Ela rosnou.

Eu sorri, então, caí de joelhos na frente dela.

Movi minhas mãos para cima, pegando a barra da sua blusa, e empurrei-a sobre sua barriga, deslizando minhas mãos por suas costelas.

Meus olhos se alegraram com a visão diante de mim.

Sua barriga suavemente inchada surgia por cima da calça.

Um laço de cabelo preto enrolado em torno do buraco da calça jeans, em seguida, sobre o botão, mantendo-os fechados.

Seu umbigo estava um pouco menos côncavo, e eu assumi, que até o final de sua gravidez, ele estaria muito mais para fora.

Inclinei-me para frente, pressionando os lábios contra a pele suave de sua barriga, e disse: "Eu tenho sido um tolo."

Suas mãos encontraram o meu cabelo, e eu olhei para cima e vi as lágrimas escorrendo pelo rosto.

"Eu sinto muito, Nikki," eu disse a ela. "Mas eu só pensava em você. Esse cara... seja ele quem for... ele é bom. Ele conseguiu pegar quinze casais até hoje, e em suas trinta e cinco tentativas de assassinato, só dois conseguiram se salvar até agora. Nós temos uma testemunha, e ele não foi capaz de nos dar uma coisa maldita além da altura e a cor do cabelo do homem. Ele nunca foi para qualquer um dos encontros que marcamos, por isso estamos todos pendurados por um fio."

“Por que você não veio me ver?” Ela perguntou, a devastação clara em sua voz.

Balancei minha cabeça. "A princípio," falei. “Foi porque eu estava tentando colocar minha cabeça no lugar. Então comecei a ver um terapeuta que o departamento recomendou. Em seguida, outro assassinato aconteceu, e bem, eu tenho sido um covarde. Eu deveria ter vindo para você. Na realidade, tenho todas as noites desde que deixei você na cama naquela noite, há dois meses... Eu só não entro.”

Ela me olhou.

"Quem é a mulher?" Ela estalou.

“Uma agente do FBI. Ela vai nos ajudar a pegar esse homem. Ela está fingindo ser uma nova paciente que se mudou para cá porque seu marido foi transferido para outro departamento de polícia... Mas não tenho certeza se vai funcionar muito bem, pois eu era o suposto policial,” eu disse a ela honestamente.

Ela continuou me olhando.

"E o que um marido falso tem que fazer?" Ela perguntou, claramente descontente com a minha resposta.

Dei de ombros. "Ir para consultas médicas. Ser visto com ela em público. Ficar no mesmo lugar durante a noite.”

Suas sobrancelhas arquearam surpresa.

“E o que acontece com os meus compromissos?” Ela perguntou.

Eu vi onde ela estava querendo chegar e sabia que ela não gostaria da minha resposta.

"Eu não posso neles."

E eu não podia. Não se isso tinha que parecer autêntico e verossímil.

"O que dizer sobre o nascimento do nosso filho... você vai ser capaz de vir, então?" Ela perguntou calmamente.

"Se ele estiver preso," falei com cuidado.

Ela deixou a cair a mão do meu rosto e ficou ali, olhando para o teto.

Suas lágrimas nunca tinham diminuído, e eu me sentia com cerca de vinte centímetros de altura.

"Por favor, saia de perto de mim", disse ela. "Por favor."

"Nós podemos ter um ao outro à noite," eu disse a ela. "Eu te amo."

Essas palavras parecem que a fez explodir.

Ela me empurrou para longe dela com tanta força que eu caí para trás, de bunda no chão.

E também longe o suficiente para que ela conseguisse abrir a aberta.

Quase.

"Isso não muda nada," ela rosnou abrindo a porta.

Bati minha mão para baixo tentando parar o seu progresso. "Tem que parecer real!" Gritei para ela.

“Você quer que pareça real, use-me! Eu sou real! Você colocou esse bebê dentro de mim, talvez você devesse usar a mim desde que eu sou realmente sua!” Ela gritou, agitando as mãos no ar como uma verdadeira Pena birrenta.

Meus olhos se estreitaram, então me aproximei até que eu só poderia ver o branco de seus olhos.

“Eu não posso usar você. Porque você é minha, e eu não quero você nunca no radar desse homem,” rosnei, empurrando-a para a parede suja, mais uma vez.

Ela empurrou meus ombros, mas não me mexi.

"Saia de perto de mim!" Ela gritou, chamando a atenção de todo o bar, eu tinha certeza.

Eu me afastei e a deixei escapar, e imediatamente vi Dane.

Dane tinha tomado o meu lugar no braço de Lisette.

Ele olhou para mim preocupado, mas ele não interveio.

Ninguém, de fato se intrometeu. Segui Nikki para fora do bar.

Em seguida, a acompanhei até seu carro.

Depois, segui direto para o seu apartamento.

Quando cheguei à porta da frente, tentei a maçaneta, e fiquei surpreso ao senti-la desbloqueada.

Então ela não estava muito brava comigo, caso contrário, ela teria trancado a porta.

Certo?

Errado.

Quando abri a porta do apartamento, fiquei assustado com o que vi.

Ela estava de joelhos no meio da sala.

Ela estava de costas para mim, seu peito apertado contra a mesa no meio da sala, e ela olhava tão firmemente para algo que eu não sabia o que pensar.

"Nikki?" chamei, andando atrás dela lentamente.

Ela olhou por cima do ombro para mim, e eu vi a determinação.

O entendimento.

A renúncia.

"Venha ver isso Michael," ela disse suavemente.

Quando me aproximei, olhei para baixo, e meus joelhos ficaram fracos com o que vi.

"Você está brincando comigo?" Perguntei suavemente, caindo de joelhos ao lado dela.

Meus joelhos afundaram-se no tapete macio.

O lindo tapete roxo que Nikki apenas ‘tinha que ter’ quando estávamos na Lowe's em um fim de semana à procura de solvente de tinta.

E eu pensei comigo mesmo, 'isto vai ficar bem no quarto do bebê.’

"Você precisa escolher, Michael. O assassino e seus deveres, ou eu. Porque eu não posso mais fazer isso. Eu não posso colocar minha vida em espera, me perguntando quanto tempo vai ser antes de você voltar. Imaginando se você estará presente no nascimento da nossa menina. Querendo saber se esse assassino vai tirar você de nós. Eu simplesmente não posso, Michael. Então escolha. Eles, ou nós."

Fechei meus olhos, e tomei a decisão mais fácil da minha vida.

"Eu tenho que ir."


CAPITULO 17


Corra como Dean só para bater o Impala. - Camiseta


Nikki


Minhas emoções estavam girando em torno de mim como uma nuvem negra da desgraça.

Eu tinha lhe dado o meu ultimato, e ele havia escolhido.

Não tinha sido o que pensei que ele escolheria, mas ele tinha escolhido, no entanto.

Andei até o elevador da garagem, e apertei o botão que me levaria até o terraço, permitindo-me atravessar para o meu destino.

Escolher outro médico.

Esta seria a minha quarta consulta, e o sexo seria revelado.

Mesmo que tecnicamente tenham se passado apenas duas semanas, pois quando fui até a Geórgia, ela tinha insistido em fazer um ultrassom.

Veja, descobrimos que nos víamos bastante, trabalhando no mesmo hospital.

Eu tinha começado meu trabalho no novo hospital a pouco mais de um mês atrás, e tive uma explosão de partos nesse período.

Até agora, auxiliei no nascimento de doze bebês.

Todos eles felizes e saudáveis.

O elevador apitou quando as portas se abriram, mas eu estava em meu próprio mundo, pensando no meu trabalho, que não vi o homem de pé no elevador até que ele falar.

"Descer?" Perguntou uma voz masculina divertida.

Olhei para cima, e meu coração acelerou.

"Michael," suspirei, as lágrimas começando a se formar em meus olhos.

Ele sorriu, e estendeu a mão. "Vamos lá, ou chegaremos atrasados," disse ele, sorrindo. Pisquei, mas peguei sua mão e entrei no elevador.

"Como você sabia onde eu estaria?" Perguntei suavemente.

Meus olhos ficaram firmemente plantados no chão, no entanto.

Porque eu não queria acreditar que ele estava aqui, olhar para cima e ver que eu tinha imaginado tudo.

Isso seria cruel, mas a vida era uma cadela assim.

"Sua melhor amiga," disse ele.

Pude perceber o sorriso em sua voz, e se Geórgia estivesse comigo naquele momento, eu teria dado um soco nela por não me dizer.

Nós entramos no elevador em silêncio.

Eu não disse nada porque não sabia o que dizer.

Ele também não disse nada porque eu tinha certeza que ele estava esperando eu me virar para cima dele.

Algo que eu não faria no meu local de serviço.

Quando a porta do elevador se abriu, saí com Michael diretamente atrás de mim

Eu podia sentir seu calor do topo dos meus ombros até o meio das minhas coxas.

"Nikki espere," disse ele suavemente.

A dor em sua voz me fez virar bruscamente, olhando-o com preocupação.

"O quê?" Perguntei.

Ele fechou os olhos, e percebi o quão cansado ele parecia.

"Eu lhes disse que não poderia fazê-lo. E eu sinto muito. Eu sabia que se ficasse lá com você na noite passada, eu adiaria isso, e eu precisava fazer isso,” ele respondeu.

"Michael, não posso dizer que o que você fez não doeu, mas eu entendo. Dei a você a noite para pensar sobre isso, e eu quis dizer isso. Eu sabia que você tomar a decisão certa,” eu disse a ele.

Ele balançou a cabeça, seus olhos observando meus lábios, onde eu mordia de maneira preocupante com meus dentes.

"Eu te amo," ele disse novamente.

Meu coração derreteu com essas palavras.

As mesmas que saíram de sua boca na noite passada.

As que eu não tinha retornado porque eu não podia.

Hoje, porém, era diferente, pois eu sabia que ele ficaria com a gente. Daria a nós uma oportunidade.

Então eu disse de volta para ele. Com todo o meu coração.

"Eu te amo mais," falei simplesmente.

Sua risada ressoou, me aquecendo por dentro, e ele me puxou para os seus braços.

"Eu não vou foder com tudo de novo," ele prometeu.

Eu bufei. "Você e eu, garotão," respondi.

"Eu não sei nada sobre crianças." Ele me informou.

Olhei-o nos olhos dizendo, “Sério”? Você está puxando esse cartão?”

Virei-me e comecei a caminhar para dentro, muito consciente do homem nas minhas costas.

"Sim, esse cartão. Eu não sei, embora. Realmente não sei,” disse ele.

Revirei os olhos. "Michael, você faz da missão de sua vida salvar crianças. Confie em mim, você sabe como lidar com crianças, mesmo você achando que não,” disse-lhe gentilmente.

Michael sorriu. "Tanto faz. Então me diga sobre o seu médico. Sinto que perdi um monte,” ele mudou de assunto.

Eu sorri. "Dr. Mead é meu médico, mas vamos ver hoje a sua PA, Joanie Dooley. Terei que me consultar com outro apenas no caso dele estar fora da cidade, em outro nascimento ou qualquer outra coisa e quando eu entrar em trabalho de parto.

Michael assentiu, mas seus olhos ficaram sérios, como se ele estivesse se concentrando em algo.

“O quê?" Perguntei.

Ele balançou a cabeça, e quando os elevadores apitaram, sinalizando que estava no andar do consultório médico, ele congelou.

Eu já tinha saído e virado no fim do corredor quando percebi que ele não estava me seguindo. "Michael?" Chamei, me virando e procurando por ele.

Encontrei-o ainda dentro do elevador, a mão sobre as portas para segurá-la aberta.

"Onde fica o consultório do médico que você vai?" Ele sibilou.

Cambaleei para trás com a veemência em seu tom.

Assustada, respondi, "Women´s Center. Por quê?”

Michael me puxou para ele, então me levou para a escada.

“O que, Michael? O que é isso?” Perguntei alarmada.

Ele não parou até que estávamos três andares acima, e eu estava ofegante pelo esforço.

Ele abriu a porta para o sexto andar, e me puxou junto com ele.

Quando viu que o caminho estava livre, ele visivelmente relaxado.

Ele me soltou, e quase imediatamente, pegou seu celular e fez uma ligação.

"Sim, minha mulher tem indo para o Women´s Center há meses!" Ele assobiou baixinho ao telefone, olhando ao redor enquanto inspecionava o corredor vazio. "Por que nenhum de vocês percebeu isso, porra?"

Olhei surpresa para ele.

"Sim, ela está bem. E não, você me disse que tinha o lugar sob vigilância. Você deveria saber!” Ele meio que gritou

Eu me segurei para não dizer, 'Você deveria saber.’

Em vez disso, mantive minha boca fechada e peguei o meu telefone, sentando em uma pequena cadeira que estava ao lado de um vaso de plantas.

Imediatamente percebi que chegaria atrasada se ele não se apressasse, mas imaginei que o que estava acontecendo era importante, pela maneira que ele reagiu quando tinha percebido que eu estava indo para um determinado centro de atendimento.

Então compreendi a situação.

Ele só se preocuparia onde eu estava indo, se o local fosse perigoso.

E havia apenas um caso, ele vinha trabalhando ultimamente, que justificaria essa reação dele.

E eu tinha a sensação de que sabia exatamente o que era.

E eu estava ficando enjoada novamente.

Filho da puta!

Um suor frio começou a surgir em minha pele, e eu visivelmente comecei a tremer quando tirei minhas conclusões.

Michael continuou sua conversa exaltada com a pessoa do outro lado da linha, e eu comecei a deixar minha mente vagar.

Eu tinha deixado algum assassino se aproximar do meu bebê?

O que aconteceria a nós agora?

O bebê e eu estaríamos em perigo?

Posso mudar de médico?

Eu teria que sair da cidade para me encontrar com outro.

O Women´s Center dominava toda a Arca-La-Tex. Havia apenas uma empresa na área que trabalhava com o meu seguro, e eu tinha a sensação de que estaria descobrindo o que o pânico poderia causar muito em breve.

Então, a tristeza começou a me encher.

Se todas aquelas mulheres vieram aqui, deram toda a sua confiança a um dos médicos ou enfermeiros, em seguida, tiveram essa fé arrancada quando atiraram naquelas pobres mulheres e seus maridos?

"É isso. Fazemos isso hoje, e amanhã ela encontra outro médico. Você me ouve? Estou sendo cem por cento sério. Se alguma coisa acontecer com ela, não haverá uma coisa nesta terra maldita terra que o salvará de mim. E não, eu não me importo que estou ameaçando um agente do FBI,” Michael rosnou.

Em seguida, fechou o telefone fechado.

Quando ele se virou para mim, seus olhos imediatamente ficaram suaves.

"Sinto muito, Nik. Se eu soubesse, nunca teria deixado você vir. Juro pela minha vida que vou te proteger," ele prometeu, caindo de joelhos ao meu lado e envolvendo os braços em volta da minha cintura.

Virei minha cabeça, apoiando-a no topo da sua.

"O que aconteceu no passado deve permanecer no passado. Vamos olhar para frente a partir de agora. Você, eu e este bebê,” eu disse a ele.

Ele me apertou um pouco mais, e senti a vibração agora familiar na minha barriga, sinalizando a presença do nosso filho.

"Eu te amo," ele disse, me olhando com o coração em seus olhos.

Inclinei-me e esmaguei seus lábios com os meus. Nossas línguas duelaram quando ele enfiou a sua na minha boca. Sua língua deslizou ao longo da minha enquanto suas mãos se moviam nas minhas costas, escavando sob a camisa solta que eu tinha roubado dele.

A que eu usava a cada consulta médica porque gostava de pensar que ele estava lá comigo.

"Você está usando a minha camisa," ele disse contra a minha boca.

Inclinei-me até que minha testa encostou na sua.

"Sim," eu disse simplesmente.

"Fica um pouco grande em você," ele supôs.

Eu sorri. "Sim, você poderia dizer que sim," concordei.

Era grande.

Realmente grande.

Amarrei-a em um nó na minha cintura, pelo menos, tornando-a um pouco menor.

Eu realmente não me importava com o que eu parecia.

Foi tudo por sentimentalismo.

E pelo olhar nos olhos de Michael, ele sabia por que eu a usava, também.

"Você está pronta para acabar com essa merda?" Ele perguntou calmamente.

Concordei com a cabeça.

"Michael," hesitei. "Há alguns bons médicos nestes consultórios. Tenho consultado com um médico e uma enfermeira que são atuantes, e meu médico regular, bem, ele é muito querido. Seu nome é Doutor Mead. Ele e sua esposa foram os idealizadores deste centro. Até mesmo Memphis trabalha aqui.”

Seus olhos se arregalaram.

“Será Downy sabe que Memphis trabalha aqui?" Perguntei com cuidado. "O lugar que vocês estão investigando?"

Ele balançou a cabeça. “Ninguém sabe. Mas ele saberá dentro de dez minutos, após eu sair do consultório. E estou levando Memphis comigo até que eles tenham discutido o assunto.”

Eu bufei. "Sim, certo,” eu sorri. "Ela não vai com você."

"Nós veremos," ele murmurou, me puxando para elevador.

Graças a Deus.

Acho que eu não conseguiria enfrentar aquelas escadas novamente.

Mesmo se eu estivesse só descendo.

 

***


"Michael!" Memphis disse, batendo palmas animadamente. "Você está aqui!"

Michael sorriu para Memphis, seu rosto se iluminando com prazer.

"Sim, estou aqui," ele concordou.

"Bem, como foi a consulta?" Memphis perguntou, dando tapinhas na mesa.

Entreguei minha bolsa para Michael, e ele a jogou na cadeira. Algo que eu poderia ter feito. "Eu queria uma Coca-cola," murmurei sombriamente.

Ele piscou. "Você não deveria estar bebendo Coca-Cola. Isso é o que o médico acabou de dizer."

"Michael, você não é meu médico. Dr. Mead é. Ele não disse uma palavra sobre o meu consumo de cafeína,” rosnei.

Ele era insuportável!

Ele esteve se metendo, contrariando a enfermeira sobre quase todo conselho que ela tinha me dado na hora e meia que estivemos aqui.

Não tinha acontecido nada grave, graças a Deus.

Mas Michael deveria estar tentando provocar a mulher.

Qualquer que fosse a razão, ele o fizera.

Pude perceber a mulher geralmente amável e doce perder a calma diante dos meus olhos, então parei com as perguntas e sorri, desculpando-me com ela antes de sair.

"Bem, sou um médico. Não há nenhuma razão para você não ouvir minhas recomendações," ele disse sarcasticamente.

Dei de ombros e subi na maca, inclinando-me para trás e expondo minha barriga.

“Michael, hoje iremos verificar e nos garantir que o bebê está crescendo bem. Venha ficar aqui,” Memphis disse, indicando um local perto da minha cabeça. "Você será capaz de ver por esta tela ou aquela."

Ela apontou para a tela plana grande na parede, e Michael olhou as duas antes de voltar a olhar para mim.

"Ele sabe o que você está tendo?" Memphis perguntou alegremente, esguichando uma quantidade generosa de lubrificante na minha barriga antes de começar a correr a varinha sobre ela.

Olhei para a tela onde a imagem em preto e branco granulado surgiu.

"Sim, ele sabe," informei a ela. "Ele ainda quer um menino."

Memphis riu. "Beeemm, mas é definitivamente uma menina!" Disse Memphis, apontando para um ponto na tela. “Hamburger significa menina. E ela quer que você veja que ela é.”

Michael ficou paralisado olhando para a tela, enquanto Memphis passou a tomar medidas, e mostrar as diferentes partes da anatomia do bebê.

Em seguida, ela mostrou o rosto, olhei para cima e vi Michael, seus olhos avidamente focados na tela. Seus olhos examinando cada um seus traços.

"Ela é perfeita," ele murmurou, sabendo que eu estava olhando para ele.

Ele olhou para baixo, e eu poderia dizer que ele estava à beira de algo grande.

Alguma emoção enorme o segurava e eu senti que era a alegria.

"Bem, vamos transformá-lo em 3D," Memphis disse entusiasmada. "Mal posso esperar até que o meu seja grande o suficiente para ver como este... Oh merda!"

Os olhos de Memphis arregalaram. "Não diga a Downy! Eu não lhe disse ainda!”

Michael riu. “Ele já sabe. Ele disse a todos que você está esperando de novo, querida,” Michael brincou.

Os olhos de Memphis se estreitaram. "Você está brincando.”

Michael sacudiu a cabeça. "Não, nós sabemos há semanas."

Ela voltou para a tela, clicando em alguns botões e, em seguida, substituiu a varinha em minha barriga. “Oh, irei conversar com ele. Ele é um merda!”

Michael bufou, e eu soltei uma gargalhada, fazendo a tela girar com o movimento da minha barriga.

Quando finalmente me acalmei, ela correu a varinha sobre a minha barriga novamente.

A tela laranja era cativante quando vimos nossa filha com mais detalhes.

"Parece um alienígena," falei. "Um estranho alienígena."

A boca de Michael encontrou a minha, e não consegui evitar as borboletas que encheram meu interior com seu toque inesperado.

Eu estava feliz que ele estava feliz.

E agora, isso era tudo que importava.

Trinta minutos depois, estávamos do lado de fora, com Memphis a reboque.

"Não posso acreditar que você está me fazendo vir," Memphis disse temerosa.

"Eu não achei que ninguém, além de Downy, fosse tão teimoso." Michael disse, parando no estacionamento do posto policial na parte de trás, perto da saída dos fundos.

“Acredite. Isto está além de sua capacidade. E tenho a sensação de que estou prestes a ser rasgado ao meio por não ter compartilhado esta informação antes," ele murmurou irritado.

Agora que a excitação de ver o nosso bebê tinha passado, Michael estava em modo de proteção.

Seu único foco era sobre nós dois, e o que estava por vir.

Ele praticamente tomara Memphis a força, e quando Downy nos encontrou na porta de trás eu soube que Dr. Mead o chamara.

Exatamente como ele disse que faria.

Embora Memphis tenha lhe dito que estava tudo bem, Dr. Mead ainda queria se garantir.

Outra razão pela qual eu sabia que ele era um bom rapaz.

Levantei do assento, dobrando os joelhos para ajudar com o impacto quando pulei da caminhonete enorme de Michael, e aterrissei nas pontas dos meus pés.

Isso não funcionaria por muito mais tempo.

Eu podia me ver caindo de bunda no chão quando estivesse com mais vinte quilos de bebé adicionado ao meu peso.

"Que porra está acontecendo?" Perguntou Downy, estendendo o braço para Memphis.

Memphis entrou em seus braços, enterrando o rosto em seu pescoço e abraçando-o firmemente.

Michael lhe dera o mínimo necessário de informação para que ela partisse com ele, e ela estava obviamente assustada com a possibilidade de seu empregador estar envolvido em algo tão perverso.

"Dentro. Para a base," Michael ordenou.

A sobrancelha de Downy levantou, mas mesmo assim se virou e seguiu Michael e eu para o que eu soube mais tarde ser os escritórios da equipe SWAT.

A primeira pessoa que vi foi o meu irmão com as longas pernas apoiadas na mesa no meio da sala.

Caminhei até ele e o abracei com força pelo pescoço.

"Eu amo você," eu disse a ele.

Ele levantou o braço e circulou em torno das minhas costas, o melhor que poderia fazer de sua posição atual.

"Amo você," disse ele. "O que você está fazendo aqui?"

Fiz um gesto para Michael.

"Eles estão matando nossas mulheres."


CAPÍTULO 18


O uísque é o meu espírito animal.

-Camiseta


Nikki


Aquele anúncio caiu como uma bomba na sala silenciosa.

"Eu preciso chamar Trance. E nós precisamos ter o Sam aqui," Michael anunciou.

Trance era um policial de Benton, Louisiana. E Sam era um ex Ranger do Exército, que vivia em Kilgore como o resto de nós. Ele era durão, assim como Trance. Eu não conseguia descobrir por que eles precisavam estar aqui, no entanto.

"Que tal você nos dizer como eles estão matando nossas mulheres, e então vamos a partir daí?" Downy perguntou, curvando Memphis em seu corpo.

Suspirei e sentei-me.

Eu tinha muito interesse em ouvir o que Michael tinha a dizer.

Eu tinha obtido fragmentos, mas eu ainda não estava totalmente a par do que Michael sabia.

E, aparentemente, os rapazes na minha frente também não estavam.

O que os irritou.

Muito

Michael começou a falar, e no momento que ele terminou, não apenas Downy ficou abalado.

Todos ficaram.

"Que porra é essa, cara? Minha mulher trabalha lá! "Downy rugiu.

Eu recuei.

Downy normalmente era um homem tão tranquilo que foi uma surpresa total e absoluta vê-lo ficar tão agitado.

Não deveria ter me surpreendido, entretanto.

Memphis era o mundo de Downy.

Qualquer coisa que a colocasse em perigo o tiraria do seu eixo.

Downy sacudiu a cabeça. "Nós não temos sequer a certeza de onde a ameaça é proveniente. Sabemos apenas que há uma. E que a conexão são as mulheres. Eu não sabia até hoje, porém, que era onde Memphis trabalha.”

Downy se acalmou um pouco, respirando fundo antes de dizer: "Foda-se."

"Agora não, querido. Nós vamos chegar a isso mais tarde. Depois que você esfregar meus pés e escovar meu cabelo como a princesa que eu sou," Memphis disse suavemente, esfregando a barriga de Downy como se ela estivesse tentando fazer uma grande besta dormir.

Segurei uma risada, então me virei na minha cadeira para olhar o meu irmão.

Ele estava muito quieto, seu rosto uma máscara de sombras, enquanto estudava a parede atrás da cabeça de Michael.

Então meus olhos se estreitaram sobre o homem horrível, sem coração, e minha boca se abriu para que eu pudesse rugir para ele com indignação.

"Você não me disse!" Gritei alto. "Por que ela não me contou? Eu sou sua melhor amiga, e você é meu irmão favorito!"

Nico sequer pestanejou quando voltou os olhos para mim.

"Tem sido difícil. Ela não tinha certeza de que estava grávida no começo," ele disse simplesmente, encolhendo os ombros com indiferença. "Ainda não tenho certeza."

Estreitei meus olhos para ele. "Eu não posso acreditar que você não me diria. Eu te conto tudo! "

Ele me deu um olhar divertido.

"Você não me diz nada," ele respondeu.

"Eu digo-lhe o que você precisa saber! Você é delicado!" reagi.

Ele riu, que era o que eu estava tentando fazer.

Voltando-me para a sala em geral, percebi o meu erro.

Estes homens não me acharam e nem minha boca, tão engraçada quanto o meu irmão fez, posso confirmar pelos olhares de aborrecimento em alguns de seus rostos.

Fechei minha boca e, inadvertidamente, cheguei mais perto de Nico, porque mesmo, mentindo, traindo irmão ou não, ele sempre está do meu lado.

Que ele provou no momento seguinte, envolvendo o braço em meu ombro e beijando o topo da minha cabeça.

Eu já mencionei, que eu te amo, como o inferno, meu irmão?

"Tudo bem, quantas de vocês têm usado o consultório deste médico em particular?" Perguntou Luke, apertando a ponta do seu nariz.

"Todas nós," murmurei sob a minha respiração. "É o único em Kilgore."

Silêncio.

Fechei meus olhos quando percebi que o silêncio estava de volta e eles estavam todos olhando para mim.

Merda!

Peguei meu telefone e mantive meus olhos colados a ele, inclinando a cabeça no ombro de Nico enquanto escutava eles conversando, tentando não me intrometer onde eu não era chamada.

Recebi uma mensagem da minha irmã, Noel, enquanto eu estava no meu último nível de Candy Crush.

Noel: Recebi um telefonema muito estranho de sua mãe.

Eu: Ela é sua mãe, a menos que algo impressionante tenha acontecido. Então ela também é minha mãe.

Noel: Ela quer saber por que você não está pagando as contas do seu médico.

Minhas sobrancelhas franziram.

O telefone de Nico tocou, olhei para ele e vi seus olhos apertados.

"O quê?" Perguntei a ele.

"Recebi uma mensagem muito, muito estranha da mãe me dizendo que ela queria saber por que você não estava pagando suas contas médicas. Ela perguntou se você estava com pouco dinheiro," disse Nico.

Michael, que estava falando naquele momento, parou e virou-se para mim.

"Você não me disse que você estava tendo dificuldades para pagar suas contas," ele deixou no ar, e meu rosto corou de vergonha.

"Eu não estou em dificuldades. Na verdade, já deixei pré-pago o hospital na minha última visita!" Respondi ofendida. "Que diabos? Por que alguém ligaria para minha mãe? Isso é contra a lei ou algo assim ... não é? "

O silêncio caiu na sala, e algo enorme no ar começou a rastejar sobre mim.

Testosterona combinada com fúria começou a encher a sala, e olhei em volta para os homens que me cercavam, quando eles compreenderam algo que eu não tinha.

"O quê?" Perguntei para Michael, cujos olhos tinham perdido o brilho.

Ele piscou. "Ligue para sua mãe. Pergunte a ela quem ligou."

Surpresa com a maneira como ele tinha falado comigo, com zero de emoção em sua voz, fiz exatamente como ele pediu.

Liguei para minha mãe.

Disquei o seu número, coloquei no viva-vos e deixei em cima da mesa na minha frente, mantendo os olhos focados em Michael.

Ele não parecia bem.

Na verdade, não parecia que ele era o meu Michael.

"Nikki?" Minha mãe respondeu. "O que é isso sobre você não pagar suas contas? Você me disse que Michael estava te ajudando a pagar quando me ofereci. Por que você mentiria sobre isso? Eu só queria ajudá-la.”

Um rubor atingiu meu rosto e eu abaixei meus olhos, desviando dos olhos de Michael no momento em que ela entregou minha mentira.

Não, Michael não me ajudou a pagar.

Na verdade, eu tinha pago todos os oito mil dólares que eu devia do meu próprio bolso, e não tinha lhe pedido coisa alguma.

Algo que estava arrependida agora que a via fúria saindo dele, e daria qualquer coisa para sair de perto.

Merda!

"E você sabe que tenho apoiado você, mesmo que você tenha pecado. E sempre vou te apoiar. É por isso que quando você receber a conta pelo e-mail, quero que você traga para mim e me deixe pagar por isso," ela me castigou severamente, de uma maneira que só uma mãe sabe fazer. "E eu disse a eles onde você e Michael trabalham, bem como o endereço da casa de Michael, porque você não deve mentir sobre algo assim. Cobradores não são divertidos de se lidar. Eles vão chamá-la a qualquer hora do dia. "

Revirei os olhos.

Por que ela não perguntou para mim, em vez de enviar uma mensagem para cada uma das minhas irmãs?

"Por que você lhes deu o endereço do meu trabalho? E o do Michael? Ele sequer está na no sistema. Eles nem deveriam saber o nome dele.”

Será que ela pensou que eu não saberia isso pelo os meus irmãos?

"Lolita, aqui é o Michael. Nikki pagou todas as suas contas semana passada. Foi um homem ou uma mulher que ligou?" Michael perguntou abruptamente.

"Oh, Michael! Eu não sabia que você e Nikki estavam juntos. Como você está?" Minha mãe perguntou, seu sotaque espanhol ficou um pouco mais carinhoso, agora que ela não estava gritando com sua filha.

"Eu estou bem, Lolita. Agora era um homem ou uma mulher que ligou? "Ele perguntou novamente, um pouco menos educado desta vez.

Minha mãe não percebeu, ou ela se fez, não se importava que ele estava sendo duro com ela.

"Era um homem. Ele disse que era o médico, acredite ou não. Eu não podia acreditar quando falei com ele, mas ele me pareceu ser um homem muito bom," Lolita falou.

Foi quando as coisas começaram a fazer sentido.

Isto não era sobre as contas, afinal.

Isto era sobre um assassino.

Um assassino que tinha acabado de colocar seus olhos em mim.


CAPÍTULO 19


O que nós queremos? Café. Quando queremos? Direito agora porra.

-Xícara de café


Michael


"Já tem um mandado de busca para o seu lugar?" Perguntei a Luke.

Luke negou com a cabeça. "Ainda não. O Juiz Maddox está fora da cidade, e tivemos que ir para Bender. Ele não é o maior fã de nossa equipe desde o último mandado que foi expedido sobre aquele caso em que a velha senhora quebrou o quadril. "

Estremeci.

Aquele tinha sido um completo erro.

Nós tínhamos atendido um mandado de prisão contra um garoto que estava vendendo medicamentos fora de sua casa, e nós atuamos com perfeição, prendendo o rapaz dentro de segundos depois que entramos em sua casa.

Em seguida, a velha tinha saído em seu andador, e prontamente tropeçou em seu neto que estava deitado no chão no meio da sala de estar, quebrando seu quadril e o braço no processo.

Tinha sido horrível, e eu me senti horrível, mas em nossa defesa, nós lhe dissemos para ficar onde estava até pudéssemos prender o menino.

Ela não tinha escutado, e agora nós ainda ouvíamos sobre isso, três meses depois.

Olhei para Luke no canto da sala de comando onde Memphis e Nikki estavam em um computador de merda olhando todas as coisas de bebê.

Sorri um pouco, mas esse sorriso rapidamente caiu do meu rosto enquanto eu pensava sobre o quão ruim isso tudo poderia ter sido sem o meu conhecimento.

Tudo porque eu estava tentando me proteger.

Bem, veja onde isso me levou.

Minha mulher em apuros.

Meu filho em perigo.

Eu em perigo, porque eu estava de brincadeira, para não mencionar todos os meus colegas e suas esposas.

Ás vezes, eu não mereço viver.

Eu era um fracasso na vida.

Então recuei em meus pensamentos, percebendo o que estava acontecendo.

Eu tinha esquecido meus remédios.

Merda!

"Preciso ir correndo em meu lugar. Esqueci de tomar meus remédios," disse para Luke. "Estarei de volta em cerca de dez minutos."

Luke assentiu.

"Entendi," ele respondeu, mantendo os olhos em seu telefone.

Levantei-me, andando para fora sem dizer uma palavra a ninguém.

Todos estavam muito bravos comigo.

Como deveria ser.

Eu não era bom.

Porra!

Pare!

No momento em que cheguei na minha casa, fiquei com um pouco de dúvida antes de tomar os meus remédios.

Eu estava com a garrafa na mão e tinha acabado de engolir a pílula quando percebi que eu não estava sozinho.

Erro de principiante.

Virando-me rigidamente, me vi enfrentando um homem completamente de preto.

"Onde está sua esposa?" Ele rosnou.

Foi quando agradeci a minha estrela da sorte por não ter dito a Nikki onde eu estava indo, e não ter lhe pedido para vir comigo, era como se eu tivesse adivinhado.

Graças a Cristo!

A arma apontada para minha cabeça não trouxe qualquer medo em meu coração como o pensamento da arma apontada para a cabeça de Nikki.

Já tive essa sensação antes.

O pensamento de que ia morrer.

Dezenove vezes.

Lembrei-me com clareza de cada uma dessas vezes.

E eu tinha certeza que, se saísse dessa vivo, seria diferente.

"Chame-a," ele ordenou.

"Foda-se. Eu não estou chamando ela," eu disse a ele, cruzando os braços sobre o peito.

Eu sabia que se eu pudesse retardá-lo, Luke acharia que algo deu algo.

Eu não teria saído e ficaria em casa sabendo que o mandado poderia chegar.

John, nosso especialista em computador, rastreou as chamadas para o telefone de Lolita, e descobriu que partiram do Women´s Center.

Haviam seis pessoas de plantão no centro no momento da ligação, e apenas dois deles eram homens. E um deles tinha estado no consultório com um paciente durante todo o tempo que durou a chamada. Então nós fizemos uma pesquisa. E chegamos a um homem.

Nós solicitamos um mandado de prisão para Stan Jones, M.D.

E eu tinha a sensação de que era este homem na minha frente.

"Então, Stan. O que você vai fazer comigo?" Perguntei, cruzando os braços sobre o peito.

Stan congelou.

"Como você sabe meu nome?" Ele perguntou rigidamente, apertando a Glock na mão.

Dei de ombros. "Você está fodido."

Palavras simples, mas que realmente o irritaram.

"Eu não estou fodido!" Ele rosnou. "Eu fiz tudo certo!"

Veja, assassinos em série tem certa maneira de agir.

Eles nunca se desviavam.

Por isso, eu sabia que ele não ia atirar em mim até que a minha 'esposa' estivesse aqui.

"O que você tem contra policiais?" Perguntei calmamente.

Os olhos de Stan se estreitaram.

Ele estava vestido com um casaco com capuz, cobrindo a cabeça, mas como ele estava de frente para mim, eu poderia ainda obter uma boa indicação de como ele era.

Cerca de 1,78m, oitenta e quatro quilos. Olhos marrom ou verde muito escuro. Cabelo castanho. Pele bronzeada. As pequenas mãos sem nenhuma aliança de casamento.

Calças pretas. Botas pretas, um casaco com capuz preto.

"Você não precisa saber o porquê. Só basta dizer que devemos livrar esta terra de seres como você e cada um de sua espécie," Stan assobiou.

Minhas sobrancelhas subiram. "Realmente?"

Ele zombou. "Realmente."

Eu sorri.

"Entendi. Que tal eu falar meu palpite?" Perguntei.

Lembrei-me das notas do caso. Os detalhes de cada médico.

A página do Stan diz que ele é viúvo. Também diz que não tem filhos vivos.


"Será que matamos sua esposa?" Perguntei.

Foi sem coração, sim, mas foi eficaz.

"Não diga seu nome!" Ele gritou.

Eu abstive-me de dizer que eu 'não disse o nome dela, afinal. '

Bingo.

"Será que um policial matou seu filho, também? Ou será que seu filho tirou sua própria vida, porque sua esposa morreu?" Continuei com crueldade.

Stan sacudiu a arma para mim, balançando-a em direção ao meu rosto, enquanto começou a gritar comigo.

"Foi tudo culpa sua! Sua! Ela não fez nada para você! Tudo o que ela fez foi ficar parada, e então um de vocês," ele sibilou. "Atirou nela, porque pensou que ela estava indo pegar uma arma. Ela nem sabia como disparar uma arma!"

Ele terminou essa explicação em um grito agudo.

Senti-me simpatia por ele.

Claro que eu fiz.

Tiros acidentais acontecem. Isso é terrivelmente ruim, mas acontece.

Policiais, lidavam diariamente com tanta merda que às vezes, nós esperamos que todos possam ser ruins.

Quando acertamos alguém, não ficamos felizes em fazê-lo.

Agimos com cautela.

Quando o fazemos parar, você aceitará que fizemos isso por que foi necessário?

Ou você reclamará e gritará para nós por que fizemos o nosso trabalho?

Você vai puxar sua arma para nós? Puxará uma faca de algum lugar escondido dentro de seu carro e apunhalar-nos com ela? Será que o seu passageiro vai fazer alguma coisa?

Um carro para a maioria das pessoas é apenas isso, um carro.

Um carro para um agente da polícia é uma arma.

Ele pode ser executor para nós. Ele pode esconder armas maiores. Ele pode levá-lo para longe de nós e colocar outras pessoas, pessoas inocentes, em perigo. Ele pode abrigar mais de uma pessoa que poderia potencialmente nos prejudicar.

Então você vê, há múltiplas facetas para analisar quando um policial atira em alguém.

Tudo isso está sendo sempre passando em nosso cérebro.

Nós temos que ser extremamente cautelosos, fazendo o que fazemos.


Se isso foi o que aconteceu com a mulher de Stan ou não, eu nunca saberia.

Mas, mesmo se foi isso ou não, isso não lhe dá o direito de descontar sua dor e sofrimento em cada policial com quem ele entrou em contato.

"Sinto muito, Stan," falei a sério. E eu sentia.

Fiquei triste por ele ter experimentado algo parecido.

Espero que, se a mesma coisa acontecer comigo, eu encontre forças para seguir em frente. Para tornar este mundo um lugar melhor.

Eu nunca começaria a atirar e matar pessoas inocentes.

Especialmente as que levavam a nossa próxima geração como essas mulheres inocentes estavam fazendo.

"Você pode enfiar suas desculpas na sua bunda," Stan rosnou. "Sente-se naquela cadeira ali. Nós não vamos esperar muito mais tempo. Ligue para a mãe de sua mulher. Eu sei que ela está em casa nesse momento."

Fechei os olhos, muito brevemente, grato que desta vez não seria um desses momentos.

Ela estava a salvo na sede KPD.

Graças a Deus.

Demorar. Isso é tudo o que eu tinha que fazer.

Fazia trinta minutos desde que saí.

E eu sabia que Luke tinha visto minha saída precipitada.

Ele estava muito consciente das minhas limitações, e eu tinha lhe assegurado sobre o meu estado de espírito.

Ele estava ciente de que algo não estava certo, e eu sabia que ele viria me verificar se eu demorasse mais do que trinta minutos.

Minha doença e as minhas condições eram tudo sobre controles e limitações. Eu era muito aberto com tudo sobre mim ... para as pessoas certas.

Eu precisava dessas pessoas na minha vida para me manter em linha reta.

Luke. Meus pais. Minha irmã e irmão. Alguns médicos.

Nikki.

Sorri ligeiramente.

Ela não tinha ideia do quanto me ajudou.

"Por que você está sorrindo?" Perguntou Stan, arruinando meus bons pensamentos.

Dei de ombros. "Nenhuma razão."

Seus olhos se estreitaram.


E para mantê-lo falando, e eu respirando, continuei a fazer perguntas.

"Por que as esposas dos policiais. Por que os bebês?" Perguntei com cuidado.

Ele zombou.

"Por que eu iria querer trazer mais desses bastardos a este mundo? Não por minhas mãos, não senhor." Ele balançou a cabeça. "Eu não estava ajudando em mais nenhum nascimento para pessoas como você."

Acenei com a cabeça.

O grau de seu ódio era impressionante.

Descontar seus problemas em crianças inocentes me deixou de queixo caído.

"O que sua esposa pensaria sobre tudo isso?" Perguntei em voz baixa.

O olho de Stan se contraiu, e demorou um longo momento antes de responder.

"Bem, eu não sei por que você ainda se importa com ela. Ela se foi, e eu nunca mais vou saber o que ela pensa sobre isso," a voz de Stan quebrou. "Porque ela está morta. Ela se foi."

"Ela não se foi," eu disse suavemente. "Ela está viva em suas memórias."

Merda, agora eu estava citando Big Hero!

Eu sabia que não deveria ter visto esse filme com Reggie!

"Ela me dizia que eu deveria pensar antes de agir. Eu não sei como fazer isso," ele admitiu, olhando para a mão e deixando cair a arma no chão.

Eu não me movi.

Ainda não era a hora.

Minha frequência cardíaca aumentou quando vi o movimento na janela do meu lado.

Uma cabeça distintamente loira surgiu na janela lateral antes de desaparecer com a mesma rapidez.

Luke.

Bom.

Faltava pouco agora.

"As mulheres têm um jeito delas. Elas acham que estão certas... mas na maioria das vezes elas estão. Descobri isso sozinho no outro dia,” eu disse a ele, pensando na noite que Nikki me viu com Lisette. “São criaturas inteligentes, as mulheres. Instintivamente sabem o que é melhor para nós, e movem o céu e a terra para nos fazerem felizes.”

E Nikki faz isso.

Todo dia.

E vi isso somente agora, com a ameaça de minha vida que estava sendo tirada de mim por um homem que sentia tanta dor pela perda de sua própria mulher.

Os olhos de Stan seguiram para a mesa, e minha respiração ficou presa na garganta quando avistei a imagem do ultrassom que eu tinha depositado lá quando cheguei em casa.

Eu a tinha visto na cabine da caminhonete, e por instinto peguei e trouxe para garantir que ela não ficasse arruinada.

Agora o homem que queria tirá-la de mim estava olhando para ela como se fosse a mais humilde das formas de vida.

"Policiais não merecem ter uma vida feliz," ele murmurou sombriamente. "Você não merece viver."

Ele pegou a arma do chão e apontando de verdade desta vez, e eu sabia que meu tempo tinha acabado.

Ele não ia esperar dessa vez, e se eu não fizesse algo, eu estaria deitado em uma poça de sangue.

"Que você apodreça no...”

Boom!

Fechei os olhos, meu estômago revirando.

A arma fumegante ainda na minha mão.

Stan estava morto antes que seu corpo chegasse ao chão.

"Merda!" Luke disse, surgindo no corredor de trás com a arma na mão. "Você assustou a merda fora de mim, cara!"

Ergui a cabeça e olhei para o meu chefe, e um dos melhores amigos que eu já tive.

"Acho que não precisamos mais desse mandado," falei suavemente.

O rosto de Luke se abriu em um breve sorriso antes de contornar a mesa onde eu estava sentado, ficando sobre um joelho ao lado do corpo sem vida de Stan.

"Morto," ele confirmou, levantando-se. "Tenho que fazer um chamada sobre isso."

Com isso, ele fez uma ligação e relatou o tiroteio.

Lentamente, coloquei minha arma na mesa ao lado do meu cotovelo direito, e me levantei para esperar.

O sangue foi lentamente se espalhando pelo chão sob o corpo de Stan e eu tive que pular sobre ele, para não deixar rastros em toda a casa.

"Quer que eu vá lá para fora?" Perguntei.

Luke balançou a cabeça.

Ele era o chefe assistente, bem como o líder da equipe SWAT; assim, como oficial superior, eu queria ter certeza que estava onde ele me queria, pois eu tinha acabado de atirar em um homem.

"Nós sempre perdemos toda a diversão!" Lamentou James, com seu rifle sniper a reboque.

"Desculpe eu não poder fornecer isso a você," eu disse com um pouco de divertimento.

"Esse fodido. Seu MO é fazer o policial esvaziar seus bolsos e se livrar da arma. Se ele tivesse feito isso com você, poderia ainda está vivo," Luke murmurou, os braços cruzados sobre o peito enquanto olhava para o homem morto a seus pés. "Maldita papelada. Você conseguiu alguma coisa dele?"

Concordei com a cabeça.

"Foi por causa de sua esposa. Ela foi morta por um policial durante uma batida de trânsito," expliquei o que eu sabia.

"Porra," Miller rosnou.

"Você me encontrou mais rápido do que pensei que faria," admiti para Luke.

"Coloquei um BOLO no carro dele. Stan dirige um Maserati brilhante. É difícil perder algo assim pela estradas. O oficial Lyons viu o momento em que entrou no estacionamento. Estava estacionado ao lado, como se estivesse quebrado," explicou Miller. "Luke te chamou para dizer-lhe que o mandado tinha chegado, você não respondeu. Ele começou a perceber que algo estava errado e, em seguida, quando passou no estacionamento e viu o carro parado, colocou dois e dois juntos. Fez doze. Fim da história."

Acenei com a cabeça.

Surpreendente.

"Dois e dois são quatro, e não doze, idiota," Foster falou da porta da frente.

Nenhum dos dois abriu a porta da frente, pois sabiam que era uma cena do crime, e eu estava falando através da porta de tela.

A equipe inteira estava ocupando o meu quintal.

James foi chutado de volta para a espreguiçadeira. Miller e Foster no sofá. Bennett, Nico, e Downy estavam nas três últimas cadeiras com guarda-sol sobre suas cabeças, olhos fechados.

E eu tinha um desejo irracional de dizer-lhes o quanto eu os amava.

Isso seria estranho?

Ter o apoio de todos, e saber que teria todos lá para mim quando eu precisasse, era exatamente o que precisava naquele momento.

Todos as minhas dúvidas tinham desaparecido.

E seu lugar ficou alívio e a gratidão.

Alívio que eu tinha vivido para respirar mais um dia.

E gratidão por eu ter bons amigos e uma boa mulher à minha volta.

 


***

Mais tarde naquela noite


Nikki entrou em seu quarto, olhou para mim, e foi direto para o banheiro.

Ela estava com raiva de mim.

Inferno, eu estava com raiva de mim.

Eu tinha deixado ela pensar que eu estaria de volta, e ela não sabia onde eu tinha ido. Eu não tinha dito adeus. Eu sequer acenei.

Ela também não sabia que minha vida estava em perigo.

Ela só descobriu duas horas depois, quando cheguei de volta à delegacia e prontamente fui levado para responder a uma tonelada de merda de perguntas.

Fui colocado em licença administrativa, enquanto aguardava uma investigação, mas eu sabia que não significaria nada, e eu tinha Luke para me apoiar cem por cento no caminho.

Nikki ficou sabendo por seu irmão o que havia acontecido, e vamos apenas dizer que ela não ficou feliz. Nem um pouco.

Quando saí do interrogatório, descobri que Geórgia havia levado Nikki para casa.

Quando cheguei em casa já tinham se passado quatro horas.

Ela não estava dormindo, no entanto.

Longe disso.

Ela estava sentada no sofá assistindo ao noticiário. Que passou a ter a minha pessoa como a história principal.

"Michael?" Perguntou Nikki, retirando a camisa de seu corpo.

Meus olhos ficaram felizes diante deles.

Nikki sempre foi bonita.

Mas agora, com a lua fluindo através das cortinas, e seu cabelo uma massa encaracolada caindo pelas costas cascateando sobre os ombros, pensei que ela nunca foi mais bonita.

Sua barriga estava começando a aparecer, e o piercing rosa do umbigo tinha uma estrela anexado a ele, repousando sobre a ondulação suave ... um anel de umbigo que eu nunca tinha visto antes.

"Sim, baby?" Perguntei, engolindo com força.

A próxima coisa que percebi foi o sutiã preto.

Embora não tivesse nada de especial, ele levantou seus seios perfeitamente, colocando-os juntos, permitindo uma festa para os meus olhos.

E quando Nikki tirou, seus seios saltaram livres, fazendo a minha ereção semi dura crescer completamente com o todo o sangue que passou a correr no meu pau.

A calcinha era a última coisa a sair.

Quando ela se inclinou, seus seios pendurados, balançando sedutoramente, quando ela deslizou a calcinha por seus pés, um de cada vez.

Perdi minha capacidade de falar quando ela colocou um joelho na cama e começou a rastejar entre as minhas pernas, parando quando chegou em meus quadris.

"Faça amor comigo", ela ordenou.

Engoli em seco, sentei-me lentamente e juntei seu rosto em minhas mãos, colocando meus lábios suavemente sobre os dela.

"Tudo bem,” sussurrei, antes de violar seus lábios com a língua, enrolando minha ao redor da dela.

Ela gemeu e se inclinou para o beijo, apoiando seu peso em mim.

Rolei com ela até que estávamos de lado.

Minhas mãos continuaram no mesmo lugar, sobre suas bochechas, então deslizei uma para baixo, sobre seu ombro, curvando em torno de seus seios, seguindo pelo lado até parar na parte de trás de sua coxa.

Ela gemeu quando minha mão se moveu mais para trás, alcançando a curva de seu traseiro, os dedos mergulhando em seu núcleo superaquecido.

"Sinto muito, querida. Nunca pensei que isso iria acontecer," eu disse a ela.

Um soluço ficou preso em sua garganta e ela me beijou mais forte.

"Você me assustou horrivelmente. Achei que você ia morrer," disse ela desesperadamente entre beijos.

Gemi quando sua mão encontrou a minha ereção latejante.

"Guie-o para dentro de você," eu disse, estendendo os lábios de sua boceta com meus dedos e empurrando para frente com meus quadris.

Ela inclinou meu pau para deixar a cabeça apoiada na entrada de seu sexo, e nós dois flexionamos em direção um do outro no momento em que nossa pele encontrou.

Ela engasgou em minha boca enquanto meu pau a enchia ao ponto de ruptura.

"Você me preenche completamente," ela sussurrou ferozmente. "Nunca mais me deixe assim de novo, certo? Sempre diga adeus."

Prometi isso a ela, e depois continuei a promessa com meu corpo. Na forma como as minhas mãos corriam ao longo de sua pele.

Na forma como o meu pau empurrava dentro e fora dela.

Nosso amor foi lento, constante e bonito.

Algo que nós dois necessitávamos naquele momento.

E longos minutos depois, quando senti sua boceta começar a apertar em volta do meu pau, eu gozei também.

Derramei minha essência em seu calor à espera, enchendo-a com meu amor.

"Eu amo você, Nikki. Prometo não deixá-la sem dizer adeus... contanto que você me prometa algo em troca," ofeguei contra seus lábios.

Seus olhos se abriram, e olhei em seus belos olhos castanhos quando ela perguntou: "O que você quer que eu prometa?"

Inclinei-me para a frente, corri a ponta do meu nariz ao longo da ponta de seu nariz.

"Que, quando nos casarmos, você me perdoará assim toda vez," eu disse a ela docemente.

Ela riu, e eu rolei até que ela estava mais uma vez por cima.

A minha carne, que ainda estava dentro dela, começou a pulsar mais uma vez na nova posição, mas o que ela disse em seguida teve o meu foco inteiro, não apenas o do meu pau.

"Você está me pedindo para casar com você, Michael Perez?" Ela sorriu, feliz.

Seu cabelo derramava sobre os ombros, fazendo cócegas no meu peito.

Balancei minha cabeça. "Não."

Seus olhos, que estavam felizes, ficaram velados ligeiramente, então apressadamente expliquei.

"Estou dizendo que você vai casar comigo,” eu disse, levando a mão debaixo do meu travesseiro para tirar uma caixa coberta de veludo rosa que eu tinha escolhido.

Seus olhos se arregalaram quando ela me viu abrir a caixa, em seguida, aumentou quando retirei o anel e estendi para ela.

Ela levantou a mão, oferecendo-me o dedo.

O anel encaixou perfeitamente, deslizando sobre a junta e descansando um pouco para a direita.

"Você se casará comigo, Nikki Pena." Falei.

Ela se inclinou para frente e colocou seus lábios contra os meus.

"Pensei que você nunca iria perguntar," ela brincou.

Bati na bunda dela, fazendo-a saltar surpresa.

Inadvertidamente isso fez o meu pau ficar duro dentro dela até o punho.

Suas pálpebras baixaram ligeiramente e eu sorri.

"Não tenho certeza sobre a parte do pedido ainda ... É apenas uma formalidade. Só espero uma resposta, e uma única resposta," informei a ela.

Seus olhos se estreitaram. "É com isso que terei que lidar para o resto da minha vida? Prepotência?"

Eu sorri.

"Sim, é com isso que você terá que lidar. Além de amar a noite toda. Babá sempre que precisar. Um abraço quando você quiser. Beijos no meio da noite. Combustível sempre em seu tanque. Suas compras trazidas para casa. Calças colocadas no cesto. Filés preparados na grelha," eu listei os meus atributos, propositadamente fazendo-os parecer muito atraentes.

Ela estreitou os olhos. "Não é babá se são seus próprios filhos," ela respondeu.

Bufei. "O que você disser, minha querida."

"Contanto que você saiba disso, eu me casarei com você."

Eu ri e rolei com ela mais uma vez, empurrando meu pau dentro dela e esfregando meus quadris contra os dela.

"Vou me lembrar disso."

"Pode apostar que você vai, garotão."


CAPÍTULO 20


Pelo amor raposa.

-Xícara de café


Nikki


"Tudo bem," Memphis disse, deitando ao meu lado. "Como é que todas nós acabamos nesta situação?"

Eu sorri.

Não havia nenhum outro recurso.

Sete mulheres estavam presentes comigo hoje, e todas, menos uma, estavam grávidas.

Georgia, Memphis, Lennox, Mercy, e Blake estavam todas grávidas em estágios diferentes de sua gestação.

Embora, eu estivesse na minha primeira gravidez, enquanto as demais estavam na segunda gestação.

Parecia que os homens da SWAT de Kilgore gostavam de manter suas mulheres descalças e grávidas.

Lutando contra o crime de dia e fazendo bebês durante a noite.

Sorri e me virei para o lado, ficando de frente para Memphis e as outras mulheres.

Hoje estamos tendo um dia de spa.

Eu estava me casando em menos de quatro horas, e as senhoras da SWAT estavam tendo um dia de mimos enquanto os homens foram pescar.

"Eu não sei do que você está falando," eu disse, passando a mão sobre minha barriga.

Dois meses se passaram desde que o Doutor Stan Jones foi formalmente acusado pela morte de quinze policiais, suas mulheres, e três dos filhos desses oficiais.

"Você sabe exatamente o que ela está falando, vadia," Geórgia disse, alongando e mexendo os dedos dos pés.

Eu sorri.

Sim eu sabia.

"Suponho que uma de nós precisa aprender sobre o controle de natalidade," falei, suspirando em contentamento, quando o homem em meus pés esfregou um ponto particularmente bom sobre o meu calcanhar.

"Ei, eu notei que apagaram o nome do Dr. Jones da porta esta manhã, quando fui para a minha consulta," Reese disse antes de tomar um gole de seu Dr. Pepper. Todos os olhos se voltaram para ela, e seus olhos se arregalaram em alarme. "Eu não estou grávida! Foi apenas a minha consulta anual, eu juro!"

Quando todos os olhos se fixaram nela, ela levantou dois dedos. "Palavra de escoteiro."

"Palavra de escoteiro é de três dedos, e não dois," respondi amistosamente.

"Bem, que seja, eu só fui a minha consulta anual. Amarrei minhas trompas depois que o pequeno diabinho chegou," Reese prometeu solenemente.

Essa era a verdade.

Seu filho era um diabinho. Aquele garoto era muito parecido com o pai.

"Sim, eles retiraram o nome dele de tudo," disse Memphis. "Novos cartões de visita impressos. Mudou os letreiros na frente. Pintaram por cima do rosto dele no muro. Atualizaram o site. Qualquer coisa com 'Jones' nele provavelmente foi queimado."

Eu não duvido disso.

Depois que o Dr. Jones foi morto, eles encontraram evidências em sua casa, ligando-o a quase todas as cenas dos crimes. As roupas que ele usava. A arma que ele utilizou. Inferno, até mesmo o cão que ele levava com ele.

Ele com certeza era arrogante, mas no final, a justiça foi feita para os agentes, as suas mulheres, e as crianças.

"Isso não é uma surpresa. Eles tiveram que beijar um monte de bunda para manter a maioria de seus clientes. A única coisa favorável para eles é que eles dominam a área. Nós teríamos que dirigir até Dallas para encontrar um médico em nossa rede," eu disse a todas.

Mercy fez um som de acordo. "O mesmo aqui. Estamos usando o seguro de Miller, e eles não aceitam qualquer outra pessoa, a menos se quisermos pagar quase o dobro por fora para rede."

Eu fiz uma careta.

"Vamos mudar de assunto para algo melhor, pois Nikki não precisa disso no dia do seu casamento" Blake bocejou alto.

Eu sorri.

"Cansada, Blake?" Perguntei, provocando.

Ela virou a cabeça em minha direção. "Sim. Aquele meu homem não se importa que as minhas horas não são as mesmas que as suas. Ele vê minha bunda no ar e quer tocá-la. Então tocando nela leva a outras coisas. E aí se vão duas horas de sono. Sono que eu precisava porque o seu bebé parece pensar que eu sou um super-herói, exigindo toda a minha energia, comida e bebida.”

"Você não terá um menino. Meninos são horríveis," disse Reese, fechando os olhos e sorrindo com carinho para algo que só ela podia ver.

"Os meninos não são horríveis. Mas eu me sinto bem," disse Lennox.

Todos nós rolamos nossos olhos. Lennox sempre pensava que tudo estava 'bem.'

Ela adorava estar grávida ... muito provavelmente porque a sua primeira gravidez foi uma brisa, apesar das complicações que ela sofreu quando foi ferida por uma mulher perturbada.

Ela só não tinha ideia o quão ruim uma gravidez poderia ser porque ela estava sempre flutuando nas nuvens com os unicórnios, sua pele brilhando e a energia ampla.

Ela ainda estava na fase 'eu tenho um teste de gravidez positivo.' Parecia estar em um flutuante, e gostava de vestir roupas de grávida.

Roupas que ela não precisava ainda.

"Ei, qual cor você está colocando?" O homem entre as minhas pernas perguntou.

"Roxo e rosa," eu disse. "Alternado."

Ele revirou os olhos.

Pietro sabia dos meus caprichos.

Eu estive vindo até ele a cada duas semanas por um ano agora.

Ele sabia tudo sobre Michael. Sabia tudo sobre a minha família. Sabia sobre o meu amor. Meu trabalho. A nova casa que Michael e eu estávamos construindo.

Uma casa que deve estar pronta muito, muito em breve, na verdade.

"Por que você sempre fica com o cara musculoso que tem boas mãos?" Perguntou Georgia, estreitando os olhos.

Dei de ombros. "Encontrei-o primeiro."

"Senhoras, senhoras. Não há necessidade de lutar por mim. Sou apenas leal a minha menina aqui," ele brincou.

"Nikki colocou seu bebê no mundo. É por isso que ele a ama tanto," Georgia informou ao resto das mulheres.

Eu fiz. Foi o segundo bebê.

Ele e sua esposa, Trudy, tinham estudado a possibilidade do parto em casa, em vez de no hospital por mais de seis meses, antes de finalmente decidirem chamar a minha mentora, Annalise, para uma avaliação.

E três meses depois, entreguei a eles seu segundo filho, como uma parteira, com Pietro ao meu lado.

Vinte minutos mais tarde, eu estava pronta e indo fazer meu cabelo e maquiagem, quando recebi uma ligação do homem que contratamos para a reforma da nossa casa.

"Você está oficialmente se casando!" Alex cantou.

Eu gritei. "Sim!"

Não tínhamos certeza se conseguiríamos fazer tudo a tempo, pois fui bastante detalhista sobre tudo.

Tive que escolher o azulejo, a pintura, a tábua para os pisos de madeira na cozinha, armários e bancadas.

Eu queria ser uma grande parte de tudo, e eu era.

O que irritou o inferno de Michael.

Ele era tudo para personalização, mas eu não acho que ele sabia onde estava se metendo quando me ofereceu o livro enorme de amostras de tinta.

Mas ele sabia agora.

"Isso é ótimo!" Exclamei. "O que você precisa de mim?"

"Nada. Estou ligando para dizer que está tudo pronto. As chaves são suas, minha querida!” Alex me informou.

Eu sorri. "Maravilhoso. Estou tão feliz, muito obrigado, Alex." Depois de desligar, liguei imediatamente para Michael.

"Adivinha o quê!" Eu disse, saltando para cima e para baixo em emoção. "Eles terminaram!

A voz suave e profunda de Michael causou arrepios através de mim. "Isso é bom, baby. Ele disse que iria fazê-lo."

Fechei os olhos e senti a alegria me invadir só de ouvir a sua voz.

De tal maneira que eu não podia esperar para envolver meus braços em torno dele.

O meu noivo e logo seria meu marido.

"Você pescou alguma coisa?" Perguntei depois que me recompus.

"Sol. Isso é fodidamente certo,” ele rosnou. "Mas esse é o caminho, certo?"

Eu concordei.

Ele odiava ir pescar, apenas pelo simples fato de que nunca pegou nada.

Ou talvez porque eu tinha muita paciência.

"Bem, eu só queria te dizer isso. Volte para pegar o seu sol," eu disse suavemente, enquanto Pietro entrava na sala com o seu enorme pacote de grampos, rolos de cabelo, e outras coisas para começar a arrumar meu cabelo.

"Tudo bem. baby. Amo você," ele murmurou.

"Amo você mais."

***


No momento em que o vi caminhando pelo corredor, um sorriso irrompeu sobre os meus lábios, e cobri minha mão com minha boca.

"Oh, meu Deus," eu disse, virando-me para a Geórgia com os olhos arregalados.

Seus olhos estavam cheios de suas próprias lágrimas de riso enquanto ela olhava para o meu homem também.

"Jesus," eu disse, balançando a cabeça. "O que diabos há de errado com esse homem?"

Ele não estava mentindo sobre ter pego sol. Ele pegou um monte dele.

Georgia bufou, e meu pai soltou um riso estrangulado.

"Vamos levá-la até ele, mel. Ele vai pensar que você não pode lidar com ele para o melhor ou para pior, se você não tiver cuidado. "

Geórgia foi a última a sair, e eu fiquei com meu pai.

"Você está linda, querida," ele disse suavemente.

Sorri para ele, vendo a verdade em seus olhos.

"Não vou a lugar nenhum," eu disse a ele. "Ainda vou te ver todos os domingos para o almoço após a missa."

Ele sorriu. "Eu sei. Você é apenas o meu primeiro pássaro pequeno fora do ninho," disse ele, passando a mão sobre o meu cabelo e alisando um cacho que tinha se soltado de um grampo.

"Nico foi o seu primeiro pássaro pequeno," eu disse, rindo.

Ele encolheu os ombros. "Nico pode cuidar de si mesmo. Você é a minha primeira menina. E você não terá mais o meu nome. Você é o primeiro pássaro que estou deixando livre."

Abracei-o e me virei para a porta agora fechada.

"Tudo bem, estou pronta," falei com um suspiro nervoso.

"Ele vai ser bom para você, querida. Você já domou a fera," disse ele antes dos organizadores abrirem as portas da igreja.

Olhei para ele, e peguei o primeiro flash de uma câmera, que capturou o momento para sempre no tempo.

"Eu sei. Mas ele domou a minha besta, também.”

Com um sorriso, ele me ofereceu o braço, e coloquei minha mão delicadamente em sua manga.

"Eu te amo, papa," eu disse a ele.

Ele se inclinou e beijou minha testa. "Amo você também, querida."

Eu já podia ouvir minha mãe chorando, bem como as minhas damas de honra.

"Jesus," meu pai disse em desespero. "É como uma festa de estrogênio aqui. Isso está me sufocando.”

Levantei minhas flores, cobrindo minha tosse com aquelas palavras, e me virei para o meu futuro marido mais uma vez.

Homem, estas fotos ficariam horríveis.

Mas eu iria usufruí-las para o resto da minha vida.

Nós finalmente chegamos ao final do corredor, e meus olhos se conectaram com os de Michael.

Mal ouvi as palavras que o padre falou, "Quem dá esta mulher a este homem?"

A voz profunda do meu pai disse: "Sua mãe e eu," e de repente eu estava nos braços de Michael.

"Michael," eu disse, tentando não rir. "Por que você não usou um protetor solar?"

Ele deu de ombros, sorrindo impiedosamente. "Eu só estava preocupado sobre quais varas de pesca eu ia usar. Não sobre qualquer coisa como filtro solar."

Levantei uma sobrancelha para ele. "O que exatamente você esperava que acontecesse?"

Ele deu de ombros e ficou em silêncio quando o sacerdote começou a dar-nos a bênção.

Olhei timidamente para o homem que eu estava a segundos de distância de prometer a minha vida, e eu sabia que isso iria sempre ser uma das melhores lembranças do mundo.

"Eu amo você, Michael," falei baixo o suficiente para que apenas ele pudesse ouvir.

"Eu também te amo," ele respondeu, sem se importar que o padre lhe deu um olhar sujo.

Ele não tinha ninguém a quem agradar, exceto eu, e o mesmo era para mim.

Nós não queríamos mais nos preocupar com ninguém além de nós mesmos e o que isso significaria para cada um de nós.

E essa é a maneira que nós iriamos fazer a partir de agora.

Ninguém precisava saber por que Michael é tatuado da cabeça aos pés.

Porque nós só viveríamos por um lema agora.

E isso era viver e deixar viver.

 

***


Cinco horas mais tarde


"Michael! Eu sou muito grande!" Gritei quando as mãos de Michael foram ao redor da minha cintura enquanto ele abria a porta. "Você vai se machucar."

Ele me ignorou, me pegando em seus braços e caminhando firmemente para dentro da casa.

"Você se esqueceu de fechar a porta da caminhonete," eu disse levemente, passando os braços em volta do seu pescoço e inclinando a cabeça contra seu rosto.

"Vou fecha-la mais tarde," ele murmurou.

"Mais tarde ... como amanhã mais tarde ... ou mais tarde, como mais tarde nesta noite?" Provoquei. "Porque agora vivemos no bosque. Não há como dizer o que vai ser na caminhonete de manhã. "

Michael sabia que eu estava certa.

Ele tinha construído esta nova casa em um lugar remoto, com absolutamente nada ao redor. Literalmente, o Wal-Mart mais próximo ficava a quarenta minutos, se é que diz qualquer coisa.

"Foda-se," ele rosnou, voltando e caminhando de volta para sua caminhonete.

"Você poderia me colocar para baixo," sugeri levemente quando um leve brilho de suor começou a surgir em sua testa.

"Estou bem, Nik. Pare de se preocupar,” ele murmurou pouco antes de bater à porta da caminhonete, fechando com a bota.

Ele bateu forte, e o barulho que fez era de quebrar ossos, então ele virou-se para voltar para a casa.

"Você realmente não parece bem," eu disse, rindo.

"Nikki," ele me deu ‘o olhar.’ "Estou bem. Posso levantar um banco de 159 quilos, o que é o dobro disso. Confie em mim, estou bem. "

"Você pode levantar 159 quilos?" Perguntei ceticamente.

"Sim," ele respondeu.

"Com as pernas?" Retruquei.

Ele me lançou um olhar, e eu calei a boca.

Não havia nenhuma maneira que ele poderia suspender 159 quilos. Isso é inédito.

Ele estava de bom humor, no entanto, então eu não o incomodaria sobre isso ... hoje.

"Como você abrirá a porta?" Perguntei quando ele chegou à porta da frente.

Um conjunto de chaves caiu no meu colo, de onde ele jogou de sua mão nas minhas costas.

"É a chave cor-de-rosa," disse ele, com um sorriso na voz.

É verdade que era rosa. Com flores roxas sobre ela.

Assumi que era minha, mas que seja.

"Por que não podemos simplesmente entrar pela garagem?" Perguntei enquanto eu abria a porta.

Ele resmungou.

"Porque tenho que entrar com você no colo. E não funciona da mesma maneira se eu a levar através da garagem,” ele murmurou, soando um pouco sem fôlego.

"Tudo bem," falei lentamente, me segurando para não dizer, ‘O que você disser, meu querido.’

Ele beliscou minha bunda assim que abri a porta, fazendo-me saltar e gritar, seguido por ele xingando.

"Apresse-se e me leve para dentro antes que eu quebre suas costas," gritei.

"Eu não vou soltá-la!" Ele rugiu.

Tive que sufocar uma risada, pois no momento em ele entrou pela porta, me jogou sem cerimônia no chão e saiu em direção da cozinha.

"Ei!" Eu disse, indignada. "Você deveria me levar até o nosso quarto e me foder!"

Não é assim que acontece nos filmes?

Meu marido não deve ter entendido a piada.

"Onde você está indo?" Perguntei, seguindo atrás dele.

"Consegui algo para comer. O jantar que supostamente tivemos estava uma merda," ouvi ele murmurando a frente de mim.

Sorri enquanto corria minhas mãos sobre as paredes.

Elas ficaram lindamente perfeitas.

Assim como os pisos e o teto.

Nós tínhamos ficado mais no estilo ‘casa americana’ em vez do moderno.

Queríamos que a nossa casa fosse quente e convidativa, e nosso arquiteto conseguiu isso perfeitamente.

Quando abri a porta para a cozinha, encontrei Michael de pé na geladeira com a cabeça dentro dela.

"Nós não temos nenhum alimento aí," murmurei. "O que você acha que vai encontrar?"

Ele saiu da geladeira com peru, queijo, mostarda, picles, alface, tomate e maionese, fazendo com que eu olhasse assustada.

"De onde veio tudo isso?" Perguntei surpresa.

Ele encolheu os ombros.

"Se eu tivesse que adivinhar, seus pais ou os meus. Seja como for, eu não me importo. Estou feliz por ter comida. Não posso acreditar que você esperava que eu vivesse com tão pouco," ele murmurou.

Ele estava certo.

A comida que tínhamos acabaram porque eu não estava preparada para a enorme quantidade de comida que todos os amigos de Michael consumiam.

Acontece que, músculos necessitam de cerca de duas vezes mais proteínas do que um adulto normal.

Quem sabia disso?

"Você faz um para mim?" Pedi, fazendo beicinho com meu lábio como bônus adicional.

Ele me deu um olhar que dizia claramente, ‘Quem você acha que eu sou?’

Levantei minhas mãos em um gesto apaziguador e dei a volta no balcão.

"Amo você, Mike," eu disse antes de beijar sua bochecha e acariciar seu traseiro.

Ele me jogou um outro olhar antes de beijar meus lábios virados para cima.

"Por que você insiste em me chamar assim, de repente?" Ele perguntou com diversão.

Dei de ombros e circulei abancada novamente para sair da cozinha.

"Eu poderia chamá-lo de marido agora, eu acho," eu disse enquanto saía da cozinha.

"Isso não é melhor!" Ele gritou às minhas costas.

Sorri enquanto caminhei ao redor da casa, verificando para ver se tudo estava do jeito que eu queria.

E estava.

Os móveis foram entregues enquanto estávamos nos casando, e enquanto o resto de nós estávamos comemorando na recepção, minhas irmãs vieram para cá e fizeram a cama, e assumi que trouxeram mais comida para nós.

Deus, eu as amava.

Especialmente quando passei pela porta do nosso quarto e vi a cama já feita, pronta para o meu corpo cansado se rastejar sobre ela.

E foi o que eu fiz.

Adormeci quase instantaneamente.


***


Michael


"Nikki," eu disse, olhando ao redor do quarto procurando a minha esposa. "Aqui está o seu sanduíche ..."

Parei quando a vi enrolada em torno de um travesseiro.

Ela tinha metade do edredom cobrindo-a, vendo como ela estava deitada sobre ele, me fazendo sorrir.

Acho que eu estaria dormindo com o lençol.

Não que eu não tivesse me acostumado.

Eu adorava dormir com Nikki, embora ela se mexesse muito.

Tive que dormir algumas vezes durante o dia na ausência dela, quando estava no turno da noite, e eu dormia como uma porcaria.

Coloquei o sanduíche na mesa de cabeceira, fui ao banheiro, tirei minha roupa azul da polícia, e escovei os dentes.

Desliguei a luz, e caminhei lentamente para a cama, saboreando a forma como sentia o novo carpete entre os dedos antes de desligar a lâmpada, puxando o cabo do ventilador de teto, e mergulhei o quarto na escuridão.

Arrastei-me para a cama com cuidado, para não acordar Nikki, embora eu não deveria ter me incomodado.

Nada acorda Nikki, nem o som de um trem de carga correndo solto para nós.

Ela dormia em qualquer lugar.

No carro.

Na minha cadeira de escritório.

No meio do jantar.

Era realmente muito agradável.

Quando me acomodei em torno dela, enrolando-a em meu corpo o melhor que pude, fechei os olhos e fiz minhas orações. Um ritual noturno que eu repetiria para o resto da minha vida.

Obrigado, Deus, pela minha esposa e meu filho que vai nascer.


CAPÍTULO 21

As únicas crianças que eu quero são doces.

-Nikki Durante as dores do parto


Nikki


"Tudo bem, Jasmine. Quando você sentir a necessidade de empurrar, quero que você se abaixe, traga os joelhos até o peito, e empurre a partir de dentro de você. Quase como se você estivesse fazendo o número... "

Ela ergueu a mão para me impedir.

Jasmine assentiu miseravelmente. "Não sei por que você me deixou sem drogas. Eu gosto de drogas. "

Minha barriga grande estava no caminho, mas não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso.

Eu era uma mulher casada por pouco mais de quatro meses, e eu estava grávida de nove meses.

Nossa menina estaria aqui muito em breve, e era em momentos como este, com outras mulheres dando à luz aos seus próprios pequenos milagres, que comecei a sentir inveja delas.

Eu sentia como se estivesse grávida para sempre!

"Eu preciso fazer cocô!" Jasmine gritou em alarme poucos momentos depois.

Sufoquei outro sorriso e me aproximei dela com o banco.

“Esse é o desejo de empurrar. Force para baixo,” instruí.

Ela estreitou os olhos para mim. "Mas e se eu ..."

Ela fez um gesto com as mãos.

Acenei uma mão desconsiderado. "Merda acontece."

Ela começou a rir, mas, de repente, começou a gritar, enrolando em torno de sua barriga e dando tudo o que tinha.

Meu próprio estômago ficou apertado junto com o dela.

"Tudo bem, mais um empurrão e a cabeça deve aparecer, " falei a Jasmine. "Tony, você quer vir pegar o bebê?"

Tony balançou a cabeça freneticamente.

Como todos os primeiros pais de primeira viagem, ele estava uma pilha de nervos, e lidar com o parto foi uma provação muito assustadora para ele.

"Tudo bem, agora é com você, Jasmine. Mostre-me o que você conseguiu..."

 

***


Duas horas depois


"Atenda, atenda, atenda," falei para o meu telefone enquanto ligava para Michael assim que deixei Jasmine com o novo membro da família.

Você tem meu correio de voz, deixe uma mensagem.

"Foda-se!" Gemi, caminhando rapidamente para o meu carro antes de acontecer novamente.

Estou sentindo essas dores regulares que sinalizavam que, eu mesma, estava prestes a ter meu próprio bebê.

Elas iam e voltavam durante todo o dia, mas só depois que Jasmine começou a empurrar que elas começaram a se tornar regulares e consistentes.

Pelo menos a minha bolsa de água ainda não tinha rompido.

Embora, isso não fosse uma boa indicação do progresso. Há algumas mulheres que percorrem todo o caminho até o nascimento antes da sua bolsa de água romper.

Minha próxima chamada foi para Doutor Mead, meu OB / GIN.

Ou para o seu consultório, de qualquer maneira.

Apesar de eu não ter o seu número de casa, eu agiria como uma mãe em trabalho de parto e ligaria para o consultório, como todas as mulheres são instruídas a fazer, quando entram em trabalho de parto.

"Alô?" Uma voz de mulher entediada veio pelos alto-falantes em meu carro.

"Sou Nikki Perez, estou em trabalho de parto," eu disse, um pouco sem fôlego.

Outra dor me consumiu, e tive que puxar o carro para evitar uma colisão.

"Como você sabe que está em trabalho de parto?" A mulher perguntou com aborrecimento.

Apertei o volante e disse com os dentes cerrados. "Porque estou tendo contrações regulares, e meu fôlego está cada vez menor a cada contração. Agora, retransmita a mensagem."

"Diga seu nome novamente?" A mulher perguntou com arrogância.

A dor finalmente amenizou, segurei minha barriga, e comecei a avançar novamente.

Eu sabia que ficaria uns bons dois minutos sem contrações, e eu poderia dirigir todo o caminho para o pronto-socorro antes que viesse outra.

“Nicole Perez, mas meu nome de solteira é Pena. Acho que você deverá procurar por esse primeiro” expliquei a ela, ultrapassando uma senhora em um velho carro Lincoln Town marrom.


“Encontrei, o Dr. Mead não está de plantão hoje, somente o Dr. Shepherd, vou transferi-la para...”

Eu a interrompi.

"Não, ligue para o Dr. Mead. Deve haver uma nota no meu prontuário. Meu marido se recusa a ter alguém além do Dr. Mead cuidando de mim. Confie em mim, ele não vai deixar o Dr. Shepherd me tocar se você chamá-lo,” expliquei rapidamente, animada ao ver o sinal vermelho e azul que sinalizava a entrada da emergência do hospital.

Entrei em uma vaga e estacionei antes da próxima dor me atingir.

"Vou tentar, mas este não é o protocolo. Ele não irá responder, se não é uma emergência...”

Desliguei na cara dela.

"Foda-se," ofeguei, procurando o Dr. Mead nos meus contatos e pressionando ligar.

"Aqui é o Dr. Mead," ele respondeu três toques depois.

"Aqui é a Nikki Pena Perez. Entrei em trabalho de parto. Estou no ER agora," falei a ele rapidamente.

"Estou indo para aí. Diga aos médicos que estarei lá em vinte minutos ou menos," ele respondeu rapidamente.

"10-4," concordei e desliguei o meu telefone.

Peguei minha bolsa e antes de sair do meu carro tentei ligar para Michael novamente. Felizmente, desta vez, ele respondeu. "Sim?"

Ele estava sem fôlego.

"Estou em trabalho de parto," falei ofegante enquanto entrava pelas portas do ER antes de outra dor quase me derrubar.

"Onde você está?" Ele perguntou abruptamente.

"No ER," disse a ele, feliz que a minha contração tinha me deixado, mas infeliz porque outra estava se aproximando, o que significava que eu estava ficando cada vez mais perto do parto. "Eu estou tendo contrações com menos de um minuto de intervalo."

Algo que provei momentos depois, quando outra contração bateu em mim.

Desta vez, eu realmente caí de joelhos, porque eu tinha certeza se não fizesse, eu iria bater o meu rosto no chão.

"Senhora, você está bem?" A voz de uma mulher chamou da porta.

Olhei nos olhos familiares de Lennox.

"Não, eu tenho certeza que estou tendo este bebê, e meu marido ainda não está aqui," disse a ela.

Então uma comoção na entrada do ER nos surpreendeu, e quando olhamos vimos Michael correndo com uma bandagem cobrindo seu olho.

"Michael!" Gritei, em pânico, quando meus olhos avistaram todo o sangue manchando sua camisa.

Michael caiu de joelhos ao meu lado, pegando-me em seus braços fortes enquanto dizia, "Estou bem."

"Isso não é algo que eu deveria estar dizendo a você?" Perguntei, levantando minha mão para olhar a ferida coberta pela bandagem.

Ele fez uma careta e me ajudou a ficar em pé, colocando os braços debaixo dos meus.

"U suspeito me bateu na cabeça com uma chave inglesa," ele explicou. "Agora me fale sobre você."

Respirei fundo quando outra dor me bateu e disse, "Estou tendo o seu bebê."

Ele sorriu.

"Geralmente, isso é o que o trabalho de parto geralmente indica", brincou ele enquanto me ajudava a sentar em uma cadeira de rodas que Lennox trouxe.

"Você tem toda a sala de emergência em um tumulto, mocinha," Lennox cantou enquanto segurava a cadeira para que eu me sentasse.

"Por quê?" Perguntei com preocupação.

O que eu tinha feito para justificar tal reação?

"Michael aqui deixou todos com medo dele. Algo que ele provou semanas atrás, quando disse a enfermeira que, sob nenhuma circunstância, ninguém, exceto seus pais, Dr. Mead ou eu tocaria em você quando entrasse em trabalho de parto sem ele estar no quarto. Sem mencionar que ele os ameaçou," Lennox riu. "Então adivinhe quem será o seu ajudante pessoal até que o Dr. Mead chegue!"

Lancei um olhar para o meu marido, mas ele deu de ombros como se não se importasse nenhum um pouco com o que todos pensavam dele.

"Por favor, ignore-o. Ele não vai incomodar ninguém," balancei a cabeça. "Além disso, estamos caminhando para a sala de parto de qualquer maneira. Então nunca veremos mesmo ninguém na sala de emergência. Como você conseguiu deixar o ER para isso? "

"Graças a Deus," Lennox disse enquanto andava comigo até os elevadores. "Tive alguma ajudar, porque o seu marido decidiu ter uma conversa com meu chefe. Ele concordou, por isso aqui estou! "

Acenei com a cabeça e fechei os olhos enquanto outra dor tomava conta de mim.

"Mais uma?" Michael perguntou, olhando para o relógio.

Concordei, sem fôlego para falar. "Sim."

"Um minuto e meio de intervalo. Peridural ou sem peridural?" Ele perguntou.

Fechei os olhos e tentei bloquear a dor... mas não consegui.

O que respondeu a pergunta que ele fez rapidamente.

Estivemos lutando sobre a questão peridural ou sem peridural durante meses, e eu lhe disse que eu teria que esperar e ver.

Ele insistiu em um plano de parto, e eu balancei a cabeça, dizendo-lhe que os bebês fazem o que querem. Não havia nenhuma lógica ou razão. A gravidez de nenhuma mulher era o mesma, e eu não poderia basear um nascimento que ainda não tinha acontecido em um palpite.

Agora, eu tinha certeza.

"Peridural," insisti com os dentes cerrados.

Senti como se meu útero estivesse tentando forçar seu caminho para fora da minha vagina.

Deus, doeu.

E eu tinha certeza que Michael estava tendo apenas uma criança, porque está porra dói.

"Um filho, Michael. É melhor você aproveitar esse,” informei a ele.

Ele sorriu. "Veremos."

“Não, não vamos. Realmente não vamos. Nunca serei capaz de esquecer como me sinto. É como se lâminas de barbear rasgassem o meu útero, e um par de alicates de ponta fina tentassem perfurar o meu órgão através da minha boc...” Michael bateu com a mão sobre a minha boca, quando as portas do elevador se abriram.

Eu estava gritando, e, aparentemente, ele não queria que eu gritasse ‘boceta’ para a população em geral.

Lennox não teve nenhum problema em ficar rindo, e como consequência, se esqueceu que deveria estar empurrando minha cadeira de rodas.

Michael, exasperado, assumiu o trabalho e empurrou-me para o posto de enfermagem, onde eles imediatamente nos deram um quarto.

"O que? Será que você os ameaçou também?" Perguntei com um olhar sobre meu ombro.

Michael sorriu. "Você nunca saberá."

Revirei os olhos.

O homem era incorrigível, e as vezes não conseguia se controlar.

"Você deixará que alguma das enfermeiras cuide de mim?" Perguntei secamente. "Você é horrível."

Michael me ajudou a subir na cama, assim que travou as rodas da cadeira de rodas, e eu suspirei de alívio em ter meus pés para cima.

"Sim, de fato ele é!" Hannah falou quando entrou na sala.

Revirei os olhos.

"Você sabe, é realmente, realmente muito estranho ter as mãos de sua irmã debaixo das suas saias."

Hannah sorriu. "Somos todos adultos aqui. Se você puder lidar com isso, eu posso lidar com isso."

Eu apenas balancei a cabeça. "Não tinha visto você neste andar ainda. Como soa perfeito você está neste turno hoje," falei secamente.

Hannah sorriu. "Na realidade, eu não deveria estar neste andar hoje. Mas estou programada para ele, por enquanto, até que você volte da licença de maternidade."

Ela me deu um olhar aguçado que dizia claramente que ela tinha conhecimento de onde eu estava hoje. Algo que eu disse a ela, mas não ao meu marido.

Corei.

Eu deveria supostamente estar em licença maternidade.

Mas quando Jasmine me implorou para continuar acompanhando-a quando recebi minha graduação, não pude dizer não.

Mesmo se isso significava que eu teria que fazer o parto do seu filho, enquanto estava eu mesma em trabalho de parto com a minha própria gravidez.

Michael não tinha percebido o que eu tinha feito, no entanto, desde que saí, enquanto ele estava no trabalho e convenientemente esqueci de dizer a ele.

"Isso é legal," eu disse, mudando de assunto.

"Certo, Hannah, verifique como ela está para que possamos ver onde estamos," Michael ordenou.

Hannah lhe lançou um olhar de reprovação. "Eu sei como fazer meu trabalho, rapaz."

Ele arqueou as sobrancelhas. "Você esteve conversando com Peek."

Hannah sorriu e ergueu sua blusa para revelar sua barriga para nós.

Ela fez uma tatuagem do nome de Reggie em seu osso ilíaco, escrito em negrito, com letras bonitas.

"Uau, isso é incrível," Lennox e eu falamos, ao mesmo tempo.

Michael sorriu. "Doeu, não foi? Eu lhe disse para não ir lá na sua primeira tatuagem."

Hannah deu de ombros. "Doeu como um filho da puta. Mas Peek me deu um tiro de Jack Daniel para me ajudar. E os manteve chegando, até que fosse concluído. Quando saí, eu mal podia ficar de pé. Tive que chamar um táxi para me levar para casa."

Ofeguei quando outra contração rasgou através de mim, trazendo a atenção de todos de volta para mim.

"Tudo bem, você sabe o que fazer," Hannah pegou uma camisola e jogou para Michael. "Ajude-a com isso, nós ficaremos atrás das cortinas. Deixe-nos saber quando estiver pronto... e o que diabos aconteceu com seu rosto?"

Tossi para encobrir meu riso.

Ela tinha acabado de notar somente agora, depois de estar no quarto com ele por dez minutos?

Michael ignorou e fechou as cortinas ele mesmo antes de caminhar até mim.

"Você está pronta para isso?" Ele perguntou suavemente, seus olhos contemplando os meus traços.

Acenei com a cabeça e ele começou a tirar minha camisa sobre a minha cabeça, seguido pelo meu sutiã esportivo.

Os olhos de Michael brilharam quando ele viu minha barriga inchada e os seios grandes, mas conseguiu ficar parado enquanto eu estava de pé, depois empurrou minhas calças de yoga sobre meus quadris, seguido de perto por minha calcinha.

Ofereci-lhe minhas mãos, e ele deslizou a camisola sobre o meu peito, cobrindo minha nudez sem contatos lascivos ou comentários.

Ele deve estar realmente com medo, pensei.

E estava com razão.

Eu estava com medo.

Realmente assustada.

Mas a coisa sobre Michael e eu era que nós dois passamos pelo inferno juntos, e saímos do outro lado.

Tivemos nossas cicatrizes.

Tivemos as nossas dúvidas.

Mas também tínhamos um ao outro, e enquanto eu o tivesse ao meu lado, poderíamos passar por qualquer coisa.

"Eu amo você, Mikey Mike," sussurrei, sabendo que tiraria um sorriso dele.

E ele não decepcionou.

Ele sorriu, os olhos brilhando. "Eu te amo mais, Nik."

"Impossível," sussurrei ferozmente.

"Nada é impossível quando se trata de você. Você me mostrou isso," disse ele, antes de pressionar os lábios macios contra os meus. "Você está pronta para isso?"

Acenei com a cabeça, tocando a atadura cobrindo o lado direito da sua testa. "Você já cuidou disso?" perguntei, sentindo outra dor chegando.

Ele assentiu. "Dez pontos."

Estremeci.

Não só porque isso era um monte de pontos, mas porque senti que essa criança estava tentando fazer seu caminho para fora da minha vagina como um pequeno Hulk.

"Peridural," insisti.

Ele sorriu e me ajudou a sentar antes de abrir as cortinas abertas.

Lennox e Hannah pararam a sua discussão, correndo até a minha cabeceira.

"Tudo bem, deite-se e me deixe sentir você."

Cobri meu rosto com a mão enquanto Hannah cobria as mãos com as luvas.

"Sente-se, tentarei fazer isso com cuidado.”

Soltei uma gargalhada quando me mexi até ficar de costas, movendo meu enorme corpo de baleia encalhada até que eu estava em posição, em seguida, abri lentamente as pernas.

Hannah não perdeu tempo fazendo a sua coisa, e eu estava grata.

"Você sabe," disse Lennox da sua posição na minha cabeça. "Nunca vi uma mulher grávida tão calma antes."

Eu não disse nada sobre isso.

Eu estava pirando, foda-se.

Michael, porém, não precisa isso de mim.

Eu tinha certeza que ele já estava nervoso o suficiente, e eu não queria que ele se arrependesse de ter um filho.

Ele não precisava de mais uma insegurança, e eu não daria isso a ele.

"Você se lembra o que eu faço para viver?" Ofeguei.

“Você está com seis centímetros e meio de dilatação. Está indo bem. Você ainda pode ter uma peridural, mas recomendo tomar essa decisão rapidamente,” disse Hannah, puxando a camisola e cobrindo meus joelhos.

Lennox sentou a cabeceira da cama, olhei para Michael e o vi olhando para a parede.

"O que é?" Perguntei a ele.

"Não posso te dizer o quão perturbador é ver os dedos de minha irmã na sua... você sabe," Michael me informou.

Eu sorri para ele.

"Você é melhor nisso, se isso te faz sentir melhor."

Ele fez um som de engasgos. "Repugnante."

Sorri enquanto Hannah jogava as luvas usadas no lixo e lavava as mãos. "Vou procurar o anestesista. Vamos acabar com a sua merda."

"Ela deveria estar falando assim?" Perguntei, os olhos fechados enquanto eu tentava respirar através de minha próxima contração. "Filho da puta, isso dói como uma cadela!"

O quarto permaneceu em silêncio por longos momentos, enquanto a minha pergunta e subsequente comentário ficou pendurado no ar.

"O quê?" Perguntei abrindo meus olhos para espreitar a reação de Michael.

Ele apenas sacudiu a cabeça. "Nada."

Lennox se ocupou em ligar o monitor, iniciou uma IV, tirou meu sangue, enquanto Michael e eu ficamos olhando para a tela, monitorando o meu progresso.

"Esse foi um dos grandes," Michael disse alguns minutos depois.

Eu resmunguei. Eu sabia o que era ‘um dos grandes.’

Simplesmente porque eu senti o filho da puta.

Mas tentei ser agradável sobre ele.

"Uh-huh," concordei, cansada.

Então, Michael e Lennox começaram a falar sobre o jargão médico que era muito avançado para o meu cérebro esgotado processar, então eu os ignorei e tentei dormir entre as minhas contrações.

Algo que percebi que não estava funcionando muito bem.

Especialmente porque duas das minhas pessoas favoritas no mundo, em circunstâncias normais, não calavam a boca.

"Vá embora," murmurei.

A conversa parou, e pedi ao meu marido para dar uma volta.

"Vá procurar a sua família e a minha. Deixe-os saber o que está acontecendo. E pare de falar sobre o meu corpo. É irritante," pedi.

Michael riu enquanto se inclinava e beijava minha testa. "Sim, senhora."

"Tudo bem, Nikki. Esta é Amy Jones, a enfermeira anestesista. Ela vai fazer a sua peridural. Este é Eddie Gonzales, ele é o anestesista que ela trabalha sob sua responsabilidade. Eles estão aqui para responder qualquer pergunta que você possa ter. Certo?"

Michael congelou em seu caminho para fora da porta, mas então comecei a ter outra contração.

"Saia para que ela possa fazer seu trabalho," pedi ao meu marido.

Os olhos de Amy seguiram o progresso de Michael, as sobrancelhas levantadas para ver a reação dele.

Michael escolheu corretamente, embora.

Ele ofereceu sua mão para os dois e disse, "Vou ligar para minha família," e saiu da sala.

"Eddie e Amy," disse Hannah. "Existe alguma coisa que vocês precisam de mim? Tenho outro paciente que está em fase final do parto.”

Amy balançou a cabeça quando Eddie olhou para ela. "Não, isso é tudo, obrigada."

Assim que Hannah deixou a sala senti Eddie se aproximando da minha cabeceira.

"Você está pronta para isto começar?" Ele perguntou provocativamente.

Eddie gostava de me provocar.

Nós trabalhamos bem juntos, trocamos farpas como dois irmãos em uma brincadeira de batalha no quintal.

Ele amava os Yankees, e eu era uma fã do Texas Rangers. O que causava choques de vez em quando.

"Bem, estou pronta para que você me provoque quanto me dá a Peridural," resmunguei, contraindo meus dedos quando a próxima dor me bateu. "Mas acho que como você é muito bom para mim, me contentarei com a Srta. Amy."

Amy não sorriu, mas Eddie sim.

"Tenho um seção de trigêmeos em cerca de quinze minutos. Sinto muito, mas ela é mais legal do que você é," ele admitiu abertamente.

Eu sorri. "Sim, isso é o que todos dizem."

Ele piscou. "Voltarei a falar com você mais tarde."

Concordei com a cabeça e o observei sair da sala.

Quando virei o meu rosto para Amy, fiquei imediatamente impressionada o quanto ela parecia diferente agora que Eddie estava fora do quarto.

Diferente como o Dr. Jekyll e Mr. Hyde.

"Você está bem?" Perguntei a ela, preocupada.

Ela foi até a porta e fechou-a lentamente.

"Você não precisa de uma enfermeira?" Perguntei. "E as suas coisas?"

Ela não respondeu enquanto fechava a cortina e voltava para mim, andando em minha direção com um novo propósito, o que deixou os meus instintos em alerta.

"Seu homem fodido," a mulher sussurrou para mim. "Ele foi bastante cauteloso pagando os médicos para que lhe dessem um pouco mais atenção, mas se esqueceu daquele que estava prestes a injetar todos os tipos de drogas em sua coluna vertebral."

Olhei para o nome dela no crachá e percebi com uma sensação de pânico, que ela tinha o mesmo sobrenome do Dr. Jones.

Seu nome era Amy Jones.

Esposa ou filha?

Eu não poderia dizer.

E por que eu nunca tinha visto antes?

Trabalhei neste andar, e tinha como uma espécie de regra conhecer todo mundo, pelo fato de ser parteira. Era muito bom conhecer os meus colegas.

"Você quer dizer a minha Peridural?" Perguntei preocupada.

Minhas mãos estavam suadas, e minhas coxas começaram a tremer quando comecei a me preparar para me lançar da cama.

Porém antes que eu pudesse, Amy Jones tirou uma arma.

"Não se mova," ela sibilou. "Eu realmente não preciso de sua cooperação. Acho que farei isso de maneira rápida."

Meu corpo congelou.

"Há oxigénio nesta sala, para não mencionar que o meu marido está do lado de fora," tentei argumentar com ela. "Certamente você sabe que você nunca sairá dessa ilesa."

Ela encolheu os ombros.

"Eu realmente não me importo. Agora eu só sei que você precisa ir embora, assim como ele, antes que eu me vá. Você será o meu último casal. Como se sente?" Ela disse calmamente, trazendo os tubos de IV que estava na minha mão direita até seu estômago.

Vi a seringa em sua mão, e sabia que ela estava prestes a me dar alguma coisa.

Que foi por isso que puxei minha mão para o lado de maneira rápida e dura, rasgando a fita, cabelo e pele conforme removia à força o cateter da minha veia.

Ela olhou para mim com desaprovação e balançou a arma em minha direção para dar ênfase.

"Eu lhe disse para não se mexer!" Ela sussurrou com força.

Coloquei-me em movimento.

Não consegui me segurar.

Não estava em mim deitar e esperar o que estava por vir.

"Ei, tenho notícias do Dr. Mead. Ele estará aqui em apenas alguns minutos. Ele foi parado por um trem em 18..." A voz de Lennox sumiu quando ela percebeu a situação em que ela entrou.

Ela olhou para mim, depois de volta para Amy antes de levantar as mãos acima da sua cabeça. "Não atire nela."

Amy manteve a arma apontada para mim, mas estava olhando para Lennox, e foi por isso que ela não me viu aproximar do cabo de emergência para ‘código azul' e puxá-lo da parede.

O alarme no meu quarto começou a soar.

E as pessoas entraram correndo.

Enfermeiros, médicos, técnicos. Michael.

A quantidade enorme de pessoas que entrou no quarto sobrecarregou Amy, que foi mais inteligente e afastou a arma antes que alguém pudesse vê-la.

Os olhos de Michael caíram sobre mim, e eu comecei a gritar.

"Ela tem uma arma!"

Amy foi rápida, no entanto.

Usando a comoção a seu favor, ela correu, contornando várias enfermeiras que estavam de pé, atordoadas.

Michael, porém, não estava atordoado.

Longe disso.

Ele a seguiu pela porta quase tão rapidamente quanto ela saiu.

Lennox se aproximou de mim, colocando uma toalha sobre ferida na minha mão que só agora percebi que estava derramando sangue no chão.

"Você está uma bagunça," ela sussurrou suavemente.

Um soluço ficou preso na minha garganta, e a dor que de alguma forma fui capaz de ignorar nesta confusão toda, me atingiu de novo dez vezes mais forte.

"Deus," falei enquanto caía.

Lennox me pegou e me moveu para a cama, e fui de bom grado.

"Sua mão está uma bagunça," disse ela, com os olhos conferindo a ferida.

Concordei com a cabeça. "Sim."

"Eu deveria ter feito o que Michael queria e não ter pedido a Peridural. Então nós não estaríamos nesta confusão agora," falei, preocupada.

Lennox começou a limpar a minha mão com um algodão embebido em álcool.

O que era ridículo, pois eu precisava de muito mais do que uma compressa embebida em álcool para limpar essa bagunça. Talvez uma toalha ou algo assim.

Então esqueci tudo sobre essa bagunça que eu tinha feito e passei a me concentrar no turbilhão que estava acontecendo entre as minhas pernas.

Queimou, mas não doeu em qualquer lugar tão forte quanto em determinada parte do meu corpo.

“Sinto que preciso empurrar," falei preocupada alguns segundos depois.

Lennox olhou nos meus olhos.

"O seu médico ainda não está aqui," ela falou, preocupada.

Fechei os olhos.

"Tudo bem," Hannah gritou. "Isto não é uma exposição. Todos para fora."

"Mas essa psicopata tem uma arma!" Uma enfermeira respondeu alarmada.

Eu queria revirar os olhos.

Eu estava preocupada se de repente eu fizesse um grande movimento e o bebê cairia para fora da minha vagina.

"Eu realmente... realmente preciso empurrar," pedi insistentemente, jogando longe os cobertores que Lennox tinha acabado de colocar nas minhas pernas. "Ou recue e pegue esse bebê, porque ele está prestes a acontecer."

Hannah enxotou o resto das pessoas e Lennox olhou para mim com olhos preocupados.

"Nunca fiz o parto de um bebê antes," Lennox disse impotente.

"Ela está sob a custódia da polícia," Michael rosnou, abrindo a porta e batendo-a atrás dele. Levou alguns momentos, mas não muito, antes dele perceber que a minha vagina estava a vista, para todo mundo ver. "O que?"

Apontei para baixo. "Seu bebê quer nascer."

Ele balançou sua cabeça. "Dr. Mead ainda não está aqui."

Se eu pudesse, teria batido nele.

"Bem, você diga isso para o garoto!" Gritei.

Os olhos de Michael se arregalaram quando ele viu algo entre as minhas pernas, e eu levei minha mão para baixo entre as minhas pernas e senti algo que definitivamente não estava lá antes.

"Eu estou coroando," falei para os três.

Desejei ter uma câmera para capturar os olhares no rosto dos três.

"Um de vocês precisa vir aqui e receber essa criança, ou vocês precisam ir buscar um médico. Agora," ordenei.

Ainda assim, nenhum deles se moveu.

Um médico. Uma PA. E uma enfermeira.

E todos os três olharam para mim com rostos inexpressivos.

Eu não posso acreditar que estou tendo que fazer isso tudo sozinha!

Meu corpo começou a fazer exatamente o que foi criado para fazer, e logo eu não podia fazer mais nada, só empurrar e esperar que eles começassem a se mexer.

Porque sério, isso fodidamente dói!

"Ahhh! Michael, tire a porra da sua cabeça do rabo e pegue essa criança!" Gritei.

Michael finalmente acordou e colocou o seu boné de médico em... ou pelo menos em pensamento de qualquer maneira.

Ele se aproximou e se colocou entre as minhas pernas, e então fez a pergunta mais estúpida da fase da terra naquele momento.

"Devo colocar luvas?"

Eu o teria chutado se não estivesse segurando às minhas pernas.

Em vez disso, fechei os olhos, empurrei, sonhando acordada com o nosso pequeno filho fora da minha vagina.

Que parecia bom na teoria, mas provavelmente não é bom vida real.

Minha mente não me importava naquele momento.

"Como é que ninguém esperou que sua família chegasse... Ahhh! Meus olhos!" Nico gritou, cobrindo seus olhos depois que deu uma boa olhada na minha vagina.

Eu ficaria envergonhada... mais tarde.

Agora, eu só poderia reunir a capacidade de cuidar, no entanto.

“Saia do caminho, hijo. Eu tenho que entrar aí!” Minha mãe gritou.

Eu também não olhei para ela.

Eu não podia.

Meus olhos estavam em Michael enquanto ele fazia coisas entre as minhas pernas que eu esperava que ele pudesse esquecer mais tarde.

Então juro para você, ele enfiou a mão na minha vagina e eu vi estrelas... e não do tipo bom.

“Owww”! Que porra é essa, Michael!” Gritei.

"O cordão estava em torno de seu pescoço," ele retumbou suavemente. "Tudo está bem agora. Empurre novamente quando você sentir a próxima contração."

Empurrei novamente na próxima contração. Mas não porque ele pediu. Porque eu precisava. Meu corpo não me deixou não fazê-lo.

"Owww, ow, ow, ow, ow," eu repetia sem parar.

"Por favor, cresça Nico?" Georgia falou, empurrando-o para fora, onde ele ainda estava cobrindo os olhos e virado em sentido oposto da minha 'grande' vagina.

Georgia veio para o meu lado e empurrou meu cabelo para trás do meu rosto. "Você está indo bem, está quase pronto," ela me acalmou.

Acenei com a cabeça, ofegante, quando a pior dor tomou conta de mim.

"Foda-se!"

"Linguagem, hija," minha mãe advertiu do meu outro lado.

Quando ela tinha chegado lá?

"Cabeça fora," Hannah e Lennox disseram ao mesmo tempo, de pé no final da cama e olhando para a criança que estava tentando sair, mas estava sendo incrivelmente lento. "Sua bolsa com o líquido amniótico ainda está intacta."

Então, de repente, com um grande alívio, nosso bebê deslizou para fora.

Michael fez um gancho com o dedo e rompeu a bolsa, e de repente pude ouvir meu bebê, que não estava muito infeliz sendo forçado a sair de sua confortável casa morna.

Por seu pai, nada menos.

"Tudo bem, Nikki! Vamos colocar esse bebê no mundo! Filho, saia do caminho!" Dr. Mead ordenou para Nico.

Quando Nico se moveu, porém, ele parou. "Bem, eu não esperava isso! Não para o seu primeiro filho, pelo menos!"

Eu sorri.

O que mais eu poderia fazer?

"Nunca vi isso antes," disse Hannah em admiração.

"Nem eu," Lennox concordou.

"Oh, meu Deus, ela é linda!" Georgia gritou baixinho ao meu lado.

"Posso olhar agora?" Nico gemeu.

"Tudo bem, vamos começar a cuidar desta placenta agora. Papai, você vai cortar o cordão?” Dr. Mead perguntou jovialmente.

Tirei os olhos de nossa filha e olhei para Michael, que estava olhando para ela com admiração.

"Sim, acho que vou," ele murmurou.

Lennox entregou-lhe os grampos para prender o cordão e, em seguida, um par de tesouras, assim que ele terminou.

Então, com o maior cuidado, ele levou a nossa menina para o aquecedor, onde uma equipe de enfermeiras já estava esperando por ela.

Observei-os juntos e me senti tão feliz que eu poderia gritar.

Após a retirada da placenta, esperei que eles me trouxessem o bebê.

Mas continuei esperando, esperando e esperando.

Pude perceber todos eles olhando para mim com preocupação, então de volta para o bebê.

Michael estava ocupado lavando-se na pia, então ele não viu o que estava acontecendo, mas eu sabia imediatamente que algo estava errado.

"O que há de errado com ela?" Perguntei com urgência. "Diga-me!"

As enfermeiras se entreolharam, e uma delas, Lucille, parou, pegou a minha filha e a transportou confortavelmente em seus braços.

Ela trouxe-a para mim, e eu a peguei, puxando-a para os meus braços como se tivessem levado o presente mais precioso para longe de mim, sem planos de devolvê-la.

No momento em que ela estava em meus braços, me senti em paz.

Ela era absolutamente perfeita.

Cabelo castanho escuro como o meu. Bochechas como as de Michael. Dedos longos de Michael. E o queixo em forma de coração como o meu.

Em seguida, ela abriu os olhos, e eu soube imediatamente que algo estava errado.

Porque toda a íris do seu olho estava coberta com uma película branca, leitosa e circular. Em ambos os olhos.

"O que há de errado com ela?" Chorei, olhando para o Michael pedindo ajuda.

Ele franziu o cenho e se aproximou, os olhos em nosso bebê, e imediatamente fez uma careta.

"Parece que é uma catarata," disse ele, passando o polegar sobre a bochecha do bebê amorosamente.

Seus olhos encontraram os meus e eles nunca pareceram mais sérios.

"Ela está bem", disse ele suavemente.

"Catarata não é bom!" Chorei. "Não está nada bem!"

O meu tom de voz elevada fez o bebê se irritar porque ela começou a chorar.

Michael imediatamente estendeu a mão e a pegou dos meus braços, e eu senti a perda como um soco no peito.

Michael trouxe o bebê até o peito e a embalou, roçando seu nariz ao longo do topo de sua cabeça enquanto suspirava.

"Olhe para mim, Nikki," ele ordenou.

Tirei meus olhos de onde sua mão segurando-a sob sua parte inferior, e olhei para ele.

Ele não parecia preocupado.

Nem um pouco.

E isso era o que eu precisava para finalmente ganhar algum controle.

"O que vamos fazer?" Perguntei em voz baixa.

Ele se inclinou e sentou-se ao lado da minha cama, passando a mão ao longo da minha bochecha.

“Deixaremos o pediatra dar uma olhada nela. Conversaremos com o meu pai. Minha mãe. Mas fazerem com todos juntos. Porque não podemos fazer nada menos que isso," ele sussurrou.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, e eu olhei para as minhas mãos. Vendo-as tremendo, respirei fundo e disse, "Eu te amo Michael. Desculpe-me por me apavorar."

Ele me puxou para o seu peito, e minha cabeça descansou ao lado de todo o comprimento do seu corpo, e eu só sabia que tudo ficaria bem.

Porque você pergunta?

Porque Michael disse que sim, é por isso.

 

***


Quatro horas mais tarde


"Então você está dizendo que ela precisará se submeter a uma cirurgia dentro dos primeiros três meses de sua vida," perguntei para o pediatra que eu meticulosamente havia escolhido dentre muitos na área do leste de Texas.

Ele assentiu. "Ter os cuidados é imperativo. Se não o fizer, pode se tornar maligno. Pode ficar do mesmo jeito. Ou pode significar que ela ficará cega para o resto de sua vida. E esta é uma correção fácil. É relativamente indolor, mas é algo que ela precisará ser anestesiada. Que é sempre um risco."

Fechei os olhos enquanto as lágrimas começaram a se formar.

"Obrigado, Dr. Rush," Michael disse, oferecendo sua mão. "Vamos nos encontrar com o médico em Dallas na próxima terça-feira, como você disse. Nós realmente apreciamos você ter saído para vê-la em seu dia de folga."

Sorri através das minhas lágrimas.

Isso foi muito agradável do Dr. Rush.

A maioria dos médicos não fazem coisas desse tipo.

Que foi por isso que eu tinha escolhido Dr. Rush, em primeiro lugar.

Trazendo meus joelhos até meu peito, virei Carolina até que ela estava descansando em minhas pernas erguidas, e olhei para ela.

Ela era tão linda.

E perfeita.

E quebrou meu coração que ela tinha que fazer essa cirurgia em uma idade tão jovem.

Mas eu não precisava me preocupar com isso agora.

Eu tinha cinco dias inteiros com minha pequena beleza, até que tivemos que ver esse médico em Dallas com ela, e eu iria amá-la com tanta força!

Michael colocou os braços em volta de mim e me abraçou contra o peito, pressionando os lábios contra a minha bochecha.

"Estou indo para casa trocar de roupa," ele falou suavemente. "E trarei a sua bolsa para que possamos ter a minha princesa vestida. Qualquer coisa que você precisa enquanto estou fora?"

Balancei minha cabeça. "Não. A não ser que você queira me pegar o número um do Whataburger13."

Ele se inclinou para trás e me deu um sorriso.

"Acho que posso lidar com isso," ele brincou.

Beijando-me mais uma vez, ele moveu os lábios para a nossa menina e os roçou sobre seu cabelo.

"As duas melhores coisas que já aconteceram para mim," ele sussurrou, em seguida, saiu do quarto sem dizer mais nada.

Pegando meu telefone, comecei a tirar algumas centenas de imagens da minha pequena beleza quando uma batida soou na porta.

Olhei para cima e sorri.

Porque na porta estava Wolfgang, ou o lobo, como eu gostava de chamá-lo, e o bebê Nathan. Embora o bebê Nathan não fosse mais um bebê. Ele era uma criança que estava cheia de interesse e amor por todas as coisas peludas.

"Wolf," eu disse suavemente, sorrindo para ele quando abriu a porta. "Entre, entre."

Wolf sorriu. "Eu teria esperado para vir vê-la, mas tenho que estar no trabalho daqui a duas horas, e eu não sabia se conseguiria vê-la antes de você sair. Como você está?"

Ele sorriu quando ele olhou para o bebê no meu colo.

"Ele fez bem," ele murmurou, um tom de dor profunda em sua voz.

Seu próprio filho teria feito seis meses apenas algumas semanas atrás.

"Você gostaria de segurá-la, Wolf?" Perguntei suavemente.

Ele engoliu em seco e olhou nos meus olhos. "Sim, se estiver tudo bem."

Estendi minhas mãos para Nathan, e ele o entregou a mim. Nathan imediatamente passou os braços gordinhos volta do meu pescoço.

"Pegue-a," eu disse suavemente.

Wolf se aproximou e pegou Carolina com mãos experientes.

"Ela é linda," ele exclamou, embalando Carolina em seu peito.

"Ela é," concordei, desviando-me do olhar devastado no rosto de Wolf.

"Como você está, Nathan?"

Nathan me ofereceu um sorriso babado enquanto brincava com o meu cabelo.

"Peixe," ele balbuciou.

"Peixe?" Perguntei.

"Essa é a sua nova palavra favorita," explicou Wolf. "Isso e copo. Parece que ele só diz o que ele quer".

Sorri lembrado que com os gêmeos de Nico também assim.

"Como vai o seu trabalho?" Perguntei suavemente.

Wolf olhou sem tirar os olhos de Carolina.

"Muito mais difícil do que pensei que seria," ele murmurou. "Acho que sinto falta do Nathan quando estou lá."

Eu sorri.

Isso tende a acontecer quando você tem filhos.

Eu tinha testemunhado isso com toda a equipe da SWAT, como essa tarde.

Todos queriam chegar em casa para seus filhos e esposas.

Todos tinham ido das cervejas no bar com os amigos para 'precisamos sair as oito para colocar as crianças na cama.'

Embora, foi agradável ver todos estes bad-boys reformados virarem homens de família.

Era assim que deveria ser.

"Você gosta do novo prefeito de Uncertain?" Perguntei. "Michael disse que vocês receberam um xerife e um prefeito no mesmo dia. Ele disse que foi meio louco.”

Wolf concordou. "Tem sido sim. Vai levar algum tempo para as coisas se resolverem."

Não fiquei surpresa.

Texas era um verdadeiro estado republicano e ter dois funcionários democratas em altas posições na cidade estava realmente causando muito rebuliço. Eu ainda estava surpresa que isso tivesse realmente acontecido.

"Copo?" Perguntou Nathan, tocando meu rosto.

Olhei para ele e sorri. "Eu não tenho o seu copo, garotão."

Nathan franziu a testa, e meus olhos foram atraídos para a cicatriz quase imperceptível em sua testa.

Ele recebeu a cirurgia plástica na cabeça cerca de oito semanas após sua entrada no hospital. Em seguida, mais quatro reconstruções foram feitas.

E eles tinham feito um trabalho maravilhoso. Tão maravilhoso, de fato, que só se sabe que algo tinha acontecido quando ele franzia a testa ou chorava.

Wolf se levantou, chamando minha atenção para ele.

Ele realmente era um grande homem.

Hoje ele estava vestido com sua jaqueta de couro que eu nunca o vi sem ela.

Ele sofreu danos extensos na parte de trás da cabeça e pescoço, o que o fez deixar o cabelo crescer mais longo do que eu já tinha visto em qualquer oficial da polícia.


Ele usava a jaqueta de couro para cobrir as cicatrizes nas costas e pescoço.

Outra coisa que fiquei sabendo por Michael.

Eu nunca tinha visto, mas quebrou meu coração saber porque ele usava.

"Tenho que ir," ele disse. "Eu só queria vê-las e saber que estava tudo bem."

Então, ele tinha ouvido.

"Não faça nada, Wolf," eu repreendi.

Seus olhos olharam para os meus, e eu pude ver a determinação neles.

"Vamos ver."

Ele colocou Carolina em meus braços e estendeu a mão para Nathan. "Não posso prometer nada, no entanto."

Olhei para o rosto doce da minha menina assim que ele saiu da sala, e cheguei a uma decisão.

Eu faria tudo ao meu alcance para ajudar esse homem a ser feliz. Mesmo se eu tivesse que jogar uma das minhas irmãs para ele.

Elas eram espertas.

"Você e eu o levarmos até lá, menina," eu disse, correndo meu dedo pela ponta de seu nariz. Ela se mexeu, e meu coração se encheu com um pouco mais de alegria.

Eu estava tão feliz que eu poderia gritar.

Eu tinha o homem que eu amava com todo meu coração.

Um bebê com esse homem.

E uma vida que eu amava.

E em poucos meses, quando a cirurgia de Carolina fosse feita, eu estaria completa.

Eu não poderia pedir mais nada.


EPÍLOGO


Senti sua falta. Vamos fazer sexo. Muito.

Pensamentos secretos de Michael.


Michael


"Você não abaixou o assento do vaso de novo," Nikki resmungou de sua posição curvada.

Ela estava enchendo a máquina de lavar louça e eu estremeci.

Eu deveria ter feito isso na noite passada. Ela pediu um milhão de vezes, e eu simplesmente esqueci.

Porra.

"E você esqueceu de tirar o lixo de novo," ela continuou.

Suspirei.

A mulher era uma bagunça.

Eu não me queixo sobre a sua incapacidade de colocar as coisas para fora.

Como a jarra de chá. Eu odeio beber chá quente.

E eu não gosto da maneira como o gelo o resfria.

No entanto, ela fez mais do que um esforço para deixá-los como eu gosto?

Não.

Então eu bebo meu chá com gelo agora, porque era inevitável ela se esquecer de colocá-lo para gelar.

E nem sequer me fale sobre a maquiagem, produtos de cabelo, secador, e Deus sabe mais o quê.

A primeira coisa na nossa programação de reforma seria uma pia dupla, para ela e para mim, porque eu não posso te dizer quantas vezes desejei que eu não tivesse que arrumar merda no balcão ao fazer minha barba ou escovar os dentes.

Eu não lhe disse nada disso, embora.

Nós tínhamos aprendido, ao longo dos últimos quatro anos, como escolher nossas batalhas.

"Eu não posso consertar o encanamento porque você comprou uma extremidade macho, e eu preciso de uma extremidade fêmea." Eu disse.

"O que você quer dizer? Qual é a diferença? " Perguntou Nikki, virando-se para me estudar.

Eu estava completamente sujo.

Estive sob a casa, consertando o encanamento que tinha fodidamente decidido entrar em combustão na noite passada.

E ela esteve me incomodando por toda a manhã para consertá-lo para que pudesse ter água corrente para a festa que estávamos dando para Madden.

Madden não tinha uma vida fácil.

Ele teve que lutar muitas batalhas, mas ele saiu por cima.

Depois que os filhos de Madden receberam alta do hospital, os três foram para um lar adotivo com Dean e Joslin, entre todas as pessoas.

Depois que o pedido de esperma do seu irmão fracassou, Joslin finalmente desistiu de ter um filho com Dean.

De fato, ela desistiu de muitas coisas.

Principalmente dos pênis de outros homens.

E com essa nova atitude na vida, Joslin se transformou em uma pessoa um pouco decente.

Joslin e Dean adotaram não apenas os dois filhos de Madden, Sophia e Tawny, mas também o próprio Madden.

Eles tinham dado Madden à oportunidade de ser apenas uma criança, ajudando-o criar seus filhos.

E a partir de hoje à tarde, ele era oficialmente um graduado do ensino médio.

"Michael, você está me ouvindo?" Nikki gritou.

Minha sobrancelha se levantou. "Sim, estou te ouvindo. Mas você não está dizendo nada que eu já não tenha lhe explicado. Cinco vezes, na verdade."

Ela estreitou os olhos para mim.

"Bem, então, talvez você deva me iluminar ... mais uma vez."

Eu sorri para ela.

"Você precisa de uma lição de anatomia?" Esclareci.

Ela me olhou com cautela.

"Não. Eu preciso que você me explique como peças de encanamento tem extremidades masculinos e femininas. "

Eu a carreguei e coloquei sobre o balcão, meu corpo suado recostando-se contra o dela.

Nikki tinha ganhado um pouco de peso nos últimos quatro anos, mas um pouco de peso que eu amo.

Na verdade, eu estava fodidamente em êxtase por ter um pouco mais dela para agarrar enquanto eu a fodia.

Algo que eu estava prestes a provar durante a lição de anatomia que eu estava prestes a dar a ela.

"A extremidade feminina," eu disse, apertando as mãos contra ela. "É mais ampla. Ela permite que a extremidade macho se ajuste perfeitamente em seu interior."

Pontuei este comentário pressionando minha ereção em seu quadril.

Ela ofegou e seus olhos se arregalaram.

"Você ... você não disse isso quando perguntei," ela gaguejou.

Inclinei-me sobre ela e liguei a água, pegando a garrafa de sabão e lavando minhas mãos por atrás das suas costas.

Ela lambeu os lábios, e eu sabia que ela tinha conhecimento do que eu estava prestes a fazer.

"As crianças estão prestes a acordar," ela hesitou quando fechei a torneira parando o fluxo de água, assim que terminei.

Eu sorri.

Minhas mãos foram para seus lados, e eu as corri por debaixo de sua camisa, empurrando-a para cima, retirando-a sobre a sua cabeça em um movimento fluido.

Seus cabelos caíram do coque que ela tinha feito em cima de sua cabeça, com um lápis, entre todas as coisas, e escorreram por suas costas e sobre os ombros.

Do jeito que eu gosto.

Não me incomodei em retirar o sutiã.

Isso demoraria muito.

Eu sabia que as crianças estavam prestes a acordar.

Eles nos davam umas duas horas, no máximo, e já tinham se passado uma hora e quarenta e cinco minutos.

A próxima coisa a sair foram as calças, calcinhas indo junto por conveniência.

"Michael," ela disse sem fôlego quando a virei e pressionei sobre a pia.

Ela agarrou a torneira, olhando para trás por cima do ombro quando abri minha calça.

"Sim, querida?" Perguntei puxando meu pau endurecido de seus limites, correndo o comprimento pelos lábios de sua boceta.

Ela ofegou e pressionou contra mim, ajudando-me a cobrir meu pau com sua excitação quando involuntariamente empurrou seus quadris.

"Veja, para consertar esse encanamento," eu disse, pressionando meu pau lubrificado contra sua entrada e empurrando. "Preciso de um macho de três polegadas. E de uma extremidade fêmea. Para obter o máximo das duas extremidades, uma não pode ficar sem a outra."

Eu poderia dizer que ela queria rir, mas estava muito ocupada gemendo quando meu pau a encheu completamente.

Meus olhos cruzaram com os dela quando ela se apoiou em mim.

"Menos conversa, mais velocidade. Estamos ficando sem tempo," ela ofegou.

Eu concordei.

Pegando o ritmo, agarrei o seu quadril e comecei a me mover dentro e fora dela.

Empurrei mais e mais rápido.

Cada vez mais forte que o anterior.

Nós trabalhamos bem juntos.

Ela sabia do que eu gostava, e eu sabia o ângulo certo que a deixaria como um foguete de garrafa.

Movendo minha mão entre o balcão e seus quadris, achei o broto de seu clitóris e comecei a circunda-lo quando aumentei minha velocidade.

"Michael," ela gemeu. "Sim!"

Apertei os meus dentes e fechei os olhos quando senti sua vagina começar a convulsionar em torno do meu pau, ou seja, eu estava quase gozando.

Ela fez isso comigo, no entanto.

Derrubou-me e me elevou novamente.

Rosnei quando minha liberação me bateu.

Calor veio derramando do meu pau e espirrou em seu interior, cobrindo nós dois igualmente, enquanto eu trabalhava dentro dela, até os últimos restos de meu orgasmo sair.

Então, na hora certa, ouvi os sons de Clayton quando ele começou a gritar a plenos pulmões por ter sido deixado sozinho.

"Merda," rosnei, estendendo a mão para puxar a toalha do suporte, onde Nikki insistiu em pendurá-lo.

"Não, minhas toalhas boas!" Ela chorou.

Mas era tarde demais.

Eu já tinha puxado e colocado a toalha em sua entrada para pegar minha liberação antes que ela pudesse protestar.

"Droga, Michael," ela resmungou, segurando a toalha entre as pernas, ofegante.

Levantei minhas mãos. "Então agora que você sabe o que eu preciso," falei, abotoando minhas calças. "Que tal você ... porra."

O meu pager tocou, e eu olhei para ele sobre a mesa, em seguida, de volta para Nikki.

"Droga!" Ela chorou quando caminhei até ele.

Estremecendo, olhei para a leitura e suspirei.

"Tenho certeza que o resto das mulheres poderá vir ajudá-la. Apenas lembre-se de não deixar correr água no banheiro principal" pedi, enquanto comecei a caminhar para o nosso quarto.

Nikki me seguiu, momentos depois, com Clayton em seu quadril e uma dureza em seus olhos.

"O que faremos se precisarmos lavar as mãos?" Ela perguntou.

Levantei uma sobrancelha para ela.

"Lave-as na cozinha. Coloque uma das dezoito milhões de garrafas de merda antibacteriana que você tem em cada superfície dessa casa. Eu não sei," eu disse, calçando minhas botas.

Ela suspirou.

"É melhor você estar aqui as oito ou vou chutar o seu traseiro," ela rosnou com raiva fingida.

Eu sabia que ela não estava louca.

Ela sabia no que estava se metendo quando se casou comigo. Ela sabia que a equipe da SWAT era uma grande parte da minha vida. E ela aceitou ... e a mim.

"Eu amo você, baby," eu disse, beijando-a suavemente na bochecha.

Ela sorriu. "Eu também te amo."

Com um último beijo na cabeça de Clay, corri para fora da casa, e encontrei meu pai e minha mãe que traziam Carolina.

"Ei," acenei, virando e seguindo para minha caminhonete.

Todos eles acenaram, e olhos azuis de Carolina me seguiram.

"Papai, onde você está indo? Eu queria te mostrar o meu gato novo! "Carolina levantou um gato de pelúcia com uma cauda enorme e macia.

Estava em uma caixa que dava para ver claramente que era da Build-A-Bear14.

Estreitei meus para os meus pais. "Nikki irá matá-los." Eles sorriram impertinentes.

Revirando os olhos, soprei um beijo para a minha menina dizendo, "Papai tem que ir trabalhar."

Ela fez beicinho, mas me mandou um beijo, no entanto.

Assim como sua mãe, ela sabia quando o papai tinha que sair para 'ir salvar vidas.

"Cuide das minhas meninas, pop," ordenei ao meu pai.

Ele piscou e ajudou minha mãe a sair do carro. "Vá meu filho. Eu o verei esta noite."


Cheguei na estação vinte minutos depois, a tempo de ver Luke e Bennett saindo de suas caminhonetes.

Encontrei com eles na porta da estação.

"O que nós temos?" Perguntei a eles.

"A cidade toda em um grande foda-se, isso sim."

Maravilhoso.

 

***


Nikki


"Mamãe, eu tenho um gato!" Carol falou no segundo que entrou pela porta da frente.

Sorri e entreguei Clay para Elizabeth e peguei Carolina no colo.

Sorri, olhando para seu novo gato.

Oh, sim," eu disse, olhando para seus olhos azuis claros, como cristal. Toda vez que eu os vejo de perto o meu coração fica apertado.

Carol nasceu com catarata, que foi removida de seus olhos quando ela tinha exatamente um mês de vida, e foi à experiência mais aterrorizante da minha vida.

Ela passou muito bem pela cirurgia, mas o horror de ver meu bebê ser levado para longe de mim foi uma tortura.

Agora, porém, ela era saudável e feliz.

E os olhos exatamente como os de Michael, com certeza tinha uma maneira de fazer meu coração derreter.

Todas as vezes.

"Sim, Grammy e Poppop gastaram cem dólares com ela. Eles disseram para que eu fosse boa com ela e a tratasse bem, porque essa foi a última vez que me levaram lá," Carol continuou.

Sorri e pisquei para ‘Poppop.'

Eles eram como dois otários.

Eu sabia, é claro, no momento em que me falaram que estavam levando Carol para o Boardwalk, que estavam me dando um toque.

Carol era minha filha.

Ela poderia comprar até cair, e fazia diariamente.

Ela poderia falar de qualquer pessoa, e qualquer coisa, e era por isso que seu quarto estava cheio de todos os tipos de brinquedos, roupas e merdas que ela não precisava.

“Ei! Solte o meu gatinho!” Carol gritou quando Clay pegou o gatinho e não o soltou.

"Carol," falei com firmeza. "Clay é apenas um bebê. Você não pode puxar as coisas de sua mão assim. Você pode machucá-lo."

Carol mostrou a língua para o irmão, que tinha oito meses de idade por isso o efeito foi perdido, e então cruzou os braços.

Eu sorri e olhei para as minhas mãos.

Ela parecia tanto com Michael quando fazia aquilo que eu mal podia suportar.

"Se vocês não se importarem de cuidar deles tenho que ir até a Lowe ... novamente ... e pegar um acoplamento para o encanamento debaixo da casa. E pegar o bolo,” eu disse, tentando corajosamente não corar e falhando miseravelmente.

"Tudo bem, querida. Não se esqueça de pegar aquela receita que você me pediu," disse Manuelo.

O sangue congelou em minhas veias congelou.

Filho da puta!

Merda!

Porra!

"Certo," falei com voz trêmula, caminhando para a mesa da frente e segurando minhas chaves em um punho apertado.

Eu estava fora do carro quando consegui puxar calmamente o meu telefone, abri a porta do meu Tahoe, e deslizar para dentro.

Quando liguei a caminhonete e comecei a dar marcha ré para sair da garagem, liguei imediatamente para Michael.

Ele não respondeu, é claro.

Eu não esperava que o fizesse.

Mas eu queria o seu correio de voz de qualquer maneira.

Este é Michael, deixe uma mensagem.

"Michael," eu disse calmamente. "Se você conseguiu me engravidar hoje de novo, eu vou te matar," Rosnei, em seguida, bati no botão do telefone no meu volante.

Isso era ineficaz, mas, no entanto, me fez sentir melhor.

Minhas pílulas anticoncepcionais tinha acabado há duas semanas, e tinha esquecido completamente até ontem que eu não tinha tomado.

Michael e eu vivemos ocupados.

Nós dois trabalhamos em horários realmente estranhos, portanto, na chance que tivemos de fazer amor, nas últimas duas semanas, eu tinha forçado Michael a usar um preservativo.

Algo que ele absolutamente detestava fazer.

Hoje, porém, eu tinha esquecido completamente.

E eu sabia, como tinha acontecido com Clayton, que ele tinha acabado de me engravidar.

Havia algo sobre Michael e suas malditas más intenções que me faziam perder a cabeça. Esqueci que não queria engravidar.

Mas Michael estava com aquele ‘pau mágico’, como meus adoráveis amigos gostavam de chamá-lo, e todas as minhas inibições voaram pela janela.

E com ele foi a minha capacidade de pensar.

Merda.

 

***


Quatro horas mais tarde, com toda a minha família e amigos em torno de mim, percebi que talvez outra criança não fosse tão ruim, afinal.

Especialmente com o quarto bebê da Geórgia e Nico em meus braços.

"Ele é simplesmente a coisa mais doce que eu já vi!"

Eu disse, esfregando o nariz ao longo da cabeça de Heath. Heath tinha duas semanas de idade, e era a própria definição de seu pai.

"Você fez bem, irmão mais velho," eu disse, sorrindo para Nico.

Nico piscou. "Eu sei."

"E tão humilde," Georgia riu.

"Nico, humilde?" Downy perguntou depois de tomar um gole de cerveja.

O grupo inteiro riu.Olhei em volta para minha grande família. Eles estavam todos lá.

Lucas e Reese com seus três filhos.

Nico e Georgia com seus quatro filhos.

Downy e Memphis com seus dois filhos.

Miller e Mercy, com os seus três filhos.

Foster e Blake com seus dois filhos.

Bennett e Lennox com os seus dois filhos.

Minhas irmãs e seus maridos e namorados.

O chefe e sua esposa.

Meus pais.

Os pais de Michael.

Joslin e Dean.

Madden e seus pequenos.

Meu marido e filhos.

Hannah e Wolf, embora, fosse uma coisa nova.

Eles estiveram conversando ao longo dos últimos anos, mas a forma como eles estavam agindo, olhando um para o outro, mas não perto um do outro, eu sabia que algo havia acontecido.

Eu só não sabia o que, mas eu tinha a sensação de que algo iria acontecer em breve. E então eles seriam tão felizes como o resto de nós.

E eu estava feliz

Em êxtase.

"Aqui está, Mama," Michael disse, entregando Clay para mim.

Ele pegou Heath dos meus braços e me entregou meu próprio filho, e eu sorri quando Michael olhou ansiosamente no rostinho de Heath.

Para um homem que não queria filhos, ele com certeza era inflexível sobre ter mais e mais.

Quando olhei em volta para todas as crianças correndo e brincando alegremente no pátio entre os seus pais, decidi que talvez outro bebê não fosse uma coisa tão ruim.

Contando que eu tivesse Michael ao meu lado, poderia facilmente ter outro bebê.

Porque eu o amava.

Com todo o meu coração e alma, e eu sabia que ele sempre estaria lá para mim.

Ele era apenas esse tipo de homem.

Um homem que sempre cuidaria de sua mulher, não importa o que fosse preciso.

Isso era amor verdadeiro..

Michael era o cara. Aquele de quem todo mundo tinha cautela.
Talvez fossem as tatuagens. Talvez a maneira pela qual ele exalava uma vibe 'não mexa comigo'. Talvez porque ele tenha pedido que o deixassem em paz.
De qualquer maneira, as pessoas lhe deram seu espaço.
Ele estava mal, e todos sabiam.
Ele tem tatuagens, porque ele gostava da dor.
Ele era retraído. Ele não tinha muitos amigos fora do trabalho.
E a única coisa que se sabia sobre ele era que ele era um bom policial.
Todos falavam sobre ele, mas ninguém perguntava.
A única que não o tratava como se ele fosse um asno era Nikki Pena, uma mulher que nunca seria dele.
Nikki era aquela garota. Aquela que todos gostavam.
A única mulher que ele iria destruir se ele deixá-la ter a caminho.
O que ela queria? Mas, ele não poderia dar a ela.
Ela não merecia o que seria necessário para estar com ele.
Então Michael iria sofrer em silêncio... ou então era isso o que ele pensava.
Mas a mulher que ele amava tinha ideias diferentes.

 


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CAPÍTULO 1

Eu lambi isso. Então é meu.

-Fato da vida

Michael


"Você precisa ter certeza que estará em casa às seis se quiser chegar a tempo para o jantar,” meu pai disse cansado. "Você sabe como sua mãe fica quando você não aparece na hora certa."

Eu estremeci.

Eu sabia como minha mãe ficava.

Irracional é como ela fica.

É como se ela não tivesse sido casada com um médico pelos últimos trinta anos.

Não posso citar uma única vez que meu pai chegou a qualquer evento na hora, seja um aniversário, férias, evento esportivo, formatura, ou inferno, até mesmo a merda de um nascimento.

Nenhuma uma vez eu a vi irritada com meu pai por estar atrasado, mas o filho dela estar atrasado de repente parava o mundo inteiro.

"Vou tentar chegar na hora." Eu disse a ele. "Mas não prometo nada. Tenho que trabalhar até as cinco e meia. Leva quase trinta minutos para chegar a sua casa a partir da estação. E isso se eu sair na hora certa. Eu pedi a ela para marcar a festa para mais tarde, mas ela não quis me ouvir."

"Joslin queria às seis." Meu pai disse hesitante, abrindo a porta para o seu escritório. "E este é o horário que Dean pode estar lá."

Fechei minhas mãos firmemente, tentando me controlar para não fazer um buraco na parede com meu punho.

Eu não conseguia entender porque minha mãe continuava a convidar a minha ex-mulher.

Dean pelo menos era o meu maldito irmão, e eu podia entender porque ele teria que estar lá.

Era como se minha mãe não se importasse que Joslin já não fosse mais casada comigo. Geralmente a família escolhe o filho, e não a ex do filho.

Nós estávamos juntos por um pouco mais de um ano e meio quando descobri que ela tinha me traído.

Reconheço que, a razão pela qual ela tinha feito isso havia sido culpa minha, ou pelo menos foi o que ela me disse, mas ainda não lhe dava o direito de fazer isso comigo.

Tínhamos feito votos. E eu, pelo menos, os quis dizer.

Contendo o desejo de dizer, 'Foda-se Joslin,' andei até as portas laterais do hospital, passando pela entrada das ambulâncias com meu pai.

"Eu entendo," resmunguei.

Meu pai olhou pensativo, como se quisesse dizer algo, mas não sabia como falar.

"Michael, eu preciso te dizer uma coisa..." Meu pai começou.

Eu teria ficado para escutar, mas o microfone no meu ombro começou a gritar.

"A unidade mais próxima é necessária no Pleasant Circle 5543. Possível duplo homicídio," ordenou o despachante.

Suspirando, virei e estendi minha mão ao meu pai.

"Tenho que ir, pai. Vou tentar chegar a tempo, mas não estou prometendo nada." Eu disse a ele.

Ele assentiu, olhando ao redor, como se estivesse chateado por não ter dito o que ele queria, e apertou minha mão falando, "Fique a salvo."

Meu pai, assim como minha mãe, não gostava de eu ter escolhido me tornar um policial.

Eles gastaram milhares e milhares de dólares comigo na faculdade de medicina apenas para depois eu sair e me alistar na Marinha.

Assim que entrei na Marinha, continuei meus estudos. Depois de ter terminado, fui afastado por um tempo devido a uma lesão leve no meu pé esquerdo causado pela explosão de uma bomba, então decidi que a área médica não era realmente algo que me interessava muito mais.

O que tinha irritado tanto minha mãe quanto meu pai.

Imensamente.

Mas eu odiava isso.

Eu só tinha feito faculdade de medicina porque era o que esperavam de mim.

Ninguém da minha família conseguiu entender por que eu desisti.

Minha mãe era enfermeira. Meu pai era médico. Meu irmão era médico, e minha irmã enfermeira.

Eles não percebiam o fato de que eu era feliz. Eles apenas viam os milhões de dólares eu estava jogando pelo ralo me tornando um oficial da SWAT.

Sem mencionar que eles eram democratas incondicionais e eu, definitivamente, não era.

Minha mente, no entanto, ficou subitamente alerta assim que eu a vi.

Nikki.

Ela tinha um longo cabelo castanho brilhante, pele caramelo deslumbrante e lindos olhos castanhos.

Hoje, ela estava vestida com seu uniforme.

Uma cor cinza escuro que, apesar de parecer incrivelmente feia, não a tornou feia.

Ela era uma flebotomista1e estava na equipe de IV. Uma paramédica licenciada que trabalhava como uma técnica na sala de emergência. Ela passava fazendo IV em todo o hospital, mas ficava principalmente no pronto-socorro, onde ela era mais necessária.

Ela também estava estudando para ser uma parteira, e pelo que eu soube através de Nico, o irmão dela e outro membro da equipe SWAT, ela estava indo muito bem e quase se formando.

E eu estava apaixonado pela mulher.

Somente ela, ninguém a não ser ela.

Tão apaixonado que mal podia ficar perto dela.

Ela era apaixonada por mim, também... ou tinha sido quando nos conhecemos.

Mas eu tinha arruinado isso, como sempre arruinei fodidamente cada coisa em minha vida.

Veja, eu era um idiota.

Um idiota diagnosticado, mas mesmo assim um idiota.

Eu era bipolar.

Eu tomo meus remédios rigorosamente.

No entanto, houve momentos... como quando eu disse a Nikki que não queria ter filhos com ela... que o idiota escapou, e acertou pessoas inocentes, arrasando relacionamentos com danos colaterais.

Eu não pretendia que saísse da maneira que saiu.

Na verdade, posso afirmar que saiu de maneira inteiramente oposta.

Eu não queria ter filhos gerados por mim.

Eu não queria que meus filhos sofressem com o que eu tinha. Ser bipolar era apenas a ponta do iceberg.

Eu lutava também com a depressão por muito tempo em minha vida.

Eu tinha TDA (Transtorno do Déficit de Atenção).

E juro por Cristo que não queria fazer uma criança passar por isso.

Eu era um excelente exemplo de uma pessoa que não deveria ter filhos.

Mas eu era de Nikki, mesmo que Nikki não fosse minha. Pelo menos não mais.

Ela teria para sempre o meu coração, mas eu nunca esperaria o dela.

Era melhor assim.

Eu estava tão fodido que literalmente não suportava mais.

E eu não queria que uma mulher como Nikki, alguém tão puro de coração, tivesse que lidar com a minha merda. Porque certamente a merda era muito maior do que isso.

Observei-a até que ela entrou, então finalmente saí do estacionamento para responder ao chamado de duplo homicídio.

E mais uma vez isto enfatizou o fato de que algumas pessoas realmente não deveriam ter filhos.

Parando no quintal que abrigava um trailer de largura dupla, caminhei até a porta da frente, onde um casal de idosos estava em pé.

O senhor tinha as mãos envolvidas em volta dos ombros da senhora, segurando-a confortavelmente.

Como se, se ele não fosse cuidadoso, ela poderia facilmente desmoronar.

Saí da minha viatura, meus pés rangendo no cascalho.

Enquanto caminhava até eles, fiz um levantamento dos arredores. O terreno ao redor do trailer era limpo e bem conservado.

Um canteiro de flores cercado com tijolos vermelhos estava alinhado ao lado do trailer.

Um barco de pesca estava debaixo de um toldo, com um reboque de quatro rodas na parte de trás, pronto para puxar a querida embarcação a qualquer momento.

Um balanço infantil balançava na varanda da frente, sendo empurrado por nada mais que o vento.

E eu tive um pressentimento muito, muito ruim.

No momento em que me aproximei, ambos começaram a falar ao mesmo tempo.

"Eles estão mortos!" Gritou a mulher, cobrindo a boca com a mão.

"Ele atirou nela e, em seguida, nele mesmo," o homem disse bruscamente. "O bebê também. Não tocamos em nada."

Bile começou a subir em minha garganta, e eu disse, "Por favor fiquem ao lado da minha viatura."

Eles me atenderam prontamente, e fiquei agradecido.

Eu podia dizer que o homem era um homem duro.

Ele tinha uma tatuagem do Corpo dos Fuzileiros Navais em seu antebraço direito, e o que claramente se assemelhava a uma ferida de faca logo acima.

Seus olhos eram duros e o seu comportamento ainda mais.

Mas o que ele viu lá dentro o abalara.

Tomando uma respiração profunda, ultrapassei o limiar da porta e imediatamente virei-me para perder meu almoço ao lado da varanda.

Não me envergonho de ter um coração.

Mas qualquer homem ficaria desnorteado com o que eu tinha acabado de ver.

Tomando algumas respirações profundas, fiz uma prece silenciosa e mais uma vez ultrapassei o limite.

Desta vez fui capaz de observar melhor a cena.

Antes eu tinha parado sobre a criança.

Agora, fui capaz de me mover, passando pela criança que estava em frente a uma porta de vidro deslizante que corria por toda a sala, até o homem caído contra o balcão do outro lado.

Ele estava sentado, um revólver caído logo à direita da sua mão.

Em sua cabeça havia um grande buraco no topo, por onde a bala tinha saído.

Passando por ele, vi as pernas de uma mulher do outro lado da ilha.

Andei com cuidado pela sala, contornei a ilha e fechei os olhos no momento em que vi.

Ela era linda. Longos cabelos loiros espalhados ao seu redor como um halo. Saia bonita e uma blusa agarrada estreitamente em uma barriga de grávida.

"Foda-se," suspirei, caindo de joelhos.

Embora eu soubesse que era inútil, verifiquei o pulso em cada um dos pais.

Mas o Rigor Mortis já tinha se instalado; eu sabia que eles estavam mortos no momento que meus dedos tocaram em suas peles.

Eu realmente não queria verificar o bebê, mas sabendo que tinha que fazê-lo de qualquer maneira, caminhei cuidadosamente até ele.

Ele vestia um pijama vermelho com desenhos de patinhas de cachorrinho sobre ele.

Seus pezinhos estavam cobertos por um minúsculo par de meias vermelhas, e eu me senti agradecido.

Ela disfarçava a quantidade enorme de sangue em torno dele.

O sangue dele e de sua mãe estavam se misturando, e você não saberia dizer de quem era quem.

Mas quando meus dedos encontraram sua pele fria, e eu senti a sua pulsação, todo o meu corpo congelou em estado de choque.

Ele estava vivo!

Filho da puta.

Ele tinha um ferimento a bala no rosto, mas ele estava vivo!

Peguei-o, coloquei-o suavemente sobre meu ombro e comecei a correr para fora da porta.

Fiquei grato como o inferno ao ver Bennett, outro membro da equipe SWAT e colega de profissão, parando na entrada.

Ele me viu chegando e seus olhos brilharam.

Eu não perdi um segundo, no entanto.

Corri para a porta do passageiro, caí dentro e disse, "Dirija!"

Ele dirigiu, e a última coisa que vi antes de voltar minha atenção ao menino nos meus braços, foi o olhar horrorizado das duas pessoas idosas quando saímos da garagem, pulverizando terra e cascalho no nosso rastro.

"Por que não esperamos a ambulância?" Bennett gritou, fazendo uma curva rápido demais.

“Porque estamos no máximo a dois minutos do hospital e a ambulância vai levar pelo menos cinco para chegar aqui. É mais fácil e mais rápido ir de carro, e esse bebê pode não ter muito tempo, " disse-lhe sinceramente.

Ele não disse mais uma palavra, e eu também não.


CAPÍTULO 2


Mulheres danificadas são fortes. E loucas. Não se esqueça de loucas.

-Copo de café


Nikki


"Nikki"! Lennox chamou do posto de enfermagem.

Olhei por cima do homem que eu estava colocando uma IV e levantei minhas sobrancelhas em questionamento.

"Nikki, Paxton vai colocar essa IV para você. Preciso de ajuda. Agora," ordenou Lennox.

Os olhos dela estavam assombrados, e eu ofeguei com seu olhar.

O que diabos estava acontecendo?

Senti no momento em que o trauma tinha entrado.

O quarto inteiro acelerou.

Não costumo participar de traumas devido à minha falta de credenciais, sempre ficando fora do caminho, ajudando onde eu era necessária.

Entregando o IV para Paxton terminar de colocar, dei uma batidinha na mão do homem e me apressei a sair do quarto.

Minha primeira indicação de que algo estava seriamente errado foi quando entrei na sala e vi as botas pretas de um homem no final da mesa de exame, curvando-se sobre a extremidade da maca.

Então entrei mais um pouco para ver que ele usava as mesmas calças cargo que o pessoal da KPD usava.

Mas o que realmente me alertou foi o fato que o homem usava blusa de mangas compridas.

Ninguém, e eu quero dizer ninguém, usava mangas compridas no meio de um verão no Texas.

A menos que seu nome fosse Michael 'Saint' Perez.

"O que você precisa?" Consegui perguntar a Lennox, desviando o olhar.

Eu ainda tinha que ver o que estava na maca, mas eu sabia que era ruim.

Todo o corpo de Michael estava protegendo o que quer que fosse, e eu sabia que seria ruim antes de terminar de contornar a maca.

"Preciso que você consiga um IV nele," ela disse suavemente.

Foi quando Michael se moveu, e eu quase perdi a sustentação das minhas pernas. "Doce Maria mãe de Deus," sussurrei devastada.

Os olhos de Michael estavam vazios.

Nenhuma emoção neles, nada.

Mas eu podia dizer que ele não estava assim por minha causa.

Ele estava assim porque sabia que se mostrasse até o mínimo de emoção, ele iria sucumbir. Como eu estava prestes a fazer.

Seguindo o seu exemplo, firmei minhas defesas e disse, "Calibre 22."

Então comecei a trabalhar em conseguir uma IV em um bebê de menos de dez meses de idade, com um pouco de perda de sangue, e um ferimento de bala na cabeça.

Enquanto Michael, o homem por quem estava apaixonada por mais de dois anos, me assistia, segurando a criança em seus braços e falando com ele como se fosse seu pai.

Coração acelerado, achei uma veia e comecei uma IV.

Já tinha feito isso muitas vezes, e era raro eu perder.

Assim que o acesso foi iniciado, recuei, observando a equipe de trauma descendo em massa.

Michael, porém, não saiu.

Mesmo quando sua ex-mulher apareceu e pressionou seu corpo inteiro contra o dele para pegar uma maldita gaze, quando ela poderia ter tirado uma do seu bolso.

Vadia.

Deus, ela fez minha vida um inferno.

Literalmente, dia após dia ela fez questão de me torturar, e eu não sabia porquê.

Ela não sabia que eu gostava de Michael.

Diabos, poucas pessoas sabiam que eu o conhecia.

O que Joslin não gostava sobre mim era o fato de que todos gostavam de mim.

Eu era, por natureza, uma pessoa agradável.

Eu me dei bem com todos.

Eu era uma participante ativa da equipe, e poderia trabalhar malditamente perto de qualquer um.

Com ela, porém, eu não conseguia trabalhar.

Não só porque ela se recusou, mas porque ela me odiava e eu me recuso a me torturar. Então, quando ela começou a se pressionar em Michael, eu queria dar uns bons tapas nela.

Mas, como a profissional que eu era, saí do quarto e fui ver onde eu era necessária.

Eu era a mais nova técnica de ER.

E também uma paramédica licenciada.

Mas uma paramédica que não poderia estar em uma ambulância, porque tenho enjoo. Uma coisa que eu não tinha percebido até que iniciei em meu primeiro emprego.

Sorte minha que tinha começado com outro paramédico licenciado que cuidou de mim, porque passei o tempo todo vomitando, efetivamente terminando minha carreira antes mesmo de começar.

Eu tinha desconsiderado completamente a área médica depois disso, voltando para o escritório do meu pai onde fui uma secretária, com meu rabo entre as pernas.

Mas quando minha melhor amiga, Georgia, voltou para a cidade, ela me convenceu a me dar outra chance, e aqui estou eu, na equipe de IV e sendo uma pessoa útil de qualquer maneira que eu pudesse.

"O que aconteceu?" Ouvi perguntarem atrás de mim.

Vi Paxton, um PA que trabalhava conosco, olhando para o quarto de onde eu tinha acabado de sair.

"Ferimento de bala na cabeça," sussurrei, tentando esquecer, mas ainda não conseguindo fazer isso muito bem.

"Foda-se," Paxton resmungou.

Eu gostava de Paxton.

Ele era um homem muito sexy, com cabelo castanho escuro enrolado sobre as orelhas e um belo par de olhos azuis que poderia fazer qualquer coração palpitar.

Seu coração só vibrava para homens, no entanto.

Especificamente, o seu companheiro que ele havia conhecido apenas há alguns meses através de um amigo em comum dos dois.

"Sim," eu disse, me virando e lavando as mãos na pia que ficava ao lado da saída que os paramédicos usavam ao entrar ou sair, ao fazer a transferência de pacientes. "Vou correr até o Starbuck’s. Quer alguma coisa?"

Paxton balançou a cabeça.

"Não, já comi uma barra de chocolate. Minha bunda não pode mais receber quaisquer calorias hoje," ele respondeu timidamente.

Rolei meus olhos.

Minha bunda é que definitivamente não poderia mais ter qualquer caloria, mas mesmo assim eu não estava dando uma merda a isso no momento.

Definitivamente eu puxei a minha mãe na forma curvilínea.

Eu tinha o que minhas irmãs gostavam de chamar 'quadris abundantes.'

Seios grandes, quadris largos, coxas tonificadas (que, eu poderia acrescentar, estava maior do que o aceitável) e um queixo de formato questionável, perto do que chamariam de 'duplo.’

Meus amigos e família não viam o que eu via, as imperfeições.

Eles diziam que eu era linda.

Eu dizia que eu era gorda.

To-ma-tes. To-ma-tes2.

Não me pergunte por que fiz o que fiz em seguida.

Pode ter sido porque eu era louca. Ou pode ter sido porque eu sabia que ele precisava, mas fiz isso sem segundas intenções.

"Eu quero um latte amaretto de 590ml e um Americano preto de 828ml." Pedi.

Uma jovem adolescente sorriu, fervendo meu leite e polvilhando canela sobre a espuma no topo da bebida.

"Isso vai custar oito e cinquenta," disse ela, estendendo a mão.

Coloquei uma nota de dez na sua mão e disse: "Fique com o troco."

Ela sorriu. "Obrigada."

Levando meus dois cafés, voltei pelo corredor da sala de emergência. Quando virei no final do corredor que me levaria até o ER, bati diretamente contra uma parede de tijolos de carne.

Instintivamente, levantei minhas mãos para salvar o café e inadvertidamente colidi meus seios contra um peito duro e bem definido. Eles instantaneamente endureceram.

"Oh!" Eu disse surpresa.

"Foda-se," uma voz profunda sibilou, movendo as mãos para o meu quadril para me manter firme.

Aquela voz sempre teve a capacidade de enviar arrepios a minha espinha.

"Michael," suspirei, sorrindo timidamente para ele.

"Nik," ele suspirou. "Desculpe, eu não estava olhando para onde estava indo."

Abaixando meus copos, dei um passo para trás lamentando a perda do seu calor.

Eu sabia, no entanto, que quanto mais tempo eu ficasse lá tocando-o, mais difícil seria me afastar.

"Eu peguei isso para você." Falei, empurrando o café em sua direção.

Ele pegou antes que eu o derramasse todo em seu peito, mas para ser honesta, sua camisa realmente não poderia ficar pior.

Não com a quantidade enorme de sangue que eu podia ver a encharcando.

Ele teria que jogá-la fora.

Pode ser preta, mas não havia como ele tirar todo esse sangue.

As letras brancas que o designavam como um oficial da KPD estavam manchadas de vermelho, e eu tinha a sensação de que não iria sair. Nem esfregando muito.

"Obrigado," ele disse, parecendo surpreso.

"Parecia que você precisava disso," murmurei, caminhando ao redor dele até a porta que levava ao ER.

Ele sorriu tristemente.

"Eu aprecio isso," ele murmurou, olhando o café como se ele fosse a resposta para todas as perguntas da vida.

Vê-lo assim me fez lembrar da última vez que ele fez isso.

Tinha sido em uma reunião da SWAT que se transformou em uma festa improvisada quando eu tinha aparecido com uma caixa cheia de tamales3 da minha mãe.


***

Dois anos atrás.

"Caramba, esse homem é malditamente quente!" Eu disse a minha melhor amiga em todo o mundo.

Geórgia estava linda. Tão linda agora quanto tinha sido quando ela partiu.

E eu tinha sentido muita falta dela.

Georgia sorriu para mim. "Qual deles"? Ela perguntou descaradamente.

Eu sabia que ela estava certa.

Eles eram todos excessivamente quentes.

Exceto meu irmão. Ele era apenas meu irmão e eca. Isso era errado de pensar... em tantos níveis que eu não poderia listar todos.

"Todos, menos Nico. Ele é feio,” eu disse a ela.

Ela rolou os olhos para mim. "Seu irmão é lindo, e você sabe muito bem disso."

Dei de ombros.

"Eu estava falando sobre o Michael," afirmei, observando enquanto ele inclinava-se na cadeira e colocava os dedos entre os joelhos.

Geórgia revirou os olhos.

"Por que você sempre vai para os maus?" Ela perguntou, forçando uma cerveja na minha mão.

Eu pisquei.

"Não gosto de cerveja," disse, estendendo a mão com a garrafa para ela.

Ela me deu um olhar aguçado. "Vá levar isso para ele. Ele pediu por isso."

Borboletas começaram a se agitar em minha barriga, e eu sorri para minha melhor amiga. "Eu te amo, você sabe."

Os olhos de Geórgia brilharam com lágrimas não derramadas. "Não me faça chorar. Leve para ele antes que eu faça."

Mostrando minha língua, atravessei o espaço que separava os homens de mim e Geórgia.

Eu sabia que ele tinha me notado assim que me afastei de Geórgia.

Não era como se ele estivesse me olhando, mas ciente da minha presença

Quando cheguei ao seu lado, ele levantou o rosto e olhou para mim, sem sorrir.

"Sua cerveja"? Ofereci-lhe.

Ele pegou cuidadosamente. Com tanto cuidado que não tocou em um único pedaço da minha pele nesse momento.

"Obrigado," ele murmurou, sorrindo sem graça. "' Aprecio isso."

Eu o tinha visto antes. O notei em eventos da SWAT. Observei-o enquanto visitava o meu irmão.

Essa foi a noite em que me tornei ciente dele.

Que fiquei obcecada por ele.

Essa foi a noite em que meu mundo mudou, eu desejei ser uma estrela, e estar sob o céu estrelado com Michael ao meu lado.

Horas depois de lhe entregar aquela cerveja, ele me contou sobre sua ex-mulher. Sobre o trabalho dele. Sobre como sua esposa o culpou por não querer filhos, e porque ela o traiu.

Essa foi a noite em que me apaixonei por ele.

Completamente apaixonada.

 


***


"Precisa de algumas roupas?" Perguntei suavemente.

Ele balançou a cabeça. "Não. Vou direto para a estação e colocarei meu equipamento de treino. Obrigado pela oferta, entretanto."

Sorrindo, digitei o código para abrir a porta, mas parei quando Michael chamou meu nome.

"Nikki"?

Virei-me para encontrá-lo olhando para mim. Seus olhos cheios de dor.

"Você... Você quer assistir um filme e jantar esta semana?" Ele perguntou esperançoso. Pisquei e, em seguida, um pequeno sorriso surgiu em meu rosto. "Sim, acho que eu gostaria disso."

Ele assentiu, virou-se e saiu do edifício.

Sem olhar para trás nem uma vez.

E eu fui deixada lá no corredor, praticamente dando pulinhos em excitação.

Então ao me virar, o sorriso lentamente caiu do meu rosto quando vi Joslin ali de pé, com os olhos cheios de fogo.

Escolhendo ignorá-la, passei por ela murmurando, "Desculpe-me."

Mas eu sabia que não isso não seria o fim.

Nem de perto.


CAPÍTULO 3

Sexta-feira. Minha segunda palavra favorita de S.

-Copo de café


Michael


É desnecessário dizer que eu estava muito atrasado para a festa da minha mãe.

Por mais de uma hora.

Eu estava vestindo uma camiseta branca e calça jeans preta com tantos buracos que poderia ser considerado um short.

E estava mostrando minhas tatuagens.

Uma coisa que minha mãe definitivamente não iria gostar.

Mas não pude evitar.

Eu poderia ir para casa, me trocar e fazê-la feliz, porque estaria cobrindo minhas tatuagens, mas chegaria bem mais tarde. Ou poderia estar um pouco atrasado e vir descoberto.

Era uma situação perde-perde, e eu realmente não me importava muito neste momento.

Eu queria vir a esse jantar tanto quanto queria cortar minhas bolas.

Infelizmente, eu amava muito a minha mãe, e sofreria para vê-la feliz.

Como compartilhar um maldito jantar com a minha ex. Ela foi o pior erro da minha vida, mas minha mãe se recusava a mandá-la ir se foder.

Chegando a casa dos meus pais, abri a porta do carro e saltei.

Eu dirigia uma Ford F-150 elevada, para grande consternação dos meus pais.

Éramos uma família de carros, puro e simples.

Ou pelo menos eles eram, não eu.

Eu amava a minha caminhonete.

Eu poderia sujá-la e não me preocupar com o interior porque caminhonetes eram para isso.

Empurrando as chaves no meu bolso, virei-me para pegar a torta que estava em meu carro desde esta manhã quando o copo de café que eu tinha tomado no meu carro caiu no chão.

Meus olhos acenderam nele, e sorri, pensando em quando Nikki o havia me dado.

Ela me conhecia bem.

Ou pelo menos o quanto eu deixei que ela me conhecesse.

Ela me conhecia melhor do que toda a minha família, e isso se deu através de apenas dez encontros no total.

Ela conseguiu mais de mim em uma noite do que Joslin em um ano e meio.

"Já era hora de que você aparecer." Meu irmão, Dean, disse preguiçosamente do planador no meio do quintal dos meus pais.

Curvando-me, peguei meu copo de café e coloquei gentilmente no porta-copos da minha caminhonete antes de agarrar a torta e bater a porta.

"Sim," murmurei, andando para a porta da frente.

"Ouvi sobre seu dia. Sinto muito, cara." Meu irmão disse sinceramente, soprando a fumaça que acabara de inalar de seu charuto.

Eu e o meu irmão não éramos o que você chamaria de ‘próximos.’

Éramos uma família, é claro, mas só isso.

Ele era o filho pródigo. Aquele que fez tudo certo, enquanto eu fiz tudo errado.

E às vezes era difícil não se ressentir disso.

Muito difícil.

"Obrigado," murmurei, abrindo a porta assim que cheguei.

A primeira coisa que notei foi que ninguém estava na sala de estar onde normalmente estavam, e que eu poderia sentir o cheiro do jantar flutuando da cozinha.

O cheiro embrulhou meu estômago.

Comer era a última coisa que eu queria fazer nesse momento.

Não com a lembrança do sangue do bebê Nathan saindo de seu corpo enquanto eu o segurava a caminho do hospital.

"Ele não vem, acho que devemos comer," Joslin disse ofendida.

Rolei meus olhos enquanto caminhei pelos corredores escuros que me levariam à cozinha e sala de jantar, onde achei que eles estavam todos reunidos.

"Ele está vindo. Ele me mandou uma mensagem quando estava saindo do hospital." Minha irmã, Hannah, me defendeu.

Hannah e eu éramos próximos em idade.

Gémeos irlandeses.

Ela nasceu dez meses antes de mim, no mesmo ano.

Eu, sendo o caçula, fui a surpresa que todos ainda gostavam de salientar que foi um acidente.

"Obrigado, Hannah," eu disse, entrando na cozinha e colocando minha torta na bancada. "Estou aqui, então a festa pode começar."

A última frase foi dita quando eu estava na sala de jantar, o que significava que todos se viraram para me ver entrando.

Meu pai e Hannah não demonstraram a mínima surpresa com o meu traje.

Minha mãe e Joslin, porém, fizeram.

Não que eu me importasse.

Nem fiquei surpreso.

Tomando o assento à direita do meu pai e diretamente ao lado de Hanna, coloquei minhas mãos no meu colo e esperei, como o bom menino que eu era, o jantar ser servido.

O que só aconteceu assim que Dean voltou para dentro de seu intervalo para fumar.

Enquanto isso, falei com minha irmã sobre sua filha, Reggie.

Reggie era uma menina barulhenta de dois anos e meio de idade que estava com o seu ex-marido essa noite.

"Reggie disse-me que era para eu ‘cuidar do meu caminho’ hoje quando lhe disse o que deveria fazer. Você pode acreditar nisso? Aposto que Joshua ensinou-lhe isso, também." Hannah disse gargalhando.

Eu bufei.

Desnecessário dizer, que Hanna e seu ex não se davam bem.

Nem sequer um pouco.

"Na verdade," corrigi. "Fui eu. Desculpa. Eu disse a ela dois dias atrás, quando fui vê-la."

Hannah suspirou. "Acho que eu deveria estar feliz por você não lhe ensinar a falar palavrões, suponho."

Meu pai bufou. "Você e Michael já xingavam quando tinham três e quatro anos. Principalmente porque seu tio Paddy pensou que seria engraçado ensinar a vocês. Foi muito emocionante pisar nos freios para evitar bater num carro e ter vocês dois dizendo 'foda-se' e 'que porra' respectivamente.”

Hannah deu uma risadinha enquanto eu ria.

Minha mãe, por outro lado, não.

Aparentemente, ela não achou graça.

"Tudo bem, podemos comer agora." Joslin balbuciou enquanto Dean chegava na sala, quebrando o olhar de morte silenciosa que eu estava recebendo da minha mãe.

Assim que meu pai fez a oração, ele começou a se servir e passar o prato em volta da mesa.

Depois que eu me servi com dois pedaços, passei para minha irmã e então assim por diante.

Não jantamos todos juntos com frequência, mas quando fazíamos, era esperado que realmente nos sentássemos à mesa em vez de na frente da TV, como queríamos.

"Está bom, Beth." Meu pai disse em torno de uma boca cheia de comida.

Minha mãe sorriu. "Obrigado."

Olhei para minha comida intocada e não podia dizer o mesmo.

Me fez lembrar o sangue no trailer.

O que eu soube mais tarde é que era um policial de uma cidade vizinha e sua esposa, que ficava em casa com seu filho de dez meses de idade.

E enquanto eu pegava minha comida, não pude deixar de pensar sobre o policial.

O que tinha acontecido?

Será que ele sofreu uma ruptura?

Será que precisava de ajuda, e ninguém notou?

Eu teria notado se ele fosse meu amigo?

Se alguém tivesse intervindo, a mãe ainda estaria viva? Esse bebê crescendo em sua barriga ainda estaria abrigado no ventre de sua mãe?

"Michael, Joslin disse que você teve um dia interessante." Minha mãe disse, trazendo a minha atenção do meu prato para ela.

Dei de ombros. "Sim, eu acho que sim. Nada de especial."

Joslin, que nunca deixava algo ir, sentou-se para a frente.

"Você salvou a vida do bebê. Você é a razão pela qual ele está vivo! Você é o assunto no hospital.” Falou Joslin.

Dei de ombros, sem responder.

Eu realmente, realmente não queria mais pensar nisso.

De verdade.

Tanto assim, que se ela continuasse a não pegar a dica, eu teria que sair.

"Bem, tenho algumas notícias." Meu irmão disse, quebrando o silêncio constrangedor. Virei minha atenção para ele e o vi assistindo Joslin estranhamente.

"Estamos noivos!" Dean sorriu, entrelaçando sua mão com a de Joslin.

Pisquei, surpreso.

Minha mãe, que adorava Joslin, levantou-se e aplaudiu ruidosamente.

Meu pai e Hannah, porém, viraram para mim, me olhando, esperando uma reação.

Dei de ombros novamente.

Não me importava.

Devo avisar Dean, no entanto.

Eles não sabiam porque Joslin e eu havíamos terminado.

Eles só pensaram que a dissolução do casamento tinha acontecido porque nós deixamos de nos amar. Joslin tinha praticamente me implorado para não contar, porque ela e minha mãe tinham se aproximado muito.

"Parabéns!" Minha mãe cantou animadamente.

"Você está bem?" Meu pai perguntou preocupado.

Foi quando percebi que ele já sabia.

Era sobre isso a hesitação dele mais cedo.

"Bem, por que?" Perguntei.

Hannah me olhou, quase como se estivesse me esperando quebrar.

"Tem certeza?" Ela pediu persistentemente.

Balancei a cabeça. "Sim. Isso é bom para eles." Menti.

Eu realmente devia ter dito a eles por que nos separamos. No entanto, eu não podia porque Joslin agiu como... bem... Joslin.

"Mãe," eu disse, ficando de pé. "Se importa se eu comer um sanduíche? Depois de hoje, isso não é muito... atraente."

Eu precisava comer, não importa o quê. Minha medicação não podia ser tomada de estômago vazio, ou não seria absorvida corretamente. E se ela não fosse absorvida corretamente, então estaríamos em uma situação muito diferente da que estávamos agora.

Minha mãe olhou para mim, e quero dizer realmente olhou para mim, viu através da minha atitude despreocupada, imediatamente soltou a mão de Joslin e se apressou para cozinha.

Eu a segui, mantendo os olhos nas costas da minha mãe em vez de no rosto irritado de Joslin, e um Dean chateado.

Opa.

Estraguei a grande revelação. Foi mal.

Ela pode amar Joslin e Dean, mas ela amava mais o seu bebê. Com tatuagens, decepção e tudo.

"Eles me disseram sobre isso hoje." Ela sussurrou quando entramos na cozinha.

"Eu... eu não gosto disso. Sinto que deveria ter feito mais. Sido mais rápido. Eu não sei. Ele era um policial." Eu disse a ela.

Esse boato não tinha sido divulgado até o momento.

Então quando ela ofegou e se virou, um bloco de queijo em uma mão e uma Tupperware de frios na outra, percebi que a havia surpreendido.

"O quê?" Perguntou com horror.

Balancei a cabeça. "O assassino e suicida era um policial e sua esposa." Confirmei.

"Deus, isso é horrível. Ouvi os médicos falando. O bebê vai viver, mas eles não tem certeza sobre o que cognitivamente foi afetado, correto?" Ela perguntou, colocando a comida no balcão e me fazendo um sanduíche.

Quando ela pegou o tomate eu a impedi. "Nenhum desses, por favor."

Ela olhou para mim, olhou para o tomate que ela sabia que eu amava, e acenou, colocando-o na prateleira da geladeira, fechando-a com sua bunda.

"E sim, isso foi o que disseram quando liguei para checá-lo mais cedo. Eles estão mantendo-o em coma induzido até terem certeza que o inchaço diminuiu para um nível gerenciável. Eles estão entrando em contato com os avós paternos, também." Eu sabia qual seria sua próxima pergunta.

Minha mãe tinha o coração um pouco mole por aqueles que não tinham família.

E era por isso que Joslin era tão amada por ela.

Os pais de Joslin não eram o que alguém poderia chamar de pessoas de 'qualidade.'

Os dois fumavam maconha e não tinham um emprego. Eu não sabia como eles conseguiam financiar suas atividades extracurriculares.

Eu no entanto, nunca perguntei já que eu era a porra de um policial.

Ela sorriu para mim.

"Isso é bom. Ele está no andar da pediatria ou na UTI?" Ela perguntou.

Minha mãe trabalhava no andar pediátrico.

E foi onde ela estava trabalhando quando conheceu meu pai, que era um pediatra, trinta e cinco anos atrás.

Minha irmã trabalhava no andar da UTI, e Dean era um cirurgião geral.

"Na UTI por agora. PED4 será quando ele estiver melhor." Respondi, aceitando o sanduíche que ela me ofereceu.

Ela enrugou o nariz quando olhou mais atentamente para as minhas tatuagens, e eu quase não contive o impulso de revirar meus olhos.

Qual era o grande negócio sobre as tatuagens?

Eu pensava que elas eram fodidamente excelentes.

Ela, por outro lado, pensava que eram feias.

Tanto faz.

"Então, quando Joslin e Dean começaram a namorar? Não tinha percebido que eles estavam juntos." Perguntei, mordendo um pedaço do meu sanduíche.

Senti como se minha boca estivesse cheia de areia conforme mastigava e engolia.

Empurrei para dentro com um grande gole de chá doce que minha mãe me deu, e terminei o sanduíche em três mordidas enquanto minha mãe mordia o canto do lábio com os dentes.

"Bem?" Perguntei novamente.

Ela suspirou. "Eles estão saindo juntos por um ano agora, Michael."

Pisquei. "Que merda é essa?"

Ela estreitou os olhos. "Michael, você sabe que eu não gosto quando você xinga."

Trabalhar na pediatria realmente impedia que minha mãe usasse palavrões, dia após dia. Ela raramente, ou nunca, os usava. E odiava quando a família dela fazia.

"E porque o grande segredo?" Perguntei em voz alta.

Minha mãe mordeu os lábios. "Joslin disse que você ficaria chateado, e gostaria de manter quieto até que eles estivessem prontos para compartilhar as novidades, e fui junto com eles."

Levantei minha sobrancelha para ela. "Você percebe, certo, que sou seu filho, não ela. Ela estava na família por menos de um ano, se você quiser contar a quantidade de tempo que passamos separados. Por que manter segredo do seu próprio filho? Não que eu esteja decepcionado com isso, estou apenas desapontado com a minha família por manter isso de mim. Eu não estou indo para quebrar, porra."

"Linguagem!" Ela estalou.

Levantei meu braço.

"Obrigado pelo jantar, mãe. Talvez você possa me avisar quando resolver me colocar à frente da minha ex. Tenho algumas histórias incríveis que acho que você vai achar extremamente interessante." Eu disse, caminhando para a porta dos fundos.

"Mikey." Minha mãe disse preocupada.

Acenei com a minha mão.

Com isso, saí e não olhei para trás.


CAPÍTULO 4


Eu odeio você. Não do tipo “espero que você morra,” mas da forma como eu espero que você desenvolva uma alergia a chocolate e queijo.

-Copo café


Nikki


"Olá, Nikki!" Joanna disse da sua posição atrás da mesa no posto de enfermagem da UTI pediátrica. "Como tem passado?"

Sorri para ela. "Estou bem. Só vim aqui para ver aquele garotinho. Como ele está indo?"

Ela sorriu tristemente para mim. "Solitário, tenho certeza. Mas eu sinto, somos apenas duas enfermeiras e estamos quase no limite."

Sorri. "Você se importa se eu me sentar com ele por um tempo?"

"Acho que ele iria gostar," ela sorriu.

Levando suas palavras para o coração, segui as instruções para o quarto dele e entrei em uma sala intensamente branca com um berço no meio.

Bem, uma cama de hospital berço.

Realmente, não tem muito de um berço.

Não tinha o sentimento acolhedor como a maioria dos berços tinha.

Esta era de metal frio e sem graça.

E o menino minúsculo no meio, ligado a centenas de tubos e fios, partiu meu coração.

Eu amava as crianças.

Eu os amava com uma paixão e ferocidade tão poderosa que mal podia enxergar direito.

E eu nunca teria um dos meus.

Então absorvi isso, passando tempo com os filhos dos outros.

E parecia que esse carinha precisava de um amigo.

Caminhando até o berço, sentei em uma cadeira ao lado dele e o observei.

Sua pequena cabeça estava enfaixada com ataduras do nariz para cima, apenas um olho aparecendo.

Suas mãos estavam atadas a pequenas placas, então se ele se movesse, não puxaria as linhas IV presas a elas.

Os pés dele tinham monitores ligados a eles com um envoltório verde brilhante, e seu corpo estava vestido em uma roupinha de hospital vermelho brilhante feito para pequenos seres como ele.

Peguei um dos livros que estava na prateleira em frente ao meu assento, me recostei na cadeira e comecei a ler para ele.

Devo ter lido de cinco a seis livros antes de perceber que eu não estava sozinha.

Olhei por cima do livro que estava lendo para ver Michael inclinando-se contra o batente, assistindo-me.

"Ei," eu disse, fitando-o.

Ele parecia melhor do que antes.

Sua camiseta branca destacava-se intensamente contra sua pele tatuada.

Eu nunca tinha visto seus braços nus antes, agora que pensava nisso.

"Ei," ele disse cuidadosamente. “Eu só estava trazendo-lhe algumas de suas coisas... você sabe, então ele não estaria sozinho."

"Isso foi gentil da sua parte," sussurrei suavemente. "Entre."

Ele fez, embora um pouco relutante.

Quando percebi, eu estava de pé, oferecendo-lhe a cadeira.

"Já está na hora de ir embora. Eu só queria vir ver como ele estava." Sussurrei suavemente.

Michael, que estava examinando o menino, olhou para cima.

Seus lindos olhos pareciam me perfurar toda vez que ele me olhava diretamente.

"Você não tem que ir," disse ele baixinho. "Não vou ficar muito tempo. Eu tenho que ir."

Ele não está sendo gentil?

Você vê, Michael e eu tivemos uma longa história.

Bem, era mais como um total de quatro meses de história, mas que foi o suficiente para durar uma vida.

Acariciei o antebraço do bebê, tentando transmitir um pouquinho do meu carinho. "Bem, então acho que você pode me acompanhar até lá fora."

Depois de colocar um beijo nas pontas dos meus dedos, apertei-os contra a mãozinha dele e o olhei com saudade.

Como poderia alguém atirar em seu próprio filho?

Que tipo de monstro era capaz de fazer isso?

Fazendo uma oração silenciosa, saí da sala, muito consciente de Michael me observando.

Eu tinha me convencido que ele não iria me seguir, mas no momento em que entrei no elevador, e as portas se fecharam, ele estava lá.

Muito Ninja?

"Você gosta de crianças." Ele murmurou, acomodando-se no canto do elevador, próximos aos números.

Uma declaração, não uma pergunta.

Uma que ele já sabia a resposta, já que isso tinha sido a coisa que atraíra nosso relacionamento para um súbito abalo.

 

***

18 meses atrás


Nervosamente, olhei para o espelho e inspecionei meu traje.

Hoje seria meu décimo oitavo encontro com Michael, e senti que era o primeiro.

Aquele que mudaria tudo.

Hoje seria o dia em que me entregaria a ele.

Totalmente tudo de mim.

Nós tínhamos saído por pouco mais de quatro meses, mas era o suficiente.

Estaria quebrando minha regra de vinte encontros antes de dormi com ele, mas isso era porque eu sabia.

Eu sabia que estava prestes a dormir com o homem com quem pretendia me casar.

Uma batida soou na porta, então corri através do meu quarto para entrada da frente e abri a porta.

Michael estava ali, camisa de botão de manga comprida, como sempre, e um sorriso no rosto. "Você está linda," ele suspirou.

Eu sorri para ele e terminei de abrir a porta.

"Fiz o seu prato favorito." Eu disse enquanto ele entrava.

Descobri nos últimos quatro meses que Michael tinha um amor por comida mexicana. Um grande amor por isso.

E ele realmente gostava de comida mexicana caseira.

Eu tinha passado por todo livro de receitas da minha mãe fazendo-lhe a comida e, ao longo do tempo, descobrimos que o favorito dele era um dos mais simples.

A fajita5, arroz e feijão.

"Ponto!" Michael disse conforme passávamos através da sala de estar em direção a cozinha.

"O arroz e o feijão estão prontos. Só estou esperando você para grelhar a carne," informei.

Ele se virou e sorriu, prendendo-me no lugar com seus olhos azuis bebê. "Então nós temos tempo," ele murmurou, "Para que eu faça isso?"

Em seguida, seu corpo apertou o meu contra o balcão, e esqueci como respirar. "Fazer o quê?" Eu perguntei sem fôlego.

Ele riu e, em seguida, sua boca estava na minha.

Ele tinha gosto de céu, hortelã com uma pitada do Dr. Pepper que tinha acabado de beber.

Minhas mãos passaram por baixo da sua camisa enquanto eu dizia, "Estou pronta."

Ele piscou, então abruptamente envolveu os braços em volta da parte inferior das minhas pernas e levantou-me. "Jesus," ele respirou, virando e caminhando rapidamente para o meu quarto.

Ele não se incomodou com as luzes, só me deitou na cama antes de me seguir para baixo.

"Você tem certeza? Porque estou a ponto de perder o controle aqui, e não quero que você se arrependa de nada. Se arrependa de mim," ele sussurrou.

Em resposta, comecei a despir a sua camisa e depois sua calça.

Ele se levantou e continuou a se despir, permitindo-me tirar meu vestido por sobre minha cabeça.

Todo meu planejamento cuidadoso para a noite que incluiu a minha roupa, até o meu penteado, foi para fora da janela, quando seu corpo nu pressionou contra o meu.

"Estou tão certa, que não posso nem aguentar mais." Disse a ele, abrindo as pernas e permitindo seus quadris deslizarem entre elas.

Ele rosnou contra minha boca, sua mão subindo para a taça do meu sutiã. "Bom," ele murmurou, ficando de joelhos.

Quando ouvi o som de um pacote rasgando, eu o impedi. "Eu estou tomando a pílula," sussurrei, arqueando-me até ele. "E estou limpa."

Ele continuou rolando o preservativo. "Estou limpo, também. Mas sempre uso camisinha. Não importa o quê. Menos chance de ter filhos assim."

Concordei com a cabeça, um pouco chateada por ter desperdiçado todo esse dinheiro entrando no controle de natalidade quando ele não estava disposto a utilizar os benefícios do mesmo.

Então eu estava completamente preenchida por ele, e me esqueci de estar decepcionada.

Porque ele era tudo menos decepcionante.

 

***


No dia seguinte, na cozinha do meu irmão, ocorreu o confronto que terminou nosso relacionamento.

Eu queria filhos. Ele não queria.

Bem, isso não foi exatamente o que ele disse. Mais como se ele queria filhos... só não comigo.

Simples assim.

“... Você teria... você estaria disposta a adotar?" Ele perguntou baixinho.

Eu pisquei.

"O quê"? Perguntei surpresa.

Ele olhou para suas mãos, inspecionando os dedos, conforme dizia, "Você estaria disposta a adotar? Ou ter filhos que não fossem meus? Talvez por um banco de esperma ou algo assim."

Pensei nisso por um momento, tentando aprofundar o que ele estava deixando.

“Você está me perguntando se eu estaria disposta a adotar uma criança e ainda ficar com você?" Confirmei.

Ele finalmente me olhou e minha respiração falhou.

Suas pupilas estavam dilatadas e eu tinha certeza que não era porque ele estava usando drogas.

Ele respirou fundo e expirou lentamente.

"Eu sinto sua falta."

Três palavras simples que tinham o poder de me derrotar.

"Michael, nós rompemos ... não foi sobre algo pequeno. Foi algo enorme. Importante. Mas não foi sequer por você ter dito que não queria ter filhos comigo. Foi sobre o fato que você agiu de maneira definitiva sobre o assunto. Você não quis falar comigo sobre isso. Não quis compartilhar seus sentimentos comigo. Inferno, mas você me fodeu com a sua camiseta, e não me deixou entrar! Então você apenas apagou e sequer se explicou.” Eu disse ferozmente.

Ele deixou tudo o que estava sentindo escorrer em duas palavras. "Desculpe-me."

Só balancei minha cabeça. "É preciso muito mais do que apenas 'desculpe-me' para deixar tudo certo."

"Você... você pode vir comigo? Em um lugar? Quero lhe mostrar uma coisa,” disse ele suavemente.

"Tenho que estar em uma reunião amanhã às oito horas. Não posso ficar fora até tarde." Tentei.

Ele balançou a cabeça. "Nós ficaremos até a hora que você quiser. No minuto que desejar ir para casa, eu te levarei."

"Meu carro está aqui," respondi.

"Eu trago-o de volta até aqui pela manhã," ele disse suplicante.

Olhei para ele por um longo tempo antes de tomar a minha decisão.

"Bem. Só... não me machuque mais, Michael. Doeu bastante a primeira vez para durar mil anos de vida. Não acho que poderia sobreviver uma segunda vez." Sussurrei roucamente. "Prometa-me."

Ele fez um som na garganta que machucou meu coração, mas não cedi.

Eu o observei e esperei que ele me prometesse, e foi o que ele fez.

"Juro pela minha vida que nunca irei machucá-la intencionalmente novamente. Eu prometo."


CAPÍTULO 5


A vida é uma droga. Ah, não. Espere, é você. Meu erro.

-Pensamentos secretos de Nikki Pena.


Michael


"Este é meu lugar favorito no mundo," admiti baixinho conforme parava minha caminhonete no estacionamento em frente ao Peek Tattoo Parlor.

"Isto é um estúdio de tatuagem," ela disse surpresa.

Atirei-lhe um sorriso enquanto abria a porta da minha caminhonete e pulava fora.

Eu não sabia que porra eu estava pensando.

Tudo o que eu sabia era que este dia foi uma merda completa, e fui obrigado a refletir sobre um monte de coisas. Algo que tinha evitado fazer por um bom tempo agora.

Quase um ano e meio, para ser mais exato.

Desde o momento que deixei Nikki interpretar mal porque eu não queria filhos, eu sabia que tinha cometido um erro terrível. Mas, no momento, pensava que tinha feito uma coisa boa.

Ela teria uma vida terrível, se ficasse comigo, e não havia ninguém na terra que eu gostaria de ter lidando com as minhas merdas.

Mas então eu havia segurado aquele menino, enquanto seu sangue era drenado no meu peito, e sabia que não podia mais continuar negando.

Eu a amava. E faria qualquer coisa para tê-la. Mesmo ter um filho com ela, se isso fosse necessário.

Eu estava cansado de ficar sozinho.

E quando entrei e ela estava lendo para o bebê, eu sabia que a faria minha de novo.

Custe o que custasse.

E isso começava deixando-a entrar no meu mundo. Deixando-a me ver. E isso começava aqui.

"Então, acho que preciso começar lhe dizendo porque faço as tatuagens," falei, engolindo nervosamente, antes de concluir. "Quando eu tinha doze anos, comecei a me cortar."

Ela ofegou surpresa e se virou para olhar para mim.

Abri a porta traseira da minha caminhonete, sentei-me e estendi minha mão para ela.

Ela aceitou, sem relutar, o que me forçou a falar o que eu tinha que dizer em seguida.

Ela veio entre as minhas pernas e se inclinou para mim, me olhando com os olhos emocionados.

Inclinei minha cabeça contra a dela por um longo instante antes de puxar para trás e olhar para o alto.

"Foi a primeira vez que meus pais perceberam que algo estava errado comigo. Não tentei me matar, mas eu sabia que não estava bem, e a dor me fazia sentir melhor." Expliquei, sem olhar nos olhos dela. "Foi quando fui diagnosticado com depressão e três semanas depois, com transtorno bipolar. Bipolar dois, para ser exato. Quando eu tinha 14 anos, fui diagnosticado com DDA. Agora estou tomando remédios para o meu transtorno bipolar e DDA desde que eles acreditam que essas são as duas causas da maioria dos meus problemas."

Quando finalmente tive coragem de olhar para baixo, para ela, não foi horror o que eu vi, mas compreensão.

Então senti que deveria continuar.

"Surpreendentemente, nada disso afetou minha escolaridade. O lado maníaco do meu transtorno bipolar me impediu de ficar para trás com as outras coisas que me afetavam. Sempre me esforcei para ser o melhor. A depressão vinha quando eu não era o melhor.” Expliquei.

"Minha irmã caçula é bipolar," disse ela, me surpreendendo o suficiente para olhar para baixo para ela novamente.

E a compreensão em seus olhos quase me matou outra vez.

"Quando fiz dezoito anos, eu tinha um emprego em uma loja de tatuagem para ajudar a financiar meus estudos. Meus pais pagaram quase tudo, eu apenas tinha que cobrir os livros." Expliquei. "Foi quando descobri que a dor da agulha alimentava essa necessidade que eu tinha de maneira menos destrutiva, e não olhei para trás."

"Estudos? Eu pensei que você estava na Marinha." Ela disse.

Enrolei um pedaço de cabelo que tinha se soltado de seu coque atrás da orelha, tocando o pescoço dela quando o fiz.

"Fui para a faculdade estudar medicina quando tinha 17 anos. Graduei-me quando tinha vinte e cinco. Ingressei na Marinha quando tinha vinte e três, enquanto eu terminava a graduação. Então percebi que eu odiava ser um médico, então eu só... desisti."

Eu sabia a próxima coisa que sairia de sua boca antes que ela mesmo falasse.

"E o que fez você não querer mais ser um médico? Parece ser um monte de estudo de sua parte para depois desistir." Ela sussurrou, colocando a cabeça dela contra meu peito e envolvendo seus braços na minha cintura.

Prendi a respiração e tentei segurar a dor, mas não queria mais guardar isso.

"Testemunhei um aborto que mudou o curso da minha vida e arruinou-me também para a área médica." Eu disse inexpressivo. "Se alguém pode apenas matar uma criança por nascer, dessa forma, uma que tinha dedos das mãos e dos pés, e características claramente definidas, então como poderiam dizer que eram defensores da vida humana? Eles não estavam fazendo exatamente o oposto?"

"Oh, Michael," Nikki ofegou. "Você quer me falar sobre isso?"

Nikki era católica.

Ela ia à igreja religiosamente todos os domingos.

Na verdade, como uma forma de me aproximar dela, comecei a ir para aulas de estudos bíblicos e assistir à missa de domingo na mesma igreja que ela frequentava, para assim tentar preencher a distância que havia entre nós.

O fato de que aborto nunca seria mencionado novamente por ela, era de grande ajuda para mim.

Porque o aborto foi um fator determinante em como eu viveria minha vida a partir do momento que fiz vinte e três anos.

Até agora, doze anos depois, ainda me lembro de como era aquele bebê.

Eu olhei para ele todos os dias no espelho.

"É assustador. E não é uma boa história." Avisei.

Ela apertou mais nos meus braços e disse o que eu precisava ouvir. "Diga-me."

Então eu fiz.

"Perguntaram-me se eu queria assistir, e desde que eu nunca tinha testemunha um antes, pensei 'claro, porque não.' Bem, o porquê não se tornou um 'o que diabos eu fiz' muito rapidamente, porra. Eu já tinha ouvido sobre abortos durante uma de muitas palestras. Sabia o básico. Então quando entrei, lá estava a mulher já na mesa com as pernas abertas e para o alto." Limpei minha garganta. "Ela estava dormindo e foi então que percebi que o bebê que eles estavam tirando era um feto formado, mas a mãe não o queria.”

“Assisti quando eles ligaram o vácuo, manobraram o tubo pequeno na sua vagina e começaram a sucção." Tossi. "Imediatamente, havia sangue, e foi quando me virei e não quis mais assistir. Eu tinha apenas testemunhado uma criança ser assassinada bem diante dos meus olhos."

"Deus," ela respirou, um soluço soltando de sua garganta.

"Foi a primeira tatuagem que fiz," falei, agarrando sua mão e movendo-a para descansar sobre meu coração. "Foi quando conheci o Peek."

Ela se afastou, colocando a distância que eu não queria que entre nós, e estendeu a mão. "Mostre-me o seu Peek."

E foi isso o que eu fiz.

Pulando da porta traseira da caminhonete, caminhei para dentro, de mãos dadas com a Nikki.

A primeira pessoa a nos cumprimentar no balcão da frente foi Alison, a mulher que trabalhava na recepção por todo o tempo que eu poderia lembrar.

Ela também era a old lady do Peek.

Peek era membro de um clube de motocicleta não oficial, e um dos homens mais mal-humorado em todo o mundo.

No entanto, ele respeitava um homem que poderia falar a língua dele. E a linguagem do Peek era a arte de tatuagens e eu tinha um monte de tatuagens.

"Mikey!" Alison disse alegremente. "Você está pronto para ter esse espaço vazio em suas costas preenchido?"

Antes que eu pudesse responder, Nikki falou.

"Na verdade, ele está me trazendo aqui para fazer minha primeira tatuagem!" Nikki disse com entusiasmo, como se tivéssemos realmente planejado que isso acontecesse.

Quando fui para dizer algo, ela colocou a mão sobre minha boca e balançou a cabeça.

"É mesmo? Mikey nunca trouxe ninguém aqui antes! Estou animada em conhecê-la! Você é Nikki, certo?" Alison perguntou com um sorriso feliz.

Nikki olhou curiosamente para mim antes de voltar sua atenção para Alison. "Sim, eu sou a Nikki. Espero que você tenha ouvido coisas boas." Ela disse sinceramente.

Eu sabia que deveria parar com isso antes que fosse longe demais, mas decidi deixar acontecer. O que foi dito foi dito, e eu não tinha nada a esconder.

Nikki descobriria em breve o que tinha feito mesmo sem ajuda da Alison.

Alison sorriu. "Oh sim. Michael contou-nos tudo sobre você quando Peek estava fazendo a tatuagem nas costas dele."

Nikki piscou e se virou para mim, mas Alison não notou. Ela estava muito ocupada repassando tudo sobre o que eu disse naquela noite, há um ano e meio atrás.

A noite que fiquei completamente embriagado.

"O que você fez?" Ela perguntou com cautela.

Dei de ombros e virei-me, dando-lhe minhas costas. "Logo acima da minha cintura." Eu disse a ela.

Lentamente senti minha camiseta ser levantada, e então ela ofegou.

Eu sabia o que ela viu.

Era meio difícil não ver.

"Você tem o meu nome tatuado na bunda!" Ela gritou.

Bufei e me virei, dando-lhe um olhar seco.

"É na minha cintura, não na minha bunda. Não tenho nada na minha bunda. Mas posso conseguir uma se você quiser." Ofereci sugestivamente.

Ela mexeu os dedos para mim.

"Vire-se de costas," ela disse. "Ainda não tinha acabado de olhar."

Fiz como me foi dito e senti ela traçando as letras do nome dela tatuado na minha carne com os dedos.

"Porquê?" Ela perguntou baixinho.

Dei de ombros.

"Parecia uma boa ideia na época," falei sem jeito.

Ela riu, fazendo meu coração disparar.

"Já ouvi falar de mulheres colocando o nome do seu homem ali, então ele pode, você sabe, vê-lo quando ele faz, você sabe, por trás. Mas nunca vi um homem fazer isso. ” Ela murmurou.

Deixei minha camisa cair e me virei para ver os olhos dela agora fixos na minha virilha, e quase não resisti ao impulso de cobri-la com a mão.

"Então," eu disse provocando. "O que você estará recebendo nessa sua pele virgem Nik?"

Tínhamos falado sobre isso uma vez, há muito tempo atrás, mas os tempos mudaram. Assim como opiniões.

Nikki, porém, era previsível, provando a mim que ela não tinha mudado nem um pouco.

"Você já viu aqueles animais de pelúcia de olhos grandes, Ty Beanie Babies6?" Ela perguntou a Alison.

Alison concordou. "Sim, quem não viu?"

Nikki sorriu.

"Isso é o que eu quero."

Eu balancei minha cabeça.

Essa mulher.

No nosso primeiro encontro juntos, ganhei um bichinho de pelúcia de uma daquelas máquinas superfaturadas, onde você usa a garra para pegar.

Ela tinha se apaixonado por ele, e eu comecei a chamá-la de 'Coruja' mais tarde naquela noite quando vi a semelhança entre os olhos da coruja e os de Nikki.

Quando ela brincou dizendo que iria fazer uma tatuagem de coruja, tínhamos feito uma aposta, e eu disse que ela não iria.

Mas então, com o passar do tempo, nós tínhamos esquecido.

Então as coisas complicaram, e de repente não havia mais Nikki e Michael.

Bem, eu tinha esquecido disso.

Nikki, aparentemente, não.

"Tem um específico em mente?" Alison pediu.

Nikki sorriu e enfiou a mão em sua bolsa, buscando seu telefone, esvaziando-a, retirando não só sua carteira, mas as chaves, uma bolsa de maquiagem, e também um par de chinelos, colocando tudo em cima do balcão.

Não pude fazer mais nada, apenas balançar a cabeça.

"Essa mulher."

"Oh!" Alison disse com entusiasmo. "Adorei!"

Alison era uma mulher 44 anos de idade com cabelos grisalhos louros, mas naquele momento, com o jeito que ela estava rindo como uma adolescente, ela poderia ter passado por uma das jovens garotas que Peek tinha acabado mostrar a saída.

"Porque você está berrando, mulher? Você sabe como isso machuca meus ouvidos," Peek grunhiu provocando.

Peek era um irlandês de quarta geração.

Ele tinha um sotaque grosso, mas quando conversava com sua esposa, o sotaque ficava mais e mais grosso quando ele cantava suas palavras doces para ela. Ou quando gritava com ela.

"Como você está, rapaz?” Peek perguntou batendo no meu ombro com a mão grande.

Peek era uma potência de 1,93m que se elevava sobre minha estrutura de 1,87m.

Eu não era nem um pouco magro.

E tinha músculo em cima de músculo.

Peek, por outro lado, era um touro onde o resto de nós definitivamente não éramos.

Ele era um bombeiro voluntário para o Uncertain, Texas Fire Department, quando necessário, e trabalhava em seu estúdio de tatuagem em Kilgore, Uncertain, e Gun Barrel City em turnos alternados. Ele também era membro e presidente, do Uncertain Saint’s MC.

Peek tinha formado o MC há muito tempo atrás, após a morte do único filho dele e da Alison.

Aparentemente foi devido a drogas, mas eu nunca abordei o assunto indo mais longe do que ele estava disposto a informar.

Eu o conheci naquela noite, há doze anos atrás, e ele me ajudou a lidar com a minha decisão de deixar a medicina, bem como com a indignação dos meus pais sobre o fato.

Ele também me apresentou ao Chefe de polícia, Chefe Rhodes, na minha licença em terra.

Nós tínhamos nos dado bem, e eu encontrei um emprego no Departamento de Polícia de Kilgore, no minuto que meus pés estavam em terra firme novamente.

"Estou indo bem, Peek. Esta," eu disse, estendendo a minha mão para Nikki, que me ignorou, enquanto mostrava a Alison as fotos de seus sobrinhos. "É a Nikki."

Peek sorriu, se movendo mais perto, até ficou diretamente atrás de Nikki, então se virou para mim, parecendo satisfeito, assim como Alison. "Estou feliz em ouvir isso, rapaz. O que é que vocês estão fazendo aqui?"

Nikki se virou quando percebeu Peek atrás dela.

Com olhos arregalados, admirada, ela disse, "Nunca conheci um irlandês antes."

Peek virou-se para ela e lhe deu um sorriso malicioso. "Você gostaria de conhecer?"

Revirando os olhos, me aproximei, passando meu braço em torno do pescoço da Nikki. "Ela está comprometida, grandão. E eu gosto dos olhos dela." Eu disse, olhando incisivamente para uma inocente Alison que teve a graça de parecer envergonhada.

Há alguns meses atrás, Peek estava trabalhado em uma cliente, uma mulher jovem que estava recebendo uma das tatuagens mais odiadas de sempre pelo Peek, uma borboleta, quando a jovem cliente tinha agarrado a virilha de Peek.

Alison, tendo testemunhado o incidente, perdeu o controle. Em seguida, jogou a menina e a borboleta semiacabada para fora pela porta da frente.

Fui o responsável para atender a solicitação, quando a garota havia chamado para relatar o aparente 'assalto', quando foram na verdade apenas alguns arranhões no rosto

"Não tenho culpa se aquela garota idiota pensou que seria apropriado agarrar a virilha de um homem, um homem casado." Alison disse teimosamente, antes de jogar um olhar na direção do marido.

"Não tenho culpa se o meu pacote é irresistível!" Peek, disse em seu sotaque irlandês.

Nikki sorriu, cobrindo a boca para conter suas risadinhas antes de virar os olhos risonhos para mim.

"Está pronta para fazer aquela tatuagem, coruja"? Perguntei baixinho, ignorando as duas pessoas briguentas ao nosso lado.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim, acho que está na hora."


CAPÍTULO 6


Se ela nem me olha eu vou-o cara de cima... com o meu assassino brilho e indiferença e tanto.

-Nikki para Lennox


Nikki


"Alô"? Atendi meu celular. Eu parecia cansada.

Eu estava literalmente na cama há menos de quatro horas, no máximo, e estava morrendo de vontade de voltar a dormir.

"Nikki"? Lennox sussurrou suavemente. "Onde você está?"

Meus olhos se abriram, cansados, e eu rolei para olhar o relógio.

"Na cama..." gemi. "Porquê?"

"Uhh, porque supostamente era para você estar aqui há trinta minutos. Você me disse que trocou com Damon, e nem você nem o Damon estão aqui e Joslin está fodidamente com raiva,” Lennox disse apressadamente. "Ela está dizendo a todos que você ainda chegou. Estou enrolando, mas você precisa se apressar!"

"Merda," sussurrei, saltando para fora da cama. "Estarei aí em dez minutos."

Passando uma escova no meu cabelo enquanto ia para o banheiro, tirei a roupa apressadamente e acelerei minha rotina matinal que normalmente levaria quarenta e cinco minutos, condensando isso para cinco.

O que significava que meu cabelo estaria encaracolado em vez de liso, como era o meu estilo habitual.

Isso significava também maquiagem inexistente e roupas amassadas, porque tive que puxá-las de uma pilha no pé da minha cama que minha gata amava derrubar quando podia. E também significava que eu estaria usando tênis coloridos, porque não consegui encontrar o meu par de trabalho.

Eu tinha certeza que seria repreendida, mas se eu soubesse de antemão que receberia uma advertência por escrito e quase perderia o meu emprego, eu teria dito que estava doente.

Meu telefone tocou novamente, e quase entrei em pânico.

Eu estava religiosamente atrasada.

Para tudo.

Aniversários, trabalho, festas, encontros.

Se tivesse a possibilidade de me atrasar, eu estava atrasada.

Felizmente, era só a minha irmã, Noel.

"Nik-Nik, me empresta seu carro? Tenho que levar o meu para consertar os freios, e preciso levar Tyler para a escola." Noel disse suplicante.

Rolei meus olhos. "Desde que você encha o tanque de gasolina de novo e o devolva a tempo da minha saída do trabalho mais tarde."

"De acordo," disse ela. "Eu irei pega-lo no seu trabalho em cerca de dez minutos."

Fechei a porta da frente do meu apartamento atrás de mim e comecei a correr pelo corredor até a escada. "Venha em quinze. Estou atrasada."

Ela riu. "Por que isso não me surpreende?"

"Cuidado," brinquei. "Vejo você mais tarde. Tenha cuidado hoje.” Com isso, desliguei e comecei a descer as escadas. Eu ia chegar mais tarde do que eu tinha dito.

Doze minutos depois, entrei pelas portas do PS com a minha bolsa sobre um ombro.

Desde que eu não tinha comida na minha bolsa, porque não tive tempo para fazer nada na noite passada nem esta manhã, coloquei minha bolsa embaixo da estação das enfermeiras e fiz o meu caminho até Bryan, o enfermeiro encarregado.

"Bryan," eu disse, capturando a atenção dele. "Desculpe, me atrasei. Tive uma noite muito longa." Não lhe contei porque foi longa, no entanto.

E ele não pediu.

Ele assentiu. "Não faça disso um hábito, Pena."

Assenti com a cabeça, em seguida, recuei quando o movimento repuxou a pele nas minhas costas, me lembrando mais uma vez da tatuagem que eu tinha feito apenas algumas horas atrás. E Michael.

"Bryan, quando fomos autorizados a usar sapatos coloridos?" Uma voz feminina imprestável pertencente a Joslin, perguntou.

Bryan olhou para cima de seus gráficos para Joslin.

"Não são permitidos sapatos coloridos. Você sabe as regras, apenas brancos." Bryan respondeu, soando ligeiramente aborrecido.

Saí andando, sabendo para onde isto ia antes que eu tivesse tempo de processar o fato que Joslin estava apontando para mim hoje.

"Mas Nikki está usando sapatos assim," Joslin entregou como uma criança de dois anos. Os olhos de Bryan viraram para mim, logo em seguida para meus sapatos.

Então, rapidamente voltou para o mapeamento em suas mãos.

Foi o pigarro macio de Joslin que o fez suspirar e olhar para mim. "Vá trocá-los Pena," Bryan disse cansado.

Que diabos foi isso?

"Você quer que eu vá para casa para trocá-los?" Perguntei em esclarecimento.

Ele assentiu. "Sim. Agora."

Dei de ombros. "Por mim tudo bem, mas vai demorar mais ou menos uma hora para voltar. Emprestei o meu carro para minha irmã hoje. Tenho certeza que ela já o pegou por agora. Então terei que ligar para ela e pedir uma carona para casa."

Bryan rosnou em frustração.

"Nikki," disse ele, levantando-se. "Siga-me para a sala de descanso. Precisamos conversar."

Com meu estômago dando nós, segui Bryan para fora das portas duplas em direção a um corredor lateral que nos levou à nossa sala de descanso, com os olhos risonhos de Joslin me seguindo.

Controlei-me para não lhe dar o dedo, mas por pouco.

Eu já estava em apuros, e bastante certa que Joslin gostaria apenas de contar a ele o que eu tinha feito de qualquer maneira. Então vesti minha calcinha de menina grande e obedientemente segui atrás de Bryan.

Quando já estávamos na sala de descanso, ele sentou-se na borda da mesa e cruzou os braços.

"Tive que conversar com o diretor sobre seus atrasos constantes," ele disse sem preâmbulo.

Apertei meus lábios com força.

Não tinha razão.

Eu estava atrasada.

Fim da história.

E sempre estaria.

"Sinto muito," falei com sinceridade.

E eu sentia.

Não por só pelas incidências passadas, mas pelas futuras também.

Ele suspirou e levantou a cabeça até o teto.

"Você precisa colocar isso em ordem," ele disse. "Tenho a sensação que a única razão deles a manterem é porque você é uma trabalhadora tão boa. Você está sempre ficando até tarde, sempre pegando turnos extras e disposta a mudar quando pedimos. Mas isso não compensa o fato de que você está sempre atrasada e você precisa se esforçar mais para consertar isso, caso contrário serei obrigado a informar ao diretor, certo?" Ele perguntou, soando cansado.

Concordei, descruzando meus braços e colocando as mãos nos bolsos do meu avental. "Claro."

Eu não faria promessas, no entanto.

Essa era apenas eu. Eu era atrasada.

"Eu também recebi reclamações de você de alguns dos membros da equipe, eles disseram vê-la fazendo pausas para o café frequentemente," ele disse com cuidado.

Alguns membros do pessoal minha bunda!

Foi apenas um membro da equipe!

E isso foi porque ela tinha acabado de voltar de chupar o pau de algum homem!

Prostituta!

"Eu entendo," falei com cuidado. "E este membro da equipe poderia ser alguém que tem desejos de vingança contra mim ou algo assim?"

Ele piscou.

"Hum, não," ele respondeu sem jeito.

Mentiroso!

"Bem, eu só fiz uma pausa ontem, Bryan. E isso foi logo depois que tive que colocar um IV em um garoto que tinha acabado de ser baleado na cabeça!" Eu praticamente grunhi. "Desculpe-me se eu não pude lidar com isso e precisava de uma pausa!"

Ele piscou, surpreso com meu desabafo.

"Não sabia que foi por isso que você tinha saído ontem. Só ouvi o que ela me disse. Peço desculpas." Bryan disse com sinceridade.

Ah-ha!

Ela!

Só poderia ser uma pessoa!

"Estúpida cadela vadia," murmurei, conforme me virei para sair. "Fodendo seu caminho até o topo."

Segui pelo corredor, passando pela entrada do ER e então parei bruscamente quando vi a porra da mão de Joslin no meu Michael.

Ele a olhava com preocupação, enquanto ela limpava uma lágrima falsa de sua pálpebra, e eu me perdi.

É difícil dizer de onde veio o meu temperamento.

Meu pai gostava de dizer que era da minha mãe. Minha mãe gostava de dizer que era do meu pai.

De onde quer que fosse, era lendário.

No entanto, temperamento lendário ou não, eu precisava do meu trabalho, então tive que deixar minha birra de lado e sair pelo estacionamento das ambulâncias, em vez do corredor onde a vadia estúpida estava.

"Estúpida filha de uma prostituta. A puta precisa verificar o cérebro se ela acha que pode foder comigo. Eu sou uma Pena, droga! E aquele pendejo8 terá que começar a pensar diferente se ele acha que vou aceitar isso depois da noite passada. Filho da puta!" Assobiei alto conforme marchava para fora das portas de vidro deslizantes.

Dando de frente com um grupo de motociclistas que estavam me olhando de maneira engraçada.

Em sua liderança estava Peek, e ele tinha um sorriso zombador em seu rosto que estava perigosamente perto de ser esbofeteado.

"O que estão olhando, tolos?" Estalei, empurrando através deles.

Eles se moveram, e eu tinha certeza que alguns deles estavam tentando não rir.

Outros, como o moreno alto e bonito com pele de caramelo e olhos verdes, bem como Peek, não se preocuparam em esconder as risadas.

"O que tem em sua calcinha hoje, Coruja"? Peek, riu por trás de mim.

Mostrei-lhe o dedo enquanto atravessava o estacionamento, sem perder o fato de que, através das paredes de vidro que ladeavam o corredor dos fundos, eu podia ver Michael em pé com Joslin, ainda na mesma posição, mas agora ele tinha as mãos na cabeça.

Caminhei por todo o estacionamento antes de lembrar-me que eu não estava com meu carro.

Então vi a F-150 brilhante com calotas preto e pintura azul metálica que Michael tinha comprado em algum momento no ano passado, e a Nikki má saiu para jogar.

Vamos apenas dizer que meu irmão me ensinou uma coisa ou duas em algum momento que não tínhamos nada melhor para fazer, e eu aperfeiçoei as habilidades até poder entrar e dirigir qualquer coisa.

Os veículos mais novos eram equipados com acesso sem chave, e você tinha que ter um controle remoto para dar a partida.

Michael, porém, cometeu um deslize ontem.

Ele me contou sobre uma chave reserva que ele guardava em sua caixa de ferramentas.

Nunca pensei que precisaria saber isso..., mas agora era fodidamente acessível!

Aproximando-me da roda, abaixei minha cabeça e olhei por cima do pneu, encontrando a caixa preta em questão de segundos.

A caixa saiu do suporte com bastante facilidade, mas estava toda coberta de sujeira e graxa, deixando minha mão completamente coberta de lama.

Não que eu me importasse.

Eu estava a caminho de casa.

Eu levaria o tempo que fosse necessário para me vestir, realmente me vestir e voltaria somente depois disso.

Embora provavelmente abandonasse o veículo de Michael há algumas quadras do meu apartamento.

Não seria bom que ele soubesse que fui eu.

Pressionando o botão de desbloqueio, abri a porta e entrei.

"Há alguma razão para um homem ter que levantar seu caminhão tão alto" Murmurei para mim mesma, batendo a porta com força.

Pressionando o pé no freio e apertando o botão de partida, o motor a diesel roncou para a vida com um ronronar silencioso.

Olhei para a esquerda e para a direita, assim como para a porta onde imaginei que Michael sairia se ele soubesse que seu caminhão estava o deixando, e saí do estacionamento onde ele tinha encaixado seu carro tão bem.

Então, eu estava a dois minutos do local onde eu tinha decidido estacionar a minha mais nova aquisição, quando as luzes vermelhas e azuis refletiram no espelho retrovisor.

"Filho da puta!" Resmunguei, xingando a mim mesma por minha estupidez. "Você sempre faz isso, Nikki. Sempre tendo más decisões."

Para piorar a situação, era meu irmão fedorento ao volante da viatura me pedindo para encostar.

Sua surpresa foi tão grande quanto a minha, quando ele me viu ao volante.

Levou alguns minutos para falar, mas quando o fez, não foi legal.

Não que isso fosse incomum em Nico.

Ele era um grande idiota às vezes.

"Você é uma cadela estúpida," ele suspirou.

Peguei a coisa mais próxima a mim que pude alcançar e joguei nele, que na realidade era uma garrafa de Gatorade cheia até a metade.

Ele pegou com facilidade e me olhou furioso.

"Você sabe, certo, que metade da força policial está agora procurando sua caminhonete?" Ele perguntou com uma sobrancelha levantada.

Dei de ombros. "Eu estava louca."

Ele piscou. "Você estava louca... então você pensou que seria uma boa ideia roubar a caminhonete do homem?"

"Eu não roubei. Peguei emprestada." Falei teimosamente.

Ele apenas balançou a cabeça. "Saia."

"Não."

"Sim," ele disse com os dentes cerrados.

"Faça-me!" Respondi.

Eu estava sentada no carro de polícia do Nico quando Michael chegou vinte minutos mais tarde.

Nico estava encostado na capota, cansado de me ouvir gritar com ele, e eu estava louca.

E provavelmente seria demitida também.

Eu sabia que não seria presa pelo 'empréstimo' da caminhonete de Michael, mas Nico era um idiota e me colocou aqui porque ele queria, não porque ele precisava.

Michael chegou em outro carro de polícia que parou frente a frente com a caminhonete dele e saiu.

Foi quando eu fechei os olhos e fiquei confortável.

Inclinando-me contra a porta, cruzei meus braços sobre meu peito e estendi as pernas, com meus sapatos coloridos proibidos no assento.

Eu tentava não pensar sobre o que encontraria na minha roupa se eu tivesse uma luz.

Dentro desta viatura era nojento, e se isso nunca acontecesse de novo, seria ótimo.

Até cheirava mal.

A batida na janela em frente a mim me fez arregalar os olhos e em seguida os fechei rapidamente.

A porta abriu e a voz profunda e sensual de Michael disse "Saia."

Balancei minha cabeça e fechei os olhos. "Não, sinto muito. Não é possível. Meu irmão é o policial. Terei que lidar com ele de agora em diante."

Os olhos de Michael estreitaram. "Não vou dizer isso de novo, Nikki."

"E o que vai fazer se eu não ouvir? Sentar e ficar olhando para mim? Sim. Não." Eu disse, fechando meus olhos novamente.

Então minha bunda estava deslizando sobre o banco por meio da mão grande de Michael enrolada no meu tornozelo.

Gritei, virando de barriga, quando ele retirou minhas pernas para fora do carro e então trancou a porta quando terminou de me puxar.

As mãos de Michael foram para meus quadris conforme ele puxava com mais força, e meu aperto na porta começou a ceder.

"Deixe-me ir, seu grande babaca!" Gritei. "Socorro!"

Estávamos numa rua deserta no meio do centro da cidade, então o fato de que eu estava gritando 'ajuda', quando não havia ninguém ao redor era bastante cômico, e aparentemente Michael pensava assim.

Ele riu. O bastardo.

"Deixe-me ir! Eu te odeio!" Gritei, começando a chutar quando ele me jogou por cima do ombro.

Ele bateu na minha bunda e eu gritei.

"Seu bastardo!" Rosnei.

"Você já disse isso." Ele disse rindo, passando pelo meu irmão e o outro policial que o levou, que passou a ser James.

A boca do meu irmão se contraiu enquanto passei, e a garrafa que me entregou quando me empurrou para o carro parecia uma boa coisa para atirar nele novamente.

Exceto que Michael me fez perder a oportunidade com suas tendências de homem das cavernas.

Quando chegou a porta do passageiro da sua caminhonete, ele desbloqueou com as chaves em sua mão, abrindo-a com força antes de me depositar sem a menor cerimônia no assento.

Ofeguei em surpresa e então olhei para a porta fechada que ele tinha acabado de bater no meu rosto.

"Pendejo." Murmurei, em seguida, tentei abrir a porta.

Só que ela não cedia, principalmente porque meu irmão estava lá para me impedir.

Mostrei-lhe o dedo e ele riu.

"Vou pagar você de volta por isso," falei, apontando para ele em advertência.

Ele levantou as duas mãos e sacudiu em falso terror.

Estreitei meus olhos e então sorri, enquanto retirava meu celular do bolso.

"Alô?" Respondeu a minha melhor amiga.

"Georgia," falei quando ela atendeu. "Você sabe na semana passada, quando você perguntou a Nico o que ele comeu no almoço, e ele disse salada? Sim, realmente foi um hambúrguer da Jucy’s. Ele mentiu para você."

Seu suspiro indignado e, em seguida, o clique do telefone na minha orelha, seguido pelo toque instantâneo de Nico quase me fez gargalhar.

"Carma é uma puta!" Gritei quando ele atendeu o telefone.

Geórgia estava em uma dieta, o que significava que Nico também estava em uma.

Mas Nico não queria estar em uma dieta, e todos os dias no seu turno ele comia fora porque estava com muita fome.

Ele pagava em dinheiro para que ela não visse sua conta bancária, então eu o peguei no restaurante favorito da Geórgia na semana passada onde ele me fez prometer não contar.

Como a boa irmã que sou, não contei. Até ele colocar seu chapéu de bastardo. Então todas as apostas estavam fora.

Michael disse do meu lado, “Isso não foi legal."

Ouvi-o abrindo a porta dele, claro, mas eu estava ignorando-o, então não me incomodei com ele.

Cruzando os braços sobre meu peito, eu olhava para frente e me recusei a sequer pensar sobre ele.

"Coloque seu cinto de segurança," ele ordenou assim que deu partida na camionete.

O ignorei.

"Nikki," ele disse com um suspiro. "Coloque isso."

Eu não fiz.

Suspirando exasperado, ele soltou o próprio cinto de segurança, aproximando-se de mim.

Seu antebraço acariciou meus seios e meus mamilos apertaram.

A vaca traidora.

Ele pegou o meu cinto, passou em torno de mim e o afivelou no lugar ao lado do meu quadril.

Ele cheirava bem. Não que eu admitiria isso.

E os meus mamilos ainda estavam formigando.

Michael voltou ao seu lugar, abriu a janela e começou a dar marcha ré.

"Obrigado!" Ele gritou para os dois homens nos observando partir.

Bufei.

Que se danem, também.

Eu conversaria com a esposa de James, também. Sinto-me bastante segura que poderia encontrar alguma sujeira nele para tirar esse sorriso do seu rosto.

"O que rastejou em seu traseiro?" Ele perguntou quando estávamos na estrada.

Virei minha cabeça para olhar pela janela e fiquei em silêncio.

"Pare de ser infantil e fale comigo. O que você fez hoje poderia ter sido muito diferente. Sorte que foi seu irmão que fez você encostar e não alguém que não te conhecia. As coisas poderiam ter ido a merda facilmente.” Ele rosnou.

Então, me virei para ele.

"Quer saber o que é infantil? Que tal sua esposa dizendo a todos no trabalho que sou uma empregada inadequada e depois chamam a minha atenção porque estou usando os sapatos errados. A mesma 'regra' e digo regra com a maior relutância porque ninguém segue, que todo mundo quebra. Então fui enviada para casa," rosnei.

Ele piscou. "Ela não é minha esposa."

"Bem, você a fodeu e foi casado com ela. Quase a mesma coisa." Eu disse a ele.

"Isso nem de perto é a mesma coisa. Já me divorciei de Joslin de há mais de dois anos. Nós não temos qualquer relação, e ela vai casar com meu irmão." Michael disse com naturalidade.

Esforcei-me para não reagir ao fato que ela ia se casar com o irmão de Michael, mas falhei.

"Ela o quê?" Gritei.

Bem, se isso não chamasse minha atenção, não sei o que iria.

Michael atirou-me um olhar divertido, o que fez aquele fogo queimando no meu ventre se tornar mais quente.

Ele era tão sexy.

Seu cabelo preto estava raspado firmemente à cabeça dos lados com cerca de dois centímetros na parte superior, e seu rosto estava barbeado, embora não estivesse ontem. Ele estava de volta em sua camiseta preta e uma calça jeans.

"Sim, você ouviu direito," ele acenou com a cabeça.

Pisquei e voltei a olhar para a janela.

Ela transava com todo mundo!

Bryan. Pelo menos três médicos que eu conhecia. E o irmão de Michael? De verdade?

Como é que a mulher tinha tanta energia?

"Pensei que você tinha que trabalhar hoje." Eu disse acusadoramente, não desviando minha atenção da vista.

"Eu irei. Às 12:00. São só 09:30 da manhã." Ele respondeu. "Eu estava lá para te ver, quando não te encontrei no seu apartamento, mas Joslin estava me dizendo que você foi mandada para casa."

Cerrei minhas mãos em punhos.

"Ela é uma vadia," resmunguei.

Ele bufou. "E só agora você descobriu isso?"

Bufei. "Você estava tocando nela."

Ele suspirou. "Há algo de errado com ela. Ela não entende a palavra 'não', e é desonesta e vingativa. Aprendi ao longo dos anos que a maneira mais fácil de lidar com ela é deixando-a ficar com o que ela quer. Ou, pelo menos, permitir que ela pense que tem o que ela quer. Mansidão parece expulsá-la, por isso é que faço isso. Aprendi a ser tão manipulador como ela por necessidade."

Eu rolei meus olhos. "Bem, acho que se você quer continuar esta relação, você precisa descobrir como não tocá-la, porque não me agrada. Nem um pouco."

Ele sorriu, revelando dentes brancos e brilhantes.

"Nota-se," ele concordou imediatamente.

Então ele voltou para a estrada, e fiquei contemplando minha audácia de roubar sua caminhonete.

"Às vezes eu não penso antes de agir." Admiti baixinho, olhando para as minhas mãos.

Ele bufou. "É um eufemismo."

"Vou tentar não roubar sua caminhonete de novo." Eu disse suavemente.

"Você não terá a oportunidade de roubar minha caminhonete de novo," ele riu.

Eu levantei meu rosto para ele.

"Você acha?" Perguntei.

Ele sorriu. "Eu sei."

Quando chegamos ao meu apartamento, retirei as minhas chaves... e ofereci a ele.

Ele pegou, grato por não ter que perguntar e começou a subir as escadas.

Eu tinha percebido ao longo da nossa vida amorosa de quatro meses, e novamente ontem à noite, que Michael gostava de ser cauteloso.

Não importava se saímos por dez minutos ou cinco horas, quando voltávamos para minha casa, ele olharia tudo para ter certeza que estava tudo bem antes de me deixar entrar.

Segui atrás dele, e entrei pela porta assim que ele estava saindo da cozinha e desaparecendo no quarto.

Eu tinha um apartamento de um quarto que eu amava odiar.

Ele ficava localizado no canto superior direito de uma unidade de quatro apartamentos, e eu o odiava a cada segundo.

O vizinho à minha direita roubou minha vaga no estacionamento. O vizinho à minha esquerda na parte inferior gostava de retirar minhas roupas da lavanderia compartilhada. E o vizinho diretamente abaixo de mim gostava de ter sexo alto, batendo na parede. Não que eu soubesse como ele fazia isso, desde que eu estava acima dele, e eu estava bastante segura que ele não podia foder no teto.

Independentemente disso, ele fazia isso, e eu ficava impressionada. Mas também com um pouco de sono privado às vezes.

O interior do apartamento não era nada especial. Paredes brancas, carpete bege. Bancadas de baixa qualidade simples e aparelhos da última década.

Meus móveis, no entanto, eram bons.

Eu passava muito tempo em casa, e queria estar confortável enquanto fazia isso.

E foi por isso que gastei quase um salário inteiro no meu sofá e o próximo na minha TV.

Minha cama não era tão boa como o sofá, por isso que encontrei-me dormindo no sofá mais frequentemente do que na cama.

"Porque você teve que voltar para casa?" Michael perguntou, invadindo meus pensamentos.

Virei-me para ele e cruzei os braços sobre meus seios.

"Não consegui encontrar os sapatos apropriados para o trabalho esta manhã, então usei meus tênis regulares, o que Joslin imediatamente informou ao meu chefe, e ele me mandou para casa para trocá-los. Embora isso tenha ocorrido a mais de uma hora e meia atrás, então talvez eu não tenha um emprego para voltar." Admiti.

Ele se aproximou, passando a mão ao longo das costas do sofá.

Visões de nossa única noite juntos começaram a filtrar através de meu cérebro, e eu quase não contive a vontade de cruzar as pernas para tentar controlar o pulsar entre elas.

"Você terá um trabalho para voltar." Michael me disse. "Quanto aos sapatos, estão no banco de trás da minha caminhonete. Você os tirou ontem à noite e esqueceu de levá-los com você. Que era o que eu estava trazendo de volta para você quando você roubou minha caminhonete."

Eu sorri.

Aquele homem! Como ele era engraçado!

"Isso teria me poupado muito tempo e dor de cabeça," disse-lhe. "Por que você apenas não me enviou um texto?" Perguntei.

"Você me disse para perder o seu número, lembra-se? Como eu não o memorizei, e você o deletou do meu telefone, eu não tinha. A menos que eu quisesse chamar o Nico, e hoje era o dia dele fazer um teste padronizado com o departamento, embora tenha sido cancelado, graças a Deus. Assim não havia muito o que fazer. Então eu os levei para você." Ele explicou, seus olhos me comendo.

Suspirei.

Virando-me para a cozinha, coloquei minha bolsa sobre a mesa e fui até a geladeira pegar o meu almoço, que eu tinha esquecido;

"Bem, acho que não havia necessidade de você me trazer de volta até em casa. Porém vou trocar de roupa, pois sinto que nadei em uma fossa depois de estar na parte de trás da viatura de Nico." Eu disse, dirigindo-me para o meu quarto.

Tirei minha camisa no caminho, joguei-a no chão do meu quarto e fui até o meu armário pegar uma nova.

Retirei meus sapatos e desci minha calça, que já estava em meus quadris quando senti um par de mãos assentar sobre eles.

"Com certeza eu deveria ter ficado na sala de estar." Ele sussurrou contra meu pescoço.

Arrepios começaram a correr pela minha espinha, e desta vez não parei ao esfregar minhas coxas uma contra a outra.

Apenas o som da voz rouca do homem me fez relembrar nossa noite, o que senti ao tê-lo dentro de mim. A forma como suas mãos ásperas corriam na pele sensível dos meus seios.

O jeito que sua barba fazia cócegas nos lábios de meu sexo quando ele puxou seu pau de mim e me comeu, antes de bater de volta dentro de mim gozando duro com dois golpes ásperos.

"Por quê?" Perguntei sem fôlego, alargando minhas pernas quando sua mão começou a se mover entre as minhas coxas.

"Porque você está prestes a ficar ainda mais atrasada."


Capitulo 7


Você é muito pequena para estar tão cheia de merda.

-Michael a Nikki


Nikki


Ofeguei em surpresa quando ele me girou e se moveu para frente até minhas costas encontrarem as camisas que eu tinha penduradas em meu armário.

Os cabides chiaram em protesto quando nossos corpos fizeram com que eles batessem na parede.

Uma das minhas mãos estava em volta dos ombros de Michael enquanto a outra foi para o varão que segurava todas as minhas camisas.

"Vou pegá-las mais tarde," arfei logo antes da boca de Michael encontrar a minha.

Eu gemia enquanto sua língua varria dentro da minha boca, esfregando provocativamente, enquanto ele pressionava a minha com mais força.

Quando senti suas mãos se moverem entre nós, levantei meus quadris ligeiramente, permitindo que o meu núcleo dolorido pressionasse contra o seu abdominal duro enquanto ele soltava suas calças, deixando-as cair em seus pés.

Engasguei quando ele pegou meus quadris e os forçou de volta para baixo.

Seu pênis pressionava minha boceta ainda coberta com a calcinha, e eu não consegui segurar o movimento involuntário dos meus quadris quando o prazer rasgou através de mim com o toque simples.

"Michael," ofeguei, jogando minha cabeça para trás contra as minhas camisas.

Sua boca deslizou ao longo da minha clavícula, e moveu para baixo até que seus lábios deslizaram sobre a ondulação do meu seio.

Eu estava com um modesto sutiã branco, que era o único que eu achava confortável para usar o dia inteiro enquanto trabalhava, e eu tinha certeza que não era o que se chamaria de atraente.

No entanto, me esqueci da importância disso quando ele puxou para baixo a taça do sutiã cobrindo um dos seios com os dentes, em seguida, sugou a ponta do meu mamilo em sua boca quente e molhada.

"Oh, Jesus," ofeguei, movendo meus quadris bruscamente enquanto pequenas faíscas surgindo na ponta do meu mamilo percorriam meu corpo.

Meu estômago se apertou e eu retirei minhas mãos de seus ombros e as levei para baixo.

Uma foi para a minha calcinha, enquanto a outra segurava o comprimento duro de seu pênis.

Puxando minha calcinha para o lado, alinhei a cabeça de seu pau com a minha entrada e esperei.

Michael não me decepcionou.

Quando trocou de seio, puxando a outra taça para baixo com os dentes e beliscando a ponta do meu mamilo, ele entrou dentro de mim.

Minha boceta convulsionou enquanto tentava ajustar ao seu tamanho, mas ele não me deu tempo.

Quando estava totalmente encaixado dentro, ele puxou lentamente para fora antes de afundar novamente dentro de mim.

Mordi meus lábios e movi minhas mãos para os lados de sua cabeça, observando enquanto ele circulava a ponta da sua língua no meu mamilo.

Ele começou a empurrar dentro e fora de mim, enchendo-me ao ponto de dor, antes de retirar novamente.

Os cabides se romperam e camisas caíram em torno de nós enquanto seus quadris continuavam o movimento, seu pau tocando a entrada do meu ventre a cada impulso.

"Por favor," eu disse, precisando de mais.

Abri meus olhos quando ele parou, e depois os arregalei quando ele saiu completamente e nos colocou de joelhos

Virei-me conforme ele pediu, com meus quadris para o lado, apresentando-o a minha bunda.

Minhas mãos estavam descansando sobre minha pilha de sapatos quando olhei por cima do meu ombro e o vi puxar minha calcinha para baixo sobre meus quadris.

Minha boceta se apertou com necessidade ao ver a expressão em seu rosto quando ele devorou a visão do meu núcleo.

Eu podia adivinhar o que ele viu.

Os lábios da minha boceta vermelhos e inchados. Minha entrada vazando de necessidade, implorando para ele me encher novamente. Minha calcinha em torno de meus joelhos quando ele as retirou apressadamente. Meu traseiro redondo e cheio.

Mexi meus quadris, pressionando ligeiramente para trás enquanto ele continuava a olhar por mais um tempo.

"Michael," sussurrei. "Por favor."

Minha boceta apertou quando ele olhou para cima, meus olhos encontrando os dele.

Eles estavam em chamas.

O azul estava completamente preto com pupilas dilatadas.

Ele avançou de joelhos até que seu pênis encontrou a minha entrada, e sem pressa ele afundou dentro.

Gemi e caí sobre meus cotovelos, enquanto ele empurrava seus quadris para a frente até que cada pedaço dele estava enterrado em meu canal.

Esta posição o permitiu afundar mais profundamente dentro de mim, e juro que eu podia senti-lo na minha barriga cada vez que ele me enchia.

Seu polegar roçou sobre o meu cu, e eu gozei praticamente com o simples toque tabu.

Eu apertei com tanta força que ele soltou um gemido estrangulado, e, finalmente, perdeu o controle que estava tentando desesperadamente segurar.

Eu gritei quando ele puxou e empurrou tão forte que meus joelhos deixaram o chão acarpetado.

Sem dor, no entanto. Só prazer.

"Sim!" Gemi, empurrando para trás com meus próprios quadris para encontrar seus impulsos poderosos.

Ele grunhiu com a forma que minha boceta apertou seu pau e me deu um pequeno tapa na bunda quando tentei tocar entre as minhas pernas para acelerar meu orgasmo.

"Não," ele disse bruscamente. "Isso é meu."

Não me incomodei em discutir com o que era dele.

Lembrei-me de como ele gostava.

Fazia muito tempo que eu não tinha o seu pau, mas eu sabia que ele queria que o meu prazer fosse só dele.

Ele queria ser responsável por me levar ao orgasmo

Ele queria me fazer gozar tão forte que eu gritaria tão alto que acordaria os vizinhos.

Minha mão caiu e descansei meu rosto ao lado de um dos meus chinelos de casa enquanto ele batia dentro de mim.

Meu orgasmo estava bem próximo, e ele podia sentir.

"Goze," ele ordenou.

Eu sorri. "Você não pode simplesmente dizer-me para gozar. Você tem que me fazer gozar. "

Então ele fez.

Ao inseriu o polegar na minha bunda.

Eu disparei como um maldito foguete, subindo tão alto e indo tão longe que não podia nem lembrar o meu caminho pra casa.

Mesmo distante, eu estava cinte dele puxando para fora de mim e empunhando seu pau contra as minhas costas enquanto atirava toda a sua porra ao longo das minhas costas, mas eu estava muito ocupada gozando para me perguntar por que.

Seu polegar torceu dentro de mim e o meu orgasmo, que pensei que estava descendo a ladeira, começou a avançar novamente.

No momento em que retornei a minha pele, eu era uma pilha desossada que tinha entrado em colapso, sapatos escavando a parte superior do meu tronco e sem um único cuidado à vista.

"Acho que você me quebrou," disse a ele, sentindo-o retirar o seu polegar.

Ele bufou enquanto se levantava, e eu assisti enquanto ele subia sua calça que ainda estavam em torno de seus tornozelos, de volta por suas pernas e quadril.

Ele a fechou, mas não abotoou enquanto se afastava, deixando-me na minha posição indecente em meio a uma neblina sexual.

Ele voltou momentos depois com uma toalha e começou a limpar minhas costas.

Depois de ter terminado, empurrou uma mão debaixo da minha cintura e me levantou.

Quando minhas costas encontraram seu peito, inclinei minha cabeça para o lado, expondo meu pescoço para a sua boca.

"Graças a Deus você está tomando pílula," disse ele em sua voz grave.

Enrolei meu braço em volta do pescoço dele.

"Como você sabe que estou tomando?" Perguntei curiosa.

Eu não estava surpresa que ele sabia que eu ainda estava.

Ele era um policial, pelo amor de Deus.

Se ele não fosse observador e inteligente, não seria um bom policial.

E havia uma coisa que eu tinha certeza, Michael era um maldito policial.

"Porque as vi em sua bolsa na noite passada quando você estava entregando o telefone para Alison," explicou. "Basta lembrar de tomá-las, porque depois de te foder assim nua, tenho certeza que nunca mais serei capaz de fazê-lo novamente com um preservativo. "

Sua admissão me fez sorrir amplamente.

Em seguida, o meu sorriso morreu quando ouvi meu telefone tocando da cozinha.

"Merda," eu disse, levantando e puxando minha calcinha para cima.

A nova posição colocou a minha bunda ao nível dos olhos de Michael, e ele aproveitou enquanto eu olhava para a bagunça que tínhamos feito no meu armário.

"Merda," repeti, curvando-me para olhar através da bagunça.

Encontrei uma camisa, em seguida uma calça, e as segurei, enquanto Michael massageava minha bunda e a parte interna das minhas coxas, deixando-me acessa antes que eu percebesse.

"Michael," eu disse, suplicante. "Já estou atrasada. Por favor."

Ele grunhiu em frustração e disse, "Tenho que ir trabalhar também em breve. Droga."

Eu sorri quando ele soltou meus quadris e ficou de pé, mas apenas para substituir os dedos por seu pau.

Ele apertou os quadris em mim.

Estava grata que ele já estava vestindo com sua calça, porque se estivesse nu, provavelmente estaria pedindo para me preencher novamente.

"Michael," implorei mais uma vez.

Ele suspirou e deu um passo atrás.

Imediatamente, perdi o calor do seu corpo, mas eu tinha um trabalho e compromissos.

"Obrigada," eu disse a ele, me virando enquanto vestia minha camisa.

Ele sorriu.

"Qualquer coisa para você," disse ele dolorosamente, ajeitando seu pau na calça enquanto abotoava as fivelas do seu cinto.

Um sorriso curvou meus lábios enquanto caminhei até o banheiro para inspecionar meu rosto.

Então, decidi que o olhar ‘apenas fodido' ficava bem em mim.

E não faria mal permitir Joslin ver exatamente o que ela estava perdendo.

"Pronta?" Michael perguntou quando saí do banheiro.

Com meu aceno, ele me levou até a cozinha onde peguei minha bolsa e saímos pela porta.

 

***


Trinta minutos depois, com a essência de Michael ainda escorrendo de mim, corri para o trabalho, jogando um beijo por cima do meu ombro para ele enquanto corria para dentro.

Ele o pegou e acenou, me fazendo sorrir.

Pedi que esperasse por mim para me certificar de que ainda tinha um emprego, e ele me deu um sinal de "ok" enquanto se recostava em seu assento, terminando de programar meu número em seu telefone.

Eu ainda não acredito que ele me ouviu.

Inferno, parecia surreal ... tudo isso.

Apenas alguns dias atrás, eu estava tentando organizar tudo para me manter à tona com aulas, trabalho, estudo.

Agora eu estava aqui, tirando tempo do estudo para ir em um encontro com um homem que nunca pensei que teria uma chance novamente.

"Bom, você está de volta!" Lennox murmurou, esfregando as mãos juntas em excitação. "Houve muita emoção aqui uma hora atrás. Policiais estavam por toda parte, e então esse homem, Michael, não sei se você o conheceu, mas ele tem cabelos castanhos e olhos azuis. Ele estava gritando com alguém sobre sua camionete sendo roubada. Em seguida, ele forçou o segurança para verificar as câmeras de segurança, mas a gravação não aconteceu porque o segurança derramou café sobre o hardware na semana passada e fritou completamente todo o sistema.."

Eu corei. "Eles descobriram quem roubou o carro?" Perguntei inocentemente.

Lennox sacudiu a cabeça. "Não. Eles não o fizeram, ou pelo menos não viram quem foi. Eles saíram daqui como se seus traseiros estivessem em chamas quando receberam alguma chamada sobre um BOLO7, o que mais tarde aprendi ser algo como ‘estar atento,’ e não ouvimos mais nada desde então."

Ual!

Seria muito ruim o hospital sabendo o que eu tinha feito.

Eu já estava em terreno movediço antes mesmo disso!

"Bem, isso é uma merda," consegui dizer levemente enquanto esguichava uma grande quantidade de sabão antibacteriano em minhas mãos. "Você ouviu por que eu tive que sair?"

Lennox assentiu e nós duas olhamos para onde Joslin estava parada do outro lado da sala.

Ela estava com um novo estagiário que eu nunca tinha visto antes, inclinando-se para ele e acariciando seu braço com um sorriso falso.

Deus, essa mulher era uma vadia!

E eu ainda não perdoei o Michael por tocá-la mais cedo

Eu não me importava se aquela era a única maneira de deixá-la perturbada. Ele precisava encontrar uma diferente.

"Eu me pergunto qual é o seu problema? Ela normalmente só esse tratamento para as mulheres que tentam roubar seu pau," Lennox meditou.

"Isso é porque Joslin é um cão a caça de espetáculo que gosta de ter toda a atenção sobre ela," Melissa, uma das minhas enfermeiras favoritas, rosnou enquanto jogava um gráfico sobre o balcão ao lado da minha mão.

"Estou namorando Michael," eu disse a Lennox à título de explicação, ignorando completamente os murmúrios chateados de Melissa.

Então, um brilho de compreensão brotou nos olhos de Lennox.

"Bem, isso vai ser interessante para você," ela conseguiu dizer.

"Você pode dizer isso de novo. Essa mulher precisa remover o pau que está alojado em seu traseiro," Melissa resmungou. "Ela apenas disse a Bryan que eu estava flertando com um paciente, e que eu precisava aprender a ser mais profissional. Filha da puta, eu estava apenas dizendo que ele tinha filhos bonitos! Eu não disse que ele tinha um pau bonito ou nada!"

Nós duas olhamos surpresas para ela pela sua explosão.

"Essa mulher precisa ir," murmurei. "Certamente há pessoas suficientes por aí que podem reclamar sobre ela, não há ninguém que ela não tenha fodido."

Nos três caímos em um ataque de risos com o pensamento.

Provavelmente não havia um homem solteiro ... aliás ou casado ... por todo o hospital que ela não tenha fodido. O que era um problema. Para todos nós.


CAPÍTULO 8


Toque minhas tatuagens, eu tocarei seus seios.

-Camiseta


Michael


Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang

O som da minha Glock ecoando nas paredes cavernosas da sala de treino de tiro fez-me sentir em paz.

Na verdade quase tão bem como me senti quando tive Nikki envolta em meus braços.

Atirar me trazia um sentimento de paz.

Um que permitia deixar meus pensamentos de lado e me divertir.

Eu precisava registrar muitas horas com armas variadas por mês de qualquer maneira, assim funcionava muito bem porque eu adorava fazê-lo.

O que não dava para amar era o homem nas minhas costas choramingando sobre a sujeira que estava grudando em suas roupas. "Eu não pedi que viesse," resmunguei para o meu irmão.

“Não, mas você não reagiu como pensei que faria no jantar, quando disse a você. Eu esperava raiva e você não fez nada. E depois partiu. Eu só queria ter certeza que estava tudo bem,” Dean disse teimosamente.

Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang

Colocando a arma na mesa à minha frente, peguei o carregador que acabara de ejetar da arma e comecei a recarregá-lo.

"Michael, você está me ouvindo?" Dean perguntou frustrado.

Eu o ignorei.

Realmente não sabia o que ele queria que eu dissesse.

Eu já tinha dito a ele exatamente o que pensava sobre o assunto, principalmente que não me importava.

Nem um pouco.

E ele se recusava a acreditar que não.

Então estávamos diante de um impasse.

Eu não me importava.

Ele se preocupava demais por eu não me importar.

"Michael! Foco!" Dean rugiu.

Bati a carregador na arma, engatilhando-a com mais oito tiros, tentando fodidamente ignorá-lo.

Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang.

"Michael! Saia da porra da sua cabeça e fale comigo!" Dean rosnou, puxando meu braço com a arma ao redor, então o enfrentei.

Guardei a arma vazia e explodi.

"Estou fora da minha cabeça, seu idiota! Não sou mais a porra da bagunça que era quando tinha quinze anos. Eu nunca estou com minha cabeça no lugar! Agora mantenha suas malditas mãos longe de mim, e pelo amor de Deus, não puxe o braço de um homem quando ele tem uma arma em sua mão!” Eu gritei diretamente em seu rosto.

Dean se manteve firme.

Éramos os dois da mesma altura.

Eu só era maior porque levantava pesos.

Dean estava em forma. Excelente forma. Mas ele não era eu.

Então quando ele levantou os dois braços para trás e me empurrou, eu só voltei alguns centímetros.

Considerando que, quando fiz o mesmo, ele caiu de bunda no chão.

"Que porra você quer de mim?” Rosnei olhando para Dean.

Dean olhou furioso e se levantou, limpando sua bunda e o ‘terno novo’ que acabara de comprar.

“O que eu quero é sua permissão. Quero ter certeza que isto não acabará em uma disputa quando ela se casar comigo,” ele insistiu.

Suspirei e levei minhas mãos até meu rosto, deixando os meus dedos enrolar no pouco cabelo que tenho.

"Não há nenhum ponto de discórdia, Dean. Não a amo, e tem sido assim por algum tempo. Quando ela me traiu, foi isso. Todo e qualquer amor que senti por ela foi apagado da face da terra," eu falei cansado.

Nunca devia ter deixado Torres assumir meu turno.

Deveria ter feito as horas extras e ficado no trabalho.

Isso foi besteira.

Eu preferia estar fazendo qualquer coisa agora, menos isso.

Ele arruinou um dia perfeitamente bom com sua insistência de que eu não estava 'bem.'

Dean me olhou atordoado. "Você está mentindo. Ela me disse que você não queria ter um filho com ela, e só por isso vocês se divorciaram. "

Eu sorri sem graça.

"Eu não queria ter um filho com ela, isso é verdade. Mas o que fez me divorciar dela não foi porque ela queria ter filhos. Foi porque ela dormiu com cerca de quinze homens enquanto estávamos casados, e só descobri porque ela foi descuidada e deixou um médico novo chamá-la em casa. Ele deixou uma mensagem de voz dizendo a sua 'menina' que ele não poderia fazer o jantar, e que eles precisavam marcar um outro dia. O que me deixou curioso, já que ela deveria estar no trabalho naquele momento,” falei honestamente.

Maldição, como foi bom tirar essa merda do meu peito!

Estive segurando isso por muito tempo.

Foi difícil deixar minha família pensar que eu era o cara mau por não querer filhos.

Minha mãe ressentia-se, por isso, eu poderia dizer. Mas eu não sabia como contar isso sem que Joslin fosse banida da família, então mantive minha boca fechada.

"Você está mentindo," Dean disse sem veneno.

Eu podia dizer que ele acreditou em mim.

"Quer os arquivos do detetive particular? Tenho cerca de duzentas fotos, e isso acontecendo em tempo real, também.” Ofereci.

Ele estreitou os olhos. "Por que você não nos disse isso? Por que nos deixou pensar mal de você?"

Sorri sem vontade.

"Mamãe ama Joslin. E Joslin não tinha mais ninguém. Eu estava apenas sendo legal," disse a ele.

Ele suspirou. "Maldição. Não era isso o que eu queria ouvir."

Dei de ombros. "Desculpe, homem."

Ele me olhou por algum tempo antes de dizer, "Eu a amo, cara."

Balancei a cabeça. "Se você quer ficar com ela, isso está bom para mim. Eu não me importo. Mas esteja ciente de seus defeitos. E não diga que eu não te avisei."

Ele me olhou. "Foda-se."

Eu sorri e lhe dei um tapa de leve nas costas.

"Agora dê o fora daqui e me deixe aproveitar o resto do meu dia."

A contragosto ele saiu, e não pude deixar de sorrir com a grande mancha marrom sobre seu traseiro, onde ele havia caído no chão.

Bom para o fodido por me importunar.

Virando-me, recarreguei minha arma novamente e comecei a disparar em um pedaço de papel flutuando ao redor.

Eu estava tendo um momento muito bom até que recebi um telefonema, e o que ouvi quase fez meu estômago revirar.

 

***


"O que está acontecendo, Luke?" Perguntei enquanto caminhávamos, lado a lado, no corredor para nossa sala de conferência.

Luke abriu a porta e me conduziu para dentro à frente dele.

Fiz uma parada logo depois de entrar ao me deparar com vários homens de terno.

"O que está acontecendo?" Perguntei novamente.

Luke passou por mim e sentou próximo ao Chefe Rhodes, fiquei surpreso ao ver que ele também havia comparecido.

"Pegue uma cadeira, Perez. Temos algumas coisas para discutir com você. Porém, nada que tenha feito de errado, então não olhe assim para mim," o chefe resmungou.

Sorrindo ligeiramente, caminhei até a cadeira do outro lado do chefe e me sentei, recostando-me e cruzando meus braços sobre o peito.

O chefe empurrou uma pasta de arquivo que tinha quase três centímetros de espessura, e imaginei que queria que eu olhasse.

E quando fiz, desejei que pelo menos tivessem me preparado.

"Que droga, chefe. Foda-se," eu disse, afastando o arquivo de mim e fechando os olhos, tentando controlar minha vontade de vomitar.

"Ele vai fazer," disse o homem que me sentei em frente.

Ele tinha cerca de cinquenta anos e os cabelos castanhos com fios grisalhos.

Era um homem magro, e provavelmente não chegava a 1,68m de altura.

O outro homem ao seu lado era corpulento, com cabelo preto e a pele escura. Ele estava em seus trinta anos, tinha olhos verdes e um cavanhaque.

Eu olhei para os dois.

“O que diabos está acontecendo?” Rosnei.

Eu odiava os malditos jogos.

Só me diga o que diabos está acontecendo.

"Este é o Agente Especial Troy Palmer, e este," disse o chefe, indicando o homem negro. "É o agente especial Dane Elliott. Eles estão aqui para falar com você sobre o caso Cox.”

O caso Cox era o assassinato e suicídio que eu tinha sido o primeiro a chegar.

"Sim, então?" Perguntei cansado.

Inferno, eu estava cansado. Estava de pé com poucas horas de sono, e ficaria muito bem com algum sono antes de ter que lidar com eles e sua merda.

Crimes, no entanto, não esperam que seja conveniente para todos os envolvidos.

O agente Palmer explicou no próximo minuto.

"Nós descobrimos algumas semelhanças em cerca de dez assassinatos em todo Ark-La-Tex envolvendo policiais e suas esposas grávidas," agente Palmer disse sem preâmbulo.

Pisquei os olhos surpreso. "O quê?"

Ele empurrou o arquivo de volta para mim, e o olhei novamente, só agora percebendo que não era o assassinato que entrei apenas dois dias atrás.

Era um diferente.

"Puta merda," falei surpreso. "Estão todos posicionados assim?"

Era quase idêntico.

A única coisa diferente era a cor do piso em que eles estavam deitados.

"Temos razões para acreditar que você pode ter visto o homem que fez isso no seu caminho para a cena. Já tivemos três testemunhas dizendo que viram um homem passeando com um cão na rua perto da cena do crime. Capuz preto. Calça jeans preta. Cão preto."

Pensei no dia que estive na cena do crime.

Lembrei-me de passar pela placa do parque de trailer e, em seguida, ver um cão preto ao lado da estrada por onde passei.

Recordo-me que pensei que o proprietário precisava tirar o fodido cão do caminho quando ele viu as luzes e a sirene estridente.

"Sim, eu o vi," confirmei, lembrando do homem em questão. "Capuz preto. Calças pretas e cadarços vermelhos no sapato. O cachorro tinha uma coleira vermelha com letras pretas sobre ela. Labrador preto."

Agente Elliott tomava nota no seu bloco de papel, enquanto eu falava.

O outro apenas me observava de perto.

"Havia carros na área?" Perguntou.

Neguei com a cabeça. “Na verdade, não. Passei quatro casas antes de chegar a deles e não vi nenhum. O casal tinha dois carros na garagem, bem como um sedan de tamanho médio vermelho pertencente ao casal de idosos. Passei por um carro abandonado com luzes de alerta apontando na direção oposta, que eu tinha ido, mas também vi um homem andando longe do carro com uma calça branca e camiseta cáqui.

O agente concordou. "Bom. Obrigado."

"Temos razões para acreditar que o homem é um médico que trabalha na área. Ou uma enfermeira. Ou uma parteira. Possivelmente um atendente no hospital. A única conexão entre as mulheres mortas foi o fato de terem se consultado com o mesmo médico que trabalha no Ark-La-Tex. É um prédio grande, com mais de oito escritórios e sete médicos atendendo. Apenas quatro dos médicos viajam ao longo da fronteira estadual, e nós fizemos uma nota desses quatro neste gráfico," disse o agente Palmer, entregando para nós uma pilha de papéis.

Examinei os nomes na lista, bem como as imagens.

E não reconheci nenhum deles.

"Então o que você precisa de nós?" Chefe Rhodes perguntou sem rodeios.

Ambos balançaram a cabeça, mas Palmer foi o único a responder.

“Nada. Ainda não. Já conhecemos os relatórios, as fotos e os dados da cena do crime. Só pedimos que, se você encontrar outro desses, por favor nos ligue. Estamos trabalhando neste caso há pouco mais de dois anos, e até agora temos tanto quando começamos. Um monte de nada,” ele disse simplesmente.

Olhei para os papéis na minha frente, gravando os rostos dos quatro médicos no meu banco de memória para o caso de precisar futuramente.

"Agora o porque de você está aqui, agente Perez, é só para parabenizá-lo por salvar aquela criança. Ele é o nosso primeiro sobrevivente, e eu nunca desejei tanto que um bebê falasse como agora,” ele disse abatido.

Concordo totalmente.

Eu queria a mesma coisa.

Eu não sabia que tipo de pessoa sem coraçao poderia atirar em um bebezinho inocente como aquele, mas quem quer que fosse merecia um único tiro no coração como seu último golpe de misericórdia.

"Então, é uma coincidência que todos esses homens são policiais?" Chefe Rhodes perguntou enquanto olhava sua própria pasta.

Virei para a outra página de onde tinha parado e vi o que ele estava falando.

Polícia de Longview. Polícia de Kilgore. Polícia de Shreveport. Polícia de Gun Barrel. Polícia de Gilmer. Polícia de City Bossier. Polícia de Benton. Polícia de Tyler. Polícia de Waskom. Polícia de Hallsville.

"Que porra é essa?" Falei exaltado.

Ele não só matava mulheres grávidas e bebês, mas o filho da puta também era um assassino de policiais.

"Então você não tem nada, é o que eu estou entendendo?" Perguntei com cuidado.

Os dois assentiram. "Nada."

Uni os meus dedos, e comecei a bater os dois primeiros juntos.

Eu estava inquieto.

Muito inquieto.

Eu não podia ficar parado por nada, algo que aprendi a conviver.

Isso deixaria meus amigos e familiares loucos. Mas eu era assim. Não havia nada que eu pudesse fazer para mudar isso.

“Conheço algumas pessoas que podem nos ajudar, e o cunhado de Luke é do The Dixie Wardens MC. Eles estão na cidade de Benton, Louisiana. Uma das cidades que você nomeou. Ele pode conversar com eles e ver o que ele pode cavar. Eu posso fazer o mesmo através dos meus recursos. Eles de lá e eu aqui,” ofereci.

Os dois homens me olharam, depois olharam para Luke, então se estabeleceram no Chefe Rhodes.

"Você se responsabilizará por eles. Se isto vazar para a imprensa, haverá um escândalo público. Você entende isso, certo?" Agente Palmer confirmou.

Agente Rhodes assentiu.

"Meus meninos não dariam esse tipo de informação a qualquer um. Confio neles implicitamente."

Finalmente, os dois assentiram com a cabeça e se levantaram para ir embora. "Mantenha-nos informados, e nós faremos o mesmo."

Com isso eles saíram, e nós três continuamos sentados silenciosamente por alguns momentos.

"Se isso vazar, vou chutar a bunda de vocês dois," O Chefe retumbou.

Sorri para as minhas mãos antes de me levantar. "Farei a minha parte. Luke, você vai falar com os Wardens? "

Luke assentiu e se levantou, puxando o seu telefone. "Sim, entendi."

Com isso, todos nós nos separamos, eu para continuar minha folga e Luke indo para Louisiana.

Ia ser um longo dia de descanso.


CAPÍTULO 9


Queridos adolescentes, reclamando da vida como uma criança reclamando da hora sesta. Você só viu a ponta do iceberg. Só espere!

-Pensamentos secretos de Michael


Michael


"Levante-se do chão farei você se levantar" Rosnei para o adolescente estúpido que tinha tentado roubar minha caminhonete.

Aquele bastardo tinha me roubando duas vezes, ou quase, na mesma porra de dia, e desta vez eu não achei graça.

"Eu não fiz nada!" O menino gritou, recusando a se mover.

Sem outra opção, virei o menino sozinho, tudo sob olhar atento da multidão enquanto eles observavam a coisa toda acontecer.

Rolando-o sobre suas costas fiquei olhando para ele com desprezo.

"O que você achou que ia fazer? Até onde você acha que você poderia chegar? Você quase roubou a caminhonete de um oficial de polícia," indaguei. “Sem mencionar que tenho GPS e poderia ter ativado. Depois, há o fato de que todo policial na cidade estaria procurando por você, porque não se rouba algo de um policial sem consequências. Você teria toda a polícia do estado a sua procura seu idiota. Então se levante do chão e sente na porra do banco como pedi. "

Ele fez.

Relutantemente.

Muito relutantemente.

O menino tinha quinze anos, no máximo, mas com uma atitude que dizia que normalmente ele tinha qualquer merda que quisesse.

Bem não hoje, porra.

Entrei na loja de conveniência para pegar o meu recibo, mas decidi que poderia comprar um Gatorade, enquanto estava lá.

Quando virei no corredor de lanche, me deparei com adolescente de quinze anos empurrando barras de chocolate para baixo em suas calças.

Ele não estava nem mesmo preocupado em ser visto.

Sua calça já estava tão cheia que era possível ver a grande protuberância, bem como os invólucros laranja que saiam para fora dos bolsos.

Então ele correu.

Eu tinha que dar crédito ao menino, pois ele era rápido.

Ele correu em direção ao estacionamento antes que eu sequer tivesse passado pela porta em direção a ele.

Sorte minha e azar dele, eu o peguei em minha caminhonete.

Tudo que ele viu foi um carro funcionando com os vidros abertos.

Infelizmente, eu estava com as chaves na mão e desliguei a caminhonete antes que ele pudesse sequer pensar.

Ele olhou para mim como se eu fosse o anjo da morte, como deveria ser desde que ele estava sentado na minha caminhonete.

Então ele tentou pular pela janela do outro lado, mas só conseguiu cair de rosto no chão.

"Por que você os roubou?" Perguntei, apontando para as barras de chocolate e uma garrafa de leite que estava empilhados aos seus pés.

Ele encolheu os ombros.

"Qual é seu nome?" Perguntei.

O brilho das luzes e a sirene de uma viatura me fez olhar para cima e vi Miller, outro membro da equipe da SWAT, apontando.

Ele saiu da viatura e moveu seus óculos até o topo de sua cabeça.

“Santo,” disse Miller, acenando com a cabeça.

Acenei com a cabeça, optando por não o cumprimentar pelo uso do apelido que eu odiava.

Eu não era um santo.

Longe disso, na verdade.

Agora não era o momento nem o lugar para isso, porém.

"O que você tem Santo?" Perguntou Miller, entrando na cena.

“Masculino, quinze ou dezesseis anos de idade roubando doces da 7-Eleven8. Eu o peguei em flagrante, e ele correu. Tentou fugir rapidamente pegando minha caminhonete, mas ele não conseguiu. E aqui estamos. Ele estava prestes a dizer seu nome,” expliquei brevemente.

Miller assentiu com a cabeça. "Qual seu nome, rapaz?"

O garoto olhou para Miller com todo o calor e veneno que os jovens de quinze anos poderiam reunir.

Eu poderia ter dito a ele que estava perdendo seu tempo, já que adolescentes as vezes parecem perder a compreensão quando estavam loucos.

Quando o menino se recusou, dei de ombros e lhe pedir para ficar de pé.

Ele não o fez.

"Sabe, isso pode acontecer de duas maneiras. Uma,” eu disse levantando um dedo. "Você pode cooperar. Levante-se, diga-nos o seu nome, vamos verificá-lo, e o levaremos para a central. Ou dois, você pode se recusar a fazer todas essas coisas, podemos forçá-lo a fazê-las, e você ainda irá para a central. ”

O menino olhou para mim, e então transferiu seu olhar para um carro no canto mais distante do estacionamento.

Seguindo seu olhar, estreitei meus olhos quando vi o que ele estava olhando.

"Quem está no carro?" Perguntei, olhando de volta para o rapaz.

Ele fechou os lábios com força, em seguida, olhou para seus pés.

Após compartilhar um olhar com Miller, caminhei sobre a pilha de barras de chocolate e o leite em direção ao carro que estava estacionado sob o letreiro da 7-Eleven.

Quanto mais me aproximava, mais me preocupava.

Porque pude ver uma cadeirinha no carro.

Duas cadeirinhas no carro.

Puta merda.

Abri a porta de repente, apertando as mãos, assustado com o que iria encontrar.

Eu tinha visto algumas merdas ruins no meu tempo, mas quando abri a porta, eu sabia que nada poderia ser pior.

Duas crianças famintas olharam para mim com olhos fundos.

Nenhum dos dois estava chorando, e nem pareciam assustados.

Interessados. Esperançosos talvez. Assustados? Não.

"Miller," chamei em voz alta. "Coloque-o em seu carro e venha aqui."

Miller lançou um olhar por cima do ombro para mim. Dei um passo para o lado, permitindo a ele que visse o assento mais próximo, e seus olhos se arregalaram.

Sua boca abriu e ele se virou para o garoto que parecia derrotado.

Agora eu entendia por que ele tinha roubado as barras de chocolate. E o leite.

Eu não tinha nenhuma dúvida em minha mente agora quanto ao caráter do garoto.

O desespero faz um homem fazer coisas engraçadas.

Peguei o bebê menor primeiro.

Senti-a extremamente pequena em minhas mãos.

Tão pequena que eu não poderia mesmo dizer qual a idade dela.

Miller se juntou a mim assim que coloquei o bebê na curva do meu braço, encaixando-o de lado.

"Que porra é essa?" Ele perguntou em negação ao que estava vendo.

Acenei com a cabeça. "Sim."

Era mais do que óbvio que as crianças não estavam sendo bem tratados.

Suas roupas estavam sujas.

O próprio carro cheirava horrivelmente.

O garotinho no carro nos olhou com um sorriso, mas este não alcançava os olhos.

O profundo círculo sob seus olhos, bem como o vazio neles, mostrava que ele era tudo, menos saudável.

"Pegue o outro," pedi.

Miller rodeou o carro e pegou o menino de sua cadeirinha.

O menino envolveu seus dedos magros ao redor da corda do microfone de Miller, e sorriu tão intensamente que doeu meu coração.

A menina em meus braços balbuciou e olhei para baixo temeroso.

Como policial, em alguns momentos você acaba passando por situações desagradáveis.

Embora esta não fosse a situação ideal, os dois estavam vivos, e teriam uma oportunidade para lutar que eles não tinham antes.

Algo que contabilizaria como mais um ponto em minha coluna da vitórias.

Senti como se estivesse carregando ar enquanto caminhava de volta para o carro de polícia.

Miller não parecia estar carregando muito mais quando pegou seu microfone.

"Vou precisar de uma ambulância aqui. Tenho dois bebês que precisam de atenção médica," ele disse calmamente, sorrindo para o garotinho que tentava agarrar seu microfone.

O rapazinho parecia assustado, a medida que aproximávamos da viatura de Miller, e quando abri a porta, parecia que ele estava prestes a saltar. Diretamente através da janela de vidro.

"Tudo bem, filho," eu disse, caindo de joelhos ao lado dele. "Diga-me o que está acontecendo."

Ele olhou que entraria em colapso, mas foi então que percebi que o seu coração estava em seus olhos quando ele olhou para as crianças.

"Eles são meus," ele resmungou.

Pisquei. "Eles são os seus?"

Ele assentiu. "Sim," ele murmurou.

"Quantos anos você tem?" Perguntei.

Ele engoliu em seco. "Quatorze. Quinze em dois meses.”

Meu coração acelerou.

"Eles são o seu," perguntei para esclarecimento.

Ele balançou a cabeça novamente.

"Sim," ele confirmou.

Olhei para Miller, depois de volta para o menino.

"Qual é seu nome?" Perguntei baixinho.

Ele olhou para suas mãos.

"Madden," ele disse calmamente.

"Madden, você ainda não tem idade suficiente para estar sozinho. Como você tem dois filhos? E por que está sozinho? Onde está a mãe dos bebês?" Continuei.

Ele mordeu o lábio e olhou para mim com olhos que brilhando de lágrimas.

"Eu os roubei dela. Ela não estava cuidando deles," ele gritou. "Não como eles precisavam ser cuidados."

Abstive-me de dizer que ele não estava fazendo um bom trabalho também, e balancei a cabeça. "Quem é a mãe?"

“Ela é... Ela é minha madrasta. E eu os roubei dela enquanto ela e meu pai estavam altos. Eles estavam... Fazendo coisas que eu não gostei. E ela estava fumando em torno do bebê. Eu não gosto disso. Eu tive que tirá-los. Eu precisei. Eles teriam morrido. Ela os teria matado,” insistiu suplicante. “Ela já fumou e bebeu durante toda a gravidez.” Ela sequer foi ao hospital para tê-los!

Olhei para o bebê nos braços, vi a fragilidade dela, e comecei a ficar louco.

Não com ele, não.

Mas com a situação.

"Quando você os levou?" Perguntei suavemente.

Ele mordeu o lábio. "Ontem a noite."

Jesus, era como se eles fossem dele, não dela.

"Tudo bem, Madden. Que tal você ir dar um passeio no médico com seus filhos. De lá nós vamos descobrir o que fazer, certo? ”

Ele assentiu, enxugando os olhos com as costas das mãos.

"Obrigado," ele resmungou, a voz oscilando como de todos os rapazes adolescentes nessa idade.

Jesus, esta era uma situação doentia, fodida.

Fodida com F maiúsculo


CAPÍTULO 10


Meu irmão tem a melhor irmã do mundo.

-Xícara de café


Nikki


"Vá pegar o seu jornal!" Falei apressadamente no momento que entrei pela porta de trás da casa de Nico.

Nico olhou para mim, ainda segurando a porta aberta. Geórgia, sendo Geórgia, fez o que pedi e correu para a porta da frente para pegar o jornal.

"Por que você não pegou o jornal no caminho?" Perguntou Nico.

Seu cabelo estava uma maldita bagunça.

"Os gêmeos o manteve acordado a noite toda?" Perguntei descaradamente.

Ele olhou furioso.

"Talvez você devesse levá-los por uma noite. Dê-me uma pequena pausa,” ele murmurou.

Pisquei. "Ofereci pelo menos trinta vezes desde que nasceram. Eu adoraria olhá-los. Você só tem que se convencer a deixá-los ir.”

Meu irmão estava ligado à sua família.

Não importa o que ele fizesse, ele recusava a deixar os gêmeos, ou Geórgia, fora da sua vista.

Alguns anos atrás, antes de ter reencontrar a Geórgia, ele teve problemas com um chefe da máfia local.

Tantos problemas que, para salvar Geórgia, ele simulou sua morte com a ajuda da CIA e dos Texas Rangers. Enquanto estava ‘morto,’ ele continuou a procurar o homem responsável por colocar sua vida e da Geórgia em perigo, finalmente o encontrando próximo ao nascimento dos gêmeos.

Geórgia, no entanto, assim como o resto da nossa família, não foi capaz de superar o fato de que ele tinha 'morrido.’ Ainda tínhamos pesadelos.

Eu e Geórgia conversamos um pouco sobre isso.

Nico tinha seus próprios pesadelos, também.

Embora todos nós tenhamos conversado bastante sobre o assunto, esquecer a coisa toda era difícil para nós, algo que se mostrou na maneira que Nico era agarrado a seus filhos e sua esposa, e se recusava a deixá-los longe de seu alcance.

"Oh, meu Deus! Santo está na primeira página!" Geórgia gritou excitada, pulando para cima e para baixo de camisola.

Eu pulei também, batendo palmas.

"Não é a coisa mais fofa do mundo?" Perguntei emocionada.

Geórgia riu e espalhou o jornal na mesa.

Nico se inclinou para estudar as imagens.

"Legal," disse ele, rindo.

Michael, aquele que dizia “Eu não sirvo para ser pai,” estava na parte de trás da viatura policial segurando um bebê pequenino em seus braços.

O bebê parecia ter um mês de idade, no máximo.

Ele estava olhando para a menina com uma chupeta na boca.

Seus olhos estavam observando o pequeno embrulho, como se fosse um pai devotado.

Algo que eu sabia que ele seria se desse uma chance a vida.

"Isso não era uma coisa que você poderia ter ligado?" Nico perguntou depois que leu a notícia.

Dei de ombros. "Claro que sim. Mas então eu não poderia te irritar como estou fazendo agora."

Ele estreitou os olhos para mim, e então caí em seu colo.

Ele grunhiu quando meu peso o atingiu.

"Jesus, acho que você ganhou peso," Nico brincou.

Envolvi meus braços em torno do pescoço gordo, embora não fosse realmente gordo, e apertei.

"Ackk!" Ele disse enquanto o ar escapava de seus pulmões.

Sorri para ele.

"Agora, o que você estava dizendo?" Perguntei com uma sobrancelha levantada.

Ele franziu os lábios para mim.

"Tudo bem, Nik. Deixe-me vestir e vamos até lá para ver estes bebês,” Geórgia disse saindo da sala.

"Ei!" Disse Nico, ficando de pé.

Segurei-o como se fosse minha vida, fazendo-o cair comigo.

Nico lutou para se soltar, mas consegui puxá-lo para baixo com meu movimento inesperado de segurar enquanto caía.

Nico caiu ao meu lado com um grunhido, então envolvi meus braços ao redor do seu pescoço por trás, com os braços e as pernas em torno de seu peito e apertei como se fosse tirar a vida dele.

"Deus! Você é uma merda!" Nico rosnou, efetivamente, me deixando sem ar ao rolar de costas, me prendendo no chão com o seu peso.

No entanto, não o deixei me deter por muito tempo.

Em vez disso, soltei seu pescoço e comecei a atacar suas axilas com a ponta dos meus dedos, fazendo com que ele parecesse um lunático, enquanto se contorcia soltava risadas no chão.

"Deus! Pare!" Ele gritou em voz alta.

Eu era como um carrapato, no entanto.

Fiquei e fiquei até que não tinha mais força para me segurar, então, como qualquer mulher inteligente, corri.

Como o vento.

Empurrei-o para longe com força sobre-humana que lembrava um burro desajeitado, e corri para o quarto de Nico e Geórgia.

Eu fiz mais.

Batia a porta direto no rosto de Nico e tranquei-a antes que ele pudesse me alcançar.

Em seguida, rapidamente caí exausta na sua cama que estava cheia de roupas e outros apetrechos de bebê.

"Vocês brigam o tempo todo," Geórgia disse do armário.

Balancei a cabeça. "Sim, brigamos."

"Não sei por que vocês não podem ser apenas irmãos normais," ela observou.

Nico era o único menino entre seis meninas... estava prestes a acontecer.

Eu não era uma irmã má. Eu sou uma irmã normal!

"Está com inveja que seus irmãos não estão aqui todo dia." Provoquei.

Eu estava mentindo.

Os irmãos da Geórgia a amavam imensamente.

Eles só tinham um relacionamento diferente do que Nico, minhas irmãs e eu tínhamos.

Não significava que era errado que eles a tratassem como um bebê.

Era compreensível, realmente.

Especialmente pela forma como Geórgia manteve sua família unida após a morte de seus dois irmãos mais novos.

"Então o que está acontecendo? Por que você quer que eu vá para o hospital com você?" Geórgia perguntou.

Dei-lhe um olhar estranho.

"Você é uma assistente social, Geórgia. Porque eu quero você lá?" Sorri.

Ela me mostrou o dedo e pulou por cima do São Bernardo, Hambúrguer, que estava ocupando metade do armário.

“Você sabe que nós somos ‘designadas’ a essas coisas. Eles têm que vir até nós. Você teria mais sorte chamando Shiloh,” Geórgia explicou.

Geórgia era assistente social de uma agência de adoção que colocava as crianças em casas definitivas.

Shiloh, esposa de James, por outro lado, era assistente social do serviço de proteção a criança do estado do Texas, e trabalhava no Condado de Gregg.

Foi por isso que eu a convidei para vir também.

"Já liguei para ela. Vamos buscá-la no caminho," disse-lhe.

Geórgia sorriu.

"Ótimo," ela disse solenemente. "Diga-me, o que aconteceu?"

Suspirei.

“Pelo que fiquei sabendo através do Michael, e do hospital ontem, muita coisa aconteceu. O menino, que também é o pai dos dois bebês, tem catorze anos. Sua madrasta o estuprou várias vezes ao longo dos anos, e depois ficou grávida dele. Ela teve os bebês, e os usou para manter o garoto em silêncio. O pai não sabia nada sobre tudo isso, mas, basicamente, era porque ele estava alto e fora de sua mente,” expliquei a ela. “Depois que o segundo filho nasceu em casa, viciado em Deus sabe quais tipos de drogas, ela simplesmente deixou de cuidar deles, e o menino achou que era hora de dar o fora. Ele roubou seu carro, levou as crianças, e estava estacionado naquele posto de gasolina por 12 horas antes que Michael o pegasse tentando roubar doces e leite para as crianças."

Georgia parou e se virou na metade da história, mas quando terminei de contá-la, haviam lágrimas nos seus olhos, assim como nos meus.

"Que merda, esse pobre menino," ela disse, com a voz devastada.

Concordei com a cabeça. "Foi onde a equipe da SWAT esteve ontem à noite. Fazendo uma incursão naquela casa. O juiz responsável pelo caso é filho de um homem que o abusou, então ele não foi tolerante ao ouvir o que aconteceu com Madden."

"Madden é o nome do pai meninos?" Geórgia esclareceu.

Acenei com a cabeça. "Sim, é.”

"O que eles encontram na invasão da noite passada?" Perguntou Geórgia.

Nico entrou no quarto, empurrando uma chave no bolso depois que abriu a porta.

Ele passou pela cama e me empurrou com força suficiente para me fazer cair para trás, me fazendo rir.

Ele atirou-me um olhar de 'Eu vou pegar você de volta' e se virou para sua esposa.

"Se você estava interessada nisso, porque apenas não perguntou ao seu marido?" Nico perguntou descaradamente.

Georgia sentou na cama ao meu lado e colocou as meias antes de calçar os tênis.

"Provavelmente porque eu ainda estou com raiva de você," ela disse, jogando-lhe um olhar falso.

Bufei.

“Eu disse que estava muito cansado para trocar a fralda! Eu não roubei seu hambúrguer, e não despejei molho quente em seu chá! Foi uma maldita fralda! Uma!” Ele disse, erguendo as mãos no ar para enfatizar.

Revirando os olhos, levantei-me e puxei a mão de Geórgia.

“Estaremos de volta logo, querido irmão. Cuide dos bebés e das fraldas, até voltarmos,” pedi.

Então saímos sob o olhar muito irritado de Nico.

"Então, o que eles encontraram" Georgia continuou de onde paramos.

Fechei a porta atrás de mim e caminhei com ela para o meu carro.

Meu bebê lindo.

Um Volkswagen Beentle, conversível céu azul.

Georgia entrou do lado do passageiro, e eu sentei no lado do motorista antes de responde a ela.

"Muito, na verdade. Drogas. Drogas suficientes para que eles pensassem que eram traficantes. Agulhas sujas. Cocaína e maconha. Péssimas condições de vida. Ambos os pais estavam altos como o inferno. Nenhum deles sequer sabia que as crianças estavam desaparecidas," disse a ela saindo da garagem e pegando à esquerda para a rodovia.

Georgia resmungou.

Olhei para ela.

"O quê?" Perguntei, movendo os olhos de volta para a estrada a minha frente.

Um trator estava ocupando três quartos da estrada, e olhei sobre o ombro quando ele se moveu nos permitindo ultrapassa-lo.

Durante todo esse tempo, a Geórgia permaneceu em silêncio.

"O quê?" Perguntei novamente.

"Eles vão separá-los, já posso ver isso," ela disse suavemente.

Estremeci.

Isso é o que eu temia.

Madden era um bom rapaz, mas ele não estava pronto de maneira alguma para criar dois filhos, já que ele era apenas um garoto.

"É por isso que estou trazendo artilharia pesada” respondi.

Ela franziu o cenho.

"Vou tentar, querida. Mas não há muito a se fazer," ela explicou. "Não posso fazer nenhuma promessa."

Assenti com a cabeça. “Eu sei. Só quero que você tente o melhor que puder. Trabalhe com Shiloh. Qualquer coisa é melhor do que eles tinham. Sinto-me tão mal pela situação.”

Ela deu um tapinha na minha mão quando parei no semáforo próximo ao hospital.

“E o outro garotinho? Como ele está?” Ela perguntou.

Sorri feliz.

"Muito melhor, na verdade. Eles disseram que ele abriu os olhos ontem. Darei uma passada para vê-lo, já que estaremos no andar da pediatria," informei a ela. "Mas temos que estar de volta em sua casa por volta do meio dia para que assim eu possa fazer a minha aula de uma da tarde. Tudo bem?"

Geórgia concordou. "Sim, isso soa bem. Então poderei estar lá a tempo de Nico ir trabalhar, e não teremos que chamar sua mãe para ficar com as crianças.”

Levantei meu polegar em um gesto de 'positivo' e abri a porta do carro.

Olhei assustada com os carros de polícia alinhados em frente à entrada do hospital.

"O que está acontecendo?" Perguntei a uma mulher parada em frente ao meu carro estacionado.

A mulher se virou e deu de ombros. "Não sei. Eles não estão deixando ninguém entrar ou sair.”

Pegando meu telefone, liguei para Michael.

"Alô?" Michael respondeu.

Ele parecia distraído, mas isso não ia me impedir de tentar entrar.

"Ei," eu disse. “Estamos em frente da entrada do ER e há um bando de pessoas do lado de fora. O que está acontecendo?"

Ele limpou a garganta.

"Houve outro assassinato," disse ele suavemente. "Dê-me alguns minutos para descer e as trarei para dentro.”


CAPITULO 11


Não tire sarro de uma mulher com lábios grandes. Ela provavelmente está cansada e cheia disso.

-E-card


Michael


"Quando foi este?" Perguntei ao Agente Palmer com brusquidão.

Agente Palmer me ofereceu uma pasta de arquivo, e eu me preparei antes de abrir.

O que eu vi não decepcionou.

"Maldição," eu disse, limpando a garganta. "Porque outro tão rápido?"

"Tudo isso aconteceu nas últimas três semanas. Aproximadamente de três em três dias. Isso está de acordo com este cronograma,” ele admitiu suavemente.

"Bem, você deveria ter compartilhado essa notícia ontem, pois hoje aconteceu novamente e aqui estou eu de novo," murmurei, olhando para a cena na minha frente.

Não sou um detetive.

Eu não tenho paciência para ser um.

Ser um detetive exige tempo e dedicação, um tempo que eu não tinha, e também grande paciência e perseverança.

Eu tinha a dedicação e a perseverança, mas não os outros dois.

Por isso fiquei confuso por estar aqui na cena de um crime, olhando para a carnificina que foi deixada para trás.

Não havia nenhum corpo, porque eles o levaram para o hospital no momento em que os socorristas chegaram.

O homem, o assassino, era um fodido.

Ele tinha feito isso em uma boa vizinhança.

O tipo de vizinhança que, se eles ouvirem tiros, os policiais são chamados quase que imediatamente.

Os socorristas chegaram em poucos minutos, e tanto a mulher como o homem que foram baleados, haviam sido levados as pressas para o hospital.

Não se esperava que eles sobrevivessem, embora a última notícia que tive foi que ambos estavam em cirurgia.

Não havia muito a se fazer, pois o casal foi baleado na cabeça, mas ainda tinham que tentar.

"Quem é ele?" Perguntei, examinando a cena.

"Wolfgang Amse, trabalhava para o Departamento de Polícia de Karnack. Sua esposa, Abby Amsel, era uma contadora da empresa Roscoe and Rush Contabilidade. Abby estava com oito meses e meio gravidez de seu primeiro filho,” agente Palmer me informou.

Balancei a cabeça.

O nome soava familiar, mas não consegui associá-lo a um rosto.

"Qual consultório médico essa mulher frequenta?" Perguntei, quando um pensamento me ocorreu de repente.

"Women´s Center of East Texas. E em outros na região da Arca-La-Tex," disse ele. "Mas todos os seus sistemas são interligados, já que os médicos atendem em vários consultórios."

Virei à cabeça para olhar para o balcão da cozinha.

No balcão estava a arma do oficial, distintivo, vários acessórios que ele usava em seu cinto de utilidades, chaves do carro, e seu telefone.

Mas a coisa que me chamou a atenção foi o distintivo.

Quando um policial cai, há uma tradição que outros oficiais usem uma linha fina azul sobre seus distintivos para homenagear a vida perdida.

Inicialmente era usado apenas no período de luto, mas ao longo dos anos, passou a ser utilizado também como uma demonstração de respeito por todas as autoridades policiais, civis e funcionários públicos.

"Você vê isso?" Perguntei a Palmer.

Palmer olhou e franziu os lábios ao ver. "Sim."

O distintivo tinha duas tiras de fita adesiva preta disposta em um X em todo o crachá, como se ele estivesse dizendo que cuidou desse oficial em particular.

"Imbecil," rosnei de raiva.

"Concordo," Palmer afirmou.

Então, um pensamento me ocorreu.

"Você checou as impressões digitais?" Perguntei.

Agente Palmer assentiu. "Sim."

"E quanto à parte de trás da fita?" Perguntei.

Eu não era um técnico de cena de crime, mas esse seria um lugar que eu procuraria por impressões digitais.

Agente Palmer franziu os lábios.

"Eles já recolheram as provas, mas levarei isso para os técnicos para eles verem se podem encontrar algo," Palmer disse enquanto pegava uma bolsa de provas de seu bolso, depois usou a ponta de seu lápis para enganchar no distintivo e o soltou dentro do saco.
Uma vez lacrado, ele disse: “É por isso que eu queria você aqui. Notei no outro dia que você tinha um bom olho. Ninguém conseguiu me dizer muito sobre o suspeito, mas você o fez."

Dei de ombros, desconfortável com o elogio.

O telefone de Palmer tocou, e ele puxou do bolso antes de responder com uma murmuro, "Sim?"

"Você está de gozação comigo," disse o agente Palmer em surpresa. "Não merda, tá falando sério? Tudo bem, vamos descer agora.”

Palmer já estava indo para fora, e segui atrás dele rapidamente.

O policial na porta, que estava guardando a entrada para nós, acenou com a cabeça quando passamos.

Quando Palmer desligou o telefone ele olhou para mim com alegria em seus olhos.

"O policial," disse acenando para a casa. “Saiu da cirurgia e está falando. Ele quer falar conosco.”

Nós?

Por que ele iria querer falar comigo?

Não questionei, no entanto, só entrei na minha caminhonete e segui para o hospital.

Quando chegamos, o hospital inteiro estava cheio de policiais.

Desde que o tiroteio ocorreu, todos os seus irmãos de profissão vieram, os repórteres estavam por toda parte, o que significava que meus companheiros de farda tinham que estar aqui para controlar a multidão.

"Está com o FBI?" Um repórter perguntou quando começamos a empurrar através da multidão.

"Sem comentários," agente Palmer murmurou sombriamente.

"Você é o oficial que respondeu ao assassinato do policial e do bebê?" Outro repórter perguntou.

Essa pergunta foi dirigida a mim.

Mas agi como se não tivesse ouvido e continuei empurrando juntamente com Palmer.

Agente Elliott esperava na porta do ER e a segurou aberta para que entrássemos.

"Fale comigo," Palmer ordenou a Elliott.

O Agente Elliott começou a caminhar para os elevadores enquanto falava.

"Ele está acordado, em primeiro lugar. Ele despertou bruscamente no momento em que o efeito da anestesia passou, mas ainda não consegue falar,” explicou Elliott. "A bala não atravessou seu cérebro. Aparentemente, no último momento, Amsel se afastou para o lado. A bala atravessou a base de seu pescoço e saiu pela boca. Ele perdeu alguns dentes, um pouco de tecido e tem uma pequena lesão muscular no pescoço, mas provavelmente terá uma recuperação completa. Tive que contar que sua esposa morreu na mesa de cirurgia. O bebê também não sobreviveu. "

Balancei minha cabeça.

Isso não soou bem, mesmo com ele dizendo que iria ter uma recuperação completa.

Sua esposa estava morta. Seu filho estava morto. Sua vida mudou para sempre.

Como ele poderia se 'recuperar' depois disso?

Eu sabia que não podia.

Se eu perdesse Nikki, ficaria fodidamente perdido, não seria engraçado.

Embora não ficamos juntos no último ano e meio, eu ainda sabia que ela estava bem.

Amsel, porém, não teria mais esse privilégio.

Ele iria viver para sempre sabendo que ele não pôde proteger a sua esposa e filho.

Então eu me censurei.

Amsel pode não ter esses problemas.

Eu simplesmente sabia que eu teria se nossas situações fossem inversas.

Se fosse Nikki carregando meu filho.

Então tremi.

Nikki não estaria carregando meu filho.

Não importa o quanto a ideia me excitou.

"Isto é dele. Anotei tudo em um bloco de papel. Também tenho um fax com as fotos de todos os membros que trabalham no Centro de Mulheres,” disse Elliott, sacudindo a mão com uma pilha espessa de papéis.

Quando me virei para esperar lá fora, Elliott levantou a cabeça. "Você também. Ele perguntou por você."

Arqueei minhas sobrancelhas. "Eu?"

Ele assentiu. "Sim, aparentemente ele te conhece."

"Como ele sabia que estou trabalhando nesse caso?" Perguntei.

Ele parou e se virou. "Ele era o melhor amigo de Darren Cox."

Minha mente desligou.

Filho da puta.

Aquele cara. O pai que foi assassinado na cena do crime que começou este caso para mim.

"Puta merda," suspirei.

Elliott assentiu com a cabeça. "Sim, é desnecessário dizer que ele não está levando isso muito bem."

 

***


Uma hora depois, com mais informações do que o Agente Palmer tinha coletado em meses ao longo de vários casos, saímos do quarto do hospital de Wolfgang Amsel.

Nós ainda não tínhamos um nome.

No entanto, tínhamos uma cor de cabelo.

Preto.

Que parecia ser a tendência do homem.

Amsel explicou que ele tinha acabado de chegar do trabalho e estava na cozinha tomando o café da manhã que a esposa tinha acabado de fazer para ele quando alguém bateu na porta.

Ela foi atender, e ele levantou os olhos quando ela começou a recuar.

Ele disse que ouviu "Volte-se ou eu atiro!”

Sua arma estava na ilha, a um metro de distância, então ele se virou.

E foi prontamente baleado na cabeça.

Ele olhou a tempo de ver sua esposa sendo atingida segundos depois por um homem com cabelo preto.

Então ele se foi.

Ele foi deixado para assistir como sua esposa lutou por sua vida.

Meu telefone tocou quando chegamos à sala de espera, e sorri quando vi que era Nikki.

Um pouco de felicidade em uma grande tigela de merda.

"Alô?” Atendi ao telefone.

"Ei," disse ela, preocupada. "Estamos do lado de fora da entrada do ER e há um bando de pessoas aqui na frente. O que está acontecendo?"

Limpei a garganta.

"Houve outro assassinato," falei suavemente. "Dê-me alguns minutos para descer e eu vou trazê-la para dentro."

Eu sabia que ela estaria aqui.

Ela não podia evitar.

Ela tinha ido ver Nathan Cox várias vezes desde que ele estava lá.

E como eu tinha contado ontem à noite sobre Madden e seus dois filhos, eu sabia que ela estaria aqui, assim que pudesse.

Embora eu tivesse plantado a dica para chamar Shiloh e Geórgia.

Madden não merecia essa sorte na vida.

Ele merecia viver uma vida feliz e fácil.

Algo que ele não podia mais fazer.

Não com duas crianças.

Dois filhos de quem ele definitivamente não estaria desistindo.

Aos olhos da lei, uma criança é somente seu filho, não importa a sua idade.

Embora as coisas fiquem um pouco complicadas quando você não pode cuidar de seus filhos.

Algo que Madden não poderia fazer sozinho.

A melhor solução seria deixar todos os três em uma casa onde estivessem dispostos a mantê-los juntos.

E é aí que Nikki, Shiloh, e Geórgia entram.

"Tenho que ir pegar a minha garota," eu disse aos dois homens na minha frente. "Ela está presa fora do ER com a merda de uma tonelada de policiais e repórteres."

Ambos assentiram.

"Isso é bom. Estamos saindo de qualquer maneira. Nós vamos descer com você,” disse Elliott.

Balançando a cabeça, apertei o botão para descer, e as portas do elevador se abriram.

"Você acha que o que você conseguiu hoje vai ajudar?" Perguntei aos dois enquanto as portas se fechavam e começamos a descer.

Elliott encolheu os ombros, mas Palmer assentiu com a cabeça. "Acho que, sim."

Senti um suspiro aliviado fluir através de mim.

"Isso é bom," eu disse-lhes. "Muito bom".

E era.

Policiais não merecem ter ainda mais pessoas contra eles.

Eles mereciam unidade e apoio do público e com todos os tiroteios relacionados com policiais acontecendo ultimamente, eles não estavam vendo com bons olhos a polícia.

"Vocês sabem o meu número," disse quando as portas se abriram.

Os dois assentiram com a cabeça e saíram do ER comigo.

Assim que chegamos lá fora, eles foram para a esquerda, e fui direto para onde podia ver Nikki e as duas mulheres a seu lado.

"Ei," falei, apontando para a abertura nos cavaletes que a polícia havia erguido.

Elas assentiram e começaram a empurrar através da multidão até que chegaram na abertura.

Quando Estevez ia para-las, coloquei minha mão sobre suas costas.

"Elas estão comigo," informei a ele.

Ele piscou. "Peguei vocês."

Elas passaram pela barreira e eu puxei Nikki contra o meu lado com o braço em volta dos ombros. "Preciso de um abraço que vai se transformar em sexo," ela sussurrou contra a pele do meu pescoço.

Apertei seus ombros com força, puxando-a ainda mais perto em mim. Então, como um chefe, eu disse: "Eu poderia dar isso a você... se você quiser. "


CAPÍTULO 12


Olá, meu nome é Nikki Pena, e sou uma mentirosa. Também vou para o inferno.

-Pensamentos secretos da mentirosa


Nikki


"Alô?” Michael atendeu seu telefone com uma grande mordida de hambúrguer ocupando a maioria da sua boca.

Michael sorriu, e pude ver pedaços de comida em sua boca, fazendo-me afastar em desgosto.

Meu estômago se agitou, e olhei para o prato mal tocado de nachos que eu pedi para o almoço, cem por cento certa que se eu tentasse comê-los iria vomitar a qualquer momento.

Haviam se passado quatro semanas desde o negócio com Madden e seus filhos tinha vindo a tona, e um pouco mais de quatro semanas desde que Nathan Cox tinha sido internado no hospital por causa de um tiro em sua cabeça.

Todos os quatro estavam indo bem, e Madden foi enviado com seus filhos para um lar de acolhimento temporário até que pudéssemos encontrar uma solução permanente.

Nathan, no entanto, ainda não estava em casa.

Embora ele estivesse muito melhor, ainda não estava tão bem para ter alta do hospital.

E então, o assassino ainda estava solto por aí matando policiais e suas esposas grávidas.

Isso era o pior.

Essa parte era a mais assustadora, porque me preocupava com os meus amigos e familiares, desde que todos eles eram policiais.

Uma náusea subiu a minha garganta, e às pressas peguei minha xícara de chá e tomei vários goles em uma tentativa vã de acalmá-la.

"Eu disse para comprar uma com tração nas quatro rodas," Michael disse, dando outra mordia em seu sanduíche.

Fechei os olhos quando uma bola de alimento e conteúdo do meu estômago começaram a subir por minha garganta, e engoli convulsivamente para que ela voltasse para baixo.

"Sim, estarei lá em vinte minutos," Michael disse com uma risada. "Não tente mais sair. Estou indo.”

Abri os olhos quando senti o movimento na mesa.

Levantei uma sobrancelha para ele, enquanto tentava não deixar transparecer o quão mal me sentia.

“Minha irmã está presa em seu quintal. Tenho que ir tirá-la. Você quer ir ou vai para casa estudar?” Ele perguntou esperançosamente.

Imediatamente comecei a me sentir mal.

Apesar de termos passado algum tempo juntos no mês passado, não fiquei muito tempo com ele.

Nós estávamos juntos... Só não estávamos juntos. Eu estava lá fisicamente, não mentalmente.

Eu estava estudando para meu exame final, que me levaria a ser uma parteira certificada no estado do Texas.

Um teste que eu faria na próxima semana se tudo corresse como planejado.

Porém, isso fez com que eu ignorasse, e eu lamentava isso.

O único que realmente ficávamos juntos, sem eu estar estudando, era quando eu estava deitada em seus braços durante a noite.

"Eu vou," falei suavemente, levantando-me.

Uma onda de exaustão me atingiu no momento em que me levantei e eu cambaleei.

Michael me pegou pelo cotovelo e perguntou "Tudo bem?”

Acenei com a cabeça. "Estou realmente cansada."

Suas sobrancelhas arquearam.

"Isso é porque você tem estudado até altas horas da noite, trabalhando até ficar muito cansada e acordando ao amanhecer para estudar mais," ele advertiu, ajudando-me ao redor da mesa e conduzindo pelo corredor.

Ele não soltou a minha mão, até que eu estava totalmente acomodada na caminhonete.

"Aperte o cinto, baby," ele sussurrou, correndo a palma áspera de sua mão pela minha coxa.

Tremi com o toque familiar, e meu núcleo começou a apertar em antecipação. "Certo," falei rapidamente, apertei meu cinto de segurança e fechei minhas pernas firmemente para controlar a necessidade que lentamente crescia dentro de mim.

As náuseas agora completamente esquecidas, pois eu só conseguia pensar como me sentiria com seu pau dentro de minha... Nikki! Controle-se!

Eu era uma máquina de tesão.

A qualquer momento do dia ou da noite, eu estava pronta para gozar.

Tão excitada, na verdade, que agora me masturbava no chuveiro pensando em Michael quando ele não estava lá para cuidar de mim.

"O que você está pensando?" Michael perguntou, o olhar cômico em seu rosto mostrando que ele sabia.

"Nada." Murmurei, tentando o meu melhor para fazer o tesão ir embora.

Mas não foi de qualquer utilidade.

Ele estava lá para ficar, e ficaria até que ele, ou eu, cuidasse dele.

Jesus, eu estava me tornando uma vagabunda!

Andamos cerca de três quilômetros e viramos para uma estrada de terra quando ele de repente virou a caminhonete em direção a um grupo de árvores, fazendo-a saltar com solavancos sobre a grama e o cascalho antes de parar abruptamente.

"Michael!" Ofeguei.

Então me vi sendo puxada através do assento, arrastada para o colo dele, até que estava de frente para o para-brisa.

Pude sentir a coluna dura de seu pênis cavando em minha bunda, e me contorci em excitação.

"Você sabe," ele murmurou contra o meu pescoço, "O prazer ver como você gosta disso?”

Balancei a cabeça e arqueei meu corpo quando ele começou a mover os dedos dos meus quadris, subindo pelo meu tórax, fazendo uma parada nos meus mamilos duros.

Mamilos que se tornaram tão sensíveis ultimamente que eu mal podia respirar quando ele os tocava.

Até mesmo o mais ínfimo dos toques me fazia ficar excitada em segundos.

"N-não," falei, ofegante.

Ele rosnou contra meu pescoço.

"Eu sempre disse isso," ele disse. "Tenho dito a dois anos, e ainda posso dizer agora. Sabe, baby, você tem um jeito peculiar de demonstrar tesão.”

Gemi quando sua boca subiu da minha coluna para meu pescoço, mergulhando sua língua ligeiramente no meu ouvido antes de lamber em torno da minha orelha.

"Um o que?" Perguntei sem fôlego.

Meus olhos estavam fechados enquanto sua outra mão desceu até alcançar a barra da minha saia e lentamente começou a levantá-la.

Não demorou muito para que minha bunda estivesse nua, e ele percebeu que eu não estava usando calcinha.

“Você esfrega as pernas juntas e vira o cabelo de lado para o outro. Seus mamilos ficam duros, e suas pupilas ficam dilatadas,” ele me informou, movendo sua mão até que seus dedos enfiaram em minha boceta.

Três dedos cravaram através dos lábios do meu sexo e imediatamente estavam dentro de mim.

"Tão molhada para mim, também," ele rosnou.

Acenei com a cabeça, levantando as mãos para brincar com o meu outro seio.

"Sim, tudo isso é para você," falei honestamente. "Tudo o que posso pensar é ter você dentro de mim."

Ele riu contra meu pescoço. "Você sabe o que é ter uma ereção na mesma sala que o irmão da sua mulher? Não é muito fácil, e isso acontece o tempo todo, com todos os textos sujos que você me envia durante todo o dia."

Sorri sem fôlego. "Sim, realmente sinto muito sobre isso," menti.

Ele percebeu a minha mentira. "Sim, tenho certeza que sente."

Então as mãos dele foram para o seu cinto nas minhas costas, e senti ele sendo liberado e suas calças abaixadas sobre seu quadril.

Quando seu saltou livre da sua cueca, ele o esfregou deliciosamente contra as bochechas da minha bunda, antes de dizer, "Sente-se.”

Acenei com a cabeça, erguendo-me até que ele pudesse se posicionar na minha entrada.

Então ele me puxou para baixo, me enchendo tão completamente que imediatamente comecei a gozar.

Não sabia o que havia de errado comigo, mas mesmo a ideia dele me levando tão rudemente me fez ver estrelas.

"Porra, você responde tão rápido," ele rosnou quando tomou meus quadris e começou a me puxar asperamente para baixo sobre ele.

Fiz um ruído agudo na minha garganta concordando, e ele riu.

“Incline-se para frente para que eu possa vê-la me levando. Segure o volante,” ele ordenou.

Fiz, inclinando-me para frente até que meus seios estavam pressionados contra a buzina e aumentei o ritmo novamente, trabalhando rapidamente para fazê-lo gozar.

"Tão perfeita," ele sussurrou, passando as mãos sobre a extensão da minha bunda.

Gemi novamente.

"Sim, você me preenche completamente," falei, batendo minha bunda contra suas coxas, tomando seu pau grande, tanto quanto eu poderia levá-lo.

Sua mão correu pela extensão da minha coluna, parando sobre meu ombro, em seguida, passou a me bater para baixo, pedindo-me para ir mais e mais rápido.

Com um empurrão em particular, ele começou a gozar.

Senti sua barriga apertar, em seguida, seu pau começou a pulsar enquanto lançava a sua liberação em meu canal.

E isso era tudo que eu precisava, para gozar mais uma vez.

Meus olhos se fecharam, e inclinei minha cabeça para trás.

Michael apertou meus cabelos, me segurando firme enquanto eu descia finalmente do orgasmo que ele acabara de me dar.

"Fodidamente linda," ele sussurrou ferozmente.

Sorri e me inclinei até que minhas costas descansaram contra seu peito.

Ele envolveu as mãos ao meu redor e enterrou seu rosto no meu pescoço.

"Você está me matando ultimamente," ele sussurrou rindo.

Eu bufei.

"Não posso evitar. Isso é tudo o que eu penso. Seu pau," provoquei.

Ele riu e se inclinou para pegar a pilha de guardanapos que recebemos do Chick-Fil-A9 na noite anterior.

Entregou a metade para mim, que coloquei na frente da minha vagina enquanto ele tomou a parte de trás, fazendo o seu melhor para pegar o esperma que começava a vazar da minha boceta, no momento em que fiquei livre de seu pau.

Caí para o meu lugar no banco do passageiro e fiz o meu melhor para me limpar de seu gozo antes de retornar ao meu lugar.

Ele já tinha jogado seus guardanapos no pequeno saco pendurado no câmbio do carro.

"Aqui," falei, oferecendo os guardanapos sujos para ele.

Ele me deu um olhar ‘tá falando sério,’ pegou a sacola da alavanca e me ofereceu "Aqui."

Sorri e empurrei os guardanapos dentro do saco antes de entregar de volta para ele.

Ele pegou com relutância e guardou antes de ligar a caminhonete e sair da garagem improvisada.

"Nós chegaremos atrasados," eu falei.

Ele me jogou um olhar. "Não vamos nos atrasar. Você não pode se atrasar para algo assim."

Em vez de responder, fiquei em silêncio e observei as árvores passando, minha náusea começando a retornar agora que o tesão não estava lá para dominá-la.

"Você pode estar atrasado para algo assim, se sua irmã estiver sentada na entrada da garagem pela última hora nos esperando chegar," retruquei.

Ele revirou os olhos, apesar de que eu não poderia dizer que ele tinha feito.

Pelo menos, ouvi o zombaria em seu tom.

"Minha irmã pode esperar o tempo que for preciso, pois eu falei a ela para não comprar a casa em primeiro lugar, porque estava localizada em uma área de inundação. Então lhe disse para não demorar em fazer uma garagem porque se ela não fizesse, a inundação viria e acabaria com seu quintal. Então, quando ela não conseguiu fazer a entrada, falei a ela para comprar um Jeep com tração nas quatro rodas. Você sabe o que ela fez? Comprou um Jeep com tração nas duas rodas. Quem diabos tem um Jeep sem tração nas quatro rodas?"

Percebi que ele realmente queria saber, e eu não tinha uma resposta para ele.

A resposta era: ninguém.

Qual era o ponto de se ter um jipe... se não fosse com tração nas quatro rodas?

Não que eu ficaria do lado dele.

Mulheres precisavam ficar do mesmo lado, caso contrário os homens dominariam o mundo.

Ou, pelo menos, Michael ficaria todo cheio de si, pensando que ele sempre tinha razão.

"Ela vive em um lugar remoto, também, o que significa que é um passeio de onde estou," ele me disse quando se virou para entrar em uma estrada de terra. "E precisa de reparos, então estou lá todo fim de semana, ao que parece."

Ele não estava lá todo fim de semana, disso eu tinha certeza.

"Você não está lá todo fim de semana. Porque estamos juntos a um mês agora, e eu nunca a conheci, e você passa seus finais de semana comigo,” eu lhe disse secamente.

Ele piscou para mim, e senti arrepios percorrendo minha espinha.

Mas, então, nós batemos em um buraco que fez a caminhonete chacoalhar.

E a náusea brotou novamente em minha garganta.

"Pare!" Implorei com a mão na minha boca.

Ele percebeu o estado que eu estava com uma olhada rápida em minha direção e parou.

Não muito rápido.

Mas foi o suficiente.

Ele parou a caminhonete rapidamente, e foi o tempo suficiente para que eu abrisse a porta antes de perder o almoço que eu mal tinha conseguido comer.

Minha cabeça parecia um milhão de vezes maior enquanto eu vomitava tudo que tinha em meu estômago, e em seguida, comecei a arfar seco.

Acho que Michael ficou preocupado que eu caísse da caminhonete, porque enfiou a mão na faixa da cintura da minha saia para me segurar enquanto eu vomitava violentamente.

Com a cabeça latejando, me levantei.

E dei de cara com uma vaca.

Ela estava do outro lado da cerca, mas ainda assim, a surpresa de tudo me fez gritar.

"Você está bem?" Michael perguntou.

Virei-me para ele e, em seguida, de volta para a vaca.

"Sim, estou bem agora. Estou enjoada desde o café da manhã," disse a ele.

"Infecção de estômago"? Ele perguntou preocupado.

Dei de ombros. "Não sei. Talvez. Nós lidamos com tantas pessoas doentes no hospital todos os dias que é possível. Mas não tenho a menor ideia. Só espero que vá embora.”

Relutantemente, ele soltou a minha saia e sentou-se de frente novamente.

"Talvez devêssemos levar você para casa," ele disse. "Não será bom você passar o que tiver para Reggie."

Acenei minha mão. "Ficarei no carro. Você já está próximo, e vou ficar bem, contanto que não se importe."

Ele balançou a cabeça. "Não, não me importo. Só não passe seus germes para mim."

Bufei e fechei a porta, lançando um olhar para a vaca que parecia um pouco triste ao me ver partindo.

Inclinei minha cabeça contra o assento e fechei os olhos, enquanto Michael colocava a caminhonete na estrada novamente. Em um ritmo muito mais lento desta vez.

"Não vou espalhar meus germes se puder evitar," falei sorrindo.

Ele pegou minha mão na sua, e a segurou no topo do console central por mais de três quilômetros.

Então, ele parou em um... Quintal.

Não havia nenhuma entrada.

Nenhuma mesmo.

E com toda a chuva que tivemos nos últimos dois meses, a área ao redor da casa se assemelhava mais com um lago, em vez de um quintal.

"Ela dirige um jipe sem tração..." Eu disse surpresa. "Por que ela comprou sem tração nas quatro rodas?"

Michael começou a rir.

"Exatamente!"

Ele tentou com cuidado, mas no momento que entrou no quintal, os pneus afundaram e começaram a girar.

"Vou ter que colocá-lo no 4x4," ele murmurou, fazendo algo no assoalho que não pude ver.

Não consegui ver o que ele fez porque a mulher que estava saindo da casinha marrom era linda.

Podia claramente dizer que era irmã de Michael.

Ela tinha o cabelo castanho bonito igual ao dele, e mesmo a esta distância consegui perceber que seus olhos eram do mesmo azul translúcido.

"Ela parece com você," observei quando ele deu marcha ré e começou a recuar.

A lama salpicou e bateu contra as janelas, me fazendo rir da situação.

Já estive em meio a lama antes.

Inferno, eu fui criada no leste do Texas.

Se você não nunca ficou enlameado, era porque não tinha vivido aqui por muito tempo.

Mas já fazia tanto tempo que eu tinha esquecido a maneira que escorregava e deslizava.

Lama tinha zero de tração.

Ajudou que a caminhonete de Michael era grande. E seus pneus estavam bons.

Ele abaixou a janela e colocou a mão na borda dela, enquanto se alinhava com seu alvo.

Logo ele emparelhou com o Jeep da Hannah e já estava fazendo a sua liberação antes que eu pudesse perguntar se ele precisava de mim para fazer qualquer coisa.

Eu observava os cavalos do outro lado da rua quando a voz de Michael gritou para mim.

"Nikki!"

Enfiei a cabeça pela janela e virei até que poderia vê-lo.

"Sim?" Perguntei curiosamente.

Hannah e Michael estavam de pé, ambos olhando para mim.

Michael estava provocando, e o olhar de Hannah era calculista. Ela estava me avaliando.

Acenei para ele e ela abriu um sorriso.

"Ele me disse para ficar na caminhonete, e assim não espalhasse meus germes fodidos a vocês!" Informei.

Hannah sorriu.

"Aprecio isso. Se eu o pegar, significa que Reggie pegará também!" Ela me agradeceu.

"Vocês terminaram?" Michael perguntou impaciente.

Pisquei, mas mantive sabiamente minha boca fechada.

Mas acenei com a cabeça.

"Bem," ele murmurou. "Agora vá para o assento do motorista e tente de novo um pouco mais.”

Prestei continência, e ele estreitou os olhos para mim.

Escorregando para o assento, ajustei o banco até que consegui facilmente alcançar os pedais e dei marcha ré com a caminhonete.

Prontamente salpicando os dois com lama.

Bati minha mão na boca.

"Sinto muito!" Gritei.

Michael não riu, mas Hannah sim.

Grandes gargalhadas que a fez dobrar sobre si.

"Você quer se retirar?" Ele rosnou para sua irmã.

Ela balançou a cabeça e se levantou, as lágrimas escorrendo por seu rosto, lavando o rastro de lama.

"Nossa," disse ela, caminhando até a porta de seu Jeep. "Você não é divertido."

"É verdade, não sou."

Arqueei minha sobrancelha para ele, mas ele não podia me ver, porque estava ocupado mexendo na corrente que tinha tirado de sua caixa de ferramentas, anexando os veículos.

Contemplei a súbita mudança repentina no comportamento de Michael.

Ele tinha feito isso algumas vezes no mês que passamos juntos.

Três momentos, onde de repente o humor dele foi de um extremo ao outro.

Indo de realmente feliz, a chateado com a menor coisa em questão de segundos.

Francamente, foi fascinante de testemunhar.

Não que eu dissesse que achava sua doença fascinante.

Mas aprendi a conviver com ele, no entanto.

Eu tinha irmãs.

O que já era o suficiente.

Além disso, era mais fácil não chamar a atenção para isso e agir como se nada estivesse errado.

Essa era a maneira mais rápida de fazer com que ele se recuperasse, e eu sabia que ele era grato por eu não falar sobre isso com ele.

“Tudo bem, Hannah. Quero que você acelere um pouco quando começar a sentir o puxão na corrente, certo?” Ele orientou.

Ela assentiu com a cabeça, e ele veio para a porta do motorista, então me mudei antes dele pedir.

Eu estava no meu lugar, quando ele abriu a porta, e tive que olhar para o lado para que ele não visse o sorriso no meu rosto.

"Eu sei que você está rindo de mim," ele rosnou.

"Não estou rindo," menti.

Ele bufou e acelerou a caminhonete.

O aperto na corrente soou, e ambos começaram a acelerar.

Então, de repente, Michael parou.

"Ela está indo para frente," ele disse, cobrindo o rosto com as mãos. "Por favor, me diga que não. Porque vou ficar com vergonha de chamá-la de minha irmã.”

Saltei da caminhonete, e meus tênis brancos imediatamente afundaram na lama.

Ela subiu até o meio das minhas panturrilhas, mas saí para evitar a discussão que eu sabia que estava prestes a acontecer.

"Hannah!" Sussurrei alto.

Ela se virou e parou de acelerar.

"Para trás!" Falei novamente.

Seus olhos se arregalaram, e então ela cobriu a boca com a mão. "Merda!”

Com bochechas cor de rosa, ela inverteu e passou a acelerar para trás.

Michael então começou a ir para frente e imediatamente a puxou para fora da lama com pouco ou nenhum esforço no final de tudo.

Ele a arrastou até a estrada, onde parou e a deixou ao lado e saiu.

"Você precisa de uma entrada de automóveis," ele rosnou.

Hannah saiu do seu jipe, mas ela tinha estacionado sobre uma inclinação que levava a uma vala, fazendo-a tropeçar e quase cair de rosto no chão.

Seu irmão mais novo, porém, a salvou antes que ela pudesse mesmo cair de joelhos.

"Você precisa começar a estacionar aqui, onde o solo é firme caso contrário você ficará presa," disse ele, colocando-a de pé.

Cruzei meus braços sobre o peito e me virei para olhar o cão que estava espreitando na porta atrás de mim.

"Ei garotão," eu disse a ele.

Ele era velho.

Era um labrador preto e estava com uma máscara branca cobrindo toda a sua face.

Andando lentamente ele caminhou até mim.

Abaixei-me e estendi minha mão para ele.

Ele cheirou minha mão, e comecei a fazer carinho em sua cabeça.

"Você é um doce," falei para ele, coçando atrás das suas orelhas.

"Esse é Mogley," Hannah disse atrás de mim. "Ele é um otário para algum atenção.”

Sorri. “Ele é um doce. Eu tinha um labrador preto como ele chamado Nike. Meu pai teve que colocá-lo para dormir quando ele tinha quinze anos, porque não conseguia mais andar. Muitos lances de Frisbee, acho.”

“Mogley é um idiota com uma bola de tênis. Ele era do meu ex, mas Joshua não quis mais ficar com ele quando começou a perder o seu desejo de caçar patos,” ela disse tristemente.

Que idiota.

Como você poderia apenas se livrar de um cão que estava velho demais para fazer o que você pediu a ele?

Certamente não eu!

Eu mataria por um filhote de cachorro, mas o depósito para animais de estimação do meu bloco de apartamentos era ultrajante, e você não poderia ter um cão com mais de vinte e cinco quilos.

E, embora eu amasse cães pequenos, não conseguia aguentar o tom alto do latido que vinha com eles.

Eu preferia ter um cachorro que me protegeria. Brincaria comigo. E realmente se divertiria comigo.

Eu teria isso de novo um dia.

"Ele é um amor," disse a ela.

Michael veio até a varanda e ofereceu a Mogley um cafuné na cabeça antes de começar a retirar suas botas, seguidas rapidamente por suas calças.

"Tem algo que eu posso usar?" Ele perguntou.

Num piscar de olhos ele estava apenas de cueca boxer.

"O que você faria se eu não tivesse?" Ela perguntou rindo.

Ele olhou para ela.

"Iria para casa de cueca," ele disse simplesmente.

Claro que sim.

Embora, os homens pudessem facilmente sair assim.

Eles poderiam sair com quase nada.

Mas se uma mulher tentasse sair de casa com apenas um sutiã e uma calcinha, iria arranjar problemas por isso.

“Tenho algumas das roupas velhas do Joshua no quarto de hóspedes. Elas não cairão muito bem em você, mas tenho certeza que poderá encontrar um short, uma camiseta ou algo assim que lhe servirá,” ela disse.

Ele resmungou e entrou na casa, ignorando-me completamente.

"Hmmm," murmurou quando ele saiu.

"Ele está em um daqueles estado de humor," ela explicou suavemente.

Balancei a cabeça. "Ele está bem.”

Ela olhou para mim com cuidado.

"Você sabe," ela disse simplesmente.

Pisquei. "Sabe o que?" Perguntei inocentemente.

"Que ele é bipolar."

Assenti. "Sim, ele me disse.”

Seus olhos se arregalaram em entendimento.

"Ele te ama," ela sussurrou. "E você o ama.”

"Bem..." eu amo. Só não queria que sua irmã soubesse.

Eu estava esperando.

Eu sentia que isso de alguma forma era crucial para o início da nossa relação.

Se eu o assustasse, ele fugiria.

Era por isso que eu negava, com tudo o que tinha, o que eu suspeitava que não era intoxicação alimentar ou uma infecção estomacal.

Eu estava grávida.

Muito grávida.

Porque desde que eu tinha voltado com Michael, não tive o meu período.

Eu era tão regular nesse sentido que poderia definir até o horário para isso acontecer.

Sabia exatamente o momento que ia começar, porque sempre acontecia no mesmo horário todos os meses.

O que significava que a primeira vez que ficamos juntos, nós concebemos uma criança.

Uma criança que ele não queria.

Uma criança que eu teria que convencê-lo que poderíamos ter. Que poderia ser saudável. Que poderia ser uma boa pessoa, assim como ele era. Mesmo ele não querendo admitir que ele era um bom homem.

“Você o ama. Bom. Ele é um bom homem.”

Vê? Eu sabia que ele era.

“Eu sei.” Falei para ela. “Ele realmente é um homem muito bom.”

“Ele e um saco como irmão mais novo, no entanto. Como você pode ver, ele está sempre perturbando.” Ela disse com uma risadinha. “Um ano ou mais atrás, ele salvou um garotinho de um acidente de carro, e ficou com ele por quatro horas, enquanto eles cortavam o carro para retirá-lo. Agora Jackson é o maior fá de Michael. Eles ainda saem juntos de vez em quando. Droga, ele é o melhor amigo de Reggie. Ela fala sobre ele o tempo todo.”

Saber que ele amava as crianças me deu esperança.

Eu já sabia disso, é claro, mas era bom ter a confirmação.

“Qual a idade de Reggie?”

Perguntei pegando as botas e roupas de Michael, colocando-as em um saco de lixo que Hannah fez brotar de um esconderijo entre as cadeiras da varanda.

“Ela tem dois anos e meio, quase dezoito meses,” Hannah sorriu. “Ela é a versão mini de Michael. Imita tudo que ele faz. E isso faz com o que o meu ex marido seja contra. Eu amo isso.”

Eu sorri com ela.

E foi assim que Michael nos encontrou.

Ele não estava mais de mau humor.

Não, ele estava de bom humor.

O que provou quando ele disse, “Eu gosto que as minhas duas meninas favoritas se dão bem, sorrindo e felizes.”

Dei-lhe um polegar para cima. “Bem, nós estávamos rindo de você. Não sei se você gostará de saber disso.”

Ele sacudiu a cabeça em negativa.

“Não, não. Contando que vocês se deem bem.” Anunciou ele.

Levantei uma sobrancelha para ele, observando sua roupa.

Ele estava com um calção preto de corrida que ficou seriamente apertado nele, principalmente porque eu podia ver o contorno de seu pau através dele. E embora o esquema fosse bom, não era algo que eu gostaria que todo mundo visse.

A camiseta não era muito diferente, mas pelo menos o cobria.

Fiquei feliz ao ver as tatuagens a mostra, no entanto.

Normalmente eu só podia ver quando estávamos em minha casa ou na sua. E só na privacidade do quarto.

Michael não era como os homens normais.

Ele não ficava sem caminha. Ele sempre estava vestido. Sempre.

A menos que ele fosse para a cama ou para o chuveiro.

“Porque não nos daríamos bem?” Perguntei curiosa.

Foi Hannah que respondeu.

“Joslin e eu não nos damos bem. Em absoluto. Ela era egoísta e egocêntrica. Ela também odiava quando chamava sua atenção no ER em nossos plantões. Algo que ela realmente, realmente não gostava.” Ela respondeu.

“Ahh, isso faz sentido. Ela me odeia porque faço isso também.” Eu falei.

Hannah sorriu. “Parece que temos muitas coisas em comum. E adivinha! Podemos nos unir contra ela em jantares de família e no Natal. Porque meu irmão foi muito estúpido em se casar com a vadia traidora!”

Michael inclinou a cabeça para o lado. “Como você sabia que ela me traiu?”

“Michael, irmão querido, eu não sou estúpida. Trabalho no mesmo hospital que ela. E seu fedor não fica apenas no térreo. Ele se espalha por todos os andares. Confie em mim.”

Eu tinha concordar.

Joslin era bem conhecida.

Ela era a vagabunda do hospital, e todos sabiam disso.

As pessoa poderiam não conhecê-la pessoalmente, mas a conheciam pelo nome, e esse nome não era realmente bonito.

“Eles a chamam de Whoreslin10 em vez de Joslin.” Informou Hannah.

Ele piscou surpreso.

“E ela não se incomoda com isso?” Ele perguntou incrédulo.

Minhas sobrancelhas se levantaram.

“Ela não sabe que é chamada assim.” Falei para ele.

“Se todo mundo a chama assim, ela deve saber. Ela está longe de ser idiota.” Ele disse a mim.

Dei de ombros. “Não importa. Que seja, ela não é burra, mas também não se importa sobre o que pensam dela. Ela faz o que faz e não se preocupa com a opinião dos outros dos seus atos.”

“Então, você chegará a tempo para o jantar hoje a noite?” Hannah perguntou, mudando de assunto.

Eu fiquei contente.

Essa mulher sempre teve a capacidade de me deixar deprimida.

Um ano e meio trabalhando com ela e eu ainda a odiava.

E o fato de estar prestes a conhecer seus pais também não ajudava.

Na verdade, a náusea estava de volta com força total com apenas o pensamento de encontra-los.

Eu conheci seus pais antes, mas nunca soube o que dizer.

Eu não era uma pessoa muito extrovertida.

Eu conseguia conversar com as pessoas, é claro, mas sempre dizia ou agia de alguma maneira que me fazia parecer estúpida.

“Nós estaremos lá a tempo, eu acho. A menos que alguma coisa da equipa apareça,” Michael falou, erguendo os braços acima de sua cabeça para descansar na viga do telhado da varanda.

Sua camiseta muito curta subiu, expondo seu abdômen rijo, e minha começou a salivar.

Sua barriga também era coberta de tatuagens, mas eu ainda podia ver seu abdômen definido.

O homem era seriamente malhado.

Nunca era ruim observar suas tatuagens. Algo que eu gostava de ver em exibição, pois foram feitas para as pessoas verem.

Não que ele concordasse comigo.

Tinha sido um tema de discussão, e eu finalmente decidi deixá-lo ser o que ele queria.

Ele poderia fazer o que quisesse, e eu estaria lá para apoiá-lo.

“Bem, não é como se você em qualquer controle quando surge uma chamada da SWAT. Nós sabemos disso,” disse ela, acenando com braço concordando com a ideia dele estar atrasado por esse motivo. “Mamãe vai superar isso.”

Senti que este era um assunto doloroso, ele estar na SWAT, e fiz uma nota mental para perguntar a ele sobre isso mais tarde.

“Tudo bem Hannah. Temos que correr. Nós temos um almoço com os rapazes, mas verei você mais tarde,” ele disse a sua irmã.

Hannah caminhou para frente e o abraçou, efetivamente tornando-o lamentoso novamente, mas não tanto quanto antes.

Ele esfregou os cabelos e beijou a testa dela antes de soltá-la.

“Tenha cuidado,” ele sussurrou para ela.

Hannah assentiu com a cabeça. “Eu vou.”

Então, antes que eu pudesse pensar ou dizer qualquer coisa, fui pega.

Um de seus braços varreu minhas pernas por baixo de mim, e o outro foi atrás de meus ombros para me pegar quando caí.

Gritei e passei meus braços em torno de seus ombros, com medo por minha vida, mesmo sabendo que ele nunca me deixaria cair.

"Eu sou muito pesada!" Protestei.

Ele bufou. "Você não é pesada. Você é pequena. O que é o oposto de muito pesada," ele disse com aquele tom irritantemente doce dele.

Pude ouvir seus pés afundando na lama a cada passo, e não pude deixar de objetar.

“Michael, meus pés já estão cobertos de lama. Por que você está me carregando?" Perguntei.

Ele riu.

Inclinei minha cabeça para descansar contra seu pescoço.

"Que seja," falei provocando.

Ele me apertou um pouco mais forte, e nunca me senti mais segura ou mais querida em toda a minha vida.


CAPÍTULO 13


Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Talvez eu vá... Amanhã. - Fato da vida


Nikki


"Michael!" Ofeguei, minha cabeça indo para trás quando ele bruscamente puxou meu cabelo, expondo meu pescoço para sua boca.

Ele correu sua língua da minha clavícula até o lóbulo da minha orelha, que ele sugou em sua boca, correndo a ponta pela parte exterior.

"Nós vamos nos atrasar," falei em desespero.

Ele não estava escutando, no entanto.

Já estava puxando o meu jeans para baixo, empurrando-os com ambas as mãos enquanto me inclinava na beirada da cama.

"Vou ser rápido," ele disse com voz rouca, fazendo meus olhos revirarem quando percorreu minha fenda com sua barba, traçando o comprimento do meu sexo com a língua.

"Deus," sussurrei, empurrando para trás involuntariamente quando ele enfiou a língua na minha boceta desesperada.

Sua barba arranhava deliciosamente o meu clitóris, e eu estava a ponto de gozar, quando ele se afastou de forma tão abrupta que gritei de frustração.

"Tudo bem, podemos ir agora," disse ele severamente.

Olhei por cima do ombro para ele, vi o brilho em seus olhos, e sabia que ele estava brincando.

Estreitando os olhos, dei-lhe um olhar feio. "Você já me deixou no limite. Que tal você apenas terminar o trabalho?" Perguntei, balançando minha bunda em provocação.

Ele sorriu e lentamente abaixou o zíper da calça jeans, desabotoou, em seguida, baixou-as em torno de seus quadris apenas o suficiente para que pudesse liberar sua ereção, sem muitas manobras.

Lambi meus lábios fazendo-o sorrir para mim.

Ele sabia o quanto me afetava, e eu não me importava nem um pouco.

"Michael," insisti, empurrando meus quadris para trás contra ele.

Seus olhos escureceram, e ele alinhou seu pau com a minha entrada antes de empurrar lentamente.

Engoli em seco e joguei a cabeça para trás.

Meu cabelo desceu pelas costas, e Michael o pegou, enrolando-o em suas mãos enquanto afastava seus quadris.

Então ele afundou novamente, puxando meu cabelo para me impedir de me afastar, ao mesmo tempo.

Joguei meus quadris para trás com tanta força que um som alto encheu o quarto quando nossos quadris colidiram.

Ele grunhiu.

"Essa é a maneira que você quer fazer isso?" Ele perguntou casualmente, como se ele não estivesse me deixando louca com seus movimentos lentos.

"Sim!" Gritei.

Puxando os quadris para trás até que a cabeça de seu pênis ficou na minha entrada, ele bateu de volta para dentro de mim com tanta força que meus joelhos levantaram da cama.

"Ahhh," gemi, o calor correndo em minhas veias com seus movimentos eróticos, me iluminando como fogos de artifício.

O prazer crescia em meu núcleo.

Meu orgasmo voltou quando ele bateu em mim, mais e mais forte, até que a única coisa que esperei foi a dor deliciosa que disparou através de mim quando ele se afundou completamente.

Sua mão livre, que não estava puxando o meu cabelo, foi para minha bunda, apertando-a cada vez mais forte.

Mas não me importei, porque sentia que ia gozar.

A dor erótica, o prazer puro, e a emoção veio tudo de uma vez, e eu entrei em combustão espontânea.

Ou assim parecia.

Talvez fosse um orgasmo.

Mas eu não chamaria o que tinha com Michael de 'normal.'

O que tínhamos era fan-porra-tástico.

"Vou gozar," ofeguei. "Por favor!"

Ele sabia o que eu queria.

Uma mão estava no meu cabelo, e a outra em meu quadril.

Uma viajou para o meu clitóris, enquanto a outra foi para um dos meus seios: puxando, apertando e agradando.

Meu orgasmo explodiu como um show de fogos de artifício, enquanto eu o prendia com tanta força que o ouvi amaldiçoar e bombear seus quadris incrivelmente mais rápido.

"Jesus," ele grunhiu.

Então senti o jato quente de sua semente entrando em mim, me enchendo, e me marcando como sua.

Ele empurrou para frente uma última vez e ficou parado, ofegando com o esforço.

"Você sabe," disse ele. "Nem mesmo quando corro, eu suo tanto."

Gemi.

"Eu não posso reclamar." E não podia.

Se eu tivesse que lidar com o suor para obter o prazer que eu tinha, então eu o levaria todos os dias da semana e duas vezes aos domingos.

Ele saiu de mim, deixando-me desolada.

Permaneci de bruços na cama, e pude sentir sua essência vazando de mim em um jorro.

No entanto, eu não tinha energia para cuidar disso naquele momento.

"Levanta mulher," Michael disse dando um tapa em minha bunda.

Virei-me, sem dúvida vazando tudo sobre a cama.

Eu mudaria os lençóis quando chegássemos em casa.

Não havia nenhuma maneira que eu poderia me mexer direito agora.

Bem, isso a menos que Michael fosse me pegar.

O que ele fez apenas alguns segundos depois, envolvendo suas grandes mãos em volta da minha cintura e me levantando.

"Vá se limpar, colocar suas calças, e vamos embora. Eu já posso ouvir minha mãe,” Michael brincou.

Horror me encheu.

"O quê?" Eu disse freneticamente. "Estamos atrasados?"

É claro que estamos.

Nós tínhamos acabado de ter sexo quando deveríamos estar saindo, Nikki Pena!

"Gah!" Eu disse apressadamente, colocando a palma da minha mão entre minhas pernas para pegar qualquer gota que pudesse vazar enquanto mancava para o banheiro, minhas calças ainda em torno de meus tornozelos de onde ele tinha deixado anteriormente.

Michael riu enquanto observava, sentando-se na cama para colocar o coldre da arma e amarrar os sapatos.

Vinte minutos depois, e apenas dez minutos de atraso, nós chegamos à casa de seus pais.

Era um lugar exuberante.

Uma daquelas casas de fazenda pintada de branco, enormes colunas brancas, persianas vermelhas e uma varanda grande na frente que abrigava cadeiras de balanço.

"Isso é legal," eu disse em admiração.

Eu cresci em uma fazenda.

Nós tínhamos vivido em uma casa de cinco quartos com sete filhos.

Meu irmão, sendo o único menino, tinha conseguido um quarto sozinho, enquanto minhas irmãs e eu tínhamos que dividir tudo em três.

Parecia que esta casa tinha nada menos que dez quartos.

Além disso, quartos de empregada. E uma casa de piscina.

"Sim," ele concordou, abrindo a porta e correndo para o meu lado. "É um bom local."

Saltei quando ele me ofereceu sua mão, e caminhamos em direção a escada.

"Estou nervosa," sussurrei para Michael. "E nós estamos atrasados!"

Ele deu um tapinha em minha mão. "Vai ficar tudo bem."

Eu sabia que ficaria. Ele faria isso.

Mas isso ainda não ajudou o nervosismo que estava tomando conta de mim.

Ou era a náusea que não tinha desaparecido por três dias?

Porque eu senti que ia morrer.

De nervosismo. Ou talvez anorexia, pois eu não tinha fome.

Conheci seus pais no hospital, é claro, mas apenas o tempo suficiente para cumprimentá-los, pois os dois estavam trabalhando no momento.

Encontrá-los em sua casa, no seu território, em seu berço, era uma coisa completamente diferente.

"Vai ficar tudo bem, prometo," ele me disse, enquanto caminhávamos até a entrada da casa de seus pais.

"Tem certeza que minhas calças não estão muito apertadas?" Perguntei preocupada.

Seus olhos foram da porta da frente para a minha bunda, e eu podia ver suas pupilas dilatarem.

"Não, baby. Elas estão fodidamente perfeitas," ele murmurou, lambendo os lábios. "Talvez devêssemos ir para casa. Ligar e dizer que você ainda está doente.”

Eu sorri, acertando-o com o cotovelo nas costelas. "Nós fizemos isso antes de vir," provoquei de ânimo leve.

Então a porta a minha frente se abriu, e uma mulher bonita, com os mesmos olhos azuis de Michael, estava diante dela, junto com um homem com o cabelo castanho de Michael. Com alguns cabelos brancos que só acrescentava um charme a sua aparência.

"Michael, você está atrasado," sua disse em tom de reprovação.

Então seus olhos brilharam nos braços à mostra de Michael, e eu estremeci.

Eu tinha implorando para ele usar uma camiseta.

Eu deveria ter deixado ele vestir uma de manga longa que ele queria usar.

"Ma," disse ele, entrando comigo atrás dele. "Nós perdemos tempo tentando encontrar um sapato que combinasse."

E nós realmente ficamos.

Foi assim que tudo tinha começado essa noite.

Eu estava olhando debaixo da cama, e ele estava olhando para minha bunda em vez de para o meu sapato.

"Nikki!" Hannah chamou. "Estou feliz por você ter vindo!"

Sorri verdadeiramente para Hannah, então derreti ainda mais quando a menina em seus braços se lançou sobre Michael.

"Tio Mickey!" Reggie gritou.

Reggie era uma bola de sol e felicidade embrulhada em um vestido rosa e cachos castanho.

Eu a adorava!

Como podia ser tão bonita?

“Tio Mickey! Rodar!” Reggie gritou novamente.

Nós observamos enquanto Michael girava Reggie em um círculo, os braços estendidos para frente enquanto a segurava suspensa no ar.

Ela gritou e gritou, rindo enquanto fazia o ‘avião.’

“Tudo bem, crianças. É o bastante. Que tal jantarmos?” Elizabeth ralhou suavemente.

Michael balançou mais uma vez, em seguida, parou abruptamente.

Ele colocou Reggie no chão, e todos vimos quando ela começou a tropeçar, enquanto o equilíbrio voltava aos poucos. Michael a pegou antes que ela caísse no chão e riu para ela.

"Você fez bem, Reggie-Roo," ele disse, puxando-a firmemente em seu peito.

Eu podia dizer que ele a amava.

Claramente.

Não pude evitar uma pontada de tristeza com a visão.

Eu queria que fosse um filho nosso.

"O que tem para o jantar?" Outra voz chamou da sala de estar.

Olhei para cima, assustada ao ver outro homem lá.

Ele se parecia com Michael. Tinha a mesma pele bronzeada e cabelos castanhos.

Mas era aí que as semelhanças terminavam.

Este homem tinha um rosto mais 'infantil,' e uma construção muito mais magra.

Ele não parecia muito com o resto da família, assim como Hannah e Michael.

"Fiz frango ao alho, batata trufada de limão e pimenta com espargos, e um bolo de laranja para a sobremesa," Elizabeth sorriu, feliz por alguém ter perguntado o que ela havia feito.

Notei quando o homem acenou com a cabeça, e a mulher encostada nele fez uma careta.

Eu tinha esquecido que Joslin, eventualmente, estaria aqui.

Ou mais como deixei de lado.

Eu realmente não gostava da mulher, e devo ter inconscientemente me protegido de pensar nisso durante todo o dia, porque, até agora, não me lembrei que ela estaria aqui.

Michael passou o braço em volta dos meus ombros, me puxando para seu lado enquanto dizia, “Cheira bem, mãe. Espero que você tenha um pouco de chá doce, no entanto. Estou com sede.” Elizabeth deu a seu filho um olhar divertido.

"O que você acha que eu sou, uma ianque?" Ela zombou.

Suspirei, e cobriu minha boca com a mão de um golpe.

Joslin era do Norte.

Eu sabia porque ela sempre repetia como o Texas ‘não era Nova York.’

Bem, graças a Deus por isso!

“Bem, lidere o caminho, Ma. Você está reclamando por eu estar atrasado, mas você está em marcha lenta.” Michael brincou.

Elizabeth estreitou os olhos para seu filho.

"Cuidado," ela sacudiu o dedo para ele.

O jantar foi excelente. E nada deu errado o tempo todo.

Mantive meus olhos no meu próprio prato, sorri para todos, e agi como se eu estivesse confortável.

Mas o tempo todo eu não estava.

Joslin ficou calada, mas olhou para mim o tempo todo, e eu perdi a paciência com ela após trinta minutos de refeição, e comecei a olhar de volta.

"Mais frango?" Olhei para cima e encontrei Dean segurando o prato de frango para mim, e eu balancei a cabeça.

"Não, obrigada." Seus olhos se estreitaram quando não levantei o prato, e olhei para o meu prato vazio.

"Estou realmente cheia, juro," falei para ele.

Ele suspirou.

"Dean não gosta quando as mulheres em sua vida não comem tanto quanto um pequeno cavalo," Michael resmungou mordendo um bocado de pão. "Continuo dizendo para que ele supere isso, mas ele tem uma fobia."

"Fobia?" Perguntei confusa.

Eu realmente estava cheia, por isso não me importava se ele queria que eu comesse mais ou não. Eu não comeria. Não com a forma como o meu estômago estava turbulento ultimamente.

“Ele namorou uma menina na escola que era anoréxica. Então ele acha que todas as garotas que ele conhece são,” Hannah murmurou, sorrindo para seu irmão com humor.

"Eu não!" Dean negou.

"Você sim," Manuelo riu na ponta da mesa.

"Então, mãe," Joslin interrompeu a conversa com seu tom arrogante normal. "O que faremos no feriado? Eu realmente quero ir para o Colorado esquiar novamente."

Eu odiava esquiar. Portanto, esperava que Michael não quisesse que eu fosse com ele.

"Nós tentamos isso no ano passado e não deu certo, então está fora de questão este ano,” Manuelo murmurou, fazendo-me amá-lo naquele instante. "Além disso, agora temos outra pessoa para adicionar à mistura, então agora teremos que sincronizar nossas agendas."

Meu coração se aqueceu com a menção de mim, e quando Manuelo sorriu para mim, eu sabia que ele teria para sempre meu coração.

Se alguém pode enfrentar Joslin assim, tinha todo o meu respeito!

"Mas no ano passado os meninos escolheram. Este ano as meninas escolhem," Joslin lamentou.

Michael ocupou sua boca com outro pedaço de pão, mas eu poderia dizer que ele queria gritar com ela.

Inferno, eu também, mas não o fiz, é claro.

Surpreendentemente, foi Dean quem fez isso.

"Que tal falarmos sobre isso quando estiver mais próximo? É apenas abril ainda," Dean falou.

“Tudo bem, desde que todo mundo está satisfeito, vou retirar os pratos. Nikki, Joslin, que tal vocês duas me ajudarem?” Elizabeth perguntou.

Tentei não fazer caretas.

Limpar a cozinha não era uma das coisas favoritas para mim.

Dê-me um esfregão ou uma escova de vaso sanitário durante todo o dia, mas o pensamento de tocar em alimentos e os cheiros de uma cozinha realmente me fez querer vomitar.

Michael olhou para mim, avaliando minha vontade de fazê-lo, e começou a dizer algo, mas eu peguei sua mão.

"Tudo bem," falei alegremente, levantando, pegando meu prato e estendendo a mão para o de Michael.

Quando tentei puxar o prato de Michael, ele o segurou até que olhei em seus olhos.

O que vi foi preocupação. Por mim.

Sorrindo para ele, inclinei-me e o beijei suavemente nos lábios, sussurrando: "Eu estou bem." Ele olhou nos meus olhos, estudando-me por um tempo, depois assentiu. "Traga-me um pouco de torta na volta."

Arqueei um sobrancelha para ele "Sim, senhor."

“Veja, isso é o que eu gosto de ouvir! Lizzie, quando você vai aprender a obedecer assim?” Manuelo perguntou em voz alta.

Rindo, segui uma Elizabeth resmungando, e uma Joslin ainda mais infeliz, para a cozinha.

“Falando mal de nós, minha querida," Elizabeth falou quando porta se fechou atrás de nós.

Eles tinham uma daquelas portas giratórias que eu só tinha visto em filmes, e sua cozinha era uma arte.

"Cara, eu poderia bater alguns tamales11 aqui!" Eu disse em reverência.

"Você é bem-vinda para fazê-los quando quiser, desde que compartilhe," Elizabeth ofereceu graciosamente.

"Negócio fechado," eu disse, parando no lixo para despejar o que restava nos dois pratos em minhas mãos antes de colocá-los na pia onde Elizabeth estava lavando.

Joslin sentou em uma cadeira na mesa e começou a folhear uma revista, deixando Elizabeth e eu para preencher o silêncio, que foi surpreendentemente fácil, considerando a situação.

"Então, o que a fez querer ser uma parteira?" Perguntou Elizabeth, oferecendo-me um prato enxaguado para que eu colocasse na máquina de lavar.

“Sou uma paramédica. A primeira chamada que atendi foi de uma mulher grávida com quarenta semanas de gestação que estava tendo seu bebê em um armário em seu quarto. Foi durante uma dessas tempestades com granizo que danificavam toda a área afetada com seus ventos fortes. Eles tinham acabado de tocar a sirene de furacão quando nos chamaram" eu disse a ela. "Então, quando chegamos, ela estava no armário com seu marido pirando ao seu lado. E foi aí que a ajudamos. E fiquei apaixonada desde então."

“Esses são os tipos de histórias que adoro ouvir. Como você sabe, eu trabalho na emergência da pediatria. Pode ser deprimente às vezes ouvir algumas histórias,” disse Elizabeth, entregando-me um punhado de garfos.

"Dean e eu decidimos tentar fertilização in vitro," Joslin anunciou em seu lugar na mesa.

Congelei, assim como Elizabeth.

"Vocês realmente não têm realmente dado tempo para isso," Elizabeth hesitou.

“Nós tentamos por mais de um ano, então Dean resolveu fazer o teste e descobriram que ele tinha uma contagem muito baixa de espermatozoides. Eles sugeriram a fertilização in vitro, mas mesmo assim eles não deram certeza que será possível fertilizar meus ovos. Nós vamos perguntar ao Michael se ele estaria disposto a doar esperma...”

Deixei cair o prato que eu estava segurando e saí da cozinha.

Eu estava tão louca que poderia cuspir pregos, e quando entrei na sala vi Dean e Michael em uma conversa tensa no canto.

"Michael!" Gritei, cortando a conversa.

Ele se virou para olhar para mim com preocupação, em seguida, seus olhos se estreitaram quando viu o rosto sorridente de Joslin em minhas costas.

"O quê?" Ele perguntou preocupado.

“Nós precisamos conversar. Do lado de fora... Agora,” eu disse a ele rapidamente.

"Eu disse a ela que nós vamos pedir a Michael para doar esperma," Joslin anunciou para a sala toda.

Michael virou-se rígido e olhou para mim, pronto para o que ele sabia que estava por vir.

Porque deixe-me dizer um pouco sobre mim.

Sou uma cabeça quente.

Eu reajo primeiro, falo em segundo, e penso em terceiro.

Isso me deixou em apuros toda a minha vida.

"Você não vai ter um filho com ninguém além de mim!" Gritei alto, marcando meu ponto com um dedo em seu peito.

Os olhos de Michael brilharam.

"Não terei filhos com ninguém, por isso não é um ponto discutível," Michael disse, cruzando os braços sobre o peito.

"Mas Dean, você disse que ele concordaria!" Joslin lamentou.

“Meu irmãozinho não está tendo um filho com você. Isso é fodido,” Hannah afirmou sua opinião.

"Mas não seria o filho dele e meu, seria meu e de Dean," Joslin continuou a lamentar.

"Certo. Você sabe muito bem que se o DNA é de Michael, ele terá uma responsabilidade com a criança, mesmo se você não quiser," Manuelo disse sério.

“Seria o nosso filho! Ele não teria nada a dizer!” Joslin insistiu.

O corpo de Michael ficou tenso, e eu sabia que ele estava prestes a dizer algo duro.

"Michael e eu estamos sérios, e realmente não me sentiria muito confortável com um filho dele por aí com vocês. Não quero dizer com isso que você não seriam pais capazes," falei a Dean. "Mas o que é uma parte de Michael é uma parte de mim. Então, vocês estariam confortáveis com a partilha desta criança comigo e Michael? Porque sei que eu não estaria confortável fazendo isso com vocês."

“Acho que precisamos conversar com Michael sem você aqui,” Dean disse suavemente. "Joslin, por que você não vai terminar de limpar a cozinha com Nikki e...”

“Não, ela está certa. Eu não vou ter filhos. Mas se fosse não seria com Joslin. Desculpe,” Michael disse, enfiando as mãos em seus bolsos e olhando ao redor da sala para todos os ocupantes.

Manuelo e Hannah, eu poderia dizer, estavam firmemente do meu lado.

Elizabeth, eu poderia dizer, estava em conflito.

Ela queria que seus dois filhos fossem felizes.

E eu sabia que tinha acabado de fazer uma inimiga em Joslin.

Não haveria mais volta agora.

Dean, no entanto, parecia estranhamente feliz.

Como se ele não quisesse ter filhos com ela.

Nem ela ter filhos com mais ninguém.

Beep-Beep-Beep-Beep.

Olhei para Michael quando ele puxou o Pager do bolso.

"Tenho que ir," ele murmurou, olhando para a mensagem. “Nikki, vamos lá. Vamos embora.”

Saímos dentro de segundos, e eu fiquei tão feliz que poderia gritar.

"Eu não posso acreditar," falei, apertando meu cinto de segurança, "Que ela lhe pediu isso." Michael bufou.

"Ela sempre quis ter filhos. E eu acho que Dean estava no processo de me dizer que não queria filhos, quando você irrompeu pela porta como se tivesse um atiçador de fogo quente empurrado na sua bunda.”

Estremeci.

"Isso soa doloroso." admiti.

Ele encolheu os ombros.

"Não posso afirmar. Mas não tenho dúvida de que seria, no entanto." Ele saiu do quintal do seus pais, ligando as luzes em seus carro que eu não tinha percebido que estavam lá.

"Uau," eu disse, olhando para as luzes piscando que foram montadas acima do seu espelho retrovisor. "Faz sons, também?"

Ele apertou um botão em seu volante, e o som de uma buzina de ar alto, seguido pela distinta buuuurp-burrrp que a maioria dos carros de polícia usavam, encheu o ar da noite.

Surpreendentemente, as pessoas abriam caminho com bastante rapidez.

"Você pode levar a minha caminhonete para a sua casa," ele murmurou. "Vou arranjar alguém para me deixar no meu lugar."

Pisquei.

"Você não vai voltar de novo?" Isso foi um gemido que detectei na minha voz? Ei, eu odiava choramingar.

"Não, não há como dizer quando estarei de volta," ele me disse quando parou na estação. Então, sem mais uma palavra, ele desapareceu, deixando a caminhonete ligada, eu surpresa e um pouco magoada.

Ele sempre vinha para minha casa depois de suas chamadas.

Por que desta vez foi diferente?

Será que o que eu disse foi demais?

Certamente não.

Mas inferno, o que eu sabia?


CAPITULO 14


Mostre-me seus gatinhos.

– Camiseta


Nikki


"Onde você está?" Perguntou Michael.

Olhei para o consultório médico onde estava atualmente esperando minha consulta, e menti. “Estou na loja. Precisa de alguma coisa?” Perguntei docemente.

Ele resmungou. "Não. Eu só estava esperando que você estivesse em casa para que pudesse me trazer minha pistola extra. Algo está errado com a minha e acho que preciso levá-la para consertar."

“Não, eu não estou lá. Desculpe-me,” falei a ele honestamente.

"Droga. Eu não posso sair. Estou prestes a entrar em uma reunião, e tenho um seminário da SWAT em Longview às doze horas,” ele suspirou.

“Posso leva-la para você em Longview, se estiver tudo bem. Tenho que ir ao shopping de qualquer maneira,” ofereci.

Ele fez um som de contentamento. "Isso soa bom. O que você precisa no shopping?"

Calças, porque as minhas já não me cabem mais, foi o que pensei, mas o que eu disse foi, "Calças novas. A minha estão com defeito no botão."

Não era totalmente uma mentira. O botão havia perdido sua eficácia, pois já não podia alcançar o buraco que foi desenhado para isso. Eu tinha que usar um laço de cabelo para ligar os dois juntos, e, eventualmente, Michael acabaria percebendo que eu já não podia mais abotoar minhas calças. Eu tentaria ganhar algum tempo, porém, comprando um jeans maior.

Passaram-se três semanas desde que eu tinha ido com Michael puxar sua irmã da lama.

Três semanas desde que conheci seus pais.

E três semanas desde que eu tinha terminado a escola.

Mas eu estava ocupada.

Eu tinha recebido minha 'graduação' há apenas dois dias, embora tenha sido apenas uma formalidade.

Eu tinha feito meu teste de certificação que era exigido no Estado do Texas, e agora eu era uma parteira certificada e licenciada.

“Senhora. Pena?” A voz de uma jovem mulher chamou, fazendo-me olhar para cima da contemplação das minhas unhas, que estavam necessitando urgentemente de uma manicure.

Infelizmente, eu sabia que isso não ia acontecer em breve.

Eu não tinha tempo.

E quando tinha, eu preferia dormir.

Esta gravidez que eu ainda não tinha anunciado estava realmente drenando o inferno fora de mim.

Levantei-me e caminhei até a mulher.

"Você está pronta?" Ela perguntou com um sorriso.

Concordei com a cabeça.

"Sim."

Eu estava.

Não havia como negar.

De jeito nenhum.

Se todos os meus cálculos estivessem corretos, eu estava bem além da fase do 'perdi o meu período.'

Que era normalmente quando as mulheres se sentiam seguras para anunciar a sua gravidez ao mundo.

Algo que eu não tinha encontrado a coragem de fazer tão cedo.

"Tudo bem, vamos ver o seu peso e pressão arterial, então você pegará aquele copo ali," ela indicou o copo no balcão. "E o encherá até a....”

“Primeira linha, sim, eu sei. Eu sou uma parteira,” eu disse a ela, sorrindo feliz.

“Oh! Eu quero fazer isso!” A mulher falou admirada. “Estive pensando sobre isso. É difícil?” Eu sorri.

“É difícil, sim. Acho que a parte 'mais difícil,' porém, é acordar no meio da noite, quando as mulheres entram em trabalho de parto. Mas eu não vou seguir esse caminho dos partos em casa. Eu já tenho uma posição alinhada com o Good Shepherd. Vou ajudar os médicos de lá. Trabalharei em turnos de doze horas, disponível para fazer os partos se os médicos não puderem fazê-los a tempo,” expliquei a ela.

Seus olhos brilharam.

"Eu não sabia que eles tinham essa opção," disse ela, apontando para a escala. "Olharei a sério sobre isso. Eu aceitei esse emprego por causa dos bebês. Eu adoro conhecer os pequeninos."

Eu podia entender.

Eu tinha ajudado um bebê nascer no estacionamento do ER.

A mulher passou por uma situação difícil, dentro de uma caminhonete Chevy com o marido frenético ao volante.

O marido estava branco como uma folha, e pude ver o porquê no minuto em que abri a porta e vi um bebê praticamente à beira de nascer, olhando para mim da vagina da mulher.

O bebê estava literalmente olhando ao redor.

Sua cabeça estava voltada para o lado de cima, o que significava que o bebê estava vindo ao mundo voltado para o céu, em vez de para baixo como deveria ser.

Também significava que doía muito mais.

O que a mulher que estava dando à luz ao menino estava deixando-nos saber com seu jogo eloquente de palavras.

Levantei meus braços bem a tempo de pegar o garoto quando a mulher deu um empurrão valente.

O bebê deslizou do canal de nascimento da mãe direto para as minhas mãos estendidas, e desde então nunca mais olhei para trás.

"Ok, você se aproximar," disse a mulher. "Sente-se aqui, por favor."

Depois de verificar minha pressão arterial, e encher o temido copo de plástico, ela me mostrou um quarto.

"Tenho certeza que você já sabe o que é esta pequena joia!" Ela disse, segurando um aparelho de Doppler12.

Acenei com a cabeça, me sentei e levantei minha blusa. "Claro que sim."

“Você disse que está de doze semanas, de modo que deve ser tempo mais do que suficiente para ele se desenvolver e nos permitir ouvir os batimentos cardíacos."

Fechei os olhos e ouvi os sons do Doppler, espantada em como era diferente.

"Ahhh," a mulher disse. "Aqui está."

Sorri, e as lágrimas encheram meus olhos, enquanto ouvia meu bebê e do Michael pela primeira vez.

E eu me apaixonei.

Desesperadamente a esta pequena vida dentro de mim.

"Um quarenta e dois. Perfeito!” Ela disse. “Tudo bem, minha querida. Meu nome é Dália se você precisar de alguma coisa. O médico deve ver você em cerca de dez a quinze minutos." Dália explicou enquanto se dirigia para a porta do quarto, fechando-a silenciosamente ao sair.

Bem, pelo menos eu não tinha que que sentar aqui nua enquanto esperava.

Esta consulta estava um pouco tarde.

A maioria das mulheres geralmente vinha quando estavam entre quatro a seis semanas de gestação.

Como eu estava com doze, não seria necessário o ultrassom vaginal normal. Eu poderia fazer o que seria executado do lado de fora da minha barriga.

O que também significava que eu não teria que ficar nua.

Ocupei-me com uma revista de um parto, o tempo todo dizendo a mim mesma para me acalmar e não surtar.

Perder a cabeça estava sendo a parte mais importante do meu dia de hoje.

Como eu diria ao Michael?

Será que ele ficaria bem com isso?

Será que me pediria para abortá-lo?

Eu sabia de uma coisa, porém, que esse bebê era meu, e eu já o amava.

E se eu tivesse que desistir do meu relacionamento com Michael porque ele não conseguia ver além de seus medos, então eu o faria.

Seria difícil como o inferno, mas eu o faria.

E eu planejava dizer-lhe hoje à noite depois do jantar com nossas famílias.

Talvez eu lhe desse algumas bebidas antes de dizer.

Quem sabe isso o ajudasse a ficar calmo e ele percebesse que ter um filho não era o fim do mundo.

A porta do quarto se abriu, e eu olhei nos olhos de um homem mais velho, no final dos seus sessenta anos.

"Olá," Doutor Jones disse, oferecendo sua mão. “Eu sou o Doutor Jones. É bom conhecê-la.”

Sorri para ele e lhe ofereci a mão, também.

No momento em que minha mão tocou a sua, senti uma energia um pouco desconfortante subindo pelo meu braço, mas escondi com um sorriso. "Prazer em conhecê-lo, também."

Ele sentou em uma cadeira, e eu nunca me senti tão grata por não estar nua como estava nesse momento.

Porque se este homem tivesse que fazer coisas entre minhas pernas, eu acredito que gritaria.

Não consigo imaginar porque isso me deixou tão nervosa e desconfortável.

Ele tinha uma aparência normal. Uma leve careca no topo de sua cabeça, e um sorriso amoroso. Um homem normal para a sua idade.

Não havia nada realmente diferente nele, mas eu sabia que não voltaria a esse médico.

Porém, as consultas funcionavam de forma que eu teria que visitar qualquer médico quando o meu próprio OB/GYN estivesse ocupado com outro paciente ou fora da cidade.

Eu teria que me consultar com qualquer outro, e este médico, Dr. Jones, foi o primeiro disponível.

Então, aceitei me consultar com ele, mesmo que ele não fosse o médico que eu queria que me atendesse. Felizmente, eu não teria que me encontrar com ele novamente.

"Tudo bem, o seu teste de gravidez deu positivo, então você está realmente grávida. Hoje vamos fazer um ultrassom para confirmar as datas, mas como fiquei sabendo que você é uma parteira, estou bastante certo que seus cálculos sobre a sua gestação estão corretos,” ele sorriu.

Escondi meu desconforto novamente com um sorriso.

"Sim, estou bastante certa."

Ele assentiu. "O que o seu marido faz?"

Em vez de dizer a ele que eu não era casada, apenas sorri e lhe disse, "Ele é um policial." Algo em seus olhos brilhou, mas foi embora tão rápido quanto veio.

"Bem, isso é bom, aposto que vocês estão animados," ele falou, levantando-se e caminhando até a pia para lavar as mãos.

Inclinei-me para trás e levantei a minha blusa quando ele voltou para mim, suas mãos se movendo para a minha barriga.

Ele pressionou o meu abdômen, e eu tive que apertar o meu núcleo firmemente quando o movimento fez o estado da minha bexiga ir de suportável para fazer xixi imediatamente.

"Tudo parece certo," disse ele, movendo-se e indo para a pia novamente.

"Prescrevi uma receita de vitaminas pré-natais, bem como alguns remédios para náuseas se você sentir que vai precisar deles, desde que li em seu prontuário que está tendo um pouco de náuseas e vómitos."

Assenti, e ele sorriu, inclinando apenas o canto dos lábios novamente.

"Tudo bem," disse ele, levantando-se e indo para a porta. “Se você tiver alguma dúvida, por favor, não hesite em ligar. Sabe onde é a sala de ultrassom?” Acenei com a cabeça, e ele piscou. “Tudo bem pequena senhora, você é mais que bem-vinda para ir! Vejo-a no próximo mês.”

Segurei um arrepio até que ele fechou a porta, e soltei o ar que não tinha percebido que estive prendendo.

Em seguida, uma raiva irracional tomou conta de mim.

Se meu namorado bastardo não fosse tão irracional sobre crianças, eu não estaria enlouquecendo agora sozinha. Ele teria me segurado, e me diria que nunca mais veríamos aquele filho da puta novamente.

Porque eu sabia muito bem que Michael sentiria o mesmo que senti.

Saí da pequena sala, acenando para Dália, indo em direção a sala de ultrassom.

Encontrei a sala, e imediatamente percebei que eu estava fodida.

Porque Memphis, a esposa de outro membro da equipe da SWAT, estava sorrindo radiante para mim.

"Eu sabia!" Ela cantou alegremente. "Eu sabia!"

"Sabia que?" Perguntei cuidadosamente.

“Quando vi o seu prontuário. Aposto que Michael está tão feliz!” Ela aplaudiu alegremente.

Errado. Michael nem sabia!

"Umm, Michael não sabe," eu disse a ela suavemente.

Seus olhos perderam a alegria.

"O que?" Ela perguntou.

Eu tinha certeza que foi um choque para ela.

Downy, seu marido, era realmente um bom homem que ficou radiante quando soube que Memphis estava grávida.

Ela provavelmente não percebeu que alguns homens não se sentiam da mesma forma que o dela.

"Sim, eu não lhe disse ainda," informei a ela. "E eu não tenho certeza se quero fazer... ou como fazer."

"Mas por que? Ele é um santo. Ele é tão delicado com crianças. Ele ama as crianças."

Sim, eu conseguia perceber como isso poderia dar errado.

"Michael não quer ter filhos," eu disse finalmente. "Não sei como ele vai reagir quando souber que estou grávida, nem se ele ficará feliz com isso. Se eu for honesta, tenho certeza que ele sairá e me deixará."

“Oh, Nikki. Sinto muito,” ela sussurrou desolada.

Dei de ombros.

Era a verdade.

Eu lidaria com isso quando acontecesse.

Hoje à noite, porém, eu diria a ele.

Eu não queria que ele descobrisse de um amigo, quando deveria estar vindo de sua mulher. Pelo menos eu poderia dar isso a ele...


CAPITULO 15


Ninguém se preocupa com os seus problemas. Temos merda o suficiente da nossa própria para lidar. -Michael a um suspeito


Michael


"Surpresa!" Eu disse, abrindo a porta do restaurante que eu tinha alugado para a noite toda, revelando toda a nossa família e amigos.

A boca de Nikki abriu em surpresa.

"O que... por que... o que..." ela gaguejou boquiaberta.

Eu sorri.

"Parabéns pela sua certificação, melhor amiga," disse Geórgia, envolvendo os braços em torno de Nikki e abraçando-a com força.

"Oh, meu Deus!" Nikki saltou para cima e para baixo, em seguida, virou-se e se jogou em mim, tirando meu equilíbrio.

"Você é o melhor homem de sempre."

Soltei uma risada e deixei-a ir quando seus pais se aproximaram de nós.

"Mãe, pai!" Ela chorou de felicidade.

E foi assim que que eu soube. Eu fiz tudo isso só para conseguir um sorriso em seu rosto.

"Você se saiu muito bem, parabéns," disse Nico, me batendo na parte de trás.

Bufei e virei-me, oferecendo-lhe a mão. Ele pegou e apertou os olhos em mim.

"Posso ver agora que você tentará entrar no coração de meus pais. Mas isso não vai funcionar. Eu sou o favorito,” ele brincou.

Ele falava sério, tanto quanto eu poderia dizer. Ou talvez ele fosse muito tão bom em manter a compostura.

"Não, você não é!" Uma jovem mulher disse, muito parecida com Nikki, mas que ainda tinha que desenvolver todas as curvas sensuais dela. “Eu sou!"

Nico olhou para ela. "O que diabos você está vestindo, Nila?"

Ela olhou para a saia curta que se agarrava a suas coxas tonificadas.

"Uma saia. O que há de errado com ela?”

“Uh,” Nico disse, balançando a cabeça e olhando em minha direção. “Sei que você tem uma irmã. Será que ela se veste como uma prostituta?”

Balancei minha cabeça. “Não. Não mais, pelo menos. Ela teve um bebê aos dezesseis anos, no entanto.”

Os olhos de Nico se tornaram assassino. "Você não vai ter um bebê! E arruinar a sua vida! Puxe sua saia para baixo.”

“Nossos bebês arruinaram sua vida?” Geórgia perguntou com uma risada em sua voz.

Os bebês de Nico estavam agora com um ano de idade, mas ele ainda agia como se eles tivessem nascido ontem.

"Sim, quando foi à última vez que tivemos..." Geórgia bateu a mão sobre a boca de Nico antes que pudesse terminar sua frase.

"... você tomará cuidado com a sua boca em torno de nossos amigos, seu bastardo escandaloso," Geórgia rosnou para o marido.

Virei-me para Nila. “É bom conhecê-la, finalmente, Nila. Já ouvi muito sobre você.”

Nila sorriu. "E eu de você. Apesar de que, tudo o que Nikki e eu temos falado é sobre o fato de que você pode dar a ela...”

“Você também, não!” Geórgia cessou a conversa. “O que está errado com vocês, Pena? Obviamente, Nikki fez o certo, encontrando um homem para tirá-la dessa família fodida.”

Nico riu, como assim como Nila.

Eu, porém, congelei. Ela estava falando com a Geórgia em se casar?

Eu realmente não tinha pensado muito durante o verão, mas o pensamento de estar com Nikki para sempre realmente me fazia feliz.

Como, loucamente feliz.

Mas também me preocupou.

Eu não queria me casar com ela ainda.

Precisávamos de tempo para ficarmos juntos e conhecer um ao outro.

Ela nunca tinha testemunhado qualquer um dos meus episódios maníacos/depressivos.

Eu, pelo menos, preciso passar este inverno com ela, então poderia pensar em casamento. Agora, eu estava feliz em tê-la em meus braços, sabendo que ela estaria lá quando eu acordasse.

"Michael?" Nikki me chamou.

Olhei e vi seus pais me observando.

Virei-me e me afastei dos irmãos discutindo, oferecendo minha mão para Sol, mais uma vez.

"Como vai?" Perguntei.

Ele sorriu.

"Você fez um bom trabalho, mantendo isso dela. Eu estava apenas dizendo a ela que foi você que organizou tudo,” Sol disse

Nikki olhou de seu pai para mim.

"Você é bom em manter segredos," ela brincou. “Eu geralmente sou a primeira pessoa a falar a minha família sobre os presentes. Da próxima vez prestarei mais atenção para os sinais de que você está escondendo algo.”

Sorri. “Você nunca saberá se eu estiver escondendo algo de você. Você, por outro lado, é um livro aberto.”

Os olhos dela se arregalaram. "Sério?"

Assenti.

Então seus olhos se estreitaram. "Eu também sou boa em guardar segredos."

Em seguida, Memphis e Downy se aproximaram, efetivamente terminando a conversa.

“Lolita! Você me trouxe alguns tamales?” Downy perguntou em voz alta.

Lolita corou. “Não, meu Downy, eu não trouxe. Mas vou fazer algum amanhã, então me certificarei de levar para você na delegacia.”

Downy sorriu.

"Ponto!" Ele disse, abaixando seu braço rapidamente a partir da altura da cabeça. “Faça-os quente! Você sabe como eu gosto deles!”

Lolita revirou os olhos, e me virei para Memphis, e a vi olhando para Nikki estranhamente. Ela encarava o copo de champanhe na mão de Nikki como se fosse uma víbora.

"O quê?" Perguntei a ela.

Memphis virou e olhou para mim com olhos selvagens.

A primeira coisa que notei foi ela olhando meus braços nus, fazendo com que seus olhos se arregalassem ainda mais.

"Puta merda!" Ela anunciou em voz alta. "Você tem uma nova!"

Olhei para os meus braços nus e fiz uma careta.

Eu tinha ido sem as mangas compridas esta noite por causa de Nikki.

Eu sabia que ela gostava quando eu estava com os braços de fora.

E, embora tivesse feito isso por ela, eu não estava confortável.

Eu não gostava de explicar porque eu tinha tantas tatuagens. Porque com essa explicação vinha a outra sobre eu sofrer de depressão e ser bipolar.

Que só levaria a mais conversas que eu não queria ter.

Com o canto do meu olho, vi Nikki virar para colocar a taça de champanhe em uma mesa próxima e se voltar para mim.

Levantei uma sobrancelha para o movimento, mas ela só piscou e afastou-se, falando com seus amigos e familiares, deixando-me sozinho para explicar a Memphis algo que eu não queria explicar.

 

***


Duas horas mais tarde, o dilema do champanhe foi trazido novamente.

"Nikki, porque você não está bebendo champanhe? Comprei especificamente para você?” Perguntou Geórgia, empurrando ainda mais um copo para ela.

Nikki novamente acenou. “Não, eu não estou interessada em champanhe esta noite. Quero aproveitar esta noite, e não esquecê-la.”

Um pouco apaziguada, Geórgia levou a bebida aos lábios e bebeu, mantendo os olhos em Nikki, estudando-a.

Estudei Nikki também.

Ela não tinha bebido nada com álcool em um tempo muito longo, agora que pensei sobre isso. Por quê?

Fazendo uma nota mental para interrogá-la mais tarde, voltei a prestar atenção a conversa.

“Então eles estão fazendo cortes no orçamento? Onde? Eles vão tirar os nossos uniformes? Os veículos que prometeram? O pagamento de horas extras que eles nos obrigam a fazer?” Nico perguntou com indignação ao ouvir o que Luke tinha acabado de dizer.

Luke balançou a cabeça. "Só estou falando os rumores que estou ouvindo, e explicando porque vou estar presente na reunião da Câmara Municipal."

“Bem, e sobre eles reduzirem o pagamento do prefeito, ou de alguns dos funcionários da cidade? Por que não cortar no orçamento das fodidas flores que plantam no meio da estrada? Ou as novas luzes vermelhas que trazem mais problema do que fazem bem?” Nico murmurou sombriamente.

Luke levantou as mãos em sinal de rendição. "Foi por isso que mencionei isso. Quero que vocês venham no encontro comigo nesta sexta-feira,” disse Luke.

Depois de alguns grunhidos de confirmação, Luke virou para mim. “Eu também queria falar com você hoje, mas não consegui uma oportunidade. Você não ouviu falar mais nada sobre esses assassinatos?” Ele perguntou.

Todos nós sabíamos de quais assassinatos ele estava falando.

Todos sabiam.

Agora era informação pública após o quarto assassinato a sessenta quilômetros daqui a duas semanas atrás.

"Wolf está acordado e falando, mas ele só foi capaz de dar poucos detalhes. Ele pode atestar as roupas pretas, o capuz preto, e as botas pretas. Sabemos que ele tem cabelo preto, e cerca de 1,75m. Magro. Cerca de 80kg," eu disse a eles. "Mas vocês já sabem disso. Parker e Elliott não estão compartilhando muito mais ainda. Wolf está recebendo alta na segunda-feira, apesar de tudo. E, esperançosamente, ele conseguirá adotar Nathan como ele tem tentado, agora que não tem outra família," informei.

Luke assentiu.

"Eu ouvi que menino está finalmente melhor," Downy disse com a boca cheia de bolo. "Quando ele irá para casa?"

Balancei minha cabeça. "Só o tempo dirá. Ele tem um inchaço em seu cérebro que está fazendo-o agir de maneira diferente, então eles estão à espera que ele diminuía um pouco antes de fazerem planos para ele receber alta.”

"Foda-se," disse Miller, levando sua cerveja aos lábios e tomando um gole.

O mesmo sentimento que o meu.

"Você está grávida!" Noel cantou. "É por isso que você não está bebendo."

Meu coração congelou no meu peito com a declaração da irmã mais nova de Nikki, e comecei a prestar um pouco mais de atenção.

“O que? Não! Eu não estou!” Nikki sacudiu a cabeça violentamente.

Mesmo que ela negasse imediatamente, comecei a ligar alguns pontos.

Vômitos.

Seu período que eu não tinha visto ainda.

E eu teria notado em qualquer uma das milhões de vezes que tínhamos fodido no último mês e meio.

Ganho de peso.

Porque ela precisava de novas calças no shopping hoje.

Porque seus mamilos estavam tão grandes ultimamente.

Eu mal tinha acabado de fodê-la no chuveiro esta manhã, e a tive implorando por mais outra vez.

"Com licença," murmurei, meus olhos conectados com os Nikki.

Seus olhos se arregalaram ligeiramente, queimando com algo que eu não consegui ler, e depois desapareceu antes que pudesse estudar suas feições.

Então, ela se desculpou com seus amigos e me seguiu para fora do restaurante, em seguida, mais para longe.

Eu não parei até que estávamos nas sombras ao lado do edifício.

Eu podia ouvir os saltos de Nikki batendo no chão enquanto ela andava atrás de mim.

O vento da tempestade iminente abanando sua saia enquanto ela se apressava para me alcançar.

Mas meus passos eram rápidos demais para ela.

Ela não me alcançou até que parei nas sombras profundas, tão escuro que ela não conseguiu perceber que estava em pé na minha frente até que a segurei em meus braços antes que ela batesse em mim.

"Agora não é hora de mentir, Nikki," eu disse sem fôlego.

Eu estava sem fôlego porque me sentia fodidamente pirando.

Eu era um médico, merda.

Eu conhecia os sinais.

Eu também era mais inteligente do que tenho agido ultimamente.

Eu acho que eu queria tanto dar a Nikki o benefício da dúvida que ignorei os sinais.

Nunca olhei para ver se ela estava tomando a pílula do controle de natalidade.

Mãe. Idiota.

"Michael," disse ela, apertando a mão dela contra a minha.

E de repente esqueci porque estávamos brigando.

Principalmente porque sua boca estava na minha, e suas mãos estavam envolvendo meu pescoço.

Ela me segurou apertado quando tentei me livrar dela, mas, em seguida, ela pressionou os quadris deliciosos contra o meu pau furioso, e eu esqueci porque estava louco.

Esqueci que minha vida tinha acabado de mudar.

Esqueci que ela estava tentando me distrair.

Porque ela me distraiu.

E peguei a isca.

Vara, linha e o fodido anzol.

Minha boca caiu sobre a dela quando a peguei em meus braços.

A saia apertada que chegava até seus tornozelos, se enroscou em suas pernas enquanto eu tentava levantá-la.

Ela e eu empurramos a saia para cima até que ela parou em seus quadris, em seguida, me virei até que a pressionei contra a parede de tijolos do edifício.

"Nikki," rosnei, moendo meu pau em sua vagina.

"Sim?" Ela perguntou, a necessidade evidente em sua voz.

Ela balançou os quadris contra o meu pau, e gemeu quando acertei o ponto certo em seu clitóris.

"Por favor... só não minta," implorei.

Ela não respondeu, o que eu acho que foi resposta suficiente.

"Nikki," eu disse, colocando a mão entre nós para tirar meu pau de dentro da calça e colocando sua entrada. “Por quê?" Ela balançou a cabeça.

“Eu fiz tudo certo. Juro pela minha vida, Michael. Eu fiz tudo certo.”

Meus olhos se fecharam, e meu coração parecia que estava quebrando enquanto ela afundava lentamente sobre meu pau.

Seu calor apertava meu pau, cobrindo cada polegada de pele do meu comprimento.

Meus olhos permaneceram fechados, não que isso importasse de qualquer maneira, pois estava escuro feito breu agora.

A luz solitária que estivemos usando como iluminação, sumiu quando uma rajada dura de vento passou uivando entre os prédios.

Nikki ofegou, e não consegui descobrir se foi por causa da escuridão pura, ou a maneira como bati nela, descarregando toma a minha frustração sobre a situação em sua vagina.

"Michael," ela ofegou, agarrando-me mais apertado.

"Leve-o," ordenei.

Ela se inclinou e mordiscou meu pescoço, com força.

E eu explodi.

Era tudo muito.

A maneira como ela se apertou em torno de mim.

A maneira como ela cheirava.

O pensamento dela carregando o meu bebê.

Um bebê que foi um milagre por si só, mas, provavelmente, crescerá para ser igual a mim.

"Eu terminei sem você," murmurei em seu cabelo.

Ela acariciou minha cabeça, correndo as unhas ao longo do meu couro cabeludo, fazendo arrepios percorrer minha espinha. "Tudo bem," ela sussurrou baixinho. "Só não faça isso de novo."

Eu sorri sem graça e tirei dela, deixando seus pés cair de volta para o chão.

Uma vez que eu sabia que ela estava firme, soltei seus quadris.

Sua saia caiu da minha mão, e nós ficamos lá parados, em um silêncio constrangedor.

Eu estava com a minha cabeça em seu ombro, e ela com os braços ainda em torno de mim.

"O que vamos fazer?" Eu falei, com os olhos fechados apertados.

Um soluço ficou preso em sua garganta, e eu sabia que ela não fez isso de propósito.

Eu sabia com todo meu coração e alma.

E quando ela sussurrou: "Eu não sei, mas eu te amo," eu sabia que eu faria o que fosse preciso para chegar a um acordo com isso.

Porque eu tinha tanto responsabilidade na concepção dessa criança quanto ela.

E isso é o que um homem fez.

Reforça a armadura.


CAPITULO 16


Então me diga o que você quer o que você realmente quer. - Camiseta


Nikki


Eu sabia que ele não me encontraria aqui.

Era o único lugar que eu poderia ir sem que ninguém me encontrasse.

Salsarita Mamacita's.

Minha família nunca seria vista aqui.

Era o lugar mais miserável para dançar na cidade.

Além disso, Michael não dança.

Ele me disse isso.

Muitas, muitas vezes.

Quando eu estava dançando ao redor da cozinha fazendo o jantar, ele rolava os olhos para mim, exasperados quando tentei levá-lo a juntar-se a mim.

Algo sobre participando de muitas danças quando era mais novo ou alguma desculpa como essa.

Passaram-se dois meses desde que falei a Michael que eu estava grávida.

Dois meses desde que ele me fodeu, ficou comigo durante o resto da noite, e depois desapareceu sem deixar rastros.

Bem, não foi exatamente sem deixar rastros.

Eu sabia onde ele estava.

Ele me ligou, me falou o que estava acontecendo, mas ele não voltou.

Ele estava vendo um terapeuta.

Ele estava chegando a um acordo’ sobre o bebê, como ele disse.

Ele estava em um caso.

Eu sabia que era um caso ruim.

Eu também sabia que era um caso importante para ele, mas eu não entendia por que ele estava se afastando de mim.

E eu tinha certeza que ele estava apenas usando isso como uma desculpa para lamber suas feridas. Feridas que ele acreditava que eu infligi contra ele.

Eu estava no controle de natalidade. Não conheço um método mais eficaz para impedir uma gravidez, a não ser a abstinência... E era algo que não ia acontecer com Michael.

Eu não tinha usado antibióticos, por isso não foi nada estúpido da minha parte.

Nem tinha esquecido qualquer pílula. Eu sabia que ele não queria filhos. Eu nunca iria prendê-lo assim, nem lhe daria um filho que ele não queria de propósito.

Assim, desnecessário será dizer, eu estava em um péssimo estado de espírito.

Um estado de espírito solitário.

Porque ele não estava lá.

Ele não estava comigo, e eu precisava tanto dele que mal podia suportar.

Eu estava ignorando suas chamadas por três dias, e eu sabia que, ou ele ficaria cansado de me ligar, ou tiraria sua cabeça para fora de sua bunda e viria me ver.

Qualquer um surtiria um efeito desejado neste momento.

Eu sabia que ele me amava.

Sabia que era tão profundo o seu amor por mim que conseguia perceber em cada chamada que ele fez para mim. Ouvi no tom de sua voz.

Tomei um gole da minha água, o suficiente para que eu pudesse tecnicamente dizer que fiz, pois não havia nenhuma maneira que eu estaria tocando-a quando voltei para a minha mesa.

Eu não queria cair no boa noite Cinderela.

Além disso, eu não era estúpida.

"Quer dançar, mamacita?" Ouvi por cima do meu ombro.

Virei-me de onde eu estava balançando os quadris junto com a batida da música e encontrei um homem muito bonito atrás de mim.

Ele era alto.

Vestia um colete de couro preto sobre uma camiseta vermelha, calça jeans preta e um par de botas pretas.

Eu sabia que ele soletrava P-R-O-B-L-E-M-A.

Será que eu me importo?

Foda-se, não.

Porque eu era uma senhora solteira, e solteiras tinham necessidades.

Não, não esse tipo de necessidades.

Necessidades que me faziam desejar o toque de outro ser humano. Desejo.

Necessidades que Michael deveria estar suprindo agora. Não me deixando sozinha.

Jesus, agora eu estava me deprimindo novamente.

Virei-me, e os olhos do homem imediatamente desceram para minha barriga.

Algo que eu não fiz nenhum esforço em esconder.

Eu estava orgulhosa desta barriga.

Eu estava faltando uma semana para quatro meses de gravidez, e estava definitivamente mostrando.

Minha barriga lisa de antes era agora suavemente arredondada. E o jeans que eu estava usando abraçava minhas pernas e quadris como uma luva.

Eu estava usando botas pretas de salto alto que vinham até o meio da perna, e uma blusa preta colada a pele, decotada que mostrava minhas meninas.

Era uma roupa que eu sabia que deixaria Michael selvagem se ele visse.

Ele não faria isso, eu sei, mas mesmo assim eu ainda esperava.

"Sim?" Perguntei bruscamente.

Seus olhos se moveram da minha barriga para o meu rosto e ele perguntou abruptamente: "Você tem um homem?"

Eu sorri. "Sim, eu tenho um homem."

Seus ombros pareciam cair. "Merda. Eu esperava que você dissesse o contrário."

Sorri genuinamente para ele. "A vida é assim, uma cadela as vezes," disse oferecendo minha mão para ele. "Meu nome é Nikki."

Ele pegou minha mão, apertou-a duas vezes, em seguida, deixou-a ir.

“Meu nome é Dane. Posso arranjar-lhe outra bebida?” Ele perguntou, olhando incisivamente para o meu copo vazio.

"Claro, mas vou dançar agora. Você pode querer esperar, porque se ela ficar lá muito tempo, eu não vou beber," eu disse, me afastando para longe dele.

Ele sorriu. "Eu farei isso. Mas tenho uma reunião que deveria começar em cerca de quinze minutos. Mas parece que vou ter que adiar."

Joguei uma risada por cima do meu ombro e, em seguida, desapareci na multidão na pista de dança.

Balançando minha bunda para o ritmo de Ricky Martin, esqueci completamente o homem e sua ‘reunião,’ quando a quarta canção, Pitbull neste momento, começou a tocar.

 

***


Quarenta e cinco minutos depois, saí da pista de dança com uma coisa em mente.

Um banheiro.

Rápido.

Atravessei a porta até o meu destino, e parei de repente quando me deparei com a mulher mais linda que eu já vi.

E ela estava grávida.

Seu cabelo louro descia até sua bunda. A saia preta puxada abaixo da sua barriga, a blusa azul cor do céu, e as sandálias gladiador dourada arrematava a produção.

Ela parecia elegante e moderna, algo que nunca consegui fazer.

Minhas curvas eram muito generosas, para parecer bonita com o que ela estava vestindo.

"Olá," eu disse, contornando-a por trás para entrar na porta atrás dela.

"Ei!" Ela respondeu de volta imediatamente.

Fiz o meu negócio, mas a ouvi sair antes que eu tivesse terminado.

Lavei as mãos e corrigir alguns grampos que estavam caindo do meu cabelo na frente do meu rosto, alisei minhas mãos pelo meu jeans e saí, entrando no corredor.

Tentei decidir se queria ou não pegar uma bebida no bar novamente antes de ir para a pista de dança novamente, quando eu os vi.

E meu coração saltou no meu peito, chegando a uma parada lenta, antes de começar a bater novamente em uma velocidade rápida.

Porque ali, na minha frente, estava Michael.

Ele estava com o braço em torno da mulher loira do banheiro, rindo com ela.

Dane estava de frente para eles em um banco sozinho, observando os dois interagirem com os olhos grosseiros.

Ele disse alguma coisa para eles, e caminhou para o bar.

Onde pediu uma água, e se virou para sorrir para mim.

Eu não sorri de volta.

Em vez disso, andei até ele, temendo cada um dos meus passos, e peguei o copo em sua mão.

Eu nunca na minha vida queria tanto uma bebida como quis naquele momento.

Mas, infelizmente, eu estava grávida.

E isso era um não-não.

Foda-se.

"O que há de errado?" Dane perguntou enquanto observava a rigidez dos meus ombros, e a forma como os meus olhos estavam parados, sem qualquer emoção.

"Como você os conhece?" Perguntei apontando para Michael e a senhora misteriosa.

"Colega," ele respondeu.

Maravilhoso. Dane era outro policial.

Com um suspiro, caminhei de volta para a pista de dança, sabendo que Michael iria me ver quando eu passasse por sua mesa.

Então encontrei a primeira pessoa que eu vi, lembrando que ele queria que dançasse com ele durante todo o tempo que eu tinha estado lá e o agarrei.

Assustado no início, o homem sorriu quando viu quem era.

Em seguida, começou a moer em minhas costas.

E caramba, eu odiava isso.

Eu estava achando isso tão ruim que não prestei atenção ao meu redor.

Perdi totalmente o homem que estava me observando como se eu tivesse acabado de tirar seu coração diretamente do seu peito.

Perdi o jeito que Dane pegou tudo isso, e a compreensão que iluminou seus olhos.

Eu também perdi a forma como a mulher me observava, sabendo que eu era a única para Michael.

Quando as mãos do homem subiram para cobrir meus quadris, eu dei um tapa na mão dele. Michael perdeu isso, porém, porque ele se virou para falar com a mulher, e rapidamente ela se afastou da mesa, permitindo que ele viesse direto para mim.


***

Michael


"Isso tem que parecer real," Dane disse a mim e a Lisette.

Revirei os olhos.

"Nós já passamos por isso um milhão de vezes, Dane," rosnei.

“Você sequer está tocando nela. Na verdade, você não a tocou a noite toda. Como isso é convincente?” Dane riu.

Eu o ignorei, aproximando-me mais de Lisette e colocando meu braço sobre o seu ombro. "Melhor?"

Dane estudou nós dois. "Sim, eu acho."

Senti como se estivesse traindo Nikki.

Mesmo sentado aqui, apenas assim, não era bom. Eu sabia.

Eu deveria ligar e explicar.

Mas eu era um covarde.

"Que horas você quer que a gente se encontre amanhã no consultório do médico?" Lisette perguntou a Dane.

Dane deu de ombros. "Que horas é seu compromisso?"

Eu os ignorei, puxando o meu telefone do bolso, mais uma vez, desapontado por não ter ainda nenhum texto de resposta ou retorno das chamadas que fiz para Nikki.

Eu sorri quando Elliott disse que eu mandava mensagens como uma garota, e vi quando ele se levantou para sair.

"Você realmente não querer fazer isso", observou Lisette.

Dei de ombros. “Isso precisa ser feito. Eu só gostaria de não ter que mentir para a minha namorada sobre isso. Ela ficaria devastada se ela...”

Vi quando a mulher dos meus sonhos passou por mim sem olhar em minha direção.

Cabeça baixa e um olhar de devastação em seu rosto, eu sabia que ela tinha me visto.

Inferno, como ela não veria?

Estávamos no meio da pista de dança debaixo das luzes do caralho por amor de Deus.

"Poooorra," gemi, virando a cabeça para ver Nikki caminhando até um garoto punk, agarrou seu braço, e começou a moer seu traseiro contra ele.

Fiquei atordoado ainda, por longos momentos, e só saí do transe quando a mão do punk foi para os quadris de Nikki.

Ela afastou as mãos dele, mas ele não tomou a dica, moendo o pau em seu traseiro e segurando quando eu sabia que ela não o queria.

"Mova-se rapidamente, por favor," pedi a Lisette.

Ela tinha visto a altercação, seguido os meus olhos para a pista de dança e Nikki, e optou por se mover.

Garota esperta.

Andei resolutamente até Nikki e seu novo amigo, e bruscamente o puxei para longe dela.

"Vá encontrar sua própria mulher," assobiei para o garoto.

Os olhos do garoto se estreitaram, e eu tirei meu distintivo do meu cinto e segurei na frente do seu rosto.

"Agora você realmente quer tentar?" Perguntei a ele honestamente.

Eu não acho que ele faria, mas lhe daria a opção. Eu estava ansioso por uma briga

Ele balançou a cabeça freneticamente. "Não."

Foi o que pensei.

Acenei com a cabeça. "Bom garoto."

Quando ele ficou onde estava, esperando minha próxima direção, inclinei a cabeça para a saída e disse, "Por que você não vai em frente e sai?"

Ele foi.

E eu fiquei com pequena miss problema.

"Realmente, Nikki?" Perguntei, diversão clara em minha voz.

Ela estreitou os olhos.

"Vá se foder, pedenjo," ela rosnou.

Lá estava minha pequena gata arisca espanhola.

A que só saía quando ela estava verdadeiramente irritada.

Levantei uma sobrancelha para ela, e, em seguida, observei sua roupa.

Gostei da maneira como seus saltos pontiagudos a trouxe até mim.

Gostei do jeito que ela me olhou nos olhos, todo fogo e inocência com uma pitada de irritação.

"Leve-a para fora, amigo," disse Elliott nas minhas costas.

Passei os dedos em torno do pulso de Nikki, notando que ela estava mais delicada desde a última vez que a vi, e fiz uma anotação mental para falar sobre isso com ela também.

Em primeiro estava colocá-la em linha reta novamente.

Eu a tinha mantido no escuro por tempo suficiente.

Era hora de trazê-la para a luz. Deixá-la saber no que ela estava prestes a entrar.

Eu tinha acabado de informar a minha decisão.

Eu não seria cobaia do FBI.

Eu seria eu mesmo e ficaria com minha mulher ao meu lado.

"Solte-me," Nikki puxou seu braço do meu aperto antes que estivéssemos do lado de fora.

Parei, em seguida, empurrei-a para o banheiro de deficientes, fechando a porta com uma batida antes que ela pudesse protestar.

"Michael! Deixe-me sair!” Ela gritou.

Fui para frente, até que meu corpo estava prendendo o dela na porta, e ela começou a contorcer-se violentamente.

Sua blusa subiu, e eu olhei para baixo, sentindo a nova dureza em seu abdômen.

Antes era suave e flexível. Agora era duro e redondo, fazendo com que eu perdesse a minha linha de pensamento.

Movi minha mão para baixo até que ela descansou ao lado da sua barriga, a palma cobrindo a pequena vida dentro dela.

"Você ficou grande," murmurei suavemente.

Ela congelou. Então me deu um tapa na cabeça.

"Você não diz à mulher que você fodeu que ela ficou grande!" Ela rosnou.

Eu sorri, então, caí de joelhos na frente dela.

Movi minhas mãos para cima, pegando a barra da sua blusa, e empurrei-a sobre sua barriga, deslizando minhas mãos por suas costelas.

Meus olhos se alegraram com a visão diante de mim.

Sua barriga suavemente inchada surgia por cima da calça.

Um laço de cabelo preto enrolado em torno do buraco da calça jeans, em seguida, sobre o botão, mantendo-os fechados.

Seu umbigo estava um pouco menos côncavo, e eu assumi, que até o final de sua gravidez, ele estaria muito mais para fora.

Inclinei-me para frente, pressionando os lábios contra a pele suave de sua barriga, e disse: "Eu tenho sido um tolo."

Suas mãos encontraram o meu cabelo, e eu olhei para cima e vi as lágrimas escorrendo pelo rosto.

"Eu sinto muito, Nikki," eu disse a ela. "Mas eu só pensava em você. Esse cara... seja ele quem for... ele é bom. Ele conseguiu pegar quinze casais até hoje, e em suas trinta e cinco tentativas de assassinato, só dois conseguiram se salvar até agora. Nós temos uma testemunha, e ele não foi capaz de nos dar uma coisa maldita além da altura e a cor do cabelo do homem. Ele nunca foi para qualquer um dos encontros que marcamos, por isso estamos todos pendurados por um fio."

“Por que você não veio me ver?” Ela perguntou, a devastação clara em sua voz.

Balancei minha cabeça. "A princípio," falei. “Foi porque eu estava tentando colocar minha cabeça no lugar. Então comecei a ver um terapeuta que o departamento recomendou. Em seguida, outro assassinato aconteceu, e bem, eu tenho sido um covarde. Eu deveria ter vindo para você. Na realidade, tenho todas as noites desde que deixei você na cama naquela noite, há dois meses... Eu só não entro.”

Ela me olhou.

"Quem é a mulher?" Ela estalou.

“Uma agente do FBI. Ela vai nos ajudar a pegar esse homem. Ela está fingindo ser uma nova paciente que se mudou para cá porque seu marido foi transferido para outro departamento de polícia... Mas não tenho certeza se vai funcionar muito bem, pois eu era o suposto policial,” eu disse a ela honestamente.

Ela continuou me olhando.

"E o que um marido falso tem que fazer?" Ela perguntou, claramente descontente com a minha resposta.

Dei de ombros. "Ir para consultas médicas. Ser visto com ela em público. Ficar no mesmo lugar durante a noite.”

Suas sobrancelhas arquearam surpresa.

“E o que acontece com os meus compromissos?” Ela perguntou.

Eu vi onde ela estava querendo chegar e sabia que ela não gostaria da minha resposta.

"Eu não posso neles."

E eu não podia. Não se isso tinha que parecer autêntico e verossímil.

"O que dizer sobre o nascimento do nosso filho... você vai ser capaz de vir, então?" Ela perguntou calmamente.

"Se ele estiver preso," falei com cuidado.

Ela deixou a cair a mão do meu rosto e ficou ali, olhando para o teto.

Suas lágrimas nunca tinham diminuído, e eu me sentia com cerca de vinte centímetros de altura.

"Por favor, saia de perto de mim", disse ela. "Por favor."

"Nós podemos ter um ao outro à noite," eu disse a ela. "Eu te amo."

Essas palavras parecem que a fez explodir.

Ela me empurrou para longe dela com tanta força que eu caí para trás, de bunda no chão.

E também longe o suficiente para que ela conseguisse abrir a aberta.

Quase.

"Isso não muda nada," ela rosnou abrindo a porta.

Bati minha mão para baixo tentando parar o seu progresso. "Tem que parecer real!" Gritei para ela.

“Você quer que pareça real, use-me! Eu sou real! Você colocou esse bebê dentro de mim, talvez você devesse usar a mim desde que eu sou realmente sua!” Ela gritou, agitando as mãos no ar como uma verdadeira Pena birrenta.

Meus olhos se estreitaram, então me aproximei até que eu só poderia ver o branco de seus olhos.

“Eu não posso usar você. Porque você é minha, e eu não quero você nunca no radar desse homem,” rosnei, empurrando-a para a parede suja, mais uma vez.

Ela empurrou meus ombros, mas não me mexi.

"Saia de perto de mim!" Ela gritou, chamando a atenção de todo o bar, eu tinha certeza.

Eu me afastei e a deixei escapar, e imediatamente vi Dane.

Dane tinha tomado o meu lugar no braço de Lisette.

Ele olhou para mim preocupado, mas ele não interveio.

Ninguém, de fato se intrometeu. Segui Nikki para fora do bar.

Em seguida, a acompanhei até seu carro.

Depois, segui direto para o seu apartamento.

Quando cheguei à porta da frente, tentei a maçaneta, e fiquei surpreso ao senti-la desbloqueada.

Então ela não estava muito brava comigo, caso contrário, ela teria trancado a porta.

Certo?

Errado.

Quando abri a porta do apartamento, fiquei assustado com o que vi.

Ela estava de joelhos no meio da sala.

Ela estava de costas para mim, seu peito apertado contra a mesa no meio da sala, e ela olhava tão firmemente para algo que eu não sabia o que pensar.

"Nikki?" chamei, andando atrás dela lentamente.

Ela olhou por cima do ombro para mim, e eu vi a determinação.

O entendimento.

A renúncia.

"Venha ver isso Michael," ela disse suavemente.

Quando me aproximei, olhei para baixo, e meus joelhos ficaram fracos com o que vi.

"Você está brincando comigo?" Perguntei suavemente, caindo de joelhos ao lado dela.

Meus joelhos afundaram-se no tapete macio.

O lindo tapete roxo que Nikki apenas ‘tinha que ter’ quando estávamos na Lowe's em um fim de semana à procura de solvente de tinta.

E eu pensei comigo mesmo, 'isto vai ficar bem no quarto do bebê.’

"Você precisa escolher, Michael. O assassino e seus deveres, ou eu. Porque eu não posso mais fazer isso. Eu não posso colocar minha vida em espera, me perguntando quanto tempo vai ser antes de você voltar. Imaginando se você estará presente no nascimento da nossa menina. Querendo saber se esse assassino vai tirar você de nós. Eu simplesmente não posso, Michael. Então escolha. Eles, ou nós."

Fechei meus olhos, e tomei a decisão mais fácil da minha vida.

"Eu tenho que ir."


CAPITULO 17


Corra como Dean só para bater o Impala. - Camiseta


Nikki


Minhas emoções estavam girando em torno de mim como uma nuvem negra da desgraça.

Eu tinha lhe dado o meu ultimato, e ele havia escolhido.

Não tinha sido o que pensei que ele escolheria, mas ele tinha escolhido, no entanto.

Andei até o elevador da garagem, e apertei o botão que me levaria até o terraço, permitindo-me atravessar para o meu destino.

Escolher outro médico.

Esta seria a minha quarta consulta, e o sexo seria revelado.

Mesmo que tecnicamente tenham se passado apenas duas semanas, pois quando fui até a Geórgia, ela tinha insistido em fazer um ultrassom.

Veja, descobrimos que nos víamos bastante, trabalhando no mesmo hospital.

Eu tinha começado meu trabalho no novo hospital a pouco mais de um mês atrás, e tive uma explosão de partos nesse período.

Até agora, auxiliei no nascimento de doze bebês.

Todos eles felizes e saudáveis.

O elevador apitou quando as portas se abriram, mas eu estava em meu próprio mundo, pensando no meu trabalho, que não vi o homem de pé no elevador até que ele falar.

"Descer?" Perguntou uma voz masculina divertida.

Olhei para cima, e meu coração acelerou.

"Michael," suspirei, as lágrimas começando a se formar em meus olhos.

Ele sorriu, e estendeu a mão. "Vamos lá, ou chegaremos atrasados," disse ele, sorrindo. Pisquei, mas peguei sua mão e entrei no elevador.

"Como você sabia onde eu estaria?" Perguntei suavemente.

Meus olhos ficaram firmemente plantados no chão, no entanto.

Porque eu não queria acreditar que ele estava aqui, olhar para cima e ver que eu tinha imaginado tudo.

Isso seria cruel, mas a vida era uma cadela assim.

"Sua melhor amiga," disse ele.

Pude perceber o sorriso em sua voz, e se Geórgia estivesse comigo naquele momento, eu teria dado um soco nela por não me dizer.

Nós entramos no elevador em silêncio.

Eu não disse nada porque não sabia o que dizer.

Ele também não disse nada porque eu tinha certeza que ele estava esperando eu me virar para cima dele.

Algo que eu não faria no meu local de serviço.

Quando a porta do elevador se abriu, saí com Michael diretamente atrás de mim

Eu podia sentir seu calor do topo dos meus ombros até o meio das minhas coxas.

"Nikki espere," disse ele suavemente.

A dor em sua voz me fez virar bruscamente, olhando-o com preocupação.

"O quê?" Perguntei.

Ele fechou os olhos, e percebi o quão cansado ele parecia.

"Eu lhes disse que não poderia fazê-lo. E eu sinto muito. Eu sabia que se ficasse lá com você na noite passada, eu adiaria isso, e eu precisava fazer isso,” ele respondeu.

"Michael, não posso dizer que o que você fez não doeu, mas eu entendo. Dei a você a noite para pensar sobre isso, e eu quis dizer isso. Eu sabia que você tomar a decisão certa,” eu disse a ele.

Ele balançou a cabeça, seus olhos observando meus lábios, onde eu mordia de maneira preocupante com meus dentes.

"Eu te amo," ele disse novamente.

Meu coração derreteu com essas palavras.

As mesmas que saíram de sua boca na noite passada.

As que eu não tinha retornado porque eu não podia.

Hoje, porém, era diferente, pois eu sabia que ele ficaria com a gente. Daria a nós uma oportunidade.

Então eu disse de volta para ele. Com todo o meu coração.

"Eu te amo mais," falei simplesmente.

Sua risada ressoou, me aquecendo por dentro, e ele me puxou para os seus braços.

"Eu não vou foder com tudo de novo," ele prometeu.

Eu bufei. "Você e eu, garotão," respondi.

"Eu não sei nada sobre crianças." Ele me informou.

Olhei-o nos olhos dizendo, “Sério”? Você está puxando esse cartão?”

Virei-me e comecei a caminhar para dentro, muito consciente do homem nas minhas costas.

"Sim, esse cartão. Eu não sei, embora. Realmente não sei,” disse ele.

Revirei os olhos. "Michael, você faz da missão de sua vida salvar crianças. Confie em mim, você sabe como lidar com crianças, mesmo você achando que não,” disse-lhe gentilmente.

Michael sorriu. "Tanto faz. Então me diga sobre o seu médico. Sinto que perdi um monte,” ele mudou de assunto.

Eu sorri. "Dr. Mead é meu médico, mas vamos ver hoje a sua PA, Joanie Dooley. Terei que me consultar com outro apenas no caso dele estar fora da cidade, em outro nascimento ou qualquer outra coisa e quando eu entrar em trabalho de parto.

Michael assentiu, mas seus olhos ficaram sérios, como se ele estivesse se concentrando em algo.

“O quê?" Perguntei.

Ele balançou a cabeça, e quando os elevadores apitaram, sinalizando que estava no andar do consultório médico, ele congelou.

Eu já tinha saído e virado no fim do corredor quando percebi que ele não estava me seguindo. "Michael?" Chamei, me virando e procurando por ele.

Encontrei-o ainda dentro do elevador, a mão sobre as portas para segurá-la aberta.

"Onde fica o consultório do médico que você vai?" Ele sibilou.

Cambaleei para trás com a veemência em seu tom.

Assustada, respondi, "Women´s Center. Por quê?”

Michael me puxou para ele, então me levou para a escada.

“O que, Michael? O que é isso?” Perguntei alarmada.

Ele não parou até que estávamos três andares acima, e eu estava ofegante pelo esforço.

Ele abriu a porta para o sexto andar, e me puxou junto com ele.

Quando viu que o caminho estava livre, ele visivelmente relaxado.

Ele me soltou, e quase imediatamente, pegou seu celular e fez uma ligação.

"Sim, minha mulher tem indo para o Women´s Center há meses!" Ele assobiou baixinho ao telefone, olhando ao redor enquanto inspecionava o corredor vazio. "Por que nenhum de vocês percebeu isso, porra?"

Olhei surpresa para ele.

"Sim, ela está bem. E não, você me disse que tinha o lugar sob vigilância. Você deveria saber!” Ele meio que gritou

Eu me segurei para não dizer, 'Você deveria saber.’

Em vez disso, mantive minha boca fechada e peguei o meu telefone, sentando em uma pequena cadeira que estava ao lado de um vaso de plantas.

Imediatamente percebi que chegaria atrasada se ele não se apressasse, mas imaginei que o que estava acontecendo era importante, pela maneira que ele reagiu quando tinha percebido que eu estava indo para um determinado centro de atendimento.

Então compreendi a situação.

Ele só se preocuparia onde eu estava indo, se o local fosse perigoso.

E havia apenas um caso, ele vinha trabalhando ultimamente, que justificaria essa reação dele.

E eu tinha a sensação de que sabia exatamente o que era.

E eu estava ficando enjoada novamente.

Filho da puta!

Um suor frio começou a surgir em minha pele, e eu visivelmente comecei a tremer quando tirei minhas conclusões.

Michael continuou sua conversa exaltada com a pessoa do outro lado da linha, e eu comecei a deixar minha mente vagar.

Eu tinha deixado algum assassino se aproximar do meu bebê?

O que aconteceria a nós agora?

O bebê e eu estaríamos em perigo?

Posso mudar de médico?

Eu teria que sair da cidade para me encontrar com outro.

O Women´s Center dominava toda a Arca-La-Tex. Havia apenas uma empresa na área que trabalhava com o meu seguro, e eu tinha a sensação de que estaria descobrindo o que o pânico poderia causar muito em breve.

Então, a tristeza começou a me encher.

Se todas aquelas mulheres vieram aqui, deram toda a sua confiança a um dos médicos ou enfermeiros, em seguida, tiveram essa fé arrancada quando atiraram naquelas pobres mulheres e seus maridos?

"É isso. Fazemos isso hoje, e amanhã ela encontra outro médico. Você me ouve? Estou sendo cem por cento sério. Se alguma coisa acontecer com ela, não haverá uma coisa nesta terra maldita terra que o salvará de mim. E não, eu não me importo que estou ameaçando um agente do FBI,” Michael rosnou.

Em seguida, fechou o telefone fechado.

Quando ele se virou para mim, seus olhos imediatamente ficaram suaves.

"Sinto muito, Nik. Se eu soubesse, nunca teria deixado você vir. Juro pela minha vida que vou te proteger," ele prometeu, caindo de joelhos ao meu lado e envolvendo os braços em volta da minha cintura.

Virei minha cabeça, apoiando-a no topo da sua.

"O que aconteceu no passado deve permanecer no passado. Vamos olhar para frente a partir de agora. Você, eu e este bebê,” eu disse a ele.

Ele me apertou um pouco mais, e senti a vibração agora familiar na minha barriga, sinalizando a presença do nosso filho.

"Eu te amo," ele disse, me olhando com o coração em seus olhos.

Inclinei-me e esmaguei seus lábios com os meus. Nossas línguas duelaram quando ele enfiou a sua na minha boca. Sua língua deslizou ao longo da minha enquanto suas mãos se moviam nas minhas costas, escavando sob a camisa solta que eu tinha roubado dele.

A que eu usava a cada consulta médica porque gostava de pensar que ele estava lá comigo.

"Você está usando a minha camisa," ele disse contra a minha boca.

Inclinei-me até que minha testa encostou na sua.

"Sim," eu disse simplesmente.

"Fica um pouco grande em você," ele supôs.

Eu sorri. "Sim, você poderia dizer que sim," concordei.

Era grande.

Realmente grande.

Amarrei-a em um nó na minha cintura, pelo menos, tornando-a um pouco menor.

Eu realmente não me importava com o que eu parecia.

Foi tudo por sentimentalismo.

E pelo olhar nos olhos de Michael, ele sabia por que eu a usava, também.

"Você está pronta para acabar com essa merda?" Ele perguntou calmamente.

Concordei com a cabeça.

"Michael," hesitei. "Há alguns bons médicos nestes consultórios. Tenho consultado com um médico e uma enfermeira que são atuantes, e meu médico regular, bem, ele é muito querido. Seu nome é Doutor Mead. Ele e sua esposa foram os idealizadores deste centro. Até mesmo Memphis trabalha aqui.”

Seus olhos se arregalaram.

“Será Downy sabe que Memphis trabalha aqui?" Perguntei com cuidado. "O lugar que vocês estão investigando?"

Ele balançou a cabeça. “Ninguém sabe. Mas ele saberá dentro de dez minutos, após eu sair do consultório. E estou levando Memphis comigo até que eles tenham discutido o assunto.”

Eu bufei. "Sim, certo,” eu sorri. "Ela não vai com você."

"Nós veremos," ele murmurou, me puxando para elevador.

Graças a Deus.

Acho que eu não conseguiria enfrentar aquelas escadas novamente.

Mesmo se eu estivesse só descendo.

 

***


"Michael!" Memphis disse, batendo palmas animadamente. "Você está aqui!"

Michael sorriu para Memphis, seu rosto se iluminando com prazer.

"Sim, estou aqui," ele concordou.

"Bem, como foi a consulta?" Memphis perguntou, dando tapinhas na mesa.

Entreguei minha bolsa para Michael, e ele a jogou na cadeira. Algo que eu poderia ter feito. "Eu queria uma Coca-cola," murmurei sombriamente.

Ele piscou. "Você não deveria estar bebendo Coca-Cola. Isso é o que o médico acabou de dizer."

"Michael, você não é meu médico. Dr. Mead é. Ele não disse uma palavra sobre o meu consumo de cafeína,” rosnei.

Ele era insuportável!

Ele esteve se metendo, contrariando a enfermeira sobre quase todo conselho que ela tinha me dado na hora e meia que estivemos aqui.

Não tinha acontecido nada grave, graças a Deus.

Mas Michael deveria estar tentando provocar a mulher.

Qualquer que fosse a razão, ele o fizera.

Pude perceber a mulher geralmente amável e doce perder a calma diante dos meus olhos, então parei com as perguntas e sorri, desculpando-me com ela antes de sair.

"Bem, sou um médico. Não há nenhuma razão para você não ouvir minhas recomendações," ele disse sarcasticamente.

Dei de ombros e subi na maca, inclinando-me para trás e expondo minha barriga.

“Michael, hoje iremos verificar e nos garantir que o bebê está crescendo bem. Venha ficar aqui,” Memphis disse, indicando um local perto da minha cabeça. "Você será capaz de ver por esta tela ou aquela."

Ela apontou para a tela plana grande na parede, e Michael olhou as duas antes de voltar a olhar para mim.

"Ele sabe o que você está tendo?" Memphis perguntou alegremente, esguichando uma quantidade generosa de lubrificante na minha barriga antes de começar a correr a varinha sobre ela.

Olhei para a tela onde a imagem em preto e branco granulado surgiu.

"Sim, ele sabe," informei a ela. "Ele ainda quer um menino."

Memphis riu. "Beeemm, mas é definitivamente uma menina!" Disse Memphis, apontando para um ponto na tela. “Hamburger significa menina. E ela quer que você veja que ela é.”

Michael ficou paralisado olhando para a tela, enquanto Memphis passou a tomar medidas, e mostrar as diferentes partes da anatomia do bebê.

Em seguida, ela mostrou o rosto, olhei para cima e vi Michael, seus olhos avidamente focados na tela. Seus olhos examinando cada um seus traços.

"Ela é perfeita," ele murmurou, sabendo que eu estava olhando para ele.

Ele olhou para baixo, e eu poderia dizer que ele estava à beira de algo grande.

Alguma emoção enorme o segurava e eu senti que era a alegria.

"Bem, vamos transformá-lo em 3D," Memphis disse entusiasmada. "Mal posso esperar até que o meu seja grande o suficiente para ver como este... Oh merda!"

Os olhos de Memphis arregalaram. "Não diga a Downy! Eu não lhe disse ainda!”

Michael riu. “Ele já sabe. Ele disse a todos que você está esperando de novo, querida,” Michael brincou.

Os olhos de Memphis se estreitaram. "Você está brincando.”

Michael sacudiu a cabeça. "Não, nós sabemos há semanas."

Ela voltou para a tela, clicando em alguns botões e, em seguida, substituiu a varinha em minha barriga. “Oh, irei conversar com ele. Ele é um merda!”

Michael bufou, e eu soltei uma gargalhada, fazendo a tela girar com o movimento da minha barriga.

Quando finalmente me acalmei, ela correu a varinha sobre a minha barriga novamente.

A tela laranja era cativante quando vimos nossa filha com mais detalhes.

"Parece um alienígena," falei. "Um estranho alienígena."

A boca de Michael encontrou a minha, e não consegui evitar as borboletas que encheram meu interior com seu toque inesperado.

Eu estava feliz que ele estava feliz.

E agora, isso era tudo que importava.

Trinta minutos depois, estávamos do lado de fora, com Memphis a reboque.

"Não posso acreditar que você está me fazendo vir," Memphis disse temerosa.

"Eu não achei que ninguém, além de Downy, fosse tão teimoso." Michael disse, parando no estacionamento do posto policial na parte de trás, perto da saída dos fundos.

“Acredite. Isto está além de sua capacidade. E tenho a sensação de que estou prestes a ser rasgado ao meio por não ter compartilhado esta informação antes," ele murmurou irritado.

Agora que a excitação de ver o nosso bebê tinha passado, Michael estava em modo de proteção.

Seu único foco era sobre nós dois, e o que estava por vir.

Ele praticamente tomara Memphis a força, e quando Downy nos encontrou na porta de trás eu soube que Dr. Mead o chamara.

Exatamente como ele disse que faria.

Embora Memphis tenha lhe dito que estava tudo bem, Dr. Mead ainda queria se garantir.

Outra razão pela qual eu sabia que ele era um bom rapaz.

Levantei do assento, dobrando os joelhos para ajudar com o impacto quando pulei da caminhonete enorme de Michael, e aterrissei nas pontas dos meus pés.

Isso não funcionaria por muito mais tempo.

Eu podia me ver caindo de bunda no chão quando estivesse com mais vinte quilos de bebé adicionado ao meu peso.

"Que porra está acontecendo?" Perguntou Downy, estendendo o braço para Memphis.

Memphis entrou em seus braços, enterrando o rosto em seu pescoço e abraçando-o firmemente.

Michael lhe dera o mínimo necessário de informação para que ela partisse com ele, e ela estava obviamente assustada com a possibilidade de seu empregador estar envolvido em algo tão perverso.

"Dentro. Para a base," Michael ordenou.

A sobrancelha de Downy levantou, mas mesmo assim se virou e seguiu Michael e eu para o que eu soube mais tarde ser os escritórios da equipe SWAT.

A primeira pessoa que vi foi o meu irmão com as longas pernas apoiadas na mesa no meio da sala.

Caminhei até ele e o abracei com força pelo pescoço.

"Eu amo você," eu disse a ele.

Ele levantou o braço e circulou em torno das minhas costas, o melhor que poderia fazer de sua posição atual.

"Amo você," disse ele. "O que você está fazendo aqui?"

Fiz um gesto para Michael.

"Eles estão matando nossas mulheres."


CAPÍTULO 18


O uísque é o meu espírito animal.

-Camiseta


Nikki


Aquele anúncio caiu como uma bomba na sala silenciosa.

"Eu preciso chamar Trance. E nós precisamos ter o Sam aqui," Michael anunciou.

Trance era um policial de Benton, Louisiana. E Sam era um ex Ranger do Exército, que vivia em Kilgore como o resto de nós. Ele era durão, assim como Trance. Eu não conseguia descobrir por que eles precisavam estar aqui, no entanto.

"Que tal você nos dizer como eles estão matando nossas mulheres, e então vamos a partir daí?" Downy perguntou, curvando Memphis em seu corpo.

Suspirei e sentei-me.

Eu tinha muito interesse em ouvir o que Michael tinha a dizer.

Eu tinha obtido fragmentos, mas eu ainda não estava totalmente a par do que Michael sabia.

E, aparentemente, os rapazes na minha frente também não estavam.

O que os irritou.

Muito

Michael começou a falar, e no momento que ele terminou, não apenas Downy ficou abalado.

Todos ficaram.

"Que porra é essa, cara? Minha mulher trabalha lá! "Downy rugiu.

Eu recuei.

Downy normalmente era um homem tão tranquilo que foi uma surpresa total e absoluta vê-lo ficar tão agitado.

Não deveria ter me surpreendido, entretanto.

Memphis era o mundo de Downy.

Qualquer coisa que a colocasse em perigo o tiraria do seu eixo.

Downy sacudiu a cabeça. "Nós não temos sequer a certeza de onde a ameaça é proveniente. Sabemos apenas que há uma. E que a conexão são as mulheres. Eu não sabia até hoje, porém, que era onde Memphis trabalha.”

Downy se acalmou um pouco, respirando fundo antes de dizer: "Foda-se."

"Agora não, querido. Nós vamos chegar a isso mais tarde. Depois que você esfregar meus pés e escovar meu cabelo como a princesa que eu sou," Memphis disse suavemente, esfregando a barriga de Downy como se ela estivesse tentando fazer uma grande besta dormir.

Segurei uma risada, então me virei na minha cadeira para olhar o meu irmão.

Ele estava muito quieto, seu rosto uma máscara de sombras, enquanto estudava a parede atrás da cabeça de Michael.

Então meus olhos se estreitaram sobre o homem horrível, sem coração, e minha boca se abriu para que eu pudesse rugir para ele com indignação.

"Você não me disse!" Gritei alto. "Por que ela não me contou? Eu sou sua melhor amiga, e você é meu irmão favorito!"

Nico sequer pestanejou quando voltou os olhos para mim.

"Tem sido difícil. Ela não tinha certeza de que estava grávida no começo," ele disse simplesmente, encolhendo os ombros com indiferença. "Ainda não tenho certeza."

Estreitei meus olhos para ele. "Eu não posso acreditar que você não me diria. Eu te conto tudo! "

Ele me deu um olhar divertido.

"Você não me diz nada," ele respondeu.

"Eu digo-lhe o que você precisa saber! Você é delicado!" reagi.

Ele riu, que era o que eu estava tentando fazer.

Voltando-me para a sala em geral, percebi o meu erro.

Estes homens não me acharam e nem minha boca, tão engraçada quanto o meu irmão fez, posso confirmar pelos olhares de aborrecimento em alguns de seus rostos.

Fechei minha boca e, inadvertidamente, cheguei mais perto de Nico, porque mesmo, mentindo, traindo irmão ou não, ele sempre está do meu lado.

Que ele provou no momento seguinte, envolvendo o braço em meu ombro e beijando o topo da minha cabeça.

Eu já mencionei, que eu te amo, como o inferno, meu irmão?

"Tudo bem, quantas de vocês têm usado o consultório deste médico em particular?" Perguntou Luke, apertando a ponta do seu nariz.

"Todas nós," murmurei sob a minha respiração. "É o único em Kilgore."

Silêncio.

Fechei meus olhos quando percebi que o silêncio estava de volta e eles estavam todos olhando para mim.

Merda!

Peguei meu telefone e mantive meus olhos colados a ele, inclinando a cabeça no ombro de Nico enquanto escutava eles conversando, tentando não me intrometer onde eu não era chamada.

Recebi uma mensagem da minha irmã, Noel, enquanto eu estava no meu último nível de Candy Crush.

Noel: Recebi um telefonema muito estranho de sua mãe.

Eu: Ela é sua mãe, a menos que algo impressionante tenha acontecido. Então ela também é minha mãe.

Noel: Ela quer saber por que você não está pagando as contas do seu médico.

Minhas sobrancelhas franziram.

O telefone de Nico tocou, olhei para ele e vi seus olhos apertados.

"O quê?" Perguntei a ele.

"Recebi uma mensagem muito, muito estranha da mãe me dizendo que ela queria saber por que você não estava pagando suas contas médicas. Ela perguntou se você estava com pouco dinheiro," disse Nico.

Michael, que estava falando naquele momento, parou e virou-se para mim.

"Você não me disse que você estava tendo dificuldades para pagar suas contas," ele deixou no ar, e meu rosto corou de vergonha.

"Eu não estou em dificuldades. Na verdade, já deixei pré-pago o hospital na minha última visita!" Respondi ofendida. "Que diabos? Por que alguém ligaria para minha mãe? Isso é contra a lei ou algo assim ... não é? "

O silêncio caiu na sala, e algo enorme no ar começou a rastejar sobre mim.

Testosterona combinada com fúria começou a encher a sala, e olhei em volta para os homens que me cercavam, quando eles compreenderam algo que eu não tinha.

"O quê?" Perguntei para Michael, cujos olhos tinham perdido o brilho.

Ele piscou. "Ligue para sua mãe. Pergunte a ela quem ligou."

Surpresa com a maneira como ele tinha falado comigo, com zero de emoção em sua voz, fiz exatamente como ele pediu.

Liguei para minha mãe.

Disquei o seu número, coloquei no viva-vos e deixei em cima da mesa na minha frente, mantendo os olhos focados em Michael.

Ele não parecia bem.

Na verdade, não parecia que ele era o meu Michael.

"Nikki?" Minha mãe respondeu. "O que é isso sobre você não pagar suas contas? Você me disse que Michael estava te ajudando a pagar quando me ofereci. Por que você mentiria sobre isso? Eu só queria ajudá-la.”

Um rubor atingiu meu rosto e eu abaixei meus olhos, desviando dos olhos de Michael no momento em que ela entregou minha mentira.

Não, Michael não me ajudou a pagar.

Na verdade, eu tinha pago todos os oito mil dólares que eu devia do meu próprio bolso, e não tinha lhe pedido coisa alguma.

Algo que estava arrependida agora que a via fúria saindo dele, e daria qualquer coisa para sair de perto.

Merda!

"E você sabe que tenho apoiado você, mesmo que você tenha pecado. E sempre vou te apoiar. É por isso que quando você receber a conta pelo e-mail, quero que você traga para mim e me deixe pagar por isso," ela me castigou severamente, de uma maneira que só uma mãe sabe fazer. "E eu disse a eles onde você e Michael trabalham, bem como o endereço da casa de Michael, porque você não deve mentir sobre algo assim. Cobradores não são divertidos de se lidar. Eles vão chamá-la a qualquer hora do dia. "

Revirei os olhos.

Por que ela não perguntou para mim, em vez de enviar uma mensagem para cada uma das minhas irmãs?

"Por que você lhes deu o endereço do meu trabalho? E o do Michael? Ele sequer está na no sistema. Eles nem deveriam saber o nome dele.”

Será que ela pensou que eu não saberia isso pelo os meus irmãos?

"Lolita, aqui é o Michael. Nikki pagou todas as suas contas semana passada. Foi um homem ou uma mulher que ligou?" Michael perguntou abruptamente.

"Oh, Michael! Eu não sabia que você e Nikki estavam juntos. Como você está?" Minha mãe perguntou, seu sotaque espanhol ficou um pouco mais carinhoso, agora que ela não estava gritando com sua filha.

"Eu estou bem, Lolita. Agora era um homem ou uma mulher que ligou? "Ele perguntou novamente, um pouco menos educado desta vez.

Minha mãe não percebeu, ou ela se fez, não se importava que ele estava sendo duro com ela.

"Era um homem. Ele disse que era o médico, acredite ou não. Eu não podia acreditar quando falei com ele, mas ele me pareceu ser um homem muito bom," Lolita falou.

Foi quando as coisas começaram a fazer sentido.

Isto não era sobre as contas, afinal.

Isto era sobre um assassino.

Um assassino que tinha acabado de colocar seus olhos em mim.


CAPÍTULO 19


O que nós queremos? Café. Quando queremos? Direito agora porra.

-Xícara de café


Michael


"Já tem um mandado de busca para o seu lugar?" Perguntei a Luke.

Luke negou com a cabeça. "Ainda não. O Juiz Maddox está fora da cidade, e tivemos que ir para Bender. Ele não é o maior fã de nossa equipe desde o último mandado que foi expedido sobre aquele caso em que a velha senhora quebrou o quadril. "

Estremeci.

Aquele tinha sido um completo erro.

Nós tínhamos atendido um mandado de prisão contra um garoto que estava vendendo medicamentos fora de sua casa, e nós atuamos com perfeição, prendendo o rapaz dentro de segundos depois que entramos em sua casa.

Em seguida, a velha tinha saído em seu andador, e prontamente tropeçou em seu neto que estava deitado no chão no meio da sala de estar, quebrando seu quadril e o braço no processo.

Tinha sido horrível, e eu me senti horrível, mas em nossa defesa, nós lhe dissemos para ficar onde estava até pudéssemos prender o menino.

Ela não tinha escutado, e agora nós ainda ouvíamos sobre isso, três meses depois.

Olhei para Luke no canto da sala de comando onde Memphis e Nikki estavam em um computador de merda olhando todas as coisas de bebê.

Sorri um pouco, mas esse sorriso rapidamente caiu do meu rosto enquanto eu pensava sobre o quão ruim isso tudo poderia ter sido sem o meu conhecimento.

Tudo porque eu estava tentando me proteger.

Bem, veja onde isso me levou.

Minha mulher em apuros.

Meu filho em perigo.

Eu em perigo, porque eu estava de brincadeira, para não mencionar todos os meus colegas e suas esposas.

Ás vezes, eu não mereço viver.

Eu era um fracasso na vida.

Então recuei em meus pensamentos, percebendo o que estava acontecendo.

Eu tinha esquecido meus remédios.

Merda!

"Preciso ir correndo em meu lugar. Esqueci de tomar meus remédios," disse para Luke. "Estarei de volta em cerca de dez minutos."

Luke assentiu.

"Entendi," ele respondeu, mantendo os olhos em seu telefone.

Levantei-me, andando para fora sem dizer uma palavra a ninguém.

Todos estavam muito bravos comigo.

Como deveria ser.

Eu não era bom.

Porra!

Pare!

No momento em que cheguei na minha casa, fiquei com um pouco de dúvida antes de tomar os meus remédios.

Eu estava com a garrafa na mão e tinha acabado de engolir a pílula quando percebi que eu não estava sozinho.

Erro de principiante.

Virando-me rigidamente, me vi enfrentando um homem completamente de preto.

"Onde está sua esposa?" Ele rosnou.

Foi quando agradeci a minha estrela da sorte por não ter dito a Nikki onde eu estava indo, e não ter lhe pedido para vir comigo, era como se eu tivesse adivinhado.

Graças a Cristo!

A arma apontada para minha cabeça não trouxe qualquer medo em meu coração como o pensamento da arma apontada para a cabeça de Nikki.

Já tive essa sensação antes.

O pensamento de que ia morrer.

Dezenove vezes.

Lembrei-me com clareza de cada uma dessas vezes.

E eu tinha certeza que, se saísse dessa vivo, seria diferente.

"Chame-a," ele ordenou.

"Foda-se. Eu não estou chamando ela," eu disse a ele, cruzando os braços sobre o peito.

Eu sabia que se eu pudesse retardá-lo, Luke acharia que algo deu algo.

Eu não teria saído e ficaria em casa sabendo que o mandado poderia chegar.

John, nosso especialista em computador, rastreou as chamadas para o telefone de Lolita, e descobriu que partiram do Women´s Center.

Haviam seis pessoas de plantão no centro no momento da ligação, e apenas dois deles eram homens. E um deles tinha estado no consultório com um paciente durante todo o tempo que durou a chamada. Então nós fizemos uma pesquisa. E chegamos a um homem.

Nós solicitamos um mandado de prisão para Stan Jones, M.D.

E eu tinha a sensação de que era este homem na minha frente.

"Então, Stan. O que você vai fazer comigo?" Perguntei, cruzando os braços sobre o peito.

Stan congelou.

"Como você sabe meu nome?" Ele perguntou rigidamente, apertando a Glock na mão.

Dei de ombros. "Você está fodido."

Palavras simples, mas que realmente o irritaram.

"Eu não estou fodido!" Ele rosnou. "Eu fiz tudo certo!"

Veja, assassinos em série tem certa maneira de agir.

Eles nunca se desviavam.

Por isso, eu sabia que ele não ia atirar em mim até que a minha 'esposa' estivesse aqui.

"O que você tem contra policiais?" Perguntei calmamente.

Os olhos de Stan se estreitaram.

Ele estava vestido com um casaco com capuz, cobrindo a cabeça, mas como ele estava de frente para mim, eu poderia ainda obter uma boa indicação de como ele era.

Cerca de 1,78m, oitenta e quatro quilos. Olhos marrom ou verde muito escuro. Cabelo castanho. Pele bronzeada. As pequenas mãos sem nenhuma aliança de casamento.

Calças pretas. Botas pretas, um casaco com capuz preto.

"Você não precisa saber o porquê. Só basta dizer que devemos livrar esta terra de seres como você e cada um de sua espécie," Stan assobiou.

Minhas sobrancelhas subiram. "Realmente?"

Ele zombou. "Realmente."

Eu sorri.

"Entendi. Que tal eu falar meu palpite?" Perguntei.

Lembrei-me das notas do caso. Os detalhes de cada médico.

A página do Stan diz que ele é viúvo. Também diz que não tem filhos vivos.


"Será que matamos sua esposa?" Perguntei.

Foi sem coração, sim, mas foi eficaz.

"Não diga seu nome!" Ele gritou.

Eu abstive-me de dizer que eu 'não disse o nome dela, afinal. '

Bingo.

"Será que um policial matou seu filho, também? Ou será que seu filho tirou sua própria vida, porque sua esposa morreu?" Continuei com crueldade.

Stan sacudiu a arma para mim, balançando-a em direção ao meu rosto, enquanto começou a gritar comigo.

"Foi tudo culpa sua! Sua! Ela não fez nada para você! Tudo o que ela fez foi ficar parada, e então um de vocês," ele sibilou. "Atirou nela, porque pensou que ela estava indo pegar uma arma. Ela nem sabia como disparar uma arma!"

Ele terminou essa explicação em um grito agudo.

Senti-me simpatia por ele.

Claro que eu fiz.

Tiros acidentais acontecem. Isso é terrivelmente ruim, mas acontece.

Policiais, lidavam diariamente com tanta merda que às vezes, nós esperamos que todos possam ser ruins.

Quando acertamos alguém, não ficamos felizes em fazê-lo.

Agimos com cautela.

Quando o fazemos parar, você aceitará que fizemos isso por que foi necessário?

Ou você reclamará e gritará para nós por que fizemos o nosso trabalho?

Você vai puxar sua arma para nós? Puxará uma faca de algum lugar escondido dentro de seu carro e apunhalar-nos com ela? Será que o seu passageiro vai fazer alguma coisa?

Um carro para a maioria das pessoas é apenas isso, um carro.

Um carro para um agente da polícia é uma arma.

Ele pode ser executor para nós. Ele pode esconder armas maiores. Ele pode levá-lo para longe de nós e colocar outras pessoas, pessoas inocentes, em perigo. Ele pode abrigar mais de uma pessoa que poderia potencialmente nos prejudicar.

Então você vê, há múltiplas facetas para analisar quando um policial atira em alguém.

Tudo isso está sendo sempre passando em nosso cérebro.

Nós temos que ser extremamente cautelosos, fazendo o que fazemos.


Se isso foi o que aconteceu com a mulher de Stan ou não, eu nunca saberia.

Mas, mesmo se foi isso ou não, isso não lhe dá o direito de descontar sua dor e sofrimento em cada policial com quem ele entrou em contato.

"Sinto muito, Stan," falei a sério. E eu sentia.

Fiquei triste por ele ter experimentado algo parecido.

Espero que, se a mesma coisa acontecer comigo, eu encontre forças para seguir em frente. Para tornar este mundo um lugar melhor.

Eu nunca começaria a atirar e matar pessoas inocentes.

Especialmente as que levavam a nossa próxima geração como essas mulheres inocentes estavam fazendo.

"Você pode enfiar suas desculpas na sua bunda," Stan rosnou. "Sente-se naquela cadeira ali. Nós não vamos esperar muito mais tempo. Ligue para a mãe de sua mulher. Eu sei que ela está em casa nesse momento."

Fechei os olhos, muito brevemente, grato que desta vez não seria um desses momentos.

Ela estava a salvo na sede KPD.

Graças a Deus.

Demorar. Isso é tudo o que eu tinha que fazer.

Fazia trinta minutos desde que saí.

E eu sabia que Luke tinha visto minha saída precipitada.

Ele estava muito consciente das minhas limitações, e eu tinha lhe assegurado sobre o meu estado de espírito.

Ele estava ciente de que algo não estava certo, e eu sabia que ele viria me verificar se eu demorasse mais do que trinta minutos.

Minha doença e as minhas condições eram tudo sobre controles e limitações. Eu era muito aberto com tudo sobre mim ... para as pessoas certas.

Eu precisava dessas pessoas na minha vida para me manter em linha reta.

Luke. Meus pais. Minha irmã e irmão. Alguns médicos.

Nikki.

Sorri ligeiramente.

Ela não tinha ideia do quanto me ajudou.

"Por que você está sorrindo?" Perguntou Stan, arruinando meus bons pensamentos.

Dei de ombros. "Nenhuma razão."

Seus olhos se estreitaram.


E para mantê-lo falando, e eu respirando, continuei a fazer perguntas.

"Por que as esposas dos policiais. Por que os bebês?" Perguntei com cuidado.

Ele zombou.

"Por que eu iria querer trazer mais desses bastardos a este mundo? Não por minhas mãos, não senhor." Ele balançou a cabeça. "Eu não estava ajudando em mais nenhum nascimento para pessoas como você."

Acenei com a cabeça.

O grau de seu ódio era impressionante.

Descontar seus problemas em crianças inocentes me deixou de queixo caído.

"O que sua esposa pensaria sobre tudo isso?" Perguntei em voz baixa.

O olho de Stan se contraiu, e demorou um longo momento antes de responder.

"Bem, eu não sei por que você ainda se importa com ela. Ela se foi, e eu nunca mais vou saber o que ela pensa sobre isso," a voz de Stan quebrou. "Porque ela está morta. Ela se foi."

"Ela não se foi," eu disse suavemente. "Ela está viva em suas memórias."

Merda, agora eu estava citando Big Hero!

Eu sabia que não deveria ter visto esse filme com Reggie!

"Ela me dizia que eu deveria pensar antes de agir. Eu não sei como fazer isso," ele admitiu, olhando para a mão e deixando cair a arma no chão.

Eu não me movi.

Ainda não era a hora.

Minha frequência cardíaca aumentou quando vi o movimento na janela do meu lado.

Uma cabeça distintamente loira surgiu na janela lateral antes de desaparecer com a mesma rapidez.

Luke.

Bom.

Faltava pouco agora.

"As mulheres têm um jeito delas. Elas acham que estão certas... mas na maioria das vezes elas estão. Descobri isso sozinho no outro dia,” eu disse a ele, pensando na noite que Nikki me viu com Lisette. “São criaturas inteligentes, as mulheres. Instintivamente sabem o que é melhor para nós, e movem o céu e a terra para nos fazerem felizes.”

E Nikki faz isso.

Todo dia.

E vi isso somente agora, com a ameaça de minha vida que estava sendo tirada de mim por um homem que sentia tanta dor pela perda de sua própria mulher.

Os olhos de Stan seguiram para a mesa, e minha respiração ficou presa na garganta quando avistei a imagem do ultrassom que eu tinha depositado lá quando cheguei em casa.

Eu a tinha visto na cabine da caminhonete, e por instinto peguei e trouxe para garantir que ela não ficasse arruinada.

Agora o homem que queria tirá-la de mim estava olhando para ela como se fosse a mais humilde das formas de vida.

"Policiais não merecem ter uma vida feliz," ele murmurou sombriamente. "Você não merece viver."

Ele pegou a arma do chão e apontando de verdade desta vez, e eu sabia que meu tempo tinha acabado.

Ele não ia esperar dessa vez, e se eu não fizesse algo, eu estaria deitado em uma poça de sangue.

"Que você apodreça no...”

Boom!

Fechei os olhos, meu estômago revirando.

A arma fumegante ainda na minha mão.

Stan estava morto antes que seu corpo chegasse ao chão.

"Merda!" Luke disse, surgindo no corredor de trás com a arma na mão. "Você assustou a merda fora de mim, cara!"

Ergui a cabeça e olhei para o meu chefe, e um dos melhores amigos que eu já tive.

"Acho que não precisamos mais desse mandado," falei suavemente.

O rosto de Luke se abriu em um breve sorriso antes de contornar a mesa onde eu estava sentado, ficando sobre um joelho ao lado do corpo sem vida de Stan.

"Morto," ele confirmou, levantando-se. "Tenho que fazer um chamada sobre isso."

Com isso, ele fez uma ligação e relatou o tiroteio.

Lentamente, coloquei minha arma na mesa ao lado do meu cotovelo direito, e me levantei para esperar.

O sangue foi lentamente se espalhando pelo chão sob o corpo de Stan e eu tive que pular sobre ele, para não deixar rastros em toda a casa.

"Quer que eu vá lá para fora?" Perguntei.

Luke balançou a cabeça.

Ele era o chefe assistente, bem como o líder da equipe SWAT; assim, como oficial superior, eu queria ter certeza que estava onde ele me queria, pois eu tinha acabado de atirar em um homem.

"Nós sempre perdemos toda a diversão!" Lamentou James, com seu rifle sniper a reboque.

"Desculpe eu não poder fornecer isso a você," eu disse com um pouco de divertimento.

"Esse fodido. Seu MO é fazer o policial esvaziar seus bolsos e se livrar da arma. Se ele tivesse feito isso com você, poderia ainda está vivo," Luke murmurou, os braços cruzados sobre o peito enquanto olhava para o homem morto a seus pés. "Maldita papelada. Você conseguiu alguma coisa dele?"

Concordei com a cabeça.

"Foi por causa de sua esposa. Ela foi morta por um policial durante uma batida de trânsito," expliquei o que eu sabia.

"Porra," Miller rosnou.

"Você me encontrou mais rápido do que pensei que faria," admiti para Luke.

"Coloquei um BOLO no carro dele. Stan dirige um Maserati brilhante. É difícil perder algo assim pela estradas. O oficial Lyons viu o momento em que entrou no estacionamento. Estava estacionado ao lado, como se estivesse quebrado," explicou Miller. "Luke te chamou para dizer-lhe que o mandado tinha chegado, você não respondeu. Ele começou a perceber que algo estava errado e, em seguida, quando passou no estacionamento e viu o carro parado, colocou dois e dois juntos. Fez doze. Fim da história."

Acenei com a cabeça.

Surpreendente.

"Dois e dois são quatro, e não doze, idiota," Foster falou da porta da frente.

Nenhum dos dois abriu a porta da frente, pois sabiam que era uma cena do crime, e eu estava falando através da porta de tela.

A equipe inteira estava ocupando o meu quintal.

James foi chutado de volta para a espreguiçadeira. Miller e Foster no sofá. Bennett, Nico, e Downy estavam nas três últimas cadeiras com guarda-sol sobre suas cabeças, olhos fechados.

E eu tinha um desejo irracional de dizer-lhes o quanto eu os amava.

Isso seria estranho?

Ter o apoio de todos, e saber que teria todos lá para mim quando eu precisasse, era exatamente o que precisava naquele momento.

Todos as minhas dúvidas tinham desaparecido.

E seu lugar ficou alívio e a gratidão.

Alívio que eu tinha vivido para respirar mais um dia.

E gratidão por eu ter bons amigos e uma boa mulher à minha volta.

 


***

Mais tarde naquela noite


Nikki entrou em seu quarto, olhou para mim, e foi direto para o banheiro.

Ela estava com raiva de mim.

Inferno, eu estava com raiva de mim.

Eu tinha deixado ela pensar que eu estaria de volta, e ela não sabia onde eu tinha ido. Eu não tinha dito adeus. Eu sequer acenei.

Ela também não sabia que minha vida estava em perigo.

Ela só descobriu duas horas depois, quando cheguei de volta à delegacia e prontamente fui levado para responder a uma tonelada de merda de perguntas.

Fui colocado em licença administrativa, enquanto aguardava uma investigação, mas eu sabia que não significaria nada, e eu tinha Luke para me apoiar cem por cento no caminho.

Nikki ficou sabendo por seu irmão o que havia acontecido, e vamos apenas dizer que ela não ficou feliz. Nem um pouco.

Quando saí do interrogatório, descobri que Geórgia havia levado Nikki para casa.

Quando cheguei em casa já tinham se passado quatro horas.

Ela não estava dormindo, no entanto.

Longe disso.

Ela estava sentada no sofá assistindo ao noticiário. Que passou a ter a minha pessoa como a história principal.

"Michael?" Perguntou Nikki, retirando a camisa de seu corpo.

Meus olhos ficaram felizes diante deles.

Nikki sempre foi bonita.

Mas agora, com a lua fluindo através das cortinas, e seu cabelo uma massa encaracolada caindo pelas costas cascateando sobre os ombros, pensei que ela nunca foi mais bonita.

Sua barriga estava começando a aparecer, e o piercing rosa do umbigo tinha uma estrela anexado a ele, repousando sobre a ondulação suave ... um anel de umbigo que eu nunca tinha visto antes.

"Sim, baby?" Perguntei, engolindo com força.

A próxima coisa que percebi foi o sutiã preto.

Embora não tivesse nada de especial, ele levantou seus seios perfeitamente, colocando-os juntos, permitindo uma festa para os meus olhos.

E quando Nikki tirou, seus seios saltaram livres, fazendo a minha ereção semi dura crescer completamente com o todo o sangue que passou a correr no meu pau.

A calcinha era a última coisa a sair.

Quando ela se inclinou, seus seios pendurados, balançando sedutoramente, quando ela deslizou a calcinha por seus pés, um de cada vez.

Perdi minha capacidade de falar quando ela colocou um joelho na cama e começou a rastejar entre as minhas pernas, parando quando chegou em meus quadris.

"Faça amor comigo", ela ordenou.

Engoli em seco, sentei-me lentamente e juntei seu rosto em minhas mãos, colocando meus lábios suavemente sobre os dela.

"Tudo bem,” sussurrei, antes de violar seus lábios com a língua, enrolando minha ao redor da dela.

Ela gemeu e se inclinou para o beijo, apoiando seu peso em mim.

Rolei com ela até que estávamos de lado.

Minhas mãos continuaram no mesmo lugar, sobre suas bochechas, então deslizei uma para baixo, sobre seu ombro, curvando em torno de seus seios, seguindo pelo lado até parar na parte de trás de sua coxa.

Ela gemeu quando minha mão se moveu mais para trás, alcançando a curva de seu traseiro, os dedos mergulhando em seu núcleo superaquecido.

"Sinto muito, querida. Nunca pensei que isso iria acontecer," eu disse a ela.

Um soluço ficou preso em sua garganta e ela me beijou mais forte.

"Você me assustou horrivelmente. Achei que você ia morrer," disse ela desesperadamente entre beijos.

Gemi quando sua mão encontrou a minha ereção latejante.

"Guie-o para dentro de você," eu disse, estendendo os lábios de sua boceta com meus dedos e empurrando para frente com meus quadris.

Ela inclinou meu pau para deixar a cabeça apoiada na entrada de seu sexo, e nós dois flexionamos em direção um do outro no momento em que nossa pele encontrou.

Ela engasgou em minha boca enquanto meu pau a enchia ao ponto de ruptura.

"Você me preenche completamente," ela sussurrou ferozmente. "Nunca mais me deixe assim de novo, certo? Sempre diga adeus."

Prometi isso a ela, e depois continuei a promessa com meu corpo. Na forma como as minhas mãos corriam ao longo de sua pele.

Na forma como o meu pau empurrava dentro e fora dela.

Nosso amor foi lento, constante e bonito.

Algo que nós dois necessitávamos naquele momento.

E longos minutos depois, quando senti sua boceta começar a apertar em volta do meu pau, eu gozei também.

Derramei minha essência em seu calor à espera, enchendo-a com meu amor.

"Eu amo você, Nikki. Prometo não deixá-la sem dizer adeus... contanto que você me prometa algo em troca," ofeguei contra seus lábios.

Seus olhos se abriram, e olhei em seus belos olhos castanhos quando ela perguntou: "O que você quer que eu prometa?"

Inclinei-me para a frente, corri a ponta do meu nariz ao longo da ponta de seu nariz.

"Que, quando nos casarmos, você me perdoará assim toda vez," eu disse a ela docemente.

Ela riu, e eu rolei até que ela estava mais uma vez por cima.

A minha carne, que ainda estava dentro dela, começou a pulsar mais uma vez na nova posição, mas o que ela disse em seguida teve o meu foco inteiro, não apenas o do meu pau.

"Você está me pedindo para casar com você, Michael Perez?" Ela sorriu, feliz.

Seu cabelo derramava sobre os ombros, fazendo cócegas no meu peito.

Balancei minha cabeça. "Não."

Seus olhos, que estavam felizes, ficaram velados ligeiramente, então apressadamente expliquei.

"Estou dizendo que você vai casar comigo,” eu disse, levando a mão debaixo do meu travesseiro para tirar uma caixa coberta de veludo rosa que eu tinha escolhido.

Seus olhos se arregalaram quando ela me viu abrir a caixa, em seguida, aumentou quando retirei o anel e estendi para ela.

Ela levantou a mão, oferecendo-me o dedo.

O anel encaixou perfeitamente, deslizando sobre a junta e descansando um pouco para a direita.

"Você se casará comigo, Nikki Pena." Falei.

Ela se inclinou para frente e colocou seus lábios contra os meus.

"Pensei que você nunca iria perguntar," ela brincou.

Bati na bunda dela, fazendo-a saltar surpresa.

Inadvertidamente isso fez o meu pau ficar duro dentro dela até o punho.

Suas pálpebras baixaram ligeiramente e eu sorri.

"Não tenho certeza sobre a parte do pedido ainda ... É apenas uma formalidade. Só espero uma resposta, e uma única resposta," informei a ela.

Seus olhos se estreitaram. "É com isso que terei que lidar para o resto da minha vida? Prepotência?"

Eu sorri.

"Sim, é com isso que você terá que lidar. Além de amar a noite toda. Babá sempre que precisar. Um abraço quando você quiser. Beijos no meio da noite. Combustível sempre em seu tanque. Suas compras trazidas para casa. Calças colocadas no cesto. Filés preparados na grelha," eu listei os meus atributos, propositadamente fazendo-os parecer muito atraentes.

Ela estreitou os olhos. "Não é babá se são seus próprios filhos," ela respondeu.

Bufei. "O que você disser, minha querida."

"Contanto que você saiba disso, eu me casarei com você."

Eu ri e rolei com ela mais uma vez, empurrando meu pau dentro dela e esfregando meus quadris contra os dela.

"Vou me lembrar disso."

"Pode apostar que você vai, garotão."


CAPÍTULO 20


Pelo amor raposa.

-Xícara de café


Nikki


"Tudo bem," Memphis disse, deitando ao meu lado. "Como é que todas nós acabamos nesta situação?"

Eu sorri.

Não havia nenhum outro recurso.

Sete mulheres estavam presentes comigo hoje, e todas, menos uma, estavam grávidas.

Georgia, Memphis, Lennox, Mercy, e Blake estavam todas grávidas em estágios diferentes de sua gestação.

Embora, eu estivesse na minha primeira gravidez, enquanto as demais estavam na segunda gestação.

Parecia que os homens da SWAT de Kilgore gostavam de manter suas mulheres descalças e grávidas.

Lutando contra o crime de dia e fazendo bebês durante a noite.

Sorri e me virei para o lado, ficando de frente para Memphis e as outras mulheres.

Hoje estamos tendo um dia de spa.

Eu estava me casando em menos de quatro horas, e as senhoras da SWAT estavam tendo um dia de mimos enquanto os homens foram pescar.

"Eu não sei do que você está falando," eu disse, passando a mão sobre minha barriga.

Dois meses se passaram desde que o Doutor Stan Jones foi formalmente acusado pela morte de quinze policiais, suas mulheres, e três dos filhos desses oficiais.

"Você sabe exatamente o que ela está falando, vadia," Geórgia disse, alongando e mexendo os dedos dos pés.

Eu sorri.

Sim eu sabia.

"Suponho que uma de nós precisa aprender sobre o controle de natalidade," falei, suspirando em contentamento, quando o homem em meus pés esfregou um ponto particularmente bom sobre o meu calcanhar.

"Ei, eu notei que apagaram o nome do Dr. Jones da porta esta manhã, quando fui para a minha consulta," Reese disse antes de tomar um gole de seu Dr. Pepper. Todos os olhos se voltaram para ela, e seus olhos se arregalaram em alarme. "Eu não estou grávida! Foi apenas a minha consulta anual, eu juro!"

Quando todos os olhos se fixaram nela, ela levantou dois dedos. "Palavra de escoteiro."

"Palavra de escoteiro é de três dedos, e não dois," respondi amistosamente.

"Bem, que seja, eu só fui a minha consulta anual. Amarrei minhas trompas depois que o pequeno diabinho chegou," Reese prometeu solenemente.

Essa era a verdade.

Seu filho era um diabinho. Aquele garoto era muito parecido com o pai.

"Sim, eles retiraram o nome dele de tudo," disse Memphis. "Novos cartões de visita impressos. Mudou os letreiros na frente. Pintaram por cima do rosto dele no muro. Atualizaram o site. Qualquer coisa com 'Jones' nele provavelmente foi queimado."

Eu não duvido disso.

Depois que o Dr. Jones foi morto, eles encontraram evidências em sua casa, ligando-o a quase todas as cenas dos crimes. As roupas que ele usava. A arma que ele utilizou. Inferno, até mesmo o cão que ele levava com ele.

Ele com certeza era arrogante, mas no final, a justiça foi feita para os agentes, as suas mulheres, e as crianças.

"Isso não é uma surpresa. Eles tiveram que beijar um monte de bunda para manter a maioria de seus clientes. A única coisa favorável para eles é que eles dominam a área. Nós teríamos que dirigir até Dallas para encontrar um médico em nossa rede," eu disse a todas.

Mercy fez um som de acordo. "O mesmo aqui. Estamos usando o seguro de Miller, e eles não aceitam qualquer outra pessoa, a menos se quisermos pagar quase o dobro por fora para rede."

Eu fiz uma careta.

"Vamos mudar de assunto para algo melhor, pois Nikki não precisa disso no dia do seu casamento" Blake bocejou alto.

Eu sorri.

"Cansada, Blake?" Perguntei, provocando.

Ela virou a cabeça em minha direção. "Sim. Aquele meu homem não se importa que as minhas horas não são as mesmas que as suas. Ele vê minha bunda no ar e quer tocá-la. Então tocando nela leva a outras coisas. E aí se vão duas horas de sono. Sono que eu precisava porque o seu bebé parece pensar que eu sou um super-herói, exigindo toda a minha energia, comida e bebida.”

"Você não terá um menino. Meninos são horríveis," disse Reese, fechando os olhos e sorrindo com carinho para algo que só ela podia ver.

"Os meninos não são horríveis. Mas eu me sinto bem," disse Lennox.

Todos nós rolamos nossos olhos. Lennox sempre pensava que tudo estava 'bem.'

Ela adorava estar grávida ... muito provavelmente porque a sua primeira gravidez foi uma brisa, apesar das complicações que ela sofreu quando foi ferida por uma mulher perturbada.

Ela só não tinha ideia o quão ruim uma gravidez poderia ser porque ela estava sempre flutuando nas nuvens com os unicórnios, sua pele brilhando e a energia ampla.

Ela ainda estava na fase 'eu tenho um teste de gravidez positivo.' Parecia estar em um flutuante, e gostava de vestir roupas de grávida.

Roupas que ela não precisava ainda.

"Ei, qual cor você está colocando?" O homem entre as minhas pernas perguntou.

"Roxo e rosa," eu disse. "Alternado."

Ele revirou os olhos.

Pietro sabia dos meus caprichos.

Eu estive vindo até ele a cada duas semanas por um ano agora.

Ele sabia tudo sobre Michael. Sabia tudo sobre a minha família. Sabia sobre o meu amor. Meu trabalho. A nova casa que Michael e eu estávamos construindo.

Uma casa que deve estar pronta muito, muito em breve, na verdade.

"Por que você sempre fica com o cara musculoso que tem boas mãos?" Perguntou Georgia, estreitando os olhos.

Dei de ombros. "Encontrei-o primeiro."

"Senhoras, senhoras. Não há necessidade de lutar por mim. Sou apenas leal a minha menina aqui," ele brincou.

"Nikki colocou seu bebê no mundo. É por isso que ele a ama tanto," Georgia informou ao resto das mulheres.

Eu fiz. Foi o segundo bebê.

Ele e sua esposa, Trudy, tinham estudado a possibilidade do parto em casa, em vez de no hospital por mais de seis meses, antes de finalmente decidirem chamar a minha mentora, Annalise, para uma avaliação.

E três meses depois, entreguei a eles seu segundo filho, como uma parteira, com Pietro ao meu lado.

Vinte minutos mais tarde, eu estava pronta e indo fazer meu cabelo e maquiagem, quando recebi uma ligação do homem que contratamos para a reforma da nossa casa.

"Você está oficialmente se casando!" Alex cantou.

Eu gritei. "Sim!"

Não tínhamos certeza se conseguiríamos fazer tudo a tempo, pois fui bastante detalhista sobre tudo.

Tive que escolher o azulejo, a pintura, a tábua para os pisos de madeira na cozinha, armários e bancadas.

Eu queria ser uma grande parte de tudo, e eu era.

O que irritou o inferno de Michael.

Ele era tudo para personalização, mas eu não acho que ele sabia onde estava se metendo quando me ofereceu o livro enorme de amostras de tinta.

Mas ele sabia agora.

"Isso é ótimo!" Exclamei. "O que você precisa de mim?"

"Nada. Estou ligando para dizer que está tudo pronto. As chaves são suas, minha querida!” Alex me informou.

Eu sorri. "Maravilhoso. Estou tão feliz, muito obrigado, Alex." Depois de desligar, liguei imediatamente para Michael.

"Adivinha o quê!" Eu disse, saltando para cima e para baixo em emoção. "Eles terminaram!

A voz suave e profunda de Michael causou arrepios através de mim. "Isso é bom, baby. Ele disse que iria fazê-lo."

Fechei os olhos e senti a alegria me invadir só de ouvir a sua voz.

De tal maneira que eu não podia esperar para envolver meus braços em torno dele.

O meu noivo e logo seria meu marido.

"Você pescou alguma coisa?" Perguntei depois que me recompus.

"Sol. Isso é fodidamente certo,” ele rosnou. "Mas esse é o caminho, certo?"

Eu concordei.

Ele odiava ir pescar, apenas pelo simples fato de que nunca pegou nada.

Ou talvez porque eu tinha muita paciência.

"Bem, eu só queria te dizer isso. Volte para pegar o seu sol," eu disse suavemente, enquanto Pietro entrava na sala com o seu enorme pacote de grampos, rolos de cabelo, e outras coisas para começar a arrumar meu cabelo.

"Tudo bem. baby. Amo você," ele murmurou.

"Amo você mais."

***


No momento em que o vi caminhando pelo corredor, um sorriso irrompeu sobre os meus lábios, e cobri minha mão com minha boca.

"Oh, meu Deus," eu disse, virando-me para a Geórgia com os olhos arregalados.

Seus olhos estavam cheios de suas próprias lágrimas de riso enquanto ela olhava para o meu homem também.

"Jesus," eu disse, balançando a cabeça. "O que diabos há de errado com esse homem?"

Ele não estava mentindo sobre ter pego sol. Ele pegou um monte dele.

Georgia bufou, e meu pai soltou um riso estrangulado.

"Vamos levá-la até ele, mel. Ele vai pensar que você não pode lidar com ele para o melhor ou para pior, se você não tiver cuidado. "

Geórgia foi a última a sair, e eu fiquei com meu pai.

"Você está linda, querida," ele disse suavemente.

Sorri para ele, vendo a verdade em seus olhos.

"Não vou a lugar nenhum," eu disse a ele. "Ainda vou te ver todos os domingos para o almoço após a missa."

Ele sorriu. "Eu sei. Você é apenas o meu primeiro pássaro pequeno fora do ninho," disse ele, passando a mão sobre o meu cabelo e alisando um cacho que tinha se soltado de um grampo.

"Nico foi o seu primeiro pássaro pequeno," eu disse, rindo.

Ele encolheu os ombros. "Nico pode cuidar de si mesmo. Você é a minha primeira menina. E você não terá mais o meu nome. Você é o primeiro pássaro que estou deixando livre."

Abracei-o e me virei para a porta agora fechada.

"Tudo bem, estou pronta," falei com um suspiro nervoso.

"Ele vai ser bom para você, querida. Você já domou a fera," disse ele antes dos organizadores abrirem as portas da igreja.

Olhei para ele, e peguei o primeiro flash de uma câmera, que capturou o momento para sempre no tempo.

"Eu sei. Mas ele domou a minha besta, também.”

Com um sorriso, ele me ofereceu o braço, e coloquei minha mão delicadamente em sua manga.

"Eu te amo, papa," eu disse a ele.

Ele se inclinou e beijou minha testa. "Amo você também, querida."

Eu já podia ouvir minha mãe chorando, bem como as minhas damas de honra.

"Jesus," meu pai disse em desespero. "É como uma festa de estrogênio aqui. Isso está me sufocando.”

Levantei minhas flores, cobrindo minha tosse com aquelas palavras, e me virei para o meu futuro marido mais uma vez.

Homem, estas fotos ficariam horríveis.

Mas eu iria usufruí-las para o resto da minha vida.

Nós finalmente chegamos ao final do corredor, e meus olhos se conectaram com os de Michael.

Mal ouvi as palavras que o padre falou, "Quem dá esta mulher a este homem?"

A voz profunda do meu pai disse: "Sua mãe e eu," e de repente eu estava nos braços de Michael.

"Michael," eu disse, tentando não rir. "Por que você não usou um protetor solar?"

Ele deu de ombros, sorrindo impiedosamente. "Eu só estava preocupado sobre quais varas de pesca eu ia usar. Não sobre qualquer coisa como filtro solar."

Levantei uma sobrancelha para ele. "O que exatamente você esperava que acontecesse?"

Ele deu de ombros e ficou em silêncio quando o sacerdote começou a dar-nos a bênção.

Olhei timidamente para o homem que eu estava a segundos de distância de prometer a minha vida, e eu sabia que isso iria sempre ser uma das melhores lembranças do mundo.

"Eu amo você, Michael," falei baixo o suficiente para que apenas ele pudesse ouvir.

"Eu também te amo," ele respondeu, sem se importar que o padre lhe deu um olhar sujo.

Ele não tinha ninguém a quem agradar, exceto eu, e o mesmo era para mim.

Nós não queríamos mais nos preocupar com ninguém além de nós mesmos e o que isso significaria para cada um de nós.

E essa é a maneira que nós iriamos fazer a partir de agora.

Ninguém precisava saber por que Michael é tatuado da cabeça aos pés.

Porque nós só viveríamos por um lema agora.

E isso era viver e deixar viver.

 

***


Cinco horas mais tarde


"Michael! Eu sou muito grande!" Gritei quando as mãos de Michael foram ao redor da minha cintura enquanto ele abria a porta. "Você vai se machucar."

Ele me ignorou, me pegando em seus braços e caminhando firmemente para dentro da casa.

"Você se esqueceu de fechar a porta da caminhonete," eu disse levemente, passando os braços em volta do seu pescoço e inclinando a cabeça contra seu rosto.

"Vou fecha-la mais tarde," ele murmurou.

"Mais tarde ... como amanhã mais tarde ... ou mais tarde, como mais tarde nesta noite?" Provoquei. "Porque agora vivemos no bosque. Não há como dizer o que vai ser na caminhonete de manhã. "

Michael sabia que eu estava certa.

Ele tinha construído esta nova casa em um lugar remoto, com absolutamente nada ao redor. Literalmente, o Wal-Mart mais próximo ficava a quarenta minutos, se é que diz qualquer coisa.

"Foda-se," ele rosnou, voltando e caminhando de volta para sua caminhonete.

"Você poderia me colocar para baixo," sugeri levemente quando um leve brilho de suor começou a surgir em sua testa.

"Estou bem, Nik. Pare de se preocupar,” ele murmurou pouco antes de bater à porta da caminhonete, fechando com a bota.

Ele bateu forte, e o barulho que fez era de quebrar ossos, então ele virou-se para voltar para a casa.

"Você realmente não parece bem," eu disse, rindo.

"Nikki," ele me deu ‘o olhar.’ "Estou bem. Posso levantar um banco de 159 quilos, o que é o dobro disso. Confie em mim, estou bem. "

"Você pode levantar 159 quilos?" Perguntei ceticamente.

"Sim," ele respondeu.

"Com as pernas?" Retruquei.

Ele me lançou um olhar, e eu calei a boca.

Não havia nenhuma maneira que ele poderia suspender 159 quilos. Isso é inédito.

Ele estava de bom humor, no entanto, então eu não o incomodaria sobre isso ... hoje.

"Como você abrirá a porta?" Perguntei quando ele chegou à porta da frente.

Um conjunto de chaves caiu no meu colo, de onde ele jogou de sua mão nas minhas costas.

"É a chave cor-de-rosa," disse ele, com um sorriso na voz.

É verdade que era rosa. Com flores roxas sobre ela.

Assumi que era minha, mas que seja.

"Por que não podemos simplesmente entrar pela garagem?" Perguntei enquanto eu abria a porta.

Ele resmungou.

"Porque tenho que entrar com você no colo. E não funciona da mesma maneira se eu a levar através da garagem,” ele murmurou, soando um pouco sem fôlego.

"Tudo bem," falei lentamente, me segurando para não dizer, ‘O que você disser, meu querido.’

Ele beliscou minha bunda assim que abri a porta, fazendo-me saltar e gritar, seguido por ele xingando.

"Apresse-se e me leve para dentro antes que eu quebre suas costas," gritei.

"Eu não vou soltá-la!" Ele rugiu.

Tive que sufocar uma risada, pois no momento em ele entrou pela porta, me jogou sem cerimônia no chão e saiu em direção da cozinha.

"Ei!" Eu disse, indignada. "Você deveria me levar até o nosso quarto e me foder!"

Não é assim que acontece nos filmes?

Meu marido não deve ter entendido a piada.

"Onde você está indo?" Perguntei, seguindo atrás dele.

"Consegui algo para comer. O jantar que supostamente tivemos estava uma merda," ouvi ele murmurando a frente de mim.

Sorri enquanto corria minhas mãos sobre as paredes.

Elas ficaram lindamente perfeitas.

Assim como os pisos e o teto.

Nós tínhamos ficado mais no estilo ‘casa americana’ em vez do moderno.

Queríamos que a nossa casa fosse quente e convidativa, e nosso arquiteto conseguiu isso perfeitamente.

Quando abri a porta para a cozinha, encontrei Michael de pé na geladeira com a cabeça dentro dela.

"Nós não temos nenhum alimento aí," murmurei. "O que você acha que vai encontrar?"

Ele saiu da geladeira com peru, queijo, mostarda, picles, alface, tomate e maionese, fazendo com que eu olhasse assustada.

"De onde veio tudo isso?" Perguntei surpresa.

Ele encolheu os ombros.

"Se eu tivesse que adivinhar, seus pais ou os meus. Seja como for, eu não me importo. Estou feliz por ter comida. Não posso acreditar que você esperava que eu vivesse com tão pouco," ele murmurou.

Ele estava certo.

A comida que tínhamos acabaram porque eu não estava preparada para a enorme quantidade de comida que todos os amigos de Michael consumiam.

Acontece que, músculos necessitam de cerca de duas vezes mais proteínas do que um adulto normal.

Quem sabia disso?

"Você faz um para mim?" Pedi, fazendo beicinho com meu lábio como bônus adicional.

Ele me deu um olhar que dizia claramente, ‘Quem você acha que eu sou?’

Levantei minhas mãos em um gesto apaziguador e dei a volta no balcão.

"Amo você, Mike," eu disse antes de beijar sua bochecha e acariciar seu traseiro.

Ele me jogou um outro olhar antes de beijar meus lábios virados para cima.

"Por que você insiste em me chamar assim, de repente?" Ele perguntou com diversão.

Dei de ombros e circulei abancada novamente para sair da cozinha.

"Eu poderia chamá-lo de marido agora, eu acho," eu disse enquanto saía da cozinha.

"Isso não é melhor!" Ele gritou às minhas costas.

Sorri enquanto caminhei ao redor da casa, verificando para ver se tudo estava do jeito que eu queria.

E estava.

Os móveis foram entregues enquanto estávamos nos casando, e enquanto o resto de nós estávamos comemorando na recepção, minhas irmãs vieram para cá e fizeram a cama, e assumi que trouxeram mais comida para nós.

Deus, eu as amava.

Especialmente quando passei pela porta do nosso quarto e vi a cama já feita, pronta para o meu corpo cansado se rastejar sobre ela.

E foi o que eu fiz.

Adormeci quase instantaneamente.


***


Michael


"Nikki," eu disse, olhando ao redor do quarto procurando a minha esposa. "Aqui está o seu sanduíche ..."

Parei quando a vi enrolada em torno de um travesseiro.

Ela tinha metade do edredom cobrindo-a, vendo como ela estava deitada sobre ele, me fazendo sorrir.

Acho que eu estaria dormindo com o lençol.

Não que eu não tivesse me acostumado.

Eu adorava dormir com Nikki, embora ela se mexesse muito.

Tive que dormir algumas vezes durante o dia na ausência dela, quando estava no turno da noite, e eu dormia como uma porcaria.

Coloquei o sanduíche na mesa de cabeceira, fui ao banheiro, tirei minha roupa azul da polícia, e escovei os dentes.

Desliguei a luz, e caminhei lentamente para a cama, saboreando a forma como sentia o novo carpete entre os dedos antes de desligar a lâmpada, puxando o cabo do ventilador de teto, e mergulhei o quarto na escuridão.

Arrastei-me para a cama com cuidado, para não acordar Nikki, embora eu não deveria ter me incomodado.

Nada acorda Nikki, nem o som de um trem de carga correndo solto para nós.

Ela dormia em qualquer lugar.

No carro.

Na minha cadeira de escritório.

No meio do jantar.

Era realmente muito agradável.

Quando me acomodei em torno dela, enrolando-a em meu corpo o melhor que pude, fechei os olhos e fiz minhas orações. Um ritual noturno que eu repetiria para o resto da minha vida.

Obrigado, Deus, pela minha esposa e meu filho que vai nascer.


CAPÍTULO 21

As únicas crianças que eu quero são doces.

-Nikki Durante as dores do parto


Nikki


"Tudo bem, Jasmine. Quando você sentir a necessidade de empurrar, quero que você se abaixe, traga os joelhos até o peito, e empurre a partir de dentro de você. Quase como se você estivesse fazendo o número... "

Ela ergueu a mão para me impedir.

Jasmine assentiu miseravelmente. "Não sei por que você me deixou sem drogas. Eu gosto de drogas. "

Minha barriga grande estava no caminho, mas não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso.

Eu era uma mulher casada por pouco mais de quatro meses, e eu estava grávida de nove meses.

Nossa menina estaria aqui muito em breve, e era em momentos como este, com outras mulheres dando à luz aos seus próprios pequenos milagres, que comecei a sentir inveja delas.

Eu sentia como se estivesse grávida para sempre!

"Eu preciso fazer cocô!" Jasmine gritou em alarme poucos momentos depois.

Sufoquei outro sorriso e me aproximei dela com o banco.

“Esse é o desejo de empurrar. Force para baixo,” instruí.

Ela estreitou os olhos para mim. "Mas e se eu ..."

Ela fez um gesto com as mãos.

Acenei uma mão desconsiderado. "Merda acontece."

Ela começou a rir, mas, de repente, começou a gritar, enrolando em torno de sua barriga e dando tudo o que tinha.

Meu próprio estômago ficou apertado junto com o dela.

"Tudo bem, mais um empurrão e a cabeça deve aparecer, " falei a Jasmine. "Tony, você quer vir pegar o bebê?"

Tony balançou a cabeça freneticamente.

Como todos os primeiros pais de primeira viagem, ele estava uma pilha de nervos, e lidar com o parto foi uma provação muito assustadora para ele.

"Tudo bem, agora é com você, Jasmine. Mostre-me o que você conseguiu..."

 

***


Duas horas depois


"Atenda, atenda, atenda," falei para o meu telefone enquanto ligava para Michael assim que deixei Jasmine com o novo membro da família.

Você tem meu correio de voz, deixe uma mensagem.

"Foda-se!" Gemi, caminhando rapidamente para o meu carro antes de acontecer novamente.

Estou sentindo essas dores regulares que sinalizavam que, eu mesma, estava prestes a ter meu próprio bebê.

Elas iam e voltavam durante todo o dia, mas só depois que Jasmine começou a empurrar que elas começaram a se tornar regulares e consistentes.

Pelo menos a minha bolsa de água ainda não tinha rompido.

Embora, isso não fosse uma boa indicação do progresso. Há algumas mulheres que percorrem todo o caminho até o nascimento antes da sua bolsa de água romper.

Minha próxima chamada foi para Doutor Mead, meu OB / GIN.

Ou para o seu consultório, de qualquer maneira.

Apesar de eu não ter o seu número de casa, eu agiria como uma mãe em trabalho de parto e ligaria para o consultório, como todas as mulheres são instruídas a fazer, quando entram em trabalho de parto.

"Alô?" Uma voz de mulher entediada veio pelos alto-falantes em meu carro.

"Sou Nikki Perez, estou em trabalho de parto," eu disse, um pouco sem fôlego.

Outra dor me consumiu, e tive que puxar o carro para evitar uma colisão.

"Como você sabe que está em trabalho de parto?" A mulher perguntou com aborrecimento.

Apertei o volante e disse com os dentes cerrados. "Porque estou tendo contrações regulares, e meu fôlego está cada vez menor a cada contração. Agora, retransmita a mensagem."

"Diga seu nome novamente?" A mulher perguntou com arrogância.

A dor finalmente amenizou, segurei minha barriga, e comecei a avançar novamente.

Eu sabia que ficaria uns bons dois minutos sem contrações, e eu poderia dirigir todo o caminho para o pronto-socorro antes que viesse outra.

“Nicole Perez, mas meu nome de solteira é Pena. Acho que você deverá procurar por esse primeiro” expliquei a ela, ultrapassando uma senhora em um velho carro Lincoln Town marrom.


“Encontrei, o Dr. Mead não está de plantão hoje, somente o Dr. Shepherd, vou transferi-la para...”

Eu a interrompi.

"Não, ligue para o Dr. Mead. Deve haver uma nota no meu prontuário. Meu marido se recusa a ter alguém além do Dr. Mead cuidando de mim. Confie em mim, ele não vai deixar o Dr. Shepherd me tocar se você chamá-lo,” expliquei rapidamente, animada ao ver o sinal vermelho e azul que sinalizava a entrada da emergência do hospital.

Entrei em uma vaga e estacionei antes da próxima dor me atingir.

"Vou tentar, mas este não é o protocolo. Ele não irá responder, se não é uma emergência...”

Desliguei na cara dela.

"Foda-se," ofeguei, procurando o Dr. Mead nos meus contatos e pressionando ligar.

"Aqui é o Dr. Mead," ele respondeu três toques depois.

"Aqui é a Nikki Pena Perez. Entrei em trabalho de parto. Estou no ER agora," falei a ele rapidamente.

"Estou indo para aí. Diga aos médicos que estarei lá em vinte minutos ou menos," ele respondeu rapidamente.

"10-4," concordei e desliguei o meu telefone.

Peguei minha bolsa e antes de sair do meu carro tentei ligar para Michael novamente. Felizmente, desta vez, ele respondeu. "Sim?"

Ele estava sem fôlego.

"Estou em trabalho de parto," falei ofegante enquanto entrava pelas portas do ER antes de outra dor quase me derrubar.

"Onde você está?" Ele perguntou abruptamente.

"No ER," disse a ele, feliz que a minha contração tinha me deixado, mas infeliz porque outra estava se aproximando, o que significava que eu estava ficando cada vez mais perto do parto. "Eu estou tendo contrações com menos de um minuto de intervalo."

Algo que provei momentos depois, quando outra contração bateu em mim.

Desta vez, eu realmente caí de joelhos, porque eu tinha certeza se não fizesse, eu iria bater o meu rosto no chão.

"Senhora, você está bem?" A voz de uma mulher chamou da porta.

Olhei nos olhos familiares de Lennox.

"Não, eu tenho certeza que estou tendo este bebê, e meu marido ainda não está aqui," disse a ela.

Então uma comoção na entrada do ER nos surpreendeu, e quando olhamos vimos Michael correndo com uma bandagem cobrindo seu olho.

"Michael!" Gritei, em pânico, quando meus olhos avistaram todo o sangue manchando sua camisa.

Michael caiu de joelhos ao meu lado, pegando-me em seus braços fortes enquanto dizia, "Estou bem."

"Isso não é algo que eu deveria estar dizendo a você?" Perguntei, levantando minha mão para olhar a ferida coberta pela bandagem.

Ele fez uma careta e me ajudou a ficar em pé, colocando os braços debaixo dos meus.

"U suspeito me bateu na cabeça com uma chave inglesa," ele explicou. "Agora me fale sobre você."

Respirei fundo quando outra dor me bateu e disse, "Estou tendo o seu bebê."

Ele sorriu.

"Geralmente, isso é o que o trabalho de parto geralmente indica", brincou ele enquanto me ajudava a sentar em uma cadeira de rodas que Lennox trouxe.

"Você tem toda a sala de emergência em um tumulto, mocinha," Lennox cantou enquanto segurava a cadeira para que eu me sentasse.

"Por quê?" Perguntei com preocupação.

O que eu tinha feito para justificar tal reação?

"Michael aqui deixou todos com medo dele. Algo que ele provou semanas atrás, quando disse a enfermeira que, sob nenhuma circunstância, ninguém, exceto seus pais, Dr. Mead ou eu tocaria em você quando entrasse em trabalho de parto sem ele estar no quarto. Sem mencionar que ele os ameaçou," Lennox riu. "Então adivinhe quem será o seu ajudante pessoal até que o Dr. Mead chegue!"

Lancei um olhar para o meu marido, mas ele deu de ombros como se não se importasse nenhum um pouco com o que todos pensavam dele.

"Por favor, ignore-o. Ele não vai incomodar ninguém," balancei a cabeça. "Além disso, estamos caminhando para a sala de parto de qualquer maneira. Então nunca veremos mesmo ninguém na sala de emergência. Como você conseguiu deixar o ER para isso? "

"Graças a Deus," Lennox disse enquanto andava comigo até os elevadores. "Tive alguma ajudar, porque o seu marido decidiu ter uma conversa com meu chefe. Ele concordou, por isso aqui estou! "

Acenei com a cabeça e fechei os olhos enquanto outra dor tomava conta de mim.

"Mais uma?" Michael perguntou, olhando para o relógio.

Concordei, sem fôlego para falar. "Sim."

"Um minuto e meio de intervalo. Peridural ou sem peridural?" Ele perguntou.

Fechei os olhos e tentei bloquear a dor... mas não consegui.

O que respondeu a pergunta que ele fez rapidamente.

Estivemos lutando sobre a questão peridural ou sem peridural durante meses, e eu lhe disse que eu teria que esperar e ver.

Ele insistiu em um plano de parto, e eu balancei a cabeça, dizendo-lhe que os bebês fazem o que querem. Não havia nenhuma lógica ou razão. A gravidez de nenhuma mulher era o mesma, e eu não poderia basear um nascimento que ainda não tinha acontecido em um palpite.

Agora, eu tinha certeza.

"Peridural," insisti com os dentes cerrados.

Senti como se meu útero estivesse tentando forçar seu caminho para fora da minha vagina.

Deus, doeu.

E eu tinha certeza que Michael estava tendo apenas uma criança, porque está porra dói.

"Um filho, Michael. É melhor você aproveitar esse,” informei a ele.

Ele sorriu. "Veremos."

“Não, não vamos. Realmente não vamos. Nunca serei capaz de esquecer como me sinto. É como se lâminas de barbear rasgassem o meu útero, e um par de alicates de ponta fina tentassem perfurar o meu órgão através da minha boc...” Michael bateu com a mão sobre a minha boca, quando as portas do elevador se abriram.

Eu estava gritando, e, aparentemente, ele não queria que eu gritasse ‘boceta’ para a população em geral.

Lennox não teve nenhum problema em ficar rindo, e como consequência, se esqueceu que deveria estar empurrando minha cadeira de rodas.

Michael, exasperado, assumiu o trabalho e empurrou-me para o posto de enfermagem, onde eles imediatamente nos deram um quarto.

"O que? Será que você os ameaçou também?" Perguntei com um olhar sobre meu ombro.

Michael sorriu. "Você nunca saberá."

Revirei os olhos.

O homem era incorrigível, e as vezes não conseguia se controlar.

"Você deixará que alguma das enfermeiras cuide de mim?" Perguntei secamente. "Você é horrível."

Michael me ajudou a subir na cama, assim que travou as rodas da cadeira de rodas, e eu suspirei de alívio em ter meus pés para cima.

"Sim, de fato ele é!" Hannah falou quando entrou na sala.

Revirei os olhos.

"Você sabe, é realmente, realmente muito estranho ter as mãos de sua irmã debaixo das suas saias."

Hannah sorriu. "Somos todos adultos aqui. Se você puder lidar com isso, eu posso lidar com isso."

Eu apenas balancei a cabeça. "Não tinha visto você neste andar ainda. Como soa perfeito você está neste turno hoje," falei secamente.

Hannah sorriu. "Na realidade, eu não deveria estar neste andar hoje. Mas estou programada para ele, por enquanto, até que você volte da licença de maternidade."

Ela me deu um olhar aguçado que dizia claramente que ela tinha conhecimento de onde eu estava hoje. Algo que eu disse a ela, mas não ao meu marido.

Corei.

Eu deveria supostamente estar em licença maternidade.

Mas quando Jasmine me implorou para continuar acompanhando-a quando recebi minha graduação, não pude dizer não.

Mesmo se isso significava que eu teria que fazer o parto do seu filho, enquanto estava eu mesma em trabalho de parto com a minha própria gravidez.

Michael não tinha percebido o que eu tinha feito, no entanto, desde que saí, enquanto ele estava no trabalho e convenientemente esqueci de dizer a ele.

"Isso é legal," eu disse, mudando de assunto.

"Certo, Hannah, verifique como ela está para que possamos ver onde estamos," Michael ordenou.

Hannah lhe lançou um olhar de reprovação. "Eu sei como fazer meu trabalho, rapaz."

Ele arqueou as sobrancelhas. "Você esteve conversando com Peek."

Hannah sorriu e ergueu sua blusa para revelar sua barriga para nós.

Ela fez uma tatuagem do nome de Reggie em seu osso ilíaco, escrito em negrito, com letras bonitas.

"Uau, isso é incrível," Lennox e eu falamos, ao mesmo tempo.

Michael sorriu. "Doeu, não foi? Eu lhe disse para não ir lá na sua primeira tatuagem."

Hannah deu de ombros. "Doeu como um filho da puta. Mas Peek me deu um tiro de Jack Daniel para me ajudar. E os manteve chegando, até que fosse concluído. Quando saí, eu mal podia ficar de pé. Tive que chamar um táxi para me levar para casa."

Ofeguei quando outra contração rasgou através de mim, trazendo a atenção de todos de volta para mim.

"Tudo bem, você sabe o que fazer," Hannah pegou uma camisola e jogou para Michael. "Ajude-a com isso, nós ficaremos atrás das cortinas. Deixe-nos saber quando estiver pronto... e o que diabos aconteceu com seu rosto?"

Tossi para encobrir meu riso.

Ela tinha acabado de notar somente agora, depois de estar no quarto com ele por dez minutos?

Michael ignorou e fechou as cortinas ele mesmo antes de caminhar até mim.

"Você está pronta para isso?" Ele perguntou suavemente, seus olhos contemplando os meus traços.

Acenei com a cabeça e ele começou a tirar minha camisa sobre a minha cabeça, seguido pelo meu sutiã esportivo.

Os olhos de Michael brilharam quando ele viu minha barriga inchada e os seios grandes, mas conseguiu ficar parado enquanto eu estava de pé, depois empurrou minhas calças de yoga sobre meus quadris, seguido de perto por minha calcinha.

Ofereci-lhe minhas mãos, e ele deslizou a camisola sobre o meu peito, cobrindo minha nudez sem contatos lascivos ou comentários.

Ele deve estar realmente com medo, pensei.

E estava com razão.

Eu estava com medo.

Realmente assustada.

Mas a coisa sobre Michael e eu era que nós dois passamos pelo inferno juntos, e saímos do outro lado.

Tivemos nossas cicatrizes.

Tivemos as nossas dúvidas.

Mas também tínhamos um ao outro, e enquanto eu o tivesse ao meu lado, poderíamos passar por qualquer coisa.

"Eu amo você, Mikey Mike," sussurrei, sabendo que tiraria um sorriso dele.

E ele não decepcionou.

Ele sorriu, os olhos brilhando. "Eu te amo mais, Nik."

"Impossível," sussurrei ferozmente.

"Nada é impossível quando se trata de você. Você me mostrou isso," disse ele, antes de pressionar os lábios macios contra os meus. "Você está pronta para isso?"

Acenei com a cabeça, tocando a atadura cobrindo o lado direito da sua testa. "Você já cuidou disso?" perguntei, sentindo outra dor chegando.

Ele assentiu. "Dez pontos."

Estremeci.

Não só porque isso era um monte de pontos, mas porque senti que essa criança estava tentando fazer seu caminho para fora da minha vagina como um pequeno Hulk.

"Peridural," insisti.

Ele sorriu e me ajudou a sentar antes de abrir as cortinas abertas.

Lennox e Hannah pararam a sua discussão, correndo até a minha cabeceira.

"Tudo bem, deite-se e me deixe sentir você."

Cobri meu rosto com a mão enquanto Hannah cobria as mãos com as luvas.

"Sente-se, tentarei fazer isso com cuidado.”

Soltei uma gargalhada quando me mexi até ficar de costas, movendo meu enorme corpo de baleia encalhada até que eu estava em posição, em seguida, abri lentamente as pernas.

Hannah não perdeu tempo fazendo a sua coisa, e eu estava grata.

"Você sabe," disse Lennox da sua posição na minha cabeça. "Nunca vi uma mulher grávida tão calma antes."

Eu não disse nada sobre isso.

Eu estava pirando, foda-se.

Michael, porém, não precisa isso de mim.

Eu tinha certeza que ele já estava nervoso o suficiente, e eu não queria que ele se arrependesse de ter um filho.

Ele não precisava de mais uma insegurança, e eu não daria isso a ele.

"Você se lembra o que eu faço para viver?" Ofeguei.

“Você está com seis centímetros e meio de dilatação. Está indo bem. Você ainda pode ter uma peridural, mas recomendo tomar essa decisão rapidamente,” disse Hannah, puxando a camisola e cobrindo meus joelhos.

Lennox sentou a cabeceira da cama, olhei para Michael e o vi olhando para a parede.

"O que é?" Perguntei a ele.

"Não posso te dizer o quão perturbador é ver os dedos de minha irmã na sua... você sabe," Michael me informou.

Eu sorri para ele.

"Você é melhor nisso, se isso te faz sentir melhor."

Ele fez um som de engasgos. "Repugnante."

Sorri enquanto Hannah jogava as luvas usadas no lixo e lavava as mãos. "Vou procurar o anestesista. Vamos acabar com a sua merda."

"Ela deveria estar falando assim?" Perguntei, os olhos fechados enquanto eu tentava respirar através de minha próxima contração. "Filho da puta, isso dói como uma cadela!"

O quarto permaneceu em silêncio por longos momentos, enquanto a minha pergunta e subsequente comentário ficou pendurado no ar.

"O quê?" Perguntei abrindo meus olhos para espreitar a reação de Michael.

Ele apenas sacudiu a cabeça. "Nada."

Lennox se ocupou em ligar o monitor, iniciou uma IV, tirou meu sangue, enquanto Michael e eu ficamos olhando para a tela, monitorando o meu progresso.

"Esse foi um dos grandes," Michael disse alguns minutos depois.

Eu resmunguei. Eu sabia o que era ‘um dos grandes.’

Simplesmente porque eu senti o filho da puta.

Mas tentei ser agradável sobre ele.

"Uh-huh," concordei, cansada.

Então, Michael e Lennox começaram a falar sobre o jargão médico que era muito avançado para o meu cérebro esgotado processar, então eu os ignorei e tentei dormir entre as minhas contrações.

Algo que percebi que não estava funcionando muito bem.

Especialmente porque duas das minhas pessoas favoritas no mundo, em circunstâncias normais, não calavam a boca.

"Vá embora," murmurei.

A conversa parou, e pedi ao meu marido para dar uma volta.

"Vá procurar a sua família e a minha. Deixe-os saber o que está acontecendo. E pare de falar sobre o meu corpo. É irritante," pedi.

Michael riu enquanto se inclinava e beijava minha testa. "Sim, senhora."

"Tudo bem, Nikki. Esta é Amy Jones, a enfermeira anestesista. Ela vai fazer a sua peridural. Este é Eddie Gonzales, ele é o anestesista que ela trabalha sob sua responsabilidade. Eles estão aqui para responder qualquer pergunta que você possa ter. Certo?"

Michael congelou em seu caminho para fora da porta, mas então comecei a ter outra contração.

"Saia para que ela possa fazer seu trabalho," pedi ao meu marido.

Os olhos de Amy seguiram o progresso de Michael, as sobrancelhas levantadas para ver a reação dele.

Michael escolheu corretamente, embora.

Ele ofereceu sua mão para os dois e disse, "Vou ligar para minha família," e saiu da sala.

"Eddie e Amy," disse Hannah. "Existe alguma coisa que vocês precisam de mim? Tenho outro paciente que está em fase final do parto.”

Amy balançou a cabeça quando Eddie olhou para ela. "Não, isso é tudo, obrigada."

Assim que Hannah deixou a sala senti Eddie se aproximando da minha cabeceira.

"Você está pronta para isto começar?" Ele perguntou provocativamente.

Eddie gostava de me provocar.

Nós trabalhamos bem juntos, trocamos farpas como dois irmãos em uma brincadeira de batalha no quintal.

Ele amava os Yankees, e eu era uma fã do Texas Rangers. O que causava choques de vez em quando.

"Bem, estou pronta para que você me provoque quanto me dá a Peridural," resmunguei, contraindo meus dedos quando a próxima dor me bateu. "Mas acho que como você é muito bom para mim, me contentarei com a Srta. Amy."

Amy não sorriu, mas Eddie sim.

"Tenho um seção de trigêmeos em cerca de quinze minutos. Sinto muito, mas ela é mais legal do que você é," ele admitiu abertamente.

Eu sorri. "Sim, isso é o que todos dizem."

Ele piscou. "Voltarei a falar com você mais tarde."

Concordei com a cabeça e o observei sair da sala.

Quando virei o meu rosto para Amy, fiquei imediatamente impressionada o quanto ela parecia diferente agora que Eddie estava fora do quarto.

Diferente como o Dr. Jekyll e Mr. Hyde.

"Você está bem?" Perguntei a ela, preocupada.

Ela foi até a porta e fechou-a lentamente.

"Você não precisa de uma enfermeira?" Perguntei. "E as suas coisas?"

Ela não respondeu enquanto fechava a cortina e voltava para mim, andando em minha direção com um novo propósito, o que deixou os meus instintos em alerta.

"Seu homem fodido," a mulher sussurrou para mim. "Ele foi bastante cauteloso pagando os médicos para que lhe dessem um pouco mais atenção, mas se esqueceu daquele que estava prestes a injetar todos os tipos de drogas em sua coluna vertebral."

Olhei para o nome dela no crachá e percebi com uma sensação de pânico, que ela tinha o mesmo sobrenome do Dr. Jones.

Seu nome era Amy Jones.

Esposa ou filha?

Eu não poderia dizer.

E por que eu nunca tinha visto antes?

Trabalhei neste andar, e tinha como uma espécie de regra conhecer todo mundo, pelo fato de ser parteira. Era muito bom conhecer os meus colegas.

"Você quer dizer a minha Peridural?" Perguntei preocupada.

Minhas mãos estavam suadas, e minhas coxas começaram a tremer quando comecei a me preparar para me lançar da cama.

Porém antes que eu pudesse, Amy Jones tirou uma arma.

"Não se mova," ela sibilou. "Eu realmente não preciso de sua cooperação. Acho que farei isso de maneira rápida."

Meu corpo congelou.

"Há oxigénio nesta sala, para não mencionar que o meu marido está do lado de fora," tentei argumentar com ela. "Certamente você sabe que você nunca sairá dessa ilesa."

Ela encolheu os ombros.

"Eu realmente não me importo. Agora eu só sei que você precisa ir embora, assim como ele, antes que eu me vá. Você será o meu último casal. Como se sente?" Ela disse calmamente, trazendo os tubos de IV que estava na minha mão direita até seu estômago.

Vi a seringa em sua mão, e sabia que ela estava prestes a me dar alguma coisa.

Que foi por isso que puxei minha mão para o lado de maneira rápida e dura, rasgando a fita, cabelo e pele conforme removia à força o cateter da minha veia.

Ela olhou para mim com desaprovação e balançou a arma em minha direção para dar ênfase.

"Eu lhe disse para não se mexer!" Ela sussurrou com força.

Coloquei-me em movimento.

Não consegui me segurar.

Não estava em mim deitar e esperar o que estava por vir.

"Ei, tenho notícias do Dr. Mead. Ele estará aqui em apenas alguns minutos. Ele foi parado por um trem em 18..." A voz de Lennox sumiu quando ela percebeu a situação em que ela entrou.

Ela olhou para mim, depois de volta para Amy antes de levantar as mãos acima da sua cabeça. "Não atire nela."

Amy manteve a arma apontada para mim, mas estava olhando para Lennox, e foi por isso que ela não me viu aproximar do cabo de emergência para ‘código azul' e puxá-lo da parede.

O alarme no meu quarto começou a soar.

E as pessoas entraram correndo.

Enfermeiros, médicos, técnicos. Michael.

A quantidade enorme de pessoas que entrou no quarto sobrecarregou Amy, que foi mais inteligente e afastou a arma antes que alguém pudesse vê-la.

Os olhos de Michael caíram sobre mim, e eu comecei a gritar.

"Ela tem uma arma!"

Amy foi rápida, no entanto.

Usando a comoção a seu favor, ela correu, contornando várias enfermeiras que estavam de pé, atordoadas.

Michael, porém, não estava atordoado.

Longe disso.

Ele a seguiu pela porta quase tão rapidamente quanto ela saiu.

Lennox se aproximou de mim, colocando uma toalha sobre ferida na minha mão que só agora percebi que estava derramando sangue no chão.

"Você está uma bagunça," ela sussurrou suavemente.

Um soluço ficou preso na minha garganta, e a dor que de alguma forma fui capaz de ignorar nesta confusão toda, me atingiu de novo dez vezes mais forte.

"Deus," falei enquanto caía.

Lennox me pegou e me moveu para a cama, e fui de bom grado.

"Sua mão está uma bagunça," disse ela, com os olhos conferindo a ferida.

Concordei com a cabeça. "Sim."

"Eu deveria ter feito o que Michael queria e não ter pedido a Peridural. Então nós não estaríamos nesta confusão agora," falei, preocupada.

Lennox começou a limpar a minha mão com um algodão embebido em álcool.

O que era ridículo, pois eu precisava de muito mais do que uma compressa embebida em álcool para limpar essa bagunça. Talvez uma toalha ou algo assim.

Então esqueci tudo sobre essa bagunça que eu tinha feito e passei a me concentrar no turbilhão que estava acontecendo entre as minhas pernas.

Queimou, mas não doeu em qualquer lugar tão forte quanto em determinada parte do meu corpo.

“Sinto que preciso empurrar," falei preocupada alguns segundos depois.

Lennox olhou nos meus olhos.

"O seu médico ainda não está aqui," ela falou, preocupada.

Fechei os olhos.

"Tudo bem," Hannah gritou. "Isto não é uma exposição. Todos para fora."

"Mas essa psicopata tem uma arma!" Uma enfermeira respondeu alarmada.

Eu queria revirar os olhos.

Eu estava preocupada se de repente eu fizesse um grande movimento e o bebê cairia para fora da minha vagina.

"Eu realmente... realmente preciso empurrar," pedi insistentemente, jogando longe os cobertores que Lennox tinha acabado de colocar nas minhas pernas. "Ou recue e pegue esse bebê, porque ele está prestes a acontecer."

Hannah enxotou o resto das pessoas e Lennox olhou para mim com olhos preocupados.

"Nunca fiz o parto de um bebê antes," Lennox disse impotente.

"Ela está sob a custódia da polícia," Michael rosnou, abrindo a porta e batendo-a atrás dele. Levou alguns momentos, mas não muito, antes dele perceber que a minha vagina estava a vista, para todo mundo ver. "O que?"

Apontei para baixo. "Seu bebê quer nascer."

Ele balançou sua cabeça. "Dr. Mead ainda não está aqui."

Se eu pudesse, teria batido nele.

"Bem, você diga isso para o garoto!" Gritei.

Os olhos de Michael se arregalaram quando ele viu algo entre as minhas pernas, e eu levei minha mão para baixo entre as minhas pernas e senti algo que definitivamente não estava lá antes.

"Eu estou coroando," falei para os três.

Desejei ter uma câmera para capturar os olhares no rosto dos três.

"Um de vocês precisa vir aqui e receber essa criança, ou vocês precisam ir buscar um médico. Agora," ordenei.

Ainda assim, nenhum deles se moveu.

Um médico. Uma PA. E uma enfermeira.

E todos os três olharam para mim com rostos inexpressivos.

Eu não posso acreditar que estou tendo que fazer isso tudo sozinha!

Meu corpo começou a fazer exatamente o que foi criado para fazer, e logo eu não podia fazer mais nada, só empurrar e esperar que eles começassem a se mexer.

Porque sério, isso fodidamente dói!

"Ahhh! Michael, tire a porra da sua cabeça do rabo e pegue essa criança!" Gritei.

Michael finalmente acordou e colocou o seu boné de médico em... ou pelo menos em pensamento de qualquer maneira.

Ele se aproximou e se colocou entre as minhas pernas, e então fez a pergunta mais estúpida da fase da terra naquele momento.

"Devo colocar luvas?"

Eu o teria chutado se não estivesse segurando às minhas pernas.

Em vez disso, fechei os olhos, empurrei, sonhando acordada com o nosso pequeno filho fora da minha vagina.

Que parecia bom na teoria, mas provavelmente não é bom vida real.

Minha mente não me importava naquele momento.

"Como é que ninguém esperou que sua família chegasse... Ahhh! Meus olhos!" Nico gritou, cobrindo seus olhos depois que deu uma boa olhada na minha vagina.

Eu ficaria envergonhada... mais tarde.

Agora, eu só poderia reunir a capacidade de cuidar, no entanto.

“Saia do caminho, hijo. Eu tenho que entrar aí!” Minha mãe gritou.

Eu também não olhei para ela.

Eu não podia.

Meus olhos estavam em Michael enquanto ele fazia coisas entre as minhas pernas que eu esperava que ele pudesse esquecer mais tarde.

Então juro para você, ele enfiou a mão na minha vagina e eu vi estrelas... e não do tipo bom.

“Owww”! Que porra é essa, Michael!” Gritei.

"O cordão estava em torno de seu pescoço," ele retumbou suavemente. "Tudo está bem agora. Empurre novamente quando você sentir a próxima contração."

Empurrei novamente na próxima contração. Mas não porque ele pediu. Porque eu precisava. Meu corpo não me deixou não fazê-lo.

"Owww, ow, ow, ow, ow," eu repetia sem parar.

"Por favor, cresça Nico?" Georgia falou, empurrando-o para fora, onde ele ainda estava cobrindo os olhos e virado em sentido oposto da minha 'grande' vagina.

Georgia veio para o meu lado e empurrou meu cabelo para trás do meu rosto. "Você está indo bem, está quase pronto," ela me acalmou.

Acenei com a cabeça, ofegante, quando a pior dor tomou conta de mim.

"Foda-se!"

"Linguagem, hija," minha mãe advertiu do meu outro lado.

Quando ela tinha chegado lá?

"Cabeça fora," Hannah e Lennox disseram ao mesmo tempo, de pé no final da cama e olhando para a criança que estava tentando sair, mas estava sendo incrivelmente lento. "Sua bolsa com o líquido amniótico ainda está intacta."

Então, de repente, com um grande alívio, nosso bebê deslizou para fora.

Michael fez um gancho com o dedo e rompeu a bolsa, e de repente pude ouvir meu bebê, que não estava muito infeliz sendo forçado a sair de sua confortável casa morna.

Por seu pai, nada menos.

"Tudo bem, Nikki! Vamos colocar esse bebê no mundo! Filho, saia do caminho!" Dr. Mead ordenou para Nico.

Quando Nico se moveu, porém, ele parou. "Bem, eu não esperava isso! Não para o seu primeiro filho, pelo menos!"

Eu sorri.

O que mais eu poderia fazer?

"Nunca vi isso antes," disse Hannah em admiração.

"Nem eu," Lennox concordou.

"Oh, meu Deus, ela é linda!" Georgia gritou baixinho ao meu lado.

"Posso olhar agora?" Nico gemeu.

"Tudo bem, vamos começar a cuidar desta placenta agora. Papai, você vai cortar o cordão?” Dr. Mead perguntou jovialmente.

Tirei os olhos de nossa filha e olhei para Michael, que estava olhando para ela com admiração.

"Sim, acho que vou," ele murmurou.

Lennox entregou-lhe os grampos para prender o cordão e, em seguida, um par de tesouras, assim que ele terminou.

Então, com o maior cuidado, ele levou a nossa menina para o aquecedor, onde uma equipe de enfermeiras já estava esperando por ela.

Observei-os juntos e me senti tão feliz que eu poderia gritar.

Após a retirada da placenta, esperei que eles me trouxessem o bebê.

Mas continuei esperando, esperando e esperando.

Pude perceber todos eles olhando para mim com preocupação, então de volta para o bebê.

Michael estava ocupado lavando-se na pia, então ele não viu o que estava acontecendo, mas eu sabia imediatamente que algo estava errado.

"O que há de errado com ela?" Perguntei com urgência. "Diga-me!"

As enfermeiras se entreolharam, e uma delas, Lucille, parou, pegou a minha filha e a transportou confortavelmente em seus braços.

Ela trouxe-a para mim, e eu a peguei, puxando-a para os meus braços como se tivessem levado o presente mais precioso para longe de mim, sem planos de devolvê-la.

No momento em que ela estava em meus braços, me senti em paz.

Ela era absolutamente perfeita.

Cabelo castanho escuro como o meu. Bochechas como as de Michael. Dedos longos de Michael. E o queixo em forma de coração como o meu.

Em seguida, ela abriu os olhos, e eu soube imediatamente que algo estava errado.

Porque toda a íris do seu olho estava coberta com uma película branca, leitosa e circular. Em ambos os olhos.

"O que há de errado com ela?" Chorei, olhando para o Michael pedindo ajuda.

Ele franziu o cenho e se aproximou, os olhos em nosso bebê, e imediatamente fez uma careta.

"Parece que é uma catarata," disse ele, passando o polegar sobre a bochecha do bebê amorosamente.

Seus olhos encontraram os meus e eles nunca pareceram mais sérios.

"Ela está bem", disse ele suavemente.

"Catarata não é bom!" Chorei. "Não está nada bem!"

O meu tom de voz elevada fez o bebê se irritar porque ela começou a chorar.

Michael imediatamente estendeu a mão e a pegou dos meus braços, e eu senti a perda como um soco no peito.

Michael trouxe o bebê até o peito e a embalou, roçando seu nariz ao longo do topo de sua cabeça enquanto suspirava.

"Olhe para mim, Nikki," ele ordenou.

Tirei meus olhos de onde sua mão segurando-a sob sua parte inferior, e olhei para ele.

Ele não parecia preocupado.

Nem um pouco.

E isso era o que eu precisava para finalmente ganhar algum controle.

"O que vamos fazer?" Perguntei em voz baixa.

Ele se inclinou e sentou-se ao lado da minha cama, passando a mão ao longo da minha bochecha.

“Deixaremos o pediatra dar uma olhada nela. Conversaremos com o meu pai. Minha mãe. Mas fazerem com todos juntos. Porque não podemos fazer nada menos que isso," ele sussurrou.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, e eu olhei para as minhas mãos. Vendo-as tremendo, respirei fundo e disse, "Eu te amo Michael. Desculpe-me por me apavorar."

Ele me puxou para o seu peito, e minha cabeça descansou ao lado de todo o comprimento do seu corpo, e eu só sabia que tudo ficaria bem.

Porque você pergunta?

Porque Michael disse que sim, é por isso.

 

***


Quatro horas mais tarde


"Então você está dizendo que ela precisará se submeter a uma cirurgia dentro dos primeiros três meses de sua vida," perguntei para o pediatra que eu meticulosamente havia escolhido dentre muitos na área do leste de Texas.

Ele assentiu. "Ter os cuidados é imperativo. Se não o fizer, pode se tornar maligno. Pode ficar do mesmo jeito. Ou pode significar que ela ficará cega para o resto de sua vida. E esta é uma correção fácil. É relativamente indolor, mas é algo que ela precisará ser anestesiada. Que é sempre um risco."

Fechei os olhos enquanto as lágrimas começaram a se formar.

"Obrigado, Dr. Rush," Michael disse, oferecendo sua mão. "Vamos nos encontrar com o médico em Dallas na próxima terça-feira, como você disse. Nós realmente apreciamos você ter saído para vê-la em seu dia de folga."

Sorri através das minhas lágrimas.

Isso foi muito agradável do Dr. Rush.

A maioria dos médicos não fazem coisas desse tipo.

Que foi por isso que eu tinha escolhido Dr. Rush, em primeiro lugar.

Trazendo meus joelhos até meu peito, virei Carolina até que ela estava descansando em minhas pernas erguidas, e olhei para ela.

Ela era tão linda.

E perfeita.

E quebrou meu coração que ela tinha que fazer essa cirurgia em uma idade tão jovem.

Mas eu não precisava me preocupar com isso agora.

Eu tinha cinco dias inteiros com minha pequena beleza, até que tivemos que ver esse médico em Dallas com ela, e eu iria amá-la com tanta força!

Michael colocou os braços em volta de mim e me abraçou contra o peito, pressionando os lábios contra a minha bochecha.

"Estou indo para casa trocar de roupa," ele falou suavemente. "E trarei a sua bolsa para que possamos ter a minha princesa vestida. Qualquer coisa que você precisa enquanto estou fora?"

Balancei minha cabeça. "Não. A não ser que você queira me pegar o número um do Whataburger13."

Ele se inclinou para trás e me deu um sorriso.

"Acho que posso lidar com isso," ele brincou.

Beijando-me mais uma vez, ele moveu os lábios para a nossa menina e os roçou sobre seu cabelo.

"As duas melhores coisas que já aconteceram para mim," ele sussurrou, em seguida, saiu do quarto sem dizer mais nada.

Pegando meu telefone, comecei a tirar algumas centenas de imagens da minha pequena beleza quando uma batida soou na porta.

Olhei para cima e sorri.

Porque na porta estava Wolfgang, ou o lobo, como eu gostava de chamá-lo, e o bebê Nathan. Embora o bebê Nathan não fosse mais um bebê. Ele era uma criança que estava cheia de interesse e amor por todas as coisas peludas.

"Wolf," eu disse suavemente, sorrindo para ele quando abriu a porta. "Entre, entre."

Wolf sorriu. "Eu teria esperado para vir vê-la, mas tenho que estar no trabalho daqui a duas horas, e eu não sabia se conseguiria vê-la antes de você sair. Como você está?"

Ele sorriu quando ele olhou para o bebê no meu colo.

"Ele fez bem," ele murmurou, um tom de dor profunda em sua voz.

Seu próprio filho teria feito seis meses apenas algumas semanas atrás.

"Você gostaria de segurá-la, Wolf?" Perguntei suavemente.

Ele engoliu em seco e olhou nos meus olhos. "Sim, se estiver tudo bem."

Estendi minhas mãos para Nathan, e ele o entregou a mim. Nathan imediatamente passou os braços gordinhos volta do meu pescoço.

"Pegue-a," eu disse suavemente.

Wolf se aproximou e pegou Carolina com mãos experientes.

"Ela é linda," ele exclamou, embalando Carolina em seu peito.

"Ela é," concordei, desviando-me do olhar devastado no rosto de Wolf.

"Como você está, Nathan?"

Nathan me ofereceu um sorriso babado enquanto brincava com o meu cabelo.

"Peixe," ele balbuciou.

"Peixe?" Perguntei.

"Essa é a sua nova palavra favorita," explicou Wolf. "Isso e copo. Parece que ele só diz o que ele quer".

Sorri lembrado que com os gêmeos de Nico também assim.

"Como vai o seu trabalho?" Perguntei suavemente.

Wolf olhou sem tirar os olhos de Carolina.

"Muito mais difícil do que pensei que seria," ele murmurou. "Acho que sinto falta do Nathan quando estou lá."

Eu sorri.

Isso tende a acontecer quando você tem filhos.

Eu tinha testemunhado isso com toda a equipe da SWAT, como essa tarde.

Todos queriam chegar em casa para seus filhos e esposas.

Todos tinham ido das cervejas no bar com os amigos para 'precisamos sair as oito para colocar as crianças na cama.'

Embora, foi agradável ver todos estes bad-boys reformados virarem homens de família.

Era assim que deveria ser.

"Você gosta do novo prefeito de Uncertain?" Perguntei. "Michael disse que vocês receberam um xerife e um prefeito no mesmo dia. Ele disse que foi meio louco.”

Wolf concordou. "Tem sido sim. Vai levar algum tempo para as coisas se resolverem."

Não fiquei surpresa.

Texas era um verdadeiro estado republicano e ter dois funcionários democratas em altas posições na cidade estava realmente causando muito rebuliço. Eu ainda estava surpresa que isso tivesse realmente acontecido.

"Copo?" Perguntou Nathan, tocando meu rosto.

Olhei para ele e sorri. "Eu não tenho o seu copo, garotão."

Nathan franziu a testa, e meus olhos foram atraídos para a cicatriz quase imperceptível em sua testa.

Ele recebeu a cirurgia plástica na cabeça cerca de oito semanas após sua entrada no hospital. Em seguida, mais quatro reconstruções foram feitas.

E eles tinham feito um trabalho maravilhoso. Tão maravilhoso, de fato, que só se sabe que algo tinha acontecido quando ele franzia a testa ou chorava.

Wolf se levantou, chamando minha atenção para ele.

Ele realmente era um grande homem.

Hoje ele estava vestido com sua jaqueta de couro que eu nunca o vi sem ela.

Ele sofreu danos extensos na parte de trás da cabeça e pescoço, o que o fez deixar o cabelo crescer mais longo do que eu já tinha visto em qualquer oficial da polícia.


Ele usava a jaqueta de couro para cobrir as cicatrizes nas costas e pescoço.

Outra coisa que fiquei sabendo por Michael.

Eu nunca tinha visto, mas quebrou meu coração saber porque ele usava.

"Tenho que ir," ele disse. "Eu só queria vê-las e saber que estava tudo bem."

Então, ele tinha ouvido.

"Não faça nada, Wolf," eu repreendi.

Seus olhos olharam para os meus, e eu pude ver a determinação neles.

"Vamos ver."

Ele colocou Carolina em meus braços e estendeu a mão para Nathan. "Não posso prometer nada, no entanto."

Olhei para o rosto doce da minha menina assim que ele saiu da sala, e cheguei a uma decisão.

Eu faria tudo ao meu alcance para ajudar esse homem a ser feliz. Mesmo se eu tivesse que jogar uma das minhas irmãs para ele.

Elas eram espertas.

"Você e eu o levarmos até lá, menina," eu disse, correndo meu dedo pela ponta de seu nariz. Ela se mexeu, e meu coração se encheu com um pouco mais de alegria.

Eu estava tão feliz que eu poderia gritar.

Eu tinha o homem que eu amava com todo meu coração.

Um bebê com esse homem.

E uma vida que eu amava.

E em poucos meses, quando a cirurgia de Carolina fosse feita, eu estaria completa.

Eu não poderia pedir mais nada.


EPÍLOGO


Senti sua falta. Vamos fazer sexo. Muito.

Pensamentos secretos de Michael.


Michael


"Você não abaixou o assento do vaso de novo," Nikki resmungou de sua posição curvada.

Ela estava enchendo a máquina de lavar louça e eu estremeci.

Eu deveria ter feito isso na noite passada. Ela pediu um milhão de vezes, e eu simplesmente esqueci.

Porra.

"E você esqueceu de tirar o lixo de novo," ela continuou.

Suspirei.

A mulher era uma bagunça.

Eu não me queixo sobre a sua incapacidade de colocar as coisas para fora.

Como a jarra de chá. Eu odeio beber chá quente.

E eu não gosto da maneira como o gelo o resfria.

No entanto, ela fez mais do que um esforço para deixá-los como eu gosto?

Não.

Então eu bebo meu chá com gelo agora, porque era inevitável ela se esquecer de colocá-lo para gelar.

E nem sequer me fale sobre a maquiagem, produtos de cabelo, secador, e Deus sabe mais o quê.

A primeira coisa na nossa programação de reforma seria uma pia dupla, para ela e para mim, porque eu não posso te dizer quantas vezes desejei que eu não tivesse que arrumar merda no balcão ao fazer minha barba ou escovar os dentes.

Eu não lhe disse nada disso, embora.

Nós tínhamos aprendido, ao longo dos últimos quatro anos, como escolher nossas batalhas.

"Eu não posso consertar o encanamento porque você comprou uma extremidade macho, e eu preciso de uma extremidade fêmea." Eu disse.

"O que você quer dizer? Qual é a diferença? " Perguntou Nikki, virando-se para me estudar.

Eu estava completamente sujo.

Estive sob a casa, consertando o encanamento que tinha fodidamente decidido entrar em combustão na noite passada.

E ela esteve me incomodando por toda a manhã para consertá-lo para que pudesse ter água corrente para a festa que estávamos dando para Madden.

Madden não tinha uma vida fácil.

Ele teve que lutar muitas batalhas, mas ele saiu por cima.

Depois que os filhos de Madden receberam alta do hospital, os três foram para um lar adotivo com Dean e Joslin, entre todas as pessoas.

Depois que o pedido de esperma do seu irmão fracassou, Joslin finalmente desistiu de ter um filho com Dean.

De fato, ela desistiu de muitas coisas.

Principalmente dos pênis de outros homens.

E com essa nova atitude na vida, Joslin se transformou em uma pessoa um pouco decente.

Joslin e Dean adotaram não apenas os dois filhos de Madden, Sophia e Tawny, mas também o próprio Madden.

Eles tinham dado Madden à oportunidade de ser apenas uma criança, ajudando-o criar seus filhos.

E a partir de hoje à tarde, ele era oficialmente um graduado do ensino médio.

"Michael, você está me ouvindo?" Nikki gritou.

Minha sobrancelha se levantou. "Sim, estou te ouvindo. Mas você não está dizendo nada que eu já não tenha lhe explicado. Cinco vezes, na verdade."

Ela estreitou os olhos para mim.

"Bem, então, talvez você deva me iluminar ... mais uma vez."

Eu sorri para ela.

"Você precisa de uma lição de anatomia?" Esclareci.

Ela me olhou com cautela.

"Não. Eu preciso que você me explique como peças de encanamento tem extremidades masculinos e femininas. "

Eu a carreguei e coloquei sobre o balcão, meu corpo suado recostando-se contra o dela.

Nikki tinha ganhado um pouco de peso nos últimos quatro anos, mas um pouco de peso que eu amo.

Na verdade, eu estava fodidamente em êxtase por ter um pouco mais dela para agarrar enquanto eu a fodia.

Algo que eu estava prestes a provar durante a lição de anatomia que eu estava prestes a dar a ela.

"A extremidade feminina," eu disse, apertando as mãos contra ela. "É mais ampla. Ela permite que a extremidade macho se ajuste perfeitamente em seu interior."

Pontuei este comentário pressionando minha ereção em seu quadril.

Ela ofegou e seus olhos se arregalaram.

"Você ... você não disse isso quando perguntei," ela gaguejou.

Inclinei-me sobre ela e liguei a água, pegando a garrafa de sabão e lavando minhas mãos por atrás das suas costas.

Ela lambeu os lábios, e eu sabia que ela tinha conhecimento do que eu estava prestes a fazer.

"As crianças estão prestes a acordar," ela hesitou quando fechei a torneira parando o fluxo de água, assim que terminei.

Eu sorri.

Minhas mãos foram para seus lados, e eu as corri por debaixo de sua camisa, empurrando-a para cima, retirando-a sobre a sua cabeça em um movimento fluido.

Seus cabelos caíram do coque que ela tinha feito em cima de sua cabeça, com um lápis, entre todas as coisas, e escorreram por suas costas e sobre os ombros.

Do jeito que eu gosto.

Não me incomodei em retirar o sutiã.

Isso demoraria muito.

Eu sabia que as crianças estavam prestes a acordar.

Eles nos davam umas duas horas, no máximo, e já tinham se passado uma hora e quarenta e cinco minutos.

A próxima coisa a sair foram as calças, calcinhas indo junto por conveniência.

"Michael," ela disse sem fôlego quando a virei e pressionei sobre a pia.

Ela agarrou a torneira, olhando para trás por cima do ombro quando abri minha calça.

"Sim, querida?" Perguntei puxando meu pau endurecido de seus limites, correndo o comprimento pelos lábios de sua boceta.

Ela ofegou e pressionou contra mim, ajudando-me a cobrir meu pau com sua excitação quando involuntariamente empurrou seus quadris.

"Veja, para consertar esse encanamento," eu disse, pressionando meu pau lubrificado contra sua entrada e empurrando. "Preciso de um macho de três polegadas. E de uma extremidade fêmea. Para obter o máximo das duas extremidades, uma não pode ficar sem a outra."

Eu poderia dizer que ela queria rir, mas estava muito ocupada gemendo quando meu pau a encheu completamente.

Meus olhos cruzaram com os dela quando ela se apoiou em mim.

"Menos conversa, mais velocidade. Estamos ficando sem tempo," ela ofegou.

Eu concordei.

Pegando o ritmo, agarrei o seu quadril e comecei a me mover dentro e fora dela.

Empurrei mais e mais rápido.

Cada vez mais forte que o anterior.

Nós trabalhamos bem juntos.

Ela sabia do que eu gostava, e eu sabia o ângulo certo que a deixaria como um foguete de garrafa.

Movendo minha mão entre o balcão e seus quadris, achei o broto de seu clitóris e comecei a circunda-lo quando aumentei minha velocidade.

"Michael," ela gemeu. "Sim!"

Apertei os meus dentes e fechei os olhos quando senti sua vagina começar a convulsionar em torno do meu pau, ou seja, eu estava quase gozando.

Ela fez isso comigo, no entanto.

Derrubou-me e me elevou novamente.

Rosnei quando minha liberação me bateu.

Calor veio derramando do meu pau e espirrou em seu interior, cobrindo nós dois igualmente, enquanto eu trabalhava dentro dela, até os últimos restos de meu orgasmo sair.

Então, na hora certa, ouvi os sons de Clayton quando ele começou a gritar a plenos pulmões por ter sido deixado sozinho.

"Merda," rosnei, estendendo a mão para puxar a toalha do suporte, onde Nikki insistiu em pendurá-lo.

"Não, minhas toalhas boas!" Ela chorou.

Mas era tarde demais.

Eu já tinha puxado e colocado a toalha em sua entrada para pegar minha liberação antes que ela pudesse protestar.

"Droga, Michael," ela resmungou, segurando a toalha entre as pernas, ofegante.

Levantei minhas mãos. "Então agora que você sabe o que eu preciso," falei, abotoando minhas calças. "Que tal você ... porra."

O meu pager tocou, e eu olhei para ele sobre a mesa, em seguida, de volta para Nikki.

"Droga!" Ela chorou quando caminhei até ele.

Estremecendo, olhei para a leitura e suspirei.

"Tenho certeza que o resto das mulheres poderá vir ajudá-la. Apenas lembre-se de não deixar correr água no banheiro principal" pedi, enquanto comecei a caminhar para o nosso quarto.

Nikki me seguiu, momentos depois, com Clayton em seu quadril e uma dureza em seus olhos.

"O que faremos se precisarmos lavar as mãos?" Ela perguntou.

Levantei uma sobrancelha para ela.

"Lave-as na cozinha. Coloque uma das dezoito milhões de garrafas de merda antibacteriana que você tem em cada superfície dessa casa. Eu não sei," eu disse, calçando minhas botas.

Ela suspirou.

"É melhor você estar aqui as oito ou vou chutar o seu traseiro," ela rosnou com raiva fingida.

Eu sabia que ela não estava louca.

Ela sabia no que estava se metendo quando se casou comigo. Ela sabia que a equipe da SWAT era uma grande parte da minha vida. E ela aceitou ... e a mim.

"Eu amo você, baby," eu disse, beijando-a suavemente na bochecha.

Ela sorriu. "Eu também te amo."

Com um último beijo na cabeça de Clay, corri para fora da casa, e encontrei meu pai e minha mãe que traziam Carolina.

"Ei," acenei, virando e seguindo para minha caminhonete.

Todos eles acenaram, e olhos azuis de Carolina me seguiram.

"Papai, onde você está indo? Eu queria te mostrar o meu gato novo! "Carolina levantou um gato de pelúcia com uma cauda enorme e macia.

Estava em uma caixa que dava para ver claramente que era da Build-A-Bear14.

Estreitei meus para os meus pais. "Nikki irá matá-los." Eles sorriram impertinentes.

Revirando os olhos, soprei um beijo para a minha menina dizendo, "Papai tem que ir trabalhar."

Ela fez beicinho, mas me mandou um beijo, no entanto.

Assim como sua mãe, ela sabia quando o papai tinha que sair para 'ir salvar vidas.

"Cuide das minhas meninas, pop," ordenei ao meu pai.

Ele piscou e ajudou minha mãe a sair do carro. "Vá meu filho. Eu o verei esta noite."


Cheguei na estação vinte minutos depois, a tempo de ver Luke e Bennett saindo de suas caminhonetes.

Encontrei com eles na porta da estação.

"O que nós temos?" Perguntei a eles.

"A cidade toda em um grande foda-se, isso sim."

Maravilhoso.

 

***


Nikki


"Mamãe, eu tenho um gato!" Carol falou no segundo que entrou pela porta da frente.

Sorri e entreguei Clay para Elizabeth e peguei Carolina no colo.

Sorri, olhando para seu novo gato.

Oh, sim," eu disse, olhando para seus olhos azuis claros, como cristal. Toda vez que eu os vejo de perto o meu coração fica apertado.

Carol nasceu com catarata, que foi removida de seus olhos quando ela tinha exatamente um mês de vida, e foi à experiência mais aterrorizante da minha vida.

Ela passou muito bem pela cirurgia, mas o horror de ver meu bebê ser levado para longe de mim foi uma tortura.

Agora, porém, ela era saudável e feliz.

E os olhos exatamente como os de Michael, com certeza tinha uma maneira de fazer meu coração derreter.

Todas as vezes.

"Sim, Grammy e Poppop gastaram cem dólares com ela. Eles disseram para que eu fosse boa com ela e a tratasse bem, porque essa foi a última vez que me levaram lá," Carol continuou.

Sorri e pisquei para ‘Poppop.'

Eles eram como dois otários.

Eu sabia, é claro, no momento em que me falaram que estavam levando Carol para o Boardwalk, que estavam me dando um toque.

Carol era minha filha.

Ela poderia comprar até cair, e fazia diariamente.

Ela poderia falar de qualquer pessoa, e qualquer coisa, e era por isso que seu quarto estava cheio de todos os tipos de brinquedos, roupas e merdas que ela não precisava.

“Ei! Solte o meu gatinho!” Carol gritou quando Clay pegou o gatinho e não o soltou.

"Carol," falei com firmeza. "Clay é apenas um bebê. Você não pode puxar as coisas de sua mão assim. Você pode machucá-lo."

Carol mostrou a língua para o irmão, que tinha oito meses de idade por isso o efeito foi perdido, e então cruzou os braços.

Eu sorri e olhei para as minhas mãos.

Ela parecia tanto com Michael quando fazia aquilo que eu mal podia suportar.

"Se vocês não se importarem de cuidar deles tenho que ir até a Lowe ... novamente ... e pegar um acoplamento para o encanamento debaixo da casa. E pegar o bolo,” eu disse, tentando corajosamente não corar e falhando miseravelmente.

"Tudo bem, querida. Não se esqueça de pegar aquela receita que você me pediu," disse Manuelo.

O sangue congelou em minhas veias congelou.

Filho da puta!

Merda!

Porra!

"Certo," falei com voz trêmula, caminhando para a mesa da frente e segurando minhas chaves em um punho apertado.

Eu estava fora do carro quando consegui puxar calmamente o meu telefone, abri a porta do meu Tahoe, e deslizar para dentro.

Quando liguei a caminhonete e comecei a dar marcha ré para sair da garagem, liguei imediatamente para Michael.

Ele não respondeu, é claro.

Eu não esperava que o fizesse.

Mas eu queria o seu correio de voz de qualquer maneira.

Este é Michael, deixe uma mensagem.

"Michael," eu disse calmamente. "Se você conseguiu me engravidar hoje de novo, eu vou te matar," Rosnei, em seguida, bati no botão do telefone no meu volante.

Isso era ineficaz, mas, no entanto, me fez sentir melhor.

Minhas pílulas anticoncepcionais tinha acabado há duas semanas, e tinha esquecido completamente até ontem que eu não tinha tomado.

Michael e eu vivemos ocupados.

Nós dois trabalhamos em horários realmente estranhos, portanto, na chance que tivemos de fazer amor, nas últimas duas semanas, eu tinha forçado Michael a usar um preservativo.

Algo que ele absolutamente detestava fazer.

Hoje, porém, eu tinha esquecido completamente.

E eu sabia, como tinha acontecido com Clayton, que ele tinha acabado de me engravidar.

Havia algo sobre Michael e suas malditas más intenções que me faziam perder a cabeça. Esqueci que não queria engravidar.

Mas Michael estava com aquele ‘pau mágico’, como meus adoráveis amigos gostavam de chamá-lo, e todas as minhas inibições voaram pela janela.

E com ele foi a minha capacidade de pensar.

Merda.

 

***


Quatro horas mais tarde, com toda a minha família e amigos em torno de mim, percebi que talvez outra criança não fosse tão ruim, afinal.

Especialmente com o quarto bebê da Geórgia e Nico em meus braços.

"Ele é simplesmente a coisa mais doce que eu já vi!"

Eu disse, esfregando o nariz ao longo da cabeça de Heath. Heath tinha duas semanas de idade, e era a própria definição de seu pai.

"Você fez bem, irmão mais velho," eu disse, sorrindo para Nico.

Nico piscou. "Eu sei."

"E tão humilde," Georgia riu.

"Nico, humilde?" Downy perguntou depois de tomar um gole de cerveja.

O grupo inteiro riu.Olhei em volta para minha grande família. Eles estavam todos lá.

Lucas e Reese com seus três filhos.

Nico e Georgia com seus quatro filhos.

Downy e Memphis com seus dois filhos.

Miller e Mercy, com os seus três filhos.

Foster e Blake com seus dois filhos.

Bennett e Lennox com os seus dois filhos.

Minhas irmãs e seus maridos e namorados.

O chefe e sua esposa.

Meus pais.

Os pais de Michael.

Joslin e Dean.

Madden e seus pequenos.

Meu marido e filhos.

Hannah e Wolf, embora, fosse uma coisa nova.

Eles estiveram conversando ao longo dos últimos anos, mas a forma como eles estavam agindo, olhando um para o outro, mas não perto um do outro, eu sabia que algo havia acontecido.

Eu só não sabia o que, mas eu tinha a sensação de que algo iria acontecer em breve. E então eles seriam tão felizes como o resto de nós.

E eu estava feliz

Em êxtase.

"Aqui está, Mama," Michael disse, entregando Clay para mim.

Ele pegou Heath dos meus braços e me entregou meu próprio filho, e eu sorri quando Michael olhou ansiosamente no rostinho de Heath.

Para um homem que não queria filhos, ele com certeza era inflexível sobre ter mais e mais.

Quando olhei em volta para todas as crianças correndo e brincando alegremente no pátio entre os seus pais, decidi que talvez outro bebê não fosse uma coisa tão ruim.

Contando que eu tivesse Michael ao meu lado, poderia facilmente ter outro bebê.

Porque eu o amava.

Com todo o meu coração e alma, e eu sabia que ele sempre estaria lá para mim.

Ele era apenas esse tipo de homem.

Um homem que sempre cuidaria de sua mulher, não importa o que fosse preciso.

Isso era amor verdadeiro..

 

 

                                                    Lani Lynn Vale         

 

 

 

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