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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


DARKNESS / Laurann Dohner
DARKNESS / Laurann Dohner

 

 

                                                                                                                                                

  

 

 

 

 

 

O chefe de Kat quer acabar com a ONE. Ela é enviada para Homeland disfarçada, mas tudo dá errado, tão logo ela passa pelo portão principal. Ela é arrastada por um enorme, poderoso e sexy Nova Espécie, mas ela não está assustada. Ele a deixa ligada e as coisas esquentam rapidamente entre eles. Agora, ela apenas espera que ele não quebre seu coração.

Darkness admira a coragem de Kat, mas ele não pode acreditar em nada do que ela diga. Ele não estivera com uma fêmea por anos, porque sabia que estava muito danificado. Ele não daria um bom companheiro, apesar do seu desejo de possuí-la de todas as formas. Darkness temia perder o controle, a única coisa que definia sua vida. Ele não acha que pode derrubar as paredes de proteção que construiu, mesmo por ela.

Informações privilegiadas: Kat nunca percebeu quão divertidas as algemas e machos dominantes poderiam ser até que ela descobriu seu lado pervertido através da necessidade por controle de Darkness.

 

 

 

 

Katrina Perkins mal conteve a raiva que se revolvia dentro dela. Robert Mason, seu chefe, sempre a fez querer pode erguer a arma e atirar no bastardo. Não era uma questão dela querer meter uma bala nele, tudo se resumia a que parte do corpo dele ela queria apontar primeiro. Era uma difícil decisão todo o tempo entre as bolas dele ou a boca grande. Ela prendeu as mãos atrás das costas para resistir à urgência de acertar ambos.

— Vou provar que aqueles bastardos Novas Espécies são criminosos. Eles usam o status soberano para fugir com essas merdas. Não mais!

Katrina assistia os passos do chefe. Ela queria colocar o pé para fora e derrubá-lo toda vez que ele compassava. Frequentemente ele divagava sobre as paranoicas e idiotas teorias de que os Novas Espécies era os reais inimigos públicos número um. Estava cansada de ouvir isso. Robert esteve em lágrimas por dias depois que ela ficou em cima dele por ordenar outros agentes a rastrear os movimentos de um homem chamado Jeremiah Boris, mais conhecido como Jerry Boris. O cara parecia ter desaparecido e seu chefe acreditava que a ONE estava envolvida. Isso parecia pessoal para Kat, no entanto, como se seu chefe conhecesse o cara ou tivesse um interesse especial.

— Vou continuar cavando até que possa provar que eles participaram do desaparecimento de Jerry, mesmo que seja a última coisa que eu faça. – Ele lançou a ela um olhar raivoso. – Ele trabalha para eles.

— Em Homeland ou na Reserva? – Kat puxou uma respiração profunda.

— Na prisão Fuller.

— Eu nunca ouvi sobre esse lugar. – Aquilo a havia surpreendido. – Como a ONE está ligada a uma prisão?

— Isso é confidencial. – Ele abaixou a voz. – De modo não oficial, é o lugar onde eles encarceraram qualquer um que costumava trabalhar para as Indústrias Mercile.

O respeito pelo chefe diminuiu ainda mais. Ela seria demitida e ele a colocaria em problemas se ela compartilhasse informações restritas do jeito que ele fazia. Kat não se intrometeu, não querendo ser parte da quebra de conduta dele. A curiosidade a puxou, no entanto, a fazendo imaginar onde estava localizada e se a ONE realmente lidava com ela.

— Jerry é um bom homem, mas ele estava com medo deles.

Kat manteve os lábios selados, se recusando a ser atraída. Qualquer um que fosse amigo de Mason não poderia ser integro. Ela imagina como ele ganhara a posição desde que ele fora transferido para liderar o departamento dela. Mason era imprudente, muito emotivo, um chute nas bolas, na opinião dela. A única explicação que Kat podia pensar era que ele beijara a bunda de algum maioral, chantageado o caminho para o topo ou era relacionado com alguém importante o suficiente para pedir alguns favores.

— Eles também fazem coisas vis com as mulheres. Acho que eles as drogam e as viciam em algo parecido com a heroína. Essa é a única razão porque as mulheres iriam permitir que aqueles bastardos enfiassem as picaretas nelas.

— Senhor, eu não acredito que isso seja verdade. – Ela decidiu ser racional novamente. – Assisti a poucas mulheres entrevistadas na televisão e não peguei nenhum sinal de que elas estavam drogadas.

Ele a olhou fixamente.

— As pupilas delas aparentavam estarem normais, as fala limpa e os movimentos fluidos. – Ela explicou, relembrando o que tinha visto. Sinais de drogas eram facilmente claros a qualquer agente.

— Talvez seja uma coisa hormonal. – Seu superior resmungou, recomeçando a andar. – Você sabe, tornando-as malucas. Alguém deveria ser insana para permitir que um daqueles animais a tomasse. Isso é doente. As mulheres poderiam muito bem ficar de quatro na frente dos seus cães e apenas evitar a ONE completamente.

Kat flexionou os dedos, que estavam quase alcançando sua arma novamente, e odiou seu chefe com paixão. Ela levou aquele insulto pessoalmente.

— Não é culpa deles, o que eles são, senhor. Eles foram criados pelas Indústrias Mercile e não tinham nada a dizer quando alguém misturou os genes deles. Foi contra a vontade deles. Eles são vitimas.

— Certo. Você tem um cachorro. – Ele olhou para ela. – Você é amante de animais. Você provavelmente quer protestar pelo procedimento de matar cachorros que matam pessoas quando atacam.

Isso depende de quem eles matam. Eu recompensaria um cachorro com o mais suculento bife se ele mordesse sua bunda. Não vou esquecer sua menção sobre mulheres que possuem cachorros também.

Ela o assistiu silenciosamente. Nada bom poderia sair da boca dela naquele ponto e não queria ser colocada em suspensão por insultar seu superior. Kat se esforçou para balançar a cabeça, a resposta apropriada, quando percebeu que era a que ele esperava.

— Vou colocar você em uma missão, agente especial Perkins. – Um brilho iluminou os olhos de Mason. – Estou enviado você a Homeland, disfarçada. Você vai descobrir os segredos deles e expor aqueles bastardos animais por o que eles são. Também quero que você localize informações sobre Jerry Boris. Ele é provavelmente um prisioneiro lá. Você vai ajuda-lo a escapar, se o localizar.

— O quê? – Surpresa passou por ela.

— Você é perfeita para essa missão. – Ele acenou. – Você é muito atraente, vão cair sobre você como abelha no mel. Você parece muito feminina, então eles não irão perceber o quão difícil você é. – Ele gargalhou. – Você será muito útil.

Kat engoliu um protesto.

— Você é o homem certo para o trabalho. – Mason se aproximou e segurou-a pelo ombro. – Eles irão pensar que você é um quente par de seios, mas nós dois sabemos o que você realmente é.

Ela estava muito atordoada para até mesmo socar o filho da puta pelo que ele dissera. Ele está perdendo a porra da mente? Isso não a surpreenderia, pelo menos.

— Eu fiz uma verificação completa de seus antecedentes, não há razão para alarme. Você parece um pouco pálida, mas é perfeita. Sou o único que sabe seu segredo. Temos um inferno de coisas em comum, Perkins. – Ele piscou e a sacudiu um pouco.

Mason a chamando de homem com um par de seios subitamente pareceu pequeno em comparação ao novo insulto. Eles não tinham similaridades. Os dois trabalhavam para o FBI, no mesmo prédio, mas era ai que as conexões acabavam. Ela também não tinha ideia do tipo de segredo que ele falava.

— Aqueles animais bastardos irão querer te foder, mas você é imune a eles. Tenho certeza que sua namorada vai entender que você está em uma missão. Ambos somos os homens em nossas famílias e eu apenas digo a minha namorada como isso é. Preciso que você finja ser uma mulher de verdade enquanto estiver lá. Espero que isso não seja difícil para você. Inferno, em uma piscadela eu poderia fingir achar um homem atraente, então estou confiante de que você vai jogar direitinho.

Kat olhou para Robert Mason e apenas acenou, entorpecida. O idiota pensava que sua colega de quarto e melhor amiga de longa data era sua amante. Ela teve que batalhar

com a urgência de rir na cara estúpida dele. Oh, isso é apenas impagável. Espere até que eu conte a Missy.

— Sim. – Ela finalmente se recuperou. – Eu posso fazer esse tipo de coisa,

— Vamos derrubar esses bastardos. – Ele piscou.

Kat subitamente imaginou o que aconteceria quando os planos explodissem na cara dele. Mason teria que explicar ao chefe o porquê de estar gastando dinheiro e recursos. Ela tinha que seguir ordens, mas isso não significava que não poderia escrever um relatório detalhando o quão errado e irracional Mason havia se tornado. As suspeitas dela foram confirmadas. Ele conhecia Jerry Boris de alguma forma e a estava enviando para Homeland por razões pessoais. Ele iria perder o emprego no final, ela teria certeza disso.

— Eu adoro pregar idiotas na parede. – Ela sorriu e então fechou a boca. Como você.

 

Darkness olhou para o espelho. Vapor preenchia o pequeno banheiro pela água correndo, mas ele permanecia parado lá, ao invés de estar sob o jato d’água. Um pouco de sangue seco marcava uma bochecha e sua testa.

Ele olhou para baixo, para as mãos, onde ele agarrou a borda da pia. Uma junta estava inchada com a força do soco. Jerry Boris estava vivo, mas precisava de atendimento médico. Parte dele se arrependia por não ter matado o bastardo, outra parte estava surpresa que ele fora capaz de parar. A porta se abriu atrás dele e virou a cabeça para olhar para a fêmea.

— Eu queria ver como você estava. – Ela sussurrou.

— Estou bem, Bluebird. – Ele não viu horror no olhar dela, apenas tristeza e preocupação.

Ela hesitou antes de caminhar no banheiro e fechar a porta atrás dela.

— Eles o enviaram para o Centro Médico. Você fez o que tinha que fazer. A força tarefa vai montar um time e colocar o local sob vigilância. Eles querem mais fatos antes de recuperar a Presente. A pessoa que tem ela pode ter mais homens e eles querem localizá-los e entrar com tudo, no caso dela ter sido movida, se ela estiver viva.

— Obrigado. Vou tomar um banho e então vou retornar ao meu posto. – Ele se afastou da pia, alcançando a camisa ensanguentada para removê-la.

— Você quer ajuda? – Ela não saiu.

— Eu posso me banhar sozinho. – A oferta o atordoou e ele deslizou o olhar de volta na direção dela.

— Você quer companhia? Eu sei que foi duro para você, mas ele se recusou a quebrar. Algumas vezes a violência é a única solução.

— Como é que você sabe? – Ele lamentou as palavras tão logo elas saíram dos seus lábios. Não era culpa dela que o interrogatório acabara daquele jeito. O humano havia se recusado a entregar a localização da Presente até que foi forçado a se decidir por sua vida. – Me desculpe isso foi desnecessário.

— Você é gentil, Darkness. Você tenta esconder isso, mas eu sei que você não gostou de machucar aquele humano. Você não pode sair da sala rápido o suficiente uma vez

que ele disse o que precisávamos saber. Tive que me controlar para não força-lo a falar. Você provavelmente salvou uma vida. A Presente talvez seja recuperada por causa de suas ações.

— Espero que sim.

— Eu poderia fazer você esquecer o que aconteceu. – Ela olhou para o corpo dele.

— Você poderia me distrair por pouco tempo, mas eu nunca vou esquecer.

— É muito duro consigo mesmo. – Ela olhou dentro dos olhos dele.

Darkness se manteve quieto, não querendo dizer a ela que merecia.

— Você é. – Ela insistiu. – Não sei muito sobre seus antecedentes porque você não fala sobre isso, mas eu percebi que foi mais difícil do que a maior parte de nós enfrentou. Quer conversar? Não vou repetir nada do que você disser. Você deveria ter alguém para colocar pra fora. Esta é uma parte importante do processo de cura.

— Algumas feridas são muito profundas. – Ele murmurou.

— Isso não ajuda quando você não vai nem mesmo tentar. – Ela se aproximou. – Deixe-me acalmá-lo. Estou oferecendo amizade e conforto.

— Eu agradeço, mas sexo não é o caminho.

— Tudo bem. – O queixo dela se ergueu. – Não precisamos compartilhar sexo, mas você poderia conversar comigo.

— O que você quer saber? – A raiva surgiu, mas ele a sufocou. As intenções de Bluebird eram boas, ele aceitava e confiava nisso. – Fui treinado para matar e a violência que você enfrentou foi apenas o começo do que enfrentei. Isso me fez congelar por dentro. Me recuso a permitir que alguém se aproxime.

— Então você sabe qual é o problema. Mudança. Somos livres agora para fazer qualquer coisa possível, se quisermos isso.

— Não quero depender dos outros ou me preocupar demasiadamente sobre nada. Gosto de estar entorpecido.

— Você se preocupa com os Espécies.

— Eu o faço, mas há uma linha que não vou cruzar. – Ele apontou uma linha no chão entre eles. – Aqui está uma. Preciso me banhar e voltar ao meu posto. Agradeço sua oferta, mas eu declino. Não leve isso de modo pessoal. Não é.

— Não sou do seu tipo? Todo mundo tem uma preferência. As Presentes te apetecem? Ou talvez uma das primatas? Estamos cercados de humanos, também. Elas são pequenas e mais suaves que as fêmeas Espécies. Posso falar com algumas delas para descobrir se alguma delas está interessada em compartilhar sexo.

— Não importa o tamanho ou força, Bluebird. É qualquer mulher.

— Você prefere machos? – Os olhos dela se arregalaram, ela respirou fortemente. – Não sei de nenhum que é sexualmente atraído por outros de nós. Podemos ver se um dos empregados são, no entanto.

— Mas que droga. - Darkness correu os dedos pelos cabelos, esquecendo que estavam ensanguentados. Ele precisava cortá-los, quase estavam tocando seus ombros, mais longos do que ele gostava, e eram quase outra lembrança do passado do qual ele queria distância. – Não é isso tampouco. Você é a segunda pessoal que me pergunta isso, sou atraído por fêmeas. É só que...

— O quê? Termine o que ia dizer. Eu não vou julgar.

— Eu não quero sentir tanto novamente e fêmeas são uma fraqueza. – Ele deixou as mãos cair ao lado do corpo e suspirou. – Eu confiei uma vez e a pessoa com quem eu me importava pagou o preço. Algo dentro de mim morreu e não estou sofrendo sua perda. Gosto de ser solitário e no controle. Sou livre e essa é minha escolha.

— Você nunca se sente solitário, no entanto? – Bluebird aceitou com um aceno. – Deseja abraçar alguém ou ser tocado?

— Não. Isso é apenas uma lembrança do passado. O único momento em que sou completamente livre é quando estou sozinho.

— Lamento pelo que foi feito com você, Darkness. – Ela olhou para ele. – Apenas saiba que nos preocupamos com você e se você algum dia mudar de ideia, tudo o que tem que fazer é se aproximar. Nós estaremos lá.

— Obrigado. Isso significa muito.

Bluebird se virou, mas pausou na porta para olhar por sobre o ombro.

— Ninguém vai te culpar se você terminar com essa merda e for para casa. Isso foi intenso para todos.

— Eu sou diferente. – Ele relembrou a ela. – Dê-me quinze minutos e vou estar de volta no uniforme.

— Você é teimoso. – Ela sorriu apesar disso. – Você tem meu respeito.

Darkness a assistiu ir embora e se despiu do resto das roupas. A última coisa que queria era ir para casa e ouvir o silêncio. Ele odiara cada momento dentro da sala de interrogatório. Boris fora um verdadeiro filho da puta que mereceu cada coisa que havia feito, mas o fato de que ele tinha gostado de infligir dor no pedaço de merda não caiu bem nele.

Ele esfregou a pele e lavou os cabelos, levou apenas dez minutos para se vestir e voltar para a Segurança. Darkness olhou ao redor, mas ninguém parecia surpreso ou desconfortável por sua chegada. Bluebird foi a única que sorriu do seu assento na frente das telas dos monitores que providenciavam imagens ao redor de Homeland.

— O que está acontecendo?

— Nada demais. – Flame respondeu. – Apenas permitimos que dois caminhões entrassem para entregar os suprimentos de comida. Justice terminou um encontro com uma repórter, dando uma história nossa e ele tem outra vindo até ele em quinze minutos.

— Pobre bastardo. – Darkness murmurou.

— Estou feliz que não sou o cara que vai responder a todas as questões. – Flame acenou em simpatia. – A força-tarefa saiu para se reunir na sede. Quer saber o que temos? – Ele apontou para os dois machos do outro lado da sala, com a atenção fixada nos computadores. – Eles estão rastreando toda informação que podem consegui sobre o nome que Boris nos deu.

Darkness não queria estar envolvido. Ele tinha obtido a localização da Presente, não era seu trabalho ir atrás dela. Gostava de ficar nas terras da ONE.

— O que mais está acontecendo?

— Nada mais. – Flame segurou um aparelho eletrônico portátil, rolando-o enquanto lia. – Ah, o novo instrutor está a caminho e vai chegar logo.

— Que instrutor? – Ele pestanejou.

— Um forense. – Excitação enlaçou a voz de Flame. – Tiger pediu alguém para vir nos ensinar sobre os procedimentos policiais para pegar evidências. Isso vai ser divertido.

— Divertido? – Darkness arqueou uma sobrancelha.

— Você não assistiu aqueles seriados na televisão? Vamos resolver crimes antes que você saiba disso. Estou olhando para o futuro para aprender como pegar impressões digitais.

— Que crimes? Isto é Homeland. É com o mundo lá fora que precisamos nos preocupar e a força-tarefa lida com isso.

— Tiger perguntou o que íamos gostar de aprender e votamos em um instrutor de ciência forense. – Um pouco da alegria desapareceu das feições de Flame.

Arrependimento pulou dentro de Darkness. Ele não queria acabar com as coisas boas para os outros machos.

— Eu não assisto muito televisão, mas tenho certeza que é muito interessante se isso ganhou por maioria de votos. Vou ter certeza de parar para checar isso. Talvez eu possa aprender algo novo e tenho certeza que vou encontrar as matérias úteis.

— Isto é fascinante. – Flame sorriu.

— Vou aceitar sua palavra sobre isso. Onde o instrutor vai ficar? As acomodações humanas estão prontas? Os antecedentes foram checados?

— Foi de último minuto, mas tenho certeza que estamos com isso.

— Cheque duas vezes.

— Okay. – Flame se apressou.

A porta se abriu e Breeze entrou, ela sorria enquanto se aproximava dele.

— Bom trabalho, fodão. Eu ouvi que você quebrou aquele filho da puta e o fez guinchar como o porco que ele é. – Ela parou, erguendo a mão acima da cabeça.

Ele olhou para ela, pestanejando.

— High Five. Bata aqui.

Darkness se recusou a bater a palma na dela.

— Estraga prazeres. – Ela murmurou, abaixando o braço. – Me apresentando para o trabalho. Sei que estou uma hora adiantada, mas estou entediada. Algo está acontecendo?

— Coisas típicas. Entregas, repórteres e um novo instrutor.

— Maravilha. – Ela sorriu. – O forense? Mal posso esperar. Fiz uma lista de questões que quero perguntar, começando com o porquê demora tanto para pegar os resultados toxicológicos depois de uma autopsia. Sabia que pode demorar semanas?

— Não.

— Ele já está aqui? Assim que poderia pegar o cérebro dele.

— Ele está a caminho a qualquer momento.

— Ótimo. Eu vou servir e trabalhar no portão. – Breeze caminhou poucos passos antes de se virar, um sorriso no rosto. – Odeio vestir o colete, mas não quero que os humanos se apaixonem por mim. Eles não podem lidar com tudo isso. – Ela piscou antes de desaparecer dentro de uma das salas.

Os cantos de sua boca se ergueram, mas Darkness se recusou a rir. Breeze sempre surpreendia, dizendo coisas escandalosas. Ela deixava todos à vontade – um presente raro. O seu foi incutir medo nos outros. Aquela observação apurada escureceu sua disposição enquanto cruzava a sala, vendo os monitores.

— É um dia calmo para os protestantes. – Bluebird anunciou.

— Bom.

A porta se abriu novamente e Trey Roberts entrou. O humano líder do time da força-tarefa olhou ao redor, finalmente encontrando sua figura e se aproximou. Darkness se tencionou.

— Estava procurando por você.

— O humano morreu pelos ferimentos?

— Idiotas como ele não morrem facilmente. – Trey sacudiu a cabeça. – Estou aqui para trabalhar com os caras para procurar por mais pistas sobre nosso alvo. Tim quer que alguém transmita as informações enquanto ele está planejando um plano de ataque com o resto do time.

— Eles estão trabalhando logo ali, sinta-se em casa. Sabe onde a geladeira e a máquina de café estão localizadas.

— Vocês Novas Espécies me viciaram em cafeína.

— Isso é uma reclamação?

— Inferno, não. Apenas uma observação. Vou me fazer útil e sair do seu caminho. Bom trabalho lá. Tim talvez não tenha dito, mas eu vou.

Darkness assistiu o humano se juntar aos dois machos nos computadores antes de se virar e ir para a sala onde eles mantinham os equipamentos. Ele colocou uma roupa a prova de balas, pegou um colete e foi lá para fora.

Ele subiu a escada para a passarela perto do topo da parede e olhou para cima enquanto erguia a arma, suas intenções de parecer intimidador. Um olhar mostrou a ele dois carros e uma Van na linha, esperando para serem revistadas antes de entrar no primeiro portão. Ele suspirou. Era chato andar na parede, mas era melhor que olhar para o teto a partir de sua cama.

 

Katrina estava excitada enquanto dirigia através do primeiro conjunto de portões de Homeland e bateu no botão que baixava os vidros da sua janela. Ela já colocara a identificação para fora, já tendo mostrado para o primeiro guarda. Isso passou por uma inspeção, sendo uma licença oficial. Ela também tinha antecedentes completos disfarçados. Um segundo guarda se aproximou do lado da janela do motorista.

Á fascinava que todos os oficiais da ONE estavam completamente cobertos, desde as botas de combate até as mãos enluvadas e viseiras coloridas. Ela estudou a pessoa intensamente, mas não pôde ver um pedaço da pele dele. Os ombros amplos, o corpo alto e os braços musculosos implicavam que ele era um macho, mas ela não tinha ideia se ele era humano ou Nova Espécie. Era uma tática brilhante para prevenir que os protestantes ou potenciais ameaças distinguirem a identidade exata de cada guarda.

— Olá. Sou Katryn Decker, mas pode me chamar de Kat. Sou do laboratório de crimes em Bakersfield. Sou a consultora.

Ele aceitou a licença dela e tocou no aparelho de comunicação colocado em sua orelha, ele falou suavemente o suficiente para que ela não pudesse ouvir suas palavras. Isso era um processo para verificar a identificação dela, uma vez que era esperada em Homeland. Kat olhou para os portões que se fechavam atrás dela e olhou para o segundo a cem metros na frente dela. Havia um espaçoso caminho separando os lados do seu carro alugado da guarita e mais paredes.

— Então, vocês têm muitas pessoas no primeiro portão, passando um veículo por vez, e checam novamente eles nesta área? – Ele deslizou a luva acima do lado do comunicador, mas não disse nada. – Desculpe, estou apenas curiosa. Sou de um laboratório de crimes, lembra?

O guarda soltou o fone de ouvido e estendeu a licença de volta.

— Você precisa sair e deixar o motor ligado. Nosso pessoal vai levar seu carro e então precisamos te revistar, uma fêmea irá fazer isso. Apenas se afaste do seu carro e ela vai

se encontrar com você. – Ele apontou para as marcas que haviam sido pintadas no asfalto.

Kat aceitou a licença e foi para frente. Ele colocou em ponto morto no centro do espaço, isso fazia sentido. Eles tinham uma sala para colocar o veículo e era uma boa área vazia se alguém dirigisse com explosivos dentro. Ela colocou o carro no estacionamento e deixou o veículo.

Um segundo guarda caminhou para fora da proteção e se aproximou. Kat observou a pessoa da cabeça aos pés – a roupa exatamente igual, sem marcas únicas, identidade genérica. A figura era alta e magra, mas podia-se notar menos ombros e massa nos braços, os seios da mulher estavam escondidos sob a roupa. Ela não poderia adivinhar o sexo dela se não tivessem dito a ela para esperar uma mulher.

O coração de Kat bateu mais forte com a excitação de ter uma interação com uma das mulheres Nova Espécie. Elas eram guardadas e não se sabia muito sobre elas, nenhuma fotografia foi tirada e ninguém sabia como elas se pareciam. Ela sorriu.

— Por que você está tão feliz? – A figura pausou a poucos passos dela, a voz era um pouco rude, mas definitivamente era de uma mulher.

— Estou apenas feliz de estar aqui. Estou ansiosa para conhecer os Nova Espécie. Sou Kat Decker, do laboratório em Bakersfield.

— Fui avisada sobre quem você é. Estamos ansiosos por suas aulas. – O tom dela se suavizou. – Eu amo as séries de crimes.

— Não é exatamente do jeito que você vê na TV. Aqueles shows tem um monte de equipamentos de alta tecnologia que nós realmente não usamos.

— Oh.

— As aulas serão divertidas, apesar disso. Gastei dois dias olhando coisas para ensinar. – Kat não queria desapontar a ONE. Ela poderia estar lá sob falsas pretensões, mas ela havia decidido fazer disso mais. Robert Mason poderia beijar sua bunda, ao invés disso, se ela ia seguir as ordens exatas dele. Ela via isso como uma espécie de férias, uma onde ela teria interação com Novas Espécies e compartilharia alguns dos seus conhecimentos em como combater as últimas tendências do crime.

— Nós não assustamos você?

— Apenas se você planeja chutar minha bunda, porque todos vocês parecem estar em ótima forma.

— Sou Rusty. – A Nova Especie alta riu.

— Seria ruim te oferecer um aperto de mão?

— Não. – Rusty ofereceu a mão enluvada.

— ONE é a sigla para Organização Novas Espécies, certo? – Kat sacudiu a mão.

— Quando no uniforme, também significa Oficial Nova Espécie. – Rusty acenou. – Faça sua escolha, somos bons em nos adaptar.

— Muito legal.

— Preciso te revistar. Você se incomoda em se virar e assumir a posição?

Kat se virou e separou as pernas, ela alcançou os bolsos da frente e removeu os cigarros e o isqueiro. Ela os deixou no teto do carro para clara verificação. Isso era uma lembrança de por que ela havia vindo para Homeland e quão dividida ela se sentia sobre isso. Fumar era um péssimo hábito que ela voltava quando estava muito estressada na vida. Ela separou os braços abertos e colocou em cima do carro. A revista foi realizada e Rusty até mesmo checou seu maço de cigarros e o isqueiro, os devolvendo quando ela terminou.

— Preciso checar sua bolsa agora.

Kat entrou no carro para pegá-la. Rusty colocou a bolsa de mão sob o capô do carro e cuidadosamente procurou dentro enquanto Kat assistia.

— Aqui vamos nós. – Rusty disse enquanto tentava devolver a ela.

— Posso fazer uma sugestão? – Kat se recusou a pegá-la, perguntando ao invés disso.

— Claro. – Rusty acenou.

Kat aceitou a bolsa e a colocou de volta ao capô, ela chamou Rusty para mais perto.

— Você não quer apenas examinar o conteúdo. Você precisa procurar na bolsa como um todo. Estou aqui para ensinar seus oficiais os últimos truques de criminalística e esse é um deles. Coloquei algumas coisas dentro da bolsa para ver se vocês as encontrariam. Você perdeu isso. Veja.

Kat colocou as coisas para fora e então entregou a bolsa de volta para Rusty.

— Sacuda a bolsa, sinta cada parte.

Rusty fez isso e se tencionou, Kat se afastou.

— Os dois lados de dentro possuem facas falsas, são de plástico. Elas não são afiadas, mas poderiam ser. Correr um detector de metais na bolsa não iria funcionar para encontra-las. Também coloquei um tubo de água ao longo do fundo da bolsa que provavelmente foi confundido com o acabamento. Isso poderia conter um veneno, uma arma biológica ou um gel explosivo que poderia ser ativado com o isqueiro que você devolveu para mim. Você tem que sentir cada parte ou algo que você está procurando e investigar cada parte inconsistente. Nunca permita que nenhuma substância passe pela segurança, mesmo que você acredite que é apenas água. Sua melhor opção é colocar bolsa e malas em um local separado quando vocês tiverem visitantes. Levem as coisas deles para longe deles quando entrarem e retornem com elas quando eles saírem.

Rusty descobriu as linhas escondidas e removeu os objetos. Ela acenou.

— Eu vejo. – Kat acenou. – Eu poderia ter matado alguém se eu fosse um cara mal.

Gritos subitamente irromperam da direção do portão da frente. Kat se virou a tempo de pegar uma Van com janelas pintadas partir ao redor da linha próxima aos carros esperando para entrar em Homeland. Isto quase bateu em alguns protestantes antes de bater contra aqueles veículos, a grade havia sido modificada em um aríete. Ela pegou um olhar do que parecia ser dois pacotes nela. Aqueles pacotes explodiram com o impacto com os portões. As dobradiças se soltaram e isso caiu no pavimento.

Choque a imobilizou por preciosos segundos enquanto a Van tentava dirigir sobre a barreira de metal caída. Os guardas ao longo do topo das paredes abriram fogo, as balas deles ricochetearam nos lados do veículo. Rusty pegou Kat e ambas caíram na grama próximas ao carro dela.

Kat ergueu a cabeça e tomou o desdobramento infernal. Duas das vans ficaram enfiadas nos portões danificados, mas não demorou para que estivessem livres. Elas se afastarem e então dirigiram mudando as barras e avançaram novamente. Uma parte do portão aguentou, mas estava quase limpo ali.

A vista muito perto para ser confortável, que ela tinha não revelou nenhum sinal de mais explosivos colocados na frente. O motorista estava provavelmente querendo usar o poder do motor e forçando uma brecha no segundo portão, mas o carro alugado dela estava no caminho. Ele tinha que dirigir ao redor dele e isso o atrasaria muito.

Kat se virou para olhar para a mulher Nova Espécie que a havia levado ao chão, um olhar revelou que Rusty estava bem e os soldados Novas Espécies estavam avançando quando a van bateu no carro dela. O motor continuava funcionando. Ela ficou de joelhos e engatinhou até a porta aberta do carro, puxando o freio de mão e o acionando. Isso não iria parar a van, mas iria fazer o empurrar do seu carro um pouco mais difícil.

Kat saiu do carro, deslizando na bunda, um instante antes que ele fosse empurrado. Sua atenção se fixou na van. Balas continuavam batendo nela, não fazendo nenhum dano, exceto pelo que parecia algumas poucas marcas.

— Corra! – Rusty gritou. – Siga-me.

Kat virou a cabeça enquanto a Nova Espécie ficava de pé. Ela ergueu a arma, mas não atirou na van. Kat reagiu, seus anos de treinamento assumindo antes que ela pudesse pensar. Ela tomou a arma da mão de Rusty, ergueu e puxou a trava.

— Atire nos pneus. – Kat gritou.

Ela atirou no para-brisas onde viu os dois homens sentados. Os dois usavam roupas de assalto com as faces completamente cobertas. A janela do veiculo permaneceu, o que significava que ela não poderia causar nenhum dano, mas eles também não. Movimento na traseira da van a assegurou que lá haviam mais bastardos. Ela avançou, ignorando as balas, esperando que os guardas nas paredes não a marcassem como alvo.

O motorista virou a cabeça quando ela parou próxima a porta dele. Ela puxou com uma mão, mas estava travada. Ela pegou a arma com as duas mãos. Ele pressionou sobre o pedal, pneus guinchando, e o cheiro da borracha queimada a assaltou enquanto ele empurrava o carro alugado poucos metros. Kat se moveu com isso e escaneou a porta por uma brecha. A trava estava exposta, então ela atirou nela. O tiro pareceu surpreender o motorista e ela talvez o tenha atingido, mas a bala não faria muito dano com a roupa que ele usava. Ela abriu a porta e procurou por dois pedaços de pele reveladas na garganta dele quando ele olhou para o lado dela e cometeu o erro de olhar para a parede, erguendo a cabeça. Ela atirou.

O passageiro se virou para pegar o rifle de assalto militar para atirar nela, mas se travou no centro da divisão, entre os assentos. Ela atirou nele, mas a bala não acertou o rosto dele. Ele não se afastou. O motorista se sacudiu, sangue escorrendo das roupas dele. Ele não estava usando um cinto. Kat agarrou uma das alças do colete dele e abriu com força, ela se virou enquanto ele caia, colocando o lado dela contra a van, fora da linha do passageiro. O motorista caiu no chão enquanto ela o soltava.

Balas caíram na porta aberta ao lado dela e ela sabia que se ela procurasse atirar no passageiro novamente, ele iria acertá-la. Ela se focou no homem morto aos seus pés, ela se curvou, tomando cuidado para se manter fora da porta aberta da van ainda funcionando, mas ela não estava mais se movendo para frente. O carro dela impedia isso. Kat ergueu a arma livre do aperto e pegou dois objetos que pareciam granadas.

Ai, caralho. Eles não estavam de brincadeira. Ela deixou as armas na grama e pegou os dois explosivos. Eles eram caseiros, pelo que ela achava, mas pareciam mortais. Kat não tinha tempo para ponderar o tempo exato para o que eles planejaram ou o que iriam fazer. Ela sentia que os outros assaltantes iriam sair em qualquer segundo e atacar, viu os relógios e usou os polegares para ativá-los, rezando para que eles não detonassem instantaneamente. Ela se arriscou a se expor quando os jogou para dentro e se projetou para deixar a porta. Ela bateu isso fechada, girando e correndo para longe.

— Corram! Bomba! – Ela gritou para os dois oficiais avançando.

Um deles seguiu as ordens se escondendo sob um tipo de barreira que eles construíram próxima à guarita, mas o segundo se manteve avançando.

— Isso vai explodir. – Ela gritou. Pelo menos, esperou que fosse. Isso seria muito ruim se ela apenas pegasse duas armas químicas, pensando que eles eram aparelhos explosivos. Ela tivera pouquíssimos segundos para examiná-los.

O guarda que continuava vindo até ela tinha que ter pelo menos dois metros de altura. Ele não estava apontando a arma para ela, o que era um benção. Ela tapou os ouvidos quando os braços dele se abriram como se quisessem agarrá-la, mas ela agarrou os quadris dele. Isso levou o ar de seus pulmões quando bateu contra os músculos sólidos. Lembrando ela de bater contra uma parede em alta velocidade. Os dois foram para o chão.

BOOM!

O som quase a ensurdeceu e algo bateu em suas costas. Kat não tinha certeza se fora acertada por um objeto voando ou se foi apenas o choque da explosão. Seus ouvidos zumbiam, ela se sentia entorpecida e tinha uma ligeira impressão de que estava machucada. O corpo grande abaixo dela se moveu, ela ficou esparramada em cima dele. Ele rolou e ela subitamente sentiu o desconfortável asfalto nas costas, o peso dele á prendeu enquanto ela lutava para abrir os olhos, nem mesmo notando que eles estavam fechados até agora.

Sua audição melhorou um pouco com o trauma diminuído. O guarda era pesado, á prendendo entre ele e o chão, ele virou a cabeça para olhar atrás dele. Kat olhou para a garganta forte dele, revelada apesar da face coberta, e até mesmo notou o queixo quadrado dele. As narinas se alargaram e um som de assobio preencheu o ar.

— Filho da puta. – A voz dele alcançou os ouvidos dela. Havia uma rudeza nisso que ela não estava certa de ser humana. Muito profunda, quase um rosnar.

Ele se ergueu e Kat sugou o ar, os pulmões se afogando por oxigênio. Ela pegou o primeiro olhar para a van, o que sobrara dela, quando ele rolou nos joelhos para ficar de pé.

Kat se sentou o suficiente para olhar a destruição. As janelas haviam voado para fora da van e as portas traseiras estavam abertas, chamas saiam de ambos os lados e uma fumaça negra subia. Um corpo caia perto da porta do motorista – o homem que ela havia atingido na garganta. Ele não estava se movendo e ela não esperava que ele fizesse isso. A bala que atirou nele tinha sido sua morte.

Sua atenção retornou para a van e o objeto negro caído atrás, no chão. Ela foi capaz de focar o suficiente para saber o que era aquilo. A bílis se ergueu enquanto ela identificava pedaços de cabeça e braços. Ele não estava se movendo. Kat lidou com a urgência de vomitar. Caiu sobre ela o fato de que tinha matado pelo menos três pessoas, sem contar o passageiro que havia saído pelo outro lado antes da explosão. O guarda da ONE se moveu, mas ela não conseguia desviar o olhar da van incendiada.

Ordens foram enviadas nas suas costas, mas ela as ignorou. Eu fiz isso. Eu os matei. Isso a atingiu e Kat não conseguiu forçar seus membros a se mover. Kat não piscou quando o guarda se virou e a ergueu pelos braços, ele facilmente a colocou sobre os pés instáveis. Ela balançou um pouco, mas travou os joelhos. Seu treinamento demandava que ela lidasse com isso e seguisse com o programa, mas tudo o que podia fazer era ver a van incendiada. Ela podia sentir o cheiro de carne queimada sobre tudo aquilo e o que mais estivesse no fogo.

— Você está presa. – A voz profunda rosnou próxima a ela.

A sensação das algemas sendo presas nos pulsos finalmente a tiraram do choque. Ela virou a cabeça e olhou para o guarda, ele era muito mais alto que ela e musculoso. Ele prendera as algemas nos pulsos dela na frente ao invés de atrás das costas e agora colocava a chave entre eles.

— Eu posso explicar. – Ela engoliu, tentando achar a voz.

— Você explodiu a van. – Ele murmurou. – Você roubou a arma de um dos meus oficiais. Quem é você?

Kat virou a cabeça. Oficias de preto corriam adiante com extintores, tentando acabar com a fumaça. Ela queria ordenar que eles se afastassem no caso do tanque de gasolina não ter explodido ainda, mas eles mantinham uma distância segura. O Nova Espécie ao seu lado esperava uma resposta. Ela lembrou disso e olhou pra ele.

— Eu sou Kat Decker. Sou a consultora do laboratório de crimes.

— Merda nenhuma.

Kat piscou interiormente com o tom rude dele. Sua mente começou a funcionar novamente e ela percebeu que tinha fodido tudo. Ela teria rido se fosse outra pessoa que tivesse feito o que ela tinha feito e então clamado que era apenas uma piada dos forenses. Ela não lamentava suas ações, no entanto.

Ele a virou e uma mão firmemente se fixou no seu antebraço, antes que ele a empurrasse gentilmente.

— Mova-se.

Foi como um choque que ela viu a destruição feita à guarita. Parte do teto caíra, um lado inteiro na van que havia feito tanto estrago.

— Todos estão bem?

— Eu não sei. – Ele realmente rosnou. – Estamos checando.

— Eu sinto muito, Darkness. – Rusty correu para frente. Kat identificou-a por sua forma e pelo coldre vazio.

— Deixa disso. – Ele estalou. – Leve-a para uma cela. Tenho que checar nosso pessoal. Deixe-a de roupas intimas e tenha a maldita certeza de que ela não está escondendo nada.

— Claro. – Rusty soava estressada enquanto sua voz se quebrava.

— Calma, respire profundamente. – Ele a empurrou para Rusty.

Kat admitiu que ela seguiu o conselho dele também, apesar de que ela sabia que não era dirigido a ela.

— Acha que um dos nossos morreu? – Rusty soava próxima às lágrimas.

— Eu acho que não. Preciso checar. Mova-se. Leve-a agora e vigie-a de perto. Ninguém vai ficar próximo dela até eu chegar lá. Eu vou interroga-la.

Rusty pegou as algemas dela e acenou. Kat seguiu-a ao redor da construção danificada, pegando todos os detalhes. Oficiais haviam corrido para a cena e ela pegou os movimentos a partir de uma janela intacta quando eles rodearam aquele lado. Um homem estava erguendo a sessão do teto do chão.

Kat não tinha palavras enquanto era escoltada para o fundo do longo prédio. Era menor do que a aparência de frente sugeria, mais oficiais saiam de dentro em trajes completos.

Eles não tiveram tempo de parar ou questionar quem ela era enquanto Rusty apenas a puxava contra a parede para sair do caminho deles.

— Vamos lá. – Rusty sussurrou.

Kat não discutiu. Ela precisava pensar em uma boa mentira para explicar o que havia feito.

— Lamento por ter pegado sua arma.

— Silêncio. – Ela rosnou. – Você ouviu Darkness. Nenhuma conversa até que ele venha. Ele estará aqui para te interrogar.

Isso não parecia soar muito bem, de jeito nenhum. Ela foi levada para um corredor até um canto do prédio e a porta foi aberta. Kat olhou ao redor da sala – talvez quinze por dez metros – não havia espelhos de dois lados. Uma cadeira fora colocada no chão próximo a um dreno. Havia um gancho na parte superior da parede atrás de um lado e uma longa mesa com duas cadeiras no outro. As paredes e a cela eram lacradas com um duro e cinzento piso de concreto.

O primeiro sinal de medo bateu na espinha de Kat. Não era como nenhuma sala de interrogatório que ela visitou alguma vez em uma estação de policia. Isso a lembrou de mais de uma que havia visto em um filme. Os guardas tinham quase surrado o prisioneiro até a morte, sangue havia espirrado nas paredes e no chão daquela sala, o dreno no chão fazendo a limpeza mais fácil. Ela realmente esperava que a ONE não fosse similar ao filme e tomou notas.

— Remova tudo, menos sutiã a calcinha. – Rusty puxou uma chave e retirou as algemas.

Kat piscou ao pensamento de uma busca em sua cavidade, mas ela não resistiu. A sala estava fria enquanto ela ficava nua, colocando as roupas em um canto da mesa, os sapatos próximos a ela. Kat olhou para Rusty, imaginando se era uma regra manter o protetor facial e a capa.

— As mãos para frente novamente. – Kat mansamente ofereceu os pulsos, aceitando o clique dos metais sem uma palavra. – Você não parece machucada, precisa de um médico?

Ela estava longe de estar bem, mas nada físico estava machucado, exceto um pequeno latejar em suas costas. Isso não parecia importante, no entanto, ou sério. Suas emoções estavam uma bagunça, mas um médico não poderia ajudar com isso.

— Estou bem.

— Sente-se. – Ela se sentou, Rusty pegou suas roupas e sapatos. — Não se levante, fique aqui. Darkness vai estar aqui logo.

— Posso ter um pouco de água, por favor?

— Vou levar seu pedido a Darkness.

Rusty se foi no próximo instante, o clique do metal era uma certeza de que ela fechou a porta. Kat olhou ao redor da sala sombriamente. Pelo menos, não há procura nas cavidades. Essa foi á única boa noticia para Kat.

 

Darkness se despiu do uniforme e colocou uma regata e calças de moletom com ONE impresso em branco no material preto. Isso não era o traje ideal para um interrogatório, mas os armários foram danificados na explosão. Ele descartou o uniforme e deixou cair em um monte no chão, coberto de poeira e pó de gesso. O quarto de trocas estava lotado de outros Espécies.

Bluebird se apressou com outro monte de roupas.

— Aqui vamos nós. Esse é todo o suprimento que temos em mãos. Está muito quente para agasalhos.

— Todo mundo está bem. – Flame entrou na sala. – O último dos nossos oficiais foi contabilizado. Há apenas pequenos ferimentos.

— E os humanos? – Darkness engoliu de volta um rosnado.

— Quatro morreram, mas um está quase vivo. – Flame segurou seu olhar. – Ele foi levado de helicóptero para uma unidade de trauma no mundo exterior. Ele sofreu queimaduras graves e ferimentos internos. Nosso time médico não acredita que ele vá sobreviver.

— Que pena. Eu tinha algumas questões para eles. – Nenhuma simpatia pelas mortes alcançou Darkness.

— Fizemos uma barricada nos portões da frente – Snow parou ao seu lado, retirando o uniforme. – Homeland está oficialmente fechada. Justice está lidando com a mídia enquanto Fury está esperando a força-tarefa se juntar para começar a investigação. Trey já está aqui, então ele vai falar com Tim. – Ele espirrou. – Acho que nunca mais vou cheirar nada em meu nariz. Inalei muito daquela merda.

— A poeira não era toxica. – Bluebird começou a recolher os uniformes sujos. – Pelo menos, foi o que Trey disse. Era mais densa por causa do colapso no prédio. Ele disse que os novos prédios não possuem materiais venenosos.

— Bom saber. – Snow espirrou novamente. – Mas eu estava falando sobre a fumaça do fogo.

— Oh. – Ela pausou os braços lotados. – Vou pegar mais roupas para o suporte. – Ela girou e correu para fora.

— Estão todos bem? – Rusty foi a próxima a entrar.

— Apenas alguns cortes e machucados. – Flame respondeu. – Não perdemos ninguém.

— Disse a você para ficar com a prisioneira. – Darkness deu um passo á frente, pegando a atenção de Rusty.

— Ela está trancada na sala de interrogatório numero três. Era a mais longe das danificadas. Ela não estava carregando nada na roupa, chequei e peguei como evidência. Ela quer água. Eu posso dar um pouco a ela?

— Sim, vá lá montar guarda. Estarei lá em um momento. – Ele se sentou, debatendo se sequer deveria colocar as botas de volta. Elas estavam coberta por pó de gesso. Ele parou. – Foda-se.

— Desculpe-me? – Snow estava se vestindo também, mas pausou e olhou para ele.

— Vou falar com nossa prisioneira assim.

— Você vai interrogar um suspeito descalço e fora do uniforme? – As sobrancelhas de Flame se ergueram.

— Se você quiser ir lá onde as luzes das celas colidiram com os armários de metal e se arriscar a ser eletrocutado para recuperar minhas coisas, fique a vontade. – Darkness apontou para onde a sala de roupas dos machos ficava. – Não tenho tempo para correr até em casa e voltar, tampouco. Nós precisamos de respostas. Nós fomos atacados.

Flame fechou a boca e acenou de modo afiado.

— Quer ajuda? – Flirt se moveu para frente, quase trocando o uniforme por roupas de corrida. – Dois de nós talvez intimide mais o homem.

— É uma mulher. – Darkness olhou para frente. – Vou lidar com isso sozinho.

— Pensei que você não interrogava fêmeas. Gostaria de me voluntariar para fazer isso. – Snow estava colocando a camisa.

— Vou fazer uma exceção dessa vez, eu vi o que ela fez. Ela foi muito bem treinada e um soldado não é apenas uma mulher. Eles são de longe os mais perigosos.

— Eu realmente quero interroga-la. – Snow persistia.

— Não.

Darkness não quis esperar um minuto a mais por mais conversa. Ele precisava de respostas e iria consegui-las, não importava o que tivesse que fazer. A raiva apareceu

enquanto ele manobrou ao redor do prédio. Todos os Espécies tinham ouvido as notícias e correram para lá. Ele os ultrapassou, sentindo um pouco de orgulho pela unidade e calma que eles mostravam apesar das circunstâncias.

Ele pausou fora da porta da sala de interrogatório e se afundou no fato de que tinha que entrar lá e fazer o que fosse preciso para fazer a fêmea falar. Homeland fora atacada e isso poderia ter custado á vida de muitos Espécies. Ele estava no caminho para retirar o motorista da van, mas admitia que isso provavelmente, custaria a sua própria vida. Ele tinha pulado do topo da parede para o telhado do prédio de segurança uma vez que ficou claro que as balas eram inúteis. A fêmea havia feito o trabalho dele, ao invés disso.

Por quê? As táticas dela foram claras, muito precisas. Ela tinha treinamento que não deveria possuir. Ele tinha que ser pressionado além do limite para fazer o que ela fizera, ele se virou e sacudiu o telefone, a Segurança atendeu no segundo toque.

— Conte-me tudo o que conseguiram sobre a fêmea que estamos retendo.

Ele ouviu sua raiva se construindo. Darkness precisava parar de pensar nela como uma fêmea. Ela era uma ameaça. Ele precisava se lembrar disso. As táticas normais não iriam funcionar. Ele teria que ser mais esperto que ela e a manter de guarda baixa, um plano se formou e ele puxou respirações calmantes. A raiva era a última coisa que ele precisava usar contra alguém com a provável base dela.

 

Kat manteve os olhos fechados e tentou ignorar o ar frio. A adrenalina a havia drenado emocionalmente. Era uma reação normal sob circunstâncias tensas. Ela apenas tinha encarado a morte, tinha tomado á vida do motorista que atirou e provavelmente os companheiros dele. Pelo menos dois deles, com certeza. O cara saindo por trás não foi torrado.

Kat piscou com a comparação com comida que a mente dela criara e mudou o peso na cadeira de metal. Não a ajudava que não estivesse quente. Ela se debateu em andar pela sala, mas se decidiu contra isso. O risco de levantar mais suspeitas pelos ONE era muito alto se ela falhasse em agir e bancar a assustada e tímida ratinha. Era o que eles iriam esperar e o que ela precisava para dar a eles se tivesse alguma chance de recuperar sua identidade falsa.

O clique de uma fechadura precedeu a porta sendo aberta. Um homem de cabelos escuros entrou. Ele era mais bronzeado com hipnotizantes olhos escuros, que eram

negros. Ele olhou para ela, suas feições sombreando. Ela o mediu e tinha quase dois metros de altura. Darkness. Tem que ser ele. Ai caralho, ele é enorme e intimidante.

Kat tomou notas dos densos e musculosos braços dele e os ombros realmente largos. A regata se erguia acima da parte superior do corpo dele e descia abaixo, para onde ele tinha amarrado os laços da calça preta. Eles não estavam amarrados, os laços brancos apenas pendiam livres. Ele tinha pernas fortes e bem torneadas, evidentes mesmo através do material mais grosso, e pelo menos um pé gigantesco descalço. O olhar muito casual que atirou não era o que ela esperava.

— Quem é você?

Isso confirmou a identidade dele. Kat nunca esqueceria aquela voz profunda.

— Kathryn Decker, mas todos me chamam apenas de Kat, para encurtar.

A porta bateu, selando os dois lá dentro. Ela olhou para isso, esperando que se abrisse uma segunda vez.

— Ninguém mais virá para cá. Não haverá resgate.

— Não era suposto que uma mulher esteja presente? – Ela se focou no rosto dele. Darkness permaneceu lá, a poucos passos da porta.

— Você percebeu que não está mais dentro dos Estados Unidos? Você está no território da ONE uma vez que passou pelos portões. Diga-me a verdade porque, acredite em mim, você não quer que eu te faça falar. Suas leis de interrogatório não são aplicadas aqui. – Um som suave, ameaçador veio dele. Não era exatamente um rosnado, mas não era amigável também.

— Você não pode me matar. – Medo subiu pela espinha de Kat, mas ela o empurrou para baixo.

Darkness se aproximou e ergueu a cabeça o suficiente para que ela desse uma boa olhada no rosto dele. A respiração parou nos pulmões. Ele tinha um dos rostos mais masculinos que ela tinha visto. Os ossos da face eram pronunciados, possivelmente um índio americano. O queixo quadrado estava sob um par de lábios cheios em um ângulo severo, duelando com o pestanejar dos seus olhos. Foi á forma dos olhos dele, no entanto, que realmente a assustou. Justice North tinha a forma de gato, mas as dele não eram nem mesmo próximas em crueldade. Kat continuava não sabendo a exata cor daqueles olhos, mas ela apostava que eram castanhos escuros. Cílios inusitadamente longos rodeava-os.

Respire, droga. Kat sugou o ar, forçando os pulmões a trabalhar novamente. O jeito que ele se vestia era uma tática para tirá-la do jogo. Ela precisava se manter inteira, isso era difícil de fazer com aquela expressão de predador esperando que ela caísse na armadilha.

— Eu realmente poderia. Você está pronta para falar a verdade agora? Quem você realmente é? O que está fazendo aqui?

Ele está blefando. Ela esperava que sim.

— Meu nome é Kat Decker – Ela mentiu. – Cheque minha licença de motorista. Ligue para meu chefe. Pediram que eu viesse para Homeland por duas semanas para ministrar aulas forenses e mostrar a sua segurança um pouco das coisas novas no comportamento criminal.

— Você é do Exército? Marinha? Forças Especiais? – Ele deu mais um passo para perto.

— Laboratório de crimes. – Ela balançou a cabeça.

Darkness rosnou.

Kat tentou não reagir, mas falhou. Seu corpo se tencionou pelo som ameaçador e perigoso. O desenho da sala não a fez se sentir segura de jeito nenhum. Não havia câmeras ali. Ela procurara por todos os sinais de como eles poderiam monitorá-la, mas não encontrou nenhum. Eles estavam realmente sozinhos na sala.

— Onde você aprendeu a invadir uma van blindada?

— Assisti muitos filmes de ação e aprendi todas as coisas a se fazer.

A boca dele se pressionou em uma fina linha raivosa, assegurando que ele não estava acreditando naquela besteira. Ela tentou novamente.

— Eu amo ver filmes. Explodir tudo e atirar em tudo para salvar o mundo e esses tipo de coisa. Você acredita que quando eu era criança, eu queria ser uma estrela de filme de ação? – Ela não pôde resistir. – Bruce Willis é meu ídolo.

As mãos dele se fechados nos lados, á única reação dele. Kat talvez tivesse ido longe demais com sua resposta, mas esperava que ele tivesse senso de humor. Ele não tinha.

— Não estou no clima para ficar jogando. Leve minhas palavras como um aviso. Minha paciência está quase no fim.

Kat respirou fundo e exalou devagar. Ela sabia que estava em um gelo fino e que tinha que dar a ele algo válido.

— As balas estavam batendo na van. Não era preciso ser um gênio para descobrir que era blindada. Eu gritei para que parassem a chuva de balas, mas acho que ninguém me ouviu como todo aquele barulho. Talvez eles não tenham visto isso do ângulo que estavam, mas eu estava tipo muito perto e era pessoal, desde que eles estavam tentando liberar o portão. Percebi que eles iam precisar tirar meu carro do caminho para atacar seu segundo portão.

— Como você sabia os planos deles?

— Eu não sabia. Fiz uma aposta educada. Era apenas senso comum, eu apenas queria pará-los. Suas balas não estavam funcionando, então peguei a arma de Rusty e procurei por um ponto fraco. Eles não blindaram a trava da porta do motorista. – Ela hesitou. – Vi que o motorista e o passageiro estavam usando roupas de assalto completas. Algo devia ser feito bem rápido eu reagi antes que pudesse pensar nisso. Lembro da última vez que os veículos passaram pelos seus portões. Quantos morreram? Dezesseis pessoas?

— Dezessete. – Ele murmurou

Kat o estudou e estava claro que Darkness não apreciou ser lembrado da brecha que foi feita depois que Homeland se abriu primeiro.

— Eu vi um jeito de abrir a porta do motorista e fiz isso. Atirei na trava da porta e arranquei o motorista de lá, desarmar o motorista não ia pará-lo. O passageiro poderia ter apenas pulado para o motorista e vi movimentos lá atrás. Isso significava que eles tinham pelo menos mais um comparsa. Isso seria um banho de sangue. Você alguma vez viu o que caras maus com armas e roupas completas de invasão podem fazer? Eu já. Disse a você que assisto muitos filmes. Olhei para baixo e vi granadas próximas ao motorista. Eu as joguei para dentro e fechei a porta.

— Como você sabia o que eles eram?

— Porque eu não sou uma idiota. – Kat estava começando a ficar irritada. – Foi pelo jeito que eles pareceram pra mim. Eu não tinha muito certeza do que eles fariam, mas obviamente significava que eles fariam algo contra a ONE. Eu usei contra eles, ao invés disso.

— Por que você não tinha certeza do que eles iam fazer? – Uma das sobrancelhas dele se arqueou.

— Eles eram como explosivos caseiros com relógios é isso que quis dizer. Eu não vi nenhum cilindro, o que iria indicar uma arma química, então assumi que eles iriam entrar e boom! Eu estava certa. Eu não tinha exatamente muito tempo para lidar com isso, uma vez que eu estava na mira do passageiro, que estava tentando me matar.

— Quatro humanos foram mortos dentro da van e o quinto que sobrou não vai viver por muito tempo. – Darkness endireitou a postura e cruzou os braços acima do peito.

Eles eram caras maus, mas isso ainda a atingiu com força. Ela nunca tinha matado alguém antes. O treinamento que tivera não cobria a realidade de ter aquelas noticias.

— Você matou humanos, entende isso?

Kat acenou com força, não confiando na própria voz. Os idiotas talvez tivessem merecido aquilo, mas a realidade era cruel. Eles provavelmente tinham família e amigos que iam sofrer a perda deles. Mesmo o sem-coração tem mães.

— Responda. – Darkness mandou em uma voz rude.

— Sim. – Kat cresceu na defensiva porque isso cresceu seu acordo com o estresse. – Você entende que eles não iriam derrubar seus portões em um veiculo armado, usando roupas de combate militar, para trazer cupcakes e mensagens de amor? Eu estava tentando proteger os Novas Espécies.

Darkness se moveu rápido o suficiente para fazer Kat retroceder quando ele fechou a distância entre eles, se dobrou e agarrou os lados da cadeira dela. Ele colocou o rosto quase nariz com nariz com ela. Os olhos de Darkness eram sombreados com a cabeça para frente, mas eles pareciam muito ameaçadores, Kat tentou ir para trás, mas não havia lugar nenhum para ir com a cadeira de metal pressionada firmemente contra sua espinha.

— Você espera que eu acredite que você é uma técnica criminal de um laboratório, quando você apenas lidou sozinha com cinco homens? – Darkness rosnou profundamente pela garganta, provando que não era completamente humano.

— Sou realmente boa em meu trabalho. Eu vi um monte de coisas ruins e não esqueça meu amor por filmes de ação. – Kat forçou um sorriso e ignorou as batidas rápidas do seu coração.

Darkness assobiou, soprando nela com o cheiro de chocolate e menta. Kat esperava que sua respiração cheirasse tão bem quanto, desde que seus lábios estavam separados. A urgência de olhar para a boca dele era forte para superar, mas ela lamentou tão logo fez

isso. Seus olhos se arregalaram de surpresa e medo ao sinal das duas longas e terríveis presas.

— Ai, caralho. – Ela não queria ter dito isso tão alto.

O lábio superior de Darkness se ergueu para dar a Kat uma melhor visão delas. Tinha que ser de propósito. As próximas palavras mataram qualquer dúvida.

— Eu não sou como você. – O tom dele se aprofundou. – Vou te mostrar misericórdia se começar a me dar respostas honestas. Aqueles homens foram enviados aqui para morrer como idiotas para que acreditássemos em você?

— O quê? – Isso a arrancou do estupor causado pelas presas assustadoras dele. Kat olhou dentro dos olhos de Darkness.

— Você me ouviu. Foi um tipo de show planejado para ganhar nossa confiança?

— Você está drogado? – Ela estivera excitada em visitar Homeland, mas isso tinha se tornado um pesadelo. Sua cobertura estava muito ferrada, a menos que ela pudesse se sair dessa situação. Ser acusada de ser conivente com as intenções idiotas em matar os Novas Espécies ligou seu modo vadia. — Eu não sei se você correu da casa de guarda ou se já estava do lado de fora, mas aquele idiota no banco do passageiro tentou realmente me transformar em queijo suíço. Aqueles explosivos poderiam ter escapado de minhas mãos antes que eu os jogasse dentro da van. Eu poderia ter sido jogada para longe junto com aqueles idiotas. Como se atreve? – Kat olhou para ele. – Tá pensando que é o único que está tendo um dia ruim? Eu apenas queria vir para Homeland me divertir um pouco, conhecer Novas Espécies e ensinar algumas aulas. Essa era minha única agenda. Agora, estou trancada em uma sala com um paranoico idiota.

O silêncio era absoluto. Kat repassou o que havia dito a ele e fechou os olhos. Merda. Se controle, droga. Estou me quebrando tão rápido quanto um recruta no primeiro dia de treinamento.

Darkness soltou a cadeira, segurou as costelas de Kat e a ergueu do assento. Os pés dela não tocavam o chão enquanto ele caminhou pela sala e colocou a bunda dela na mesa. Darkness agarrou a corrente ligando os dois pulsos algemados na frente do corpo e forçadamente ergueu os braços dela, empurrando-os. Ele contornou a mesa e Kat caiu para trás quando Darkness puxou-a ao longo da superfície, só parando quando ela estava esticada em cima da mesa.

— Abra caminho para cima. – Ele rosnou, se aproximando o suficiente para pegar o rosto dela. – Te desafio. Mostre-me quão bem treinada uma técnica de laboratório é no combate mano a mano.

Kat permaneceu deitada, ele não a havia machucado. Ela talvez tivesse uma contusão ou outra na bunda para superfície dura quando ele a largou lá, mas era uma extensão dela. A superfície da mesa estava fria. Darkness manteve um aperto firme na corrente para manter os braços dela restritos acima da cabeça. Era imperativo que ela acalmasse a situação nervosa. Kat poderia usar as pernas, dobrando-as e chutando-o, tentando manda-lo para trás, mas isso iria apenas provar que ela não era quem dizia ser.

— Me desculpe se chamei você de idiota. Estava apenas chateada que você me acusou de uma coisa horrível. Arrisquei minha vida lá fora. Isso não foi encenação.

Darkness se abaixou e agarrou a frente das calças, Kat tinha esquecido que vestia apenas calcinha e um sutiã naquele momento. Medo real a pegou de que ele a atacaria sexualmente. Darkness era um enorme bastardo, realmente forte, e provavelmente pesaria o dobro dela. Ela era violenta, mas duvidava que pudesse lutar com ele por muito tempo. Todos os músculos se enrijeceram em preparação para, pelo menos, tentar. Darkness não expôs o pênis, ao invés disso ele arrancou o cordão do moletom.

Kat visivelmente relaxou até que ele começou a prendê-la a algo acima de sua cabeça. Ela se virou o suficiente para olhar pra cima e ver o anel parafusado e então olhou para o rosto dele.

— O que está fazendo?

— Tendo certeza que você vai ficar exatamente onde quero você.

— Quero sentar na cadeira. – Kat se sentiu exposta, deitada de costas, praticamente nua.

— Quero a verdade. – Ele se endireitou e deu um passo atrás.

Kat puxou as algemas, mas a corda a impediu. Ela olhou para os lados da mesa, mas não poderia rolar sem cair contra as cadeiras à esquerda ou à direita.

— Quem você realmente é? Vamos parar com esse jogo. Sua identidade era boa, mas meus oficiais são melhores. Alguém fodeu com tudo quando eles criaram sua história. Nossa checagem de segurança rastreou você até três anos atrás e então acabou. Não há nada sobre você.

Kat olhou dentro dos olhos dele, esperando que estivesse blefando, mas viu a verdade refletida neles. Merda. O rato bastardo do Mason tinha fodido com os papeis e, de fato, tinha explodido sua cobertura.

— Eu me divorciei. – Mentiu. – Passei a usar meu nome de solteira. – Foi uma tentativa melhor.

— Essa é uma mudança interessante. – Darkness sorriu, mas isso não alcançou os olhos. – Checando a base de dados você existia, mas quando procuramos dados fora dos sites com o número do cartão social, pertencia a uma Eleanor Brinkler. Ela era uma dona de casa com setenta anos, que morreu há dez anos. – Darkness vagarosamente correu o olhar abaixo do corpo de Kat e voltou. – Não sou um profissional em como uma mulher de oitenta anos deve parecer, mas tenho certeza que você não está nem perto dessa idade.

Kat entrou em pânico, mas tentou mascarar suas feições, fortemente pensando em algo para dizer.

— Você não parece morta. – Darkness deu um passo á frente e olhou para os peitos dela. – Está respirando. – Seu olhar se encontrou com o dela. – Qual seu nome verdadeiro? Quem mandou você e por quê?

— Deve ter havido um terrível engano. – Era tudo o que ela podia dizer. Kat foi pega e Robert Manson a tinha colocado em uma bagunça infernal. Sua identidade falsa fora um trabalho urgente e confuso.

— Não quero te machucar. – Darkness se colocou para frente, colocando o rosto próximo ao dela novamente. – A voz dele baixou para um murmúrio. – Não me faça fazer isso, doçura. Eu tenho memórias o suficiente para assegurar que tenho pesadelos quando todas as vezes que durmo. Apenas me diga quem você realmente é, e porque veio para Homeland. Você foi descoberta.

Kat lambeu os lábios, tentada a dizer a ele a verdade. Mason nunca deveria tê-la enviado disfarçada à Homeland. Isso provavelmente faria os dois serem demitidos, mas seria pior se ela falasse. Ninguém queria uma agente trabalhando para eles se ela quebrasse sob pressão. Darkness estava apenas fazendo seu trabalho e era muito bom nisso. Kat o respeitava.

— Você parece tão suave e frágil. – Ele pausou, olhando para ela. – Deixe-me dizer algumas coisas a você sobre mim. Você já ouviu falar de um humano chamado Darwin Havings?

Kat travou as feições, mas seu coração deu um pulo. Harvings era atualmente o número trinta e dois na lista dos mais procurados do Departamento de Segurança de Homeland. Ele tinha sido um bastardo rico com negócios baseados no Oriente Médio e ligação com os países de terceiro mundo. Ele também era suspeito de investir pesadamente nas Indústrias Mercile. A última associação que tinha ouvido falar dele sob o olhar duro das autoridades e o que eles tinham descoberto era algo muito ruim, mas não havia evidência. Os rumores eram de que Havings estava envolvido com o tráfico sexual e de

drogas, eles também encontraram indicações de que ele talvez fosse culpado por roubar do exército americano no Afeganistão e vender as armas roubadas aos rebeldes. Isso o colocou na lista de procurados.

— Não. Ele é uma estrela de ação? – Uma técnica de um laboratório criminal não deveria estar familiarizada com o nome, porque ele não estava nos noticiários.

— Ele foi um humano ruim que conheci.

Kat teve que se lembrar de regularizar a respiração, algo que era muito difícil de fazer desde que estava freneticamente tentando entender como aquele encontro era possível. Por quê? Como? Quando? Uma suspeita horrível a pegou de que seu estúpido chefe poderia estar certo. Eles têm negócios com Havings? A ONE seria o local ideal para ele se esconder. Nós não temos jurisdição em Homeland ou na Reserva. Ele pode se esconder de nós dentro dos portões e aqui não poderia haver uma droga de coisa que pudéssemos fazer sobre isso.

— Eu fui um no grupo de Espécies que ele levou de Mercile.

— Por quê? – Kat relaxou ligeiramente. Isso significava que tinha acontecido no passado, quando Darkness era um prisioneiro na companhia. Havings tinha tido acesso aos Novas Espécies então. Essa conexão continua ativa?

— Era um teste. – Darkness rosnou, levantando a cabeça e continuou a assistir os olhos dela. – Eles colocaram colares explosivos em nossos pescoços. Nós éramos irmãos biológicos e eles sabiam que estávamos avisados de nossas conexões, porque eles nos mostraram a prova. Nascemos do mesmo conjunto de embriões que eles criaram de dois humanos que tinham misturado. Eles sempre criavam embriões múltiplos, com frequência do mesmo par de humanos, algumas vezes pareando um ou os dois com outros doadores para diferentes características físicas. Nossas genéticas animais variavam, mas nosso DNA mostrou uma combinação familiar. Foi por isso que ele nos quis. Ele sabia que nos protegeríamos uns aos outros e faríamos tudo por nossos irmãos.

Jesus. Um pouco do controle caiu e Kat sabia que sua expressão revelava a simpatia que ela sentia.

— Por que colares explosivos?

— Nós sabíamos que tirá-los mataria nossos irmãos se nós não seguíssemos as ordens.

— Isso é fodido. – E também uma tática terrorista – uma muito extrema. Ela não mencionou a última parte.

Darkness balançou a cabeça e a ergueu novamente, o nariz dele se alargou enquanto deslizou contra a garganta dela. Darkness inalou, parecendo cheirá-la. Kat não protestou, mas isso a fez olhá-lo de um novo jeito. Isso era um pouco sexual.

— Somos protetores dos nossos por natureza e eles usaram isso. – Darkness sussurrou. – Quer saber o que eles fizeram conosco?

— Claro. – Seu estômago se retorceu com uma sensação ruim de que ela não iria gostar da resposta.

— Eles nos ensinaram como lutar e matar. Nós éramos quatro armas vivas com reflexos mais rápidos, corpos mais fortes e sentidos mais afiados que os humanos. – Darkness ergueu a cabeça e foi para o outro lado do pescoço de Kat, inalando novamente. Isso colocou o peito dele em contato com os seios dela. – Nossos professores eram mercenários com sotaques estranhos. Eles eram brutais.

Porra. Os sotaques estranhos que ele falou eram característicos. Darvin Havings apenas contratava seus guarda-costas dos contatos no Oriente Médio, eram os tipos usualmente ligados a assassinatos planejados. Eram realmente péssimas notícias que eles tinham treinado Darkness. Kat poderia apenas imaginar as coisas a que ele foi sujeitado.

— Aprendi tudo sobre como torturar alguém até que me contassem qualquer coisa que eu quisesse saber.

Suspeitas confirmadas. Kat puxou outra respiração profunda, tremendo por dentro, assustada. Tinha sido treinada para aguentar tortura, mas não ao tipo de coisa pesada que ele provavelmente aprendeu. Darkness iria usar isso para quebra-la? Se sim, ele iria fazer qualquer coisa que funcionasse para ter as respostas. Significava que isso poderia ficar feio e perigoso, com a possibilidade de perder partes do corpo ou a morte.

— Você está assustada, posso sentir o cheiro disso. Apenas me diga a verdade. – Darkness se moveu novamente até que pudesse olhar diretamente nos olhos de Kat.

— É por isso que está me cheirando? – Ela não tinha certeza do que fazer.

— Eu posso ter um tempo para pensar sobre isso? – Kat realmente não precisava da lembrança.

— Quer que eu espere enquanto se recupera para vir com mais mentiras convincentes? – As sobrancelhas dele se ergueram.

— Quero te falar a verdade, mas não posso.

— Sabe o quão animalescos alguns de nós podem ser? – Darkness colocou ambas as mãos na mesa, uma em cada lado do peito de Kat, e se aproximou até que estivesse quase metade em cima dela.

— Não realmente. Li os jornais e assisti algumas entrevistas.

— Você viu o que queremos que veja. Eu não sou Justice North.

Kat podia acreditar nisso. O senhor North parecia muito amigável, até mesmo fofinho na televisão. Ele mostrava um rápido senso de humor e uma personalidade fácil de lidar. Darkness não tinha nenhuma dessas coisas.

Ele separou os lábios e mostrou as presas novamente. Kat olhou para elas e então esperou que ele não estava implicando em usá-la para mordê-la. Isso provavelmente iria doer como o inferno.

— Imagine os instintos predadores aprimorados, combinados por ser encorajado a ser melhor que a humanidade. Foi para isso que fui feito quando fui tirado da Mercile e enviado para aqueles humanos, se eles podem ser chamados disso. Diga-me a verdade ou verá do que sou capaz de fazer. Pode ser brutal.

Lágrimas reais encheram os olhos de Kat e não havia nada que ela pudesse fazer, mas piscou-as de volta. Darkness era um mestre em infligir medo, desde que ela acreditou em cada palavra que ele disse.

— Honestamente. Eu não tenho nenhuma intenção oculta. Queria apenas impedir aqueles homens de machucar seu pessoal. – Kat olhou dentro dos olhos impressionantes de Darkness, esperando que ele visse a verdade. – Não quero que nenhum Nova Espécie se machuque. Estava ansiosa para ensinar algumas aulas e passar um pouco de tempo aqui em Homeland. Pensei que isso seria legal, quase umas férias.

— Não faça isso, doçura. – Os olhos de Darkness se estreitaram.

— Juro por minha vida que cada palavra que disse é absolutamente verdade.

— Quis dizer para não chorar. – Darkness fechou os olhos e ergueu o queixo para olhar para longe. – Porra.

A reação dele deixou Kat atônita. Darkness ou era um ator maravilhoso ou um mestre na decepção. Por outro lado, ela pensou que ele estava sentindo um pouco de simpatia. Darkness olhou para ela novamente e a expressão torturada no rosto dele esfaqueou o coração dela.

— Não posso fazer isso. – Ele balançou a cabeça. – Não vale a pena minha alma, ou o que sobrou dela.

— Não pode fazer o quê?

— Fingir que você é uma mulher do meu passado, então posso fazer efetivamente meu trabalho. Eu realmente admirei suas habilidades lá fora. Não acho que poderia ter feito tão bem como você fez ou lidar com aqueles humanos tão rapidamente. Ou você pensa rápido em seus pés ou eram brilhantes e estratégicos movimentos. Você é uma das melhores assassinas que já conheci, se esse é o caso. Se eu estou errado... – Ele olhou para o peito de Kat. – Isso faz você excepcionalmente sexy.

Kat não sabia se deveria estar lisonjeada ou ofendida. Ela não disse nada.

— Você representa um problema para mim, Kat. Se esse é o seu nome.

— É. Todos me chama assim.

— Eu duvido.

— Por quê? O que é tão inacreditável em meu nome?

— Você está na ONE e tem o nome de um felino?

— Isso é soletrado com um K. – Isso afundou nela.

— Não me importo. Porque não usar um nome mais humano como Mary?

— Não foi o que meus pais escolheram, realmente foi uma homenagem a minha avó. Ela morreu enquanto minha mãe estava grávida de mim. – Isso também era verdade. – É apenas uma estranha coincidência.

Darkness não parecia convencido.

— É muito óbvio, se você pensar sobre isso. Eu teria que ser idiota para escolher esse nome e eu nem mesmo fiz conexão com gatos até que você tocou no assunto. Eu não sou uma idiota. Eu teria feito um trabalho perfeito construindo uma identidade falsa para mim mesma.

— Nisso eu acredito.

— Bom.

— Para quem você trabalha?

— Departamento de Polícia de Bakersfield, laboratório de criminalística.

— De que cor é seu sutiã?

— Preto. – Ele estava testando-a, tentando avaliar expressões faciais ou no seu tom de voz para determinar se ele poderia pegar um sinal de que ela mentia. Kat tinha feito a mesma coisa com suspeitos. – Meus cabelos são castanhos, assim como meus olhos. Tenho um metro e sessenta, não me irrite perguntando meu peso. Não vou falar. Todo mundo mente discriminadamente sobre isso.

— Você tem sessenta e quatro quilos, não precisa. Ergui você da cadeira.

Ele era bom. Kat realmente pesava sessenta e quatro quilos.

— Você aparenta ser mais leve, talvez quarenta e cinco, mas você tem um bom tônus muscular. Isso me diz que você malha ou treina com frequência. – Darkness estudou os seios de Kat. – Sem cirurgia plástica. – Ele ergueu a cabeça e parou, o olhar correndo acima do estômago dela e pernas. – Sem crianças.

— Como sabe disso?

— Você tem cicatrizes. Seu antebraço, uma próxima a panturrilha. Elas são notáveis. É isso que estou dizendo. Uma gravidez iria marcar você tanto e deixaria sinais. Seu baixo-ventre e coxas são impecáveis, nenhum sinal de estrias.

— Nem todas mulheres as tem. – Kat admirava o treinamento de Darkness em observação. Isso foi tipo, quente.

— Nem todas, mas a maioria tem pelo menos um pouco.

— Eu não tenho filhos. – Kat confirmou.

— Não usa maquiagem. – O foco de Darkness retornou ao rosto dela. – Isso também explica suas roupas simples. Nenhum laço nelas e seu sutiã não é desenhado para dar aos seus seios uma aparência maior. Você não deseja chamar a atenção de um homem para você mesma. Por que isso?

— Talvez eu não tenha tido tempo de me maquiar essa manhã. Assim como meu sutiã, enchimentos são desconfortáveis como o inferno.

Darkness a olhou, sem expressão, e Kat iria amar saber o que ele estava pensando.

Darkness esperou que medo providenciasse o último puxão que ele precisava para que a fêmea quebrasse. Tudo o que havia contado a ela era verdade. Ele a admirava. Uma imagem passou do que iria acontecer se ele a transformasse em ossos quebrados. Ela

teria gritado. Ele se sentiu como o monstro que os humanos tinham tentando criar. Não poderia bater nela.

Ela tinha olhos expressivos e bonitos. Darkness esperava que pudesse lê-la corretamente e que os machos que haviam atacado os portões não estivessem com ela. Iria irritá-lo muito se ela fosse má, ele já havia caído por uma fêmea que o havia traído. Poderia usar aquela raiva em Kat, mas um olhar para a fragilidade crescente dela o deixou gelado. Não haveria honra em machucar Kat. Ela era inútil e, droga, realmente gostava dela.

A frustração veio depois. Era seu trabalho conseguir respostas e descobrir quem ela realmente era, ele apenas não poderia fazer isso efetivamente. Considerou suas opções. Outra pessoa iria ter que assumir seu lugar. Ele nem mesmo queria estar no prédio, sabendo o que iria acontecer na sala de interrogatório. Uma onda de compaixão e proteção o engolfou, um enjoo cresceu em seu estômago, pensando em outro macho infligindo dor para fazer Kat falar.

Olhou dentro dos olhos dela, dividido entre o dever e o inesperado desejo de apenas escolta-la para os portões. Isso colocaria um fim em tudo aquilo, mas não era possível. Darkness decidiu tentar mais uma rodada de intimidação e medo.

 

— Olhe para mim. – Ele removeu a regata.

— Estou olhando. – Kat estudou Darkness.

— Tudo de mim. – Ele se afastou poucos passos da mesa. – Diga-me o que vê.

— Você é alto. – Kat olhou para o peito nu dele. – Muito em forma. – Os musculosos e muito bem definidos, os músculos colocados ao redor do abdômen dele era perfeitos ao longo do caminho para o cós do moletom dele. Kat subiu a atenção para o rosto dele.

— Nunca atraia um predador para um jogo que você não pode ganhar. – Ele murmurou. – A ONE não será enganada com isso. Não quero te machucar porque tenho um problema em bater em fêmeas, mas outros não terão o mesmo problema. Diga-me tudo, toda a verdade, ou isso vai se tornar extremo.

— Não sei o que você quer dizer. – Ela realmente não sabia.

Darkness se aproximou e o coração de Kat pulou quando ele colocou as mãos na mesa em cada lado dos seios dela e se abaixou. Ele pressionou o nariz contra a garganta dela, inalando. Kat virou a cabeça para dar a ele mais acesso e para manter o rosto longe das presas assustadoras.

— Posso cheirar seu medo, mesmo assim você não vai quebrar. Tudo bem. Vou trazer outra pessoa aqui. – Ele se aproximou e segurou a corda, então puxou-a e ergueu os braços de Kat, ajeitando-a em uma posição sentada. – Sugiro fortemente que fale com quem vai me substituir. Eu iria odiar ver você dentro do Centro Médico. – Darkness a deixou ir e olhou abaixo pelo corpo dela. – Algo tão bonito não deveria nunca ser sangrado e agredido.

Darkness girou e caminhou até a porta. Afundou nela o que ia acontecer e Kat entrou em pânico.

— Espere!

— Vai me contar a verdade? – Darkness parou e vagarosamente virou o rosto para ela.

— Já contei a você tudo o que posso. Isso foi o mais honesto que posso ser.

— Não é bom o suficiente, apenas sente ai. Alguém virá logo.

— Tem que ter outra opção.

— É tirar isso de você ou... – O olhar escuro dele se abaixou para os seios dela.

— Ou o quê?

— Eu poderia seduzir você para isso.

— Oh. – Kat ficou aturdida por alguns segundos, deixando as palavras se afundarem.

— Isso é contra as regras. – Darkness realmente sorriu.

Isso transformou as feições dele e Kat apenas notou quão bonito e divertido Darkness era. Ela lançou seu próprio olhar apreciativo sobre o corpo dele. Darkness tinha o melhor que ela já tinha visto e a ideia de ficar tão pessoalmente perto dele era de longe muito apelativa.

— Você não parece com alguém que joga com as regras. – Aquilo saíra da minha boca. Kat clareou a garganta, ligeiramente embaraçada pelo deslize. – Quero dizer, isso soa melhor que uma surra.

— Vou trazer outra pessoa. – O sorriso dele se apagou.

Kat mordeu o lábio inferior enquanto Darkness segurava a maçaneta da porta, girando-a e abrindo-a alguns centímetros.

— Você pode tentar.

Ele congelou.

— Quero dizer, isso pode funcionar. A coisa da sedução.

— Está tentando me seduzir? – A porta bateu e Darkness se virou, com expressão de raiva no rosto.

— Talvez. – O olhar de Kat viajou através do corpo dele novamente. – Sabe que é seriamente quente.

— Esse é um jogo perigoso, Kat. Se esse é seu nome. – Darkness avançou um passo, pausou. As mãos em punho nos lados.

— Disse a você que é. Todos realmente me chamam assim. – Kat lambeu os lábios. Darkness era o tipo de homem com quem ela sempre tinha fantasiado. Grande, sexy e ele provavelmente não seguia as regras. Ela deslizou para fora da borda da mesa, ignorando o comando para ela permanecer no lugar. Talvez nunca tivesse outra chance para estar com alguém como ele. – Eu prefiro uma batalha de vontade a ser o destino final de uma surra.

Darkness se aproximou e rosnou suavemente. Kat avançou, encontrando-o no meio do caminho. Apenas alguns passos os separavam. Isso a deixou consciente do quão alto Darkness era, o quão maior. Não estava com medo, no entanto. Darkness iria preferir sair da sala a bater nela, isso o tornava mais apelativo. Muitos dos homens musculosos que tinha encontrado eram valentões, Darkness tinha um senso de cavalheirismo. Isso era um traço raro.

— Isso é um erro. – Ele se aproximou, no entanto, e gentilmente circulou os quadris de Kat com as mãos quentes. A cabeça de Darkness baixou e Kat ergueu a dela para dar maior acesso ao pescoço.

— Talvez. – Ela esperava que ele fosse para sua garganta novamente, gostara disso antes, quando ele a cheirou.

Kat sufocou um gemido quando Darkness depositou um beijo leve abaixo de sua orelha, os lábios dele eram suaves e a língua quente passeou por sua pele. Um arrepio desceu por sua espinha quando ás pressas pressionou contra a garganta dela; ele não mordeu, mas ao invés disso, usou-as para trilhar um caminho mais baixo para a curva do pescoço de Kat.

Darkness usou a língua e os dentes para explorar a garganta e os ombros de Kat. Foi maravilhoso e o corpo dela respondeu quando o peito dele tocou os seios dela. Darkness era febrilmente quente, mas isso se sentia incrivelmente melhor, Kat poderia estar fria, mas ele a aqueceria. Ela resistiu à urgência de erguer as mãos algemada e passa-las ao redor do pescoço dele.

Darkness a beliscou com as presas, o corpo inteiro de Kat pulou com a sacudida repentina da sensação. Não doeu, mas tinha sido forte o suficiente para dar um choque em seu sistema. Darkness rosnou. Os seios de Kat endureceram onde eles o tocavam, o material fino do seu sutiã não fazendo nada para diminuir a vibração que se originou do peito dele. Os lábios de Darkness trilharam para cima, para o lóbulo de Kat, e ele parou de beijá-la.

— Diga-me para quem você trabalha.

Kat tentou limpar a mente. Ele era bom. Quase tinha esquecido que continuava sendo interrogada através da sedução. Ele estava ligado e ele tinha a voz mais sexy quando falava com aquele sussurro rouco.

— Departamento de Policia de Bakersfield, laboratório criminal. – Kat se tencionou, esperando que isso não fosse irritá-lo.

— Vou quebrar você, doçura. – Darkness gargalhou, para surpresa de Kat. – Isso será um prazer para nós dois.

Ela tentou se virar para olhar para ele, mas Darkness abaixou a cabeça e começou a beijar-lhe a garganta novamente. Ele acariciou a curva do quadril dela e os dedos dele se engancharam por baixo do lado de sua calcinha, ele abaixou isso em um lado e Kat estava muito consciente do material baixando, perigosamente perto de expor seu sexo.

— Sem preliminares reais primeiro? – Ela desejava realmente tê-lo tocando-a lá.

— Estou motivando você a dizer a verdade.

As mãos de Darkness se moveram e seus dedos brincaram com a pele que tinha exposto, ele beliscou-a novamente na curva do ombro. Kat pulou novamente contra ele e arquejou. Isso pareceu encorajá-lo a trilhar beijos quentes acima do pescoço dela enquanto desenhava pequenos círculos com os dedos precariamente perto do seu sexo.

Kat rangeu os dentes enquanto um pequeno latejar começou no clitóris e calor se espalhou por seu ventre, causando um tremor. Ignore isso. Está deixando isso muito fácil. A mente dela sabia disso, mas seu corpo não ouvia. Em desespero, ela decidiu esticar as mãos no peito dele. As algemas restringiam seus movimentos. Darkness alcançou entre os dois e agarrou as correntes, puxando-as para o lado, assim ela não poderia tocá-lo.

— Eu deveria ser capaz de tocar você de volta.

Isso o fez erguer a cabeça e arquear uma sobrancelha em questionamento.

— Você quem disse que eu não deveria jogar de acordo com as regras. Não há ‘justo’ nessa sala, doçura.

— Esse é o seu plano? Apenas você pode me tocar?

— Sim, posso cheirar como você responde a mim. – As narinas de Darkness se alargaram e o sorriso sexy dele se curvou em um sorriso maroto.

Ele é cheio de merda. Isso fez Kat se zangar e ela se travou naquele sentimento, esperando que aquilo iria ajuda-la a resistir a ele.

— Besteira.

— Você está ficando molhada.

— Precisa de mais do que alguns beijos para me deixar quente assim.

— Isso é uma forte mentira. – Darkness gargalhou, os dedos acalmando as carícias. – Eu deveria provar isso?

Darkness virou a mão e abaixou, mantendo-a entre a calcinha de Kat e a pele até que era a única coisa que cobria sua bu. A sensação da palma dele foi chocante, mas ele não tinha terminado. Darkness traçou a linha da sua fenda e deslizou um dedo nos lábios da boceta.

Kat tentou puxar os quadris do alcance dele, mas Darkness soltou as correntes e prendeu os braços ao redor dos quadris de Kat, erguendo o corpo dela contra o dele. Vagarosamente moveu os dedos o suficiente para pressionar contra o clitóris dela, Kat gemeu com o prazer.

— Molhada. – Ele confirmou. – Muito molhada. – Os dedos de Darkness aplicavam uma pequena pressão no clitóris de Kat e o acariciou.

Kat descansou a testa contra o peito de Darkness e fechou os olhos. Batalhou com o corpo, tentando bloquear o prazer que se irradiava em seu sistema, nunca tinha sido treinada para resistir a um ataque no ponto mais sensível de seu corpo.

— Isso não é tão justo.

Darkness se inclinou e começou a beijar a garganta de Kat novamente, os joelhos dela ameaçaram despencar, mas ele a mantinha erguida. Ela queria atormentá-lo um pouco também.

— Para quem você trabalha? Não minta, doçura. – O dedo acariciando seu clitóris parou e Darkness cessou de beijar a garganta de Kat também.

— Vai parar se eu disser?

— Sim.

— O laboratório criminal.

— Nesse passo, você estará me implorando para te fazer gozar em cinco minutos ou menos. – A respiração quente dele arrepiou a pele de Kat. – Vou parar perto o suficiente para sua paixão esfriar e vamos começar novamente. Posso fazer isso por horas até que você esteja deslizando em suor e doendo tanto para gozar que vai me contar qualquer coisa que eu queira saber apenas para fazer a agonia acabar. É nisso que vai se transformar.

— Isso é mau.

Darkness ergueu o rosto e seus olhares se seguraram, os olhos dele eram lindos de um jeito novo, sua voz saiu rouca.

— Apenas me diga o que quero saber, vou te recompensar.

— Me colocando para fora?

— Sim.

Kat estava tentada para cuspir a verdade, ela não poderia lembrar de um tempo em que quisesse mais um homem. Seu dia tinha sido insano e parecia apropriado para ela estar nessa sala com Darkness, fazendo coisas que ia colocar os dois em problemas se seus chefes descobrissem. Era completamente antiprofissional querer ter sexo com Darkness. Ela não sentia que era errado, no entanto. Uma coisa era quebrar alguns códigos morais, mas outra era acabar completamente com sua agência.

— Eu desejaria poder. Acho que você tem um tempo realmente duro.

— Isso será mais difícil para mim do que para você.

— O que isso significa?

O olhar de Darkness baixou para onde os peitos deles estavam grudados, Kat olhou para baixo e viu a forma como isso criou um monte de rachaduras. Ela olhou de volta dentro dos olhos escuros dele.

— Essa será uma batalha de vontades que não vou olhar para frente, doçura.

Kat não entendeu. Darkness deve ter lido a confusão nos seus olhos ou na expressão.

— Você vai me implorar para te foder e vou querer isso, apesar de querer que você mantenha seu silêncio. Tenho evitado fêmeas por muito tempo, mas você me tenta como nenhuma outra. Estou dependendo da minha resolução de nunca ser guiado por meus desejos sexuais novamente para me manter forte. Por outro lado...

— Por outro lado o quê? – A voz de Darkness diminuiu e Kat queria saber o que ele iria falar.

— Você não quer me ver fazer. Terá mais do que pode lidar. Terá cento e vinte quilos de um macho cru em sua bunda. – A cor dos olhos de Darkness pareceu escurecer antes de se estreitar. – E quis dizer isso. Eu te levaria até a mesa, te viraria e foderia você como nunca foi fodida antes. Não tenho certeza se poderia sobreviver a isso. Tenho anos de uma incômoda frustração sexual e toda ela seria colocada em você.

Darkness virou á pélvis e pressionou a sua ereção contra o quadril de Kat. Mesmo através do material ele se sentia realmente duro e grande. As palavras dele, o significado por trás delas e a sensação de que o pau dele estava empolgado com a tensão sexual. Isso apenas a ligou mais. Nenhum homem havia falado daquele jeito com ela. Apostava que ele era o único cara que não era só conversa e podia se garantir.

— Pequenos gatos fingidos não deveriam brincar com as feras reais, as maiores. Você entende? Não sou tão doméstico quanto você pensa.

O coração de Kat bateu mais rápido e ela selou os lábios, de outra forma, ela talvez tivesse pedido a ele para fazer exatamente isso.

— Então, faça a nós dois um favor e apenas comece a falar a verdade, porque uma vez que isso esquentar, pode terminar muito ruim. Vê como a honestidade funciona? É dar a alguém a verdade absoluta. Eu vou te enlouquecer, mas não vou te foder. Talvez eu te machuque.

Darkness era um cara grande, mas Kat não estava com medo, ela odiava ver o conflito nos olhos dele, no entanto. Coloca-lo naquela situação era a última coisa que ela queria fazer. Inexplicavelmente, ela realmente gostava de Darkness. Talvez pedir a ele para seduzi-la não tivesse sido sua melhor ideia, ele tinha um trabalho para fazer e tinha alguém para responder também.

— Meu nome é realmente Kat e vim aqui para ensinar. Eu nunca iria ferir seu pessoal. Essa é uma verdade absoluta.

— Para quem você trabalha?

Ela hesitou, sabendo que ele não aceitaria a mentira porque era esperto. Era tentador apenas dizer FB, mas não podia desistir daquilo. Seu chefe talvez a tivesse enviado pelos interesses pessoais, mas ela não tinha planos de realmente expor a ONE ou tentar encontrar sujeira neles.

— Não sou uma assassina ou alguém que iria querer alguém de Homeland ferido.

— Para. Quem. Você. Trabalha? – Darkness cuspiu cada palavra.

— Um idiota. – Kat estava deslizando ao redor da mentira para ele dando respostas honestas, apenas não as que ele queria.

— Ele quer nos machucar?

Kat não quis olhar para longe de Darkness, mas estava dentro do seu jogo e o movimento de reflexo não pode ser recuperado, ela segurou o olhar dele novamente.

— Não sou uma grande fã do meu chefe. Ele realmente é um idiota, não sigo as ordens dele ao pé da letra. Vim aqui para conhecer Novas Espécies e ensinar a eles ciência forense. Nunca iria machucar suas pessoas. Não os quero feridos, eu juro.

— Qual é o nome do seu chefe?

— Estúpido. Eu também o chamo de perdedor. – Kat fechou os olhos, ela não mentiria mais para Darkness, mas não poderia entregar o chefe, mesmo que ela não concordasse com o porquê de ter sido enviada. Isso a colocou em um inferno de dilema moral.

Ela admirava os NE desde que eles foram libertados, lendo e assistindo tudo nas notícias sobre as lutas deles. Ela era até uma fã. As conexões de Robert Mason com eles ou as razões para o ódio dele não estavam claras, mas ela sabia que era muito pessoal para ele. Kat era apenas um peão, mas isso não significava que ela iria fazer algum movimento contra alguém de Homeland.

— Olhe para mim, doçura.

Kat fez como Darkness pediu e segurou o olhar dele. Eles eram realmente bonitos. Kat acreditou em tudo o que ele contara a ela sobre seu passado, ter sobrevivido àquela experiência infernal a fez admirá-lo como nunca. Homens menores teriam quebrado, morrido durante o treinamento ou acabado com as vidas apenas para acabar com o sofrimento. Darkness merecia seu respeito, especialmente desde que ela tinha a mais absoluta certeza de que poderia adivinhar que ele teria que ser durão. Darkness não estava batendo o inferno fora dela, quebrando ossos para apenas seus gritos ou esfolando-a viva. Ele tinha que ter visto isso muitas vezes.

— Qual é o nome legal do seu chefe?

— Não vou contar a você. Eu quero, mas não posso. É uma questão de obrigação, entende?

— É meu dever fazer você responder minhas perguntas.

— Estamos num inferno de situação, não estamos? – Kat piscou as lágrimas de volta, porque a situação era dilacerante. – Nunca quis ser considerada o cara mau por você. Acho que é onde estamos agora, não é?

— Você não é o cara mau. Você é toda feminina. Vou fazer você consciente disso tanto quando eu sou. Vamos continuar isso ou devo parar?

— Não quero que você pare.

Darkness deslizou o dedo do clitóris de Kat para deslizar pelas dobras de sua boceta, ela não olhou para longe dele ou protestou. Ele tinha avisado o que faria com grandes detalhes e ela apenas esperava que não desistisse e contasse tudo a ele. Darkness talvez fosse capaz de leva-la aquele ponto. Ele era apenas muito sexy com aquelas expressão de irmãos e o passado trágico, ele era o tipo de cara que poderia ser sua derrocada.

Darkness aproximou o rosto até que a respiração quente caísse nos lábios de Kat. Ela queria que ele a beijasse, mas ele se afastou no último segundo e afundou o rosto na curva do pescoço dela. Kat fechou os olhos e prendeu as mãos juntas quando a língua de Darkness traçou seu lóbulo. Ele o sugou, rosnando para as vibrações brincarem com os mamilos dela e os dedos retornaram ao clitóris para deslizar suavemente nele.

Kat queria correr as mãos pelos cabelos de Darkness e segurá-lo mais perto. Eles pareciam sedosos e macios, mas ela não poderia alcança-los desde que os braços de Darkness a preveniam de erguer os dela. Kat até mesmo separou as pernas para dar a ele melhor acesso para brincar com seu sexo.

Ela estava perdida em sensações. A boca dele era o paraíso no seu pescoço, apenas um segundo para construir o êxtase crescendo através de seu cérebro. Kat tentou segurar o tanto quanto possível, na esperança de que iria suavizar a tensão sexual. Não fez. Ela tencionou e gemeu quando não pode se segurar mais. Darkness rosnou em resposta e pressionou a virilha contra ela, a sensação do pênis rígido dele a fez consciente de quão vazia se sentia. Queria Darkness dentro dela. Apenas imaginar como seria senti-lo fez sua boceta se contrair contra os dedos dele. Kat ia gozar.

— Não. – Darkness se acalmou e parou de beijá-la.

Ele aliviou o clitóris de Kat e retirou as mãos da calcinha dela. Darkness agarrou as cochas dela, dedos calosos acariciaram a pele sensível dos quadris de Kat, quase tocando sua boceta; ele pausou ali e começou a beijar a garganta dela novamente. Darkness correu os dedos ao longo do centro da calcinha dela para fora, brincando com ela. As presas dele a beliscaram, ela pulou pelo tiro de prazer.

Kat permaneceu lá enquanto Darkness a explorava com a mão livre. Ele deixou sua calcinha sozinha para brincar com a pele no baixo ventre que cobria seu monte e esfregou, mas quando ela gemeu, ele se retraiu para o ventre dela, acariciando e então começou o processo novamente.

Darkness estava no inferno. O cheiro que sua prisioneira exalava era forte o suficiente para ameaçar seu controle. Ele combateu o desejo de deitar Kat no fim da mesa,

colocar as pernas dela separadas e apenas se empurrar até que pudesse realmente descobrir se ela era tão deliciosa quando cheirava. Ele temia que estaria babando se fosse canino.

A promessa da satisfação carnal de ouvi-la gritando de prazer e como Kat se movia contra a língua dele quando quebrou sua vontade. Fazia tanto tempo que ele tinha ficado perdido no gosto, sensação e suavidade de uma fêmea. Resistiu porque poderia se perder, iria fazer Kat gozar e gritar o nome dele. Nada iria pará-lo, naquele ponto, de fodê-la. Apenas imaginar o quão quente e molhada ela estaria, como se sentiria enquanto ele entrasse nela o fez rosnar. Esse não era o objetivo na batalha de vontade deles. Ele não poderia permitir que ela gozasse até que dissesse tudo o que ele precisava saber.

Seu pau doeu. Ele estava duro como aço, duro e pesado de pura tortura trancado dentro de suas calças, separou um pouco as pernas para aliviar a pressão em suas bolas. Elas não iriam realmente se partir das pernas onde sempre tinham estado, mas se sentisse como se fossem. Tentou ignorar tudo abaixo da cintura e se focar na sua pequena gata fingida.

Suor havia brotado dela do jeito que ele sabia que iria, ele lambeu um pouco dele. Tão suave. Darkness usou as presas para morder um tendão do ombro de Kat, não usou muita força suficiente para quebrar a pele, mas ela gemeu em resposta. Os seios de Kat se pressionaram duros contra o peito dele enquanto ela se esfregava contra ele, o material fino do sutiã dela não fez nada para diminuir os impactos daqueles seios duros.

Não vá lá, Darkness relembrou a si mesmo. Ele não iria se arriscar a remover a lingerie de Kat. Não confiava em suas resoluções se ela ficasse completamente nua. Darkness teria sugado os seios dela e se movido mais abaixo no corpo dela. Isso poderia colocar sua boca entre as pernas de Kat e ele não iria ser capaz de parar até que a virasse e a fodesse.

Você está aqui para ter respostas, lembre-se disso. Tinha que manter isso em mente quando pegou a si mesmo esfregando o pau contra o corpo de Kat. Mesmo aquela minúscula quebra em seu controle o alarmou. Ele a queria tanto e não podia se lembrar de desejar tanto outra mulher. Kat era forte e bonita. Delicada e humana, não esqueça isso. Ela era uma ameaça desconhecida que tinha mentido sobre a identidade e propósitos.

As memórias do passado ajudaram. Ele se voltou para a única mulher que confiou, que o traiu. Ela tinha sido bonita também. Traiçoeira. Com o prazer vem á dor.

A porta da sala de interrogatório se abriu e Darkness afastou os lábios de sua gatinha fingida e rosnou para a pessoa que ousou entrar depois que ele dera ordens para que ninguém interferisse. Ele usou o corpo para bloquear o de Kat.

Snow parou em um solavanco, os olhos se abrindo em choque e as narinas se alargando. Ele empalideceu, olhando para Darkness.

— Fora.

Snow não se moveu. Ele, ao invés disso, mudou as feições para esconder as emoções.

— Você precisa se afastar.

— Fora. – Darkness repetiu.

Snow tentou içar o pescoço para ver a fêmea, mas Darkness sabia que ele não podia ver muito. O Espécie seria capaz de ouvi-la e cheirar seu desejo. Kat estava respirando rapidamente, quase ofegante. Darkness rosnou para voltar ao seu foco. O macho respondeu rosnando de volta quando seus olhares se cruzaram.

— Você vem para fora.

— Você não me dá ordens.

— Justice sim. Novas informações chegaram. Para fora agora.

— Estarei lá logo. – Darkness acenou rapidamente.

— Agora. – Snow ordenou.

Darkness se virou e se ergueu para sua altura total. Ele teve que soltar Kat para fazer isso, mas parou à direita para manter parte dela bloqueada da vista de Snow.

— Saia. – Ele rosnou. – Vou estar lá em um momento.

Snow hesitou, mas então se afastou. Ele deixou a porta aberta. Darkness tentou baixar o temperamento, mas falhou. Ele se virou e olhou para Kat, ela olhava para ele e tinha notado a atenção dele nos seios. Eles se erguiam e desciam com a respiração rápida dela, uma linha fina de suor cobria a pele dela. Darkness gostaria de ter um tempo para acalmar um pouco da tensão dela, mas Snow iria retornar.

— Estarei de volta. – Ele se afastou, erguendo-a e carregando-a para a mesa, onde gentilmente a sentou no topo.

Darkness cruzou a sala sem lançar um olhar para trás. Sentiu-se culpado por deixar Kat naquelas condições, mesmo que não pudesse lidar com aquela emoção inútil. Ele

fechou a porta da sala de interrogatório, era a prova de sons, então Kat não iria ouvir nada que eles dissessem. Darkness caminhou e usou o peito para empurrar Snow, era uma mostra de dominância, mas ele estava furioso. Teria certeza de que a frente de suas calças não fizessem contato com o macho, isso seria um desastre antes que seu pênis se suavizasse.

— Que inferno é que você está fazendo lá? – Snow cambaleou, mas se endireitou, os punhos se fechando ao seu lado.

— Meu trabalho. Nunca discuta comigo na frente de um prisioneiro.

— Você ia montá-la.

— O que está acontecendo? – Justice virou a esquina e parou, aparentemente lendo a linguagem dos corpos deles.

— Darkness estava tocando a fêmea. – Snow acusou.

— Você prefere que eu batesse nela? Eu nunca trataria uma delas do jeito que trato um macho. – Ele ergueu os ombros e olhou para Justice. – Eu não iria realmente montá-la. Ela se recusou a contar para quem realmente trabalhava. Frustração sexual não preenchida pode ser mais efetiva que infligir dor, se feita direito. Tem algum problema com minhas táticas?

Justice abriu a boca, fechou, e então acenou. Ele balançou a cabeça.

— Acredito em você. Você não a machucou mesmo?

— Não, eu não molesto fêmeas. – Lançou um olhar sujo a Snow. – Ou bato nelas ou inflijo algum tipo de dor nelas.

— É o suficiente. – Justice determinou. – Mandei Snow tirar você porque sabemos quem a mandou. Recebemos uma chamada do pai de Jessie.

— O senador? – Darkness pestanejou. – O que o governo humano tem a ver com isso? Ela é militar?

— Ele tinha um amigo no FBI. – Justice hesitou. – Parece que eles enviaram um agente para Homeland hoje. Não está claro para o que foi enviada, mas temos certeza que ela é agente deles.

— O senador não poderia ter dado mais detalhes? – Darkness queria voltar para Kat e descobrir.

— Temos sorte que até mesmo soubemos que eles mandaram alguém aqui. O amigo de Jacob sabe que Jessie vive aqui e estava preocupado com a segurança dela. Ele perguntou se ela estava em perigo e se eles podiam ajudar desde que um dos agentes havia sido escalado. – Justice pausou. – Ele pensou que nós solicitamos um dos agentes deles. Não fizemos isso.

Darkness cruzou os braços a frente do peito, tentando pensar no porque eles secretamente enviaram um agente para Homeland. Ele não pôde pensar em uma razão.

— Jacob e eu discutimos o motivo. – Justice parecia igualmente perdido. – Lembra quando eles enviaram agentes aqui para questionar Jeanie Shiver? Eles não ficaram felizes com nossa recusa para entrega-las a eles. Tenho True e a companheira transportados para a Reserva agora. O helicóptero deles deve ir em trinta minutos.

— Acredita que ela veio para sequestra á companheira de True para ser levada até o FBI? – Darkness estava furioso.

— Possivelmente. – Os olhos de Justice brilhavam com a mesma emoção. – Isso não vai acontecer.

— Vou escolta-la para os portões e jogá-la para fora. – Darkness se virou, mas Justice segurou seu braço.

— Espere.

Darkness odiou o jeito que seu estômago se retorceu, ele olhou para Justice.

— Ela não causou ferimentos a nós. Você disse que ela trabalha para o FBI, isso significa que ela recebeu ordens. Eles não são os únicos que concordamos, mas não acredito que ela deve ser levada a uma cela ou transportada para Fuller. Permita-me escolta-la para fora de Homeland. Ela voltará para o FBI de mãos vazias e será punição o suficiente. Ela não é de Mercile ou uma mercenária contratada. Ela é uma aplicadora da lei, mesmo que tão errada a missão dela seja. Também temos que agradecer a ela por lidar efetivamente com a ameaça aos portões.

— Estava pensando mais além das linhas de permitir que ela fique e fingir que acreditamos em sua falsa história. – Justice o soltou.

— Por quê? – As palavras aturdidas curaram Darkness de sua dolorosa ereção.

— Assumimos que ela veio aqui por Jeanie, mas e se ela tiver oura razão? Estou curioso.

— Para que mais eles iriam mandar alguém aqui? – Nada disso fazia sentido para Darkness.

— Gostaria de descobrir. Jeanie estará a salvo. Vamos permitir que a agente do FBI ensine as classes enquanto mantemos um olho em cada movimento dela. Ela vai deixar a guarda baixar e revelar a verdade. – Justice sorriu friamente. – Então vamos decidir o que fazer sobre isso. Estou tendo a Segurança clonando o celular dela e instalando programas de rastreio nas coisas delas para o caso dela deslizar em nossos escritórios em algum momento. Vamos tê-la constantemente sobre vigilância controlada. Tenho certeza, com o treinamento dela, ela pode pegar alguém em proximidade física. Vou colocar alguém para ficar atento, no entanto, ou se ela começar a ficar suspeita.

— Eu poderia voltar lá e continuar trabalhando com ela. Vou descobrir o porquê dela estar aqui e o que foi ordenada a fazer.

— Quer dizer que você quer apenas montá-la depois que ela ficar toda quente e suada? – Snow devolveu.

Darkness deu um passo ameaçador para ele e rosnou.

O macho mostrou as crescidas e afiadas presas, pronto para lutar.

— Chega. – A voz de Justice se aprofundou. – Snow, deixe Darkness sozinho. Ele é bom no que faz por uma razão.

— Entre naquela sala e respire profundamente. Você vai saber o que está acontecendo. – Snow pestanejou. – Ele é bom em atrair uma fêmea. Eu não poderia lidar com aquelas táticas se me fosse permitido interroga-la.

— Você não tem os antecedentes dele ou o controle acima das respostas físicas, Snow.

— Vi o tanto de controle que ele tem e você iria ver também se olhasse para o jeito dele quando pisou no corredor. – Snow olhou para as calças de Darkness. – Ele está no controle agora.

— Eu não iria montá-la. – Darkness rosnou. – Qual é seu problema?

— Parem. – Justice ordenou. – Darkness é um excelente juiz do que é necessário para que um prisioneiro fale e alguns prisioneiros são diferentes. Darkness, sei que você poderia ter os segredos dela, mas ela é FBI. Prefiro uma aproximação menos agressiva, desde que ela veio de uma agência do governo. Vamos chamar isso uma cortesia profissional e fazer isso para saciar minha curiosidade.

— Tudo bem. – Darkness inclinou a cabeça. – O que gostaria que eu fizesse?

— Vá lá e culpe alguém por nosso erro. Finja comprar tudo o que ela disser a você e dê a ela uma habitação humana. Um time estará lá agora para ter certeza que todo o cômodo está coberto. Ela não fará nada sem que nós saibamos disso.

— Okay.

— Estou saindo agora. – Justice lançou um olhar aos dois. – Tenho algumas ligações para fazer. A imprensa está ficando maluca com o que aconteceu nos portões e todas as equipes da lei estão nos ligando para perguntar se precisamos de assistência. Não lutem. Temos o suficiente com o que lidar, todos estamos estressados.

Darkness esperou até que o som dos passos de Justice desaparecessem.

— Qual é sua dúvida? – Ele olhou para Snow.

— Não consigo ver por que você não quer que eu entre lá com você.

— Conhece a fêmea? Existe uma conexão pessoal?

— Não.

— Então, qual é o problema?

— Eu quero experiência em interrogatório. – Snow rangeu os dentes. – Você não quer o trabalho, então pensei que podia trabalhar aqui em tempo integral fazendo isso.

— Você praticamente vive na Reserva.

— Quero ficar aqui.

— Então diga para Fury e Slade não te colocarem em outro lugar.

— Não quero andar pelo perímetro ou trabalhar nos portões. Quero fazer algo útil.

Darkness piscou, relaxando. Não gostou da ideia de que o macho tivesse um interesse pessoal em Kat, mas não era sobre a fêmea, era sobre o emprego.

— Não faço interrogatórios com frequência é apenas em casos especiais.

— Apenas os importantes.

— O que realmente está acontecendo? – Ele estudou o Espécie.

— Me sinto inútil. – Snow hesitou.

— Você não é.

— Existem Espécies que cresceram e tem tratamento especial. Eu quero isso.

— Eu não cresci, não tenho tratamento especial também. Vivo no dormitório masculino, assim como você.

— Nosso pessoal teme você e você tem habilidades especiais. Ouviu Justice. Você pode seduzir uma prisioneira e ele nem mesmo questiona isso. Eu seria mandado ao Centro Médico para avaliação se fizesse isso. Eles ficariam preocupados sobre estar tendo um colapso.

— Não forcei nada disso. - A frustração se ergueu, mas Darkness a sufocou. – Ela foi a única a iniciar minhas ações. Vamos discutir isso mais tarde, agora Justice está certo. Estamos todos estressados com o ataque. É normal se sentir ineficaz depois de algo tão extraordinário. Você quer fazer algo para ajudar nosso povo.

Ele não era bom em lidar com machos que estavam experimentando perturbações emocionais, mas gostava de Snow. O macho tinha personalidade fácil na maioria do tempo e era sagaz, ele também não evitava contato visual, algo que Darkness apreciava.

— Vamos descobrir uma solução. Preciso voltar lá e agir como estúpido, isso vai ser difícil. – Darkness sorriu.

— Desculpe. – Snow assentiu. – Não quis tirar isso de você.

— Não está sendo um bom dia. Por que não usa um pouco da sua energia ajudando com a limpeza? A frente do prédio de segurança está uma bagunça, eles precisam reconstruir o mais rápido possível e isso significa remover os escombros.

— Estou nisso. – Snow caminhou para longe.

Darkness o assistiu ir e puxou poucas respirações. Kat, ou seja lá qual fosse o nome real dela, trabalhava para o FBI. Isso aliviou os medos de que ela era uma matadora de aluguel enviada por alguém associado aos inimigos, mas isso não fazia dela uma amiga também. Ela tinha vindo a Homeland por uma razão desconhecida, ele ia descobrir qual era. Apenas não iria fazer isso mantendo-a naquela mesa. Uma parte dele lamentou isso, a outra parte se sentia aliviada. Ela era muito tentadora.

Ele abriu a porta e entrou, Kat deslizou para fora da mesa e o assistiu. Darkness fechou a porta atrás dele e se aproximou dela vagarosamente.

— Precisamos conversar.

— Sobre o quê? – Os olhos dela eram cautelosos.

— Alguém na Segurança bagunçou tudo. Ele era novato. Alguns Espécies estão aprendendo o trabalho deles e esse estava encarregado de chegar seus antecedentes. –

Ela aceitou a desculpa facilmente, se ele a leu certo. Kat precisava desesperadamente que ele acreditasse na identidade falsa. – Outro correu suas informações tudo veio como você disse. Seu nome é Kathryn Decker e você trabalha para o Departamento de Polícia de Bakersfield como uma técnica criminal. – Ele fez uma careta, esperando que isso se passasse por um show de arrependimento. – Peço desculpas.

Kat piscou rapidamente e Darkness quase viu a informação entrando na cabeça dela.

— Bom. – Ela lambeu os lábios e se endireitou, os ombros indo para trás. – Ótimo, disse isso a você.

— Você disse. – Darkness alcançou os bolsos, localizou as chaves das algemas, se aproximou e abriu-as. Kat soltou os pulsos e massageou a pele. – Desculpe pelo que sofreu em minhas mãos.

— Nem tem nada para desculpar, exceto por ser uma provocação. Vou sobreviver. – As bochechas dela se coloriram e Kat quebrou o contato visual.

Darkness ainda podia cheirá-la, seu pau endureceu, mas ele rapidamente imaginou os piores momentos em sua vida. Isso matou seu desejo sexual.

— Tenho certeza que você vai querer nos deixar agora, preferindo ser escoltada para os portões. Seu carro está danificado, mas podemos providenciar sua ida para casa. Vamos mandar o carro para a empresa onde você alugou depois que os reparos estiverem feitos, é o mínimo que podemos fazer. – Ele sabia que ela não iria embora, Kat era formidável e não se desapontou.

— Não, vim para ensinar as classes. Merda acontece, estou bem. Eu não ia reclamar se tiver roupas, no entanto.

Darkness admirava o espírito dela, algumas fêmeas não iriam se recuperar tão rapidamente de encarar uma situação para lidar com outra. O único defeito na armadura dela era o pequeno tremor nas pernas, ele notava tudo sobre ela.

— Claro, fique aqui e vou recuperar suas roupas. Você prefere que outra pessoa traga para você? Tenho certeza que não sou sua pessoa favorita. – Não pôde resistir atormenta-la.

— Não me importo com quem traga elas. – Um rubor coloriu as bochechas dela novamente, o queixo se ergueu quando ela segurou o olhar dele com determinação.

Kat era tão atraente. Darkness queria sorrir, mas manteve a careta no lugar.

— Há algo que posso fazer para acertar as coisas para você? – Ele propositalmente baixou o olhar para o corpo dela. – Devo a você.

Darkness pegou a pequena parada na respiração de Kat e o jeito que os olhos dela se arregalaram, ele a tinha chocado com a súbita oferta sexual. Kat não respondeu imediatamente.

— Provavelmente é melhor para nós dois se deixarmos as coisas como estão, apenas me dê algumas roupas, está frio aqui. Vai ser legal saber que minha mala sobreviveu, então terei algo para vestir amanhã. Estava no porta-malas do meu carro.

— Vou procurar lá dentro. Relaxe, Kat. Bem vinda a Homeland. – Ele girou e caminhou para a porta, pegando a regata descartada no caminho. – Alguém estará aqui rapidamente com suas coisas, fique aqui. Há muitos machos lá fora que adorariam a visão de você em coisas tão pequenas.

Darkness saiu e fechou a porta atrás dele, ele manteria um olho naquela fêmea e ela estaria lidando com ele com frequência. Primeiro teria que mudar sua atual habitação, ele estava ansioso para ver a surpresa de Kat quando ele se tornasse seu vizinho.

 

Kat caminhou ao redor da casa pequena depois da ducha e apreciou quão bem as acomodações da ONE eram apesar dela não ter permissão para sair sem pegar o telefone e pedir por uma escolta. Aos visitantes não era permitido andar em Homeland sem um deles.

O chalé com dois quartos tinha mobília charmosa e era aconchegante, a mala dela tinha sido procurada e entregue. Alguns novos danos se mostravam na mala de plástico, mas Kat estava grata que tivesse sobrevivido à explosão. Todas as suas roupas tinham sido colocada em uma das camas que ficavam na pequena área do pátio.

A campainha tocou e ela se tencionou, não esperando ninguém até de manhã. Abriu a porta, no entanto, se sentido segura; a ONE tinha seguranças em sua bunda. Uma fêmea estava parada lá, uma que não tinha encontrado antes, e segurava uma bandeja coberta.

— Darkness pediu para entregar seu jantar. Sei que você tem estoque de comida, mas ele disse que esse é o jeito dele de se desculpar por ser cruel com você.

— Obrigado. – Kat estava surpresa.

— Mova-se e vou trazer isso.

— Sou Kat, a propósito. – Ela andou para o lado e balançou o braço. – Entre.

— Sou Sunshine.

— Amei seu cabelo. – A mulher felina alta NE era linda.

— Obrigada. É natural. – A mulher se virou e lançou um sorriso.

Isso surpreendeu Kat. As madeixas da mulher tinham que ter, pelo menos, seis cores diferentes. Ela não mencionou que isso a lembrava do cachorro de sua vizinha ou que ela quase parecia uma mistura de um gato quem eles pegaram o DNA. Kat nunca olharia para Calicos do mesmo jeito novamente.

— Eu conheço o caminho, a maior parte desses chalés tem a mesma planta baixa. – Sunshine caminhou para a cozinha e colocou a bandeja em cima do balcão – Você está bem? Percebi que Darkness deve ter feito algo realmente ruim para me pedir para entregar comida. Ele é assustador.

— Estou ótima. Foi apenas uma confusão nos portões.

— Fomos atacados e você fez os caras maus irem pro espaço! – A mulher arqueou as sobrancelhas e gargalhou. – Todo mundo está falando sobre isso.

Kat tinha que admitir que não tinha pensado sobre muita coisa desde que tinha lhe sido mostrado o chalé. Homens tinham morrido, eles tinham planejado machucar, mas não significava que ela não teria algumas coisas com que lidar. O relatório que teria que escrever quando retornasse para o escritório iria ser um pesadelo, ela também queria olhar para os antecedentes deles. Isso provavelmente ajudaria a aliviar um pouco do estresse sobre o incidente quando checasse os antecedentes.

— Ótimo. – Ela esperava que seu sarcasmo não fosse percebido.

— Tivemos sorte, nenhum dos nossos morreram, apesar de minha amiga Breeze ter sido presa sob uma parte do teto. Caiu em cima dela.

— Ela está bem?

— Sim, Breeze é durona. O telhado realmente caiu em cima das mesas, mas ela tinha batido no chão primeiro, então isso não a acertou. Ela apenas precisou de um banho até que fosse para casa. Os machos pegaram os únicos chuveiros funcionando, então todas as fêmeas em serviço foram para o dormitório para se limpar. Breeze ficou apenas com raiva que isso aconteceu.

— Isso não deveria ter acontecido.

— Os portões da frente estão fechados. Eles terão equipes vindo a noite para trabalhar neles, mas vai levar pelo menos dois dias.

— Isso é rápido.

— O dinheiro fala, a merda anda. – Sunshine sorriu alegremente. – É o certo a dizer? Pagamos muito para ter construtores trabalhando ao longo do relógio quando precisamos que algo seja feito rápido.

— Você acertou em cheio. – Kat queria mudar de assunto. – Sabe algo sobre as aulas que supostamente vou começar a ensinar amanhã?

— Claro. Eu vou participar.

— Onde elas serão ministradas? Ninguém me disse.

— No bar. É grande o suficiente para acomodar todos que querem vir.

— Vou dar aulas em um bar? – Isso surpreendeu Kat.

— Não é como aqueles nos seus filmes. Dançamos lá e eles servem cafeína, na maioria das vezes. – Sunshine abriu os armários e removeu um prato. – Aquela é uma coisa maravilhosa.

— Dançar?

— Cafeína.

— Sou parcial com isso, pessoalmente.

— A maioria de nós não bebe álcool, tem um gosto horrível e como nosso metabolismo é difícil ficar e permanecer bêbado. – Ela curvou os lábios e mostrou as presas. – Eu não vejo a graça nisso. Álcool deixa você delirante e estúpido, qual é a graça nisso?

— Não tenho certeza. Não sou uma bebedora.

— Bom. Muitos de nós se inscreveram para sua aula. Raramente temos humanos que querem ensinar aulas. Todos estão excitados, mas devo te avisar que muitos machos estarão lá porque você é uma fêmea.

— Quer um refrigerante? – Kat abriu a geladeira.

— Não, obrigado. Quer que eu saia?

— Fique, estou adorando a companhia. Por que os caras estão vindo, porque sou uma mulher?

— Alguns dele estão procurando por companheiras. Justice desencorajou fortemente eles de falar com os protestantes ou com as caçadoras de companheiros nos portões.

— Caçadoras de companheiros? Quem são essas?

— Fêmeas que aparecem procurando por um dos nossos machos para acasalar com eles. – Sunshine tomou assento no balcão. – Muitas delas são va... O que isso diz? Uma bola tímida de uma sacola cheia de amendoins?

Kat gargalhou, ela abriu a tampa sobre a bandeja e olhou para o maior pedaço de carne que já tinha visto. Ele tinha que pesar pelo menos meio quilo.

— Uau.

— Não gosta de carne?

— É grande o suficiente para dois. Não posso comer tudo isso.

— Ótimo, estou com fome. – Sunshine pulou do assento e pegou outro prato. – Isso é, se você não se importar.

— Não.

Sunshine encontrou talheres, cortou o bife no meio e colocou um no prato para Kat.

— Este é para você.

— Obrigado. – Kat sentou no balcão e abriu seu refrigerante. – Então, conte mais sobre aquelas caçadoras de companheiros, estou curiosa.

— Elas mostram os peitos para nós. Caminhei nas paredes dos portões e elas podem dizer qual de nós são machos e fêmeas. Estou cansada de ver seios.

— Eu passo. – Isso era engraçado.

— É como se um pequeno flash de seios fosse o suficiente para deixar nossos machos em frenesi sexual. Talvez sim, se elas tentassem na Zona Selvagem. Alguns dos nossos machos iriam gostar de ir para isso, aquelas humanas iriam lamentar se um daqueles machos a pegassem e levassem para casa.

— Por quê?

— Não sei se estou autorizada a dizer. – Sunshine pausou.

A implicação de segredo pegou a natureza curiosa de Kat. Onde eles escondiam algo?

— Bom, acho que estaria tudo bem dizer que é chamada de Zona Selvagem por uma razão. Alguns de nós não são tão civilizados quanto os outros. Eles foram duramente maltratados por Mercile, então humanos não são amigos. Eles vivem lá para evitar correr, excetos para companheiros. Ta... – Sunshine parou. – Uma companheira vive lá há alguns anos. Claro que o companheiro dela é muito protetor, então ela está a salvo de qualquer um sendo mau com ela.

— Ela é humana? – Era uma suposição calculada.

— Sim. Não há perigo em dizer isso a você.

— Então, como uma mulher poda lamentar terminar na Zona Selvagem? Estou curiosa.

— Selvagem, entendeu? – Sunshine cortou um pedaço da carne e olhou para Kat. – Eles não são educados. Suas fêmeas veem Justice na TV e assumem que todos têm as maneiras dele. Elas estariam erradas. Os machos da Zona Selvagem não usam palavras educadas e conversam com as fêmeas. Eles apenas querem seduzir uma fêmea. Eles

não estão interessados em discussões extensas, se entende o que quero dizer. Eles gostam de sexo e podem ficar um pouco empolgados, um macho iria pegar uma mulher que dissesse sim e iriam direto ao ponto. Sei que fêmeas humanas costumam que humanos levem as coisas mais devagar. Espécies amam colocar o rosto entre as pernas de uma fêmea, com frequência.

— Oh. – Kat pegou um pedaço do seu bife, estava delicioso. Ela pensou sobre o que tinha aprendido. – Eles apenas vão para isso, hum?

— Isso funciona para um sexo quente, mas eles são um pouco rudes. – Sunshine gargalhou. – Não sei se um humano pode lidar com isso. Eles não iriam machuca-las ou forçar, mas isso seria um passeio selvagem.

Darkness apareceu na cabeça de Kat. Ele disse que gostava de sexo duro.

— Quão duro?

— Nossos machos são fortes. Não compartilhei sexo com um de vocês, mas tenho visto alguns pornôs na internet. – Ela assobiou. – Não quero compartilhar sexo com um dos seus machos. Eu teria quebrado o maxilar dele se ele me chamasse de algumas coisas que os ouvi dizer para suas parceiras eles são muito egoístas. – Ela acenou. – Já viu os vídeos de massagem alguma vez? Eles brincam com as fêmeas, mas não as despem, então empurram os paus nelas. Como isso é prazer mutuo? Eles encontram isso, mas as fêmeas apenas recebem o eixo. Você notou minha insinuação lá?

Kat gargalhou.

— Muitos deles não sabem o que fazer quando vão para baixo de uma fêmea também. Como é ser satisfatório que eles lambam seu clitóris? Isso parece irritante.

— Aqueles vídeos são muito tristes.

— Como são os machos humanos na realidade? – Sunshine olhou para ela curiosamente.

— Não como naqueles vídeos ou eles não teriam sexo com frequência. Eu nunca teria sexo se metade daquelas merdas realmente acontecesse em um quarto. Aquelas coisas que reviram o estômago.

— Você tem um companheiro? Não cheiro um macho em você, mas você tomou banho recentemente.

— Não, sou solteira.

— Você é uma mulher atraente, pensei que todas vocês quisessem um companheiro. Assumo que você escolheu não ter um.

Kat se mexeu no seu assento, relembrando da última conversa com a mãe. Tinha sido mais uma palestra. Ela não estava dando netos à mulher e isso, aparentemente, era decepcionante.

— Eu trabalho muito. Alguns homens são intimidados por meu trabalho e não apreciam saber que eles vem em segundo lugar na minha lista de prioridades.

— Você resolve crimes, isso é importante. Eles deveriam estar orgulhosos.

— Acho que a maioria se senti irritado ou negligenciado porque amo o que eu faço. Eu admito que meu último relacionamento terminou por causa de um caso em que trabalhei. Perdi a festa de aniversário dele e então o deixei na mão na semana do casamento do melhor amigo dele por causa do trabalho. Ele me deu um ultimato e não gostou da resposta.

— Qual era o ultimato?

— Ele ou meu trabalho.

— Oh, isso é triste. – Sunshine deu uma mordida.

Isso resumia a vida de Kat. O trabalho vinha primeiro e qualquer coisa em segundo.

— Recentemente, tenho considerado ter um companheiro.

O anúncio de Sunshine a tirou dos próprios pensamentos.

— Sério? Como ele é?

— Não escolhi um ainda, isso vai ser difícil. Todos os machos com quem compartilhei sexo, tem suas boas qualidades e defeitos.

— Com quantos você dormiu?

— Não permito que eles durmam em minha cama. Isso implicaria em um compromisso e não estou pronta para isso ainda. Nossos machos tendem a ficar possessivos rapidamente se você não colocar limites. Eles os respeitam. Seu mundo é diferente do meu. Compartilhar sexo com os machos é considerado ruim de onde você vem. Aqui? – Sunshine sorriu. – Já viu nossos machos? Sou uma fêmea com um saudável apetite sexual. Não temos que nos preocupar sobre doenças sexuais ou gravidez. Seria estranho não compartilhar sexo com frequência com diferentes machos, a menos que eles queiram uma companheira.

— Eu estava apenas curiosa. Não sei muito sobre NE. – Ela não era uma que julgava.

— Permitir a um macho passar a noite em sua cama pode dar a ele a ideia de que ele pode apenas dormir lá todas as noites. Há algo que você deve ter ouvido. Dê a eles um passo e eles vão levar uma milha. Eles são agressivos, então você deve ser tão agressiva quanto. Lembre-se disso enquanto estiver aqui, porque alguns dos machos virão atrás de você. Eles veem as humanas como mais submissas e fáceis de dominar.

— Okay, terei isso em mente.

— Chute os machos para fora de sua cama se permitir um compartilhar sexo com você, diga a ele para ir embora depois, não se abrace com ele. Bom, a menos que ele seja um primata. Eles tendem a precisar disso ou os sentimentos deles seriam feridos, mas corte isso depois de cinco minutos. De outra forma, eles vão te pressionar para ficar. Eles podem ser muito persuasivos.

Persuasivo era um eufemismo. Kat teria implorado que Darkness a fodesse se ele não tivesse sido chamado para fora da sala de interrogatório. Ela estivera perigosamente perto de se quebrar em pouco tempo. Ele tinha sido tão bom atormentando seu corpo até que estava fisicamente doendo para gozar.

— Eles veem os casais acasalados e desejam ter alguém que dependa deles daquele jeito.

— Como elas são dependentes? – A acusação de Mason apareceu, ele pensava que as mulheres eram dependentes dos homens.

— Suas fêmeas gostam dos abraços constantes e do jeito que os machos são protetores com elas. – Sunshine terminou sua metade do bife e pestanejou. – Chamamos isso de irritante, mas suas fêmeas parecem pensar que é cativante quando eles rosnam para outros machos que ficam perto delas. Os machos realmente parecem ansiar para que uma fêmea os ame. – Ela pausou. – Nunca tivemos isso. Eles também do sentimento de precisar de uma fêmea. Isso faz sentido? Ser a pessoa mais importante para outra depois que fomos apenas números é uma coisa memorável.

— Entendo. – Isso quebrou um pouco o coração de Kat.

— Suas fêmeas também parecem apreciar o sexo e não as culpo. – O humor de Sunshine se iluminou. – Nossos machos não são nada como seus machos naqueles pornôs. Nenhum Espécie nunca iria chamar uma fêmea por nomes ruins ou ataca-las, nossos machos tem muito tesão, mas não são egoístas. Eles farão qualquer coisa para dar mais e mais prazer.

Não Darkness. Ele a atormentou além do limite. Kat nunca tinha ficado ligada tão rápido ou experimentou uma frustração sexual daquele nível antes. As palavras de Sunshine tinham explodido a teoria de Mason sobre a água. Ótimo sexo e um cara que ia dar a elas muita atenção tinham que ser razão suficiente para que mulheres quisessem viver com os NE. Assim como para os homens, provavelmente seria desejável ter alguém para compartilhar a vida depois de todo o inferno ao qual eles sobreviveram.

— Eu deveria ir, estou escalada para uma troca essa noite. Estamos dobrando as patrulhas e providenciando segurança para lidar com os trabalhadores humanos que chegarão. Vejo você no bar amanhã, estou realmente ansiosa para aprender. – Sunshine ofereceu a mão. – Foi bom conhecer você e obrigado por compartilhar seu bife.

— Obrigado por trazê-lo e pela conversa. – Kat sacudiu a mão da Espécie.

— Agradeça a Darkness. Você nunca respondeu a minha pergunta, o que ele fez a você?

— Apenas começamos com o pé errado quando entrei em Homeland. Não há nada difícil a dizer. – Kat não iria responder. Grande mentirosa. Ela forçou um sorriso. – Tenha uma boa noite, espero que nada mais aconteça.

— Também espero. Tivemos problemas suficientes para um mês inteiro.

Kat levou Sunshine até a porta e acenou um adeus, ela observou o Jeep deslizar pela rua com um guarda dentro. Ele provavelmente estava lá para manter um olho nela. Fechou e trancou a porta.

Não costumava se deitar cedo, seu trabalho a mantinha ocupada e quando estava em casa, ela e Missy ficavam trabalhando na casa. Elas estavam começando a remodelar a cozinha ultrapassada. Kat desejou ligar para a amiga, mas não poderia se arriscar. A ONE tinha tido acesso ao seu novo telefone quando ela estivera na sala de interrogatório e poderia estar de olho em cada ligação que ela fizesse, isso iria alertá-los de sua verdadeira identidade.

Kat deu uma volta na casa, admirando-a. Lavou rapidamente os poucos pratos, ignorando a máquina de lavar pratos, colocar uma na própria casa era um sonho, mas ela não queria gastar isso com alguns pratos e talheres.

Era uma noite agradável e olhou para o céu, era lindo ver tantas estrelas, algo que sentia saudade na cidade. Kat ia se virar quando o clarão de uma pequena luz pegou seu olho e levou sua atenção para a casa ao lado, uma grande figura saiu das sombras e Darkness encontrou seu olhar.

Ele segurava um cigarro nas mãos e parecia estar assistindo Kat enquanto o erguia para os lábios, dando um trago e soltando a fumaça. Ela ficou surpresa que ele fumasse, desde que não tinha visto muitos Espécies fazendo isso; também era uma lembrança de que seus cigarros e o isqueiro não tinham sido devolvidos. Tinha alguns maços guardados em sua mala, no entanto.

Darkness se moveu para perto e parou na parede de três metros que dividia os pátios, entrando no dela. Ele parecia realmente alto e usava um pijama negro de seda sem camisa, Kat tentou manter os olhos no alto e não admirar o peito dele. Ela não disse nada enquanto ele se aproximava o suficiente para tocar, ergueu a cabeça para manter o contato visual.

Darkness girou o pulso e ofereceu o cigarro a ela. Kat não hesitou, fumar era um dos seus maus hábitos. Ela aceitou e tomou um longo trago, seus olhos se fecharam e ela prendeu a fumaça nos pulmões antes de vagarosamente soltá-la. Olhou para Darkness e ofereceu de volta.

— Pode ficar. – Ele alcançou dentro dos bolsos da calça.

Kat seguiu os movimentos dele e admitiu que ficando por um pouco de tempo para o abdômen dele. Darkness tinha músculos ótimos, cada músculo disposto deliciosamente na pele firme dele, ele pegou sua carteira e o isqueiro, segurando-os na palma.

— Me perguntava onde eles estavam.

Darkness removeu um segundo cigarro do maço e o ergueu quando colocou o maço e o isqueiro na mesa do pátio.

— Isso não é saudável.

— Todo mundo tem um vício. – Kat já tinha ouvido isso milhões de vezes. – Esse é o meu. Não fumo todo o tempo, mas faço quando estou estressada. Tem sido uma semana difícil pra mim. Não sabia que você fumava.

— Eu não fumo. – Darkness tragou e baforejou.

— Com certeza parece que sim. – Kat balançou uma sobrancelha e deu outra tragada no dela.

— Queria tentar isso.

— Então?

— Tem gosto de merda e cheira ruim.

— Então, porque está fumando? – A mão dela parou no caminho para os lábios.

— Estou tentando te conhecer.

— Então está fumando meus cigarros? Como isso está indo para você?

Darkness deu outro trago, girou e caminhou até um vaso de plantas. Ele se abaixou, mostrando uma bunda musculosa naquela seda, esticando as calças do pijama. Ele amassou o cigarro na terra, girou e se aproximou dela novamente.

Kat não tentou pará-lo quando ele arrancou o cigarro dos seus dedos e sorriu.

— Encontre outro vício. – Ele alcançou os lados e pegou o maço dela e o isqueiro. – Não vendemos cigarros aqui em Homeland.

— É uma coisa boa que trouxe mais deles.

— Você trouxe? – Ele sorriu.

Kat os tinha visto quando tinha desempacotado tudo, tinha pensado que precisasse de pelo menos alguns maços para precisar estar em Homeland.

— Eu trouxe.

— Tem certeza? – A risada suave dele era legal.

— O que isso quer dizer?

— Boa noite, Kat. Durma bem. Estarei na porta ao lado se precisar de mim. – Ele depositou o maço nas mãos dela antes de retornar para o próprio pátio. Kat o assistiu jogar seu cigarro fora antes dele entrar na casa pela lateral.

Ela permaneceu lá por alguns segundos antes de volta para dentro e ir diretamente para o quarto principal. Tinha deixado sua mala no chão próximo a cama e a ergueu, colocando-a no colchão. Ela a abriu e arquejou. Os quatro maços que trouxera não estavam mais dentro da seção com zíper no canto, estava aberta e vazia.

Darkness deveria ter entrado e retirado eles, Kat examinou as janelas e descobriu que um lado estava aberto. Ela travou os dentes e desejou saber que tipo de jogo o Nova Espécie planejava.

— Merda.

Ele esperava que ela espancasse a porta dele e o mandasse devolver seus cigarros? Talvez entrasse na casa dele para pegá-los de volta? Ela subitamente riu, estava tentada

a apenas fazer isso. Seu humor desapareceu, no entanto. Darkness talvez estivesse tentando-a a fazer algo que a jogasse para fora de Homeland. Ela não podia arriscar.

Kat se sentou e assentiu, não seria a primeira vez que não poderia fumar. Ela frequentemente levava chicletes também. Não tinha nenhum e imaginava se Homeland tinha uma loja de conveniência aberta de noite. Ela duvidava.

— Droga.

Darkness olhou a tela e sorriu para o jeito frustrado de Kat. Ele se inclinou e descansou contra os travesseiros macios, ajustando o laptop mais alto nas pernas. Imaginava se ela iria confrontá-lo sobre o roubo, Kat não tinha achado as câmeras escondidas na casa ou procurado por nenhuma; ele a tinha visto desde que ela chegara, com exceção do banho. Darkness tinha usado o tempo para deslizar dentro da casa dela para ter acesso à mala, queria que ela soubesse que estivera ali.

Kat se ergueu e caminhou para a janela, fechando e travando, antes de puxar as cortinas. Darkness a seguiu através da casa clicando em outras câmeras posicionadas, Kat checou as fechaduras de todas as janelas e fechou as cortinas, uma parte dele se sentiu culpado. Kat deveria se sentir segura em Homeland, mas isso tinha sido um movimento estratégico para mostrar a ela que poderia chegar a ela em qualquer momento.

Kat entrou no quarto e fechou á porta, ela girou a fechadura e foi para o banheiro. Ele tinha uma câmera lá, mas não a ativou. Ela merecia alguma privacidade. Podia ver o telefone dela carregando na cômoda, poderia ter ligado á câmera se ela tivesse o levado com ela, para saber o que iria fazer. Em poucos minutos, ela deixou o banheiro e puxou a mala da cama.

Darkness riu com a mostra do temperamento dela. A perda dos cigarros iria irritá-la e mantê-la desequilibrada, era o que ele precisava. Kat tinha cometido um erro. O celular próximo a ele tocou e ele o alcançou, vendo que era da Segurança.

— Darkness.

— Achei que você gostaria de saber que estamos prontos para vigiar a localização da Presente.

— Obrigado por me informar, Fury.

— Você conseguiu a localização dela do Boris, percebi que você ia gostar de uma atualização. – O macho respondeu.

— Agradeço por isso.

— Quer ser o primeiro a fazer contato se resgatarmos ela viva?

— Não. Nunca desejei deixar as terras da ONE para me aventurar no mundo lá fora.

— Pensei que iria oferecer a você ao invés de Jaded, ele está voando hoje á noite.

— Por quê? Ele gosta de ficar na Reserva.

— Há um evento de caridade para um grupo de resgate de animais que ele planeja participar.

— Ah. – Isso explicava tudo. Jaded tinha feito uma arrecadação de fundo para o resgate de animais para a empresa dele. – Diga a ele para fazer o primeiro contato.

— Você bloqueou a vigilância sobre nossa convidada.

— Estou permitindo acesso deles à vigilância quando estou incapacitado de vigiar a fêmea. – Darkness tinha esperado que a Segurança não iria compartilhar a informação, mas não estava surpreso.

— Você bloqueou a todos?

— Estou no comando da investigação. – Darkness não gostava da deia de ninguém mais assistindo Kat ou sabendo que ele invadira a casa e levara os preciosos cigarros dela. Ele também não os queria monitorando suas interações com ela.

— Justice me contou o que Snow disse. Isso vai se tornar um problema? Está atraído por essa fêmea?

— Não estou pensando puramente com o meu pau. – Isso o irritou. – Está me pedindo para passar a investigação para mais alguém?

— Não. Você está atraído por ela?

Darkness rangeu os dentes, não queria mentir, mas admitir a verdade talvez os fizessem questionar seu julgamento.

— Entendo.

— Eu não respondi.

— Seu silêncio falou por você. Sei que você pode estar se sentindo solitário desde que mantém todo mundo a um braço de distância. Isso vai ser um problema ou pode ser imparcial em caso de necessidade?

— Meu trabalho é descobrir o que ela faz aqui em Homeland e entender a missão dela. É exatamente o que planejo fazer.

— Isso é um fato. – Fury assinalou e pausou. – Acho que estou perguntando se você está bem.

— Estou bem.

— Deixe-me saber se houver algo que possa fazer se isso der voltas. – Fury hesitou novamente.

— O que isso quer dizer?

— Ela pode estar aqui para machucar, isso pode se tornar um conflito para você se estiver altamente atraído por ela. Estou dizendo que estou aqui para você e estou oferecendo ajuda se você se encontrar em problemas. É isso que a família faz.

— Eu não tenho família.

— Que droga! – Fury rosnou. – Você já ajudou a salvar minha vida uma vez. Por que insiste em negar nossa conexão? Eu tenho que estar morrendo novamente para que você admita o que somos um para o outro?

— Preciso ir. Há algo mais que você queira?

— Ia dizer a você para vigiar as costas, mas você sempre faz. Apenas me deixe saber se precisar de algo, e quero dizer qualquer coisa. Você tem meu apoio.

— Obrigado. – Darkness desligou e baixou o telefone no topo da cama.

A culpa o envolveu, mas ele a puxou de volta. Fury era um bom macho, mas não queria uma relação próxima com ele, apesar do laço de sangue pelo lado humano deles. Tinha aprendido sua lição e não iria se arriscar a perder alguém que gostava daquele jeito novamente.

Olhou para trás e relaxou vendo Kat enquanto ela levava o pijama para o banheiro, ele achou divertido que ela fosse para lá para se trocar. O divertimento desapareceu quando ponderou a ideia de que talvez ela estivesse alerta sobre as câmeras escondidas. Kat deixou o banheiro alguns minutos depois, puxou as cobertas e subiu na cama.

Ela parecia pequena e perdida no colchão grande quando rolou para o lado em posição fetal, era estranho que tivesse deixado as luzes ligadas. Darkness olhou para o relógio, era mais cedo do que ele pensava que ela iria se deitar.

Esperou até que tivesse certeza de que Kat dormira e transferiu os dados das câmeras para a Segurança e se levantou. Era muito tentador entrar novamente e compartilhar aquela cama, uma abundância de energia o impulsionou a mudar de roupa e sair pela porta do pátio. Não poderia resistir estar na casa ao lado.

— Droga.

Não havia como negar porque se sentia sufocado. Darkness forçou o olhar para longe das janelas do quarto de Kat, pulou o muro e começou a correr. Ele precisava queimar toda aquela tensão sexual ou iria acabar terminando o que tinha começado naquela sala de interrogatório.

 

Kat estava emocionada que tivessem mais de cinquenta Novas Espécies lotando o bar, ele era maior do que ela esperava. Os NE encheram as mesas ao longo da pista de dança e na sessão mais alta próxima ao bar, alguns até mesmo permaneciam ao redor das escadas. Kat sorriu e falou em voz alta para ter certeza que todos seriam capazes de ouvi-la no fundo da sala.

Eles tinham sido receptivos a ‘cena do crime’ dela com o ‘corpo’ que tinha feito com travesseiros, um cobertor e alguns cintos. Kat queria trazer um dos manequins em tamanho real dos treinamentos de resgate, mas não tinha conseguido adquirir um a tempo. Ela encenou um assalto que deu errado, teria sido legal mostrar a eles como tratar uma cena do crime e coletar evidências.

— Alguma pergunta?

— Por que humanos roubam uns dos outros? – Uma mulher em uma mesa próxima perguntou.

— Por quê? – A pergunta confundiu Kat.

— Eles não compreendem a ganância.

Kat girou, surpresa pela voz de Darkness, ele saiu das sombras atrás do palco e olhou para ela. Darkness vestia uma camisa azul, jeans e um par de botas pretas, os braços musculosos estavam à mostra, ele parecia bem. Seus olhares se encontraram e ele pestanejou.

Ele pisou na pista de dança onde Kat estava e encarou os alunos dela.

— Nós somos gratos pelas coisas que temos, desde que nunca tivemos nada antes. Alguns humanos são profundamente danificados e anseiam o que os outros tem, eles irão roubar e algumas vezes matar para ter isso. Para alguns é uma falta de moral ou orgulho, para outros é um esporte e alguns se tornam viciados em drogas. É um sistema monetário baseado em dinheiro no mundo lá fora, então alguns adquirem esse dinheiro pegando dos outros.

— Oh. – A fêmea assentiu. – Entendi. Isso é triste.

— Sim, é. – Darkness se virou e olhou para Kat.

Ela ficou muda até que outra mulher falou.

— É verdade que alguns machos machucam suas fêmeas e até mesmo as matam?

— Sim. Violência doméstica infelizmente é um crime comum. – Kat se virou e localizou quem havia falado.

— Por quê? – Um macho questionou. – Machos são superiores em força e não há honra em machucar uma fêmea. Elas deveriam ser protegidas.

— Elas poderiam matar o macho se ele atacasse. – Uma das mulheres assobiou do canto. – Por que suas fêmeas não atacam de volta e derrubam os machos? Eu faria isso se um deles me ameaçasse.

As perguntas não eram as que Kat esperava.

— Eles não são como nós. – Darkness comentou. – Os humanos acreditam que machos e fêmeas são completamente iguais. – Ele riu. – Então, eles não valorizam as diferenças ou levam em conta as limitações físicas.

— Iguais? – Um cara no bar disparou. – Machos são fisicamente mais fortes, enquanto fêmeas são mais propensas a ser superiores em estratégias táticas. Todos temos nossas forças, mas não são as mesmas.

— Você quer dizer que vocês machos são impulsivos enquanto que nós levamos tempo para colocar tudo pra fora. – Uma das mulheres riu.

— Exatamente. – Ele gargalhou. – Essa é uma vantagem que vocês tem.

— Não esqueça do sexo. – Uma mulher adicionou e gargalhou. – Temos uma vantagem lá também. – Ela se ergueu e desceu a mão pelo corpo. – Temos o que vocês querem.

Um rosnado soou detrás e Kat ficou surpresa pelo som animalesco.

— Isso foi uma concordância. – Darkness sorriu em resposta e encarou a classe. – Foquem nas técnicas que ela explica no processo das evidências, mas não esperem que ela explique a natureza humana. Precisamos que ela se mude definitivamente para Homeland para cobrir esses tópicos. Os humanos são falhos e os índices de crime são altos. Apenas aceitem que eles não fazem sentido para nós.

— Nem todos os humanos cometem crimes. – Kat se ressentiu das palavras dele.

— Não todos, mas muitos deles. – Ele encolheu os ombros. – Vamos almoçar, a aula está encerrada.

Kat ficou aturdida que Darkness tinha cortado seu pequeno tempo, isso também a aborreceu. Seus estudantes começaram a conversar uns com os outros e ela se aproximou, agarrando o braço de Darkness. Ele olhou para baixo para os dedos dela no antebraço e então encontrou com o olhar de Kat.

— Podemos conversar? – Ela queria uma explicação por ele ter interrompido a aula dela.

— Claro. – Darkness se moveu ao redor do palco. – Aqui atrás, a menos que queira ser ouvida.

Kat o soltou e marchou para trás do palco, Darkness a seguiu e ela se virou para ele quando tiveram privacidade.

— O que foi aquilo?

— Salvando sua bunda. Pensou realmente que eles não iriam questionar o porquê que um humano rouba outro por algo tão pequeno quanto uma carteira quando você planejou essa cena?

Kat olhou para Darkness, incerta de como responder.

— Não está mais em seu mundo, Espécies não roubam outro Espécie. Ensine a eles algo que realmente usem. Eles não resolverão um homicídio como aquele aqui.

— Tudo bem. Que tipos de crimes você enfrenta? – Kat tentou controlar o temperamento.

— A maior parte disso acontece nos portões. Nós passamos aquelas investigações para a força-tarefa humana.

— Então, por que estou aqui?

— Culpe seu CSI. Isso deixou meu povo curioso sobre humanos e aquelas são as reações que você irá ver frequentemente deles. Eles vão querer que você explique por que humanos são tão fodidos. Boa sorte com isso.

— Você também é humano, a maior parte.

Darkness deu um passo para frente e Kat recuou, encontrando uma parede lá. Ele ergueu os braços e colocou uma palma da mão em cada lado de Kat, prendendo-a no lugar.

— Não somos como você, nunca se esqueça disso. Sabe como fomos criados?

— Indústrias Mercile.

— Eles selecionaram doadores humanos por características físicas e atributos mentais, usaram eles para criarem embriões e então fizeram uma mistura com DNA de animais específicos, manipulando isso para criar o que desejavam. Eles selecionavam toda a

merda ou matavam qualquer criança nascida com defeitos ou falhas que não podiam ser consertadas. Nascemos de mães de aluguel. Elas apenas carregaram os fetos e não deram uma porra sobre nada, exceto para o dinheiro que eles pagaram. Nossa infância foi passada acorrentadas nas paredes enquanto eles enfiavam drogas em nossas veias ou abaixo de nossas gargantas para beneficiar o seu mundo. Não tivemos pais ou pessoas que davam uma merda sobre nós, a menos que fosse um dos doutores que dependia de nós para ganhar qualquer resultado que quisesse. Nessa situação, eles nos protegiam contra a morte ou abusos severos, mas apenas até que o estudo estivesse terminado. Inferno, ter uma cama real e a habilidade de ver a luz do sol é um tesouro para nós. Não somos como você.

— Não quis dizer isso desse jeito. Quis dizer que vocês são fisicamente como nós, a maior parte. – O coração de Kat doía por ele e pelos outros.

— Sério? – Darkness se aproximou, pegando no rosto de Kat, e abriu a boca.

A mostra das presas não a assustou aquela altura, Kat podia contar que Darkness estava com raiva e queria neutralizar a situação.

— Percebi que você é diferente também.

— Eu posso carregar duzentos e vinte e seis quilos sem realmente me esforçar. – Ele murmurou. – Posso lidar com dor que iria deixar os do seu tipo gritando e provavelmente desmaiando. Olha para seu lado. Vê aquela borda de três metros? Posso alcança-la sem o uso de uma escada. Você não tem ideia do que podemos fazer porque não publicamos isso, nosso tipo ainda tem medo de vocês. – Darkness a cheirou. – Meus sentidos não são tão bons quanto de um canino, mas são de longe melhor do que seus humanos comuns. Posso dizer que xampu, condicionador e sabonete você usou essa manhã. Posso até mesmo identificar que tipo de sabão em pó você compra, seu creme dental. – Inclinou a cabeça e a cutucou de lado. – Pare de usar perfume, isso não é agradável para nós. Você borrifou um pouco disso em seu pescoço. – Darkness ergueu a cabeça. – Posso cheirar um pouco de suas emoções se elas fossem fortes. Medo. Desejo. Inferno, até mesmo raiva. Pode fazer algo assim?

— Não. – Kat olhou nos olhos dele.

— Então pare de dizer que somos iguais.

— Você é parte humano, no entanto. Uma versão melhorada geneticamente, mas...

Darkness se moveu tão rápido e Kat arquejou quando ele agarrou os quadris dela e a ergueu do chão, ela se encontrou flutuando um metro do chão até que eles estavam com

o rosto no mesmo nível. Suas mãos automaticamente seguraram no topo dos ombros dele.

— Não somos iguais. Aqui está uma lição, professora.

Darkness rosnou e seu peito vibrou contra o dela. O baixo e perigoso som enviou arrepios pela espinha de Kat e a cor dos olhos dele parecia mais escura. Isso poderia ser um jogo de luz, desde que eles estavam longe das janelas, mas Darkness parecia assustador. O coração de Kat disparou e ela imaginou se ele planejava machuca-la.

— Tente lutar comigo. – Ele rosnou.

— Eu não vou. – Kat sabia que ele estava tentando provoca-la, mas não era tão burra. O corpo de Darkness era tão duro e sólido quanto á parede a suas costas. Isso não seria uma luta que ela ganharia.

— Exatamente. – O rosnado parou e as vibrações cessaram. A voz de Darkness baixou até um sussurro rouco. – Nunca acredite que somos criaturas amenas que poderiam se conformar com sua forma de vida. Temos uma sessão inteira na Reserva que é cheia de exemplos falhos do que acontece quando idiotas tentam fazer animais de estimação que não pretendem ser mansos. Eles vivem conosco por uma razão, tire a venda dos olhos. Temos mais em comum com animais resgatados dos circos do que com você.

Darkness puxou os quadris de Kat para mais perto e pressionou a virilha contra as coxas dela, a forma rígida da ereção dele não podia ser confundida com mais nada. A maioria das mulheres iria implorar para ser colocada para baixo ou pedir para que ele se acalmasse. Kat pensou que ele era um pouco sexy quando era hostil.

— Não somos tão diferentes, no entanto. – Kat diminuiu o aperto nos ombros de Darkness e correu os dedos para o peito dele. – Você me quer. Um ex-animal do circo não estaria ostentando uma ereção por me ter tão perto.

— Porra. – Os olhos de Darkness se arregalaram e ele assobiou.

O som que ele fez lembrou Kat de um enorme gato chateado.

— Lamento que seu plano de me intimidar e amedrontar não esteja funcionando. – Ela não sentia nem um pouco, no entanto. – Espera que eu me derrame em lágrimas?

O pequeno rosnado que veio dos lábios separados de Darkness foi sexy, Kat gostou do jeito que ele olhou para seus seios antes de encontrar seu olhar novamente. Ela traçou as palmas das mãos para cima, para curvar os dedos no topo dos ombros deles.

— Você se sente como um homem para mim. Isso nos faz compatível como pessoas.

— Não. – Darkness murmurou.

— Não o quê?

— Me provoque.

— Estou apenas constatando o óbvio. – Kat estava tentada a fazer isso. – Você pode continuar negando que somos compatíveis, mas seu corpo não acredita no que sua boca está dizendo.

O aperto dele nela se suavizou e Kat escorregou pelo corpo dele. Darkness se afastou no segundo que os pés dela tocaram o chão para soltá-la completamente.

— Ensine a eles os truques que seu povo usa para mentir e enganar nossos oficiais, é assim que você pode ser útil. Rusty me contou o que você fez com sua bolsa. Mostre tudo o que sabe. Amanhã diga a eles sobre as armas que eles não conhecem ainda.

— Okay. – Ela gostou da sugestão.

— Não adoce os humanos também. Não lidamos com os bons, na maior parte. Diga a eles sobre os piores de seu tipo.

— Me ressinto disso. Nem todos os humanos são criminosos.

— Você dirigiu através dos nossos portões, viu os protestantes?

— Vi os simpatizantes também.

— Acredita que todos eles estão lá com boas intenções? – Darkness inclinou a cabeça, olhando profundamente dentro dos olhos dela. – O que o seu treinamento fala sobre aqueles que tentam parecer inofensivos, quando de fato eles são um perigo para a ONE?

Kat engoliu com força, sentindo que a pergunta era direcionada a ela. Darkness era esperto, no entanto, e ela não iria ameaça-lo de outro jeito.

— É possível que alguns estejam fingindo ser amigáveis para espionar os que realmente são ou para ganhar a confiança dos seus oficiais, na esperança de que eles sejam capazes de lançar um ataque efetivo.

— Exatamente, ensine isso a eles.

— Apenas não quero deixar eles com a impressão de que todas as pessoas são ruins. Você já parece pensar desse jeito.

— Supostamente seu trabalho aqui é nos ajudar a aprender como nos proteger mais efetivamente.

— Supostamente? – Ele continuava suspeitando dela? Kat estudou os olhos escuros, mas Darkness não deixou nenhuma emoção neles.

— Não confio em ninguém. Cometi o erro uma vez e aprendi, é como tenho sobrevivido.

Kat imaginava quem o tinha traído, algo que ele tinha dito quando estavam na sala de interrogatório puxou em sua memória.

— Uma mulher?

— Eu disse isso? – Ele fez uma careta.

Kat deveria apenas deixar isso para lá, mas não podia. Havia algo sobre Darkness que a fazia querer saber mais sobre ele.

— Você disse algo sobre fingir que eu era alguém para efetivamente fazer seu trabalho. Tive a impressão que significava uma mulher, você disse que era uma fêmea do seu passado.

— Você leu muito nisso.

— Li? – Não estava convencida. Ele era bom, no entanto, mantendo seu tom inalterado.

Darkness se aproximou um pouco e virou a cabeça para olhar para Kat.

— Deixe-me de dar um pequeno conselho, doçura. Você é muito curiosa, mas suas habilidades de observação são um pouco refinadas para seus antecedentes. Vou olhar isso.

Darkness saiu e virou na lateral da área do bar. Kat abraçou os quadris e descansou contra a parede, respirando profundamente algumas vezes. Era um aviso, pleno e simples. Darkness suspeitava que ela não era quem dizia ser, ele tinha um ponto também. Ela era treinada do jeito que uma técnica de laboratório de crimes não seria, eles eram peritos em determinar datas e cenas, mas em se derramar em observações comportamentais ou verbais e pistas.

— Ah, inferno. – Ela murmurou.

Ela se afastou da parede e deixou os braços cair para os lados, Kat caminhou para fora dos fundos do palco, forçou um sorriso e olhou ao redor do cômodo. Darkness não estava em lugar nenhum para ser encontrado, mas muitos Nova Espécie pareciam

querer a atenção dela, o que indicava que eles queriam conversar. Era hora de ser sociável.

— Oi. – Ela manteve a voz alegre.

— Eu tenho uma pergunta.

— Pergunte.

 

Darkness bateu os punhos no saco de areia sem se conter, a corda que mantinha isso suspenso rangeu. O saco se afastou e voltou. Ele socou seu punho esquerdo nele. A parte superior do saco se rasgou do gancho e o pesado conteúdo bateu no chão uns cinco metros à frente.

— Isso foi impressionante, mas não deveria quebrar nosso equipamento.

Darkness travou o maxilar e girou vagarosamente para olhar Bluebird. Ela era a última pessoa com quem queria falar, além de Kat.

— Olá. – Ela olhou para o saco e então para ele. – Isso é um monte de frustração. Há algo que eu possa fazer para ajudar?

— Estou bem.

— Eu estava na aula mais cedo, vi você pegar nossa professora atrás do palco. Eu estava curiosa, então me arrastei para frente o suficiente para ver o que estava acontecendo. Você a quer.

— Como chegou a essa conclusão? Ela precisava ser instruída no seu ensinar aos Espécies e estava irritada com minha intervenção durante a aula. – Darkness não gostou de ser espionado.

— Você nunca me prendeu na parede quando conversamos.

— Você é esperta o suficiente para não me insultar.

— Então isso ia fazer você colocar as mãos em mim? – Bluebird arqueou uma sobrancelha.

— Não quero compartilhar sexo. Disse a você para não levar isso de modo pessoal.

— Sou uma cuidadora. É minha natureza, parece. Eu lido com machos danificados com problemas com raiva.

— Eu não sou um problema.

— O equipamento poderia dizer outra coisa se pudesse falar. Imagino que ele estaria chorando agora, ou pelo menos gritando ai. – Ela olhou na direção do saco e sorriu.

— Suponho que estaria. – O senso de humor de Bluebird o pegou, Darkness sorriu de volta, relaxando um pouco.

— Estou atraída por você. Chame isso de uma falha em minha natureza, mas toda vez que vejo machos muito agressivos, isso me deixa ligada.

— Todos nós somos agressivos.

— Verdade, mas você é mais do que os outros. Talvez eu tenha perdido o senso de perigo que me deparo com um macho que não tem suas emoções sob controle.

— Estou no controle.

— Agora. – O sorriso dela desapareceu. – Você está no topo. Te vejo mais de perto que os outros machos porque quero você. Falta pouco para você quebrar.

— Nunca permitiria que isso acontecesse.

— Apenas te insultei, mas você não me colocou contra a parede.

— Está me testando?

— Estou apenas provando o que eu disse. Você sente algo pela professora.

— Tudo bem. Estou atraído por ela, mas nunca iria agir. – Bluebird o tinha irritado.

— Por que não? Não a vejo chorando ou gritando por ajuda quando poderia ter. Isso implica que ela não liga ter suas mãos nela.

—Pense nos seus próprios problemas.

— Tudo bem. – Bluebird deu um passo atrás. – Sabe que não tem que falar com ela durante o sexo. Ela será a única aqui por um tempo, a menos que você pedir que ela fique. Não vejo isso acontecendo desde que eu estava trabalhando no dia que ela chegou, ambos sabemos que ela não é quem finge ser. Você nunca mostrou interesse por uma fêmea antes, deveria tirar vantagem disso.

— Usá-la? – Darkness não gostava do conceito.

— Humanos nos usaram. – Bluebird deu de ombros. – Está caminhando em uma linha fina, Darkness. Não me importo quão durão você é, todo mundo tem um ponto de

ruptura. Não preciso dizer a você qual é. – Ela pausou. – Talvez eu tenha. Você está danificado, por suas próprias palavras. Você evita nossas fêmeas, mas ela não é uma de nós. Ela não terá nenhuma expectativa, se é isso com o que está preocupado.

Darkness fez uma careta.

— Não quero dizer preocupações sexuais, tenho certeza que você está qualificado. Nós esperamos sermos tratados de uma certa forma, mas ela não iria saber disso. – Bluebird parecia apreciar a visão do copo dele. – Você está cheio de frustração sexual, posso pegar isso de uma milha de distância. – Ela olhou nos seus olhos. – Se livrar de um pouco disso nela e aliviar a pressão, você está prestes a ferver. Ela é perfeita para isso. Você sabe que não pode confiar nela e ela está jogando. Acho que você é mestre nisso também.

Bluebird se virou sem mais uma palavra e saiu andando. Darkness travou os dentes e girou, querendo socar o saco novamente. Esse permanecia no chão, danificado.

— Porra.

Bluebird tinha um ponto. Alguns dele, realmente. Ele estava sexualmente frustrado. Kat não era nada como as fêmeas Espécie e também não era uma humana inocente. Tinha vindo a Homeland com uma agenda oculta. Um individuo altamente treinado nunca ia levar o sexo de modo pessoal quando estava em um trabalho. Darkness não poderia ferir os sentimentos dela e Kat não iria esperar nenhum compromisso.

Eu poderia tê-la. Seu pau saltou para a vida e isso o chateou. Era uma questão de orgulho. Nunca iria cair em uma armadilha novamente, tinha custado muito a ele.

Darkness deixou o centro de treinamento e retornou para o chalé, após um banho rápido ele se sentou na cama com o laptop aberto. Ele viu Kat na casa ao lado, ela fez uma sanduiche para o jantar e comeu no bar.

Sua fascinação por ela não era saudável. Ela era o exato tipo de fêmea que mais precisava evitar. Isso o frustrava porque ela era o única que tinha pegado seu interesse. Por que não podia ter criado uma obsessão com uma humana inofensiva?

A resposta veio rapidamente. Ele teria destruído alguma fêmea de coração suave com seu jeito frio. Elas iriam querer estar com um macho que podia sentir e demonstrar emoções, ele mantinha tudo dentro dele, onde era seguro. As memórias apareceram, mas ele as escondeu de volta. Apenas traria dor relembrar a única fêmea que ele tinha permitido chegar perto dele, ela o enganara e o preço tinha sido alto demais. Lição aprendida.

Seu celular tocou e o atendeu cegamente.

— Darkness.

— Como você está?

— Bem. – Ele rosnou baixo.

— Ouvi que você destruiu um pobre saco hoje. – Fury pausou. – O que ele fez a você?

— Não tem nada melhor para fazer com seu tempo? Acho que Ellie e sua prole iriam gostar de você falando com eles.

— Estou preocupado com você.

— Pare.

— Não posso ajudar assim. – Fury rosnou de volta. – Queria que não fosse assim, mas esses são os fatos.

— Estou bem, acertei no maldito com muita força. Fim da história.

— Essa fêmea está te pegando. Quer que eu a designe para outra pessoa?

Darkness estava tentado.

— Pensa que é o único que tem experiência aqui? Há algumas coisas que não sabe sobre mim.

Darkness viu Kat se erguer da cadeira e começar a lavar os pratos, ele manteve o olhar na tela, mas estava curioso sobre a observação de Fury.

— Como o quê?

— Eu odeie Ellie uma vez. Acreditei que ela tinha me traído.

— Aquela fêmea é tão apaixonada por você que não vou comprar isso. – Aquilo realmente divertiu Darkness. – Ela também é muito fácil de ler. Ela é tão perigosa quando um gatinho.

— Ela trabalhou para Mercile.

— Estou sabendo. Ela estava lá para providenciar as evidências que explodiu a coisa toda e nos libertou.

— Um técnico veio pra mim e entrou na minha cela. Ele... – Fury clareou a garganta. – Ele fez coisas ruins e ia fazer piores.

— Eles eram idiotas.

— Ele me atacou sexualmente. – Fury rosnou.

Darkness fechou os olhos e se recostou, dor explodindo no peito. Essa foi uma coisa que nunca tinha sido sujeitado. Um forte senso de compaixão se ergueu nele pelo que Fury tinha sofrido.

— Sinto muito.

— Ellie chegou e o espancou até a morte com a maleta de testes dela.

— Ellie? – Aquilo surpreendeu Darkness e ele abriu os olhos.

— Ellie. – Fury confirmou. – Ela o matou e então fez com que parecesse que eu tinha feito aquilo antes que as drogas paralisantes que ele me deu fizessem efeito. Ela tinha sido doce comigo até aquele momento, mas enquanto fui deixado lá indefeso, percebendo o que ela havia feito, me senti traído.

— Não posso acreditar que ela fez isso. Quero dizer, você estava errado, certo? Nenhuma fêmea é mais amável que ela é com você.

— Ela tinha conseguido evidências naquele dia que ela necessitava para salvar todos nós. Ela tinha certeza que eu não seria morto pelo crime e tinha que me culpar, eles a teriam matado se soubessem que ela tinha tirado a vida do macho. Eu não entendi aquilo até que muito mais tarde. Eu a ataquei de primeira quando Homeland foi aberta, foi a primeira vez que a vi desde o incidente. Eu não pude deixar isso para lá até mesmo depois de descobrir a verdade. Ela tinha visto o que o macho tinha feito comigo, foi uma coisa de orgulho e raiva. Eu nunca tive a chance de fazer o macho pagar, ela se tornou um alvo para mim.

— Eu entendo. – Darkness entendia.

— Me tornei obcecado ao ponto de seguir e sequestra-la. Eu a levei para minha casa.

— Você a feriu? – Darkness estremeceu. – Não consigo ver você fazendo isso. Você ama a fêmea.

— Eu estava fodido. – Fury admitiu. – Eu a tinha presa na minha cama, mas não pude seguir os pensamentos com todas as coisas horríveis que queria fazer. Felizmente. Continuo acordando suado em algumas noites, imaginando as horríveis consequências se tivesse permitido que a raiva tomasse controle. Ela é minha vida. Eu a teria perdido para sempre.

— Estou feliz que você ganhou o controle de suas emoções.

— Eu também. – Fury puxou respirações curtas. – Kathryn Decker provavelmente relembre a você sobre a fêmea que te traiu.

— Elas não se parecem em nada. – Darkness ergueu o laptop das pernas e se levantou rapidamente. – Você está fora da linha com esse comentário.

— Ela está aqui com pretensões falsas por uma razão desconhecida. Você está atraído por ela, mas sabe que ela vai nos trair de algum jeito. Estamos esperando isso. Isso pode fazer você relembrar o passado, diga-me se estou errado sem mentir.

— Tudo bem. Tenho tido problemas com o passado, mas sei que ela não é Galina. Tive a habilidade de ter minha vingança com ela.

— Nunca me contou essa parte.

Darkness queria jogar o telefone na parede e quebra-lo em centenas de pedaços.

— Ela está morta. – Ele deixou por isso mesmo.

— Você a matou?

— Não quero falar sobre isso. – Darkness travou o maxilar e girou, andando pelo quarto pequeno.

— Não estou julgando você. Somos irmãos. – Fury murmurou. – Você fez o que tinha que fazer.

— Compartilhamos o mesmo DNA humano. Isso não nos faz irmãos.

— Isso fica mais fácil para você se disser isso? – Fury rosnou. – Nós somos irmãos, nem todos nós fomos mortos. Eu continuo aqui.

— Esta bem, boa noite. Tenho um trabalho a fazer. – Ele desligou e resistiu a esmagar o telefone.

Isso tocou apenas alguns segundos depois, ele olhou para baixo e viu o nome. Darkness usou o polegar para desligar, não queria falar novamente com Fury. Não enquanto estivesse de mau humor, ele estivera tentando há dias. Precisava ficar calmo, Fury tinha ficado sob a sua pele. Darkness olhou para baixo, para o telefone um minuto depois e viu a mensagem que tinha sido deixada, ele ligou e discou para a Segurança.

— Estou enviando a vocês as noticias do chalé da humana, vou dar uma corrida. Estarei de volta em quarenta minutos.

— Bom negócio. – O macho anunciou. – Estamos prontos para o final.

Darkness desligou e digitou os comandos. Kat sentada no sofá, assistindo jornal. Ela estava obviamente fora do inferno que ele se sentia. Ele mandou as noticias e bateu o laptop fechado. Precisava correr e gastar sua energia.

 

Darkness se aproximou de sua residência atual e parou de correr, seu nariz se alargou e ele rosnou quando viu o macho que estava parado atrás de uma árvore próxima às portas do pátio. Ele não deveria estar surpreso por encontrar Fury esperando por ele.

— Te disse que não queria conversar.

— Te disse que estava preocupado com você. – Fury deu de ombros.

— Pare.

— Família pode ser uma dor na bunda. – Fury deu um passo á frente.

— Não somos família.

— Estou cansado de esperar que você se cure o suficiente para lidar com o que os testes revelaram. – Raiva passou pelas feições do macho. – Somos família. Talvez não te incomode que você me reconheça, mas eu gostaria de ser parte de sua vida. Nós somos os únicos laços de sangue que cada um tem, ninguém mais bateu com meu teste de DNA.

— Apenas a parte humana.

— Sou canino e você é felino, grande coisa. – Fury ficou um pouco mais perto. – Eu vejo uma semelhança. Nós dois terminamos com cabelos pretos e olhos castanhos, temos o mesmo queixo também. Ganhamos esses traços dos nossos humanos. Você já imaginou como eles eram? Eu já.

— Não, eu nunca considerei isso. Os arquivos foram destruídos, então nunca saberemos.

— Você alguma vez já pensou em colocar seu DNA fora daqui para ver se podemos localizar uma compatibilidade humana e possivelmente encontrar outros parentes? Eles tem registros de adoção que talvez nos ajude a encontrar relações próximas.

— Não! – O conceito horrorizou Darkness.

— Eu sim. Essas são coisas que famílias devem falar, podemos ter irmãos completamente humanos.

— Não faça isso. – Darkness avançou até que estavam separados por um passo. – Eles não são nada como nós. A conexão morreu no momento em que os humanos foram pagos pela Mercile.

— Estou falando sobre as crianças que aqueles humanos podem ter tido. Não os pais que fizeram a escolha. – Fury pestanejou.

— Não quero participar disso.

— Esse é o problema, você não quer participar de nada.

— Pare de levar isso pessoalmente. – Darkness encoleirou seu temperamento.

— Como posso não fazer isso? Eu sei que não posso substituir os irmãos sangue-puro que você perdeu. Não estou tentando fazer isso. Apenas quero ficar perto de você.

— Não. – Darkness desfraldou os punhos.

— Eles se pareciam conosco? Eles eram meus irmãos também. Diga-me algo pessoal sobre eles.

— Pare. – Dor atacou o peito de Darkness.

— Eles tinham nossa cor de cabelo? Ou cor dos olhos?

— PARE! – Darkness não queria empurrar o macho, mas Fury tropeçou para trás, o assegurando que foi exatamente o que tinha feito.

Fury esfregou o peito e rosnou.

— Desculpe, eu não quero falar disso. – Darkness ergueu as mãos, não querendo lutar.

— Isso é muito ruim. – Fury deu um passo calculado para frente. – Tenho que arrancar isso de você?

— Você não quer fazer isso.

— Você vai me matar? – Fury chutou os sapatos. – Você segura tudo ai dentro. Pare de se culpar por algo fora do seu controle. Sei que você culpa a si mesmo de alguma forma pela morte deles, mas isso é apenas a culpa de ter sobrevivido.

— Você não entende.

— Então me faça entender. Diga-me tudo o que aconteceu quando eles te levaram da Mercile. Por que você se culpa pela mortes dos nossos irmãos? Por que é tão idiota por recusar a aceitar nosso vínculo? Diz pra mim, porque já estou cansado de esperar. Eu mereço respostas.

— É melhor para você não saber os detalhes. – Ele admitiu.

— Eu nunca te achei um covarde.

— Eu não sou. – Aquilo o enfureceu.

— Então me conte mais sobre eles. – Fury rosnou. – Fale comigo, droga.

— Eu vou lá pra dentro. – Ele tentou caminhar ao redor do macho, mas Fury o segurou pelo braço.

— Isso não está acabado, não vou embora até ter respostas.

Darkness olhou para baixo para a mão que tinha agarrado seu antebraço, ele segurou o olhar furioso do macho.

— Não vou lutar com você.

Fury o soltou, Darkness relaxou. Ele entendia as frustrações do macho e não estava nem mesmo surpreso por ela. Fury tinha repetidamente tentado fazer com que falasse, ele apenas não queria compartilhar os detalhes. Isso poderia machucar o macho, a última coisa que Darkness queria.

— Algumas coisas são melhore serem deixadas no desconhecido. – Era o melhor conselho que poderia dar.

— Isso é besteira. Você vai me dizer tudo o que aconteceu quando vocês foram levados de Mercile e exatamente como nosso irmãos morreram. Tudo o que sei são os elementos mais básicos. Eles morreram lá e você foi o único que sobreviveu. Havia uma fêmea humana lá que ajudou a treinar você, mas ela te traiu. Eu quero a informação que você não vai compartilhar.

— Não é uma boa história. – Ele encarou Fury.

— Não me importo.

— É melhor que você nunca as encontre. Você não vai querer saber delas como eu sei, então você nunca vai saber a perda que senti. Essa é uma coisa boa, seja grato por isso.

— É isso. – Fury rosnou. – Acha que eu não me importo? Nós somos família. Compartilhe o fardo e tire isso do seu peito, então pode me aceitar como seu irmão. Essas coisas são como uma parede entre nós e quero que ela caia.

— Boa noite. – Darkness se afastou.

Fury rosnou com raiva, o único aviso que Darkness teve antes que o macho atacasse. Ele girou a tempo de pegar um punho no queixo. Isso o mandou cambaleando de volta, a força do soco quase o fazendo cair. Darkness recobrou o equilíbrio e apoiou as pernas.

— Pare com isso! – Ele gritou.

— Eu vou derrubar essa parede, mesmo que isso signifique que vamos terminar sangrando, no Centro Médico. – Fury balançou a cabeça e ergueu os punhos, ele lançou outro soco.

Darkness jogou a cabeça para o lado, quase perdendo um soco direto para sua boca. Ele jogou um braço para fora e acertou Fury nas costelas, o macho cambaleou e rosnou. Ele avançou, Darkness recuou.

— Pare, isso é imaturo.

— Irmãos lutam algumas vezes. – Fury balançou a mão na frente do peito, o chamando para ir até ele. – Vamos descobrir quem é o mais durão, irmão.

— Que droga. – Darkness assobiou.

A luta tinha começado. Fury agarrou sua camisa e o acertou nas costelas com o joelho. Darkness rosnou, mas recuperou a vantagem quando conseguiu pousar um golpe no queixo do macho. Fury cambaleou para trás, mas Darkness não se retirou daquela vez. O macho queria lutar e ele estava nisso. Darkness agarrou Fury ao redor dos quadris, levando os dois para o chão.

Eles rolaram, trocando socos. Ele ouviu alguém se aproximar, mas ignorou a audiência que eles pareciam ter atraído até que os machos os separaram. A Segurança os havia cercado rapidamente, ele olhou para Fury, que estava sendo segurado por dois outros machos.

— Diga-me que isso não te faz se sentir bem. – Fury realmente riu, ele tinha sangue ao redor da boca.

— O que está acontecendo? – Jinx olhou para os dois.

— Uma pequena competição inofensiva. – Fury anunciou. – Solte-nos.

— Inofensiva? – Jinx balançou a cabeça. – Vocês dois estão sangrando.

— Estamos sangrando o mesmo tipo sanguíneo no entanto, não estamos? – Fury arqueou uma sobrancelha para Darkness.

— Solte-nos. – Darkness repetiu. – A luta está acabada.

— Mas a discussão apenas começou. Estarei de volta na próxima noite e todas as noites depois, até que trabalhemos para fora disso. – Fury avisou.

— Você é louco. – Darkness o acusou.

— Não. – Os machos restringindo Fury o soltaram. – Você poderia ter feito um inferno de mais danos em mim se quisesse, mas sou seu irmão. Você estava brincando comigo ou eu teria ossos quebrados. Já vi você lutar.

— Você me pegou de surpresa.

— Vejo você amanha a noite. Fale ou vamos começar isso novamente. – Fury acenou.

Darkness viu Fury caminhar para longe e ordenou que os machos fossem com ele. O macho tinha enlouquecido se pensava que iam lutar novamente. O espantou que se encontrou sorrindo, no entanto. Admirava Fury, ele até mesmo gostava dele. Darkness se virou para entrar na casa para se banhar.

Kat estava parada na grama próxima ao pátio. Ele podia ver a expressão chocada dela e dizia que ela estava chateada pelo jeito que abraçou seu corpo. Seu bom humor morreu, sabendo que ela tinha assistido a luta. Ela se aproximou dele cautelosamente.

— Você está bem?

Darkness não queria lidar com ela ou com mais perguntas. Ele virou e caminhou em direção ao lago, ergueu a camisa e limpou o sangue em sua boca e cabeça com o material. A maioria era das juntas, Fury tinha um ponto. O sangue deles era compartilhado, mesmo que fosse apenas do lado humano deles.

Sua audição aguçada pegou passos suaves e um caminhar feminino, Darkness diminui os passos. Kat o tinha seguido, era tentador deixa-la para trás. Ela não teria uma chance de encontra-lo se ele desaparecesse, mas a curiosidade se ergueu. Ele alcançou uma área sombreada embaixo de uma árvore e se sentou no chão, olhando para a lagoa. As luzes se refletiam nela, a água deslizando suavemente pelo vento.

Kat se aproximou, mas Darkness não virou a cabeça. Quando ela o alcançou, ele olhou uma vez para ela, realmente prestando atenção na aparência dela. A camiseta gigante que ela vestia devia ser três números maiores do que ela e uma delicada calça de algodão abraçava as pernas dela, os pés descalços dela o fizeram pestanejar. Eles eram provavelmente muito macios para caminhar descalça, desde que humanos raramente não usavam sapatos. Não era da sua conta, a propósito. Kat tinha feito á escolha de segui-lo dentro da noite.

Um súbito cansaço tomou conta dele. Darkness estava cansado, mas não era o tipo que o sono poderia curar. Fury estivera certo. Ele tinha carregado um fardo sozinho e o

macho merecia saber a verdade, ele talvez não gostasse das repostas que receberia, isso talvez até mesmo os fizesse inimigos.

Por que ele iria arriscar isso? Darkness quase desejou que pudesse voltar no tempo e apenas dizer a verdade a Fury. Então ele saberia com certeza. Não é como se as coisas pudessem ficar piores, ele era um solitário na ONE. Haviam barreiras mentais que ele tinha colocado no lugar, talvez fosse hora de derrubá-las, como Fury tinha sugerido.

Kat se sentou embaixo da árvore, próxima ao homem taciturno que ela seguira. Darkness virou a cabeça, a luz da lua passou o suficiente entre as folhas para que ela visse a maior parte do rosto dele.

— Oi.

— Eu te permiti me alcançar e você o fez. Por que está aqui?

— Fiquei preocupada com você. – Kat deu de ombros, ficando mais confortável. – Você está bem? Aquilo pareceu muito intenso. Você luta com outros Nova Espécie com frequência?

— Eu sou diferente. – Ele acenou, olhando para longe.

— Por causa do que foi feito a você pelo cara que levou você e seus irmãos? – A simpatia apareceu. Kat realmente odiava Darwin Havings naquele momento e esperava que ele ferrasse tudo em algum momento e fizesse possível para que as autoridades o capturassem. Ele nunca veria a liberdade novamente uma vez que o governo colocasse as mãos nele.

— Sim.

Darkness não era a pessoa mais faladora. Kat olhou ao redor. O parque era abandonado durante a noite e a água na frente dele parecia linda e os sons suaves foram se acalmando. Ela olhou para ele.

— Vem aqui com frequência?

— Sim. – Ele a assistiu também. – Isso me dá um senso de paz.

— Demônios são as coisas mais horríveis para se viver. – Kat deixou aquela informação afundar.

Darkness ficou em silêncio por alguns minutos e Kat imaginou se ele iria falar, talvez tivesse sido um erro segui-lo, mas ela apenas não tinha sido capaz de resistir depois da cena que tinha presenciado.

— Ele estava zangado porque eu não falo quando deveria. – As palavras de Darkness foram ditas tão suavemente que Kat se esforçou para ouvi-las.

— Era sobre isso a luta?

— Sim.

O silêncio os cercou novamente, Kat queria ajuda-lo de algum jeito.

— Quer falar sobre isso? Pode ajudar algumas vezes.

— Isso depende.

Kat esperou que Darkness dissesse algo mais, mas um minuto se passou. Ela finalmente quebrou o silêncio.

— Do quê?

— Para quem você vai repetir isso?

— Não entendi.

— Sim, você entendeu.

Kat realmente não tinha entendido, ele esclareceu isso, no entanto.

— Você está a serviço ou fora agora, Kat?

Ela imaginou novamente se ele continuava suspeitando de que ela não era quem dizia ser.

— Estou fora agora. O que você disser vai permanecer entre nós. Sei que você não confia em mim, mas você pode. – Ela queria dizer isso.

Darkness hesitou, virando a cabeça e olhou para a vasta escuridão da água.

— Fury quer saber mais sobre o que aconteceu com meus irmãos.

— Eles não estão aqui em algum lugar?

— Não. – Darkness balançou a cabeça.

— Na Reserva?

Darkness ficou quieto por alguns minutos.

— Eles estão mortos.

Cenários ruins encheram a mente de Kat. Havings tinha matado eles? Eles tinham retornado para as Indústrias Mercile e morrido lá? Alguns tinham morrido quando foram invadidos pelas agências do governo. Outros tinham morrido durante as tentativas de resgate nos outros locais. Tinha havido uma explosão ligado a um dos centros associados com as Indústrias Mercile. Todo mundo tinha morrido, de acordo com os novos relatórios. A ONE não tinha compartilhado muitas informações com o público em geral, mas Kat tinha pegado o rumo com as pesquisas. A ONE tinha tentando acessar os pisos inferiores da companhia, mas eles estavam cobertos de explosivos; todos abaixo do chão tinham morrido antes que pudessem ser resgatados.

— Eu sinto muito. – Ela queria perguntar os detalhes, mas resistiu.

— Eu também. – Darkness olhou para além da água. – Fury queria que eu falasse sobre eles, mas recusei.

— Por quê?

— Não é uma história feliz para contar, não quero que ele sofra. Ele é um bom macho.

— Por que ele ficaria machucado? – Kat deixou as informações penetrarem.

— Eles eram os irmãos dele também.

— Você é relacionado com Fury North? – Choque rolou através dela.

Darkness virou a cabeça em sua direção e rosnou baixo.

— Desculpe, não queria dizer nada com isso. Apenas não esperava isso.

— Somos meio-irmãos. Você vai compartilhar essa informação?

— Não.

Kat estava tentada a perguntar a ele para quem ele pensava que ela diria, mas se conteve. Tinha ficado atordoada quando ouviu barulho e saiu para o pátio para ver Darkness lutando com outro cara. A Segurança havia corrido para a cena e terminado com aquilo rapidamente, mas ela tinha identificado o oponente dele. Fury North era uma celebridade da ONE, quase tão popular tão bem conhecido quanto Justice North.

— Ele quer que fiquemos próximos, mas não permito que ninguém se aproxime.

Darkness talvez sofresse de problemas de estresse pós-traumático. Kat apostava que ele tinha visto muita merda acontecer quando Havings o tinha. Nenhuma delas tinha sido boa.

— Você está recebendo aconselhamento?

A carranca dele era resposta o suficiente. Kat selou os lábios, apenas para não falar que procurar tratamento poderia ajudar.

— Eu não preciso disso.

Ela discordava. Darkness era um macho alfa e a maioria deles se recusava a admitir que talvez tivessem questões duradouras e severas até que fosse tarde demais. Claro que Darkness não era como nenhum que ela já tinha encontrado antes. A infância dele tinha sido um pesadelo, então ele nunca tivera um tempo fácil nisso.

— Então você concorda em lutar com pessoas que se preocupam com você? Como isso ajuda?

— Não quero uma palestra. – Ele se virou.

Muito justo.

— O que você quer?

— Quer realmente saber?

— Sim. Eu não teria perguntado se não quisesse. – Kat se aproximou um pouco mais, mas não o suficiente para tocá-lo.

— Eu quero esquecer. – Darkness olhava diretamente para frente.

Kat podia entender isso.

— Mas Fury não vai deixar isso para lá. Ele vai continuar pressionando até que eu conte a ele como eles morreram. Não quero que ele me odeie.

— Por que ele iria?

— Eu estava lá. – Darkness pausou, puxando poucas respirações. – Ele sabe disso, mas não de tudo. Foi pedido que eu escrevesse um pequeno relatório, mas não inclui muitos detalhes.

— É muito duro falar sobre isso? É compreensível.

Darkness ficou em silêncio por tanto tempo que Kat pensou que ele a tinha trancado para fora totalmente. Ela olhou para a noite, apenas sentando ao lado dele. Ele respirou profundamente.

— Éramos mantidos em tendas próximos aos outros durante os treinamentos. – Darkness pausou, as mãos agarrando as calças acima das pernas. – Era a primeira vez que fomos informados da existência um dos outros e nossa conexão sanguínea. Eles nos fizeram fazer coisas. – A voz dele mudou, se aprofundando e se tornando rouca. – Nos as fizemos. Eles disseram que os humanos que nos ordenaram matar eram inimigos, rebeldes que tinham matado inocentes. Eles estavam bem armados, mas não foram páreos para nós.

O estômago de Kat se apertou um pouco enquanto a imaginação dela preenchia alguns espaços vazios. Ela apenas esperava que eles não fossem soldados dos EUA.

— Eles não falavam o nosso idioma. – Darkness parecia adivinhar para onde os pensamentos dela tinham ido. – Eles estavam acampados nas montanhas. Chegamos á noite. Eu não me senti tão ruim depois da terceira vez. Encontramos os restos de um menino. Eles tinham mutilado e matado ele. Ele não podia ter mais que doze anos.

Kat piscou as lágrimas de volta, olhando para o lago também. A visão daquelas pobres crianças deveria ter sido horrível. A urgência de alcançar e curvar os dedos sobre a mão de Darkness – que continuavam segurando as pernas – a pegou, mas Kat resistiu.

— Não tivemos escolha. – Darkness clareou a garganta. – Se um de nós desobedecesse, eles teriam matado os outros. Eles eram meus irmãos e queríamos sobreviver. É contra nossa natureza desistir. Éramos teimosos.

— Essa é uma coisa boa. Algumas vezes isso te mantém aguentando, não importa o quê.

O silêncio se esticou.

— Uma noite eles nos ordenaram para invadir um acampamento e matar todos. Fomos para lá, mas eles não tinham homens armados. Havia apenas fêmeas com crianças. – A voz de Darkness se aprofundou em um rosnado. – Elas ficaram aterrorizadas quando nos viram.

Seu intestino se retorceu, Kat não queria realmente ouvir mais nada. Ela gostava muito de Darkness.

— Você não tem que me contar isso.

— Nós nos recusamos a mata-los.

Ela virou a cabeça para olhar para ele, seus olhares se encontrando. Alivio deslizou através dela.

— O que aconteceu?

— Os humanos no comando do projeto nos ordenou voltar e matar todos eles. – O queixo de Darkness se ergueu e o rosto bonito estava claramente visível na luz da lua. Ele estava sofrendo. – Nos recusamos novamente.

Kat tinha a doentia impressão de que não ia gostar do que aconteceu depois.

— Número Quatro não sentiu dor. Foi muito rápido. – Ele pausou. – Boom!

O som súbito a fez pular.

— Foi quão rapidamente ele morreu quando eles detonaram o colar dele.

Lágrimas encheram os olhos de Kat, compreendendo que eles mataram o irmão de Darkness.

— Não levou mais que uma carga para separar a cabeça dele dos ombros.

Jesus. Ela se aproximou, os dedos traçando as costas das mãos de Darkness, tão mais quentes e largas que as dela. Kat queria confortá-lo.

— Eles nos ordenaram ir novamente para matar a todos no acampamento. Eu olhei para meus irmãos e vi a mesma emoção nos olhos deles que deveria estar na minha. Nós recusamos.

Kat adivinhava o que estava vindo.

— Número Três fechou os olhos e estava acabado. Vi medo na expressão dele, no entanto. Ele sentiu aquilo antes de morrer.

— Eu... Sinto muito. – Kat sussurrou.

As mãos de Darkness se viraram sob as dela e ele enlaçou os longos dedos ao redor dos pequenos dela, segurando a mão dela. Darkness olhou para longe, olhando a noite novamente.

— Eles ordenaram novamente que nós matássemos. – Número Dois deu um passo á frente e disse que iria fazer isso. Os instintos de sobrevivência dele eram fortes, e ele era muito convencido de que não importava quem morria. Ele apenas queria matar alguém como vingança. Não importava a ele se eles eram inocentes. Eles eram humanos, era o suficiente. Eu poderia ver que ele tinha estalado.

Kat não podia culpar o irmão de Darkness, mas estava horrorizada, sabendo que Darkness tinha sido parte da morte de pessoas inocentes, apesar de ter sido forçado. Era o pior cenário que nunca tinha esperado que alguém estivesse lá.

Darkness ficou silencioso e Kat o assistiu até que ele olhou para ela e subitamente se aproximou.

— Você quer saber o porquê você deveria caminhar na direção contrária quando me ver?

— Você não teve escolha, Darkness. Era uma situação de matar ou ser morto.

— Eu estourei o colar dele com minhas mãos nuas. – A voz dele se tornou um rosnado. – Não poderia permitir que meu irmão matasse bebês e fêmeas indefesas. Nunca vou esquecer o olhar nos olhos dele quando fui para frente e percebi o que tinha feito. Eu vi traição e choque neles. – Darkness soltou a mão dela. – Eu não hesitei. Sabia que eles iriam me matar antes que pudesse tirar se meus reflexos não fossem mais rápido que dos humanos com o controle para meu colar.

Kat piscou as lágrimas de volta, seu peito se apertando com a emoção que ameaçava sufoca-la. Queria dizer a ele que tinha feito á coisa certa, mas estava com medo de que começasse a chorar se fizesse isso; levou tudo o que ela tinha para não se rasgar. Isso quebrou o coração dela e fez Kat respeitá-lo ainda mais.

— Eu as limpei, mas o sangue e a mortes dos outros ainda permanecem aqui. – Darkness ergueu as mãos com as palmas a encarando. Ele se virou, graciosamente se erguendo. Darkness se manteve de costas para ela. – Acha que Fury vai continuar querendo fazer parte da minha vida quando descobrir que matei um dos nossos irmãos?

Kat ficou de joelhos, então de pé. Ela tremia toda, emocionalmente exausta.

— Você fez a coisa certa e acho que ele entenderia – Ela finalmente deixou sair. – Por que eles permitiram que você vivesse?

— Você pegou isso. Eu sabia que eles eram espertos. Era um teste. – O tom de Darkness saiu rouco. – Eles precisavam descobrir se iríamos seguir ordens ou morrer primeiro. Eles não contavam com o fato de que eu estava preparado para matar meu próprio irmão para salvar os outros. O teste foi considerado uma falha e fui mandado de volta para Mercile para o mesmo destino que os outros Espécies, mas tive que sofrer com a culpa do que tinha feito.

— Uma falha em que tipo de teste? – Isto era pior que cruel.

— Para ver se eles poderiam nos tornar assassinos sem mente para manter sobre o controle deles. Isso não funcionou. Eles acreditavam que não tínhamos alma, mas estavam errados.

— Realmente lamento muito, Darkness.

— O passado não pode ser mudado. – Ele deu de ombros e virou a cabeça, não olhando para ela, apenas olhando para a noite, seu rosto de perfil. – Vou te levar de volta para seu chalé para ter certeza que você não se meta em problemas. Sabe que não está permitida a andar por Homelando sem uma escolta. Vamos.

— Não quero deixar você sozinho agora.

— De volta para seu chalé, Kat. – Ele virou para olhar pra ela. – Nunca mais me siga ou pode me pegar em um momento quando não estou me sentindo muito falador. Não quero que você se machuque se eu estiver na defensiva. Foi isso que causou a briga que você viu.

— Não acredito que você seja um perigo para mim.

— Você estaria errada. – Darkness correu os dedos pelos cabelos antes de empunhar as mãos nos lados do corpo.

— Você não machucaria uma mulher. Você mesmo disse isso.

Kat poderia sentir o perigo, estava presente no ar quase como se fosse um cheiro ou uma sensação, quase tangível. Ela se recusou a recuar, entretanto. Era provavelmente estúpido, mas ela confiava nele com a vida dela. Darkness era torturado pelo passado, mas era um bom homem.

— Já matei uma fêmea antes.

A notícia deveria tê-la surpreendido mais, mas Kat relembrou a vibração que tivera quando ele a interrogou e o que tinha dito depois da aula dela.

— O que ela fez a você?

— Eu quero tanto você que algumas vezes tenho que lutar comigo mesmo para não te pegar. – Darkness respirou profundamente e deixou isso sair vagarosamente.

O coração de Kat deu um pulo, ela estava atraída por ele, mas notou que ele tinha mudado de assunto. Parte dela queria pressionar por uma resposta sobre a mulher, mas estava com medo que ele a mandasse embora novamente.

— Vamos falar de sexo, certo? – Queria saber se eles estavam na mesma página.

— Eu não sou material para companheiro. – O olhar de Darkness baixou pelo corpo de Kat, antes de se erguer para segurar o olhar curioso dela.

— O que isso significa?

— Alguns do meu tipo escolheram humanas como companheiras. Eles não são tão atormentados por dentro como eu sou. Eles se ajustaram melhor para a liberdade e podem prover aquelas fêmeas com emoções positivas e delicadeza. Eu não posso, contudo. Sou inquieto e não posso ter uma relação estável também. Não tenho um coração, eu não me comprometo.

— Quer dizer que você dorme com outras mulheres. – O ar congelou dentro dos pulmões de Kat antes que o ciúme passasse.

— Eu não escolho a companhia das fêmeas. – O maxilar de Darkness se tencionou, os músculos duros. Ele hesitou. – Eu assusto a maioria delas. Elas me veem como muito frio. Estou dizendo que nunca vou oferecer nada mais que prazer físico.

Darkness era quente. Kat discordava completamente das fêmeas Nova Espécie se elas realmente pensavam isso dele.

— Entendido. Você não está procurando por nenhum relacionamento longo.

— Eu não fico em um lugar por muito tempo. Me transfiro entre Homeland e a Reserva com frequência. Vou visitar a Zona Selvagem por dias ou semanas algumas vezes sem me preocupar de ficar dentro das cabanas colocadas lá. Eu gosto de dormir lá fora. As companheiras precisam de um macho em tempo integral que sempre esteja lá para protegê-las. Isso nunca acontecera comigo.

Mensagem recebida. Darkness estava oferecendo uma noite. Kat respirou profundamente e caminhou até ele.

— Eu sou tipo muito boa para cuidar de mim mesma e não estou procurando por uma relação longa também. Sou casada com meu trabalho, viajo muito também.

— Está casada com ele agora?

— Não estou trabalhando nesse momento. Esse é meu tempo pessoal.

Os dedos cerrados de Darkness se abriram e ele cruzou os braços acima do peito, observando-a com um pestanejar.

— Você é uma humana.

— Eu sou.

— Elas querem mais do que apenas compartilhar sexo com um macho.

— Você é um expert nelas? – Kat riu, divertida. – Se sim, aqui vai uma lição. Não somos todas iguais.

— Você quer me foder? – Darkness molhou os lábios com a língua.

Kat deu mais um passo para perto, tendo que erguer o queixo para continuar olhando nos olhos dele, e sabia que estava brincando com fogo. Ele foi contundente. Kat o queria, no entanto, e tinha querido desde que tinham se encontrado pela primeira vez. Não havia tempo que ela podia se lembrar de estar tão atraída por um homem.

— Você gosta de ser direto, não é?

— Sim. – A voz dele se aprofundou.

— Okay. Eu quero você, Darknees. Não estou procurando por um anel de casamento ou um compromisso para a vida toda. Sou péssima com toda essa merda de relacionamento, tentei e falhei nisso miseravelmente. Os homens tendem a se ressentir do meu trabalho e sou independente depois disso. Eles também ficam irritados quando sabem que poderia derrubá-los em uma luta.

— Eu iria ganhar se nos enfrentássemos.

— Você não me assusta. – Kat baixou o olhar para os poderosos braços de Darkness e o corpo bem construindo, concordando. Ela ergueu a mão e a colocou no antebraço dele. A pele de Darkness era quente ao toque, apenas como ele.

Darkness vagarosamente liberou os braços e as mãos firmes e largas dele se fecharam nos quadris de Kat. Um movimento e ela foi puxada contra o peito dele, duro o suficiente para fazê-la arquejar. Seus corpos se pressionavam juntos. O monte contra seu vente a assegurava que ele estava interessado também.

— Esse é o único jogo que não quero jogar.

— Não estou jogando.

Darkness baixou a cabeça enquanto olhava para o rosto de Kat. Ela desejou poder ver melhor os lindos olhos dele na noite escura. O cheiro da colônia masculina de Darkness, ou seja lá o que cheirava tão bem, alcançou seu nariz. A urgência de se aproximar se tornou mais forte.

— Você deveria me dizer não enquanto pode.

— Não quero dizer.

Darkness soltou uma respiração irregular, seu peito invadindo o espaço dela e se pressionando contra seus seios.

— Vou te pegar. Entende isso?

— Na sua casa ou na minha? Vamos.

Darkness olhou ao redor e seu aperto nela se afrouxou.

— Na sua. As patrulhas estarão aqui logo. – Ele segurou o olhar dela. – Ou vou ter que pegar você de pé.

Sexy. Kat totalmente podia fazer isso com ele na grama, mas não ia admitir aquilo.

— Vamos.

— Eu vou com algumas condições, Kat. – Ele se afastou e as mãos dele se foram.

— Quais são elas?

— Você vai fazer o que eu disser quando se trata de sexo. – Darkness hesitou.

— Você é um daqueles. – Kat se sentiu um pouco desapontada. – Não sou do tipo ‘mestre e escrava’. Desculpe, mas não vou ficar de joelhos a um comando para te chupar ou gosto de apanhar.

— Não foi isso que quis dizer. Vou prender suas mãos na cabeceira, então você não pode me tocar. Vai concordar com isso?

— Por quê?

— Lembra quando tive você no interrogatório? – Darkness hesitava. – Eu iria perder o controle da situação se você tivesse suas mãos livres. Essa é uma parte dos termos. Não haverá nenhuma dor envolvida, mas não sou um dos seus humanos. Quero apenas te foder enquanto estou no controle. É mais seguro para nós dois desse jeito, nunca se esqueça do que eu disse sobre um macho fora de controle.

Tudo o que eles compartilharam naquela sala de interrogatório passou pela mente de Kat.

— Quer repetir o que aconteceu entre nós antes, mas dessa vez você planeja terminar o que começou?

— Sim, essa é a metade dos meus termos.

— Qual é a outra metade?

Darkness abaixou a cabeça e olhou dentro dos olhos de Kat.

— Não minta para mim nesse momento. Tudo o que sair da sua boca será a verdade quando eu tiver você nua ou não diga nada.

O intenso olhar dele a lembrava o porquê ela estava realmente lá. Aquilo realmente diminuiu sua vontade.

— Por que você quer me levar para a cama se acha que vou mentir pra você? É isso que você está implicando.

— Isso é apenas sobre sexo. A confiança é conquistada, mas somos estranhos. Vou fazer disso uma condição, Kat. Sem mentiras entre nós quando estivermos nus. Minta para mim em qualquer outro momento e não vou levar isso para o lado pessoal, você nunca vai querer que eu me sinta traído por você. Entende? Isso seria perigoso.

Kat entendia e isso a assustou. Darkness tinha deixado claro que suspeitava que ela estava em Homeland por outras razões que ensinar aulas. Isso estava lá entre eles, mais largos que a vida.

— Eu entendo e aceito os termos.

— Também, isso vai ficar apenas entre você e eu. Ninguém vai saber o que acontece entre nós sexualmente. Você concorda?

— Sim. – Ela o queria.

Era uma barganha que esperava não se arrepender. Darkness tinha dado a ela a opção de não falar nada se algo que ele perguntasse cruzasse a linha onde ela teria que mentir. Kat apreciava isso, mas o silêncio ia falar mais do que apenas cuspir a verdade. Era estúpido segui-lo de volta ao seu chalé, mas ela o queria o suficiente para arriscar isso. Mesmo que significasse colocar sua carreira na linha.

 

— Entre e lave esse perfume. – Darkness ordenou no momento em que entraram no quintal dela.

— Esqueci o que você disse sobre isso irritar seu nariz. Quer se juntar a mim no chuveiro? – Kat olhou para as mãos dele e rosto. – Você ainda tem sangue em você.

— Vou tomar banho na próxima porta e vou voltar em quinze minutos. Não se incomode em colocar nada, apenas uma toalha. Deixe a porta de correr destrancada.

Ele esperava que ela protestasse. Kat era uma mulher de temperamento forte, mas apenas acenou rapidamente.

— Okay, vejo você em quinze minutos.

Darkness se apressou para a próxima porta, alcançando o celular e discando. Tocou enquanto ele abria o laptop na cama, a Segurança atendeu;

— Oi, Darkness. Está pronto para pegar a vigilância de volta?

— Sim. – Ele colocou os comandos no teclado. – Obrigado. – Ele desconectou a vigilância para a Segurança.

A tela mostrou que Kat estava sentada na cama, ela não parecia se erguer para tomar banho e ele imaginou se ela tinha mudado de ideia. Darkness bloqueou a vigilância, então ninguém ia poder ver as câmeras que vigiavam todos os movimentos de Kat. Ele preferia prevenir do que remediar. Se ergueu e entrou no banheiro, arrancando as roupas.

Quando o sangue foi lavado, Darkness viu que a luta com Fury tinha deixado alguns hematomas, havia alguns cortes pequenos nas mãos. Ele pôs um par de pijamas de seda, entrou no quarto e se sentou na cama. Kat não estava na tela, ele mudou a localização da vigilância até que a achou no banheiro.

Ela tinha lavado o cabelo, o corpo e tinha uma toalha ao redor de si mesma. As mãos dela se ergueram e Kat permaneceu de pé na frente do espelho, olhando para seu reflexo. Os lábios dela se moveram e Darkness ativou o som. Ela tinha algum tipo de aparelho de escuta que eles não tinham encontrado para falar com quem quer que seja que ela trabalhava? Isto o enfureceria, desde que tinha proposto não invadir a privacidade dela naquele cômodo até agora.

— Tudo bem. – Kat sussurrou. – Você quer ele, ele quer você. O que é o pior que pode acontecer? – Ela se endireitou e fechou os olhos, puxando algumas respirações. – Vou lamentar isso, se eu amarelar. – Os olhos de Kat se abriram e ela olhou para frente novamente, pegando seu reflexo. – Eu não sou um frango. Isso vai ser legal, ele não vai me machucar.

Darkness estudou as orelhas dela, procurando por dispositivos de escuta, mas não viu nenhum. Com quem ela está falando? Ele não podia ouvir ninguém mais.

— Okay, é o suficiente de conversa vital antes que ele apareça e me ouça falando comigo mesma.

Darkness relaxou. Kat se afastou do espelho e deixou o banheiro, desligando as luzes enquanto saia. Ele mudou a vigilância. Kat entrou no quarto e olhou para a cama, o olhar vulnerável no rosto dela o fez se sentir culpado. Tinha pedido a ela para confiar nele, mas não iria fazer a mesma coisa. Nenhuma fêmea iria permitir ser amarrada na cama, ele estremeceu com o pensamento.

Darkness fechou o laptop e se e levantou. Uma viagem rápida até o banheiro garantiu a ele o que queria e então saiu pela porta dos fundos, rapidamente escaneando a área para ter certeza que ninguém o viu cruzando o jardim de Kat. Estava limpo de patrulhas, então entrou na casa de Kat pela porta lateral, fechando e trancando atrás dele. Ele até mesmo fechou a persiana sobre o vidro.

Kat se virou quando Darkness entrou no quarto, a expressão no rosto dela se acalmou e ela tentou esconder o medo. O pequeno tremor nas mãos dela enquanto elas alcançaram para retirar a toalha deu a ele o caminho das verdadeiras emoções dela. Kat notou as mãos dele segurando a caixa de preservativos, as sobrancelhas dela se ergueram.

— Para quem são?

— Nós.

— Não tenho nenhuma doença e tudo o que vi e ouvi disseram que vocês são imunes a doenças sexualmente transmissíveis. – Kat segurou seu olhar. – O que é essa besteira?

— Você quer que todos os Espécie na sua aula amanhã saibam que eu te fodi? Eles vão, a menos que eu use isso. Não é minha preferência. Nosso senso de cheiro é tão bom quanto eu disse que era. Você tem que se enfiar em um longo banho para ter certeza que qualquer cheiro meu foi embora. Você está disposta a arriscar isso ou vai preferir ser precavida? – Darkness olhou para a caixa e então para Kat. – Como eu disse, quero que isso fique apenas entre nós.

— Eu entendo. – Kat respirou fundo.

Darkness se moveu para as prateleiras da parede, removeu um rolo de camisinhas enquanto ia e colocava a caixa na frente da câmera escondida. Isto ia mostrar apenas a cor da caixa e não ia permitir que ninguém visse o que estava acontecendo no quarto. Ele não podia ter certeza de que Fury não iria ultrapassar seu código de acesso e vigiar Kat se ele acreditasse que Darkness fosse um perigo para ela. Também tinha usado isso para cobrir o pequeno transmissor de áudio localizado no mesmo lugar, a vigilância da Segurança naquele cômodo iria agora ser cega e surda para o que eles iam fazer.

Darkness encarou Kat e colocou o rolo de camisinhas no bolso da frente.

— Vou pegar uma das suas meias-calças emprestadas.

— Como sabe que eu tenho uma?

— Eu procurei em sua mala antes que fosse entregue. Como você está indo sem seus cigarros?

— Isso não foi legal.

— Eles fedem. – Darkness não se sentia arrependido. – Onde estão as meias?

— Na gaveta de cima, ao seu lado.

Darkness se virou, encontrando-as. Ele testou a força delas e ficou feliz com os resultados, ele se aproximou da cabeceira.

— Tire a toalha e suba na cama.

Kat engoliu com força, mas permitiu que a toalha caísse no chão. Darkness podia ver a cautela nela e manteve o olhar travado nela, então Kat não se sentiria desconfortável estando completamente nua diante dele. Ele apenas olhou para o corpo dela quando Kat deitou de costas na cama, erguendo os braços até que os dedos se curvassem ao redor da madeira da cabeceira. Ela as agarrou um pouco apertado, novamente mostrando que sua bravata era tensa.

— Calma. – Darkness se sentou no topo da cama, dando a ela as costas para ajuda-la a se acalmar. – Não vou te machucar. Você terá um pouco de movimento do jeito que coloco suas mãos na cabeceira.

— Eu me sentiria melhor se não estivesse realmente amarrada. Você poderia apenas confiar em mim para manter o aperto na cabeceira.

— A confiança é conquistada, Kat. – Darkness estava tentado, mas balançou a cabeça. – Já passamos por isso, preciso estar no controle.

— Certo. – Kat fechou os olhos. – Eu deveria confiar em você, mas você não confia em mim.

— Vejo seu ponto, mas esses são meus termos. – Ele não estava sendo justo.

— Tudo bem, faça isso.

Kat tinha pulsos delicados. Darkness prendeu a meia-calça ao redor deles e atou o material sedoso, então ele não iria apertar se ela lutasse. Ele manteve os braços dela fechados juntos e os segurou na mesma barra.

A cabeceira era feita solidamente e Kat não seria forte o suficiente para se libertar. Darkness se ergueu e alcançou os botões do seu pijama, Kat abriu os olhos e olhou para ele. Darkness viu um pouco de medo no olhar dela, isso o fez pausar.

— Você vai gostar disso. – Ele decidiu esperar até mais tarde para se despir da calça. Kat já estava desconfiada e ele tinha ouvido machos compartilhando que algumas fêmeas eram intimidadas pelo tamanho dos seus paus. A última coisa que queria era que Kat mudasse de ideia. – Relaxe.

— Mais fácil dizer do que fazer. – Kat murmurou, ela clareou a garganta e engoliu com força. – Okay, o que mais Sr. Controle?

Darkness gostava do espírito de Kat. Ela estava um pouco assustada, mas se recusava a dar isso a ele. Rodeou a cama, estudando-a. Kat era linda. O corpo dela estava em forma, mas não era excessivamente musculoso; era muito menor que o de uma fêmea Espécie, com mais ossos frágeis. A pele pálida dela provavelmente iria marcar facilmente se ele não a tocasse com cuidado. Darkness usou os joelhos para apoiar o peso na cama e se aproximou.

— Separe suas pernas.

— Apenas assim, hum? – O rosnado baixo foi um aviso. – Okay, isso é tipo, muito sexy.

— Você acha? – Darkness sorriu.

— Sim. Gosto quando sua voz se aprofunda também.

— Dê-me alguns minutos e talvez me ouça rosnar. Você não se assusta com facilidade, certo?

— Depende se você está com raiva ou não.

Darkness permitiu a ela ver algumas emoções em seu rosto, ele estava faminto, ele a queria muito.

— Vou fazer sons porque sou um Espécie. Está preparada por isso?

Darkness quis gemer quando Kat molhou os lábios com a língua rosa. Ela afundou os dentes superiores no lábio inferior depois.

— Traga isso e apenas lembre que não estou na dor.

— Vai ser tudo sobre prazer. Separe suas pernas bem afastadas e dobre-as para cima. Dê-me acesso a você.

Kat hesitou apenas um segundo antes de seguir as ordens dele, ela parecia apelativa como o inferno com a boceta exposta e naquela posição. Darkness deslizou no estômago enquanto vinha para baixo na cama e escorregou os braços próximo aos quadris dela, inclinou-se nos cotovelos e fechou as mãos no topo das pernas de Kat. Ele a prendeu aberta, deixando o rosto centímetros longe da visão da doce, nua e macia pele rosa. Kat não tinha cabelo ali.

— Nenhuma pista de pouso? – A voz de Darkness tinha se tornado um pouco rouca, mas ele não tentou baixar. Kat tinha tido que achava aquilo atraente. Cheirá-la fez seu pau endurecer, Kat não estava ligada ainda, mas isso iria mudar logo.

— Eu ocasionalmente decido me torturar usando cera.

Darkness ergueu o queixo e olhou para ela, uma sobrancelha se arqueou em questionamento.

— Dói como um filho da puta. Geralmente faço isso antes de sair de férias durante o verão.

— Você não está de férias.

— Depende a quem você perguntar. Eu estou, de acordo comigo.

Aquilo provocou curiosidade, mas Darkness sufocou aquilo. Seu pau teimoso não queria interrogar Kat naquele momento. Ele inclinou a cabeça, mais interessado no sexo dela do que na conversa. Darkness tinha sentido saudades em estudar um fêmea... E o gosto de uma. Kat era bonita de todo jeito. Ele molhou os lábios e abriu a boca, consciente de suas presas; imaginou se Kat se lembraria delas. Ele a lembraria logo.

O aperto em seu peito e o formigamento e sua garganta avisaram a Darkness para emudecer suas reações a Kat. Ele não iria ronronar. Talvez isso a alarmasse antes que estivesse muito distraída para notar, lutou contra a urgência e ganhou.

— Relaxe. – Ele ordenou, sentindo as pernas dela tensas no seu aperto.

— Estou tentando. Tem sido um longo tempo desde que tive alguém perto e pessoalmente embaixo que não estivesse vestindo um jaleco. Isso foi no meu último checkup alguns meses atrás.

— Quanto tempo faz que você não tem sexo? – Aquilo pegara o interesse de Darkness.

Kat não respondeu.

— Não pode me dizer a verdade sobre isso?

— Quase um ano, eu me mantenho ocupada.

Darkness correu a ponta da língua sobre o rosado e carnudo pedaço de nervos, Kat sugou o ar em uma respiração afiada e ele repetiu o processo, indo para ele vagarosa e delicadamente. Ele precisava manter o controle ou os dois estariam com problemas, tinha sido há anos que tinha se permitido o prazer do sexo. Darkness empurrou aqueles pensamentos para longe, não querendo que o passado arruinasse o presente.

As pernas de Kat se tencionaram no seu aperto e ele a agarrou com mais firmeza. O cheiro dela começava a mudar enquanto ele usava a ponta da língua para brincar com o sexo dela, o cheiro suave do desejo e o aroma era um droga estimulante para ele. Kat tentou se mexer no aperto de Darkness e os gemidos suaves dela aumentaram. A cabeceira rangeu, mas ele não olhou para cima, tendo certeza que Kat não poderia se libertar, mesmo que tentasse.

— Oh Deus... – Ela sussurrou. – Eu não vou durar.

Darkness aplicou mais pressão, queria muito estar dentro dela para esperar. Ele teve que ajustar os quadris para retirar o peso do seu pênis inchado, não poderia ficar mais duro do que já estava. Ele rosnou, usando as vibrações para aumentar o prazer de Kat enquanto pressionava a boca aberta contra o clitóris dela.

Kat pulou no seu aperto e gritou o nome dele. Darkness sugou o pequeno botão novamente, gentilmente soltou Kat e ergueu a cabeça o suficiente para olhar para a boceta dela. Estava encharcada, molhada e pronta para leva-lo. Darkness ergueu o queixo e olhou para cima, a cabeça de Kat estava jogada para trás, sua boca aberta. Os músculos dela começaram a relaxar, incluindo as pernas, continuavam presas por ele. As deixou ir se sentou.

— Desculpe. – Kat abriu os olhos, a respiração vindo em rápidos arquejos.

— Pelo quê? – Darkness meteu a mão no bolso e removeu o rolo de camisinhas.

— Gozei muito rápido, eu deveria estar embaraçada? – Ela sorriu, no entanto, um olhar provocativo nos olhos. – Ou você está orgulhoso que é tão bom assim?

— Dessa vez não conta.

— Não? Eu discordo. – Aquilo diminuiu o humor de Kat.

— Isso foi apenas um esquenta, preciso de você realmente molhada. – Darkness ficou de joelhos, usou os polegares para arrancar os botões do pijama e o deixou cair, ele viu o rosto de Kat enquanto revelava o pênis. A expressão dela congelou, levou alguns segundos para reagir. Os lábios dela se abriram e Darkness podia ver a surpresa dela.

— Eu vou caber. – Ele retirou uma das camisinhas do rolo e jogou o resto dela perto do topo da cama. Kat já não parecia tão certa ou corajosa, isso o divertiu. – Eu vou devagar, você é durona. Eu prometi não te machucar.

— Não acho que essa seja uma opção. Você é super proporcional, isso é certo. Eu aposto que aqueles pés grandes do seu tipo deveriam ser uma pista. Você tem permissão para carregar isso?

— Eu pensei sobre virar você e não permitir que me visse. – Darkness riu, entendendo a piada. Ele olhou para baixo e desenrolou a camisinha cuidadosamente, teve um flashback do passado, mas rapidamente olhou para o rosto de Kat. Ela estava lá, não á outra mulher que sempre o fazia usar camisinha. Darkness se focou nas pernas separadas de Kat, ela tinha colocado o pé na cama, mas se mantinha aberta para ele. – Eu serei gentil.

— É melhor que seja. – Kat mordeu o lábio inferior, estudando seu pênis.

Darkness teve que tomar uma decisão e escolheu deixar Kat de costas para ele, isso iria colocar menos peso no pequeno corpo dela e ele poderia controlar melhor sua entrada nela. Ele se abaixou e agarrou as panturrilhas dela, erguendo-a e girando-a antes que Kat pudesse protestar. Darkness soltou as pernas dela.

— Fique de joelhos. – Ele a ajudou ficando entre as pernas dela e separando-as. As mãos de Darkness cuidadosamente deslizaram sob os quadris dela e a ergueram.

— Deveria apenas ter me dito para ficar em meu estômago primeiro. – Kat arfou.

— Pensei que tivesse dito. – Darkness gargalhou novamente, divertido. – Disse que queria deixar você me ver primeiro, entretanto. Você me viu.

Kat deslizou um pouco mais para perto da cabeceira e a agarrou com as mãos. A meia-calça permitia aquele movimento, mas mantinha os pulsos dela separados. Kat olhou por cima do ombro, incerteza passou pelo rosto dela por um segundo. Ele pegou a emoção.

— Calma, doçura. Eu vou ser cuidadoso.

Darkness se aproximou e teve que colocar as pernas do lado de fora das dela. Kat era menor e ele precisou separar as pernas para colocar seus quadris no mesmo nível. Kat colocou o rosto para frente e enrijeceu, seus ombros se erguendo enquanto ela parecia dar um aperto de morte na cabeceira. Estava claro que ela esperava um tratamento rude, mas Darkness iria desapontá-la.

Ele se inclinou até que o peito descansou suavemente contra a espinha de Kat, ele agarrou o topo de cabeceira ao lado de uma das mãos de Kat. Era uma lembrança da diferença de tamanho deles. Darkness queria entrar nela, mas usou a outra mão para alcançar entre as pernas separadas de Kat e brincar com o clitóris dela com os dedos.

Ela estava encharcada e se empurrou sob ele, provavelmente ainda um pouco sensível. Darkness suavizou o toque, desenhando pequenos círculos. A postura de Kat relaxou e ela abaixou a cabeça para descansar contra seus braços estendidos, a bunda dela empinou e chamou a atenção de Darkness. Ela tinha uma bela bunda e isso fez seu pênis se contrair. A latejante sensação de ter todo o sangue agrupado lá não era indolor, mas ele dera sua palavra a Kat. Tinha sido um longo tempo e ele poderia esperar um pouco mais para ter certeza que ela estaria querendo ele dentro dela tanto quanto ele queria estar.

Suaves gemidos vieram dela e Kat se moveu sob ele, balançando ligeiramente. Darkness soltou a cabeceira e se endireitou, ele continuou brincando com o clitóris dela, no entanto, não aliviando. Ele agarrou o eixo e odiou o jeito que tremia ligeiramente enquanto ia um pouco para trás e pressionou a cabeça do seu pau inchado contra a entrada da boceta de Kat. Darkness baixou o olhar, olhando para baixo. Ela parecia pequena e ele travou o maxilar, aplicou um pouco de pressão e foi devagar para frente.

— Relaxe. – Ele pediu.

— Você é grande. – Kat declarou baixinho.

Não era um pedido para que ele parasse, então foi mais para frente. O desejo de entrar no calor dela com todo o corpo era forte, isso seria muito bom, mas ele resistiu a urgência. Darkness assistiu ela o tomando, a visão da cabeça do seu pau coberta pela

camisinha desaparecendo dentro da boceta de Kat o fez querer ronronar, combinado com o calor e o ajuste apertado. Ela se sentia ótima. Ele tinha esquecido quão bom o sexo era.

Darkness entrou profundamente e soltou o pau, não podia assistir mais. O sentimento de estar dentro de Kat era muito bom e com a estimulação visual era quase demais para aguentar. Ele olhou para frente novamente e agarrou cegamente a cabeceira, se inclinando sob Kat, deixando-a debaixo dele.

Darkness balançou os quadris, indo mais profundamente dentro de Kat com cada investida. Kat gemeu alto e disse o nome dele, seu controle começou a escorregar. Darkness se moveu um pouco mais rápido, mas tendo certeza de ser gentil. Seu peito vibrou e a garganta formigou, ele fez outra escolha. Permitiu que os lábios se separassem e deixou os sons saírem, preferindo se focar em suas outras reações físicas. Gentil. Ele repetiu a palavra de novo e de novo na cabeça.

Kat virou um pouco a cabeça e mordeu o braço, isso diminuiu um pouco os sons que estava fazendo. Darkness estava dentro dela e continuava tocando seu clitóris, o prazer era muito e seus músculos vaginais se apertaram com cada estocada dos quadris dele. Darkness se movia mais rápido e isso aumentou consideravelmente o nível de êxtase, o ronronar profundo próximo à orelha dela era um barulho de fundo e Kat sabia que tinha vindo dele. Era sexy, uma adição à experiência.

Kat tentou se mover contra Darkness, indo para trás quando ele se lançava para frente, mas o braço ao redor dos seus quadris se apertaram enquanto ele dedilhava seu clitóris com mais pressão. Darkness a fodeu mais rápido, o clímax explodiu. Kat perdeu a habilidade de pensar e nem mesmo se importou, o prazer bateu tão forte contra seu cérebro e ela imaginou se realmente iria sobreviver, não pôde respirar de primeira.

O estímulo ao clitóris dela parou e Darkness enganchou sua cintura com um braço musculoso, ele quase a ergueu fora dos joelhos e mais do peso dele pressionou para baixo contra as costas dela. Respiração quente atingiu seu ombro e ele rosnou o nome dela.

A cama rangeu alto enquanto Darkness se sacudia pela força com que gozou, Kat podia senti-lo dentro dela, como se o pênis dele tivesse um pulso. Os impulsos dele se desaceleraram até que Darkness descansou, enterrado profundamente, então eles estavam completamente conectados. Um pouco do peso dele se aliviou das costas dela.

Os dois estavam suando enquanto se recuperavam e os sons ronronantes tinham parado. Kat abriu os olhos e ergueu a cabeça para olhar para o braço, ela podia ver as marcas dos seus próprios dentes marcando os bíceps, seus dedos estalaram quando ela soltou a cabeceira.

Darkness saiu suavemente dela e Kat odiou a perda, temia que ele fosse apenas sair dela e descer da cama. Darkness não fez isso, entretanto. Ele se manteve perto, as pernas prendendo as dela entre as dele, o braço ao redor dos quadris dela permaneceu.

— Você está bem?

— Estou ótima. – Kat tremeu pelo tom rouco e profundo da voz dele. Ela mordeu o lábio e virou a cabeça para olhar para ele.

Os olhos de Darkness a maravilharam, a cor aparentando ter se atenuado ligeiramente. Isso a fez imaginar novamente se a cor dos olhos dele podia mudar com emoções, naquele momento eles estavam com um castanho suave com reflexos de amarelo. Darkness piscou e arqueou uma sobrancelha.

— O quê?

— Você tem olhos lindos.

Ele olhou para longe e clareou a garganta, o elogio quase parecendo embaraçá-lo.

— Os seus também.

— Você... Deixa pra lá. – Kat não queria arruinar o momento.

— Eu o quê? – Darkness olhou de volta para ela.

— Deixa pra lá.

— Eu ronrono. – A boca dele se mudou para uma linha fina. – Avisei você de que faço sons que um humano não faz.

— Aquilo foi quente. Eu gosto dos sons que você faz.

— Bom. Qual era sua pergunta? – A expressão dele clareou.

— Eles mudam! – Kat estudou os olhos de Darkness novamente. A cor estava mais escura, os pontos amarelos tinham ido.

— O quê?

— A cor dos seus olhos. Eu permaneci pensando se tinha imaginado ou era apenas a luz.

— Preciso retirar a camisinha, estarei de volta logo.

— Pode me desamarrar primeiro?

— Não, eu não terminei com você ainda. Disse a você que era um esquenta.

Darkness vagarosamente se afastou e saiu da cama, Kat se virou e se sentou de um modo um pouco estranho desde que continuava presa à cabeceira. Ela assistiu com um sorriso enquanto Darkness entrou nu em seu banheiro, ele tinha uma bela bunda. Era musculosa e perfeitamente arredondada. Darkness também era totalmente bronzeado, sem linhas.

— Nada de bunda de panqueca para você.

— Bunda de panqueca? – Darkness retornou em segundos.

— Gosto de bundas firmes e você tem uma das melhores que já vi. – Kat riu.

Darkness hesitou, levantou a cabeça e baixou o queixo, ele olhou para baixo e de volta para ela.

— E sobre a frente?

— Você tem que ter licença para portar uma arma. – Ela piscou. – Não tenho reclamações, exceto que adoraria te tocar. – Kat apreciou abertamente o abdômen dele. – Você não tem ideia do quanto quero traçar esses músculos com a ponta dos dedos. Você quase está implorando por isso.

Darkness fez uma careta. Kat achou aquilo divertido.

— Solte-me.

Darkness se aproximou da cama e colocou os joelhos no final, ele se inclinou e agarrou o tornozelo dela. Kat arfou quando ele puxou com força, colocando-a na cama até que estivesse de costas, a meia-calça puxando nos pulsos dela. Darkness estava em cima um segundo depois, a pele quente pressionada contra a dela, no entanto ele ergueu um lado então não a prendia debaixo do peso dele.

— Não. – Os lábios dele pairavam sobre os dela. – Eu faço todos os toques.

Kat queria beijá-lo e pontuou isso olhando para a boca de Darkness.

— Nada disso também. – Ele murmurou.

— Por que não? – Kat viu o não no olhar determinado. – Eu tenho mau hálito ou algo assim? Escovei meus dentes.

A piada dela não surtiu efeito quando Darkness nem mesmo tentou sorrir.

— É muito pessoal.

— E isso não é? Estamos nus e tão perto quanto duas pessoas podem ficar.

Darkness se ajustou um pouco mais para descansar no lado contra ela, uma mão se abriu no estômago dela e deslizou até que cobriu a boceta dela. Ele brincou com o clitóris com um lado do dedo.

— Você concordou com meus termos.

Ficou difícil argumentar quando ele abaixou a cabeça e a boca se abriu no mamilo de Kat. Darkness correu a língua ao redor da ponta e então os fechou sobre o bico, ele sugou e Kat arfou, não esperando o choque de prazer.

— Isso não é justo. – Kat arqueou as costas para dar a ele mais acesso aos seios.

Darkness soltou o seio e se aproximou dela um pouco mais.

— Eu nunca disse que seria. – Darkness capturou o outro mamilo e o sugou, os dedos acariciando o clitóris, circulando.

— Isso é muito bom. – Kat fechou os olhos e separou as pernas para dar melhor acesso a ele.

Darkness sugou forte os seios dela, Kat pensou que doeria, mas ao invés disso, parecia que estavam conectados à área sensível do seu clitóris. Era como se os nervos terminassem no mesmo lugar. Ela gemeu e tentou se virar para ele, Darkness não permitiu entretanto, colocando uma das pernas entre as dela para mantê-la no lugar.

Kat se contorcia na cama enquanto Darkness continuava a usar a boca e os dedos para provoca-la. Suor brotou ao longo do corpo dela porque ele aliviava a pressão no clitóris toda vez que ela se tencionava, pronta para gozar. Kat puxou as restrições, mas elas aguentaram; ela queria correr as mãos pela pele dele.

— Por favor. – Ela pediu.

Darkness ergueu a cabeça, soltando os seios dela. Os pontos amarelos estavam de volta aos olhos dele e então era o olhar faminto que ela amava. Ele era um homem lindo quando a tinha deixado ligada. Kat olhou para baixo do corpo dele. Darkness tinha enfiado o pênis entre as pernas, mas não havia dúvidas de que estava duro novamente.

— Me deixa ir. – Ela pediu.

Darkness alcançou atrás dele, pegou a camisinha e usou os dentes para rasgar um dos pacotes do rolo. Ele os largou atrás das costas e agarrou o topo do pacote, as presas aparecendo, a coisa abriu com um puxão de cabeça e Darkness mudou os quadris para longe dela. Ele separou as pernas e o pênis pulou livre, Darkness rolou a camisinha e voltou para cima dela. Kat separou as pernas para acomodá-lo.

Ele entrou vagarosamente nela e Kat gemeu. Darkness se sentiu muito bem. Kat passou as pernas ao redor dos quadris dele, abraçando-o perto desde que era o único jeito que ele tinha permitido a ela segurá-lo.

Darkness inclinou os braços próximos aos dela e encostou o nariz no rosto dela. Kat virou o rosto para dar mais acesso ao pescoço e ele a mordeu. A mordida afiada não rompeu a pele – a sensação era muito boa. Kat enrolou as pernas ao redor dele e se contorceu, pedindo a ele para se mover.

— Você é perigosa, pequena gata fingida.

Kat queria perguntar porque ele pensava isso, o que significava, mas Darkness entrou nela. Ela gritou. Ele pausou, profundamente enfiado dentro dela.

— Muito duro?

— Não, posso levar você. Gosto disso.

Darkness rosnou baixo e beijou o pescoço de Kat. Ele quase saiu do corpo dela e então se lançou para frente. Isso colocou a bunda dela contra a cama, mas não havia dor. Apenas prazer. Ninguém nunca tinha tomado Kat daquela forma. Ela gemeu e pegou os ombros de Darkness com os dentes, mordendo-o.

O rosnado não a assustou e Kat lambeu a pele dele. Darkness tinha um gosto bom, ligeiramente salgado e todo homem. Ele se moveu mais rápido, um pouco rude, e beliscou o ombro dela novamente. Kat gemeu, erguendo as pernas um pouco mais alto para dar mais espaço para movimento dos quadris. Darkness rolou os quadris um pouco, entrando nela por um novo ângulo.

Kat gritou e ele a estocou mais duro, batendo naquele ponto de novo e de novo. Ela agarrou as restrições de nylon e fechou os olhos, o prazer continuava batendo nela enquanto a cabeceira batia na parede. Kat sabia como era sentir cento e vinte quilos de um desencadeado e cru macho e isto era maravilhoso.

 

Kat puxou a longa camisa de mangas compridas para cobrir as marcas em seus pulsos da noite anterior, elas eram suaves, mas ainda visíveis. A pele não tinha realmente marcado, mas estava um pouco irritada pelo nylon. Ela não queria ninguém perguntando sobre a ligeira vermelhidão.

O segundo dia de aulas tinha sido melhor depois que tinha mostrado a todos o truque da bolsa. Eles tinham aprendido sobre outros jeitos criminais de esconder itens para passar por checagem de segurança. Não houve nenhum sinal de Darkness.

— Olá. – Um homem alto com olhos de gato se aproximou, ele tinha cabelos castanhos claros e suaves olhos castanhos.

— Você tem uma pergunta? – Kat sorriu, dando atenção a ele.

— Gostaria de ir para casa comigo e compartilhar sexo?

Kat tentou esconder a surpresa e demorou alguns segundos para responder. Sunshine a tinha advertido que alguns homens se aproximariam dela e sabia que Novas Espécies apenas diziam as coisas do jeito que eram. Ela teria considerado dar um tampa em um cara normal por ser bruto, mas rejeitou aquela reação. Tinha encorajado todos a fazer perguntas, de qualquer modo. Seu senso de humor se desencadeou.

— Prometo a você um tempo muito bom. – Ele sorriu, as presas aparecendo.

— Tenho certeza que você daria, mas não obrigada. – Ele era um cara bonito, mas havia apenas um homem em quem ela estava interessada.

— Encontre-me a qualquer hora se mudar de ideia. – Ele se afastou e cruzou o cômodo para a área onde as grandes mesas estavam.

— Você lidou bem com isso.

Assustada, Kat virou a cabeça para encontrar Darkness parado a poucos passos dela.

— Quer parar de aparecer furtivamente? E como você entrou? Eu não te vi.

— Vim pela porta dos fundos e fiquei nas sombras para observar suas lições. Você fez um bom trabalho.

Era ligeiramente irritante como aquilo gerou um calor agradável. Kat não precisava da aprovação dele, mas gostou.

— Obrigado, lembrei do que você disse.

— Como está se sentindo essa manhã? – Darkness deu uma olhada no corpo de Kat.

Ferida. Kat não ia admitir um pouco de sensibilidade em algumas poucas áreas do seu corpo.

— Bem.

— Espero que o banho tenha ajudado.

As imagens passaram pela mente de Kat. Eles tinham feito sexo uma segunda vez e então Darkness a tinha libertado. Ele entrara no banheiro dela para remover a camisinha, mas ela ouviu a água correndo. Darkness ficara lá por alguns minutos, a curiosidade a tinha levado a segui-lo. Ele estava parado ao lado do chuveiro com as mãos dentro da água correndo e tinha olhado para ela.

— Isso é para você. A temperatura deve estar perfeita. – Darkness se endireitou. – Boa noite, Kat.

Darkness tinha ido embora, levando o lixo do banheiro com ele. kat tinha relaxado no chuveiro por um tempo e quando saiu, todo os traços de Darkness haviam sido removidos. Ele tinha levando as camisinhas com ele, todas as embalagens vazias e até mesmo tinha colocado a meia-calça de volta na gaveta.

— Você não respondeu. – Darkness chamou a atenção dela de volta para o presente. – O banho ajudou?

— Sim, obrigado por aquilo.

— Eu deixei alguma marca em seus braços ou pescoço? Está quente lá fora.

— Meus pulsos estão ligeiramente irritados pelo nylon. – Kat hesitou. – Não é nada grave, eu apenas não quero arriscar que alguém faça suposições ou tenha perguntas sobre as marcas.

— Vou voltar com algo que não vai marcar sua pele. Você pode dizer apenas que elas eram de quando você chegou a Homeland. Todo mundo sabe que você foi levada para interrogatório.

Ele planejava vê-la novamente. Kat estava aliviada por isso.

— Isso significa que você virá hoje á noite?

— Estou de serviço.

— Oh.

— Talvez eu pare tarde, mas não tenho certeza se serei capaz disso. Você se importa?

— Não.

— Eu saio às onze. – Darkness baixou o olhar para á frente da camisa de Kat, seu foco obviamente nos seios. – Preciso ir.

Kat assistiu ele cruzar o cômodo e parar para conversar com alguns homens, uma mulher se aproximou dele e Kat odiou a sensação espinhosa que se ergueu. Ciúmes era uma emoção que ela não gostava, mas estava lá. A mulher era bonita e sorriu para Darkness, até mesmo se aproximando para correr os dedos ao longo do centro da camisa dele. Darkness não recuou ou pareceu ligar.

Kat olhou para longe. Ele não iria deixa-la fazer isso com ele. Darkness teria bloqueado as mãos dela se ela se aproximasse tanto. Ela não pôde se impedir de olhar de volta para ele, á urgência era muito forte. Darkness continuava lá e agora a mulher falando com ele tinha ficado mais perto, apenas alguns centímetros longe. Ela se aproximou novamente e deixou a mão sobre o braço dele, acariciando. Darkness não reagiu de forma nenhuma, apenas ficou lá permitindo que ela o tocasse.

— Babaca. – Kat murmurou, enfiando os objetos de plástico e o saco de gel que tinha usado na demonstração de volta na bolsa.

— Você está bem? – Sunshine se aproximou.

Kat neutralizou as feições e forçou um sorriso, ela se recusou a olhar para Darkness. Iria apenas enfurecê-la se aquela mulher ainda estivesse tocando ele.

— Estou ótima. Como eu fui hoje?

— Muito bem, eu aprendi muito. Não recebemos muitas cestas de presente em Homeland, mas serei mais cuidadosa agora que você nos advertiu para chegar duas vezes para compartimentos falsos escondidos nos carros de entrega. Não vou assumir que um caminhão com o nome de uma empresa pintado ao lado é seguro também.

— Caminhões de entrega podem ser roubados e uniformes de trabalho são fáceis de conseguir. É melhor ser um pouco paranoico do que não ser. Ligue e confirme com a empresa antes de aceitar algo.

— Os humanos podem ser muito desonestos.

— Eles podem sim. É horrível que você tenha que lidar com a maior parte do pior da humanidade.

— Eles têm medo de nós porque somos diferentes.

— Sim. – Era um bom jeito de descrever. Kat não queria dar outras dezenas de razoes para a ONE ser um alvo. – Eu queria te perguntar algo.

— Vá em frente.

— Você sabe o que aconteceu quando vim para Homeland. Quando fui levada sob custódia eles prenderam minhas mãos na frente ao invés de atrás das costas. Uma procura nas cavidades também não foi realizada. Isso é normal?

— Eu vejo onde você está indo com isso. – Sunshine sorriu. – Eu prestei muita atenção em tudo o que você disse. Nós usualmente fazemos uma procura cuidadosa, mas estávamos fora do jogo naquele dia. Esse é o jeito certo de dizer isso? Rusty estava abalada, nós não costumamos ter fêmeas em custódia. Os machos não iriam cometer esse erro.

— Okay.

— Eu posso ver se eles vão permitir você em um tour pela Segurança e ver os procedimentos, se você quiser. Você pode encontrar um jeito de melhorá-los.

— Eu gostaria disso.

— Vou perguntar. Não vejo porque eles não iriam permitir isso, iria beneficiar a todos nós. Temos a força-tarefa humana, mas eles geralmente checam os humanos antes que os tragam pra nós. O líder do time teria gritado muito com Rusty se ele tivesse sabido que ela deixou você sozinha e não seguiu os procedimentos ao pé da letra. - A voz de Sunshine baixou. – Tim grita muitas vezes. Ele não é um homem agradável, mas é porque ele é protetor com a gente. Somos tratados como crianças algumas vezes. Tentamos manter nosso senso de humor sobre isso, especialmente com ele. As intenções dele são boas.

— Tenho certeza que elas são. – Kat esperava que esse fosse o caso.

— Tim é devotado a ONE. – Sunshine parecia ter lido suas incertezas. – Ele é alto e vocal para todos que cuida, eu me preocuparia se ele estivesse em silêncio. Ele é o que você consideraria uma figura paterna e ele nos adotou. Sabemos que pais amorosos podem ser severos, esse é Tim. Nós gostamos da lealdade dele, eu confiaria minha vida a ele, assim como os outros Espécies.

— Isso é bom. – E também deixava Kat triste que os Nova Espécie nunca tivessem tido pais. Ela esperava que, quem quer que Tim fosse, ele nunca deixasse a ONE cair. Eles já tinham desapontamento o suficiente.

— Está com fome? Algumas das fêmeas queriam falar com você, mas não será sobre as aulas. – Sunshine sorriu. – É sobre os machos humanos e sexo. Algumas delas estão realmente curiosas. Fomos ordenadas a não perguntar nada aos membros da força-tarefa enquanto eles estiverem de serviço e raramente passamos algum tempo junto com alguns deles quando não estão. Tim os proibiu de interagir conosco de algum jeito sexual, incluindo discutir sobre o tema. Também nos pediram para não incomodar as fêmeas humanas acasaladas.

— Por quê?

— Fomos asseguradas que isso seria rude e não a melhor ideia perguntar a elas sobre ter sexo com outros machos antes dela encontrarem os companheiros. Espécies são extremamente possessivas. Breeze disse que um dos machos poderia pirar e decidir “rastrear e colocar um pouco de dor no pobre bastardo”. Essas foram as exatas palavras dela.

— Como está sua amiga? – Kat lembrou do nome. – Ela foi a que teve o teto caindo sobre ele, certo?

— Ela está bem, queria vir para suas aulas, mas algo aconteceu. – Um brilho de humor brilhou nos olhos de Sunshine. – Espero que você não seja tímida, Kat. Elas vão perguntar a você tudo o que vier a cabeça.

— Okay. – Era melhor do que voltar para o chalé e ficar pensando sobre a interação de Darkness com a outra mulher. – Mostre o caminho. – Kat enfiou o resto das coisas dentro da bolsa. Darkness tinha saído e ela não viu a mulher que estivera com ele.

Imagens dos dois juntos passaram por sua mente e Kat odiou cada uma. Não era uma conversa comprometedora que serviria para lembra-la que ele podia ter qualquer uma que escolhesse. Isso não significava que ia trata-la errado. Kat seguiu Sunshine para a área do bar e pegou a mulher que estivera cercando Darkness, ela era uma das quatro sentadas na mesa. Pelo menos, ele não está em algum lugar fazendo sexo no ela. Isso melhorou seu humor.

Sunshine a apresentou para as mulheres, mas o nome de Bluebird se fixou na cabeça dela. Kat deu mais atenção a ela do que aos outros. O quente e amigável sorriso dela tinha feito Kat se sentir um pouco culpada por sua antipatia instantânea. Era culpa de Darkness. Ele tinha sido o único que ficou distante e tinha condições. Concordei com elas, no entanto. Sou uma idiota. Kat se sentou.

 

Darkness permaneceu nos pés da cama observando Kat adormecida. Seu turno havia terminado mais tarde do que o esperado. Um dos manifestantes tinha decidido que seria uma boa ideia jogar latas fechadas de refrigerante nos oficiais no muro. O objetivo dele tinha sido pobre, mas eles ligaram para a polícia local para levar o homem embora. Ele tinha sido escalado para responder às questões da polícia, então se voluntariado para limpar a bagunça, desde que isso iria atrair insetos.

O relógio na cabeceira de Kat mostrava que era apenas uma da manhã. Darkness tinha lido os relatórios da Segurança e sabia que ela tivera uma aula marcada às onze. Seria melhor se ele retornasse para casa e apenas caísse na cama. Continuou ali.

Kat fez um som suave no sono e rolou de costas, ela chutou o cobertor, um pé escorregando para fora. Darkness sorriu e os dedos dele agarraram a roupa, ele aplicou uma pequena pressão e suavemente removeu-a para manter o barulho no mínimo. Kat continuava adormecida. Ele deixou a roupa cair no chão e se abaixou, removendo as botas. Em minutos ele estava nu e caiu de joelhos, a visão de Kat o despertou o suficiente para colocar uma camisinha. Darkness se aproximou e passou os dedos ao redor do tornozelo de Kat, o humor brilhou. Ele queria descobrir se Kat iria reagir com algumas medidas defensivas.

Ele a puxou forte, sacudindo o corpo dela na cama. Kat arfou e chutou cegamente, o pé estava embaraçado na roupa de cama. Darkness o pegou e rosnou, Kat empurrou o cobertor para fora da cabeça e se sentou o suficiente para olhar na direção dele. Estava escuro como um breu, deixando-a cega.

— É melhor que seja você, Darkness. Caso contrário, vou chutar sua bunda.

— Quem mais estaria em sua cama? – Ele gargalhou.

— Pensei que você não viria. – Kat se jogou de volta na cama e olhou para o relógio.

— Fiquei preso. – Darkness soltou o tornozelo dela. – Por que você dorme com as luzes acesas?

— Por que você as desligou?

— Responda primeiro.

— É um lugar não familiar. Não há nada pior que acordar e esquecer onde você está. Viajo muito, então esse foi um hábito que peguei. Agora, é sua vez.

— Queria ver como você reagiria.

— Você é muito idiota, me assustou.

— Suas reações são mais lentas do que deveriam ser. Eu teria atacado você se tivesse tentado isso comigo.

— Aposto que você tem uma visão melhor. – Kat ergueu a mão na frente do rosto, balançando-a. – Não posso ver nada. Vai ligar a luz do banheiro pelo menos?

— Não. – Darkness puxou as cobertas e gentilmente correu os dedos ao longo da panturrilha de Kat, trilhando um caminho para cima. – Por que está dormindo vestida?

— É uma camisola.

— E calcinha. Pare de vesti-las.

— Você está pedindo demais para um cara que não tem nada para dar. Com o que você dorme?

— Depende de onde eu estou.

— Certo. Você disse que algumas vezes vive na Reserva ou na Zona Selvagem. Estou desapontada, pensando que você não corre ao redor da floresta pelado.

— Os outros machos não iriam gostar disso, apesar de que eles vestem muito poucos nos meses de verão. – Darkness achou a observação de Kat divertida.

— Quão pequenas?

Darkness não gostou da ideia de Kat imaginando outros machos. Ele separou as pernas dela até que os joelhos estivessem erguidos até o topo do colchão, ele a soltou, agarrou o frágil lado da calcinha de Kat e rasgou facilmente o material, destruindo-o. Darkness jogou a calcinha no chão, deixando Kat nua.

— Aqueles faziam parte de um conjunto que eu tinha.

— Compre novas.

Darkness baixou a cabeça sobre o estômago reto de Kat, que estava exposto com a camisola dela amontoada nas costelas. Ele queria os seios dela, mas ele se contentaria por qualquer pedaço de pele.

— Tire suas mãos de mim.

O ligeiro protesto de Kat terminou no segundo em que Darkness abriu a boca para trilhar a língua justo embaixo do seu umbigo, as mãos dele se abriram nas coxas dela, deixando-as mais abetas e acariciou-as.

— Eu amo suas mãos. – Kat admitiu suavemente. – Sua boca não é ruim também.

Ele quase riu. Kat estava gracejando sobre o jeito que ele a tinha acordado. Darkness parou de explorá-la com a língua e agarrou os joelhos dela, erguendo-os e descansou as pernas dela acima dos ombros dele. Foi fácil deslizar as mãos embaixo da bunda de Kat e erguer os quadris dela para a boca dele.

Kat puxou uma respiração afiada quando ele deslizou os lábios ao redor do clitóris dela e lambeu o conjunto de nervos. Darkness rosnou, propositalmente criando vibrações enquanto atacava sem misericórdia os sentidos dela. O cheiro de Kat mudou rapidamente, a suavidade da necessidade dela se tornou intoxicante e os gemidos altos delas aumentaram a agressividade dele. Darkness lambeu enquanto as coxas de Kat pressionavam os lados do rosto dele, o segurando lá como se ele fosse parar. Nada poderia tê-lo arrancado dela até que gritasse o nome dele.

Ele amou o jeito que ela contraiu os quadris quando o clímax a pegou e Kat empurrou a boceta contra sua boca, os pés dela se cavaram em suas costas também. Darkness abaixou a bunda de Kat na cama e a puxou, dando um aperto firme sob os joelhos dela e quase a puxando para fora da cama. Ele olhou para baixo entre eles e ajustou os quadris até que o pênis rígido estava na posição certa e então foi pra frente, entrando nela.

Kat arranhou a cama e gemeu, o formigamento no fundo da garganta e no peito de Darkness recomeçou. Ele não emudeceu os instintos, Kat dissera que achava sexy os sons que ele fazia. Fechou os olhos quando estava profundamente enfiado na confinação convidativa da boceta dela. Darkness queria apenas ficar lá, aproveitar o sentimento de estar em Kat, mas desejo o forçou a se mover.

Tentou ser gentil, mas quanto mais a fodia, menos controle ele conseguia manter. Darkness aumentou o ritmo, os gemidos de Kat crescendo mais altos acima dos sons que ele fazia. Kat gozou forte, seus músculos vaginais se apertando e soltando ao redor do seu pau. Darkness deixou sua própria liberação ficando cego para tudo pelos próximos segundos até que a magnitude disso passasse e apenas a respiração pesada dos dois permanecia.

Darkness queria subir na cama com Kat e segurá-las nos braços, remover a camisola dela e pressionar a pele com a dela. Apenas mantê-la perto. Kat relaxou debaixo dele e Darkness soltou as pernas dela, foi um choque quando Kat subitamente o alcançou, os dedos dela espalmando no peito e baixando para o estômago. Ele pulou, mas não se afastou do corpo dela.

As mãos de Kat eram suaves e gentis, quase o acariciando. Darkness olhou para baixo, vendo elas acariciarem sua pele. Seu pênis amolecido se agitou e isso o lembrou da camisinha usada. Darkness capturou o pulso de Kat e removeu o toque.

— Não faça.

— Tudo bem, desculpe. – As mãos dela se ergueram.

Ele a deixou ir e se afastou. A separação dos corpos o deixou se sentindo frio. Darkness caminhou e entrou no banheiro, descartando a camisinha; ele hesitou por um minuto inteiro, se debatendo. A coisa mais inteligente seria ir embora, mas não queria ir ainda. Ele retornou para o quarto.

Kat tinha o abajur aceso e estava sentada contra a cabeceira com o cobertor cobrindo-a dos seios para baixo. Ela sorriu.

— Eu gosto de ver você.

Darkness não tinha certeza de como responder. O olhar de Kat se demorou em partes dele, especialmente o peito e a virilha. Ele permaneceu lá, não se importando com o exame dela. Kat poderia olhar tudo o que quisesse, mas Darkness não queria que ela o tocasse. Era muito pessoal.

— Vou te preparar outro banho. – Isso o daria algo para fazer.

— Não. – Kat balançou a cabeça e ergueu uma mão, curvando um dedo. – Você poderia vir aqui, no entanto, e se juntar a mim.

— Não. – Ele ficou tenso.

— Okay. – Desapontamento e um flash de dor brilhou nos olhos dela.

— Eu deveria ir para casa, você tem aula pela manhã e tenho uma reunião.

— Poderia dormir comigo. – Kat ofereceu. – Eu não ronco.

Isso endureceu a determinação de Darkness para se afastar da cama, era muito tentador concordar.

— Eu não posso.

— É uma cama grande. – Ela se afastou um pouco para deixar mais espaço. – Até mesmo vou deixar você escolher qual lado da cama quer.

— Kat. – Ele a advertiu, o tom se aprofundando. – Pare.

— Tudo bem.

Darkness se vestiu, recuperou a caixa de camisinhas e pegou a sacola do lixo. Kat o parou antes que pudesse escapar, ela sentia como se ele fosse apenas fazer isso.

— Por que você sempre faz isso?

— Faço o quê? – Ele pausou, girando para vê-la.

— Leva o lixo com você.

— A Segurança vem a sua casa enquanto você está fora.

— Eles estiveram aqui? – Kat pestanejou. – Por quê?

— É o procedimento. – Darkness não disse a ela que eles checavam as câmeras e os aparelhos de escuta para ter certeza que estavam funcionando direito. – Isso também os deixa sabendo se está acabando alguns dos suprimentos que você pode precisar. Não é como se você pudesse comprar um novo xampu ou comida.

— Acho que isso é legal.

— Gostamos de cuidar dos nossos visitantes.

— Apenas de não dormir com eles.

— Tenho certeza que muitos machos estariam felizes de compartilhar sua cama. – O chateava até mesmo dizer isso. Darkness quisera socar o macho felino que pediu para compartilhar sexo com Kat, talvez tivesse se ela tivesse acertado a oferta. A raiva correu sob a pele por apenas pensar sobre mais alguém deixando Kat nua.

— Apenas não você.

— Te disse que sou diferente.

— Está dormindo com Bluebird?

— Não. – Darkness ficou tão surpreso que não pensou em esconder a reação, mas mascarou as feições rapidamente.

— Eu a conheci hoje, também notei que ela tem permissão para te tocar.

Darkness notou o jeito que os dedos de Kat estavam presos na coberta e ligeira raiva no tom.

— Nós somos amigos. Você está com ciúmes?

— Não. – Os lábios dela se pressionaram juntos.

— Você não está vestida e acho que essa é uma mentira. – Darkness rosnou. Ela tinha esquecido o acordo de ser verdadeira quando estivesse nua? – Quer tentar novamente? Você está agitada.

— Essa é uma maneira educada de colocar isso. Eu apenas assumi que você não gostava de ninguém te tocando, mas acho que é apenas eu. Vou admitir que esse não é o melhor sentimento do mundo.

O arrependimento apareceu, ele não estava sendo justo com Kat e sabia disso.

— Bluebird não me interessa. – Ele deveria ter deixado como estava, mas odiava o jeito que Kat olhava para ele, como se a estivesse machucando; - Não sou imune a você. Boa noite, Kat. Durma bem.

Darkness saiu antes que pudesse mudar de ideia, ele deu uma boa olhada no perímetro antes de ir para casa. Tomou banho para remover o cheiro de Kat, mas a memória não iria desaparecer. Ele se sentou na cama e olhou para o laptop que tinha deixado após desligar a vigilância para a Segurança.

Kat estava deitada enrolada para o lado longe da lâmpada, os olhos dela estavam fechados, mas a maneira inquieta que ela continuava se movendo garantiu que não estava dormindo. Era como se ela não pudesse ficar confortável. Darkness ergueu o laptop e o colocou no colo, seus dedos a apenas uma distância da tela traçando as linhas do corpo de Kat. Ele queria tocá-la novamente.

— Droga. – Darkness murmurou.

Kat se sentou e afastou os cobertores. Darkness ficou tenso, parte dele esperando que ela viesse atrás dele. Tinha dado a ela uma boa razão para ficar zangada. Kat era uma fêmea de confronto. Darkness a rastreou para fora do quarto, mas ela não se aproximou da porta. Ao invés disso, Kat montou um sanduiche e se sentou no sofá.

A expressão melancólica no rosto dela enquanto ligava a TV e comia o pegou. Kat estivera dormindo pacificamente antes que ele a acordasse, eventualmente ela se enrolou no sofá e pegou no sono. Darkness se pegou se levantando antes que percebesse.

Foi fácil entrar na casa dela e pegar o edredom da cama dela. Ele se agachou próximo ao sofá, assistindo Kat dormir. Darkness tomou cuidado para não acordá-la quando agasalhou o material ao redor do corpo dela.

Eu poderia apenas pegá-la e carregar para a cama.

Darkness rejeitou a ideia e deixou o chalé antes que mudasse de ideia. Os instintos protetores que sentiu por Kat estavam apenas crescendo mais fortes, isso era um mau sinal. Ele não podia se dar ao luxo de formar uma ligação com ela, Kat não era uma fêmea em que ele podia confiar totalmente. Nenhuma era, a propósito. Recusava-se a cometer aquele erro novamente. Se importar significava dor. Já tinha tido o suficiente disso para durar uma vida inteira.

Darkness se sentou na cama e moveu o laptop para a mesinha de cabeceira, virando-o para assim pode continuar a vigiar a forma imóvel de Kat. Ele se deixou, deixando as luzes acesas enquanto se preparava para dormir. Queria entender a mulher. Um cômodo bem iluminado não dava a ele a sensação de segurança. Preferia a escuridão. Isso era uma lembrança do quão diferente eles eram.

Darkness alcançou e ligou o volume para ouvir o aparelho na sala de Kat. A TV tinha sido deixada ligada, o filme que ela estivera assistindo continuava a passar. Darkness podia detectar a respiração suave de Kat, no entanto. Fechou os olhos, se focando nela ao invés das vozes humanas. Deveria mudar a vigilância para a Segurança, mas não o fez.

 

— Aquela foi uma ótima aula. – Jinx sorriu. – Obrigado por almoçar com os machos hoje.

— Obrigado por me convidar. – Kat sorriu para os dez machos que estavam espalhados ao redor das três mesas que tinham sido colocadas em uma fila.

— Nós nos comportamos. – Flirt murmurou, lançando um olhar sujo para Jinx.

— Eu ameacei a todos com punições se eles levantassem o assunto sexo. – O macho gargalhou. – Estou encarregado das tarefas no dormitórios dos homens essa semana. Ninguém queria esfregar os vasos nos banheiros do andar de baixo. – Jinx ficou de pé. – Está pronta para o tour que prometi?

— Estou. – Kat deixou o guardanapo ao lado do prato, queria realmente sair daqui. Os Nova Espécie eram legais, mas o jeito com que estavam olhando cada movimento seu era um pouco desconcertante. Eles eram curiosos, ela entendia, mas isso a deixou mais consciente de si mesma. Kat seguiu Jinx para fora e para o Jeep, ele a incentivou a subir.

— Vamos às instalações de treinamento primeiro. Você tem que treinar para ser uma técnica de um laboratório criminal? Fisicamente, quero dizer. Claro que você foi á escola para aprender todas as técnicas que sabe.

Kat colocou o cinto de segurança, notando que Jinx não o fez. Ele apenas ligou o motor e engatou a marcha, apenas olhando para trás uma vez para ter certeza que não bater em alguém. Não havia ninguém.

— Alguns. – Ela se manteve vaga.

— Bom. Não haverá nenhuma sessão agora, mas algumas vezes vamos lá para trabalhar nossas frustrações ou energia extra.

Kat estudou o macho felino, ele tinha maravilhosos olhos azuis e uma personalidade despreocupada. O corpo musculoso se mostrava em uma camisa e um jeans apertado mostrava que ele estava em forma. Longos cabelos negros deslizaram livres nos ombros dele enquanto eles dirigiam rápido, mal parando para uma volta. Kat agarrou os lados do assento.

— Estamos com pressa?

— Desculpe. – Ele diminuiu. – Darkness me encarregou de te dar o tour e não quero bagunçar tudo.

— Está com medo dele? – O interesse dela a pegou.

— Não. – Ele gargalhou. – Ele definitivamente é intimidante, mas é justo. É que apenas ele nunca pediu nada a ninguém, então quero ter certeza de fazer exatamente o que ele disse. Vamos fazer o tour nas salas de treinamento e então vou levar você para a Segurança.

— Ele está de serviço?

— Ainda não. Ele me atribuiu porque sentiu que você se sentiria mais confortável porque ele não é apenas amigável. Ele pediu a Sunshine primeiro, mas ela não poderia trocar de turno hoje. Eu era a segunda escolha.

Jinx estacionou na frente de um prédio e desligou o motor.

— É isso. Não parece muito do lado de fora, mas isso abriga salas de boxe, pesos, alguns escritórios, chuveiros e até mesmo uma sala para escalada. Foi uma adição que fizemos depois que assumimos.

Kat pausou ao lado de Jinx enquanto ele usava um cartão para abrir a porta.

— Notei que todas as áreas comuns possuem um desses, exceto o bar.

— É por razões de segurança. Esse lugar foi construído como uma base militar, mas foi dada a nós quando foi terminada. Melhorias foram feitas. É para nos assegurar que se os portões forem violados seremos capazes de ficar em segurança dentro dos prédios. – Jinx bateu no vidro enquanto segurava a porta aberta. – Grau de armas é o que acho que você pode chamar isso. Balas não perfuram o vidro e portas de metal descem em caso de emergência. – Ele apontou, mostrando a Kat onde eles estariam escondidos dentro do interior das portas.

— Impressionante.

— Infelizmente já tivemos que usá-las.

— A invasão quando Homeland abriu?

— Sim. – Jinx rosnou suavemente. – Estamos sempre melhorando nossa segurança. Aquela foi uma lição.

Kat deixou o assunto morrer. Jinx mostrou a área da recepção, era um salão cheio de corredores com portas de escritório fechadas. Nenhuma delas estavam demarcadas. Ele abriu uma das portas para uma sala que tinha aparelhos de musculação e pesos livres.

— Eu posso fazer uma pergunta pessoal?

— Claro, o que quer saber?

— É sobre o seu nome.

— Não diga mais nada. – Ele riu. – Eu brinco que qualquer pessoa que me machucar vai ter má sorte, mas a verdade é...

— A verdade é o quê? – Os segundos se passaram.

— Eu fui duramente abusado na adolescência. – A expressão de Jinx ficou séria. – Tenho uma lesão em um ouvido depois de sofrer um golpe na cabeça, não pode ser concertado. Isso bagunçou com meu equilíbrio. Eu não queria me chamar de desajeitado1, então Jinx2 soou melhor.

1 Desajeitado em inglês é traduzido como Clumsy.

2 Jinx em português significa mau-agouro, má sorte.

— Eu sinto muito. – Kat lamentou trazer o assunto à tona.

— Está tudo bem. Eu fui um dos sortudos. Os Espécie danificados eram geralmente mortos, mas eles me pouparam por causa da minha inteligência e porque eu tinha uma disposição agradável. Não era um lugar feliz em Mercile, mas você vivia mais se jogasse o jogo deles. Eu era bom em fingir, não odiava ninguém que trabalhava lá.

Jinx tocou a orelha esquerda.

— Isso foi feito pelos enfermeiros. Eu tinha sido levado por um dos cientistas para uma bateria de testes e me deparei com outros enfermeiros escoltando uma fêmea. Um deles a tinha encurralado e a estava chutando por alguma razão desconhecida, ela talvez tivesse resistido a ir com eles ou um deles tivesse tentado tocá-la de modo errado. Os outros estavam rindo e a ajudando a ficar presa. Eu ataquei para defende-la, todos eles se viraram para mim com os bastões. Somos bons lutadores, mas dez contra um não é muito justo. Eu não estava totalmente crescido.

— Eu sinto muito mesmo. – Kat se aproximou e tocou o braço de Jinx.

— Você não fez isso. Não culpo todos os humanos pelas ações da Mercile ou as outras instalações. Eu fui levado para um segundo local e então fui libertado, os humanos planejaram mal o ataque deles. Eles deveriam ter estourado todas as instalações da

Mercile ao mesmo tempo, mas ao invés disso eles demoraram alguns dias. Isso deu tempo para o pessoal transferir pequenos grupos antes que todos os locais fossem encontrados.

— A força-tarefa de vocês o encontrou?

— Sim. Vê? Alguns humanos são nossos heróis. – Ele assentiu, afagou-lhe a mão e se afastou, quebrando o contato físico deles.

— Posso fazer outra pergunta?

— Claro. – Jinx fechou a porta e desceu o corredor para uma sala cheia de esteiras. Ela era obviamente usada para lutas e boxe.

— Como a maioria dos Nova Espécie são felinos ou caninos? Eu dificilmente vejo algum dos primatas.

— Lá costumava ter mais Espécies primatas, mas apenas poucos saíram vivos. Eles eram muito mais agressivos, com temperamento curto. – Jinx abriu uma porta. – Bem vinda ao meu lugar favorito.

— Uau! – Kat espreitou e riu.

— Quer um pouco de diversão?

Kat entrou na sala e olhou para a parede de vinte metros, a superfície inteira tinha sido dividida em três partes. A primeira era coberta por pedras, a segunda suavizada com apoio para as mãos e a terceira parecia ser um penhasco plano com pequenas fissuras que passavam por ele, como se a natureza as tivesse colocado lá.

— Nossa sala de escalada. Nós adicionamos isso, a parede original não era alta o suficiente. Você gostaria de tentar uma? Sugiro as com apoio para as mãos, é a mais fácil.

— Não vejo cordas de segurança em lugar nenhum. – Kat olhou para o teto.

— A esteira é densamente acolchoada, não vai matar você se cair.

— Você não usam equipamentos de segurança? – Ela se virou para ele.

— E onde estaria a graça disso? Jinx riu. – Assista, mas não fique diretamente abaixo de mim. Não quero cair e bater em você. Isso iria machucar.

Jinx atravessou a sala e chutou os sapatos, em segundos ele estava subindo a parede de pedras. Ele usava os dedos e pés para segurar o peso enquanto se mudava de cada apoio

de mão. Jinx fez isso até o topo em tempo recorde e voltou á cabeça para sorrir para ela de cima.

— É divertido.

— Parece perigoso. – Kat chamou.

— Não para nós. Veja.

Jinx pulou e Kat arfou quando ele capotou no ar, caindo. Ele caiu agachado e se ergueu.

— Fácil.

Ela estava muito aturdida para falar, Jinx se aproximou com uma risada.

— Felinos são bons em pular e aterrissagens. O chão é muito acolchoado. Eu não iria querer fazer isso em um chão sólido. A densidade dos nossos ossos é mais forte que a sua, mas podem se quebrar. Qualquer coisa acima de quinze metros é duvidosa.

— Você parece muito ágil para mim.

— Isso é fácil. – Jinx riu. – Não me veja correndo em uma trave de equilíbrio de seis polegadas. Não posso dar vinte passos sem perder um. Realmente quero conseguir um pouco mais de você.

— Eu não poderia fazer isso.

— Tente a com apoio de mão, vou te pegar se você cair. Você tem que escorregar para fazer isso. Elas são para... – Ele ficou sério. – Hum, para iniciantes. Tenho fé em você.

— Estou feliz que alguém tenha. – Foi á vez de Kat rir.

— Se divirta um pouco, Kat.

— Okay. – Ela se curvou para remover os sapatos. – Eu sei que você tem um centro médico aqui, certo? Talvez eu vá precisar dele. Odiaria ir para casa de muletas ou com o braço em uma tipóia. - Ou morta. Aquela queda poderia matar um humano, não importava quando acolchoado a esteira fosse.

— Talvez você queira deixar os sapatos. – Jinx clareou a garganta. – Seus pés são humanos.

— E? – Kat se endireitou.

Jinx ergueu uma perna para mostrar o pé.

— Vê o acolchoado em meus pés? Você poderia compará-los com calos. Eu odiaria que você machucasse ou ficasse com uma bolha. Você também vai ter uma tração melhor com seus sapatos então não vai escorregar. – Ele soltou a perna.

— Okay. – Kat soltou a respiração e se aproximou da parede do meio. Já tinha feito uma escalada antes, mas não sem estar equipada, presa a uma corda para o caso de cair. – Eu queria ter luvas.

Jinx segurou sua mão e girou, estudando-a de perto. Uma das pontas dos dedos dele correndo pelo interior dos dedos de Kat, ele pestanejou.

— Talvez você não deveria escalar. Não temos luvas, eu não tinha pensado nisso.

— Estou bem.

Kat agarrou um dos apoios de mão. Era curvado e coube confortavelmente seus dedos e a aba parecia sólida, dentro e no topo até mesmo tinham bordas para ajudar o alpinista a manter um aperto firme. Ela pegou um pouco mais alto. Não havia apoio de pés até dois metros do chão então ela teve que usar a força dos braços para segurar seu peso até que pudesse subir alto o suficiente para apoiar o pé.

— Você já fez isso antes.

— Já faz algum tempo. – Kat estava um pouco ofegante, mas era divertido. – Tinha esquecido o quanto gostava disso.

— Vá com calma.

Kat virou a cabeça pra baixo para olhar Jinx. Ela estava a cinco metros do chão, ele estava parado embaixo dela.

— Talvez você deveria se afastar para o caso de eu cair. Eu odiaria aterrissar em você.

— Apenas gire no ar, então vai cair do lado certo e vou pegar você. Deixe o corpo tenso se isso acontecer.

— Acho que vou subir e então descer, não tenho a sua graça. Eu iria apenas me estatelar. – Kat encarou a parede e se esticou para outro apoio.

— Mas que diabos? – As palavras rosnadas a assustaram.

Suas mãos deslizaram, mas Kat trabalhou para se recuperar desde que tinha um sólido apoio dos pés. Ela virou a cabeça novamente e viu Darkness cruzando a sala. Ele parecia furioso enquanto olhava para ela.

— O que está fazendo?

— Escalando.

— Ela está indo bem. – Jinx avaliou.

— Disse a você para dar um tour a ela, não permitir que ela usasse nosso equipamento.

— Ela tem experiência.

— Kat? – Darkness se curvou e retirou as botas. – Não se mova.

— Estou bem.

Darkness a ignorou e puxou Jinx para trás. Ele se apoiou no joelho e Kat arfou quando ele pulou. Darkness alcançou a parede ao lado dela, segurando nos apoios de mão e encontrando para os pés também. Ele manobrou próximo a ela e usou os braços para se prender ao redor dela até que estivesse pressionado contra as costas dela.

— Se vire e se prenda ao meu redor.

— Eu dou conta. – Kat se recusou a ceder.

— Faça isso. – Ele rosnou.

O olhar no rosto dele não era algo que ela podia ignorar. Darkness estava zangado e os olhos dele estavam quase pretos, ele se curvou um pouco e a agarrou.

— Posso pegar seu peso. Apenas solte uma mão e gire o corpo. Passe um braço ao redor do meu pescoço e então o outro. Você não vai cair.

— Eu não iria cair de jeito nenhum.

— Kat. – Ele assobiou. – Faça isso ou vou te arrancar e apenas cair de volta, então você vai desabar sobre mim. Você pode se machucar desse jeito.

Darkness manteve os braços firmes e deu a Kat espaço para se mover, ela seguiu os passos e terminou colada a ele. Darkness pressionou o corpo dela contra a parede e soltou um dos braços para passa-lo sob a bunda dela e então a ergueu mais alto.

— Passe as pernas ao meu redor.

Kat fez isso, com a ajuda dele. Os braços dela estavam pressionados contra os ombros dele. Darkness desceu devagar até que os pés alcançassem o chão, Kat liberou o aperto e escorregou até que ficou de pé na frente dele.

— Eu estava bem.

Darkness rosnou baixo, mas fixou o olhar raivoso em Jinx.

— Vamos falar sobre isso mais tarde. Leve-a para a Segurança para finalizar o tour. Não a deixe brincar com nossas armas enquanto estiver lá, no entanto, ou a coloque em um uniforme e leve-a para o muro para descobrir quão rudes os protestantes são... Para se divertir.

— Pode nos dar um minuto sozinhos, Jinx? Tenho algumas palavras para dizer a Darkness que não são educadas.

— Hum, claro.

Kat esperou até que a porta se fechasse atrás dele, aquilo fora sugestão dela.

— O que há de errado com você?

— Comigo? Você poderia ter caído.

— Eu estava bem até que você me assustou até a morte.

— Você não é Espécie. Poderia ter quebrado o pescoço se tivesse caído de tão alto.

— Eu teria ficado bem, você também foi muito rude com Jinx. Ele estava tentando fazer nosso tour divertido. E estava até que você chegou. Ele está com problemas? Aquilo realmente foi uma bagunça, Darkness. É minha culpa, eu insisti em subir. – Era uma pequena mentira. Estou vestida.

Os lábios de Darkness se pressionaram em uma linha fina.

— Não sei porque está agindo desse jeito. – Kat tentou não perder a paciência. – Apenas não brigue com Jinx de novo, okay? Ele não fez nada de errado.

— Você é protetora com o macho?

— Eu acho, ele não deveria...

Darkness se moveu rápido e agarrou Kat pelos quadris, erguendo-a do chão. Ela bateu contra o peito dele com força o suficiente para perder todo ar dos pulmões. Ele a abraçou com tanta força que levou um segundo para sugar uma respiração.

— Quer compartilhar sexo com ele?

Kat olhou dentro dos olhos de Darkness e sentiu um pouco de medo, o olhar frio neles teriam congelado lava.

— Não.

O nariz dele se agitou.

— Está com ciúmes? – Kat abriu as mãos cautelosamente e colocou-as nos braços dele.

Darkness não disse uma palavra para admitir ou negar, apenas segurou o olhar dela. Um pouco do medo suavizou. Kat tinha fé que Darkness não a machucaria desde que a pior coisa que ele tinha feito era colocar os dois no nível dos olhos em um abraço de urso que não fora doloroso.

— Não comece com jogos mentais. – Ele avisou suavemente. – Entende? Não sou um macho que joga muito bem.

— Eu não estou fazendo isso.

— Está interessada em Jinx?

— Não.

— Mas ainda o está defendendo. – Darkness piscou e seu aperto se suavizou.

— Ele não fez nada de errado. Para alguém que não se compromete, você está agindo de modo irracional. Percebeu isso, não?

— Ele está esperando para te levar até a Segurança. – Ele a baixou até o chão e se afastou, deixando Kat ir.

— Não quer falar sobre isso?

— Não. Esqueça isso.

Como se pudesse. Kat deu um passo á frente, mas não tocou Darkness.

— Você está com ciúmes. – Ela acusou.

— Esteve preocupado.

— Sobre eu querer pegar Jinx?

— Pare, Kat. – O lábio superior se curvou e as presas apareceram.

— Tudo bem. Você vem mais tarde?

— Sim.

— Okay, te vejo lá. – Kat saiu e cruzou a sala, se recusando a olhar para trás. Darkness estava com ciúmes, quisesse ele admitir isso ou não. Ela abriu a porta. Jinx caminhava

pelo corredor, mas parou quando a viu. – Pronto para me mostrar os aparelhos da Segurança?

— Claro. – Ele enviou um olhar duvidoso para a porta.

— Ele não é amigável, você estava certo. – Kat se afastou, esperando afastar Jinx da porta antes que Darkness aparecesse. Ele precisava de um tempo pra se acalmar e ela queria analisar o que havia acontecido, deu cobertura a ele, entretanto. – Darkness está preocupado, pensando em quão ruim seria me ver de volta ao trabalho no laboratório se eu torcesse o tornozelo ou algo assim.

— Isso faz sentido. – Jinx caminhou rápido ao lado dela. – Ele sempre foi preocupado com publicidade negativa. Alguns humanos poderiam nos acusar de te machucar propositalmente.

— O jornalismo realmente tomou um mergulho em dez anos, é uma preocupação válida. Eles parecem imprimir qualquer porcaria esses dias.

Darkness escalou a face íngreme da parede, querendo soca-la, no entanto. O tinha enfurecido quando caminhou para a sala e encontrou Kat em perigo, Jinx estava encarando a bunda bem torneada dela. Qualquer macho poderia.

Ele sufocou um rugido de raiva e se lançou do topo da parede, em queda livre. Ele se tencionou antes do impacto com o chão, mas abaixou os joelhos apenas o suficiente para prevenir um ferimento. Ele pousou, se erguendo em toda sua altura e então se sentou, colocando as botas.

— Ciumento. – Isso o deixou vendo vermelho. Não o deixou com raiva que Kat o tinha chamado disso, mas que ela tinha lido suas emoções corretamente. – Controle-se.

A porta se abriu e ergueu a cabeça naquela direção, esperando que Jinx tivesse vindo se desculpar. Slade entrou e pausou.

— Desculpe, achei que estaria sozinho.

— Estou saindo.

— Jinx já esteve aqui com nossa convidada?

— Sim, ele a está escoltando para a Segurança agora.

— Foi isso que os oficiais disseram, mas eu queria ter certeza. – Slade removeu o celular e discou. – Tudo limpo.

— O que está acontecendo? – Darkness se ergueu.

— Forest estava entediado e Trisha precisava de uma pausa. – Slade riu.

A porta se abriu e Fury entrou com Forest e Salvation, os jovens machos estavam rindo, a excitação clara. Darkness tentou não olhar para o filho de Fury, ele era uma réplica do pai em tamanho miniatura. Os dois jovens o viram e congelaram.

— Olá. – Darkness virou os lábios em um sorriso para os deixar a vontade.

— Você lembra de Darkness. – Salvation olhou para o pai, Fury assentiu.

— Você lutou com meu pai, mamãe está chateada. – O jovem macho o olhou fixamente.

— Sal. – Fury murmurou.

— Desculpe, ela estava zangada. Ela não gosta quando você luta.

— Não, ela não gosta. – Fury gargalhou. – É rude mencionar essas coisas. Espécies lutam. É nossa natureza, mas não guardamos rancor. É apenas como os machos trabalham as diferenças algumas vezes. Nenhum dano real foi feito, Darkness e eu somos amigos.

— Como nós. – Forest se aproximou e bateu no braço de Salvation. – Lutamos algumas vezes, mas você é meu melhor amigo.

— Pensei que vocês dois queriam escalar. – Slade os relembrou. – Menos conversa, vão!

Os jovens machos correram para a área central da parede e pularam. Salvation pegou um apoio de mão, mas Forest perdeu, passando a pouco de alcança-lo. Ele bateu no chão e rosnou.

— Eu sou mais alto. – Salvation gargalhou. – Suba em mim. – Ele agarrou dois apoios, permanecendo lá.

Forest pulou novamente, dessa vez agarrando o garoto maior nos quadris. Ele abraçou Salvation pelo meio com um braço e então agarrou o ombro de Salvation. Forest se esticou para cima até que pôde alcançar os apoios. Eles permaneceram próximos juntos.

— Nada mal para um par de jovens caninos. – Slade sussurrou.

Fury assentiu.

Darkness sabia que deveria ir embora. Era um momento familiar, compartilhando entre pais e filhos. No entanto, ele não foi embora. Darkness assistiu as crianças e ficou tenso enquanto eles alcançavam a marca de dez metros.

— Eles alguma vez caem? – Ele se preocupou com ossos se quebrando pela altura.

— Algumas vezes, eles são durões. – Fury respondeu. – Somos bons em pegá-los.

— Forest se cansa mais facilmente, ele continua trabalhando a força da parte superior do corpo. – Slade sussurrou. – Mas ele está melhorando.

Darkness se moveu para perto da parede, ele poderia subir mais rápido que um canino. Podia também pular para alcança-los. Manteve o foco em cada movimento que as crianças faziam, pronto para ir atrás delas se algum deles precisasse de assistência.

— Deveríamos instalar redes de segurança e aproveitá-las. – Darkness decidiu que ia pedir pelas melhorias, apesar da opinião de Fury ou Slade.

— Eles fazem isso com frequência, viemos até aqui a cada poucos dias. – Fury se moveu para ficar ao lado de Darkness. – Eles não se machucaram ainda.

— Ainda. – Darkness destacou. – Vou ter certeza que aquelas redes sejam colocadas neste fim de semana.

— Isso talvez encoraje a força-tarefa a vir aqui. – Slade se moveu para o outro lado dele. – Trey é o único que já tentou isso. Ele não caiu, mas suou em bicas. – Slade gargalhou. – Ele não tentou novamente, uma vez já foi o suficiente.

— Você se importa. – Fury tocou no braço de Darkness, ele virou a cabeça para ver o macho sorrindo para ele.

— Claro que me importo. Ninguém quer ver os pequenos machucados. – Darkness olhou para cima, querendo agir se alguma criança precisasse de ajuda.

— Eles precisam aprender. – Fury adicionou. – Eles são nosso futuro.

— Não serão se machucarem. – Darkness suavizou seu tom, não querendo assustar as crianças. – Eles estão muito no alto.

— Relaxe, veja. – Fury o tocou novamente. – Se mova um pouco para o lado e volte três passos.

Darkness se moveu e Fury tomou seu lugar.

— Sal? Queda de emergência!

O garoto se soltou da parede e girou no ar enquanto caia. Darkness quis pula e pegá-lo, mas Fury abriu os braços. A criança caiu seguro neles. Risadas surgiram do garoto quando Fury o lançou ao ar uma vez e o deixou de pé no chão.

— Queda de emergência. – Slade chamou.

Darkness ficou tenso novamente, mas esperou isso quando Forest se soltou da parede e caiu, ele se curvou em uma bola. Slade o pegou e o colocou no chão, fazendo cocegas no processo. Os dois riram.

— Vê? – Fury piscou. – Nós os temos no chão. Eles não estão apenas aprendendo a subir, mas a ganhar força nos músculos superiores no processo.

— Em caso de emergência eles sabem seguir ordens sem pausar para pensar, no entanto. – Slade lançou a Darkness um olhar significativo. – Forest teria caído para você se tivesse pedido, acreditando que você o pegaria.

— Espécie apenas, espero. – Darkness assentiu.

— Não discutimos isso, eles são muito novos. – Fury balançou a cabeça. – As mães deles...

Darkness entendeu, ele poderia terminar o que Fury não estava dizendo em voz alta. As mães deles eram humanas e portanto, eles só tinham sido exposto ao amor.

— Será uma dura conversa.

Slade capturou o filho e o ergueu alto, colocando Forest ao alcance dos apoios de mão na parede.

— Vai lá.

O filho dele riu e começou a escalar novamente. Salvation não teve que ser erguido, ele correu para a parede e pulou, dessa vez se ajustando para pegar dois apoios de uma vez. Ele rapidamente alcançou Forest, mas permaneceu próximo ao outro jovem.

Isso confundiu Darkness.

— Salvation é mais alto e mais forte. Por que não sobe acima de Forest?

— Eles são um time. – Fury respondeu a pergunta. – Se Forest escorregar, Sal vai ajuda-lo. – Ele lançou a Darkness um olhar aguçado. – Eles são como irmãos. Eles sempre estarão lá um para o outro.

As palavras foram lançadas para marcar e atingiram o alvo. Darkness se sentiu culpado.

— Preciso ir, estou atrasado para meu turno. – Ele saiu rapidamente.

 

Kat sorriu e olhou ao redor da sala principal na Segurança, as fileiras de monitores eram impressionantes. Era um sistema top de linha. Ela se sentiu honrada por ter um tour.

— O que você acha?

— É ótimo. – Ela apontou para uma parede. – Aqueles são todos os exteriores monitorado lá?

— Sim. – Jinx assentiu. – Eles cobrem todas as sessões do muro. A sua esquerda está o interior de Homeland nas áreas gerais. A direita são as áreas exteriores de Homeland, além dos portões.

Kat encarou a direita, os protestantes caminhando ao lado e carros se dirigindo para a estrada. Em outra tela estava á visão de uma rua quase deserta, o monitor abaixo mostrava um parque. Ela olhou para outra tela, percebendo que eles tinham a visão de tudo em um quarteirão das paredes.

— Vocês têm muitas pessoas que tentam quebrar os muros em vários pontos?

— Não com frequência. Temos oficiais nos muros e os humanos os veem, isso os intimida a maioria deles de tentar.

— E sobre o ar? – Kat já sabia a resposta, mas uma técnica de um laboratório de crimes não saberia.

— Temos um raio de uma milha de área proibida para voo ao redor das terras da ONE. Monitoramos de perto o tráfego aéreo, todos os pedidos precisam de aprovação prioritária.

— E se alguém entrar no espaço aéreo?

— Temo os meios para derrubá-lo.

Kat pensou nisso, uma pergunta se formando.

— Não posso discutir isso, entretanto. – Jinx murmurou. - Desculpe, algumas precauções são confidenciais.

— Sem problemas. – Kat deixou isso passar. Ela sabia que os militares tinham trabalhado com a ONE e que a força-tarefa deles protegiam as terras. Sua atenção se desviou para a esquerda e ela assistiu os monitores cobrindo os portões da frente. Pelo

menos trinta pessoas estavam trabalhando para reparar o estrago, repavimentando o chão e colocando novos portões. Uma cabeça vermelha pegou a atenção dela, havia algo sobre ele que parecia familiar.

— Pode dar zoom com essas câmeras? Elas se movem?

— Claro.

Kat caminhou para frente, esperando que isso não parecesse suspeito.

— Pode me mostrar? Tipo dê zoom nesse cara aqui? – Ela apontou para o trabalhador da construção derramando concreto puro em cima da área atingida quando a van explodiu.

— Faça isso. –Jinx pediu.

A imagem foi enviada para um monitor mais largo na frente da sala e o operador do sistema de segurança colocou o homem em um foco afiado para uma inspeção de perto. O rosto do trabalhador da construção encheu a tela e ele olhou ao redor, erguendo o queixo apenas o suficiente para que Kat desse uma boa olhada nele. Sua raiva chiou.

— Mostre a ela a mobilidade das câmeras. – Jinx pediu para a mulher nos controles.

O ângulo da câmera se moveu, passando pelos outros trabalhadores. O homem atrás da roda do caminhão de concreto entrou no campo de visão e Kat travou os dentes. Ela estudou cada rosto no monitor.

— Muito legal. – Kat tentou deixar a voz soar despreocupada.

— Você gostaria de ua tour por nossas salas de interrogatório?

— Já estive em uma delas, vou passar.

— Desculpe, tinha esquecido disso. – Jinx piscou.

— Falando nisso, tem algum jeito de falar com Darkness? Tenho uma pergunta para ele e quero ter certeza que ele não está mais irritado com nós dois.

— Pergunte-me. – Jinx se aproximou.

— Isso pode esperar. – Kat forçou um sorriso. – Estou pronta para ir agora. Muito obrigado pelo tour.

— Você tem alguma sugestão?

— Terei alguma quando pensar um pouco sobre as coisas, vamos discutir isso amanhã. Tudo bem? – Ela queria sair dali antes que perdesse a paciência. Estava pegando fogo desde aquele segundo e teve que esconder isso.

— Vou te levar para sua escolta, que vai te levar de volta para seu chalé.

— Obrigado.

Jinx a deixou sair da Segurança e Kat ficou feliz por ver Sunshine esperando atrás da roda do Jeep. Ela acenou para Jinx, agradecendo-o novamente, e subiu no banco do passageiro. A mulher sorriu para ela.

— Alcançamos suas expectativas?

— O quê?

— Nossos procedimentos de segurança.

— Eles são ótimos.

— Vou te levar para casa a menos que aja outro lugar que você gostaria de ver. Estou de serviço por mais algumas horas, mas eles me disseram para te legar a qualquer lugar que queira.

— Você tem o número de Darkness? – Kat hesitou. – Realmente preciso perguntar algo a ele.

— Claro. – A mulher alcançou dentro do bolso da camisa e tirou o celular. Ela tocou na tela por pouco tempo e o ergueu.

Kat segurou e deslizou do assento.

— Dê-me um minuto.

O coração dela começou a pular enquanto ouvia o telefone tocar pela segunda vez. Era estúpido e Kat sabia que deveria manter a boca fechada, estava colocando a própria bunda na reta se realmente falasse para ele. A voz profunda de Darkness atendeu.

— Darkness. O que você precisa Sunshine?

— É Kat.

— Por que você tem o telefone de uma fêmea? – Ele não parecia feliz.

— Eu o peguei com a permissão dela. Sunshine está a cinco metros, olhando para mim.

— O que você precisa?

Kat hesitou.

— Kat? Há algo errado?

Apenas diga não e desligue. Você não pode fazer isso. Apenas mantenha a droga da sua boca fechada.

— Kat? – A voz de Darkness se aprofundou. – O que é?

Foda-se.

— Há algum jeito de você se aproximar dos portões da frente?

— Estou realmente perto dele agora, vim aqui no meu turno.

Kat fechou os olhos, a sensação doentia no estômago piorou. Tinha que decidir e isso era difícil o suficiente.

— Kat? – Darkness suavizou o tom de um jeito que a lembrou da noite passada. – O que é? Você está bem?

Merda!

— Como você espera que eu confie em você se você não confia em mim? – Kat abriu os olhos e se focou.

— Quer discutir isso agora? Eu disse que ia ver você mais tarde. – A irritação soava no tom de Darkness.

— Estou confiando em você, porque isso pode me colocar em sérios apuros, está entendendo?

Darkness ficou em silêncio por longos segundos.

— O que é?

— Está vendo o homem ruivo queimando e suavizando o concreto? Olhe para o condutor do caminhão que está trabalhando próximo? Também a mulher com cabelo preto que está ajudando a instalar o novo portão, no lado direito olhando a rua? Olhe para eles bem de perto, okay?

— Por quê? – Ele rosnou.

Kat mordeu o lábio e então decidiu que já havia cruzado uma linha.

— Nós trabalhamos para o mesmo idiota. Estou colocando minha bunda na reta, é tudo o que posso dizer.

— Eles são um perigo para a ONE?

— Eu não sei o porquê deles estarem aqui, essa é a verdade. Pode haver mais deles, mas esses são os que reconheço. Eles talvez vieram para olhar dentro dos seus portões para ver quanto dano foi feito. Eu apenas não sei.

— Como você sabe que eles estão aqui em primeiro lugar se não sabe o porquê vieram? – Ele soava zangado.

— Eu fiz um tour na Segurança. Eu os vi pelos monitores. Apenas... os vigie, certo?

— Vamos falar mais sobre isso mais tarde.

— Imaginei que sim.

— Você estará com problemas se eles suspeitarem que você os apontou?

— Em um dos grandes. – O estômago de Kat rolou, apenas considerando a reação de Mason.

— Vou lidar com isso. Ainda está na Segurança?

— Do lado de fora. Sunshine vai me levar de volta para o chalé.

— Vá e fique lá, te vejo em breve. – Ele desconectou.

Soou mais como uma ameaça. Kat girou silenciosamente e retornou para o Jeep, ela entregou o telefone e subiu no banco do passageiro.

— Obrigado.

— Está tudo bem? Você parece um pouco pálida.

— Estou bem, apenas cansada.

— Vou te levar para casa.

— Obrigado.

Kat não tinha certeza se deveria lamentar ou não o que tinha feito. Porque Robert Mason mandaria outros agentes para ONE, disfarçados? O acesso deles seria limitado à área onde eles estavam fingindo ser trabalhadores na construção. Eles planejavam entrar para procurar por Jerry Boris? Kat realmente precisava descobrir qual era a conexão dele com seu chefe. Por que o cara era tão importante que Mason arriscaria enviar um grupo de agentes? Isso a incomodava.

— Você está bem? Realmente não parece muito bem. – Sunshine parou em frente ao chalé.

— Acho que uma dor de cabeça está começando. – Não estava longe da verdade, seu chefe era um dor. – Obrigado por ter me trazido.

— A qualquer hora. Te vejo amanhã na aula.

— Estou ansiosa por isso. – Kat forçou um sorriso.

Ela correu para dentro da casa e se pressionou contra a porta fechada, não se incomodou em fechá-la. Darkness iria vir e tinha a sensação que seria logo. Ele iria querer respostas que ela realmente não poderia dar. Já tinha dito muito.

— Droga! Eu deveria ter mantido minha boca fechada.

Eles realmente tinham Jerry Boris? Se sim, ela acreditava que era por uma boa razão. Por quê? Seria muito mais simples apenas perguntar a Darkness, mas isso também significaria deixar todas as cartas dela na mesa.

— O que eu faço? – A casa silenciosa não respondeu a ela. Kat se afastou da porta e caminhou para o quarto principal, ela trocou de roupa para uma confortável e enorme camisa que parecia como uma camisola. Sua cabeça estava zumbindo com tantas perguntas sem resposta. Que dilema. As ordens de Mason vinham contra as regras de todos os jeitos.

— Ainda é meu dever. – Ela murmurou. – Mas não conta quando seu chefe está fora da linha?

Kat entrou na cozinha e abriu a geladeira, que estava estocada com refrigerantes, leite, suco e até mesmo vinho. Ela não bebia álcool com frequência, mas era tentador agarrar a garrafa. Acabou escolhendo um refrigerante, a última coisa que precisava era ficar uma bêbada falante. Era antiprofissional beber no trabalho, mas ela tinha jogado fora as regras quando tinha feito sexo com Darkness.

A porta da frente bateu aberta quando Darkness entrou. Ela bateu fechada atrás dele com força suficiente para sacudir a casa. Kat assistiu Darkness da divisão entre a sala e a cozinha. Ele estava de uniforme, mas tinha deixado o capacete em algum lugar. A única pele que estava à mostra era do pescoço, a expressão poderia ter congelado como gelo.

— O que diabos está acontecendo?

— Eu não sei. – Kat se encolheu com as palavras rosnadas de Darkness.

Ele rodeou o canto e parou a poucos passos, olhou para as pernas nuas de Kat e ergueu o olhar escuro. Rosnou novamente.

— Está pensando em me distrair mostrando a pele?

— Não, eu queria retirar meu sutiã e ficar confortável.

— Para quem você trabalha? Eu quero um nome.

Kat se virou para olhar Darkness e deu um passo atrás contra o balcão para dar um gole no refrigerante. Ela cuspiu-o a poucos passos a frente.

— Estamos vestidos.

— O que isso significa?

— Lembra das suas regras? Eu lembro. Eu trabalho para o laboratório de crimes de Bakersfield.

Darkness se lançou para frente e Kat ficou tensa, fechando os olhos. Ele não a tocou. Ela bravamente o olhou e Darkness parou alguns passos á frente, olhando para baixo, para ela. Kat relaxou. Eles olharam um ao outro por bons minutos.

— Por que me avisou sobre aqueles humanos se não ia me contar mais?

— Eu não sei. – Kat olhou para o ponto branco na roupa dele. – Eu não pensei sobre isso, no entanto arrisquei muito. Eu não ganho nenhum ponto? – Kat ergueu o olhar, estudando os olhos bonitos de Darkness. Ele continuava furioso. – Vou assumir que você os tem sob vigilância desde que está aqui?

— Sim.

— Você disse a alguém o porquê?

— Eu apenas disse que eles estavam agindo de modo suspeito e que tinha um mau pressentimento. – Darkness balançou a cabeça. – Dobramos nossos times lá fora para manter um olho nos trabalhadores. Eles não serão capazes de fazer nada sem ser notado. A presença maciça dos oficiais deveria dissuadi-los de tentar qualquer atividade que possam ter planejado.

— Obrigado por manter meu nome longe disso. – Isso fez Kat se sentir um pouco melhor.

Darkness pegou a bochecha dela, a sensação do couro contra a pele dela era estranha, mas sexy.

— O que pode me dizer, Kat?

— Não muito.

— Sabe por que eles vieram aqui?

— Não estive em contato com ninguém desde que cheguei em Homeland. Eu fiquei surpresa, vendo-os aqui.

— Eles planejam nos machucar?

— Realmente não sei o porquê deles estarem aqui. – A frustração se ergueu. – Eu odeio essa dança, você não?

— Então pare, apenas fale comigo.

— Eu já arrisquei muito quando te contei. Eu não deveria ter dito.

— Então por que disse?

— Eu não acho que eles deveriam estar aqui. – Kat escolheu as palavras cuidadosamente.

— Acha que você deveria estar aqui?

— Não.

— Então porque ficou? – Darkness se afastou, deixando as mãos caírem ao lado do corpo, não mais tocando Kat.

— Eu deveria ficar.

— Você sempre segue ordens?

— Não ao pé da letra, nesse caso. Vim para dar aulas, isso é tudo.

— Você deveria fazer algo mais?

Kat mordeu o lábio, olhando para Darkness.

— Sim ou não?

Kat não disse nada.

— Droga! – Ele agarrou os quadris dela, seu aperto gentil, e a colocou longe do balcão. – Pra mim chega.

Kat arfou quando Darkness a ergueu e os ombros dele bateram no quadril dela. Ele a ergueu e carregou nos ombros para o quarto principal. Kat não gritou ou protestou até que ele a jogou na cama.

— O que está fazendo?

— Tira a roupa. – Darkness caminhou até a estante e retirou o colete, colocando-o em um das prateleiras. Ele se abaixou, arrancando as botas.

— Você quer sexo agora? – Kat se sentou, atônita.

— Regras. – Darkness assobiou. – Sem roupas, sem mentiras. Retira a camisa antes que eu o faça.

— Eu não posso te dizer o que você quer saber.

— Tira a roupa. – Darkness rosnou.

Kat ficou de joelhos e puxou a camisa pela cabeça, então desceu a calcinha e jogou-a no chão. Darkness se despiu da calça, cueca a camisa. Ele respirou pesadamente quando parou nu na frente de Kat, ainda parecendo furioso. Ele tirou as luvas por último.

— Deite e agarre a cabeceira.

— Não. – Kat se sentou sob as pernas, olhando para ele. – Não posso dizer a você o que quer, você me ouviu? Eu não tenho ideia de porque eles foram enviados. Tudo o que posso pensar é que eles talvez queriam ver os danos em primeira mão.

— Eles causaram isso? Aquela van foi enviada para isso?

— NÃO! – Seu próprio temperamento chamejou novamente. – Já disse a você que não tive nenhuma associação com aqueles idiotas. Eu não estava em algum plano para ganhar a confiança de vocês. Também não sou uma assassina. Não foi disso que você me chamou? Totalmente não é verdade.

— Olhe pra mim. – Ele chegou mais perto.

Kat o estudo dos pés a cabeça, Darkness estava semiereto e era bom de ver quando ele estava nu e respirando pesadamente, mesmo que fosse por estar perdendo a paciência. Kat podia ler as emoções pela linha tensa do corpo dele e pelo jeito que os lábios se curvaram apenas o suficiente para ver as presas.

— Eu pareço querer participar dos seus joguinhos?

— Não estou jogando. Eu fiz a ligação, não fiz? Arrisquei minha bunda fazendo isso. Posso ter me colocado em uma merda profunda, mas ainda fiz.

— Por quê?

— Porque sou estúpida, obviamente. Veja aonde isso me levou. Você está pronto para se lançar em mim.

— Então me diga algo.

Kat expirou e inspirou.

— É possível que eles talvez estejam procurando por alguém.

— Ela não está aqui.

— Ela? – Aquilo fez com que Kat pestanejasse.

— A fêmea que eles procuram.

Por que ele acha que eles estão atrás de uma mulher?

— Seria um homem,

— Um homem? Espécie? – Darkness parecia surpreso.

— Você pode manter isso entre nós? – Kat hesitou.

— Não.

— Você não vai contar a ninguém que estamos nisso, mas você tem problemas mantendo esse segredo?

— Não faça jogos mentais, droga. Eles estão atrás de um Espécie?

— Não.

Darkness olhou para ela com suspeita.

— Nua, lembra? – Kat correu a mão pelo corpo. – Eu prometi nunca mentir para você quando estivesse desse jeito. Não é um Espécie quem eles estão procurando.

— Um membro da força-tarefa?

— Acho que não. – Kat sacudiu a cabeça.

— Você acha?

— Eu não sei muito sobre esse cara, okay?

— Dê-me um nome.

A linha estava lá, Kat podia vê-la mentalmente entre seu trabalho e Darkness.

— Eu não posso. Isso é perguntar demais.

— Dê-me um nome. – Darkness colocou um joelho na cama e olhou para Kat.

— Não posso. – Ela se sentia mais frustrada do que assustada. – Estou apostando e já disse muito, Darkness. Me dê um tempo, okay?

As mãos de Darkness serpenteou e agarrou o ombro de Kat, ele a empurrou e ela caiu de costas. Kat arfou, mas então Darkness agarrou suas pernas, puxando-a na horizontal. Ele ficou em cima dela, prendendo-a sob seu peso. Eles estavam nariz com nariz.

— Dê-me um nome.

— Não posso.

— Você sabe dele?

Kat assentiu.

— Então me diga.

— Não posso.

Darkness rosnou, mostrando as presas afiadas.

— Vá em frente e me morda. – Kat não lutou com ele. Darkness era muito forte e ela sabia que isso seria um alvo. – Continuo não podendo fazer isso sem perder meu emprego e ter isso em uma tempestade de problemas. Inferno, eu já estou nele se aquela ligação vier à tona.

— Por que você iria assumir esse risco? – Um pouco da raiva dele desapareceu. – Apenas me diga, Kat.

— Não concordo com algumas coisas, certo? Eu me sinto protetora da ONE.

— Você supostamente está aqui para procurar esse macho?

— Eu apenas planejava dar algumas aulas, isso é tudo. – Kat deveria saber que aquela pergunta estava chegando.

— Mas te pediram para fazer mais?

— Não que eu fosse fazer. – Kat mal assentiu.

— Um humano? Apenas olhe em meus olhos.

Kat olhou dentro dos olhos escuros e deu de ombros.

— Eu não sei por que ele estaria aqui, mas tenho a impressão de que ele não ficaria aqui se tivesse escolha. É tudo o que posso dizer.

— Um prisioneiro? – Ele estudou os olhos dela. – Um prisioneiro. Seus olhos brilharam e você puxou uma respiração afiada.

— Essa é minha suposição. – Kat fechou os olhos. – Não é como se a ONE deixasse que alguém mais soubesse o que está acontecendo ou por que eles manteriam alguém aqui. É isso, não posso dizer mais nada.

— Não se tranque para mim. – Darkness desceu e correu o nariz ao longo da garganta de Kat, rosnando suavemente.

— Não me empurre muito em um caminho sem volta. Eu te fiz um sólido hoje, Darkness. Não pode ser o suficiente?

— Não. – Os lábios dele correram pela orelha dela.

Kat se mexeu embaixo de Darkness e abriu as mãos no peito dele, a pele firme e quente era maravilhosa. Ela amava o corpo dele e todas as memórias vieram com a última vez que ele a tivera nua debaixo dele.

— Maldito seja, Darkness.

— O mesmo para você, minha pequena gata fingida.

— Você é tão babaca. – Kat sorriu.

Darkness ajustou as pernas e deixou as dela abertas, pressionando o comprimento sólido e duro do pênis contra uma perna dela.

— E sobre isso?

— Eu corri um risco hoje. Você não pode me agradecer pela indicação? Foi até mesmo depois que você me deixou com raiva na sala de escalada. Como se eu fosse para cama com o Jinx. Eu poderia te socar por isso. Apenas aconteceu de eu gostar de você por uma razão que desconheço nesse momento.

— Olhe para mim.

— Por quê? – Kat se recusava a abrir os olhos. – Então você pode me acertar com mais perguntas e adivinhar as respostas porque minha guarda esta baixa quando você está tão perto assim? Isso não é justo.

— Nunca disse que eu seria.

— Nunca disse que eu seria fácil.

— Olhe para mim, Kat. – Darkness gargalhou.

Kat abriu os olhos quando Darkness ergueu a cabeça para longe do rosto dela, apostando que deveria se arrepender. Toda a raiva tinha sumido do rosto dele enquanto realmente sorria.

— Obrigado.

— De nada. – Aquilo a surpreendeu.

— Em quanto problema você realmente estaria se alguém descobrisse sobre a ligação?

— Um gigantesco. – Aquilo matou o momento.

— Por que você assumiu o risco então?

— Você queria a verdade, eu a dei a você. Espero que isso funcione dos dois lados.

— O que você pode me dizer? – Darkness olhou profundamente dentro dos olhos de Kat. – Isso vai ficar aqui.

— Você não vai repetir a ninguém?

— Não.

Kat hesitou. Queria tanto confiar em Darkness que seu peito doeu de vontade, mas sua carreira estava em jogo.

— Teoricamente, há alguém aqui que meu chefe quer muito. Isso é pessoal para ele.

— Por quê?

— Eu não sei. Está me deixando louca. Como ele conhece essa pessoa e por que iria se dar a todo esse trabalho para, hum... pedir a alguém para ajuda-lo a fugir?

— Você está aqui para ajudar alguém a escapar? – A expressão de Darkness endureceu.

— Eu planejo apenas dar aulas. Quantas vezes tenho que dizer isso?

— Pisque duas vezes se te pediram para fazer isso, no entanto.

Kat hesitou e então piscou duas vezes.

Darkness girou e rolou de cima dela para deitar de lado próximo a ela. kat virou de lado para vê-lo. Darkness olhou para o teto e as mãos dele se ajeitaram sob a cabeça, aquilo matara o humor. Ele não parecia mais interessado em sexo.

— Você tem que me dar o nome.

— Eu tampouco posso cruzar a linha. Meu futuro vai mudar completamente se eu o fizer, você não entende? Não há como você ligar esse cara ao meu chefe, por outro lado.

— Isso é importante. – Darkness virou a cabeça.

— Eles não podem chegar a quem quer que seja, se ele está aqui. Eu não sei disso com certeza, nem meu chefe. Ele suspeita.

Darkness se sentou e deixou á cama, Kat o assistiu com o coração pesado. Ele estava com raiva novamente e ela sabia que seja lá qual relacionamento eles tinham iria provavelmente terminar no momento em que ele saísse pela porta. Ele talvez a jogasse para fora de Homeland. Kat tinha arriscado a carreira dizendo a ele sobre aqueles agentes. Ele iria pendurá-la para secar com a ONE. Eles teriam aberto uma investigação completa e eventualmente isso chegaria a Mason, seu chefe iria saber onde colocar a culpa.

— Eu sinto muito. – Darkness se abaixou para pegar a calça.

— Eu também. – Era como ela suspeitava, ele estava colocando isso exatamente entre eles.

— Apenas me diga o nome do macho, Kat. Não me faça fazer isso. – Ele se aproximou, algemas de plástico nas mãos. Darkness olhou delas para Kat.

— Fazer o quê? Você vai me prender? – Darkness não estava se vestindo.

— Pior. – Ele se abaixou e pegou o tornozelo de Kat, puxando-a pela cama.

— O que você está fazendo?

Darkness a virou e Kat lutou, muito tarde, no entanto. Ele era mais rápido e mais forte, prendendo-a com o joelho na bunda dela. Kat arfou enquanto Darkness a pressionava contra a cama, segurando os pulsos dela atrás das costas. Em segundos ela estava algemada, Kat virou de lado, olhando para ele.

— Darkness? Você está me prendendo?

Ele colocou a calça.

— Pelo menos deixa eu me vestir. – Kat lutou para se sentar direito.

Darkness balançou a cabeça.

— Vai me levar nua? É melhor isso ser uma ameaça.

Darkness fechou as calças e então se aproximou, batendo o lado de Kat no dele. Ele pegou o canto do cobertor e passou ao redor dela.

— Deixa eu me vestir primeiro, isso é acima de fodido, Darkness.

Darkness a ergueu e Kat estava sobre os ombros dele novamente, o cobertor caiu no rosto, cegando-a.

— Maldito seja! - Kat estava furiosa. – Tá pensando que vou correr? Dá um tempo. Já vi seus procedimentos de segurança. Eu nunca escaparia de Homeland a menos que alguém me permitisse sair pelo portão. Me bota no chão e deixa eu me vestir.

— Cala a boca, Kat. Não estou te levando a uma cela.

— Então onde estamos indo?

— Minha casa.

— Por quê? – Aquilo não parecia bom, mas era melhor que ser presa.

— Tenho minhas ferramentas lá.

— O que isso significa? – Um arrepio correu pela espinha de Kat.

— Você vai conversar comigo, de um jeito ou de outro.

Darkness parou e a porta deslizante se abriu, os pés descalços de Kat sentiram a brisa apesar dela não poder ver nada.

— Não faça isso.

— Você não me deixa escolha.

— Me leve de volta.

— Não. – Os braços fortes dele detrás das pernas dela a mantiveram no lugar quando Darkness caminhou na pequena divisória entre as casas deles. Segundos depois ele entrou na casa e fechou a porta.

 

— Darkness, o que você vai fazer? – Kat odiou o jeito que sua voz tremeu.

— Vou fazer você falar.

— Você vai me machucar? – Isso foi um choque. Eles não tinham exatamente uma relação sólida, mas eles tinham sentimentos. Darkness poderia tortura-la? Mutilar? Sua mente foi instantaneamente para Darwin Havings e o que ele e seus assassinos tinham feito a Darkness. Ele tinha sido ensinado pelo pior da humanidade, mas não era um monstro. Kat não o via assim. Darkness era atormentado pelo passado. Um homem sem remorso não iria ter arrependimentos, Darkness era um bom homem, com muitos deles.

Ele a desceu em algo macio, mas a rolou antes que Kat pudesse tentar avaliar onde estava. Ela virou a cabeça, liberando-a do cobertor, para se encontrar em uma cama. Virou-se o suficiente para olhar para Darkness, ele a olhava tristemente.

— Diz pra mim o nome do humano. Não vamos fazer isso, Kat.

— Que droga, Darkness. Eu já te disse muito. Quantos prisioneiros vocês tem aqui? Procure por todos eles. Pelo menos desse jeito isso vai parecer genérico e não vou colocar um alvo nas minhas costas se você vier com algo.

— Agradeço isso, agora entenda isso. Vou te fazer me contar tudo. Sem mais jogos ou meias verdades. Não mais dando dicas. Você vai começar do começo e me contar tudo. De outro modo... – A voz dele sumiu.

— Eu lamento ter tentado te ajudar. Pensei que éramos amigos. – Isso a chateou.

— Nunca. – Darkness sacudiu a cabeça.

A dor aguda que aquela palavra criou realmente doeu, Kat ergueu o queixo.

— Tudo bem, meu nome é Kathryn Decker e eu trabalho para o laboratório de crimes de Bakersfield. Você pode pegar suas regras e enfiá-las na bunda.

— Entendido.

Darkness atravessou o quarto para o closet, abriu uma porta e desapareceu dentro. Kat lutou contra as lágrimas, tinha dormido com ele e começado a se preocupar com ele. Darkness obviamente não tinha sentido nada por ela em retorno. Kat olhou para a janela, as patrulhas vinham com frequência, mas seria perigoso se jogar através do vidro, mesmo que fosse temperado, e esperava que os oficiais ouvissem o barulho e viessem resgatá-la. Ela poderia provavelmente acabar nas instalações médicas deles,

Darkness iria permanecer com as mãos nela. Eles apenas a levariam para o interrogador número um.

Darkness saiu do closet com uma sacola e a deixou no chão, Kat olhou para ela e então assistiu Darkness deixar o quarto. Sua atenção retornou para a sacola, aquelas eram as ferramentas dele. O que Darkness tinha planejado para ela? As possibilidades eram horríveis e limitadas. Ele poderia quebrar ossos, arrancar os dentes ou a escavar com uma faca. Kat tremeu, se sentindo exposta.

Ele pode estar blefando. Kat esperava que sim. Darkness retornou, carregando uma cadeira de escritório. Kat pestanejou quando ele bateu a cadeira no chão e se aproximou, Darkness girou para ela e se curvou, agarrando Kat pelo quadril; ela arfou enquanto ele a erguia e colocava na cadeira.

— O que você vai fazer?

— Fique parada. – Darkness caiu de joelhos próximo a Kat, se aproximou, puxou a sacola e a puxou para perto.

Kat olhou para ela, tentando espiar. As mãos dela podiam estar atrás das costas, mas isso não significava que estava indefesa. Darkness se moveu mais rápido do que Kat achava ser possível, um braço passou ao redor de seus quadris e ela arfou enquanto era presa na cadeira. Ele rosnou para ela, a fúria brilhando no rosto.

— Disse para se sentar.

— Foda-se. Eu não estou brincando, disse a você tudo que podia.

Darkness retirou laços elásticos e, embora Kat tenha lutado, segurou Kat na altura dos cotovelos para os braços da cadeira, por trás. Ele facilmente a subjugou. Darkness se ergueu e foi para a cama, agarrou um travesseiro e retornou. Ele foi para trás de Kat e ela arquejou quando ele colocou o travesseiro entre a parte inferior das costas e a cadeira. Darkness se endireitou, virou e caiu nos joelhos na frente de Kat, então pegou mais laços elásticos da sacola.

— Não me faça te marcar.

Essa era uma boa indicação de que ele não queria infligir dor.

— Separe suas pernas um pouco, pés contra a cadeira.

Ele ia ter certeza que ela não sairia da cadeira. Kat hesitou, mas fez isso. Seu nível de medo tinha caído consideravelmente.

— Você está frustrado, entendo isso. Por que nós dois não nos acalmamos e repensamos nisso?

Darkness prendeu seus tornozelos nas pernas da cadeira, então Kat não podia erguê-los. Ele alcançou atrás dela e segurou o quadril, puxando a bunda dela para a ponta. Darkness ajustou o travesseiro, então voltou e separou as pernas de Kat, expondo a boceta. Kat tentou voltar, mas o travesseiro não iria permitir isso.

— Essa será uma sessão de tortura sexual? Ao invés de apenas seduzir para fora de mim, como da última vez? Okay, nova abordagem. Isso está começando a parecer um pouco bizarro. – Kat tentou usar o humor.

Darkness arqueou uma sobrancelha.

— Eu iria preferia isso à tortura real, a coisa toda de sangue e dor iria ser péssima. – Kat permitiu que os sentimentos se mostrassem. – Nunca iria te perdoar.

— Nem eu iria. – Ele murmurou.

— Estou feliz que concordamos.

— Você pensa que eu teria realmente machucado você? Que eu poderia? – A boca de Darkness se torceu e ele pestanejou.

— Espero que não.

— Eu poderia, mas não vou. Nunca se esqueça disso. – As feições dele endureceram e todas as emoções desapareceram.

Isso reafirmou a fé de Kat em Darkness e os sentimentos que tinha começado a ter por ele. Darkness se curvou um pouco e alcançou dentro da sacola mais uma vez, ele se endireitou e estendeu uma mordaça de bola. Kat tinha visto elas nos filmes de sexo.

— Sem chance.

— Abra a boca.

— Pensei que você queria que eu falasse.

— Não quero que ninguém ouça seus gritos. Espécies tem excelente audição.

— Então isso é um ‘inferno, não’ – Kat cerrou os dentes e mostrou isso a ele separando os lábios.

— Sério? – Darkness riu.

Kat assentiu.

Darkness abaixou a mordaça e alcançou dentro da sacola novamente, pegando uma fita adesiva.

— Essa vai doer. Seus lábios são sensíveis, Kat. De um jeito ou de outro, terei você amordaçada.

— Você não vai.

Uma sobrancelha se arqueou.

— Por que está fazendo isso? Ambos sabemos que há limites no que podemos um para o outro. Esse foi um acordo entre nós.

— Diga o nome e isso acaba aqui.

— Dá um tempo.

O queixo de Darkness abaixou e ele fechou os olhos, Kat relaxou. Seus instintos estavam certos. Darkness não a machucaria quando ela tinha sido uma estranha, eles tinham compartilhado momentos íntimos desde então. Darkness se abrira com ela e tinham ficado mais próximos. Kat entendia as frustrações dele, senti-as também.

Darkness ergueu a cabeça e rosnou, agarrando próximo ao rosto dela com as presas expostas. Kat arfou e foi para trás, não esperando isso. Darkness enfiou a borracha entre os dentes dela. Kat tentou usar a língua para empurrar e virou a cabeça ao mesmo tempo, Darkness agarrou os cabelos dela no topo do pescoço até que realmente doesse, segurando-a parada enquanto a outra mão mantinha a borracha no lugar. Ele colocou um pouco mais para dentro e então agarrou o queixo de Kat, segurando-o fechado ao redor da bola; agarrou o laço sobre a cabeça e segurou.

Darkness a soltou e Kat tentou praguejar, isso saiu abafado. Ela foi para trás, tentando esfregar os cabelos contra o encosto da cadeira, para mexer a amarração. Darkness puxou-a para frente e balançou a cabeça. Ele a manteve lá enquanto pegou um grampo e o ergueu, colocando atrás dela; isso se prendeu nos cabelos de Kat, segurando-os no lugar. Ela fervilhava, olhando para ele.

— A surpresa sempre funciona. – Darkness se abaixou e sacudiu a cabeça. – É uma reação natural para alguém gritar ou arfar quando assustada, isso abre muito a boca. Você realmente pensou que eu iria arrancar seu nariz? Ele é tão bonito.

Kat olhou para ele até que Darkness quebrou o contato visual, um profundo suspiro veio dele. Olhou para cima, arrependimento curvando um pouco os lábios, então se

esticou e gentilmente removeu o grampo e a tira de couro, permitindo que Kat cuspisse a mordaça.

— Tudo bem. Mantenha isso baixo. Não posso ficar firme com você me olhando desse jeito.

— Obrigado.

— Apenas mantenha isso baixo, Kat. Quero dizer isso. De outro modo, teremos companhia e prefiro que ninguém mais veja você amarrada a essa cadeira.

— Eu não iria gostar também. – Kat olhou abaixo para o corpo e murmurou o quão ruim isso seria.

— O quê? Eu não entendi você. – Darkness gargalhou. – Você estava me xingando?

Kat olhou para ele em vez de falar. Darkness estava sendo um bastardo controlador, mas não tanto quanto tinha sido. Ele se sentou sobre as pernas e olhou para baixo, desabotoando a calça, ele a deixou, mas deixou a frente aberta, revelando uma linha de pele bronzeada e a evidência de que não tivera tempo de colocar a cueca.

Kat testou os laços a segurando no lugar, mas não conseguiu se soltar. Não estava exatamente desconfortável na cadeira acolchoada e as restrições não estavam muito apertadas. Darkness agarrou as coxas de Kat e as separou, então se ergueu nos joelhos para colocar os quadris entre elas para que Kat não pudesse fechá-la novamente.

Ela olhou dentro dos olhos dele e imaginou o que Darkness faria com ela, um pouco da evidente diversão dele fugiu.

— Não me olhe assim.

Ele está brincando?

— Como eu supostamente deveria olhar? Você me tem amarrada a uma cadeira.

— Eu não vou entrar em você, apenas não queria minha calça roçando no meu pau porque eu sei que vou reagir a você. Você tem um jeito de deixar um macho desconfortável.

Darkness alcançou dentro da sacola que Kat tinha começado a odiar, ela virou a cabeça, preocupada sobre o que ele tiraria da próxima vez. Darkness hesitou até que ela olhou de volta para ele.

— Pensei que isso talvez chegasse a esse ponto e fiz umas pequenas compras com você em mente. Entrega durante a noite é uma ótima opção que os humanos tem, eu gosto de

estar preparado. – Ele pausou. – As coisas mudaram entre nós agora. Eu conheço você melhor e levei um monte de tempo estudando uma forma de como fazer isso.

Darkness ergueu o braço e os olhos de Kat se alargaram, ele segurava um tubo de lubrificante. Darkness até mesmo girou o tubo até que ela pudesse ler o rótulo, era um gel aquecido. Kat olhou de volta para ele. Darkness colocou o tubo gelado em cima da coxa dela e alcançou dentro da sacola novamente.

Uma parte de Kat estava lisonjeada, tinha a suspeita de que aquela sacola continha brinquedos sexuais. Nenhum homem tinha feito isso para ela antes e era excitante.

O segundo item que ele retirou a fez engolir com força. Kat olhou para o grande vibrador, ele tinha uma cabeça arredondada de borracha e um longo cabo. Darkness a permitiu olhar por alguns segundos antes de pegar o lubrificante, tirar a tampa e encher a ponta do vibrador com o gel transparente.

— Eu vou te fazer gozar de novo e de novo. – A voz dele se aprofundou. – Está pronta, minha pequena gata fingida.

— Foi por isso que você me queria amordaçada?

— Sim.

Kat tivera fantasias sobre um homem fazendo isso a ela, mas Darkness ia tornar isso realidade. Ela assentiu.

— Faça seu pior. – Kat lambeu os lábios. – Ou seu melhor.

Darkness colocou o tubo de gel no chão e correu a ponta dos dedos pelos mamilos de Kat, eles endureceram ao toque. Ele usou o polegar para circular a ponta e ela respondeu instantaneamente.

— Vamos ver se você ronrona.

Darkness ligou o vibrador, o som era alto na sala e Kat apostava que ele tinha baterias novas para isso, desde que parecia estar na potência máxima. Kat ficou tensa quando Darkness o abaixou e isso pairou centímetros acima de sua vagina. Ela olhou para baixo e então para Darkness, o coração acelerou imediatamente e a excitação quase á fez ofegar antes mesmo de começar.

Um braço passou ao redor dos seus quadris e Darkness muito a puxou até a ponta do assento.

— Eu tenho você, apenas sinta. Você vai me dizer o nome?

— Sabe que não posso. – Kat sacudiu a cabeça.

— Está pronta? Quão durona você é, doçura?

Kat ergueu o queixo, Darkness não tivera o nome por ela antes e não o teria agora. Esse era um tipo de jogo extremamente sexy entre eles realmente, de um jeito distorcido. Ela aceitou aquela revelação surpreendente e não lutou, queria que ele continuasse.

Darkness esfregou o vibrador contra o clitóris de Kat e ela gemeu. Os braços dele se apertaram, segurando-a no lugar. Kat tentou agarrá-lo, apenas para ser lembrada de que seus braços estavam presos, ela queria tocá-lo. Darkness aumentou a velocidade e Kat gemeu mais alto, o orgasmo veio forte e rápido. Ela lançou a cabeça para trás e abriu os olhos, olhando dentro dos olhos de Darkness enquanto o corpo se sacudia com a força do orgasmo.

Ele afastou o vibrador e Kat relaxou, respirando fortemente. O olhar no rosto dele disse a ela que ele foi afetado. Darkness tinha aquele olhar faminto e sexy que Kat tinha visto antes. Ela olhou para baixo, notando que o pênis dele estava duro.

— Vai me foder agora? – Ela esperava que ele fosse.

— Ainda não.

Kat ergueu o olhar para Darkness.

— Estamos apenas começando. – Ele ligou o vibrador.

Darkness o pressionou contra o já sensível clitóris de Kat, ela gritou e tentou se afastar, mas ele a segurou no lugar, forçando-a a sentir. Era muito, mas Kat não pôde dizer a ele desde que nada entendível saia de sua boca. Darkness aumentou a velocidade e Kat conheceu o inferno, doía de modo tão bom e ela gozou pela segunda vez. Ele desligou o vibrador e se aproximou, pressionando o peito contra o dela e os lábios acariciaram a orelha de Kat enquanto ela tentava pegar ar.

— Imagine uma hora disso. – Darkness rosnou. – Porra, você cheira bem. Eu poderia te comer. Você está toda molhada, doçura. No entanto, foi por isso que escolhi o vibrador; isso é sobre quebrar você, não eu. Um gosto e eu teria me perdido. – Um baque de luz soou, Kat apostava que era o vibrador. Os dedos de Darkness brincaram com seu clitóris e esfregaram a entrada do seu sexo. – Eu quero entrar.

— Eu quero que você entre.

— Diga-me o nome.

— Não posso. – Kat desejava poder, mas seu orgulho não iria permitir que ela entregasse isso facilmente. Isso tinha se tornado uma batalha de vontades.

Um dos dedos de Darkness entrou em sua boceta e Kat gemeu, ele o deslizou e então quase o tirou. Hesitou antes de se pressionar de volta, profundo.

— Meu pau é muito maior, lembra como nos encaixamos?

Seus músculos vaginais se trancaram ao redor do dedo, Darkness fez um som de ronrono que Kat achou sexy. Ele moveu o dedo novamente, fodendo-a com ele. Kat separou as pernas para dar melhor acesso.

— Você me quer?

Ela assentiu.

— Droga. – Darkness retirou o dedo. – É um inferno torturar você, não sei qual de nós sofre mais.

Kat olhou dentro dos olhos de Darkness.

— Apenas me dê o maldito nome, Kat. – Ele hesitou e afastou os braços.

— Sabe que já dei a você mais do que posso.

— Então vamos continuar?

— Estou me divertindo, acho que isso é quente.

— Eu vou me lembrar. – Darkness riu.

— Quer me torturar um pouco mais? – Kat sorriu, ela suspeitava que Darkness tinha iniciado a discussão porque ele gostava da disputa verbal tanto quanto estar no controle dos encontros deles. A necessidade dele por respostas era seu trabalho, mas a necessidade por esse jeito era o prazer dele. Ainda assim, Kat ficou feliz quando Darkness removeu as restrições da cadeira.

Darkness liberou os tornozelos dela primeiro, então o tronco. Ele se ergueu e agarrou o braço de Kat, ajudando-a a se levantar. Os joelhos dela tremeram um pouco e o molhado descendo pelas pernas era uma prova de que Darkness era muito bom em fazê-la gozar forte, duas vezes seguidas.

— Agora, meus pulsos. – Ela se virou para que ele os libertasse.

— Eu não disse que tínhamos terminado.

— O que isso significa? – Kat olhou por cima do ombro para Darkness.

— Significa que estou feliz que tenho uma cama maior que as do seu chalé. É o tamanho perfeito. – Ele se curvou e pegou o vibrador.

Kat o assistiu caminhar até a cama e agarrar um travesseiro, Darkness o deixou cair na ponta do colchão e colocou o vibrador em cima dele com a ponta arredondada quase caindo. Ele ligou o vibrador, se aproximando e pegando o braço de Kat.

Ela quase sentiu quando ele a empurrou para frente, ela tropeçou e então se encontrou curvada na cama. Darkness agarrou os quadris de Kat e a colocou para baixo, deixando-a de joelhos.

— O que você está fazendo?

Uma das mãos dele deslizou entre a barriga de Kat e a cama, Darkness a ergueu dos joelhos até que a maior parte do seu peso estivesse contra o braço dele. Darkness agarrou o travesseiro com a mão livre e o deslizou para debaixo de Kat, ajustando-o e então a abaixou. Kat arfou. O vibrador tinha terminado exatamente contra o clitóris. O tecido aveludado do travesseiro manteve o plástico contra a curva do seu estômago, Kat torceu as mãos atrás das costas.

— Não sei se posso aguentar isso! Estou muito sensível.

— Você vai aproveitar um inferno disso, doçura.

Kat assentiu, selando os lábios. Hipersensível ou não, ela iria tentar. Darkness tinha um jeito de fazê-la querer forçar os limites e tentar coisas novas.

Ele deixou as pernas dela abertas, impedindo os joelhos dela de tocar o chão com o corpo pressionado contra a bunda dela. Uma mão se abriu na bunda de Kat enquanto Darkness se afastava um pouco, colocando espaço entre eles. Isso a manteve no lugar.

— Você disse que eu poderia te foder. Vou fazer isso.

Kat gemeu quando a larga cabeça do pau de Darkness se pressionou contra a entrada de sua boceta. Ele entrou nela vagarosamente, agarrando seus quadris. Darkness a manteve parada enquanto começou a se mover, entrando profundamente.

As vibrações contra seu clitóris combinadas com estar sendo fodida deixaram Kat incapaz de pensar. Ela queria arranhar algo, mas suas mãos continuavam presas atrás das costas. Encontrou o carpete com os dedos dos pés e tentou usar a tração para se erguer do vibrador, Darkness não iria permitir isso, as mãos firmes nos seus quadris a prendendo no lugar.

— Oh Deus. – Ela gemeu.

Darkness estava no paraíso e no inferno. Kat gemia mais alto e ele tinha a urgência de gozar. Já tinha ficado excitado, vendo o rosto dela enquanto gozava duas vezes. Agora que ela estava sob ele, ele dentro dela e isso era quase demais. Kat estava molhada e quente, os músculos internos o segurando apertado e ele sabia que ela ia gozar novamente. Ele rangeu os dentes, lembrando muito tarde que não tinha colocado uma camisinha.

Darkness queria lançar sua semente dentro dela. Apenas pensar nisso deixava suas bolas gritando pela liberação. Kat gritou e suas paredes vaginais começaram a convulsionar ao redor do pau. Darkness a ergueu o suficiente para tirar Kat do vibrador e a tranquilizou. Seu pau era puro aço, inchado, mas ele segurou sua própria liberação. Puxou pequenas respirações, ouvindo a respiração de Kat enquanto ela se recuperava, e se retirou do corpo dela.

Darkness agarrou o vibrador e o desligou, jogando-o no chão, então agarrou o pau e o esfregou contra as dobras da bunda de Kat. Ele gozou forte, o sêmen cobrindo a bunda de Kat e um pouco mais acima, até mesmo pegando nas mãos dela. Darkness fechou os olhos, se sacudindo um pouco pela força da sua liberação.

Eu iria me sentir muito melhor se não tivesse saído. Darkness engoliu um rosnado, isso o chateou. Ele sabia bem que não podia tocá-la sem uma camisinha, seria um pesadelo se deixasse Kat grávida. Ela era alguém em que ele nunca poderia confiar, era do FBI e enquanto pudesse força-la a ficar em Homeland até que ela tivesse o bebê, depois ela teria a escolha de ir embora, sozinha. Uma criança Espécie nunca estaria a salvo no mundo dela. Kat iria abandonar uma criança por sua liberdade? Ela iria contar ao mundo que eles eram capazes de ter crianças? Darkness não sabia e nunca queria descobrir. Isso colocaria todas as Espécies pequenas em risco e seria totalmente sua culpa.

— Droga. – Kat sussurrou. – Está tentando me matar?

— Fui muito bruto? – O arrependimento apareceu depois.

— Não, isso foi apenas acima da média. Acho que perdi células cerebrais. – Ela gargalhou.

Darkness odiaria ter machucado Kat acidentalmente, apesar de saber que ela não era quem dizia ser, ele a admirava. Muitas fêmeas provavelmente teriam protestado pelo

tratamento dele, Kat não parecia não se incomodar com a necessidade dele de controlar o sexo.

— Continuo não podendo contar o nome pra você. O que vem mais? Posso ter alguns minutos primeiro? Estou realmente sensível?

— Vamos tomar banho. – Darkness se afastou e ajudou Kat a se firmar nos pés.

— Essas já podem ser retiradas? – Ela se virou, mostrando as algemas. – É difícil lavar as costas de outra forma.

Darkness caminhou para a cômoda e retirou uma faca, Kat não piscou quando ele e aproximou e não viu medo. Ele cortou as algemas, ela sorriu e esfregou os pulsos. Darkness se virou e jogou o fio plástico na cômoda.

— Siga-me.

— Terei que pegar algo para vestir ao voltar para casa. Não vou fazer a coisa de deslizar sorrateira para casa, já vi seu sistema de vigilância. Eles filmam tudo em Homeland. Os NE possuem aqueles vídeos mais engraçados para mostrar? Não quero fazer parte dessa coleção.

Darkness não poderia ajudar, mas riu. Realmente gostava de Kat. Foi um lembrete desagradável, no entanto, de que ele gostava dela um pouco demais. Ele pausou na porta do banheiro.

— Você toma banho primeiro.

Darkness não perdeu a reação de Kat. Desapontamento. Ela era fácil de ler quando a guarda estava baixa.

— Pensei que íamos fazer isso juntos também.

— É muito pessoal. – Darkness sacudiu a cabeça.

Ele a tinha ferido, Darkness viu a ponta de dor nos olhos de Kat antes que ela a escondesse.

— Certo, como se o que fizemos não fosse. – Kat passou por ele. – Que seja.

Kat acendeu a luz e se virou, segurando a porta.

— Acho melhor fechar isso. Provavelmente vai ser muito pessoal me ver tomar banho, a menos que você ache que vou roubar suas toalhas ou o sabonete.

— Vá em frente. – Ele deu um passo atrás.

— Você é realmente um bastardo. – Raiva torceu os lábios de Kat.

Ela bateu a porta. Darkness ficou tentado a abri-la, dizer algo, mas ele permaneceu lá, no entanto. Kat iria deixar Homeland em breve e ele não queria perdê-la, seria melhor se o tempo deles fosse limitado a apenas sexo. Ele não iria comer o almoço com ela, compartilhar as intimas tarefas domésticas ou permitir que ela dormisse na cama dele.

Darkness caminhou até a cadeira e a carregou de volta para o quarto vazio ao lado, o som da água no banheiro o tentou. Ele poderia estar lá com ela, mas ao invés disso ele limpou o quarto, escondendo todas as evidências do que eles compartilharam. Exceto o aroma de Kat, isso enchia o quarto. Era ligeiramente tão forte quanto ás memórias dele de tocá-la.

O chuveiro foi desligado e Darkness colocou um par de calças, não querendo estar nu na frente de Kat. Ela saiu do banheiro usando uma toalha, a pele corada pela água quente e o cabelo preso em outra toalha que estava enrolada ao redor da cabeça. Ela parecia adorável e ele odiou notar.

— Você tem um roupão?

— Preciso daquele nome, Kat. – Darkness hesitou.

— Já passamos disso.

— Ou você me conta ou terei oficiais para te pegar em vinte minutos. Isso significa, fazer suas malas e deixar Homeland. Você não será permitida a voltar.

— Você quer dizer isso? – Kat olhou dentro dos olhos de Darkness, a cor se esvaindo do rosto.

— Sim.

— Não vai tentar me torturar mais? – O queixo dela se ergueu e os ombros se endireitaram, Kat indicou a cama com um gesto de cabeça. – Um segundo round talvez me faça quebrar.

— Apenas se você me der o nome. – Ela o estava desafiando a seduzi-la novamente e ele queria isso.

— Então agora você está trocando sexo por informação? – Um rubor cobria as bochechas de Kat.

— Pense nisso como uma recompensa. Nunca mais vou te tocar novamente se você não falar, Kat. É como isso vai ser. Você sabe o quão bom o sexo entre nós é e não vai arriscar perder isso. Estive te estudando.

— O que isso significa?

— Há câmeras dentro do seu chalé. – Darkness hesitou. – Tenho assistido cada movimento seu desde que chegou em Homeland. É hora de parar de evitar minha pergunta. Você não gosta do seu chefe e já traiu a confiança dele. Me da o nome, Kat. De outro modo, será escoltada para fora dos portões.

— Vou fazer as malas. – A expressão de Kat se fechou, ela tentou caminhar ao redor de Darkness para deixar o quarto.

— É isso? Você apenas vai embora? – Ele a agarrou pelo braço.

Darkness quase desejou que Kat não tivesse olhado para ele, dor pura se mostrava nos olhos dela.

— Você me teve sob vigilância como se eu fosse um tipo de criminosa, peguei o que significa. Eu sou sua tarefa. Estou cansada desse jogo, Darkness. Pensei que havia algo entre nós, mas tudo foi um movimento de xadrez para você. Você venceu.

Ela puxou forte e Darkness a soltou. Ele hesitou antes de segui-la pelo corredor.

— Kat?

—O que foi agora? Você quer sua toalha? – Kat parou e se virou, ela tirou a que estava na cabeça jogou para ele. Isso bateu direto no peito. – Nunca mais diga que peguei algo seu. Deus me livre de você dar algo a alguém.

— Te avisei que eu não era material para companheiro.

— Você avisou. Apenas pensei que você tinha problemas, ao invés disso você tem gelo dentro de você.

— O que isso significa? – Darkness não tinha entendido.

— Você é um excelente juiz de pessoas, foi treinado para ser. Eu fui tão fácil de ler? Gostou de me ver quando eu não tinha conhecimento disso? Fez meu perfil?

— Eu não sei do que você está falando.

— Besteira. Eu gritava ‘solitária’ para você? Pensei que você me queria porque estava atraído por mim. Ao invés disso, era apenas um jogo mental para você. Ninguém pode fechá-lo tão rápido e é real. Não foi difícil, foi? Você brincou comigo.

Darkness sacudiu a cabeça.

— Certo, poupe-me da sua negação simbólica. Eu fui apenas um trabalho, certo? Seduzir a garota solitária e usar sexo para deixa-la aberta para você. Ótimo trabalho, você fez isso. Agora pode fritar minha bunda por ter sido estúpida o suficiente para cair por isso. Vá em frente. – Kat virou e caminhou tempestuosamente para a porta de correr. – Não se esqueça de adicionar a ligação ao seu relatório, vai ser o fim da minha carreira. Obrigado por me foder de todas as maneiras.

Darkness se moveu antes que pensasse, agarrando Kat pelos quadris e a ergueu. Ele a segurou contra o peito e se recusou a soltá-la quando ela lutou. Darkness resmungou quando Kat lhe deu uma cotovelada em sua costela e bateu com o calcanhar em sua panturrilha, a cabeça dela indo para trás e quase o atingindo no queixo. Apenas seus bons reflexos o salvaram de ser acertado, ela girou e caiu em cima do sofá; Darkness virou Kat nos braços e caiu, acertando o estofado com ela embaixo dele.

Kat lhe deu um soco que sacudiu a maça do rosto. Doeu, mas Darkness agarrou o pulso de Kat e o prendeu acima da cabeça dela. Kat tentou bater a palma da outra mão na garganta dele, mas Darkness cuidou para captura-la antes que ela pudesse fazer contato. Ele usou seu peso para prendê-la firmemente contra ele até que estivesse nariz com nariz.

— Fica quieta. – Darkness rosnou.

— Foda-se.

Kat estava respirando fortemente e a toalha abaixou, revelando um seio. Darkness se levantou um pouco e olhou para ele.

— Acha realmente que não quero você?

— Pare com isso, o jogo acabou.

Darkness rosnou e olhou nos olhos de Kat, ela estava furiosa também.

— Não seduzi você porque alguém pediu.

— Ah, você fez isso por vontade própria. Eu te daria tapinhas nas costas, mas você é muito forte. – Kat tentou quebra aperto nos pulsos, mas Darkness apenas a sacudiu ligeiramente. Ela parou e ele liberou o aperto o suficiente para não machuca-la.

— Se acalme, Kat.

— Sai de cima de mim.

— Não quero que você vá embora acreditando que menti para você.

— Estamos vestidos... Bom, eu tenho uma toalha pelo menos. Isso é o que fazemos, lembra?

— Eu poderia consertar isso.

— Não se atreva. Já estou cheia de ser ferrada por você. – Kat olhou ao redor da sala de estar. – Existem câmeras aqui? O time de segurança está assistindo?

Kat realmente acreditava que ele tinha dormido com ela para ganhar uma vantagem. Darkness abaixou o rosto e o esfregou contra o cabelo molhado dela. Kat cheirava como ele depois de usar seu xampu e condicionador, isso o deixou ligado, mas se recusou a ceder ao desejo. Kat tinha deixado claro que não queria mais sexo.

— Não, Kat. – Ele murmurou. – Isto é apenas eu e você, ninguém está assistindo. Finja que não há roupas entre nós.

— Não vamos não. Sai de cima de mim.

— Eu nunca quis ficar tão perto de uma fêmea novamente, mas não pude resistir a você. A coisa mais esperta era nunca tocar você de jeito nenhum.

— Que seja. Tenho uma mala para fazer, lembra?

Ela se recusava a ouvir, Darkness deveria apenas deixar isso ficar daquele jeito, mas não poderia. Kat não merecia ser magoada do jeito que ele tinha visto no quarto, ele tinha sido usado antes e isso continuava doendo. Darkness não queria que ela saísse de sua vida acreditando que ele tinha feito o mesmo com ela. Kat tinha confiado nele quando o alertou sobre todos aqueles agentes, não estava certo do porque ela tinha feito isso, mas isso não poderia beneficiá-la de jeito nenhum. Kat dissera que a confiança corre em dois sentidos. Darkness não poderia contar a ela os segredos da ONE, mas poderia compartilhar um dos dele próprio com ela. Isso poderia pelo menos torna-los empatados.

— Você perguntou sobre a fêmea que mencionei enquanto estava no interrogatório e como eu tinha que fingir que você era outra pessoa, lembra?

— Sim. – Kat respirou devagar.

— Darwin Havings era o chefe dela. Ela disse que ele a forçara a trabalhar para ele e que ela estava ali apenas porque não tinha escolha. Eles usavam a família dela como garantia. Ela tinha sido levada porque alguém pensou que sexo poderia ser um bom incentivo para nos fazer mais fáceis de controlar. Mais tarde ela admitiu que o trabalho dela, era ensinar como seduzir fêmeas para obter informações, ela disse que era uma

prostituta com experiência para me treinar para ser um amante hábil, mas isso era supostamente para ser segredo.

Kat ficou mole embaixo dele e Darkness soltou os pulsos dela, se erguendo o suficiente para ver o rosto dela. Kat olhava para ele, franzindo as sobrancelhas, isso retirou a raiva e a dor que ele tinha visto antes. Darkness mudou seu peso, mas a manteve embaixo dele.

— Eles a trouxeram a cada poucos dias para passar tempo comigo e podíamos planejar como escapar com meus irmãos. – Darkness murmurou. – Eu pensei que poderia salvá-los e ela.

Kat abaixou as mãos e as curvou ao redor dos ombros de Darkness, ela não lutou ou o socou, então ele decidiu contar o resto da história.

— Acreditei que ela realmente me amava, acreditei nela sem questionar. Falamos sobre tudo. Disse a ela sobre o que eles estavam nos obrigando a fazer e todos os meus medos. Descobri depois que nada do que ela dizia era confiável. Ela me traiu desde começo e isso custou a vida dos meus irmãos.

Os lábios de Kat se separaram, mas ela não disse nada.

— Ninguém a forçou a estar lá. Ela estava recebendo um monte de dinheiro para ganhar minha confiança. Eu fui aquele que disse a ela que tínhamos uma fraqueza por fêmeas e crianças, foi por isso que eles nos mandaram para aquele acampamento. A informação que ela conseguiu de mim nos colocou lá, então eles poderiam ver quão longe nós poderíamos ser empurrados para descobrir nossos limites. Eu tive meus irmãos mortos porque eu confiei na pessoa errada. Eu tenho que viver com isso.

— Darkness. – Lágrimas apareceram nos olhos de Kat.

— Não. – Darkness sacudiu a cabeça. – Não quero sua pena. Estou contando a você porque eu prometi nunca mais permitir que outra fêmea ficasse perto de mim. Eu recusei montar qualquer fêmea que eles trouxeram a minha cela depois que fui levado de volta para Mercile. Eu teria pensado em meus irmãos e não poderia nem mesmo ficar duro. Minha fraqueza por sexo com a fêmea os matou. Mercile acreditava que eu era emocionalmente danificado, então eles pararam de trazer fêmeas para as experiências de reprodução. Eu recusei cada fêmea que se ofereceu para compartilhar sexo desde que fomos libertados. Nunca mais me acuse de não te querer, Kat. Você é a primeira tentação que não pude recusar.

— Eu sinto muito. – As mãos de Kat deslizaram pelos braços dele, o acarinhando.

— Eu sou danificado. Você está deixando Homeland hoje, mas vai sabendo a verdade. Eu não te toquei como um modo de ganhar sua confiança ou usar o que compartilhamos como uma ferramenta para te enganar. Fiz isso porque não pude lutar contra a atração que senti, tomei o controle da vigilância das câmeras porque não queria que ninguém mais te visse. Você me fascinava.

— Você apenas espera que eu vá embora depois disso? – Kat balançou a cabeça. – Sem chance.

— Darwin Havings acreditava que a fêmea era uma ponta solta. – Darkness cerrou os dentes. – Você sabe o que eles são. Ninguém associado com aquela bagunça queria ela caminhando livre para contar a alguém sobre o que tinha acontecido naquele acampamento. Nunca diga que aqueles humanos cruéis não tinham um distorcido senso de justiça. Eles pensaram que era acertado me deixar ser o único a matá-la depois de dar a ela a impressão que tinha sido trazida para mim, então poderia me assistir morrer. Ela teve um real prazer em contar quão estúpido eu tinha sido em alguma vez confiar nela e quão desapontador tinha sido que ela não tinha visto meus irmãos morrerem também. Disse que poderia ganhar um prêmio por atuação, desde que dormir comigo tinha sido revoltante. Você deveria ter visto a cara dela quando os guardas a deixaram lá sozinha comigo. Eu a matei, Kat.

— Eu provavelmente teria feito a mesma coisa em seu lugar.

Darkness não viu censura no olhar de Kat e ela não retirou o seu toque.

— Eu agradeço, mas ambos sabemos que isso foi errado. Eu deveria ter deixado os guardas a matarem, eles estavam sendo pagos para seguir ordens. Eu fiz isso por vingança.

— Era uma situação difícil depois do que ela apenas disse a você. Você reagiu no calor do momento, causado pela dor que sofreu pelo assassinato sem sentido dos seus irmãos. Acho que você está sendo muito duro consigo mesmo.

— É como eu sou, isso é o que vou continuar sendo e não posso mudar. Dei a você tudo o que tinha para dar, Kat. Isso tem que terminar. Não posso me apegar a você.

— Eu não me importaria.

— Eu me importaria. – Darkness parecia miserável. – Fiquei com ciúmes hoje, queria rasgar a garganta de Jinx. Não era um bom sentimento e nunca quero experimentar novamente. Gosto de ser entorpecido. Nunca quero ser machucado novamente, você pode fazer isso a mim se não pararmos com isso agora. É um risco que não posso lidar. Te avisei que sou danificado, não era uma mentira também.

— Obrigado por isso, Darkness. – Kat o surpreendeu passando os braços ao redor do pescoço dele e escondendo o rosto contra seu ombro.

Ele relaxou, abaixando um pouco do peso, e fechou os olhos. Queria que o momento pudesse durar, mas apenas o permitiu ligeiramente e se ergueu de cima dela.

— Você não deveria retornar para casa em uma toalha. Vou trazer algumas roupas.

— Não tenho que ir. Continuo tendo aulas para dar, mas iria insistir que as câmeras fossem retiradas do meu chalé.

Darkness se recusou a olhar para ela.

— Sei que você é do FBI, Kat. Assim como a ONE. Você compartilhou informações que não deveria ter comigo, então esse sou eu retornando sua confiança. Eu estaria com problemas se eles soubessem que te contei isso. Queriam descobrir porque você veio permitindo que você mantivesse a farsa. Essa coisa entre nós acaba hoje. Não fique por mim porque não vou te ver novamente depois que deixar essa casa. Vá para casa antes que faça algo que poderia te deixar com problemas com a ONE, não quero te ver machucada. Eu volto logo.

Darkness se curvou, pegando a toalha molhada dela e caminhou pelo corredor. Ele jogou a peça no banheiro antes de retirar uma camisa e um short da cômoda. Quando retornou para a sala, Kat não estava lá. Ela tinha ido embora. Darkness amaldiçoou, ele não fez a ligação para a Segurança. Teria que deixar isso para Kat se ela quisesse ficar ou ir, mas ele iria manter sua palavra. Iria evita-la, isso era para o melhor.

 

Kat saiu pelos portões, ignorando os idiotas a chamando do lado de fora. Seu humor estava cheio o suficiente para ela estar grata por não ter sua arma, talvez ficasse tentada a atirar na boca de um protestante. O taxi esperava do outro lado da rua, ela apenas enfiou a mala no banco traseiro e subiu depois; cuspindo o nome da companhia de carros de aluguel. O motorista acenou e se afastou da confusão.

A ONE tinha que ter sabido o tempo todo, o fato não deveria tê-la surpreendido. Darkness tinha dado dicas o suficiente, um pouco das questões sem resposta continuavam. Eles sabiam seu nome real? Mason sabia que sua identidade tinha sido descoberta? Se sim, ele estaria zangado. Kat colocou o cinto de segurança e fechou os olhos.

Era um procedimento escrever um relatório. Mason iria mastigar sua bunda de um lado para outro quando ela olhasse para ele, apenas não queria lidar com isso. A corrida curta terminou e ela pagou o motorista, levou apenas alguns minutos para recuperar o carro do estacionamento onde o tinha deixado.

Kat sempre tinha seguido as regras, era algo que ela tinha acreditado. A vida era uma droga, mas seu trabalho fazia sentido em todo aquele caos. Tinha entrado na agência para fazer a diferença, para ajudar a fazer do mundo um lugar mais seguro. Kat sentia que Mason a tinha colocado na categoria dos caras maus, a ONE já tinha sido vitimada o suficiente.

Escuridão a perseguia enquanto dirigia, sentia como se suas entranhas tivessem sido arrancadas. Kat acreditava no que Darkness tinha dito a ela, nenhuma simpatia surgiu pela vadia que ele tinha matado. Darkness talvez se sentisse atormentado por isso, mas isso era limpo e seco para ela. Que aquela mulher tivesse ficado próxima a Darkness e ainda o machucado daquela forma, a enraiveceu. Isso apenas cimentou seu pensamento de que era menos uma pessoa diabólica existindo no mundo, graças a Darkness. Kat lamentou a perda dos irmãos dele também, doendo por ele.

— Droga. – Kat suspirou, segurando o volante com força. – Estou completamente fodida.

Nada mais fazia sentido, queria apenas ir para casa e lamber suas feridas. Kat olhou a sua volta, percebendo que tinha dirigido sem rumo. Levou alguns minutos para descobrir onde estava e pegar a via expressa. Era exatamente onde ela deveria ir. Lar.

Poderia haver horas ou dias antes que Mason percebesse que ela não estava mais em Homeland, Kat não tinha visto nenhum dos três agentes que tinha reconhecido quando foi embora, apesar de, ele poderia ter outra vigilância nos portões. Ela olhou para o espelho retrovisor, procurando pela parte traseira; poderia ter colocado um rastreador em seu carro também. Kat debateu se deveria sair e pegar outro carro alugado, mas abandonou a ideia. Se Mason quisesse encontra-la, ele iria fazer isso. Não tinha sequer dinheiro suficiente para ficar em um hotel, suas identificações e cartões de crédito poderia ser rastreados.

Kat saiu da estrada para pegar alguma comida no drive-thru, isso não ajudou seu estômago aborrecido. A causa disso era saber que nunca veria Darkness novamente, ele tinha entrado sob sua pele de um jeito enorme. Sempre tinha debochado quando ouvia uma de suas amigas dizerem que elas se apaixonavam forte e rápido por algum cara, aquilo nunca tinha sido sua experiência.

Kat tinha amado antes, mas seu orgulho vinha sempre em primeiro lugar, era uma consequência de sua infância. O primeiro passo para a aceitação era compreender o problema. Seus pais tinham se divorciado quando ela tinha oito anos, cada um casando com cônjuges mais jovens no segundo casamento. Sua mãe tinha terminado com um trapaceiro em série para quem ela sempre dava desculpas, isso tinha enojado Kat. A mulher do seu pai o tinha pelas bolas também. Kat tinha jurado que ninguém a faria de idiota e tinha se afastado de qualquer homem que não se conformasse com sua versão ideal de namorado.

Darkness não era como ninguém que ela teria casado ou quisesse passar o resto da vida. Ele caíra na categoria ‘inferno, não’. Ele não iria apoiar sua carreira, viver com ele em Homeland não iria funcionar. Ele não poderia deixar a ONE para viver em seu mundo. Ele não estava emocionalmente disponível.

— Eufemismo. – Kat murmurou.

Não haveria momentos de banhos brincalhões em um futuro com ele. Nada de dormir nos dias de folga, aninhada contra ele. Isso significaria que Darkness realmente teria que deixa-la muito próxima. Uma risada afiada se ergueu e Kat a sufocou. Darkness nem mesmo iria deixar que ela o tocasse durante o sexo, ele sempre a restringia. Ele poderia ser o cara do pôster para questões de controle, Kat já tinha um monte deles ela própria.

Eles apenas faziam uma horrível combinação. Isso não diminuiu o pânico que ela sentia. Aquela dor no peito e as lágrimas no canto dos olhos eram realmente uma vadia. Tinha se apaixonado por ele.

Kat piscou com força a visão de sua casa quando ela entrou na rua, lutando contra a urgência de chorar. Isso não era algo que ela fazia com frequência. Ver o carro de Missy ajudou a juntar as emoções. Kat desligou o motor, pegou a mala e desceu.

— Está em casa? – Kat gritou quando entrou na casa, colocou a mala ao lado da porta e a chutou para fechar.

— É melhor você ser um trabalhador braçal quente ou minha melhor amiga. – Missy chamou do andar de cima. – Eu tenho uma arma.

— Não atire com sua arma imaginária em mim.

— Senti sua falta. – Missy correu escada abaixo.

Elas se abraçaram e Missy se afastou um pouco, dando a Kat um olhar avaliador.

— Você parece acabada.

— Obrigado. Seu cabelo em um rabo de cavalo e manchas de tinta em seus joelhos não é seu melhor look também.

— Alguém me abandonou, então estive pintando o quarto de hóspede sozinha. – Sua melhor amiga sorriu. – Tenho sorte que alguns acabaram na parede e, pelo menos, escovei meus cabelos. Parece que você se escondeu de uma escova.

— É uma longa história.

— O tipo que você não pode me contar? Apenas me diga que você não foi ao inferno e voltou com todas essas roupas. Nada dessa coisa de balas ou nada mais, certo?

— Estou bem.

— Coisa entediante, hem?

— Eu não diria isso.

— Pode me contar tudo?

— Sabe como isso funciona. – Kat balançou a cabeça.

— Mas você está bem?

Kat deu de ombros.

— Você parece triste. – Missy se aproximou.

— Estou.

— Odeio seu trabalho, já mencionei isso antes?

— Constantemente.

— Podemos brincar de vinte perguntas?

— Não.

— Eu tinha que perguntar. Está com fome?

— Já parei para um hambúrguer.

— Isso é bom, desde que eu comi o último pedaço de pizza na geladeira. Eu não descongelei nada, não tinha nenhuma pista de quando você ia vir para casa. Você vai ficar ou apenas parou para pegar um novo conjunto de roupas?

— Eu tecnicamente ainda estou na minha tarefa, mas não planejo deixar a casa em breve. – Kat olhou ao redor da sala de estar. – Gosto da estante que você colocou aqui.

— Obrigado. – Missy sorriu. – Eu iria receber o crédito, mas realmente foi meu cunhado. Eu não pude ter sentido de direção e Ângela parou aqui. Ele parecia entediado ouvindo nossas fofocas, então eu fiz a coisa de irmãs colocando-o para trabalhar.

— Bom trabalho.

— Ele era um bundão mal-humorado, mas Ângela disse a ele para pôr uma rolha nisso. – Missy se curvou e agarrou a mala de Kat. – Vamos lá, nós vamos desfazer essa mala. Você não tem nenhum segredo aqui que não posso ver, tem?

— Não, apenas roupa suja.

— Você a desfaz então, vou assistir. Estou feliz que você esteja em casa.

— Onde está Butch?

— No adestrador, eles vão trazê-lo em uma hora. O cão sentiu sua faltam, mas ele vai estar chateado quando vir para casa. Ele vai receber a tosa de verão e você sabe o quão emburrado ele fixa quando o colocamos naquele trauma. Ele leva isso para o lado pessoal.

Kat estava feliz de estar em casa, isso colocava de volta o senso de normalidade que ela precisava desesperadamente na sua vida naquele momento. Kat seguiu Missy escada acima e elas viraram a direita, seguindo pelo corredor até seu quartos. Um som pequeno a parou, Missy se virou.

— Oh, esqueci. Estou sendo babá para George, o do outro lado da rua.

Kat voltou para localizar o som e olhou dentro do quarto de Missy. Um pequeno gato cinza com uma bola de lã descansava na cama, ele olhou de volta para ela. Os olhos do gato a lembraram de Darkness, apesar da cor azul deles.

— Butch amou Gus, esse é o nome do gatinho. Ele tem dez semanas, não é um inferno de fofo? É um pesadelo nas cortinas, mas elas eram feias de todo jeito. Coloquei a caixa de areia em meu quarto, então não se preocupe. Mantive a porta do seu quarto fechada, não que ele deixe meu quarto. Ele é tipo um medroso por ser um gato. A mãe de George ficou doente e ele não podia deixar Gus sozinho.

— Está bem.

— Você está branca como uma folha, não me diga que gatos te assustam. Sei que você não é alérgica.

— Eu apenas não esperava isso. – Kat forçou um sorriso. – Ele é lindo.

— Fico feliz que você pense assim, planejo mantê-lo. George meio que se cansou dele e queria encontrar uma casa para ele. Butch adorou Gus e acho que ele ficaria de coração partido se Gus fosse embora. – Missy bateu os cílios. – Posso mantê-lo?

— Eu não ligo, essa é sua casa também.

— Sabia que éramos melhores amigas por uma razão. Você está em casa, Gus! – Missy abriu a porta de Kat e colocou a mala no closet. – Isso significa que você também vai limpar a caixa de areia?

— Não força. Seu gato, sua merda.

— Posso lidar com isso. Apenas não me encha se ele atacar suas cortinas também, realmente deveríamos queimá-las. Acho que ele odeia estampa de flores, o que não posso culpa-lo.

Kat olhou para sua janela, as cortinas tinham vindo com a casa.

— Sem problema. Não seria uma grande perda, seria?

— Alguma vez pensou que deveríamos ficar envergonhadas? Quero dizer, há quanto tempo moramos aqui? Ainda temos caixas que não desfizemos na garagem. Você está mais fora do que aqui e meu nariz está geralmente enfiado na frente da tela do meu computador, eu deveria apenas colocar uma cama no meu escritório lá em cima desde que eu praticamente vivo lá. Somos workaholics que são malditamente preguiçosas para consertar nossa casa. Percebi que, a este ritmo, talvez façamos algo legal com isso em vinte anos ou mais. Eu estava apenas motivada a pintar o quarto de hóspedes

porque minha mãe ameaçou fazer uma visita, você sabe que ela ficaria puta se nós a colocássemos em um quarto de cor verde lima.

— Somos foda. – Kat chutou os sapatos e se sentou na cama.

— Você não está bem. – Missy sentou próxima a ela. – Nem mesmo vacilou quando mencionei minha mãe. Ela te deixa louca.

— Não, não estou bem. – Kat sacudiu a cabeça.

— Isso é o chocolate do dia ou eu deveria abrir uma garrafa de vodca que nos deram no natal? Quão ruim é?

— Acho que nem mesmo os dois iriam ajudar.

— Droga. – Missy mordiscou o lábio inferior. – Você atirou naquele idiota do seu chefe? Eu deveria assar biscoitos para o time da SWAT que talvez venha atrás de você? Eu talvez os distraísse enquanto você escapa pelos fundos.

— Ele está vivo e bem, eu acho. Estou evitando ele.

— Você disse a ele que não era um par de peitos? Sempre quis soca-lo. Não acredito que ele pensou que nós estávamos nessa. Sem ofensas, mas quando eu transo ele tem que ter um pênis e realmente ser um cara. Seu chefe é um agente de merda se ele não descobriu que eu escrevo sob um pseudônimo depois de cavar em nossas vidas. Minhas histórias são sobre ter sexo quente com homens. Isso iria ser uma dica, até mesmo para aquele babaca.

— Como está o manuscrito?

— Bem. Terminei meu último livro e comecei um novo, é sobre um bonitão shifter gato. Culpe Gus, eu culpo. Ele é tão bonitinho.

— Pare. – Kat se jogou para trás e fechou os olhos.

— Você gosta de ouvir sobre minhas histórias. Ele tem dois metros de altura, musculoso e têm aqueles lindos olhos como Gus. Ele vai salvar a mulher que teve seu carro preso na lama e ele tem que leva-la para casa porque uma tempestade os prendeu quando as estradas alagaram. Ela está impressionada com todos aqueles músculos e pula na cama com ele. A ficção é muito melhor que a realidade. Lembra do último cara com quem eu dormi? Dois minutos no máximo com minhas pernas envolta dos quadris dele e ele não poderia achar meu clitóris nem para salvar sua vida. Minha garota vai transar com estilo.

— Sério. Pare. – Kat se aproximou e usou as costas da mão para dar uma pancada na perna de Missy.

— Pessoas reais tem sexo. – Ela suspirou. – Você alguma vez já pensou em contratar aqueles acompanhantes masculinos? Eu pensei sobre isso. Você iria me prender? Eu poderia dizer que foi para propósitos de pesquisa. Isso ia colar? Você sabe, para ver se eles realmente fazem sexo por dinheiro. Não sou policial então não estou obrigada a prendê-lo se ele fizer. Então novamente, com minha sorte, ele teria um péssimo sexo com minhas pernas envolta dele. Aposto que poderia pagar ele para uma das minhas cenas de sexo e dizer a ele parar agir igual. Ouvi que alguns deles são atores.

— Eu tive sexo. – Kat se sentou e abriu os olhos.

A boca de Missy caiu aberta.

— Quebrei as regras e fui para cama com alguém que não deveria ter ido.

— Outro agente?

Kat sacudiu a cabeça.

— Seu suspeito? – Missy a olhou boquiaberta.

— Não, não exatamente.

— Isso soa ameaçador. Ele era quente?

— Escaldante.

— Ele estava na lista do mais procurados? Eu ainda deveria assar aqueles cookies? Apenas lembre-se que a janela na lavanderia é a única que abre quando você a empurra.

— Nenhuma equipe da SWAT está vindo, desculpe te desapontar. Sei que você pensa que eles são um tanto sexy. Pareço ser séria? Não quero sorrir.

— Eles são, em minha defesa. Por que você não está bem?

— Eu me apaixonei por ele, mas ele não é o tipo de cara para se assentar. – Kat não olhou para longe.

— Você não é o tipo de mulher para se assentar.

— Ele talvez fosse capaz de me mudar. – Kat odiou o jeito que isso doeu.

— Oh querida, eu sinto muito. Talvez ele vai se erguer e vir bater em nossa porta.

Kat hesitou, quase desejando que aquilo fosse verdade. Darkness nunca iria ligar para pedir sua volta, ele tinha deixado isso bem claro que tinham terminado. A urgência de chorar retornou.

— Ele não vai. Eu quebrei protocolos enquanto estava disfarçada. Eu fodi tudo, Missy. Posso perder meu emprego e agora eu nem mesmo acho que me importo.

— Pode enfrentar acusações criminais? – Sua amiga se aproximou e segurou sua mão.

— Acho que não. Não, a menos que meu chefe quiser maquiar algumas coisas pra mim como uma vingança. Eu não iria colocar isso para ele. Supostamente deveria estar na missão, mas não liguei para dizer que fui embora. Preciso apenas de alguns dias para botar minha cabeça no lugar.

— Você começou a odiar seu trabalho. Sabe disso, certo? Desde que começou a ter aquele babaca como chefe você tem estado miserável. – Missy respirou fundo. – Sabe que pode confiar em minha com sua vida. Fale comigo. Precisa tirar isso do seu peito ou isso vai te comer. Isso não vai longe.

Kat se debateu, precisava contar a alguém.

— Fui enviada para Homeland.

— Você esteve lá! Oh meu Deus! – Missy guinchou.

— Calada.

— Desculpe, continue.

— Não posso entrar em detalhes, mas o cara era Nova Espécie.

— Você pegou um Nova Espécie? – Missy ergueu a mão livre e a colocou contra o coração.

— Para com isso.

— Apenas me conte.

Kat assentiu.

— Eu te odeio agora. – Missy agarrou Kat. – Não, eu te amo. Amo. Ele era bom de cama? Não me esmague.

— Um quinze na escala de um a dez.

— Eu sabia. – Missy riu. – Sua vadia sortuda.

— Já mencionei que nunca mais vou ver ele?

— Merda. – A alegria de Missy desapareceu rápido. – Ele não vai vir para nossa porta, vai? Eles não deixam aquele lugar. – Ela esfregou o braço de Kat. – Eu sinto muito. Que bastardo, eu nunca mais serei toda fangirl deles novamente.

— Não seja tão dramática. Não é como se ele não tivesse me dito que era apenas sexo. Eu apenas não esperava sentir tanto e realmente fodi tudo com meu trabalho porque isso me colocou contra ele. Escolhi ele no final.

— Ouvi que a ONE é tipo como outro país. Não acho que você dormindo com ele é ilegal e não estava tecnicamente em solo americano. Acho que você está limpa dessa coisa de quebra de conduta. Quero dizer, você não poderia ser demitida se viajasse para o México e fixasse residência lá. Seria permitido ter sexo.

— Eu estava no trabalho e compartilhei informações que não deveria ter compartilhado.

— Isso é ruim.

— Eu sei. Robert Mason vai ter minha bunda se ele descobrir.

— Quais são as chances disso?

— Não sei.

— Vou pegar o chocolate e a vodca? – Missy se ergueu. – Agora.

— Obrigado.

— Então você vai me dar mais detalhes.

— Não pode usar isso em um livro.

— Droga. – Missy estreitou os olhos. – Essa foi eu brincando. Pense nesse quarto como Vegas. O que é dito aqui, permanece aqui.

— Obrigado.

— Melhores amigas para sempre, lembra? Estou apenas feliz que você está falando comigo. Você guarda muita coisa ai dentro, Kat. Fico o tempo todo preocupada contigo.

 

Darkness bateu a porta da frente. Kat tinha deixado Homeland. Ele tinha revisado a sequência da Segurança, ela tinha entrado em um taxi após sair dos portões da frente. Justice e Fury tinham perguntado a ele o porquê dela ter ido e teve que dizer algo. Tinha compartilhado o que ela dissera a ele sobre os outros agentes, mas deixou claro que isso poderia coloca-la em problemas. Ele até mesmo ofereceu a informação que eles tinham discutido, apenas não disse a eles sobre o quê.

Ele caminhou até o sofá e se sentou, batendo as botas na mesa de café. A madeira estalou e Darkness deslizou para o lado para olhar a nova rachadura ao longo do topo.

— Porra.

Odiava sentir como se tivesse traído a confiança de Kat. Os agentes que tinham colocado como trabalhadores para consertar o dano no portão não seriam capazes de fazer nada mais, eles tinham olhando muito ao redor – o interesse deles muito intenso, mas não tinham tentado deixar a área do trabalho. Ele deveria ter mantido a boca fechada. Culpa e arrependimento o comeram, então outra emoção. Nunca a veria novamente e isso deixou um espaço vazio dentro dele.

Darkness foi para trás e fechou os olhos, ajustando os braços ao longo da almofada lateral. Algo ondulou e ele se mexeu, abriu os olhos. Um pedaço de papel se projetava debaixo da almofada. Darkness o puxou, era de um caderno que ele mantinha no balcão da cozinha para escrever a lista de mercado quando seus suprimentos estavam acabando. A letra não era dele, Darkness leu e amaldiçoou.

Jerry Boris. Você confiou em mim, estou confiando em você. K.

Ela deveria ter escrito isso quando ele tinha ido ao quarto para pegar algo para ela vestir. Darkness olhou para o nome, enfurecido. Por que o FBI estaria interessado em Jerry Boris? Isso erguia todo tipo de perguntas e alarmes.

Darkness retirou os pés da mesa e se ergueu, andou pela sala, segurando a nota dentro do punho fechado. Kat estaria com problemas por dar a ele aquela informação. De outro modo ela não teria desistido na cama. Por que ela?

Darkness parou e desdobrou o papel, relendo. Isso o enfureceu. Por que Kat não poderia apenas ter dito a ele uma vez que decidiu compartilhar o nome? Eu iria tentar tirar mais respostas dela. Iria insistir para ela permanecer mais. Kat tinha planejado para que a nota fosse encontrada apenas depois que deixasse Homeland.

— Droga. – Ele assobiou.

Darkness se aproximou do balcão, agarrou o telefone e discou a extensão de Fury. O macho atendeu no terceiro toque.

— Fury aqui.

— Estou no meu limite e preciso de ajuda.

— Darkness?

— Quem mais iria ligar para você e dizer essas palavras?

— Onde você está?

— Em casa.

— Estarei logo ai.

— Obrigado. – Darkness desligou e recomeçou a andar.

Fury deveria ter deixado seu escritório tão logo desligou, a batida na porta veio mais rápido do que ele esperava. Darkness a abriu a foi para o lado, permitindo ao macho entrar na casa. O nariz de Fury queimou e ele se virou, um olhar especulativo nos olhos.

— O quê?

— Você precisa abrir algumas janelas.

— Merda.

— Você fez sexo com a agente do FBI. Não nos contou sobre isso, eu ainda posso cheirá-la. É leve, mas consigo pegar.

— Coloque seu nariz canino para baixo.

— Essa é a causa da discussão que você teve com ela?

— Você veio para me ajudar ou para ser irritante?

Fury girou e caminhou para o sofá, ele cheirou e então se sentou.

— O que posso fazer?

Darkness cruzou a sala e sentou na mesa de café. Ele hesitou, não tendo certeza de onde começar ou o que poderia ajudar.

— Você a quer de volta?

Darkness fez uma careta.

— Acha que é o único macho que permitiu a uma fêmea ir embora e então se arrependeu? Eu deveria fazer uma lista de nomes que estão vindo a minha mente? Posso te lembrar de minha história com Ellie.

— Poupe-me. Eu não sou como os outros machos.

— Merda nenhuma. Você a montou, isso diz tudo. Acha que não faço disso meu trabalho para manter meu controle sobre você? Você não deveria tê-la deixado tão perto, a menos que pudesse se conter do seu desejo de tê-la. Você acha que é diferente, mas poucos machos realmente querem descobrir a si mesmos dependentes de uma fêmea. Eles lutam contra isso, é a natureza Espécie na maioria dos casos.

— Isso é besteira.

— Temos problemas de confiança. – Fury sorriu afetadamente. – É duro admitir que precisamos ou queremos alguém o suficiente para arriscar doer. Esse é um traço comum que todos os Espécie compartilham. Você se apaixonou por ela? Quer que nós a trazemos de volta?

— Não.

Fury não parecia convencido, isso irritou Darkness.

— Não quero que ela pague por confiar em mim.

— Você já tem sentimentos.

— Eu a admiro e não quero que ela seja machucada porque assumiu riscos por mim.

— Já passamos por isso. Não é como se fossemos ligar para o FBI e perguntar se eles enviaram agentes para Homeland. Eles querem fingir que isso não aconteceu e somos bons nisso. Vamos apenas ser mais cuidadosos, intensificar nossos processos de triagem e fazer checagens de antecedentes mais extensivas para múltiplas pesquisas. Estamos sempre melhorando. Tudo o que podemos fazer é esperar para preveni-los de fazer isso novamente.

— Não contei tudo a vocês no escritório de Justice.

— Okay. – Fury puxou uma respiração.

— Isto é onde fica perigoso.

— Merda. – Fury foi para frente. – Estou ouvindo.

— Eu quero protege-la, quero deixar isso claro. Tenho a impressão que ela estará em um monte de problemas e a carreira dela pode acabar.

— Entendido.

— Posso confiar em você? Isso talvez possa causar tensão com a ONE. Estou pedindo a você para manter a informação entre nós. Eu não sei o que fazer.

— Em outras palavras, você está pedindo para manter informações que deveria ser compartilhada. – Os olhos de Fury se estreitaram.

— Sim.

— Eu amo a ONE e faria tudo pelos Espécies, mas há uma exceção. – O macho se inclinou para trás e soltou um suspiro. – Essa é minha família. Eles sempre vem antes e em primeiro lugar. Você caiu nessa categoria, eu não vou trair sua confiança.

Darkness se levantou e cruzou a sala, recuperando o papel que tinha deixado virado no balcão. Ele caminhou para Fury e o estendeu, o macho o pegou e leu as palavras. Fury empalideceu. Darkness se sentou novamente na mesa de café.

— Kat implicou que estava sob ordens de procurar por um homem em Homeland e ajuda-lo a fugir. Aqueles agentes que ela identificou nos portões talvez estejam sob as mesmas ordens.

— Por que o FBI iria querer Boris?

— Ela não sabe, acredito nisso. Ela parecia confusa e não sabia o motivo pelo qual o seu chefe queria o homem, mas ela pensava que era pessoal.

— Acha que Boris ferrou alguém no FBI ou que ele talvez sabe algo potencialmente danoso para eles?

— É um dilema, não é? – Darkness encolheu os ombros.

— Está colocando isso muito suavemente. – Fury foi para frente e colocou a nota para baixo. – Ela confiou em você não compartilhar a informação. Vejo porque você me chamou. Está dividido entre nós e não trair essa confiança.

— Quero acesso a Boris novamente.

— Por quê?

— Ele tem as respostas, iria saber o porquê do FBI tem interesse nele. Dê-me uma hora com o homem e não teremos que envolver ninguém mais que poderia machucar Kat de

alguma forma. Os canais oficiais iriam coloca-la em caminhos perigosos. Eles podem acha-la e descobrir que ela deu o nome dele para mim.

— Ela sabe que ele está no Centro Médico? Ela fez algumas tours. Ela o viu?

— Ela não iria ter acesso permitido a áreas da base onde ele está sendo preso e mantive controle sobre todos com quem ela conversou. Eu os entrevistei para ver o que ela falou, tentando descobrir quem ela era realmente. Ela nunca perguntou sobre humanos além das caçadoras de companheiros. Sunshine teve essa conversa com ela. Nunca foi ao Centro Médico também, chequei duas vezes.

— Precisamos dizer a Justice.

— Ele talvez ira falar com o senador e pedir a ele para fazer perguntas. Não. Você disse que eu poderia confiar em você.

— Isso é maior do que a fêmea perdendo o emprego. Boris parece ser mais um problema do que pensávamos. E se ele tiver ajuda de dentro do FBI com o esquema de extorsões contra a ONE? Pagamos á ele muito dinheiro para recuperar outros Espécies. Precisamos descobrir tudo o que pudermos para ter certeza que isso não é uma possibilidade.

— Não sei o suficiente sobre Kat para entender todos os riscos que ela enfrenta, mas não vou arriscar. Recuso-me a permitir que ela pague por deixar essa nota. Ela queria me ajudar.

Fury empurrou o cabelo para trás, a frustração clara no rosto.

— Tudo bem. Quer acesso a Boris?

— Sim.

— Tive uma atualização hoje das condições dele. – Fury se ergueu, começando a andar. – Ele não está estável o suficiente para deixar Homeland e ser transferido para Fuller. – Ele pausou, estudando Darkness. – Ele pode morrer se você não for cuidadoso. Ele não está na melhor saúde, especialmente depois da última vez que você teve uma conversa com ele.

— Entendido.

— Eu não me importaria se ele morresse, mas odiaria tentar explicar porque você estava coberto com o sangue dele ou porque te coloquei lá. Estaríamos os dois na frente de Justice. Você compreende?

— Você teria que contar tudo a ele.

— Não. – Fury balançou a cabeça. – Eu iria quebrar o coração dele permanecendo em silêncio. Te dei minha palavra.

— Ele é seu melhor amigo.

— Você é meu irmão. – Fury hesitou. – Mesmo que você não admita nossa conexão, eu vou permanecer ao seu lado e isso significa protegendo sua fêmea também.

— Ela não é minha.

— Ela é a primeira coisa que você realmente se importou e por quem colocou sua bunda na linha. Devo a ela por isso. – Fury deu de ombros.

— Ela não é minha. – Darkness repetiu. – Você está exagerando.

— Vamos ver. Apenas mantenha em mente que nós conhecemos um senador e poderia obter o nome real dela se ela não o deu a você. Isso significa que poderíamos localizá-la e tê-la de volta.

— Por que iriamos fazer isso?

— No caso de você decidir que deixa-la ir foi um erro.

— Foi o melhor.

— Para quem?

— Nós dois.

— Vamos para o Centro Médico.

— Você tem um plano.

— Vou apenas dizer que quero ver Boris e você vai me seguir para dentro. – Fury balançou a cabeça. – Vou oferecer ao oficial uma pausa. – O macho pestanejou. – Você talvez não tenha uma hora, mas vamos ver quanto tempo podemos conseguir. Trabalhe rápido e tente não mata-lo.

— Farei meu melhor.

— Sabe que vai ficar me devendo por isso.

— O que você quer? – Darkness cerrou os dentes.

— Respostas.

— Mais tarde. – Darkness assentiu abruptamente, o tempo tinha chegado para eles falarem do passado.

— Claro.

 

Darkness se aproximou da cela que segurava o homem, Boris estava deitado em uma cama de hospital, as máquinas o monitorando não fazendo nenhum som enquanto o homem dormia. Fury permaneceu próximo ao elevador. Darkness destrancou a porta.

— É sobre o tempo, eu preciso de mais morfina. Estou com dor. – Boris se agitou.

— Você não vai receber nenhum alívio de mim.

Os olhos de Boris se abriram e ele olhou em horror para Darkness.

— SOCORRO!

Darkness pausou no fim da cama e sorriu friamente, tendo certeza que suas presas apareceram.

— Ninguém pode te ouvir. Estou feliz que você lembrou de mim porque nós não terminamos ainda.

O olhar amedrontado de Boris correu freneticamente pela sala, provavelmente procurando pelo oficial que estava geralmente parado ao lado de sua cela. Era fácil para Darkness ler quando o homem percebeu que ninguém estava lá para ajudá-lo. Lágrimas encheram os olhos do humano. Nenhuma pena surgiu dentro de Darkness.

— O que você quer?

Darkness agarrou as barras de apoio do corrimão e atingiu um pouco a cama, o homem se encolheu e tentou colocar as pernas o mais longe possível.

— Vamos falar sobre o FBI.

— Eu não sei sobre o que você está falando. – O homem arquejou e um pouco do sangue drenou do rosto.

— Sim, você sabe. – Darkness soltou as barras de apoio e se aproximou, se movendo lentamente ao redor da cama. Ele estudou cada pedaço visível de Jerry Boris. – Eu estava desapontado com nossa última conversa.

— Te falei a verdade, a garota gato está exatamente onde eu disse. Você deve ter encontrado ela. Eu subornei um dos guardas naquele estado e ele verificou que ela estava lá e que estava viva.

— Não estou aqui pela Presente. – Darkness alcançou atrás das costas e retirou uma lixa de unha que tinha enfiado na cintura. Ele ergueu uma mão e usou a ponta para

correr ao longo do polegar. – Fiquei desapontado que você sobreviveu. – Darkness pausou e examinou a ponta de metal. – Ninguém aqui gosta de você. Tenho certeza que você também não tem amigos em Fuller.

— Você vai me matar. – A voz de Jerry quebrou. – Você disse que não iria se eu falasse.

— Eu disse que não iria contanto que você me desse á informação que eu quisesse e não mentir.

— Te contei a verdade! – O homem se mexeu para pressionar o corpo contra o lado oposto ao de Darkness. – Contei tudo o que sei.

— Você não mencionou o FBI. Estive ocupado desde que conversamos, procurando dentro de toda sua vida. Eles enviaram agentes para tentar pegar a companheira de True. Você lembra dela, não lembra? Jeanie não gosta de você também.

— Eu não sei por que eles a queriam.

— O que eu disse sobre não mentir para mim? – Darkness se esticou e pegou a mão no homem. Boris lutou, mas não efetivamente o suficiente para se livrar do aperto.

— SOCORRO! – Jerry gritou novamente, o som estridente foi doloroso para a audição aguçada de Darkness.

Ele usou a lixa de unha para pressionar apenas sob a unha do indicador do homem.

— Você não odeia sujeira sob as unhas? Permita-me te ajudar com isso. – Darkness golpeou a ponta na pele macia.

O homem gritou novamente e pulou na cama, Darkness olhou para o monitor cardíaco, vendo os números dispararem. Ele sorriu e parou.

— Fale sobre o FBI, Boris.

O homem choramingou.

— Este sou eu sendo agradável. Quer me ver chateado? Eu poderia remover cada unha e começar com seus pés. – Darkness removeu o metal e soltou a mão do macho, limpando a ponta sangrenta na coberta. – Ou talvez um dos seus olhos. Não é como se você fosse ver a luz do dia onde será mandado, se sobreviver a essa conversa. Continue me dizendo mentiras e você definitivamente não vai.

— Eu não sei sobre o que você está falando.

— Que a diversão comece. – Darkness gargalhou. – Gosto de ouvir você gritar, carinha. – Ele se aproximou e agarrou a cabeça do homem. – Olho direito ou esquerdo? Você tem um favorito? Odeio os dois então vou permitir que você decida. – Darkness balançou a lixa de unha na frente do nariz de Jerry. – Dê uma boa olhada em mim, humano. Você acha que não faria isso? Não estou mais divertido.

— Por favor, não faça isso. – Suor brotou da testa do homem e pânico se mostrou nos olhos dele.

— Quero que você me diga tudo, já sei alguns detalhes. – Darkness blefou e mudou a lixa de unha, correndo a ponta pela bochecha do homem e para baixo ao lado da boca. – Minta uma vez e vai perder algo. Vai doer. Eu iria trazer uma faca, mas você não merece ser cortado rapidamente. Quero que você sinta tudo.

— O que você quer saber? – O homem choramingou novamente.

— Quero o nome ou os nomes dos seus contatos no FBI. Quero saber porque eles dão uma merda por você. Quero detalhes. Por que alguém iria querer te recuperar de nós? Aquele plano falhou, a propósito. Não há resgate para você, Boris.

O homem engoliu com força. Darkness enfiou a ponta de metal na pele do homem, abrindo um pequeno corte no queixo dele. Jerry gritou, Darkness pausou.

— Fale.

— Meu cunhado. – Ele soltou. – Robert Mason. Eu era casado com a irmã dele. Ele teria tentado me ajudar.

— Por quê?

Jerry agarrou o pulso de Darkness, mas falhou e retirar as mãos para longe para remover a lixa de unha do rosto. Era uma tentativa inútil desde que o humano estava fraco. Isso enraiveceu Darkness, no entanto. Ele soltou a cabeça do homem e aplicou pressão em dois dedos de Boris até que sentiu os ossos quebrados. Jerry gritou e perdeu o aperto no pulso de Darkness.

— Não me toque novamente. – Darkness avisou. – Já vi como você gosta de brincar quando está sozinho. Continue falando e não pare até que eu tenha ouvido o suficiente. De outro modo, vou arrancar um dos seus olhos.

— Robert sabia que eu trabalhava para vocês. – Jerry apressou as palavras. – Ele soube o que aconteceu enquanto eu era diretor de Homeland. Ele mandou algumas das pessoas dele para levar Jeanie Shiver porque disse a ele que ela era uma puta tentando ajudar os NE a me demitir de Fuller. Disse a ele que a ONE guardava rancor porque

tentei provar que eles eram incompetentes para administrar Homeland. – Ele puxou uma respiração. – Eu o avisei que vocês idiotas iriam tentar me fazer desaparecer. E eu desapareci, mas ele sabe que eu estou aqui.

Darkness aliviou a pressão da lixa de unha contra o rosto do homem.

— Continue.

— Não sei o que mais você quer que eu diga. Robert é família. Ele iria fazer tudo o que pudesse para me ajudar. Ele sabe que vocês bastardos iriam fazer isso comigo.

— Você extorquiu dinheiro de Homeland por informações para resgatar nosso povo. Isso está com você.

— Vocês me deviam! – Jerry embalava os dedos machucado contra o peito.

— Você merecia a morte pelo que fez. – Darkness rosnou. – Você permitiu que Espécies sofressem desnecessariamente enquanto jogava seus jogos e tentava trocar por uma fêmea que apenas queria ajudar a resgatar meu tipo. Isso faz de você um pedaço de merda.

— Robert vai me ter fora daqui. Ele tem jurisdição federal para me entregar a ele sob custódia.

— Isso é apenas papel aqui, suas leis não se aplicam. – Darkness se aproximou.

— Ele vai me ter. Ele sabe onde Fuller é, eu disse a ele.

As notícias irritaram Darkness. O rosnado suave de Fury era uma prova de que o Espécie tinha ouvido a conversa.

— Muito ruim que você não será enviado para lá. – Darkness se aproximou e agarrou o pescoço do homem. Era tentador quebrar o osso, uma boa sacudida e uma torção ia terminar com a vida do homem. Talvez ele precisasse de mais informações mais tarde, no entanto. Ele esticou seu aperto o suficiente para cortar o suprimento de ar do humano, vendo o rosto dele mudar de cor e os olhos se arregalarem.

— Darkness, já chega. – Fury falou suavemente, mas sua voz carregada.

Muitos segundos se passaram antes que Darkness soltasse o macho e se afastasse.

— Você pensa sobre o assunto, eu vou voltar. Quero mais informações. – Darkness ergueu a lixa de unha para lembrar o babaca. – Na próxima vez vou trazer alicates. Você não precisa de unhas e não precisa de pálpebras se não tiver olhos. Ou eu poderia trazer um kit de costura. Poderia praticar colocando pontos em você.

Boris choramingou e seu corpo tremeu. Darkness saiu da cela e fechou a porta, girou e atravessou a sala. Fury permanecia próximo ao elevador com os braços cruzados acima do peito. Ele não disse nada enquanto inseria a chave para abrir o elevador seguro. Eles entraram e esperaram as portas se fecharem.

— Você iria realmente mata-lo?

— Não. Apenas queria fazer ele pensar isso.

— Cheiro o sangue dele.

— Não é pior que alguns cortes de papel, quebrei dois dedos. Ele me agarrou então o agarrei de volta. Nós temos um nome e uma associação. Precisamos correr o nome Robert Mason.

— Vai alertá-lo se procurarmos através dos canais regulares. Será espalhado sobre a equipe médica sobre os novos ferimentos de Boris e tenho certeza que o humano vai protestar pelo que você fez. O sogro de Justice talvez seja capaz de conseguir a informação sem levantar nenhuma suspeita. Justice vai descobrir isso de outra forma.

Darkness considerou enquanto eles deixavam o Centro Médico, Fury já tinha mandado um oficial para baixo para olhar Boris novamente.

— Eu poderia dizer que parei para checar o homem e peguei o nome. Deixamos Kat fora disso.

— Feito. – Fury pausou ao lado do Jeep. – Vamos falar com Justice agora. É melhor que ele ouça sobre nossa pequena visita de nós antes que o oficial relate isso.

— Apenas lembre-se que Kat ficar fora disso. – Darkness subiu no banco do passageiro.

— Também vamos pelos nomes de todos os agentes que trabalham com Mason. Desse jeito, pelo menos vamos descobrir qual o nome real de sua namorada. Acho que o senador vai concordar com isso desde que Mason talvez se uma ameaça para a ONE se ele está tentando recuperar seu cunhado.

— Ela não é minha namorada. – Darkness lançou um olhar a Fury. – Vai dirigir ou me assediar?

— Acha que Mason ajudou Boris com o esquema de extorsão? – Fury ligou o motor.

— Eu não sei, mas a frequência cardíaca de Boris estava muito alta. Tive que encerrar o interrogatório ou ele poderia ter tido um ataque cardíaco. Aquele é um homem fora

de forma. Vou voltar mais tarde, quando ele está mais estável. Peguei a informação que mais precisávamos.

— Temos um nome. – Fury suspirou. – Isso é bom.

Darkness concordou silenciosamente. Mason iria estar em posição para dar ordens a Kat. Darkness esperava que fotos acompanhassem o dossiê com os agentes envolvidos com Mason, de outro modo ele teria que adivinhar quando visse a lista de nomes.

A corrida para a casa de Justice foi curta, Fury estacionou na calçada, desligou o motor, mas hesitou.

— Talvez eu deveria chama-lo para fora.

— Jessie vai querer saber o que está acontecendo e é o pai dela quem precisamos contatar.

— Concordo. – Fury deslizou do assento. – Vamos lá.

Darkness seguiu Fury até a porta da frente e pressionou a campainha. Jessie atendeu, ela sorria.

— Olá, eu não esperava vocês dois. Entrem. Justice está no telefone, mas vai desligar em poucos minutos. – Ela os colocou para dentro.

Darkness espiou ao redor da acolhedora sala de estar, imagens do feliz casal acasalado adornavam cada parede. O lugar cheirava a cookies recém-assados e o ligeiro cheiro de sexo compartilhado. Darkness estudou Jessie, notando que o vestido dela estava amassado em alguns lugares e o cabelo dela estava despenteado. Ele escondeu um sorriso. Ela notou seu olhar e arqueou uma sobrancelha.

— Não me avalie. – Jessie sussurrou. – Ele teve um dia duro e quero deixa-lo melhor. Sei que você pode cheirar o que fizemos, mas não precisa ser tão óbvio sobre isso. Vocês machos solteiros são muito curiosos, Fury não faz isso.

— Sou mais esperto. – Fury gargalhou. – E tenho uma companheira que me encontra na porta quando tenho um dia ruim. Vamos evitar sentar no sofá, meu nariz me diz aonde você compartilharam sexo.

— Não deixe seu nariz te dizer mais nada, entendeu? Sigam-me para a sala de jantar, eu apenas retirei alguns cookies. Estou assando milhões deles para amanhã.

— O que tem amanhã? – Darkness puxou uma cadeira e se sentou.

— Estamos voando para a Reserva a noite, vamos passar alguns dias na Zona Selvagem. Justice precisa de uma pausa e pedi que ele tirasse alguns dias de folga. Vocês ficariam surpresos em quão amigáveis os residentes ficam quando você leva para eles cookies de aveia. Eles os adoram. – Jessie sorriu. – Querem um pouco? Por isso quero dizer uma dezena. Sei como vocês caras comem, estive na cozinha o dia todo. Estou me tornando doméstica, isso é assustador.

— Vou assumir enquanto eles estiverem nas mini férias. Você é boa para ele, Jessie. – Fury sorriu.

— Aquele fone está preso á orelha dele a menos que ele esteja no chuveiro, nu comigo ou dormindo. – Ela apontou um dedo para Fury. – É melhor você não ligar a menos que seja uma prioridade, urgência. Quero dizer isso. Quero que Justice relaxe, ele precisa se divertir um pouco sem ouvir más notícias.

— Prometo.

— Então vai ser sua vez. Vocês caras precisam de alguns dias sozinhos juntos. Eu vou ser a babá. Ellie disse que você dificilmente está em casa e que andou lutando com outro macho. – Jessie olhou entre eles. – Espero que vocês dois trabalhem isso.

— Estamos quase lá. – Fury a assegurou.

— Bom. – Jessie se virou e foi para a cozinha. – Não vou perguntar.

— Você é uma boa fêmea. – Fury disse.

— Não precisa beijar minha bunda, já disse que vou ser a babá. Eu amo crianças. – Jessie retornou com um prato de cookies, colocando-o na mesa. – Escavem, vou buscar Justice. Sou a primeira a desejar que ele largue o telefone.

Jessie saiu para o escritório de Justice, Fury sorriu para Darkness. Ele franziu as sobrancelhas de volta.

— O quê?

— Deveria ver o olhar na sua cara. Você continua olhando para tudo.

— Eu não estive dentro da casa de Justice desde que Jessie se mudou.

— Nem veio a minha, isso é como uma casa acasalada parece. Você esperava algo diferente?

— Não tinha certeza do que esperar.

— A minha parece com essa, mas com um monte de brinquedos. Eles praticamente explodem para fora das caixas onde eles supostamente deveriam estar. Você tem que aprender onde você pisa, de outra forma pode sofrer um bocado de dor e seu filho vai repetir cada palavra. Ellie tem senso de humor sobre isso, felizmente.

— Você vai permitir que Jessie seja a babá?

— Ela faz isso sempre que Ellie e eu queremos um tempo sozinhos. – Fury assentiu. – Crianças podem interromper o sexo. Salvation faz isso com frequência, nós apreciamos a pausa.

— Confia nela?

— Sim, eu confio. – Os olhos de Fury se estreitaram. – Eu teria pedido a você para olhar meu filho ocasionalmente também, mas você não teria nada para fazer conosco.

— Você iria confiar em mim com sua prole?

— Ele é seu sobrinho. – Fury se inclinou na cadeira. – Eu iria.

— Eu não sei nada sobre crianças.

— Deveria aprender. Salvation é muito durão, mas você tem que manter um olho nele. Ele é rápido e propenso a encontrar problemas. – Fury gargalhou. – Ele tentou saltar do nosso telhado depois que o deixei hoje. Visitamos Valiant e Tammy um mês atrás e Salvation assistiu o filho deles saltar da viga do teto para o sofá. Noble é um terror com as garras e sobe em tudo.

— Salvation está bem? – Aquilo alarmou Darkness.

— Eu fui atrás dele e expliquei as diferenças entre caninos e felinos, Ellie tinha me ligado, eu estava perto. Ela teve que usar o banheiro e ele saiu porta afora. Ela o encontrou no telhado. Conversei com ele sobre como poderia machucar a mãe dele se fizesse isso novamente. Ela estava pronta para tentar pegá-lo.

— Ele poderia ter se machucado. – Darkness piscou.

— Eu sei. – Fury assentiu. – É para ela tentar lidar com uma criança Espécie. Ellie teve que parar de se atracar com ele depois que Salvation a contundiu pesadamente. Ele não entende o quão forte pode ser, estou no trabalho com frequência, ele cresce entediado. Alguns dos meus amigos vem ajudar, eles o levam para o parque para correr e jogar. Seria legal se ele tivesse um tio que poderia leva-lo para jogar quando estou muito ocupado.

— Não fui feito para estar ao redor de uma criança. – Darkness fez uma careta. – Salvation não poderia aprender nada bom de mim.

— Nós nunca saberemos com certeza a menos que você tente. Talvez isso seja uma boa experiência se você ter suas próprias crianças.

— Isso não vai acontecer.

— Disse o macho que está obcecado por uma fêmea. – Fury sacudiu a cabeça.

— Eu não estou.

— Justice vem vindo. – Fury bufou.

— Assim como Jessie. – Darkness virou a cabeça, sua audição pegando os passos ligeiros.

— Aqui vamos nós. – Fury murmurou. – Espero que ele não esteja chateado.

— Por que eu estaria? – Justice entrou na sala de jantar, segurando a mão de Jessie. – O que vocês dois estão aprontando agora? Eu não vejo nenhum joguinho de socos.

 

— Então você tem isso. – Kat anunciou. – Ele é totalmente errado para mim em cada sentido.

Missy passou manteiga nas torradas e deixou cair cada pedaço no prato. Ela se virou, colocando o prato na mesa de jantar delas.

— Você teria problemas com qualquer cara normal de qualquer jeito. Posso ver porque você ficou atraída por um NE.

— Não vejo isso.

— Coma o café da manhã. – Missy se sentou.

— Você está mandona hoje.

— Estou mal-humorada. Não dormimos o suficiente ontem à noite e estou com um pouco de ciúmes. Os únicos caras que estão interessados em mim são arrepiantes. Eles descobrem o que faço para viver e instantaneamente assumem que sou um tipo de estrela pornô ou amiga para sexo. A única ação que vejo é a que minha imaginação me traz.

— Ouviu a parte onde mencionei que ele nunca mais vai me ver novamente? Ele era um maluco controlador também.

— Você intimida os homens, então precisa de um cara forte que tome o controle.

— Ele está acima da média. – Kat ergueu sua torrada e a mordeu, ela mastigou e suspirou.

— Disse á mulher que fez seu último namorado chorar.

— Ele não era um covarde, ele colocou o pé para baixo, eventualmente.

— Ele se ergueu sobre você até que você disse a ele que enfiasse isso na bunda se ele pensava que você ia se demitir do trabalho para fazê-lo feliz. Então vieram as lágrimas e milhões de flores que ele enviou. Eu fui á única que tive que assinar por elas e ler os cartões para você, desde que você estava muito ocupada com o trabalho para dirigir para casa. Preciso te lembrar a coisa toda? Acho que não.

— Nós continuamos a ter os mesmos problemas. Eu fiz a ele um favor não ligando de volta, ele era muito carente.

— Você andou em cima dele, vamos apenas direto ao assunto.

— Jason era um ótimo cara.

— Ele era, ele era muito legal, entretanto. Você precisa de alguém mais durão que você e esses homens são difíceis de encontrar. Você não é pessoa mais fácil de se aproximar, precisa de um homem que não vai permitir que você o mantenha emocionalmente distante.

— Bom, Darkness sabe tudo sobre construir paredes e manter as pessoas fora. Eu poderia pegar lições com ele.

— Exatamente. Ele te fez sentir quando você não queria, é isso que você precisa. Ambos têm a cabeça dura e são teimosos. Isso soa como uma perfeita combinação para mim.

— Não quero mais falar sobre isso, eu disse mais do que o suficiente na noite passada.

— Cala a boca.

— Você está no estágio da raiva ainda? – Missy jogou um pedaço da crosta em Kat. – Nós realmente precisamos fazer algo sobre essa cozinha e não vou fazer isso sozinha. Como você se sente sobre quebrar os armários?

— Não estou com humor.

— Você teria que explodir alguma merda.

— Então nós teríamos que colocar novos.

— Certo. – Missy assentiu.

— Deveríamos apenas contratar alguém.

— Você pode pagar por isso, mas eu não posso. Cinquenta a cinquenta, lembra? Eu sinto muito. Estou esperando que essa nova série em que estou trabalhando vá para a lista de best-seller, esse fogão é uma das coisas que mais precisamos trocar. Estou cansada de ter que acender as bocas.

— Você vai chegar lá.

— Eu sou uma pobre artista, mas pelo menos posso pagar minhas contas. Por que me demiti do meu emprego durante o dia novamente?

— Porque nós duas temos fé que você é uma excelente escritora. Dê mais tempos para isso.

— Deveria ligar para Homeland e conversar com esse Darkness. – Missy limpou a boca com um guardanapo. – Você parece miserável e apenas saiu de lá ontem. Apenas admita que você tem essa coisa má por ele.

— Era apenas um sexo ótimo.

— Certo. – Missy rolou os olhos. – Porque você nunca foi exposta a caras quentes antes no seu trabalho e você apenas arriscou sua bunda por todos eles. – Ela se levantou. – Minta para você mesma, mas não se esqueça com quem está falando. Eu vejo através de toda sua besteira.

— Eu apenas o conheci por pouco tempo.

Missy ergueu o prato, girou e o colocou no balcão.

— Algumas vezes você apenas sabe quando isso é certo, acredito nisso. Inferno, eu faço livros sobre isso. Escrevo do meu coração e tenho esperanças de que vou encontrar algum cara que me faça sentir. O amor é bagunçado e assustador, Kat. Não será alguém que é seu tipo ou alguém de quem você pode se afastar, você estaria miserável em um ano. Já vi isso acontecer antes. Essa é a primeira vez que você conhece um cara que não pode controlar, que não se curva a sua força, e ele te fez

correr riscos que você nunca pensou que iria. Use essa sua inteligência e descubra isso rápido porque, vamos combinar, você entendeu isso errado. Esse é o cara, vá atrás dele.

— Não, ele não me quer. Ele deixou isso claro.

— Você não quer ele também, de acordo com você. Você dois estão cheios de bobagens. Essa é a primeira vez que te vejo perdida, Kat. É por uma razão. Você realmente sente algo por ele e isso te assusta pra caramba, você está realmente precisando de um soco. Essa sou eu te dando isso. POW! – Missy sorriu. – Saco entregue.

— Você gasta muito tempo com seus personagens fictícios.

— Pensa que eu realmente iria te socar? Dá um tempo. Você ia chutar minha bunda.

— Eu nunca iria te bater.

— Isso é porque você sabe que não posso lutar e não seria divertido bater em alguém que apenas cairia e gritaria. Pare de ser tão covarde e ligue para Darkness. Você estaria em cima de mim se eu ficasse assim por um cara, mas é muito medrosa para dar uma chance a isso.

— Ele não quer um relacionamento.

— Qual é o seu lema? Ah sim. Merda acontece, lide com isso. Nenhum de vocês estava procurando por alguém, mas ele te pegou. Você disse que ele evitou todas as mulheres e não teve sexo por muito tempo. Ele quebrou a vida celibatária dele por você.

— Celibatária?

— Ele é religioso? – Missy assentiu.

— Acho que não.

— Exatamente. Ele não pode resistir a você. Se ele é frio e controlador como você disse, isso é grande. Você é um robô com seu trabalho e você quebrou as regras. Grande, enorme. – Missy se afastou do balcão. – Pare de ser uma idiota e vá atrás dele. Vocês dois parecem ser perfeitos um para o outro.

— Vou pensar nisso.

— Faça isso, eu vou escrever. Dê um grito se decidir quebrar as coisas, tenho minha próprias frustrações para lidar.

— Você está bem? – Kat se virou na cadeira, estudando sua amiga.

— Não acabe com o que poderia ser uma coisa boa. – Missy parou na porta. – Eu mataria para conhecer um cara que balançasse meu mundo e me fizesse sentir do jeito que acho que você está se sentindo. Tenho que viver outras pessoas vivendo através do meus livros e pela janela. Um de nós merece a felicidade, vá com tudo atrás daquele cara. A vida é muito curta e arrependimento é a pior coisa para se viver.

— Você está pensando em Chris.

— Sim, eu sempre penso. – Missy se despedaçou. – Tive minha chance, mas perdi. Ele não teria se mudado para Nova York se eu não estivesse tão focada em terminar a faculdade antes de me casar. O que eu faço com meu arrependimento? Nada. Ele e a esposa apenas tiveram o quarto bebê deles.

— Como você sabe?

— Procurei ele na internet, você deveria ver as belas fotos de família. Eles parecem realmente felizes. Poderia ser eu com meu braço ao redor dele. Eu tenho um gato e um cachorro, ao invés disso.

— Você tem eu também.

— Eu sei, mas apesar do que o babaca do seu chefe pensa, eu não faço isso com você. – Missy sorriu, mas seu humor murchou. – Minha vida sexual envolve um vibrador. Eu sei que namorados operados por bateria não deixam as roupas no chão ou roncam durante o sono, mas eu lidaria com todos os defeitos que viriam com uma pessoa real a qualquer dia da semana ao invés de ser tão solitária. Você não pode resolver isso para mim.

— Eu entendo.

— Sei que você entende. Então, vá atrás daquele cara, Kat. Fique confusa e com medo de quebrar o coração, pelo menos tente. Eu iria.

— Não posso exatamente aparecer nos portões de Homeland e eu não seria autorizada a voltar. Ele deixou isso claro.

— Ligue e o atormente. Não deixe que ele te jogue para debaixo do tapete. Infernize ele.

— Vou pensar nisso.

— Você vai fazer isso. – Missy saiu, caminhando pelo corredor para o escritório.

— Droga. – Kat fechou os olhos e suspirou, ela sentia falta de Darkness, mas seu orgulho ia ser golpeado se ela tentasse ligar para ele.

 

Justice olhou para Darkness depois da sua mesa enquanto desligava o telefone, ele ergueu o papel onde tinha escrito e o passou.

— Essa é a lista de todos os nomes que o pai de Jessie pôde conseguir, ele cobrou um monte de favores. Ele pode mandar o endereço se você puder identifica-la pelo nome. Ele não foi capaz de conseguir idades ou descrições, mas pode pegar um ou dois arquivos sem erguer a bandeira vermelha. Aqui estão todos que Mason poderiam mandar.

Darkness aceitou a lista e leu cada nome, um o fez pausar. Os outros nomes não se aproximaram, ele releu o nono nome novamente.

— Essa tem que ser ela. Katrina Perkins.

— Tem certeza?

— Ela disse que todo mundo realmente a chamava de Kat, com K. – Darkness olhou para cima. – Katrina pode ser diminuída para Kat e ela usou o nome Kathryn Decker para entrar em Homeland. Eles não tentam manter os primeiros nomes perto do real quando estão disfarçados? Foi isso o que Tim me contou. Eles usam nomes similares porque isso chama sua atenção mais fácil quando é falado.

— Concordo. – Justice pegou o celular e escreveu na tela. – Isso pode levar alguns minutos.

— Quero enviar quatro times para busca-la.

— Por que você quer essa fêmea trazida até aqui? – Justice abaixou o telefone. – Você foi o único que discutiu que deveríamos deixa-la ir em primeiro lugar.

— Todas as informações que recebemos de Robert Mason me alarmaram. Ele foi transferido sete vezes em quatro anos, ele continuou pedindo esse posto. Acredito que foi por uma razão, você leu o arquivo. Ele não pediu para ser realocado em outro lugar, é possível que ele esteja trabalhando com Boris. Eles iriam ser capazes de ter contato cara a cara para evitar deixar qualquer traço dos encontros.

— Não há nenhum registro bancário para mostrar nenhuma conexão entre Mason e os pagamentos que fizemos para a conta falsa que Boris criou. Bom parece estar limpo.

— Não deveria haver. Mason é um homem esperto que pega os erros dos outros para viver. Ele enviou agentes atrás de companheira de True e então mandou Kat.

— Continuamos não tendo certeza disso.

— Eu sei. – Darkness fechou a boca.

— Você assume que ele quer informações de Jerry Boris. Eu concordo, eles estão ligados pelo casamento de Boris com a irmã dele.

— Ele tem que saber que estamos correndo a ficha dele agora, não quero que ele vá atrás de Kat em uma tentativa de silenciá-la. Boris tentou isso com Jeanie, Mason poderia fazer o mesmo com Kat. Eles parecem ser homens que não ligam em ir atrás de mulheres e permitir que elas os derrubem pelos seus crimes.

— Você quer trazê-la para interrogatório?

— Ela poderia ter respostas que precisamos. – Aquele não era o plano de Darkness, mas ele apenas ergueu uma sobrancelha.

— Eu compreendo. Vamos esperar pelo arquivo dela para ter certeza que ela é á pessoa certa. A última coisa que precisamos é trazer a pessoa errada.

— Vamos pedir que as equipes se preparem.

— Duas deveriam fazer isso.

— Quero quatro.

— Acha que essa fêmea é perigosa? – Justice pestanejou.

— Acredito que Mason é, ele tem agentes a sua disposição. Ele poderia ordenar que ela fosse presa ou enviá-la para algum lugar. Pode também contratar alguém para pegá-la.

— Isso é possível se ele realmente está trabalhando com Jerry Boris, realmente odeio esse homem. Você não foi capaz de confirmar a associação deles além dos laços familiares enquanto esteve no Centro Médico?

— Ele mostrou sinais de alto estresse, eu não queria mata-lo. Você pediu que eu tentasse mantê-lo vivo.

— Li os relatórios médicos atualizados. Você quebrou dois dedos dele e infligiu cortes.

— Apenas alguns poucos.

— Deveria ter o médico presente se queria questioná-lo mais. – Justice se recostou na cadeira e suspirou fortemente.

— Já está feito. – Darkness não iria se desculpar.

Justice o olhou sem piscar, Darkness não piscou também.

— Fury se sente culpado. Está ciente disso, não está?

— O macho não tem razão para tal. Por que vocÇe está trazendo isso?

— Ele te levou até Boris, tive a sensação que você usou essa culpa para leva-lo a concordar. Você tem um problema com isso.

— Eu não uso emoções para forçar o macho a fazer alguma coisa. – Darkness se ergueu. – Eu disse o porquê queria falar com Boris e ele concordou.

— Fury tem um ponto fraco no que diz respeito a você. – Justice se ergueu. – Nós dois estamos cientes disso, mesmo que ele não esteja. Família é muito importante, especialmente quando o compartilhamento de sangue está envolvido, isto é raro. Não use Fury novamente.

Darkness cerrou os dentes.

— Responda as perguntas que ele tem, Darkness. Você deve isso a ele.

— Planejo isso.

— Bom. – Justice se sentou. – Faça isso agora enquanto esperamos que o arquivo chegue. Vou te contatar tão logo isso chegue e tenha Tim liderando as quatro equipes.

— Não quero Tim lá.

— Trey pode assumir a liderança então.

— Eu vou liderar.

— Você não gosta de deixar a ONE. – Justice pareceu incapaz de esconder a surpresa.

— Vou fazer uma exceção, peço para ser colocado no comando da recuperação de Kat.

— Estou vendo, tudo bem. Tenho chamadas para fazer. – Um olhar calculado entrou na expressão do outro macho.

Darkness saiu do escritório de Justice, mas não deixou o prédio, tinha que alcançar Fury. O macho estava no telefone quando ele abriu a porta, mas acenou para que Darkness se sentasse. Ele desligou um minuto depois.

— O que Justice disse?

— Estou surpreso que ele não te ligou tão logo eu o deixei.

— Já tínhamos conversado. Você encontrou o verdadeiro nome da fêmea?

— Acredito que sim, Justice está vendo com o senador o arquivo dela para ter certeza. Ele concordou que eu possa ter quatro equipes para pegá-la. Estamos apenas esperando a confirmação do nome e rosto bater.

— Fico feliz, ela estará mais seguro aqui em Homeland.

Darkness hesitou, as memórias passando em sua mente – as ruins.

— O nome dela era Galina. Ela era uma fêmea atrativa próxima aos seus trinta anos.

— Esse é o nome real de Kat? – Fury pestanejou.

— Não. – Darkness exalou. – Ela era a fêmea contratada para entrar no acampamento onde meus irmãos. – Ele pausou. – Nossos irmãos foram levados depois que nos transportaram das Indústrias Mercile.

— Continue. – Fury engoliu com força, os músculos em sua garganta funcionando.

— Ela era alta, loira com bonitos olhos verde claros. Eu não sei se esse era o verdadeiro nome dela, mas ela estava tão assustada. Eu podia cheirar o medo dela. Eles a trouxeram para onde eu estava preso nas algemas, os guardas as removeram e um deles colocou a arma, apontando para a cabeça dela. Ele disse para ela fazer o trabalho dela ou ele atiraria nela. Eles a deixaram lá comigo. Eu não sabia o que pensar.

— Ela era uma prisioneira?

— Acreditei que sim. Ela caiu de joelhos e implorou para que eu não a matasse, eu não estava preso. Todos nós tínhamos colares explosivos ao redor do pescoço, eles jogaram um fora do acampamento quando chegamos pela primeira vez para nos mostrar o que aconteceria se deixássemos o perímetro. Explodiria enquanto passasse pela área marcada. Eles usaram um segundo colar ao redor de um cachorro para nos mostrar que poderiam detonar se o homem no comando tocasse um botão, o cachorro era pequeno e não sobrou muito. Nenhuma fechadura era necessária, sabíamos que escapar seria impossível. Elas eram codificadas a cada seis horas e sem a senha elas se auto detonavam, então pegar nossos captores não era uma possibilidade. O macho no comando do código não estava em nosso acampamento, mas o vídeo monitorava toda a área.

— É muito difícil para você contar isso? Realmente iria gostar de ouvir, mas não quero que você sofra. – Fury o olhou sombriamente.

— A fêmea foi contratada para ter sexo comigo. – Darkness sacudiu a cabeça. – Eu não queria tocar nela, mas ela começou a chorar, me dizendo que eles iriam matar ela e a família se ela não fizesse seu trabalho. Rejeição significava a morte. Ela jurou que tinha duas crianças pequenas sendo presas e que nos anos mais jovens ela tinha compartilhado sexo com humanos em troca de dinheiro. Foi por isso que ela foi sequestrada e levada para o acampamento.

Fury assentiu, mas não comentou.

— Isso me fez um pouco inclinado a tocá-la, sabendo que era forçada, mas eu senti pena dela. Ela implorou a remover as roupas, contando-me sobre seus pequenos. Eles eram bebês, de acordo com ela. Os dois estavam começando a engatinhar. Eu não a ataquei, apenas fiquei lá quando ela começou a me tocar. Eu não tinha tido uma fêmea em quase um ano, ela abaixou minha calça e respondi ao toque dela. Foi a primeira vez que uma fêmea colocou a boca no meu pênis.

— Entendido. – Fury se mexeu na cadeira. – Isso é algo que eu não poderia ignorar.

Isso não fez Darkness se sentir nem um pouco menos culpado.

— Eu não resisti quando ela foi trazida a mim a cada poucos dias. Eles já tinham me ensinado como infligir dor, ela estava lá para me ensinar a seduzir fêmeas para pegar informações. Isso e, segundo ela, me ajudar a manter meus níveis de agressividade mais baixos desde que eu era o macho mais dominante. Nossos irmãos recebiam ordens minhas.

Fury abriu a boca como seu quisesse fazer uma pergunta, mas reconsiderou e a fechou.

— Eles pareciam conosco. Nós éramos similares, mas eu era o mais alto e mais agressivo. Eles nos forçavam a treinar juntos e lutar. Meus reflexos eram mais rápidos e eu pegava as habilidades de lutas mais facilmente. Nenhum dos humanos iria se atrever a disputar comigo. Eles tinham medo que eu os matasse.

— Ela estava compartilhando sexo com nossos irmãos também?

— Eles trouxeram outras fêmeas, nunca as mesmas duas vezes e com menos frequência. Galina foi atribuída somente a mim, acredito que eles queriam formar um laço. – Ele pausou. – Funcionou.

— Isso seria natural.

Darkness desejou que fosse tão fácil.

— Nós começamos a planejar como resgatar os pequeninos dela e libertar meus irmãos do acampamento. Eles a levaram para o acampamento secundário onde o macho no comando nos monitorando era mantido. Ela me contou sobre a tenda e as muitas telas que tinha visto, os guardas eram negligentes com ela desde que ela era uma mulher. Comecei a ensinar a ela como lutar, eles não tinham câmeras dentro da tenda onde eu era mantido. Eu estava desesperado para salvar os pequenos dela do mesmo jeito que ela parecia estar. Era o plano dela, sua insistência de que poderíamos fazer isso.

— Isso ficou ruim. – Fury veio para frente.

— Pior. – Darkness quebrou o contato visual e olhou para as mãos, descansando no colo. Dor apertou seu peito, mas ele permaneceu firme, encarando o olhar curioso do macho. – Os humanos no comando estavam nos forçando a mantar outros humanos. Eles não eram soldados americanos, mas ameaças para eles, estavam tomando um pedágio de todos nós. Foram nos atribuído números, um para quatro. Eu era o número Um. Em Mercile nós sonhávamos em matar nossos captores e os que nos machucavam, mas era diferente lá fora. Aqueles eram estranhos. Não sabíamos qual eram os crimes deles ou porque estávamos sendo forçados a mata-los. Foram nos dadas ordens, um tempo de missão, e os colares iriam explodir se não retornássemos ao acampamento. Eles iriam mandar humanos conosco que poderiam ativar os colares para ter certeza que não iriamos nos desviar da missão.

— Isso deve ter sido infernal. – As mãos de Fury se fecharam e ele as escondeu.

— Foi. Estava nos rasgando por dentro. Quatro era mais sensível que os outros, ele hesitava durante a matança. Tentamos cobri-lo e o manter junto. Ele cresceu mentalmente instável, mas éramos capazes de esconder isso dos humanos. Dois tinha problemas com raiva, ele gostava de matar um pouco demais. Ele via os humanos como inimigos, tentamos esconder o defeito dele. Três era como você, Fury. – Darkness sorriu, uma memória apreciativa surgindo. – Você me lembra ele.

— Como?

— Ele era muito razoável, mas o único para assistir de perto quando estava com raiva. Ele iria pensar sobre isso antes de agir. – Darkness gargalhou. – Ele se ergueu para mim e fez isso de um jeito que admirei, muito esperto e eu sempre o tinha minhas costas. Éramos os mais próximos. Nós conversávamos muitos e ajudamos os outros dois, trabalhando como um time para proteger as fraquezas deles. Ele podia me fazer sorrir, ele tinha um ótimo senso de humor. – Darkness se ergueu e caminhou para a pequena geladeira. – Posso?

— Fique à vontade.

Darkness removeu um refrigerante e o abriu, tomando um gole. Ele não poderia se sentar e começou a andar ao invés disso, evitando o olhar de Fury. Darkness não sabia como contar a ele o final. A cadeira do macho se arrastou e Fury se moveu para frente dele.

— Apenas fale comigo, quero ouvir tudo.

— Eu não acho que você vai querer um laço comigo depois que ouvir. – Darkness abaixou a lata.

— Tente.

— Acreditei em Galina, me abri e conversei com ela. Ela disse que me amava e me senti muito ligado a ela. Compartilhei meus medos. Nós estávamos esperando por um humano chamado Darwin Havings para leva-la do acampamento. Ele tinha muitos guardas com ele e a segurança iria abrandar quando ele fosse embora. Isso poderia dar a ela uma chance real de alcançar o macho monitorando nosso acampamento, o forçar a dar os códigos para destravar nossos colares, e então poderíamos deixar nosso acampamento para alcançar o dela. Ela me deu as direções detalhadas de como alcançá-la, era apenas poucos milhas a frente. Planejávamos roubar os veículos deles para o local dela. Ela disse que podia dirigir e que tinha amigos que poderiam nos esconder. Trabalharíamos no resto depois.

Fury se manteve perto, olhando para Darkness.

— Havings ia embora em quatro dias. Esse foi o tempo que planejamos escapar. Ela foi capaz de ter o tempo exato, dizendo que tinha ouvido de um dos guardas pessoais dele fazendo o esquema. Todos nós estávamos excitados. Não tínhamos ideia do que nos esperava no mundo lá fora, mas estávamos prontos para descobrir. Isso seria melhor do que retornar a Mercile ou ficar ali, forçados a matar por eles. Ela deixou minha cama para retornar para o acampamento dela e uma ordem veio para sairmos naquela noite para atacar outro grupo de humanos. Ninguém era para ser deixado vivo.

— Isso foi ruim. – Fury adivinhou.

— Não havia homens lá. – Darkness cerrou os dentes e puxou uma respiração calmante. – Eram todos mulheres e crianças.

— Era matar ou morrer. – Fury vacilou um pouco em seus pés.

— Aquelas fêmeas e crianças gritaram quando entramos no acampamento delas, se cobrindo e chorando. Nós as assustamos. Elas não estavam armadas e as poucas armas

que tinham no acampamento, elas nem foram para isso tentando defender a si próprias. Eles estavam muito assustadas e chocadas por nos ver. Isso seria uma chacina. Nos recusamos e saímos, os humanos na cena nos ordenaram a virar e voltar. Ignoramos eles.

Fury não escondeu o olhar de alívio e Darkness não o culpou por sentir aquela emoção. Horror se mostrou nas feições de Fury depois.

— Eles mataram nossos irmãos como punição.

Darkness poderia apenas ter assentido, era o caminho mais fácil. Isso deixaria o macho em paz em pensar que eles tinham morrido por uma boa razão.

— Eu queria que fosse tão simples. – Ele respirou profundamente. – Sente-se. – Darkness seguiu seu próprio conselho e retornou para o assento do outro lado da mesa.

— Conte-me o resto. – Fury se sentou.

— Nós retornamos para o acampamento e o humano no comando estava furioso. Ele era alguém que eu teria alegremente matado com minhas próprias mãos. Eles nos ordenou voltar, mas nos recusamos. Permanecemos de pé na formação que tinham nos dito, cinco metros um do outro em uma linha. O humano ordenou ao cara com os dispositivos controlando nossos colares para ir para frente e tomou posse disso. Ele disse que iria ativar os colares se não matássemos. Permanecemos lá. Quatro morreu instantaneamente.

Fury empalideceu, mas assentiu. Ele não disse nada.

— Três sabia o que ia acontecer, ele nem tentou correr. Não havia lugar para ir. Ele não poderia atacar com sucesso e doze guardas tinham as armas prontas para abrir fogo se ele se movesse. Ele foi o próximo a morrer.

— Você pode parar. Isso é muito difícil para você, eu entendo.

Um pedaço de emoção quase chocou Darkness.

— Você não entende. Dois não morreu daquele jeito, eu o matei.

— Por quê? – Fury ficou mais pálido.

— Dois rugiu de raiva e disse ao humano que retornaria para o acampamento e o rasgaria, ele precisava de um alvo para sua raiva. Eu podia ver isso nos olhos dele. Ver nossos irmãos morrer roubou o resto da sanidade que ele tinha, ele não era mais o macho que eu conhecia. O humano no comando sorriu, dizendo que sabia que tínhamos um ponto de quebra. Eles nos ordenou a voltar para o acampamento e mantar as

mulheres e crianças. Eu podia ver que Dois queria derramar sangue. Eu reagi tão logo o humano no comando virou as costas para falar com os outros sob seu comando, parabenizando-os pelo sucesso deles. Eu ataquei Dois e quebrei o colar dele.

Fury fechou os olhos e Darkness olhou para longe. Não poderia culpar o macho por não ser mais capaz de olhar para ele. Darkness baixou a cabeça e olhou para as mãos – as mesmas que tinham matado seu irmão.

— Darkness, olha pra mim.

Ele forçou a cabeça para cima e segurou o olhar do macho, lágrimas brilhavam nos olhos de Fury, mas não vislumbrou ódio lá.

— Eu sinto muito. – Fury murmurou.

— Eu também.

— Eu teria feito o mesmo. Você não poderia permitir que ele se vingasse naqueles inocentes.

— Há mais a dizer, não sinta compaixão por mim ainda.

— Nada pode ser pior.

— O humano no comando ficou colérico e começou a praguejar. Eu retornei para meu lugar na linha, pensei que ele iria detonar meu colar ou ordenar aos guardas para abrir fogo. Eu estava preparado para morrer, tinha perdido meus irmãos e a dor era profunda. Eu nunca tinha sentido tanta dor antes.

— Eu senti isso com você.

— Eles me levaram de volta para a tenda. – Darkness segurou o olhar de Fury. – Eu não entendi o porquê deles me permitirem viver até uma hora e meia depois. O humano no comando entrou com seis guardas e Galina. Eu a vi e sabia que era uma punição, eles planejavam matá-la na minha frente para me fazer sofre mais.

— Porra. – Fury se aproximou e usou os dedos e polegares para afastar as lágrimas que ameaçavam cair.

— Eu me desculpei com ela. Ela ia morrer por causa das minhas ações, pensei que se eu atacasse eles iriam me matar e ela talvez vivesse. Fiquei tenso, preparado para fazer isso.

— Eles provavelmente iriam matá-la de qualquer modo. – Fury sugou uma respiração.

— Ela riu, Fury. Ela me disse que eu deveria me desculpar por todas as vezes que ela teve que fingir gostar do meu toque quando eu a revoltava. De primeira, pensei que ela estava apenas dizendo as palavras para nos dar mais tempo, mas ela prosseguiu. Ela tinha mentido para mim, tudo foi uma mentira. Ela trabalhou para eles por dinheiro. Ela tinha tido bebês, mas me assegurou que tinha dado todos ao nascer desde que não era do tipo maternal. Eu permaneci lá, chocado enquanto ela me censurou por ser estúpido e como ela compartilhava tudo o que eu dizia com Darwin Havings. Ele sabia que nós tínhamos fraquezas e ela foi trazida para ganhar minha confiança e descobri-las. Eles nos mandaram para o acampamento sabendo que tinha apenas mulheres e crianças para ver se tínhamos nos tornado as armas que eles queriam que fôssemos. Nós falhamos.

Fury rosnou.

— Tinham dito a ela que o teste estava acabado, o programa fechado e que eles iam me matar. – Darkness olhou para as mãos. – Darwin Havings tinha prometido que ela poderia me ver morrer e ela tinha vindo ver isso. Ela contou seu desapontamento por não ver meus irmãos morrerem. – Darkness olhou para cima. – Darwin Havings entrou na tenda e contou a ela que ela estava demitida. Eles não ia permitir que ela vendesse informações sobre o que tinha feito parte e que ele nunca iria acreditar que ela manteria sua palavra. Ele olhou para mim e disse que ela era a única mulher que eu não iria ligar em matar. Eles a deixaram sozinha comigo.

— Você a matou. – O tom de Fury se suavizou.

— Matei. – Darkness não piscou. – Ela pegou uma faca e veio para mim, eu poderia tê-la desarmado sem morrer. Eu não fiz isso. Ela tentou me esfaquear no coração, mas eu fui mais rápido. Foram apenas alguns segundos. Eles nos treinaram para matar com eficiência. Eu fiz isso sem dor e rápido.

— Ela merecia sofrer. – Fury sussurrou.

— Eu me importava com ela, entretanto. – Darkness assentiu em concordância. – Mesmo depois de saber o que ela tinha feito. Eu tinha confiado nela, tinha cometido o erro fatal. Isso custou a vida dos meus irmãos. – Darkness ficou de pés. – Eu sinto muito. – Ele girou, indo para a porta.

Darkness tentou abri-la, mas a mão de Fury se encontrou pressionada contra ela. Ele se virou e olhou nos olhos dele, o macho parado poucos passos dele.

— Você quer lutar? Eu não vou bater de volta. Eu mereço uma surra pelo menos.

Fury o surpreendeu quando o macho o agarrou e puxou contra o corpo, Darkness pensou que talvez ele fosse para sua garganta, mas o macho apenas manteve os braços

ao redor dele. Parecia que ele o estava abraçando. Darkness hesitante ergueu as mãos, mas não sabia o que fazer ou onde coloca-las. Machos não abraçavam outros machos, pelo menos o que ele sabia.

— Você é meu irmão. – Fury afirmou. – Eu não quero te bater e não quero te causar mais dor. Você carregou esse fardo por muito tempo, não mais. Deixe ir.

— Eu não posso. – Darkness relaxou.

— Queria estar lá com você.

— Estou feliz que você não estava.

— Me abraça de volta.

Darkness continuou a hesitar. Fury vagarosamente o soltou e deu um passo atrás.

— Você não pode me fazer te odiar e tenho certeza como o inferno de que não vou usar o que aconteceu contra você. Confiar em alguém não é um crime, a culpa foi da mulher. Você foi um macho melhor do que eu porque eu iria fazê-la sofrer. Você entende?

— Você não iria machucar uma fêmea.

— Eu teria nesse caso. – Fury veio para perto, olhando profundamente nos olhos de Darkness. – Você foi mais gentil do que eu seria. Não tem ideia dos pensamentos assassinos em minha mente quando Ellie passou aquele sangue do kit dela em minhas mãos enquanto eu estava deitado lá, indefeso naquele chão. Foi uma coisa boa que eu estava paralisado. Eu disse a você que a sequestrei para machuca-la. Eu não estava pronto para matar naquele ponto, mas a vingança seria um inferno se minha atração por ela não tivesse prevenido isso. Galina teve nossos irmãos mortos para um teste estupido e dinheiro. – A respiração de Fury acelerou. – Você foi mais misericordioso, Darkness. Acredite em mim.

— Eu até mesmo falhei com você nisso. Deveria ter tido uma vingança mais cruel por nossos irmãos.

— Nunca mais diga isso novamente. – Fury segurou os braços de Darkness. – Estou apenas dizendo que você acha que deveria ser punido por suas ações, mas não vejo desse modo. Você nunca os deixou ou me deixou cair. Fez seu melhor para mantê-los vivos e sobreviveu. A morte deles foi com aqueles humanos. Não havia como todos vocês saírem de lá vivos pelo que você me disse, o teste estava condenado ao fracasso se eles acreditavam que suas habilidades poderiam ser quebradas em um ponto sem volta.

— Eu não acho que eu deveria ser punido, mas não há lugar para perdão ou redenção também. Partes de mim morreram com nossos irmãos e com aquela mulher.

— Você salvou vidas, Darkness. Foque-se nisso. Você apenas nos ajudou a localizar a Presente, nós a resgatamos hoje.

— A condição dela? – Ele não tinha ouvido as notícias.

— Ela está surpreendentemente bem. – Fury fez uma careta. – Os humanos parecia trata-la como se ela fosse um bichinho de estimação.

— Sem abuso sexual?

— Não que tenhamos sido alertado, mas os relatórios continuam chegando. Não gostamos de ir com toda força com essas questões quando elas chegam. Os médicos fizeram um check-up, no entanto, e ela é muito saudável. Não há sinais exteriores de abuso ou cicatrizes para indicar nada severo no passado.

— Bom.

— Há apenas um problema que não esperávamos.

— E qual é?

— Ela não ficou satisfeita em ver outro Espécie. – Fury hesitou. – Há algum trauma no passado dela envolvendo um macho. Não temos detalhes ainda, mas vamos apenas dizer que Jaded a chateou. Ela olhou para ele e ficou aterrorizada.

— Isso não é bom.

— Não. Um humano foi atribuído para ficar com ela. Foi o pedido dela.

— Trisha?

— Foi um dos membros da força-tarefa. – Fury hesitou?

— Não gosto disso.

— Nem nós, mas queremos que ela permaneça calma enquanto a trazemos para Homeland. Precisamos ganhar a confiança dela. Ela se sente mais segura na presença dele e essa é a parte importante.

— Onde estão os humanos que a mantiveram presa?

— Nada ainda, eles estavam fora do pais. Temos humanos que foram atribuídos para guardá-la e mantê-la prisioneira.

— Você quer que eu os questione?

— Isso está sendo cuidado. Quero que você dê a si mesmo uma pausa, Darkness. Deixe o passado para trás e tenha um futuro.

Ele não tinha palavras.

— Kat não é Galina.

— Ela veio para cá sob falsos pretextos.

— Elas não são iguais. Kat deixou aquela nota e deu a dica da conexão entre Boris e Mason. Tenho certeza que não queriam que ela fizesse isso.

— Isso poderia ser uma forma de ganhar minha confiança.

— Ou ela poderia ter escolhido dar a lealdade dela a você, ao invés disso.

— Nenhuma fêmea iria fazer isso.

— Nem todas as fêmeas são sem coração. – Fury sorriu afetuosamente. – Ellie é um bom exemplo.

— Ela é especial.

— Talvez sua Kat seja também.

— Ela. Não. É. Minha.

— Você se importa com ela, mesmo que admita isso ou não. – Fury deixou cair as mãos. – Você a quer protegida, ela é uma agente treinada. Ela poderia proteger a si mesma se estivesse em perigo, mas você não vai dar uma chance. Você a quer onde possa ter certeza que nenhum mal venha para ela. Acho que parte de você quer vê-la novamente.

— Mason poderia ordenar que ela seja morta, para proteger a própria bunda. Ele a mandou aqui atrás de Boris, isso teria que ter quebrado algumas leis. Ela poderia testemunhar contra ele.

— Verdade. – Fury assentiu e se moveu para longe da porta.

— Vou para casa e me banhar enquanto espero o arquivo chegar. – Darkness abriu a porta. – Estou liderando as equipes para trazer Kat para cá tão logo termos confirmação da identidade dela.

— Irmão?

— O quê? – Darkness vagarosamente se virou.

— Há muito que não sabemos sobre o outro, mas planejo que isso mude. Você não vai mais me manter a distância. Isso está claro?

— É melhor desse jeito.

— Não vai acontecer. Ellie e eu vamos te convidar para o jantar em breve. Vamos continuar perguntando até que você aceite. – Os cantos da boca de Fury se ergueram um pouco. – Eu posso ser muito irritante.

Darkness sufocou um rosnado. Isso soou mais como uma ameaça do que um convite.

— Te conheço bem o suficiente para dizer que você está vomitando bobagens sobre não ter uma ligação com Kat. Negar é perda de tempo, mas o arrependimento nunca desaparece. Você tem uma segunda chance quando ela retornar para Homeland.

— Eu não vou gastar tempo com ela, planejo apenas trazer ela a salvo. – Darkness deixou o escritório.

— Nunca te marquei por estar sendo um idiota. – Fury gritou.

Darkness hesitou e virou, olhando para o macho.

— Você me ouviu, ela pode ser sua única porção de felicidade. Seja um macho esperto e reconheça essa possibilidade.

Darkness girou antes que pudesse dizer algo que ia lamentar. Fury não entendia. Ele tinha boas intenções, mas Darkness nunca seria o tipo de Espécie para pegar uma companheira. Ele não era ajustado para uma fêmea. Ele não tinha coração, isso tinha sido destruído há muito tempo.

 

— Kat!

Ela se sentou, o tom alarmado de Missy a acordando instantaneamente. Kat agarrou a mesa de cabeceira, segurando a gaveta e puxou aberta, ela procurou a arma e a agarrou.

— SUV3s pretas apenas bloquearam as duas saídas da rua. – Missy abaixou a voz. – Eu tinha pessoas vendo fora da janela e os vi. Eu estava brincando sobre a droga dos cookies.

3 SUV (Sport Utility Vehicle) – Veículo Utilitário Esportivo. São veículos semelhantes às camionetes, mas equipados com tração nas quatro rodas para andar por todos os tipos de terreno. O mais utilizado por forças militares é o Hummer. Os mais comuns são o Renault Duster e Ford EcoSport, além de outros do Jeep.

— Eles não seriam da SWAT, eles usam vans. – Kat chutou os cobertores e rolou para fora da cama. – Você disse pretas?

— Sim. Sem luzes ou nada assim. Ele estão apenas sentados lá e ninguém saiu.

— Acha que eles te viram? – Kat pegou a forma de sua amiga próxima ao corredor.

— Não, eu estava tentando limpar a mente antes de ir pra cama e ver as vezes aquele cara bonitão na rua correr em horários estranhos. Então eu vi ele se deter, sai da cama para ver melhor. Lá estavam dois em cada final da rua, estacionado lado a lado, bloqueando a estrada. Acha que eles estão vindo te prender? Eles são outros agentes, certo?

— Quero que você vá para o sótão e se esconda. – Kat se moveu ao redor de Missy e entrou no corredor. – Deixe Butch e Gus no seu quarto, então eles não vão entregar sua localização. Feche a porta primeiro para os conter.

— Eu não vou te deixar. – Missy a seguiu corredor abaixo.

Kat caminhou para a janela e usou a ponta da arma para separa a cortina um centímetros e olhou para fora. Ela tinha uma boa visão de um dos lados da rua, duas SUVs pretas estavam lá. As portas estavam fechadas e eles não tinham luzes acesas. Kat estudou os veículos.

— Não acho que eles sejam do FBI.

— DEA4 talvez? Eu disse a você que pensava que aqueles quatro caras da casa abaixo pareciam com maconheiros. Talvez eles estejam cultivando plantas e eles vieram para invadir a casa.

4 DEA (Drug Enforcement Administration) – Agência federal americana para a repressão e controle de narcóticos, criado em 1973.

— Não. – Kat tinha um mal pressentimento. Cuidadosamente deixou a cortina cair e girou. – Vá para o sótão, quero dizer isso. Você conhece o ponto fraco que estou falando. Não saia por nada a menos que eu diga que está tudo limpo.

— Aposto que eles não vieram por nós.

— O DEA não usa SUVs pretas com janelas tingidas ou essa estratégia. – Kat agarrou a arma, ela ouviu algo e ergueu a cortina novamente. Todas as portas foram abertas nas SUVs e homens vestindo trajes negros, incluindo capacete, saíram. Kat viu as letras brancas no peito deles e os rifles de assalto colocado nos braços deles.

— É a ONE.

— Tem certeza?

— Eles vieram por mim, leve sua bunda para o sótão.

— Por que eles fariam isso?

Kat empurrou Missy, lançando-a através da entrada do sótão. Ela pausou na porta do quarto de Missy, olhando para ver as cortinas puxadas para trás e luz suficiente da rua se derramava dentro para assegurá-la que o cachorro e o gato continuavam dormindo na cama. Ela fechou a porta e forçou Missy para frente.

— Eu não sei o porquê deles estarem aqui, mas não pode ser bom. Se esconda. Não quero você envolvida.

— Estou com medo.

— Não tenho tempo para discutir.

Kat pressionou o painel da parede e isso bateu aberto, Missy hesitou.

— Talvez você deveria colocar a arma para longe ou se esconder comigo.

— Não. – Kat colocou a amiga para dentro. – Mova-se!

Missy correu pelos pequenos degraus da escada, seu pé descalço quieto no carpete. Kat fechou o painel e puxou a mesa na frente dele. Por que a ONE iria vir? Não era para

uma visita. Eles estavam no alto modo de tática e prontos para invadir sua casa no meio da noite. Isso a chateou.

Ela correu para seu quarto, agarrou um vidro de perfume da cômoda e entrou no corredor novamente. Ela espirrou isso algumas vezes enquanto se movia corredor abaixo, Darkness tinha dito a ela que isso interferia no senso de cheiro deles. Kat esperava que isso escondesse o rastro do cheiro de Missy.

Um suave pop soou do andar debaixo e Kat cerrou os dentes, parando no topo da escada. Ela respirou fundo e desceu, estava escuro no andar debaixo, mas os primeiros passos rangiam. Kat ergueu lentamente o cotovelo e esperou, o coração acelerou enquanto ela deslizava a trava da arma e a agarrou firmemente com as duas mãos. Eles pensavam que iriam surpreendê-la, mas seriam os únicos a serem pegos de surpresa.

Madeira estalou e ela ergueu o cotovelo, batendo na luz. A escada e o corredor abaixo se acenderam. Kat viu o primeiro homem que veio à tona quando ela olhou ao redor do topo da parede, mantendo a maior parte do corpo escondido.

— Parado, idiota! – Kat esperava que soasse tão zangada quanto estava.

O cara em roupa completa parou, o rosto escondido pelo capacete blindado. Kat ajustou a mira, apontando para a área da garganta dele. Mais dois homens estavam atrás dele e erguendo as armas, tentando pegar uma parte dela.

— Dê mais um passo e vou te acertar. O que estão fazendo na minha casa? O que a ONE quer?

Um rosnar alto soou e um quarto homem apareceu, as mãos enluvadas dele agarraram as barreiras dos rifles erguidos e as apontou para o chão. Os capacete dele foi erguido enquanto ele parecia olhar para ela.

— Não atire nela.

— Isso é como você faz uma visita, Darkness? – Kat reconheceu a voz, mas não abaixou a arma. – O que está acontecendo?

— Pare de apontar a arma para Trey. – Darkness soltou as armas, alcançou o capacete o arrancou para olhar para ela.

— Você entra na minha casa e tem o nervo de me dar ordens? – Kat se afastou centímetros da parede, mas a maior parte do corpo estava coberta. – Não, por que estão aqui?

— Precisamos conversar.

— Minha campainha funciona, assim como meu telefone. Você já ouviu falar sobre essas coisas?

— Abaixe a arma, Kat.

—Não. Explique pra mim porque você trouxe um time de assalto para dentro da minha casa. Você veio me prender? Essas não são as terras da ONE, essa merda não funciona aqui. Você me quer? Consiga um mandado e envie policiais de verdade para tirar minha bunda daqui. Eu não vou de boa vontade.

— Por favor, coloque sua mira em mim pelo menos. Você está fazendo Trey transpirar. Eu posso cheirá-lo. – Darkness fez uma careta.

Kat olhou para o homem que ela mantinha a arma engatilhada.

— Tudo bem, diga a ele para se afastar.

Kat ajustou a ponta da arma, abaixando levemente então o cara se sentiu seguro para se mover. Ele se moveu dois passos para trás, girou e caminhou para fora das vistas, ele murmurou algo, mas foi muito baixo para que ela pegasse. Darkness virou a cabeça e outros dois homens o deixaram parado sozinho.

— Posso subir? – Darkness deu um passo à frente.

— Não. – Kat mirou na perna dele, ela iria odiar ter que atirar nele, mas isso não significava que não iria se ele a deixasse sem escolha. – O que está acontecendo? Por que você está aqui para me prender?

— O que te fez pensar nisso?

— Sério? – Kat ergueu a cabeça e arqueou uma sobrancelha. – Você trouxe quatro SUVs cheias da sua força-tarefa e entrou na minha casa como se eu fosse algum tipo perigoso. Dá um tempo.

— Nós não vimos nenhuma câmera.

— Não há nenhuma, eu tenho um cachorro e um gato. Eles me deixaram saber que algo estava acontecendo. – Era uma mentira, mas Kat não queria mencionar Missy. Os dois animais estavam cochilando. Butch era um cão de guarda horrível, era um covarde e dormia como morto quando ia para a cama. Iria lamber um intruso até a morte se estivesse acordado. – Quais são as acusações?

— Preciso que você venha para Homeland comigo.

— Não.

— Abaixe a arma. – Darkness deu outro passo e agarrou o corrimão.

— Comece a falar ou consiga andar, Darkness. Você não fez isso tudo por uma booty call5. As pessoas usam o telefone nesses dias, apenas para você saber. Eu não fiz nada errado, mas disse muito. Você me disse para ir embora e fui. Terminamos em bons termos.

5 Booty call – como mencionado na história de Brawn, é uma chamada feita de madrugada onde uma pessoa chama a outra para transar sem compromisso. Apenas um bom sexo e depois ir embora.

— Você pode estar em perigo.

— Você quer dizer pelo grupo pesadamente armado que você trouxe para dentro de minha casa? Não há uma segunda escada se eles estão procurando por isso e as janelas nesse andar estão pintadas. O último dono era um idiota e eu nunca as troquei, essa é a coisa bacana sobre aquecimento central e ar. Essa é a única coisa nessa casa que funciona bem. Diga a eles para nem sequer tentar deslizar atrás de mim, eles não podem. Eu também ficaria furiosa se eles machucassem meus animais.

— Eu os ordenei aguardarem e eles não vieram para te machucar.

— Isso foi legal de sua parte. Qual era o plano? Me pegar enquanto eu dormia? – Kat odiava que eles poderiam ter feito apenas isso se Missy não tivesse hábitos estranhos para lutar contra a insônia.

— Você está em perigo.

— Merda nenhuma. – Kat estreitou seu aperto na arma. – Você me colocou em perigo.

— Não por nós. Viemos para ter certeza que você estava a salvo e te levar de volta para Homeland onde nossa segurança é muito melhor.

— Por quem estou em perigo? Estou morrendo para ouvir isso.

— Robert Mason é cunhado de Jerry Boris, essa é a conexão deles. Seu chefe é o irmão da ex-esposa de Boris.

— Okay, quem é Jerry Boris? Qual é o acordo entre eles?

— Vou te contar se você abaixar a arma.

Kat sabia que era um pedido razoável.

— Tudo bem, mas permaneça ai, fui clara? Vou atirar na sua perna. – Ela abaixou a arma para o lado, mas estava pronta para erguê-la se ele tentasse avançar pelas escadas. Kat não confiava mais em Darkness e se ressentia disso. – Fale.

— Jerry Boris foi o diretor de Homeland quando ela abriu.

— Pensei que ele não era Nova Espécie.

— Ele é humano. Não governamos Homeland de primeira. Eles fizeram isso até que assumimos.

Essa era uma informação que Kat não conhecia.

— Okay, continue.

— Ele foi removido. Ele não gostava teve problemas com alguns deles.

— Não é exatamente um trabalho que ele deveria ter pelo som disso. Então você o prendeu por ser um idiota?

— Foi oferecido a ele um trabalho na Prisão Fuller.

— O que é isso? – Kat lembrou do seu chefe mencionando aquele lugar.

— É onde enviamos os humanos que nos machucaram. Muitos deles são ex-empregados da Mercile que caçamos. Boris era bom para o trabalho desde que ele estaria responsável pelos humanos apenas. Alguém pensou que seria o lugar perfeito para colocá-lo, era um movimento político para ter certeza que ele permaneceria em silêncio.

— Peguei isso. Ele não poderia vomitar para a impressa se ainda estivesse tecnicamente no trabalho. Por que não colocaram aqueles babacas em uma prisão normal?

— Seu sistema de justiça é falho.

— Continue. – Kat não podia exatamente concordar.

— É uma longa história.

— E a noite não é nenhuma criança, nem é a arma em minha mão está ficando mais leve.

Darkness rosnou.

— Não se atreva, você é o único que entrou na minha casa.

— Boris teve acesso indetectável ao nosso sistema de computadores em Homeland e usou as informações da linha de ponta que montamos para recuperar Espécies. Algumas delas foram roubadas das instalações da Mercile depois da primeira invasão.

Foi televisionada e deu um aviso aos outros, permitindo que eles escapassem levassem Espécies com eles. Procurávamos por aqueles levados. Ele pegou informações da linha, verificou as provas sólidas e apagou as mensagens. Ele forçou a ONE a pagá-lo para obter a localização das Espécies perdidas.

— Isso é todo tipo de fodido.

— Estou subindo. – Darkness colocou um pé no degrau.

— Fique ai. – Kat ergueu a arma, Darkness deu um passo atrás.

— Descobrimos o que ele estava fazendo depois que ele tentou culpar uma humana pelos crimes dele. Ele foi preso e estamos com ele em Homeland.

— Entendi. Então Mason quer ele livre porque eles estão relacionados. Isso é antiprofissional. Que babaca.

— Acreditamos que Robert Mason talvez esteja trabalhando com Jerry Boris. É possível que ele esteja ciente das atividades de Jerry e tente usar sua posição no FBI para protegê-lo. A fêmea que Boris tentou culpar estava em Homeland e agentes do FBI tentaram leva-la de nós. Ela era a única que poderia identificar Boris ao vê-lo, ele estava usando um nome falso.

Kat nunca tinha gostado do seu chefe ou pensou muito dele. Ouvir que ele talvez estivesse envolvido com algo tão baixo não foi uma surpresa.

— Mason realmente tinha problemas quando isso ia para os Nova Espécies.

— Ele poderia te machucar.

— De jeito nenhum. – Kat sacudiu a cabeça.

— Quais eram suas ordens para ir para Homeland?

Kat se debateu em responder, mas acreditava em Darkness. Seu chefe era um canalha.

— Ele queria algumas informações e procurar por Jerry Boris. Eu sabia que isso era pessoal. Ele fez soar como se vocês eram bandidos que estavam sequestrando pessoa inocentes quando não estavam drogando e estuprando mulheres.

A boca de Darkness caiu aberta.

— Eu não acreditei nisso. Eu estava sob ordens para ir, então pensei que iria fazer o melhor disso. Ter um pouco de diversão, relaxar e gostei de dar aulas. Eu nunca procurei por Jerry Boris ou tentei achar algo ruim sobre a ONE.

— O que você colocou no seu relatório? – Darkness parecia chateado.

— Eu não escrevi um, também não deixei exatamente Mason saber quando deixei Homeland. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Planejei ir na segunda-feira e escrever o quão chato tudo era. – Ela deu de ombros. – Você sabe, como eu nunca deixei o chalé, exceto para as aulas e não aprendi nada de importante. Ele iria ficar zangado, mas ele me chama de um par de peitos e pensa que estou fazendo com garotas. Ele não é minha pessoa favorita.

— Fazendo com garotas?

— Ele pensa que estou com mulheres. Eu não preciso dizer a você que não estou. Estou esperando muito que isso exploda na cara dele, eu não sei como ele conseguiu a posição. Ele é um tipo de joguete, mas ordens são ordens. Minha bunda foi mandada para Homeland, eu tinha que ir. Como você descobriu que eu era do FBI?

— Sua identidade falsa era falha, nossos machos não cometeram um erro. Disse isso a você para te fazer pensar que engolimos sua história.

— Compreensível. Eu quis acreditar que vocês acreditaram, jogo bem jogado. Você deixou cair algumas dicas, entretanto.

— Assim como você. – Darkness espirrou.

— Você está bem?

— Eu cheiro perfume, isso me incomoda.

— Minha colega de quarto espirrou um pouco disso antes de sair mais cedo. – Eles olharam um para o outro. – Eu não concordei com o porquê fui enviada. Mason é um bundão.

— Por quê?

— Você deveria ouvir a teoria dele de cachorro algumas vezes, eu não vou repetir isso. Foi ruim o suficiente da primeira vez que ouvi, especialmente desde que eu tenho um. Estou apostando que ele pulou os treinamentos de sensibilidade.

— Seu chefe pode querer te machucar para te manter quieta uma vez que venha à tona que o ligamos a Boris.

— Ele enviou outros agentes também, o que você acha? Que ele vai virar o ninja assassino e derrubar a todos? Eles não iriam tão longe, mas aposto que eles tinham ordens similares as minhas. Ele não iria tentar silenciar tantos agentes.

Darkness virou a cabeça e murmurou algo que Kat não pôde ouvir, ela aumentou o aperto em sua arma e pestanejou quando ele olhou atrás dela.

— A sua equipe está ficando impaciente? Por que você não diz a eles para saírem da minha casa? Eu também gostaria de sugerir que você ligue da próxima vez se quer conversar ao invés de vir com essa merda. É rude.

Vidro quebrou em algum lugar atrás dela e Kat girou, assustada. Um movimento pegou seu olho e ela olhou para trás. Darkness saltou, se movendo mais rápido que a visão dela podia rastrear, ele a agarrou e arrancou a arma de sua mão. Isso caiu no chão e ele ergueu Kat, batendo as costas dela contra a parede.

— Seu filho da puta.

— Eu te avisei que poderia fazer isso. Não é minha culpa se você esqueceu que eu não tinha que caminhar a cada degrau para te alcançar.

— Me coloca no chão! – Kat agarrou os ombros dele.

— Estou te levando para Homeland, Kat. Isso vai fazer tudo mais simples se você apenas cooperar.

— Nada sobre você é simples, Darkness.

— Eu sei, quero ter certeza que você está a salvo. Estou te levando e mantendo você pelo tempo que achar necessário.

— Mason não virá atrás de mim. Ele vai estar muito ocupado em proteger a própria bunda se tudo o que você disse é sólido. Preciso ir trabalhar na segunda.

— Você pode trabalhar para a ONE.

— Fazendo o quê?

— Vamos descobrir algo. – Darkness encolheu os ombros.

— Você não pode cobrir os anos que já coloquei no meu benefício de pensão. Já pensou no que é isso?

— Pare. – Darkness se inclinou.

— Desculpe? – As sobrancelhas de Kat se arquearam.

— Você está sendo difícil e tentando me chatear.

— Você trouxe um time de assalto para minha casa. – Kat se aproximou até que seus narizes quase se tocassem. – Eu já estou chateada.

Darkness rosnou e seu lábios se separaram.

— Kat. – Era um aviso.

Ela olhou para baixo, vendo as presas dele. Era uma lembrança das coisas que eles tinham compartilhado e o quanto sentia falta dele. Darkness poderia ter alguém para pegá-la, mas tinha vindo ele mesmo. Isso tinha que significar algo. A sensação dele contra ela não poderia ser ignorada. No entanto. Kat entendeu completamente a relação de amor e ódio nesse momento. Ela odiou como ele tinha vindo, mas amou vê-lo novamente.

— Sexo não me faz concordar mais em ir com você. – O olhar dela se ergueu.

— Quem disse que eu estava tentando te seduzir? – Darkness sugou uma respiração profunda, incapaz de esconder a reação surpresa pelas palavras de Kat.

— Você me tem presa na parede e está fazendo esses sons sexys. – Ela ergueu as pernas e passou ao redor dos quadris de Darkness. A arma no coldre amarrado a perna dele cavou um pouco a pele de Kat, então ela ajustou as pernas mais para cima, cruzando os tornozelos atrás da espinha dele. – Você poderia apenas ter ligado se queria me foder novamente. – Ela soltou os ombros de Darkness e fechou uma mão nos cabelos dele. Kat puxou, sacudindo a cabeça de Darkness para cima e para o lado desde que ele não esperava que ela fizesse isso. Ela pressionou o nariz contra a garganta dele e inalou. – Que colônia você usa? Cheira bem.

— É apenas eu. – Darkness enrijeceu, mas não puxou de volta.

— O que você disse para mim? – Kat sorriu ao som da voz dele se aprofundando. – Oh sim. Você cheira tão bem que eu poderia apenas te comer.

As mãos de Darkness nos quadris de Kat perderam o aperto e deslizaram pra a bunda dela, firmemente se curvando lá. Ele a puxou mais apertado contra a parede e Kat pôde sentir a ereção dele contra sua boceta através das roupas que vestia.

— Kat, não.

— Pensei que você não ia mais me ver novamente? – Ela correu a ponta da língua na pele dele, pausando exatamente abaixo do lóbulo da orelha de Darkness. – Você trouxe as algemas, Senhor Controle? – Kat mordiscou o lóbulo de Darkness. – Controle isso. –

As mãos dela começaram a perambular pelo corpo dele onde quer que pudesse alcançar.

O peito de Darkness começou a vibrar e os dedos dele se flexionaram, ele fez um som de estrondo profundo e tentou mover a cabeça para longe. Kat agarrou o outro lado do rosto de Darkness com a mão livre e o manteve no lugar. Ela soltou a orelha dele e foi para o pescoço, beijando-o e usando os dentes para beliscar suavemente. As pernas dela voltaram a apertar a cintura dele e se mexeu contra ele.

— Há quinze machos nos esperando para ir. – Darkness rosnou baixo.

— Uauu um time de dezesseis homens? Estou lisonjeada.

— Eu não sabia se íamos encontrar outro time. Queria homens o suficiente comigo para assegurar que podia te tirar. Penso que Mason iria tentar te matar.

Kat parou de beijá-lo e colocou a cabeça para trás, olhando dentro do olhos dele. Darkness realmente pensava que ela estava em perigo, isso não era como se ele estivesse apenas querendo vê-la novamente. Parte dela ficou triste, mas o fato de que ele tinha ido tão longe para ter certeza que ela estava a salvo aqueceu seu coração.

— Você se importa comigo.

— Podemos discutir isso mais tarde? – Darkness fechou os olhos e depois olhou corredor abaixo. – Precisamos ir.

— Darkness?

— O quê? – Os olhos dele se estreitaram.

— Vou com você com duas condições.

— Você não tem escolha.

— Duas condições. – Kat repetiu.

— O que você quer?

— Eu vou ficar na sua casa com você se eu retornar a Homeland desde que estou supostamente em tamanho perigo.

— Qual é a segunda? – Um músculo saltou no queixo dele.

— Você começa a guardar minhas costas no chuveiro. E no box comigo.

— Não.

— Eu talvez lave suas costas enquanto estivermos lá.

— Eu não faço isso. – Darkness rosnou baixo.

— Eu não vou deixar um bando de caras me sequestrarem, mas talvez permita isso se você concordar.

— Não.

Kat lambeu os lábios e gostou do jeito que Darkness notou, ela pressionou a boca da arma de Darkness contra a perna dele, seu polegar assegurando que a trava estava no lugar.

— Eu peguei sua arma, doçura. Você estava um tanto distraído. Concorda com meus termos depois de tudo?

— Você não vai atirar em mim. – Darkness parecia furioso.

— Eu não vou. – Kat colocou o tambor para trás. – Isso não vem ao caso. Nunca mais me subestime, bebê. Concorde com meus termos ou não estou saindo com você.

— Eu não vivo com outros ou tomo banho com eles.

— Então eu não vou com você.

— Eu vou te socar e te levar em meu ombro. Você vai acordar em Homeland.

— Você iria me acertar? – As sobrancelhas de Kat se arquearam em dúvida. – Possivelmente quebrar minha mandíbula ou me causar um concussão. – Ela não acreditava nisso realmente.

— Vou te algemar do jeito que fiz antes.

— Eu permitiria isso, seria apenas uma lista simbólica. Um de nós iria se machucar se realmente fossemos para isso. Concorde com meus termos ou saia da minha casa.

— Você é teimosa.

— Você também é. Acho que talvez seja por isso que sou atraída por você. Você quer uma mulher que dê um pouco, mas não muito.

— Não é por isso.

— Sério? Então o que você gosta em mim?

— Tudo exceto sua teimosia. As fêmeas humanas deveriam ser supostamente mais passivas.

— Você estaria tão entediado se eu fosse. – Kat gargalhou.

— Você é corajosa e não tem medo de mim.

— Não acredito que você me machucaria. Você é um bom homem, Darkness.

A carranca dele retornou.

— Você é. – Kat devolveu a arma dele para o coldre e se aproximou para segurar o rosto dele. – Mesmo que você não queira admitir. Quer que eu vá com você? Nós dormimos juntos e compartilhamos duchas. Não acredito que estou em perigo, mas se você quer cobrir minha bunda, é melhor ser no sentido literal. – Kat piscou.

— Vamos. – Darkness liberou o aperto em Kat e a ajudou a ficar de pé.

— Eu posso pelo menos trocar meu pijama primeiro e pegar algumas coisas?

— Por quê? De acordo com os seus termos, não teremos razoes para usar roupas. Tenho a equipe pronta para recuperar seus animais e consertar a janela quebrada, eles lançaram uma pedra para te distrair.

— Deixe-os. Minha colega de quarto vai voltar pela manhã, ela pode lidar com a janela quebrada também. – Kat não queria envolver Missy. Não acreditava que seu chefe era uma ameaça, apesar do que Darkness alegava. – Os bichinhos são mais dela do que meu, de todo jeito. Vou apenas colocar a mesa na porta do meu quarto assim eles não entram lá. O cachorro pode torcer a maçaneta com a boca e quero que eles tenham um acidente no meu piso se ela chegar atrasada. Os bichinhos dela, o xixi dela.

Kat caminhou para a mesa que escondia a entrada do sótão e a puxou, isso permitiria que Missy saísse.

— Vou para Homeland com você, sei que esse será legal. Estarei de volta em poucos dias. – As paredes eram finas então ela tinha certeza que Missy poderia escutá-la. Kat puxou a mesa para a frente da porta. – Vamos. – Quanto mais rápido eles saíssem, menos chance de Missy ser encontrada.

— Fique perto. – Darkness assumiu a liderança.

— Planejo fazer isso.

 

— Essa não é a entrada da frente. – Kat anunciou, olhando para fora das janelas.

— Não, não é. Temos alguns caminho escondidos. – Darkness se sentou ao lado dela na segunda linha de assentos. – Essa é a casa que compramos.

As SUV entrou na garagem e as portas se fecharam, nenhuma luz se acendeu. O motorista acendeu uma lanterna e saiu, em segundos uma luz veio acima de suas cabeças. Era outro espaço vazio, Darkness abriu sua porta e desceu.

— Siga-me, Kat.

Ela deslizou no assento, cuidando da sua longa camisola, não expondo muito das suas pernas. Ela parou e esperou que eles entrassem na casa, Darkness pegou seu cotovelo, a virando para a porta exterior.

— Estamos indo para o quintal e entrando em Homeland por esse caminho. – Ele a informou suavemente. – Eu poderia te carregar, disse a você para colocar sapatos.

Kat queria deixar a casa rapidamente, havia uma longa lista de coisas que desejou poder embalar.

— Estou bem. – O quintal estava escuro e grama suave cobria seus pés. – Tão longe.

Um assobio baixo soou de um dos três homens, estava escuro, mas Kat podia ver formas. Uma seção da parede coberta com aparentes videiras se abriu, mostrando uma estrada atrás dela. Seu lado profissional não gostou que eles tinham caminhos escondidos em Homeland.

— Pensei que paredes de quinze metros cercavam toda Homeland.

— Elas cercam.

Kat deixou o quintal e viu que a estrada não era grande e as parede maciças estava do outro lado dela.

— Isso abre também?

— Não, não essa seção. Vamos para cima.

— Ótimo.

Cordas caíram do topo, batendo no chão. Kat assistiu um homem segurando uma delas e subir mão a mão, ela cerrou os dentes. Odiava admitir, mas tinha sido um longo tempo dede que tinha treinado e não tinha sido de madrugada a última vez que tinha escalado uma parede.

— Eu vejo um problema.

— Eu não. – Darkness a virou. – Se envolva em torno de mim. – Ele a ergueu na frente dele, peito com peito.

— Você não pode subir e me segurar.

— Posso, você tem sessenta e três quilos.

— Sessenta e dois.

— Perto o suficiente, apenas segure firme e não solte. Os oficiais acima de nós vão te pegar quando eu estiver ao alcance. Eles vão te subir o resto do caminho para prevenir que sua pele seja arranhada pelos tijolos.

— Por que não podemos apenas passar pelos portões da frente?

— Mason pode tê-los vigiados. Não quero que ele saiba onde você está, é mais seguro desse jeito.

— Minha calcinha vai aparecer. – Kat abraçou o pescoço de Darkness e passou as pernas ao redor da cintura dele.

— É por isso que estou esperando para subir por último.

— Você é tão profundo. – Kat esperava que ele não perdesse o sarcasmo.

— Vamos apenas evitar falar agora.

— Você me deixa cair e vou ficar chateada. – Kat colocou o rosto contra o pescoço quente de Darkness, o uniforme dele era volumoso.

— Vou ter certeza que você fique por cima se cairmos.

— Isso não está ajudando.

— Confia em mim. – Ele murmurou.

Isso era o inferno da questão, ela confiava. De outro modo, não teria concordado em ir com ele. Kat tinha querido vê-lo novamente.

— Okay.

— Eles alcançaram o topo. Pronta?

Estava na ponta da língua dizer não.

— Claro. Isso deve ser divertido.

— Não me faça rir.

— Não vou falar novamente.

— Bom.

Darkness soltou Kat e caminhou para frente, pausou e depois uma corda bateu nas costa de Kat, ela se agarrou mais apertado. Os braços de Darkness ficaram tensos e Kat bateu os olhos fechados. De jeito nenhuma ela queria espiar, seria insano para qualquer um segurar o peso de outra pessoa enquanto subia. Eles nem mesmo estavam presos juntos. Darkness meio que saltou e Kat travou as pernas apertadas ao redor dele, também sendo cuidadosa para não sufocá-lo com seus medos. Os braços dele ficaram tensos enquanto usava a força para puxá-los para cima, de mão em mão.

— Erga um braço. – Isso foi muito rápido, Darkness parou.

— Porra.

Kat ergueu a cabeça e espiou, duas figuras negras estavam acima dela no topo da parede, uma se curvou e a alcançou. Kat tinha que soltar Darkness e confiar em estranhos. Não era sua primeira escolha, mas era o único jeito de sair dali. Levou muita coragem aliviar o aperto e se esticar. Uma mão firme e enluvada agarrou ao redor do seu pulso.

— Eu a peguei.

— Dê a eles seu outro braço e então me solte de suas pernas. – Darkness apressou.

— Eu vou ficar mesmo com você por isso. – Kat murmurou.

Darkness curvou as pernas, formando uma espécie de assento para ela quando Kat o soltou. Outra mão enluvada pegou um aperto firme em seu pulso, Kat liberou o aperto de suas pernas em Darkness e os homens a puxaram para cima.

Um terceiro homem apareceu subitamente, ele se moveu entre os dois quando a trouxeram para o topo da parede. Ele agarrou os quadris dela e apenas a ergueu o resto do caminho, eles a soltaram no segundo em que estava de pé. Kat tentou dar um passo atrás, um dos homens rosnou e se virou, colocando um braço ao redor do seu quadril.

— Cuidado.

Kat virou a cabeça e engoliu com força, havia uma mureta na parede de fora, mas não havia mais nada além de vazio atrás dela. Mais alguns passos e teria tropeçado na parede e caindo em qualquer coisa lá embaixo.

— Obrigado.

— O que você está fazendo, Book? – Darkness fez o resto do caminho para cima e se precipitou, arrancando Kat do aperto do homem a mantendo imóvel.

— Ela quase recuou para a parede.

— Obrigado. – Darkness se curvou subitamente e Kat arfou quando os ombros dele bateram em seu quadril, ele se ergueu com ela segura lá. Uma mão enluvada empurrou a camisa dela e segurou no lugar bem nas costas das pernas.

— Me coloca no chão. – Kat não lutou, mas agarrou freneticamente uma parte dele para se segurar, isso subiu um pouco o pequeno tecido de sua roupa. Ela estava com medo de que ele a deixaria cair da parede.

— Calada, Kat. Estamos indo para as escadas, é o jeito mais seguro de te descer.

— Eu posso caminhar. – Ela fechou os olhos e ficou pendurada lá. Isso não era honrado e ela mentalmente pensou em todos os meios de se vingar.

— Essa não é uma seção bem iluminada. – Outro macho a informou. – Você quase caiu uma vez, nós podemos ver.

E eu não. Kat se aquietou e soube quando eles alcançaram as escadas, pelo som que as botas de Darkness faziam enquanto eles desciam, elas eram de metal e um pouco frágeis. Ela se lembrou de umas frágeis que havia usado uma vez para subir em um avião e estava grata por não poder ver. Darkness finalmente parou de descer e pausou.

— Obrigado.

— Foi bom ter uma aventura. – O cara que tinha falado antes respondeu. – Você vai levá-la para uma cela, Darkness?

— Ela não é uma prisioneira, isso foi para a proteção dela. Vou levá-la para minha casa. Você vai deixar a Segurança saber, Book?

— Claro, também vou informar aos Suprimento que você vai precisar de coisas para a fêmea.

— Eu vou cuidar disso. – Darkness não a colocou para baixo, mas virou rápido o suficiente para fazê-la ficar tonta, ele se moveu rápido. Darkness provavelmente considerava isso caminhar, mas ela estaria correndo naquele passo.

— Você pode, por favor, me colocar no chão?

— Você está descalça, não estamos muito longe do dormitório dos homens.

— Ótimo, você pode caminhar comigo na frente de um monte de caras então eles podem ver minhas pernas e bunda nuas.

— Você está coberta.

— O quão longe estamos da sua casa? – Ele continuou andando e não respondeu. – Olá?

— O chalé ao lado de onde você estava não é minha casa, foi onde eu fiquei para permanecer mais perto de você. Eu vivo nos dormitórios. – Darkness passou o outro braço ao redor das costas dos joelhos de Kat, cobrindo mais da pele dela.

— Fantástico. Não é um monte de caras Nova Espécie vivendo lá? – Kat imaginou uma casa de fraternidade na sua cabeça. – Isso apenas continua ficando cada vez melhor.

— Estou te levando pelas portas dos fundos, não devemos entrar em contato com ninguém mais a essa hora. Eles estão ou no turno ou dormindo.

Darkness parou e soltou um braço, um bip pôde ser ouvido e Kat sabia que ele tinha abrido uma porta com seu cartão ID, eles entraram em um corredor mal iluminado.

— Me coloca no chão. – Kat pediu novamente.

— Está testando minha paciência, Kat. Eu não estou no meu melhor humor, você ordenou que compartilhássemos o quarto então é isso que você vai ter.

Ele tinha um ponto. Kat tinha pensado que eles iriam para a casa dele, no entanto, não para um prédio cheio de outros homens. Ela piscou, esperando que ele não tivesse um colega de quarto, isso seria estranho, seria pior se eles nem mesmo tinha seu próprio quarto. Eles entraram em um elevador, mas estava vazio. Era um alivio. As portas se abriram e Darkness pisou em um chão acarpetado e caminhou pelo corredor antes de pausar na frente de uma porta.

Um outro bip soou e a porta se abriu, ele a colocou para dentro e se curvou, colocando-a de pé. Kat se ergueu e retirou os cabelos do rosto, a porta se fechou e ela se virou, olhando a pequena sala de estar. A área da cozinha estava à esquerda e uma porta aberta estava do outro lado do cômodo.

— É isso, bem vinda a minha casa. – Darkness não soava feliz. – É de um quarto e consideravelmente pequeno que o chalé, o banheiro é através do quarto. Tem comida na geladeira se você estiver com fome e tem bebidas também se estiver com sede.

— É acolhedor, embora pouco espaçoso. – Kat virou para olhar Darkness.

— Tudo o que preciso é de um sofá, TV e cama. Não passo muito tempo aqui.

— Não precisa de mais que isso, entendi. – Kat suspirou, se sentindo nervosa. – Eu não fico muito em casa também.

Darkness pestanejou e alcançou a frente do colete e o retirou, ele apenas o deixou no chão próximo a porta.

— Você estaria mais confortável em seu chalé. Diga-me quando estiver pronta para ir para lá. – Ele caminhou pela sala e entrou no quarto.

Kat o seguiu, ele ligou a luz e se sentou na cama grande. Ela o assistiu retirar as luvas e então as botas, Darkness se ergueu e puxou a camisa pela cabeça, revelando o estômago plano e o peito. O olhar escuro dele a prendeu onde estava de pé.

— Eu vou tomar banho, estou suando depois de subir a parede. Eu durmo no lado da cama mais próximo da porta e não abra minha mesa de cabeceira. Essa é uma regra.

— Playboys? – Kat queria que ele sorrisse, Darkness pareceu zangado.

— Armamento. Não toque em minhas armas, Kat. Fui claro?

— Por que está tão zangado? – Kat assentiu. – Você foi o cara que me forçou a vir para cá.

— Eu queria você em Homeland, não vivendo comigo.

Darkness girou, caminhando para o banheiro e fechando firmemente a porta. Kat caminhou para a cama e se sentou, muito para ele vir atrás dela porque ela esperava que ele sentisse a falta dela. Darkness ganhou créditos por manter sua palavra. Ele poderia apenas tê-la largado na casa de hóspedes e indo embora. Apenas porque estava no apartamento dele não significava que era bem vinda ao espaço pessoal dele ou que ele estaria feliz por tê-la lá. Obviamente não estava.

A água correu no outro cômodo e ela olhou para a porta, podia imaginar como o resto da noite seria. Darkness iria sair e provavelmente apagar as luzes, ignorando-a. Isso seria estúpido. Mason não era um perigo para ela então não precisava ficar ali. Darkness estava apenas sendo paranoico.

Kat se ergueu e caminhou para a porta do banheiro, seu temperamento explodiu. Testou a maçaneta e ela girou em sua mão, uma respiração profunda e empurrou aberta, caminhando dentro para o ambiente fumegante. A porta do chuveiro era de vidro e Darkness se erguia totalmente nu sob o jato de água quente. Ele virou a cabeça e os olhos se estreitaram.

Kat agarrou a ponta da camisa, puxando-a pela cabeça e a deixou no balcão, seus polegares empurraram a calcinha e ela se curvou, puxando-a para baixo.

— Serei maldita se você me ignorar.

Darkness pareceu chocado quando ela se endireitou e cruzou o cômodo pequeno, ela abriu a porta e entrou com ele. Darkness teve que se mover para dar espaço, um rosnado suave veio dele, mas o pênis se sacudiu e ele permaneceu olhando para baixo, para o corpo dela.

Kat viu sabonete líquido na prateleira embutida na parede e o agarrou, ela derramou um pouco na palma e ergueu o queixo.

— Vire-se. Eu prometi lavar suas costas, lembra?

Darkness não se moveu, parecendo congelado no lugar.

— Tudo bem, vou lavar sua frente.

— Kat. Darkness rosnou e mostrou as presas.

Ela foi direto para o ponto bom, Kat deu um passo à frente e envolveu a mão ensaboada ao redor do pênis dele. Darkness arquejou e foi para trás, as costas batendo no azulejo, Kat se pressionou contra ele e esfregou seu eixo.

— Quero ter certeza que você está realmente limpo. – O eixo dele ficou mais rígido na mão dela, crescendo mais largo e mais espesso. Mais duro. As mãos dela trilharam da base para o topo. – Você não quer conversar? Tudo bem. – Kat olhou para baixo entre eles e então ajustou sua postura até que a cabeça do pênis dele pincelou seu estômago, a água correu entre eles.

Darkness não a tocou, mas apenas permaneceu lá permitindo que Kat brincasse com ele. Ela usou a outra mão para admirar o abdômen, era algo que teria querido fazer para sempre e a luz permitia a ela ver o modo que os músculos se tencionavam e soltavam pela sua pequena exploração.

Darkness tinha um pênis perfeito, ele ficou vermelho quando ficou realmente duro. Um pouco do sabão foi lavado, fazendo-a alcançar o frasco novamente. Kat notou o jeito

que Darkness respirou mais rápido, ele mantinha as mãos cerradas nos lados, coluna e bunda firmemente pressionada contra o azulejo. Kat colocou mais sabonete e correu um pouco acima do estômago dele, trilhando costelas acima. Ela massageou seu eixo novamente, até mesmo correndo a mão mais para baixo.

Darkness rosnou quando ela gentilmente cobriu as bolas dele e separou as pernas para permitir isso. Kat se sentiu vitoriosa e olhou para o rosto dele, os olhos estavam fechados, os lábios separados e um quase sorriso. Ela ergueu o pênis dele mais para cima e ficou mais perto, então a cabeça a parte inferior do eixo dele se esfregou contra o estômago dela. Sua atenção se focou nos mamilos dele, Kat não pôde resistir e foi para um deles com a boca.

— Porra. – Darkness assobiou.

Kat soltou aquele mamilo e foi para o outro, era para que ele soubesse como era ser torturado um pouco. Darkness tinha feito isso com ela muitas vezes. Kat curvou os dedos ao redor do eixo dele e o apertou com pressão suficiente que sabia ser muito boa, ela o acariciou de cima para baixo.

Darkness passou os braços ao redor dela, uma mão cobrindo a bunda dela e os dedos dele se enfiaram na pele dela. Ele deslocou os quadris, forçando o pau contra a pele dela. Kat sugou mais rápido o mamilo dele, correndo os dentes em cima da ponta rígida.

A outra mão de Darkness se agarrou nos cabelos de Kat e ele puxou, não foi o suficiente para doer, mas ela o soltou da boca e olhou para cima. Darkness baixou o queixo e olhou para ela, paixão endurecia as feições dele, mas a fome se mostrava nos olhos.

— Maldita.

Ele fechou os olhos e deixou a cabeça para trás, sêmen quente se lançou na barriga dela. Kat olhou para baixo, olhando ele gozar. O estômago de Darkness tremeu, os músculos rolando um pouco sob a pele, mas a visão do pênis dele pegou a maior parte de sua atenção. Ele gozou forte. Darkness soltou a bunda de Kat e gentilmente fechou as mãos acima dela, a apressando para soltar seu eixo. Kat abriu os dedos.

— Você é tão sexy. – Ela admitiu.

Darkness respirou profundamente, o peito se expandindo, e baixou o queixo. Os olhos escuros se abriram e Kat viu as manchas amarelas nas íris, esse era o Darkness que ela mais gostava de ver. Ele soltou a mão dela e curvou os dedos ao redor dos quadris dela.

— O retorno é uma cadela, querida.

Darkness soltou o cabelo de Kat, alcançando e agarrando a ducha móvel. Ele se moveu subitamente e Kat teria deslizado no azulejo, mas ele a virou e pressionou de costas, prendendo-a na parede fria de azulejo. Darkness se moveu mais perto, o corpo a prendendo no canto, o pé cobrindo um dos dela, firmemente se segurando entre ele. Darkness soltou o quadril de Kat e se curvou um pouco, a encaixando sob um joelho. Ele a ergueu até que Kat se ergueu em um pé.

Ela se agarrou nos braços dele para manter o equilíbrio.

— O que vo-ahhh!

A pressão da água bateu contra seu clitóris, foi chocante, súbito e maravilhoso. Darkness segurou o bocal contra a boceta dela. Kat o agarrou mais apertado e travou os joelhos para não cair.

— É muito. – Ela pleiteou.

— Que pena. – Darkness rosnou. Ele curvou a cabeça e empurrou o rosto de Kat para o lado. A boca quente dele mordeu abaixo na garganta dela, doeu ligeiramente, mas era gostoso também. Ele rosnou, movendo o bocal um pouco para afaga-la um pouco com a água.

— Porra. – Kat ia gozar rápido e duro, os quadris se sacudiram e isso apenas fez ficar mais intenso. Ela apenas não pôde mais segurar, era impossível com tanta carga excessiva de pressão. – Darkness! – Ela gritou o nome dele quando tudo dentro dela explodiu.

A perna de Kat veio abaixo, mas ela não caiu. A ducha bateu no azulejo ao invés disso e os braços fortes de Darkness a pegaram ao redor dos quadris. Ele a ergueu, soltando o pé preso ao mesmo tempo. Kat passou os braços ao redor do pescoço dele e apenas arquejou.

— Isso é um desastre prestes a acontecer. – Darkness murmurou.

— Você me pegou. A pior coisa que pode acontecer é se um de nós deslizar aqui.

Água caiu neles pelo bocal do chuveiro, Darkness alcançou atrás deles e o desligou.

— Não, não é, querida.

Kat gostou dele a chamando assim.

Darkness segurou Kat e emudeceu o rugido que queria sair, jogar a cabeça para trás e deixar sair sua frustração seria bom. Quase tão bom quanto as mãos dela tinham sido nele. Seu pau endureceu novamente e ele queria foder Kat, ver o clímax dela sempre fazia isso com ele.

Ele usou os ombros para abrir a porta de vidro, ele caminhou para fora do box e do piso de azulejo. A água iria encharcar, mas ele não ligava. Kat tinha deixado a porta do banheiro aberta, então ele apenas entrou no quarto e a jogou na cama.

Kat arfou, não esperando isso. Inferno, ele pôde relacionar. Darkness veio atrás dela, apenas caindo na cama. Agarrou as pernas dela e as separou, expondo a boceta de Kat, precisava prova-la. Bateu a alternativa. Ele não tinha camisinhas em casa e era muito tarde para pedir algumas nos Suprimentos. Teria que ir ao Centro Médico, provavelmente acordar alguém.

Darkness empurrou o rosto e correu a língua pelas dobras de Kat, o sabor suave dela o deixou maluco. Uma das mãos dela cobriu seus cabelos molhados, agarrando um punhado, ele não ligava se ela puxasse um pouco. Nada ia distraí-lo. Apressou a língua sobre o clitóris dela e usou as presas para empurrar um pouco da carne suave para trás para expor mais área carnuda, ele pressionou a língua e rapidamente esfregou.

Kat gemeu e mudou as pernas, um pé terminando nas costas de Darkness. Ela se movia sob ele, os quadris rolando. Darkness a pressionou para baixo, prendendo-a.

Ronronos partiram dele e não desencorajou os sons, isso iria aumentar o prazer dela se ele vibrasse. Darkness moveu os quadris, o pênis duro e dolorido, ajudou um pouco se esfregar contra o cobertor, mas estar dentro dela seria muito melhor.

Kat gozou, dizendo o nome dele. Darkness rosnou e arrastou-se até ela, não sendo gentil quando agarrou os braços dela e os puxou para os lados. Ele usou o braço para prendê-la lá e separou as pernas entre as dela, forçando-as abertas. Darkness ergueu a bunda e se mexeu até que a ponta do seu pau encontrou o paraíso. Ele entrou em Kat.

Darkness viu o rosto dela, Kat estava molhada, quente e nada estava entre eles. Ele a fodeu duro e rápido, incapaz de fazer nada menos. Entretanto ele não viu dor, apenas prazer mudando o rosto dela. Kat girava a cabeça e fazia sons que o incentivavam a ser até mesmo um pouco mais rude do que deveria.

A cama rangeu, seu vizinho poderia ouvir a cabeceira batendo na parede, mas ele não ligava. Ele teria que bater em Smiley se o macho discordasse. A boceta de Kat se apertou ligeiramente ao seu redor até que ele teve que diminuir um pouco. Ela estava tão apertada que ele teve que lutar para se mover. Darkness rosnou, soltando um dos braços dela, foi para baixo e agarrou-a sob os joelhos. Ele se ergueu, deixando mais fácil para ele se mover.

Kat gozou. O braço dela se prendeu ao redor do pescoço dele e ela enfiou o rosto contra o ombro dele, gritando. Darkness começou a gozar, mas rosnou e saiu dela, virando os quadris, seu sêmen cobriu a perna de Kat. Ele sabia que não tinha feito isso a tempo, um pouco estava dentro dela.

— Ai caralho. – Kat arquejou.

— Você está tomando pílulas?

— O quê? – Os olhos de Kat se abriram e ela parecia confusa.

— Está no controle de natalidade? – Darkness soltou as pernas dela e segurou seu queixo.

— Não. – Ela piscou, ainda parecendo confusa.

— Filho da puta. – Darkness soltou Kat e rolou para longe, ficando de pé. A coisa mais próxima para socar era a parede, seus punhos bateram nela. Gesso encheu suas juntas.

— Darkness? – Alarme soava na voz de Kat.

Ela era a culpada. Não sabia disso, mas era. Ele virou, rosnando.

— Você não deveria ter vindo atrás de mim no chuveiro. Você sempre tem que empurrar.

Kat se sentou no meio da cama, os mamilos estavam frisados e havia arrepios na pele ainda úmida dela. Significava que ela estava com frio agora que eles não estavam distraídos. Darkness invadiu o banheiro e puxou uma das toalhas do pegador, ele virou e perdeu o passo no azulejo liso, quase caindo antes de recuperar o equilíbrio. Era apenas mais uma lembrança de como ela o deixara louco. Uma mancha larga de água vinha do chuveiro por todo o caminho do carpete no quarto, Darkness fez o caminho até a cama e jogou a toalha para Kat.

— Cubra-se. Não posso te ver nua agora. – Isso apenas ressaltava o que eles tinham feito e como ele tinha perdido o controle.

— O que está acontecendo?

Darkness cerrou os dentes.

— Fale comigo, por favor. – A expressão de Kat se suavizou.

Ele não disse nada.

— Estávamos tempo um tempo ótimo e agora você está rasgando a mão. Está sangrando. O que eu fiz? Eu disse algo? Eu estava tipo desligada.

Darkness continuou sem dizer nada. Ele não poderia. Não iria.

— Você perguntou se eu estava no controle de natalidade. – As feições de Kat ficaram vagas e ela empalideceu um pouco.

A quietude no quarto se tornou desconfortável. Kat pegou a toalha e saiu da cama. Darkness notou as marcas vermelhas na bunda dela quando se virou, amarrando a toalha ao redor dela. Tinha feito isso no chuveiro, talvez ela terminasse com marcas, era apenas outra coisa para lamentar.

Kat olhou para ele uma vez que a toalha estava passada ao seu redor, apertada para manter-se no lugar entre os seios. Ela se aproximou cuidadosamente dele e olhou para cima para seu rosto. Darkness não se moveu.

— Todos vão ouvir que estamos compartilhando sua casa. – A voz de Kat se suavizou um tom. – Eles provavelmente nos ouviram fazendo sexo também, nós somos um tipo alto. O segredo já foi. – Darkness odiou quando lágrimas encheram os olhos de Kat, ela piscou de volta, entretanto. – Seu idiota.

Isso o surpreendeu. Kat ergueu a mão e lhe deu um tapa no braço, Darkness olhou para onde ela tinha acertado e de volta para ela. Tinha doído, mas não o suficiente para machucar.

— As camisinhas não eram porque você estava preocupado que alguém iria cheirar você em mim. Você me pode me engravidar. Deveria ter me dito, eu não sou uma retardada. Posso fazer as contas. – O queixo dela se projetou. – Negue isso, vá em frente.

Darkness cerrou os dentes mais apertado.

Kat se afastou e quase tropeçou, Darkness se moveu, pegando-a pelo braço para ajudar a se estabilizar. Ela saiu do seu aperto e mais lágrimas apareceram, ela piscou essas também.

— Eu poderia ter tomado precauções. Você e seus malditos segredos.

— Os humanos não podem descobrir, Kat.

Kat se virou e passou os braços ao redor da cintura.

— Isso iria colocar nossos pequenos em perigo. Eles poderiam tentar sequestra-los e os vender. A Mercile tentou nos criar por uma razão, mas falhou. Isso ajudou a impedir que alguns dos piores fanáticos de vir atrás de nós quando eles pensaram que essa geração vai morrer inteira eventualmente.

Kat se recusava a olhar para ele, o corpo dela tremia, mas ele não estava certo se era físico ou emocional desde que não podia ver o rosto dela. Kat puxou uma respiração e virou.

— Existem crianças em Homeland? – A raiva não foi uma surpresa quando ela olhou para ele.

Darkness não disse nada, não podia contar a ela.

— Existem?

— É uma informação perigosa.

Dor cruzou o rosto de Kat.

— O quê? Acha que vou contar para a imprensa? Qual parte de ‘eu nunca iria ferir a ONE’ você não entendeu? Pensa tão pouco de mim que honestamente acredita que eu poria crianças em risco? Jesus! Então para adicionar um insulto a ferida, você casualmente menciona a pílula do dia seguinte? Você é realmente um bastardo.

Ele provavelmente merecia isso, apenas não sabia como responder.

— Não se preocupe, eu sou uma mulher esperta. Pego as coisas fácil. – A mão de Kat se abriu acima do estômago. –Se sua pequena deslizada de controle tiver consequências, elas não serão suas. Você não quer que ninguém entre. Qual é o protocolo?

— Eu não entendo.

— O que você vai fazer se eu engravidar. – Ela empalideceu. – Eles não podem me forçar a abortar, podem? – Kat se afastou, ficando mais perto do lado da cama para colocar mais espaço entre eles.

— Não. – Darkness odiou ver o medo cru no rosto dela.

Kat não relaxou muito.

— Entretanto eu não posso ir embora, certo? Não. – Ela respondeu a própria pergunta. – É assim que você mantem uma tampa sobre o assunto. Tem que manter todos aqui ou na Reserva, escondidos então ninguém vai saber que eles existem.

Darkness pestanejou, não gostando de quão acurados as reflexões dela eram.

— Reserva. – Kat compassou, abraçando a cintura. – É muito arriscado tê-los aqui. Eu fui permitida entrar, é por isso que todos precisam de uma escolta. Sem encontros acidentais com crianças. Inteligente. – Ela o ignorou, parecendo perdida em pensamentos que falava baixo. – Merda. – Kat parou e olhou para ele com um olhar horrorizado. – Idiotas como Darwin Havings iriam fazer tudo para colocar as mãos doentias nos pequenos NE. Eles seriam capazes de cria-los e mudar suas mentes. Eles e os homens como ele iriam fazer o que foi feito com você e seus irmãos para fazê-los matar.

Darkness assentiu.

— Entendi. – Lágrimas encheram os olhos de Kat novamente.

Darkness permaneceu de pé enquanto ela se aproximava dele, quase esperava que ele batesse nele novamente, mas Kat o surpreendeu quando pressionou a testa contra seu peito. Ela apenas ficou lá. Darkness teve a urgência de colocar os braços ao redor dela, apenas hesitando por um momento antes de seguir seus instintos e fazer isso. Kat não se afastou.

— Qual é o protocolo?

— Eu não sei.

— O que você faz quando pensa que talvez tenha acidentalmente engravidado alguém ou que há uma chance disso?

— Eu nunca tive isso acontecendo antes. Deveríamos ir até o Centro Médico e te testar, Kat.

— Certo, teste de gravidez. Eles podem ser capazes de dizer em poucas semanas. Acho que não estarei de volta ao trabalho na segunda. – Kat riu, mas isso soou áspero e eriçado. – Talvez eu precise daquele emprego na ONE depois de tudo.

— Kat. – Darkness não tinha certeza do que mais dizer.

Ela ergueu a cabeça para longe dele, mas não olhou para cima.

— Estou cansada, não dormi muito bem na noite passada e apenas duas horas hoje. – Ela caminhou ao redor dele e entrou no seu banheiro.

Darkness a seguiu com o olhar, Kat secou os cabelos e colocou a camisola de volta. A calcinha continuou no chão desde que estava molhada, Kat se virou e finalmente olhou para ele.

— Você teu uma escova de dentes sobrando?

— Pode usar a minha;

— Ótimo. – Kat bufou. – Agora você vai compartilhar algo pessoal, esqueça isso. Lide com mau hálito até que possa me trazer uma nova. – Kat saiu do banheiro e cruzou o quarto, olhando a cama. – Temos os lençóis molhados. Tem um adicional?

— Sim, vou pegar. – Ele ofereceu.

— Por que não vai limpar suas juntas? Elas não pararam de sangrar. Vou lidar com isso, apenas me diga onde elas estão. Você continua querendo o lado da cama ao lado da porta? Assumo que você faz isso por questões de segurança.

— Gaveta de cima no closet, do lado direito. Kat?

Ela pausou.

— Tudo vai parecer melhor de manhã. Esse é um lema que quero realmente acreditar agora. Apenas... Não vamos falar mais essa noite.

 

Kat continuou cambaleante pela noite passada. Darkness retornou ao apartamento com algumas sacolas nas mãos, ele fechou e trancou a porta atrás dele.

— Peguei algumas coisas para você.

— Uma escova de dentes?

— Isso e algumas outras coisas.

— Obrigado.

— Vou te fazer algo para comer. – Ele entrou na cozinha e usou o balcão para remover as embalagens.

— Eu já comi torradas, seu pão está quase vencendo.

— Esse não é um bom café da manhã, eu sei como fazer omeletes. Peguei ovos, presunto e queijo para eles. Me da dez minutos.

— Não, obrigado.

— Você continua zangada. – Seu foco se voltou para ela.

— Estou cansada de brincar de jogos verbais com você. Eu não vou comer nada que você faça.

— Por quê? Eu sou um bom cozinheiro.

Kat apontou para as sacolas.

— Não aconteceu de você passar no Centro Médico e pegar algumas pílulas para colocar na minha comida sem que eu saiba, não é? – Ela olhou o rosto dele em busca de reação.

— Pensa que eu faria isso? – A boca de Darkness virou uma linha fina.

— Eu não tenho ideia do que você é capaz, eu estava pensando enquanto você estava fora. Eu quero ser levada para a área de hóspedes. Estou anulando os termos que pedi, não quero mais viver com você. Não tenho ideia de como me sinto agora, mas serei maldita se você tomar uma decisão por mim, Senhor Controle.

— Eu nunca faria isso. É sua escolha se você quer a pílula. – Darkness se moveu rápido, caindo de joelhos na frente dela e se aproximou. Ele rosnou.

Kat não fez nada mais além de piscar. Darkness tinha dormido com ela, mas permanecido do lado dele. Ele tinha abraçado a si mesma, não querendo tocá-la. Não tinha sido um bom jeito de passar a primeira noite deles como colegas de quarto, o conceito de ter um bebê era assustador, mas ela não o odiava. As circunstâncias não poderiam ser piores. Os olhos de Darkness estavam quase negros e ele parecia zangado, não era nada novo.

— E se eu estiver e querer isso? Você vai fazer minha vida miserável?

— Sua vida é no mundo lá fora. – Darkness empalideceu. – Você abandonaria sua criança aqui?

Darkness poderia muito bem ter cuspido nela.

— Foda-se, não. – Uma nova suspeita bateu. – Outra mulher fez isso?

— Não.

— Apenas cale a boca agora. – Isso a fez se sentir ligeiramente melhor, mas o insulto doeu. – Eu lembro o que você mantem nas gavetas da cabeceira. Não me faça atirar em você.

Darkness se afastou.

— Realmente pensa tão pouco de mim? Que eu passaria por uma gravidez e abandonaria o bebê com você? Quero ser levada para a habitação dos hóspedes agora.

— Eu não quis dizer do jeito que soou, apenas não vejo você sendo feliz aqui. Você disse que sua carreira era a coisa mais importante para você.

— Era. Então eu a mandei para o inferno porque pensei que você era especial. Meu erro. Lição aprendida. Robert Mason vai ter certeza disso, logo antes que a bunda dele for chutada também, quando todos os detalhes vierem a tona do que ele me mandou aqui para fazer. Ouviu esse som? É a minha carreira escorrendo ralo abaixo.

— Sinto muito.

— Não é seu problema, eu fiz isso. Eu sei onde a culpa está.

— O que posso fazer? – Darkness descansou sobre os pés.

— Me leve para a habitação de hóspedes logo depois que eu pegar algo para vestir e escovar meus dentes. – Kat se ergueu, tendo certeza que não iria pisar em Darkness. – Com quem eu falo sobre ser contratada? – Ela pausou na porta do quarto e o estudou. – Pode me ajudar a conseguir um emprego aqui?

— Sim.

— Isso seria ótimo. – Ela mordeu o lábio. – Eu tenho que ir para a Reserva se estiver grávida?

— Existem pequenos aqui. – Darkness sacudiu a cabeça.

Kat entrou no quarto e pausou, não tendo certeza do que fazer. Sua vida tinha se tornado uma bagunça. Isso a lembrou de Missy. Como ia explicar porque não podia voltar para casa nunca mais? Mentir diretamente seria necessário, mas iria quebrar seu coração. Elas eram como irmãs. A casa delas era metade de sua responsabilidade, como Missy iria fazer os pagamentos? Ela não poderia fazer isso sem ela. A casa seria hipotecada. Sua melhor amiga iria odiá-la e estaria sem casa. Seu joelhos fraquejaram, Kat caminhou para a cama e se sentou.

— A carroça antes dos bois. – Ela murmurou.

A chance de estar grávida eram pequenas. Quais são as chances? Kat sempre tinha tido sexo com proteção quando saia com alguém e considerava se envolver com ele. Tinha pulado nisso com Darkness porque ele tinha sido muito quente. Era de conhecimento comum que os NE não carregavam doenças e não eram capazes de ter crianças. Isso provou a teoria de que nada estava escrito em pedra.

— Kat? – Darkness pairava na porta. – Você está bem?

— Não. Me dê alguns minutos.

— Fale comigo. – Ele não saiu, ao invés disso cruzou o quarto. – Odeio de ver desse jeito.

— Eu odeio estar desse jeito. – Ela admitiu.

— O que posso fazer? Apenas me diga, eu farei isso.

Kat deveria ter pedido a ele que saísse, mas ao invés disso ela deslizou na cama e ele arfou quando ela se jogou em cima dele. Darkness passou os braços ao redor dela e então os moveu para a cama, ele se sentou e ela subiu no seu colo.

— Apenas me abrace e não fale.

Darkness descansou o queixo no topo da cabeça de Kat. Ela ficou lá. Os braços dele se estreitaram e ele a ajustou um pouco em seu colo, os movendo para perto da cabeceira até que descansou contra ela. Foi bom quando ele acariciou suas costas, Kat relaxou.

— Fale comigo, Kat. Você está me perturbando.

Aquilo pareceu engraçado, Kat riu e então ficou séria.

— Eu estou perturbada.

— Continuo calculando as chances. Elas estão ao nosso favor.

— Eu sei, é uma em um milhão.

— Vou fazer uma ligação e descobrir o quão mais rápido podemos descobrir se você está grávida.

— Okay. Fale sobre mau momento e duas pessoas que não deveriam procriar.

— A criança não teria nenhuma deficiência porque você é humana e eu sou Espécie. Minha genética iria dominar a sua. Ele nasceria Espécie. – Darkness ficou tenso.

— Quis dizer porque nós dois somos workaholics e não exatamente um casal se relacionando. – Kat ficou tensa e olhou para cima, ela o liberou e se afastou. – Obrigado por me abraçar, estou bem agora. Quase esqueci o quão anti-humanos você é.

— Isso não foi o que quis dizer. – Ele rosnou.

— Deficiências. Mantenha isso. – Kat olhou para a mesa de cabeceira para fazer um ponto e então de volta para ele. – Deus, você é um bundão. Vou tomar banho. Pode me trazer, por favor, aquela escova de dentes e encontrar algo para eu vestir? Eu não quero ter que ir para o chalé de camisola e calcinhas molhadas. – Ela saiu naquela hora, antes que realmente ficasse maluca.

Kat bateu a porta do banheiro, mas não a trancou. Realmente queria escovar os dentes e ter algo para vestir, seria difícil para Darkness trazer as coisas para ela se não conseguisse alcança-la. Ela ligou o chuveiro e deu um passo para dentro, esperando que isso iria esfriar seu temperamento enquanto ajustava a temperatura da água para um pouco fria que ela normalmente gostava. Darkness apenas a chateou. Ele tinha momentos onde ela lembrava porque tinha se apaixonado por ele e então ele acabava com isso abrindo a boca.

Apaixonado por ele. Tente caída. Quebrou seu coração que Darkness nuca fosse realmente corresponder aos seus sentimentos. Ele não iria permitir que ninguém quebrasse aquelas barreiras emocionais dele. Tinha sido idiota pensar que vivendo com ele e fazê-lo a conhecer melhor iria funcionar.

Darkness proferiu uma maldição e alcançou o telefone ao lado da cama, ele discou o número de Trisha em casa e ela atendeu no segundo toque.

— Alô?

— É Darkness. Você está ocupada?

— Não, o que está acontecendo?

— Preciso que você aja como uma médica.

— É isso que eu sou.

— Quero dizer, preciso de confidencialidade. Tenho uma pergunta.

— Você não quer que eu mencione isso para Slade, em outras palavras. Pode mandar, estou curiosa. Ele já saiu, então não vai ouvir nada.

— Eu cometi um erro.

— Okay. De que tipo?

Ele hesitou.

— Quão rápido você pode descobrir se uma fêmea está grávida?

O silêncio do outro lado da linha durou quase dez segundos.

— Oh. Você e a agente do FBI? Okay. – Trisha pausou. – Cinco dias do tempo do seu... Hm... Acidente. A camisinha rasgou?

— Me recuso a discutir isso. – Darkness cerrou os dentes.

— Tudo bem. Um teste de sangue vai nos dizer em cinco dias. Quando isso aconteceu? Posso agendar vocês para vir.

— Será preciso?

— Sim. Eu teria o resultado em três dias, mas cinco tem mais certeza. Os níveis de hormônios Espécie batem forte quando uma mulher está carregando um do seu tipo. Eles também tem gestação acelerada. Você é felino, então isso seria de vinte semanas de gestação ou algo próximo. Isso iria depender de quão teimoso o bebê pode ser. Alguns vêm um pouco mais cedo enquanto outros gostam de ficar uma semana ou mais.

— Não quero que ninguém mais saiba.

— Nem mesmo ela? – Trisha pausou novamente. – Há opções, você precisa dizer a ela. Ela tem que fazer uma escolha.

— Eu já a informei, ela não quer tomar uma pílula.

— Ela sabe que você pode engravidá-la? Vai ter que informar a alguém na Segurança, Darkness. E se ela quiser ir embora? Ou contar a alguém lá fora?

— Ele entende a importância de manter segredo.

— Continua sendo um risco, você entende isso.

— Vou lidar com isso, mas não agora.

— Assumo que esse acidente aconteceu recentemente?

— Obrigado, Trisha. – Ele desligou.

Darkness se ergueu, foi para a cozinha e pegou a nova escova de dentes. Ele parou próximo à cômoda para encontrar uma camisa e um par dos seus shorts de exercício para Kat. Darkness entrou no banheiro e os colocou no balcão, ele parou à visão de Kat com a cabeça enfiada debaixo do jato de água, o cheiro do condicionador dela enchia o cômodo. Sua atenção desceu para os seios de Kat, seu pau endureceu. Darkness se virou antes que ela o pegasse admirando-a e deixou o banheiro.

Ele saiu do apartamento e foi corredor abaixo onde bateu na porta ao lado do elevador. Book atendeu, vestindo cueca, obviamente pronto para dormir depois de se trocar. O macho arqueou uma sobrancelha.

— Você tem camisinhas?

— Você não tem nenhuma? Todos nós recebemos algumas recentemente.

— Eu recebi, mas as devolvi. – Darkness se ressentiu por ser questionado. – Eu não achei que fosse precisar delas. – Tinha pensado que Kat não retornaria para Homeland.

Um sorriso curvou os lábios do macho.

— Um momento. – Book caminhou pelo apartamento e desapareceu dentro do quarto. Ele retornou rapidamente, uma caixa nas mãos. Book jogou e Darkness a pegou, Book parou ao lado dele. – Algo mais?

— Obrigado.

— Não estou surpreso. Você pareceu querer arrancar meu braço na última noite quando segurei a fêmea para impedi-la de cair da parede.

— Podemos manter isso entre nós?

— Claro, estou feliz que você encontrou alguém.

Darkness girou e caminhou para longe, Book gargalhou. Darkness resistiu a bater à porta quando retornou para seu apartamento, não gostava de divertir outros machos. Ele trancou a porta e levou a caixa para o quarto, colocou a caixa na gaveta ao lado de suas duas armas e se sentou na cama. O chuveiro continuava ligado no outro quarto.

Kat iria embora, ela permaneceria em Homeland, mas não mais em sua casa. Isso deveria fazê-lo se sentir aliviado, mas não se sentiu. Ela estaria sozinha. Outros machos das aulas dela iriam ouvir que ela voltou. Sua memória lembrou do felino no bar que tinha se oferecido para compartilhar sexo com Kat, outros iriam também. Ele rosnou.

Tinha ferido os sentimentos de Kat e a insultado. Ela tinha levado seu comentário sobre o bebê errado, ele não queria dizer aquilo como uma ofensa. Queria apenas assegurar a ela que a criança iria ser saudável e forte se eles criassem uma. Darkness se ergueu e caminhou para a porta do banheiro, colocando a mão na maçaneta, a água foi desligada no outro cômodo e ele permaneceu lá, ouvindo Kat se movendo.

Darkness soltou a maçaneta e recuou, sentando no final da cama. Ele esperou. Kat tomou um tempo, mas finalmente apareceu. A pele dela estava rosa do banho, o cabelo escuro molhado e as roupas dele estavam grandes no corpo pequeno dela. Kat pausou quando o viu olhando para ela.

— Estou pronta para ir.

Darkness deveria escolta-la para a habitação de hóspedes, eles tinham preparado isso para ela quando ele e as equipes tinham deixado Homeland para pegá-la. Ele permaneceu sentado.

— Você disse ele. – Kat ergueu ligeiramente a cabeça. – Quando falou sobre o bebê. Ele. Por que disse isso?

Ela tinha repassado a conversa deles na cabeça, ele adivinhou.

— Todas as crianças Espécie são machos.

— Sem garotas? – O ceticismo dela era claro.

— Não. Como eu disse, eles levam nossos genes. Os filhos se parecem muito similares aos pais, quase réplicas em miniatura. Nenhum deles é totalmente crescido ainda, mas parece que eles talvez sejam distintamente perto. Eu não vi nenhuma das características das mães no rosto deles.

— Ele seria a imagem viva sua? – As feições de Kat se suavizaram.

A respiração de Darkness foi afetada quando as palavras se assentaram. Seu filho, se tivesse um, iria. Nunca considerou ter uma criança. Ele experimentou emoções não familiares. Kat veio para mais perto, alarme se mostrando nos olhos arregalados.

— Você está bem?

— Isso apenas bateu.

— Você está arquejando, respire devagar. – Kat parou na frente dele e se curvou, as mãos em seus ombros. – Está tendo um ataque de pânico.

— Eu não sofro disso.

— Sim, bem, você está dando uma grande impressão. Apenas respire para dentro e para fora. Devagar. Você tem uma sacola de papel?

— Estou bem. – Darkness forçou os pulmões a trabalhar direito.

— Toda vez que quero te odiar por agir como um robô, você faz algo inesperado. – Kat hesitou e o surpreendeu se sentando no seu colo, Darkness agarrou os quadris dela para ela não cair para trás. – Há apenas uma pequena chance de eu estar grávida, lembra? No pior caso, esse não será o fim do mundo. De qualquer modo, estou chegando aos trinta então meio que já é hora que eu teria considerado ter um bebê. Minha mãe vai ficar emocionada, não tenho certeza se isso é bom ou ruim. Eu não posso ficar ao redor dela mais que um dia sem ficar desejando ter sido adotada, ela é realmente uma pessoa negativa. – Kat correu as mãos pelo braço dele. – Não vou esperar nada de você.

Darkness não gostou das emoções que sentiu, entretanto. Raiva. Dor. Mas não alivio.

— Bom, você me ajudando a conseguir um emprego aqui seria ótimo. De qualquer modo, eu provavelmente vou precisar de um bem rápido. Os empregados vivem em Homeland ou em outro lugar? Tenho que descobrir os arranjos de moradia e ver se posso me dar ao luxo de evitar que minha melhor amiga me renegue. É tipo uma longa viagem para minha casa se eu não estiver grávida. Entretanto, eu posso fazer isso.

— Te renegar?

— Sou dona de metade daquela casa onde você entrou, Missy não pode fazer os pagamentos sozinha. Eu não posso empurrar isso nela. Ela é uma artista esfomeada. – Kat sorriu. – Pelo menos é como ela chama a si mesma. Missy tem abundância de comida, é apenas que ela não faz o que eu faço e os ganhos dela podem ser erráticos, dependendo de como os romances dela são vendidos.

— Romances?

— Ela escreve histórias sensuais de romance. – Darkness parecia confuso. – Preciso ligar para ela, não vou mencionar nada sobre essa bagunça. Preciso apenas dizer a ela que estou bem.

— Você não pode.

— Ela sabe onde eu estou. – Kat hesitou. – Ela estava lá na noite passada. Eu não queria ela envolvida então tive que escondê-la. Ela não vai contar a ninguém. Eu confio em Missy com minha vida, Darkness. Temos sido melhores amigas desde o nono ano, nós duas tivemos péssimas vidas em casa e nos juntamos.

— Você vai ficar zangada e não quero que você fique. – Darkness lambeu os lábios, considerando.

— O que isso quer dizer?

— Você vai ficar calma?

— Estou calma.

Darkness continuou hesitando. Kat estava de bom humor, no seu colo. Ele não queria que ela gritasse ou o atingisse novamente. Não tinha doído, mas isso estava fora de questão.

— Uma equipe fez uma varredura em sua casa na noite passada depois que saímos. Apenas três equipes retornaram conosco para Homeland, uma permaneceu para ter certeza que ninguém viria atrás de você. Nós os acomodamos lá.

— Missy está bem? – Ela empalideceu.

— Ela está bem, Snow a pegou, mas não a machucou. Ouvi sobre isso essa manhã quando corri os recados.

— Você esperou até agora para me contar? – Kat parecia zangada. – Onde ela está?

— Em sua casa, a equipe está lá com ela. falei diretamente com Snow. Ele é um bom macho. Ela ficou assustada por apenas alguns segundos quando ele apareceu atrás dela. Ele percebeu que ela vivia lá porque o cheiro dela estava em todos os lugares e ela estava pouco vestida, ele sabia que ela não era uma intrusa. Snow jurou que ela está bem tendo a equipe lá e que ela não mandou que fossem embora.

— Ele é Nova Espécie, certo?

— Snow é, mas os outros três membros da equipe são humanos.

— Bem, isso deve excitá-la. – Kat pareceu se acalmar. – Ela sempre quis conhecer um. Missy não está algemada ou algo assim, está?

— Não, eles deram a ela caminho livre pela casa. Eles vão permanecer lá para o caso de alguém vir atrás de você, ela estará protegida. Eu queria eles capturados se alguém aparecesse.

Kat empurrou, surpreendendo Darkness o suficiente que ele foi para trás. Kat subiu nele, alcançando o telefone na mesa de cabeceira.

— Vou falar com ela apenas para ter certeza.

— Ela está bem. Suas linhas telefônicas não são seguras. – Ele segurou os pulsos dela e rolou, a prendendo debaixo dele. – Eu vou configurá-lo se você insistir em falar com ela.

Kat não lutou e seu corpo flexível o fez consciente dela como uma fêmea. A camisa emprestada dele delineou a forma dos seios de Kat, chamando sua atenção.

— Não fique com esse olhar.

— Que olhar? – Darkness olhou para cima para ver Kat pestanejando.

— Você sabe qual. Seus olhos estão mudando de cor novamente. Já tive meu limite de um erro por dia e já chegamos nisso.

— Eu trouxe camisinhas.

— Isso foi legal da sua parte. Um pouco presunçoso também. O que te faz pensar que quero transar com você?

— Você pediu para viver comigo. – Darkness gostava de um desafio e Kat sempre providenciava isso. – Você assumiu que eu não iria te tocar?

— Te disse que anulei os termos, eu vou para a área dos hóspedes.

— Você vai? – Um brilho de humor apareceu e ele riu. – Apenas se eu te permitir levantar e ir embora.

Darkness quase esperou que Kat o agarrasse quando ela se aproximou e cobriu o rosto dele, ao invés disso ela o acariciou.

— Não entendo você. Você sabe que é confuso, certo? Em um minuto você é gelado, no segundo é quente.

— É sua culpa. – A avaliação dela foi acertada.

— Sério? – Uma sobrancelha se arqueou. – Por que é?

— Você me deixa louco, eu não sei se eu deveria te deixar ir ou não. – Ele queria ser honesto. – Você tem me confundido.

— Pelo menos estamos sentindo as mesmas coisas. – Kat olhou para seus lábios. – O beijo ainda está fora da mesa? Você tem a melhor boca.

— Não estou pronto para isso ainda. – Era como se sentia e queria ser honesto.

Kat ergueu as mãos e os dedos brincaram com os cabelos dele.

— Pelo menos você está me deixando te tocar, é um progresso. Você tem o cabelo sedoso. Gosto de quão quente você é também, como se estivesse sempre com febre. Eu estava com frio na noite passada, mas não sabia como você reagiria se eu me curvasse para você. Você teria me deixado fazer isso ou iria sair da cama?

— Eu teria segurado você, mas sabia que você estava com raiva. Foi por isso que fiquei o mais longe possível.

— Estou surpresa que você não escondeu as facas, você não é a pessoa mais confiante. Eu estava brincando quando ameacei te acertar.

— Estou aprendendo isso.

— Eu não sou ela, você sabe. – Kat segurou seu olhar.

Darkness não gostou de ser relembrado do passado. O ela que ela se referia foi claro – Galina.

— Sei disso.

— Podemos fazer novas regras?

— Por quê?

— Estou cansada de pisar em ovos e você sendo cauteloso com tudo que falo.

— É difícil para mim confiar.

— Entendo isso, realmente entendo. Pessoas mentem para mim todo o tempo no meu trabalho. Entretanto, não estamos no dever agora. Isso é apenas eu e você, Darkness. Estou disposta a subir na borda por você. Pode pelo menos faz o mesmo por mim?

— Eu não sei, o que você quer?

— Sem mais mentiras. Vestidos ou quando estamos nus. Não quero que tenhamos que analisar tudo o que dizemos um para o outro. Bom, ruim, o que for. Vamos apenas dizer isso do jeito que é.

— Ninguém pode ser tão sincero.

— Eu posso ser com você, vou te dizer como me sinto também. Talvez você não fique confortável com isso, mas um de nós tem que fazer isso. Não vai ser fácil para mim também, então lembre disso. Você me fez querer correr riscos, estou esperando te inspirar para fazer o mesmo algum dia.

Kat sempre o espantava, Darkness não estava certo de como responder.

— Aqui vai. – Os seios dela se puxaram contra o peito dele quando ela inalou profundamente. Kat deixou a respiração sair antes de falar. – Eu estava atraída por você e pensei que poderia apenas ser feliz com o sexo. Eu não esperava as coisas que você me fez sentir, elas correram da raiva, frustração para apenas querer que você me abrace. Eu não vejo como ficar mais próxima de você, mas eu quero. Não quero uma série de noites ou seja lá do que você chama isso. Eu quero mais.

Darkness reagiu do mesmo jeito que tinha feito quando percebeu que eles talvez tinham criado uma criança. Sua respiração cresceu rapidamente e seu coração disparou. Ele não poderia falar, não tinha nem mesmo certeza do que pensar.

— Diminua sua respiração, não tenha outro ataque de pânico. – Kat segurou as bochechas dele. – Eu apenas disse o que eu quero, sei que você não está preparado para isso. Essa sou eu expressando meus sentimentos. – Ela sugou o ar e respirou vagarosamente. – Faça o que eu faço.

Kat permaneceu respirando daquela forma e ele a imitou, isso ajudou muito e as desconfortáveis dificuldades físicas passaram. Kat sorriu e acariciou suas bochechas.

— Isso é um elogio para mim.

— Que eu vou te escutar?

— Que eu faço o Senhor Controle perder isso.

— É por isso que não posso te dar mais. – Darkness não queria ferir Kat, mas ela queria honestidade. – Eu não tenho ataques de pânico.

— Não tinha. Passado. Você já teve dois.

— Não posso fazer isso. – A raiva surgiu, ele tentou se erguer e sair de perto dela, mas Kat se recusou a soltar seu rosto. Darkness pausou.

— É assustador e uma bagunça quando se começa a se apaixonar por alguém, Darkness. Ouvi isso de alguém que me deu uma sacudida, essa é a sua. Você pode fugir fisicamente de mim, mas isso não vai fazer você parar de pensar em mim. É uma via de duas mãos. – Kat abriu as mãos. – É sua escolha se permaneço aqui ou mudo para a habitação de hóspedes. Pode pelo menos pensar sobre isso por cinco minutos antes de tomar uma decisão?

Darkness rolou para fora da cama e escapou para a sala, ele compassou, considerando as palavras de Kat. Ela não o seguiu. Ele se manteve olhando para a porta, mas ela permitiu a ele ter espaço. Darkness xingou, a urgência de bater em algo apareceu, mas ele reprimiu. Kat o deixava louco. Seu primeiro instinto foi pedir a ela para que saísse, mas ele admitiu bem lá no fundo que não queria que ela fosse. Este foi o mais indeciso que ele esteve em anos.

 

Darkness continuava no apartamento, mas o silêncio no outro cômodo enervava Kat. O que Darkness iria decidir? Ela permaneceu na cama para dar a ele tempo para pensar.

Kat se sentou depois de cinco minutos, deslizando da cama e tentou espiar pela porta. Darkness compassava entre a cozinha e a porta da frente, a expressão tempestuosa. Ela descansou contra a porta, o observando. Darkness era lindo, mas não era seu tipo, Missy tinha acertado. Ela não tinha ideia de como lidar com ele, nem mesmo pensava que isso era possível. Darkness era uma carta selvagem e ela não poderia nunca esperar adivinhar o que ele faria em seguida. O nariz dele se mexeu e Darkness parou, virando a cabeça em sua direção.

— Ainda pensando? – Ela sorriu.

— Você pode ficar.

— Bom. – O sorriso dela aumentou.

— Não posso te prometer nada, Kat.

— É um começo.

— Nunca vivi com ninguém antes, posso ser ruim nisso.

— Estou apostando nisso, eu provavelmente não sou nenhum piquenique também. Eu sou agressiva e você me irrita. Isso significa que eu vou te acertar na cara, esqueça todas aquelas coisa doces que já ouvi vocês caras esperando de uma mulher.

— Eu odiaria isso.

— Bom.

— Você teria medo de mim se não fosse tão corajosa.

— Esse é um bom termo para usar.

Darkness arqueou uma sobrancelha em questionamento.

— Algumas pessoas chamariam isso de algo menos lisonjeiro, como estúpida para não correr quando você está com raiva. – Kat se afastou da parede. – Você ainda vai fazer omeletes? Estou com fome, pássaros comem pão. Eu realmente tenho um apetite.

— Eu nunca iria te drogar com nada.

— Aquele foi um golpe baixo, desculpe. Eu apenas sei o quão você iria odiar se eu estivesse gravida.

— Eu teria sido um péssimo pai e um companheiro pior.

— Vamos esquecer isso por agora. Por que se preocupar sobre o que provavelmente não vai acontecer? Você trouxe camisinhas, vamos usá-las.

— Liguei para um dos médicos. Um exame de sangue pode responder essa questão em cinco dias.

— Isso é rápido.

— Assim como a gravidez. – Ele entrou na cozinha, abrindo a porta da geladeira.

— O que isso quer dizer? – Ela o seguiu, querendo ajudar.

— Vamos discutir isso se você estiver gravida. Quando menos souber, melhor.

— Quer dizer que isso é confidencial e que está com medo de que eu conte para alguém.

— Não se ofenda. – Darkness segurou uma cartela de ovos nas mãos e assentiu. – Tenho que informar à ONE que você sabe sobre as crianças.

— Vai ajudar se eu fizer um juramento de sangue e silêncio?

— Não somos tão severos, uma clausula de confidencialidade iria ajudar. Isso iria aliviar um pouco das preocupações deles, suas leis do mundo exterior não funcionam aqui, mas as nossas funcionam no seu.

— Isso soa justo. – Kat gargalhou. – Sarcasmo.

— Peguei isso. – Darkness sorriu. – Vamos pegar qualquer vantagem que pudermos.

— Não culpo vocês, os NE aguentaram merda a maior parte da vida. É hora da mesa ser virada.

Darkness sorriu, o som profundo e maravilhoso, isso animou o rosto dele também. Kat amou ver isso.

— Nunca ouvi isso ser colocado dessa forma.

— Gráfico, ainda específico, para ir direto ao ponto. O que posso fazer?

— Se afaste, a cozinha é pequena. Vamos ficar trombando um no outro, de outra forma. – Darkness pausou. – Quero te avisar que eu só sei juntar algumas coisas.

Cozinhar era uma novidade para nós e eu só tive interesse em aprender para fazer o que eu mais gosto de comer.

— É uma lista pequena?

— Omeletes, bacon, bifes, presunto grelhado e sanduiches de queijo.

— Eu sei como abrir latas e aquecer o que tem dentro, nunca aprendi a cozinhar. Missy continua me alimentando, ela é uma cozinheira fantástica e ama isso. Gosto de tudo que você disse. O que você acha de comida enlatada e sopas? Eu tenho alguns deles.

— Há sempre o bar. – Darkness gargalhou. – Eles servem comida excelente. Na Reserva, eles tem uma cafeteria com um enorme buffet todos os dias. Muitos dos machos lá não cozinham ou tem cozinhas nas casas, então eles alimentam todos.

— Não vamos morrer de fome, isso é um bônus.

— É sim.

— Conte-me sobre Snow. Há qualquer chance dele pegar ela como companheira e trazê-la para cá? Ela poderia nos alimentar.

Ele abriu a boca, espantado.

— O quê? É uma pergunta válida. Ela é solteira e sempre reclamou sobre quão sozinha ela é. Já vi seu pessoal. Ela não teria chance se ele decidisse trazê-la para casa. Missy provavelmente ia dirigir o carro para ele.

— Ele é solteiro, mas não tenho ideia se ele quer uma companheira.

— Talvez ele queira se ela assar cookies, disse que aquela garota ama cozinhar. Ele lê?

— Assumo que sim. Por quê?

— Ela escreve sexo quente em seus livros e sempre pede a todos que encontra para lê-los. Espero que ele tenha senso de humor.

— Ele me lembra um pouco eu mesmo.

— Merda, isso não é bom.

Darkness fez uma careta.

— Missy não é como eu, somos completamente opostas. Ela é passiva. Ele não iria caminhar ao redor dela e quebrar seu coração, iria?

— Eu não sei.

— Você chutaria a bunda dele por mim se ele fizer? – Kat riu, o provocando.

— Você está brincando. – Uma sobrancelha escura se ergueu e Darkness balançou a cabeça.

— Não se ele realmente quebrar o coração dela, então talvez eu realmente tentasse chutar a bunda dele de verdade. Você iria me ajudar? Talvez segurar os braços dele, então ele não iria me pulverizar com alguns socos?

— Ninguém iria se atrever a te machucar. – Darkness ficou sóbrio.

— Por que isso?

— Eu os mataria.

Ele não estava brincando, Kat percebeu aquilo.

— Você é tão quente quando fala assim.

— Quer realmente comer ou terminar em minha cama? – Darkness colocou uma panela no fogão e olhou para longe.

— Essa é uma decisão difícil. – Kat queria dizer isso.

— Vamos comer primeiro, você disse que estava com fome. Pare de me distrair.

— Mas isso é divertido.

— Quer que eu queime sua omelete? – Um sorriso curvou os lábios dele.

— Não. – Kat se virou. – Você tem uma máquina e uma secadora? Precisamos fazer algo sobre o seu cobertor úmido e eu poderia usar roupas limpas que não cheiram como se tivessem apenas saído de uma sacola, o que elas foram. Obrigado por me trazer algumas coisas.

— Vou lidar com isso depois que comermos. Elas estão no andar de baixo, no primeiro andar.

— Apenas me diga onde ir e posso começar a lavar.

— Não.

— Isto é quebrar as regras? – Após a resposta afiada, Kat girou para olhar Darkness.

— Esse é o dormitório dos homens, o primeiro andar estará lotado de machos nessa hora do dia.

— Mulheres não são permitidas?

— Elas são, mas você não vai caminhar ao redor deles sem mim.

— Certo, eu preciso de uma escolta. Apenas assumi que seria legal contanto que eu permanecesse dentro do prédio.

— Não é por isso, alguns deles vão se aproximar de você para sexo. – Um tom de Darkness se aprofundou para um rosnar. – Quer a verdade? Eu machucaria alguém.

— Você está com ciúmes. – Kat sorriu.

Isso ganhou um olhar.

— Eu nunca iria aceitar, você é o único homem que quero.

— Eu ainda iria machuca-los. – Ele se focou na panela. – Pare de me distrair, eu não sou um expert nisso. Gostaria que a primeira vez que cozinho para você não seja um desastre. Estou tentando te impressionar.

— Tire suas roupas se você arruinar o café da manhã, eu ainda vou continuar impressionada.

Darkness praguejou suavemente e lambeu o polegar, Kat sabia que ele tinha se queimado. Ela não poderia ajudar, mas riu.

— Desculpe, eu vou para o quarto. Me chama quando isso ficar pronto. Você está bem? – Ela se virou, indo para o outro cômodo.

— Estou bem, eu curo rápido.

Kat sorriu enquanto entrava no quarto e retirou as cobertas da cama, isso precisava ser lavado também. Darkness não iria deixar que ela lavasse, mas pelo menos poderia deixar isso pronto para ele. Sua manhã tinha começado ruim, mas tinha ficado um pouco melhor. Darkness tinha deixado ela ficar. Os dois estavam fazendo um esforço para ver como viver junto iria ser.

Kat procurou no quarto dele e encontrou um cesto de roupa no fundo do closet, foi triste ver apenas os uniformes dele pendurados no closet. Ela olhou para a cômoda alta, assumindo que ele guardava a maioria de suas roupas casuais. Kat jogou o bolo de roupas no contêiner de plástico, o ajustou e carregou para a porta da frente, onde o colocou.

— Isso cheira maravilhoso.

— Quer presunto e queijo?

— Sim. – Kat foi atrás das toalhas que tinham usado e das roupas dele da noite anterior, menos o colete, e adicionou tudo à pilha. – Onde estão suas roupas sujas?

— Lavei todas ontem, eu tinha tempo para matar enquanto esperava seu arquivo do FBI.

— Meu arquivo? – Aquilo matou seu bom humor, ela se aproximou do balcão.

— Sim.

— Como conseguiu isso?

— Temos contatos em seu mundo que são capazes de obter isso. – Darkness colocou a comida nos pratos.

— Quem?

— Senador Jacob Hills.

O nome pareceu muito familiar, isso clicou.

— A plataforma política dele é a ONE e seus direitos. Ele também é pai de Jessie North?

— Sim.

— Leu algo interessante sobre mim?

— Você tem um bom arquivo, não há atividade criminosa em seu passado e seu supervisor anterior pareceu gostar de você pelas suas avaliações. Você não é muito próxima a sua família. – Ele pausou. – Você...

— É o suficiente, isso soa tão chato. Isso me deprime.

— Eu geralmente como com o prato em meu colo. – Darkness ergueu os dois pratos e veio ao redor da divisória.

— Você precisa de uma mesa de café. – Kat aceitou o prato que ele ofereceu e apenas se sentou no chão.

— Posso conseguir uma hoje, vou pegá-la de outro apartamento.

— Apenas isso? Ninguém vai ligar de você pegando deles?

— Nem todos estão ocupados. – Darkness gargalhou e se sentou na frente dela. – Mudamos muito entre Homeland e a Reserva.

— Precisamos de bebidas. – Kat se ergueu e pegou dois refrigerantes depois de aprender o que ele queria. Ela se sentou novamente. – Tenho uma pergunta.

— Você tem muitas delas. – Darkness olhou para ela. – O que quer saber?

— Alguém vive aqui quando você está na Reserva? – Kat olhou ao redor.

— Não, eu passo muito tempo aqui então é minha residência permanente.

— Okay.

— Por que pergunta?

— Estava apenas imaginando onde eu teria que viver se você tivesse que ir para lá. – A expressão de Darkness ficou tensa e os olhos dele escureceram. – O quê? Planeja ficar muito lá? – Kat baixou o olhar. – Vamos comer, isso parece realmente bom.

Eles comeram em silêncio, estavam quase terminando quando o telefone tocou. Kat começou a se levantar, mas Darkness apenas ficou de pé e atendeu na cozinha. Ele falou baixo e então desligou.

— Tenho que ir.

— Está tudo bem?

— Fury quer falar comigo no escritório dele. Ele está assumindo enquanto Justice está de férias por alguns dias.

— Para onde vocês caras vão?

— Ele foi para a Reserva com a companheira dele. – Darkness pegou o prato e colocou no balcão. – Não saia do apartamento ou faça chamadas. Posso confiar que você fará como estou pedindo?

— Sim, quero falar com Missy, mas farei isso quando você me trazer uma linha segura. Te ouvi mais cedo.

Darkness parecia indeciso.

— Acredita em mim. – Kat assegurou. – Não vou deixar o apartamento ou tocar no telefone. Mesmo se ele tocar. Entendo suas necessidades de segurança e procedimentos. Talvez eu não seja uma grande fã disso e penso que seja um pouco paranoico, mas regras são regras. Tenho que segui-las enquanto estou em Homeland.

— Obrigado, estarei de volta logo. – Darkness caminhou para a porta e pegou o cesto.

Kat o assistiu ir e terminou sua omelete. Ela iria manter sua palavra.

 

— O que posso fazer por você? – Darkness se sentou no escritório de Fury, ele tinha feito pequenas paradas no caminho.

— Por que demorou tanto?

— Eu tinha recados.

— Há algo que você queira me dizer? – Fury veio para frente e colocou os cotovelos na mesa, descansando o queixo nos pulsos.

— Não.

— Estou no lugar de Justice, lembra? Eu leio todos os relatórios.

— Nada aconteceu no mundo lá fora. Uma equipe continua lá, mas eu chequei no meu caminho até aqui. Eles estão bem, está quieto e ninguém tentou entrar na casa que eles estão ocupando.

— E sobre Katrina Perkins?

— Ela está aqui, fui capaz de recuperá-la.

— Você não a levou para a habitação de hóspedes. – Fury pestanejou. – Tive um oficial sem um trabalho desde que ele tinha sido encarregado no dever lá fora para manter um olho nela. – Ele ergueu a cabeça e bateu um dedo no arquivo. – Esse é um relatório de perturbação no dormitório masculino. O macho abaixo do seu apartamento reportou barulhos altos vindos de sua casa. Ele ficou com muito medo de se aproximar de sua porta. Ele é um primata vindo da Reserva, está aqui apenas algumas semanas por ano.

Aquilo enfureceu Darkness e ele decidiu falar com o macho que se atreveu a discutir.

— Não, eu posso quase ouvir sua mente. Você tem Katrina Perkins em sua casa. Ela não está na área de hóspedes então estou assumindo que ela continua lá.

— Não quebrei nenhuma regra, pedi a um dos machos para manter um olho nela em minha porta. Kat está segura, eu segui o protocolo.

— Isso não é oficial, droga. Está vivendo com ela?

— Ela insistiu. Essas foram as condições dela para retornar a Homeland comigo.

Os olhos de Fury se arregalaram, ele se recuperou do olhar atônito mais rápido.

— Ela é uma fêmea humana. Você poderia tê-la subjugado facilmente e apenas forçado ela para vir contigo.

— Eu não queria fazer isso.

— E as perturbações em sua casa? – O macho teve os nervos de rir. – Acho que ela não estava feliz lá? – Fury estudou Darkness. – Eu não vejo ferimentos.

— Tenho coisas melhores a fazer do que ser o alvo do seu divertimento. – Darkness rosnou e se ergueu.

— Sente-se. Essa é uma ordem.

— Disse que não era oficial. – Darkness congelou.

— Não para a ONE, assuntos de família. O que está acontecendo? Fale comigo.

— O que está errado com todo mundo? – A frustração se ergueu. – Por que todo mundo está pedindo para que eu fale? Ela está aqui e bem. Não estou quebrando as regras tendo ela na minha casa e tenho um macho a vendo desde que ela não é uma companheira. Isso é tudo que você precisa saber.

— Sente-se, por favor.

Darkness bateu a bunda na cadeira e essa rangeu sob seu peso, ele cruzou os braços.

— Isso não é da sua conta.

— Me importo mesmo assim. – Fury se ergueu e rodeou a mesa, sentando-se na cadeira próxima a ele. – Assim está melhor? Somos apenas dois machos tendo uma conversa. Fale.

— Ela queria ficar comigo, não há nada mais a dizer.

— Você não permite que ninguém fique tão próximo.

— Disse isso a ela.

— Há algo mais acontecendo? – Fury escondeu as feições.

— Não. – Darkness evitou encontrar o olhar curioso de Fury.

— Trisha ligou.

— Tanto por confidencialidade. – Darkness rosnou.

— Ela apenas disse que nós precisávamos conversar, eu sou o macho mais próximo de você. O que ela sabe que eu não sei? Você perdeu seu temperamento e machucou sua fêmea de alguma forma?

— Nunca machucaria Kat. – Darkness pulou de pé, resistindo à urgência de socar Fury.

— Nunca pensei que você iria fazer isso com intenção, mas você não seria o primeiro macho que se preocupou que talvez tivesse ferido uma no calor da paixão. – Fury se ergueu. – Trisha estava preocupada e sabia me contatar. Você é um macho difícil que se recusa a aceitar ajuda de qualquer um. O que está acontecendo? Vai, por favor, me dizer? Devemos ir para fora e lutar até que você esteja pronto para se abrir comigo novamente?

— Não vou lutar com você. – Darkness se sentou.

— Ótimo. Ellie odeia quando bagunço minhas mãos. Ela gosta de segurá-las e crostas não são a textura favorita dela. – Ele se sentou e virou a cadeira para olhar para Darkness. – Por que Trisha está preocupada com você? As intenções dela eram boas, ela se importa. Todos nós nos importamos.

— Isso incomoda. – Darkness fez uma careta.

— Eu entendo, mas temos que permanecer juntos. Tudo isso é novo. Você está atraído por Kat?

— Está bancando o idiota?

— Estou sendo um amigo e um irmão. Ajuda a discutir coisas com outros que tem experiência com elas. Eu tenho emoções por Ellie, é isso que está acontecendo com você? Talvez isso te faça sentir como se estivesse perdendo a mente porque amor te faz questionar sua sanidade. É normal. Você não está machucado, Kat também não, então isso significa que talvez contatou Trisha para te avaliar. Você não está sofrendo uma complicação.

— Não é isso.

Fury ficou em silêncio, como se estivesse esperando por uma explicação mais expandida, se acalmando um pouco. Darkness respirou fundo e deixou sair.

— Perdi o controle.

— Como? Perdeu o temperamento ou jogou coisas?

— Controle sexual. – Darkness agarrou os braços da cadeira.

— Os humanos não são tão frágeis quanto a gente imagina. Eles não são feitos de vidro. Ellie pode me aguentar, ela gosta de sexo bruto as vezes.

— Gozei dentro dela antes de sair completamente. – Darkness falou suavemente, um pouco humilhado em admitir isso. – Foi tão bom e ela estava me mordendo. Eu perdi.

— Ela não está no controle de natalidade? – Fury empalideceu.

— Não.

— Merda, quer que eu a cheire? Eu poderia dizer se ela está ovulando. – Fury se aproximou e enviou um olhar simpático a ele. – Vai precisar contar a ela se ela está.

— Ela é uma fêmea inteligente. Eu tive um pouco de temperamento para ir em frente. Não tive que contar a ela, ela descobriu.

— Você deveria ter me informado logo. – Raiva mudou as feições de Fury.

— Ela não está traindo essa informação.

— Ela trabalha para o FBI. Para Robert Mason. – Fury se ergueu tão rápido que a cadeira caiu para trás. – Seu idiota cabeça dura, está colocando Salvation e cada criança em perigo. Vou trazê-la para cá. Ela precisa ser trancafiada até que possamos ter certeza.

Darkness pulou da cadeira e agarrou Fury, os dois bateram no topo da mesa. Ele rosnou no rosto de Fury e mal resistiu a socá-lo.

— Ninguém vai atrás de Kat. Ela não está colocando seu filho ou os outros em risco.

— Controle-se. – Choque arregalou os olhos de Fury, mas ele manteve o aperto na camisa de Darkness e empurrou um pouco do peso para fora.

Darkness o deixou ir e se afastou para caminhar pelo cômodo, colocando espaço entre eles.

— Ela vai permanecer comigo.

Fury deslizou da mesa e olhou para os papeis bagunçados que tinham terminado no chão, ele olhou para Darkness.

— Eu não ia machuca-la.

— Ela trabalha para o FBI, isso a faz muito consciente do tipo de perigo que nossas crianças poderiam enfrentar. Ela está pronta para assinar os papéis de confidencialidade

para nos assegurar do seu silêncio. Já conversamos sobre isso. Deixei-os prontos, mas não envie ninguém atrás dela. Você faz isso e eles vão terminar no Centro Médico.

Fury ajeitou a camisa e se manteve à distância. Sua raiva desapareceu e ele mascarou suas feições.

— Você acredita tanto nela?

— Acredito. – Caiu devagar em Darkness que ele não estava apenas defendendo Kat para mantê-la segura. Ele confiava que ela manteria sua palavra. Ele realmente confiava nela. – Porra. – Ele se moveu para frente e se curvou para pegar a pilha de papéis. Ele não quis ir atrás do macho. – Desculpe, estou na borda.

— Isso foi causado pelo medo.

— Você está errado. – A cabeça de Darkness se ergueu.

— Aquela fêmea pode estar carregando seu filho. Você não pode apenas ignorar isso.

— Não estou soando os alarmes a menos que haja uma razão para tal. Fo um deslize.

Fury teve o nervo de bufar, isso se tornou em um riso fino e puro.

— Qual é a graça? – Darkness se endireitou, colocando o resto dos arquivos na mesa.

— Você é.

— Me ressinto disso.

— Você não espera que eu acredite que você apenas colocou as informações de lado e não está obcecado sobre o que vai fazer se ela estiver gravida. – Fury fechou a distância entre ele e agarrou os braços de Darkness. – Você não quer que ninguém fique próximo a você, mas talvez não tenha escolha. Esse vai ser seu filho. Você está assustado.

Darkness se separou do aperto de Fury e considerou batê-lo na mesa novamente.

— Não, eu assusto os outros. Eu não experimento medo.

— Você não é diferente depois de tudo. – O macho tinha no rosto. – Negar é o primeiro passo de se apaixonar por uma fêmea. Eu conheço os sinais. Vi isso no espelho depois que Ellie veio para minha vida novamente. – Fury se afastou rápido, saindo da linha de soco. – Você confia nela quando nem mesmo confia em mim e eu sou seu sangue.

— Mande os papéis para minha casa, terminei aqui. – Darkness girou.

— Papéis de companheiros?

— Concordância de confidencialidade. – Darkness parou na porta e se virou, seu olhar mortal. – Sabia o que eu quis dizer. Não foda comigo, irmão.

— Diga a sua fêmea que eu disse olá. Vamos ter certeza de convidá-la para jantar também, contigo. – Fury descansou o quadril contra o lado da mesa.

— Foda-se. – Darkness saiu e bateu a porta.

Sua audição não perdeu o som de mais risos do macho. Suas mãos se fecharam e ele queria bater em algo.

 

Kat sabia quando estava sendo evitada. Darkness definitivamente ficava longe do apartamento tanto quanto possível. Um oficial tinha ficado postado lá fora no corredor, ela tinha sido instruída a permanecer dentro ou um Nova Espécie poderia pará-la.

 

Tédio era um coisa horrível. Kat passou os canais e quase jogou o controle remoto na televisão, não estava passando nada que ela quisesse assistir ou que pudesse distraí-la. Pelos últimos três dias Darkness tinha saído cedo, permanecido longe e apenas vinha para casa tarde da noite. Eles tinham sexo, mas isso envolvia algemas. Darkness continuava mantendo o rosto dela longe do dele, restringindo-a então ela não podia tocá-lo. Kat não poderia dizer que isso não tinha sido fantástico, apenas controlado e um pouco frio. Darkness não queria conversar, apenas pronto para dormir depois. Ele iria abraçar o topo da cama, de costas para ela.

 

A porta se abriu e ela virou a cabeça, surpresa ao vê-lo enquanto ainda havia luz do dia. Kat apertou o botão mute e se ergueu.

 

— Olá.

 

— Oi. – Darkness bateu a porta. – Preciso trocar meu uniforme. Está quente de modo incomum e suei enquanto estava na patrulha. – Ele caminhou pela sala até o quarto.

 

— Estou cheia. – Seu temperamento ferveu.

 

— Desculpe-me? – Darkness se virou, pausando.

 

— Isso é mais do que você disse para mim desde a manhã depois que me trouxe até aqui. Você está fora o tempo todo, estou perdendo a cabeça.

 

— Você queria morar comigo. – A boca dele se tencionou em uma careta. – Trabalho muitas horas.

 

Kat fechou os olhos e contou até dez, Darkness tinha ido quando ela os abriu. Kat entrou no quarto e o pegou retirando o uniforme, um limpo descansava na cama.

 

— Quero ser escoltada para os portões, vou precisar de algum dinheiro para ir para casa. Você não me deixou pegar uma bolsa.

 

— Você não está indo embora. – Ele se sentou na cama, removendo as botas. – Continuamos trabalhando para cuidar de Robert Mason.

 

— O que isso significa?

 

— Justice decidiu ir pelos canais apropriados desde que isso é do FBI. Não gostamos de fazer inimigos e precisamos ficar em bons termos com eles. Fomos assegurados que eles o estão investigando e ele está suspenso por um período. Eles retiraram o passaporte dele também, para prevenir que deixe o país.

 

— Então eu não estou mais em perigo, até mesmo você pode ver isso. Estou indo para casa.

 

— Você não pode. – Darkness se ergueu para sua altura completa.

 

— Posso, apenas vim aqui para passar um tempo com você. Isso não está acontecendo.

 

— Mason pode ainda ser um perigo para você. – Darkness pestanejou.

 

— Enquanto ele está sob investigação? Ele é um idiota, mas não um completo imbecil. Disse a você que ele não vai me matar. Acredito que os outros agentes que ele enviou para Homeland estão bem, certo?

 

A falta de resposta de Darkness foi uma resposta boa o suficiente. Ele a teria informado imediatamente se algo tivesse acontecido com os outros agentes apenas para provar seu ponto. O silêncio falou alto.

 

— Quero acesso ao telefone então. Vou ligar para Missy e ela vem me buscar.

 

— Não se passaram cinco dias. – Darkness fez um ponto olhando para o estômago dela, ele olhou para seus olhos então. – Você não vai até que façamos o teste e isso dê negativo.

 

— Tudo bem. – Kat tentou ser razoável. – Entendido. Você vai me escoltar até a área de hóspedes ou eu deveria pedir ao cara no corredor?

 

— Seu chalé foi atribuído a outra pessoa, nós temos visitantes. Você vai permanecer aqui. – Darkness removeu as botas, se ergueu e desceu as calças.

 

— Então me encontre outro chalé.

 

— Não há nenhum chalé livre, é isso. – Ele removeu a calça e colocou um par limpo.

 

Kat queria chama-lo de mentiroso, mas do jeito que Darkness vinha agindo, era como se ele quisesse se livrar dela. Isso também poderia explicar o mau humor dele, Darkness estava preso a ela.

 

— Ótimo. Maravilhoso. – Kat girou, marchando de volta para a sala. Dois minutos mais tarde Darkness saiu do quarto.

 

— Te vejo mais tarde.

 

— Certo. – Ela se recusava a olhar para ele. – Não se incomode em me acordar quando chegar, estarei dormindo no sofá.

 

— Por quê? – A voz dele saiu áspera.

 

— Estou cansada de ser ferrada por você. – Kat olhou brevemente para ele.

 

— Você quis compartilhar o quarto comigo. – As narinas de Darkness se inflaram e ele avançou um passo.

 

— Isso foi antes de eu saber que a única interação que teríamos era você me acordando para prender algemas em meus pulsos e me foder. Você nem mesmo conversa enquanto isso. Prefiro apenas pular isso.

 

— Você gosta disso.

 

— Também gosto de conversar, passar um tempo com alguém e não sendo evitada. Você não liga para minhas necessidades. Parece que está me punindo, Darkness. Eu já tive o suficiente, você fica com o quarto e eu com o sofá. Tenha certeza de marcar o exame de sangue para depois de amanhã. Estarei fora daqui no momento em que isso ficar claro.

 

— Não estou te punindo.

 

— É como eu sinto. – Um pouco da raiva de Kat desapareceu. – Eu não vim aqui para ficar maluca. Eu nem mesmo deixei seu apartamento desde que me trouxe para cá, a única coisa que vi lá fora foi da varanda. Não sou fã de televisão, mas é o único entretenimento que tenho. Estou ficando uma louca agitada. Pensei que seriamos capazes de conhecer um ao outro melhor.

 

— Conheço cada centímetro seu. – A expressão de Darkness era implacável quando ergueu o olhar para cima para olhar dentro dos olhos de Kat. – Já aprendi tudo o que você gosta.

 

— Eu quero mais que sexo, tenho certeza que deixei isso claro.

 

— Te disse que não tenho nada mais para dar.

 

Isso doeu, Kat não queria mais brigar com ele. Darkness era teimoso e determinado a mantê-la à distância de um braço.

 

— Você venceu, eu desisto. Pensei que havia algo mais entre nós, mas vejo que você não vai permitir que isso aconteça. Você pode dormir sozinho a partir de agora, isso deveria te impressionar. – Kat girou, entrando na cozinha.

 

Darkness esperou alguns minutos, mas então a porta abriu e fechou atrás dele. Kat fez um sanduiche e sentou no sofá novamente, a dor surda em seu peito era desapontamento e tristeza. Pelo menos ela tinha dado um tiro, sabendo que poderia lamentar fazer esse esforço. Darkness não iria encontra-la na metade do caminho.

 

Seu apetite sumiu e ela praguejou. Jogando a comida no lixo, caminhou para a porta, abriu-a e olhou para fora. Um Nova Espécie sentado em uma cadeira a quatro metros segurava um aparelho eletrônico. Ele olhou para ela com curiosidade.

 

— Precisa de algo?

 

— Não tenho permissão para deixar o prédio, certo?

 

— Correto. – Ele se enrijeceu na cadeira.

 

— O prédio tem algum acesso ao telhado?

 

— Sim. – Ele hesitou. – Por quê?

 

— Preciso esticar as pernas, aquela varanda não é grande o suficiente para fazer isso. Gostaria de ver alguma luz do sol e respirar ar fresco. Você pode me levar até lá? Isso tecnicamente não estaria quebrando as regras, certo? Não me faça implorar, eu não seria bonita.

 

Ele hesitou por um momento e então fechou o aparelho, deixando-o contra a parede. Ele se ergueu.

 

— Apenas prometa que não vai tentar nada.

 

— Eu não tenho asas para voar e tenho certeza como o inferno que não iria pular por causa de Darkness.

 

— Sou Field. – O cara sorriu.

 

— Prazer te conhecer. – Kat pisou para fora e fechou a porta. – Me chame de Kat, é o diminutivo de Katrina.

 

Ele indicou a direção e puxou o cartão de identificação do bolso da frente, passou na fechadura e abriu a porta. A escada apareceu, ele foi na frente e ela o seguiu. Field teve que passar o cartão novamente no topo e puxou um painel.

 

— Não o usamos com frequência, apenas fique longe das bordas. É uma longa queda e os lados são inclinados. Eles na instalaram paredes seguras para rodear o espaço.

 

Kat puxou uma respiração profunda enquanto pisava na luz do sol. Era um dia quente, apenas como Darkness tinha dito. A vista do telhado mostrou a ela mais de Homeland, ela podia até mesmo apontar para as paredes que os cercavam do mundo lá fora. O parque se mostrou à esquerda, à distância.

 

— Obrigado. – Ela sorriu para Field.

 

— Entendo o sentimento de clausura e a necessidade de espaço aberto. Eu poderia contatar Darkness para ver se ele me autorizaria a te levar para outro lugar.

 

— Não se incomode, isso é ótimo. – Kat caminhou alguns passos para longe da porta e se endireitou, virando o rosto para o sol, olhos fechados. Ela apenas ficou lá. Uma brisa fina passou por ela, era muito bom estar fora do apartamento.

 

— Já saiu da casa dele alguma vez?

 

— Não, ele está fora a maior parte do tempo. – Kat virou para olhar para Field. – Ele é amigável com todos?

 

— Hum... – A expressão do cara mostrou a surpresa dele.

 

— Essa foi uma piada pobre.

 

— Darkness é Darkness. – Ele sorriu.

 

— Esse é um jeito educado de colocar isso. – Kat girou para apreciar a vista.

 

— Ele é um bom macho. Apenas... Não muito extrovertido.

 

Ela assentiu.

 

— Ele é respeitado por todos.

 

— Tenho certeza que ele é.

 

— Posso perguntar algo?

 

— Claro. – Kat olhou para ele.

 

— Você vai dar mais aulas? Gostei de uma que fui capaz de assistir.

 

Ela não se lembrava dele, havia um monte de rostos, no entanto.

 

— Acho que não, estou indo para casa em poucos dias e duvido que vou voltar.

 

— Isso é uma vergonha. Não trabalho na Segurança, mas todo que trabalham lá gostaram das suas aulas.

 

— O que você geralmente faz ou não está permitido a dizer?

 

— Sou um enfermeiro. – Ele sorriu. – Darkness me pediu para ser um dos seus guardas. Estou acostumado com fêmeas humanas, ele sabia que eu não seria uma ameaça a você de forma nenhuma.

 

— Uma ameaça? – Aquilo pegou seu interesse.

 

— Alguns dos nossos machos não iriam entender o que você vivendo nos aposentos dele significa. – Ele corou. – Darkness não quer que nenhum macho cometa o erro de acreditar que você está disponível para a aproximação deles desde que não é uma companheira. Ele tinha a reputação de não ser o tipo de atacar outros machos. Nossos machos costumam ver nossas fêmeas compartilhando sexo com outros machos. Nossas fêmeas não tem relações monogâmicas, alguns machos iriam estar confusos sobre seu status.

 

— Eu não sou nada para ele além de uma perturbação. – Kat deixou as informações se assentarem.

 

— Ele ameaçou rasgar qualquer parte do corpo se eles tocarem em você. – Field mudou o peso do corpo. – Ele se preocupa com você. Darkness também escolheu a dedo cada macho responsável por ficar do outro lado da porta. O Centro Médico tem uma equipe menor hoje porque estou aqui ao invés de estar lá.

 

— Por que ele faria isso? – Aquilo a surpreendeu.

 

— Você vive com ele, posso falar livremente? – O cara engoliu com força e olhou para longe, parecendo desconfortável.

 

— Claro.

 

— Você é a primeira fêmea com quem Darkness compartilhou sexo desde que fomos libertados. Ele as evitou ao ponto de outros acreditarem que talvez ele estivesse interessado em machos. – As bochechas dele coraram. – Por favor, não diga a ele que eu disse isso, ele tem um temperamento. Eu não sou um bom lutador. Foi por isso que escolhi enfermagem como uma profissão. Ele me colocaria na sala de treinamento mesmo assim.

 

— Não vou repetir nada do que você disse, prometo. – Isso confirmou o que Darkness tinha dito a ela.

 

— Eu também fui ordenado a te dizer que não há nenhuma casa de hóspedes disponível se você perguntar. – Field se aproximou e abaixou a voz. Ele lambeu os lábios e olhou de volta para a porta aberta, então deu a ela um olhar intenso. – Isso é mentira.

 

A mente dela cambaleou um pouco.

 

— Ele queria que você ficasse com ele. Assumo pelas ordens que ele me deu quando saiu que você talvez pedisse para ser movida. Ele não conversa muito, mas está claro que você importa. Darkness é um bom macho, ele tem apenas dificuldades para se relacionar. Ele mantem tudo dentro.

 

— Ele pediu para que você mentisse para mim? – Kat se aproximou dele e manteve a voz baixa.

 

Field assentiu.

 

— Darkness é conhecido por sua honestidade, eu fiquei surpreso pela ordem. Minhas apostas estão de que ele está desesperado para te manter dentro da casa dele. Darkness talvez não se sinta confortável admitindo isso para você ou nem mesmo sabe como.

 

— Ele nunca está lá. Acha que ele passaria mais tempo comigo se este fosse o caso?

 

— Ele é Darkness. Estou contando a você porque eu odiaria que ele perdesse a única coisa em que está interessado. Eu iria dizer a uma fêmea que ela era importante para mim, mas ele? – Field suspirou. – Ele atribuiu você a oficiais que ele sabia que estariam com muito medo de tocar a fêmea dele e pediu a eles para mentir para que ela acreditasse que não havia outra opção além de permanecer na cama dele. Você compreende? Ele é orgulhoso e teimoso, talvez esteja com medo da rejeição. Sei que você se importa com ele, sou amigo de Book. Você pediu para morar com Darkness. Ele ouviu a conversa de vocês na sua casa quando eles foram de trazer para Homeland. Espécies tem audição excelente. Não desista de Darkness. Acredito que ele valha a frustração e a raiva que deve ter te feito sentir.

 

— Ele continua me empurrando para longe.

 

— Empurre de volta, ele não vai te machucar. Aposto minha vida nisso. Ele precisa de uma fêmea muito forte para lidar com ele. Eu sei qual era seu trabalho no mundo lá fora, uma fêmea fraca não teria escolhido trabalhar para o FBI. Eu tenho amigas fêmeas humanas que também escolheram carreiras dominadas pelos machos. Você é acostumada a enfrentar adversidades. O macho vale isso, você obviamente não encontrou um macho valioso para você até agora. Darkness iria valer.

 

— Obrigado por me contar tudo isso. – Kat estudou os olhos bonitos dele. – Não vou te dedurar. Agradeço por isso.

 

— Todos nós deveríamos vir com um manual de instruções. – Field riu. – Seria muito mais fácil se relacionar um com o outro, não seria? Eu tenho uma vantagem desde que passo muito tempo com o staff médico humano. Darkness não é um típico e ele perdeu mais que a maioria. Isso o faz extra teimoso sobre permitir que alguém se aproxime.

 

— Sei disso muito bem.

 

— O coração dele é mais largo do que ele gostaria que alguém soubesse. Já vi tais reflexões em algumas das ações dele. Você tem apenas que empurrar para trás a resistência dele.

 

— Eu precisava dessa conversa estimulante, isso é sobre jogar a toalha. Vamos voltar para o apartamento. Tenho que pensar em um novo plano.

 

— Você talvez queira reformular isso no futuro. Espécies poderiam acreditar que você quer dizer isso no sentido literal, que você está brincando com o coração dele, mas eu entendo. – Ele sorriu. – Mantenha seu olho na bola e acerte o idiota para fora do parque. Ele se importa com você.

 

Kat deu risada.

 

— Está tudo bem? – Darkness estudou Field. O macho se ergueu, assentiu e colocou seu e-reader debaixo do braço. – Obrigado.

 

Ele parou na sua porta, mas pausou antes de entrar. Gostava de voltar para casa com Kat em sua cama, mas ela iria estar dormindo no sofá. Era tudo culpa dele. Não podia culpa-la por estar ressentida pelo seu tratamento. Kat estava presa no espaço pequeno e isso iria irritar qualquer um. Darkness esperou até que Field atravessasse o corredor antes de abrir a porta.

 

Sua visão de ajustou à sala escura, Kat não tinha deixado nenhuma luz para ele, outro sinal de que continuava ressentida. Darkness fechou a porta e caminhou pelo cômodo para olhar para o sofá. Kat não estava dormindo lá. Ele pestanejou e se aproximou do quarto, a porta permanecia aberta e nenhuma luz e mostrava. Darkness hesitou na entrada.

 

Kat descansava no lado dele da cama, quase caindo da borda. Darkness descansou contra o batente da porta, aceitando que era alívio o que sentia. Kat estava lá, em sua cama. Ele se voltou, removeu o colete e o jogou no sofá antes de remover as botas.

 

Seus pés doíam pelos turnos extras, isso o tinha mantido ocupado, no entanto, longe de Kat. Ele retirou todas as roupas e retornou para o quarto para ficar de pé no fim da cama, o olhar preso na forma dela. Kat dormia de bruços, o braço nu e as costas revelando onde as cobertas não alcançavam. Ela não havia colocado uma das camisas dele como uma barreira contra seu toque, os cabelos dela estavam espalhados acima da cabeça, pousados no travesseiro. Uma das mãos dela estava curvada a poucos centímetros do rosto, cada respiração leve e vagarosa sendo uma prova de que dormia pacificamente.

 

Darkness imaginou se ela tinha rolado na cama durante o sono tinha propositalmente pegado seu espaço para irritá-lo. Ele sorriu, apostando na segunda opção. Kat gostava de empurrá-lo quando estava zangada. Algumas vezes sua rebelião era alta e óbvia, mas ela tinha talento para pequenas mostras de desafio.

 

Ele foi para frente até que suas pernas pressionaram contra a parte baixa da cama, queria passar por ela e girá-la. Precisava pegar as algemas, isso era o que tinha feito a ela a cada noite.

 

Darkness segurou-a pelos pulso e os ergueu até uma das colunas da cabeceira. Ele hesitou, apesar do seu pênis erguido. Queria Kat. As camisinhas estavam na cômoda próxima a cama, tinha trazido mais no caso de gastar toda a caixa.

 

Kat se esticou e suas pernas se separaram alguns centímetros enquanto ela se apoiava mais firme de bruços. Não houve mudança em sua respiração, Kat dormia. Darkness rodeou a cama, desceu perto dela e capturou um punhado dos cabelos dela nos dedos. Ele se aproximou e inalou.

 

Tinha ordenado produtos da escolha dela, o aroma de pêssego sempre ia lembra-lo dela. A fruta cabia a personalidade de Kat. Suave, delicada, com uma dureza no centro. A boca se encheu de vontade de provar. Darkness fechou os olhos e admitiu para si mesmo que Kat o tinha mudado, se tornado uma parte dele. Um ligeiro ressentimento correu através dele, mas quando abriu os olhos novamente e olhos para as feições pacificas dela, a emoção mudou para cobiça. Iria sentir saudades dela quando ela fosse embora.

 

— Merda.

 

Kat se agitou e abriu os olhos, Darkness permaneceu no lugar, mas soltou os cabelos dela. Kat pestanejou um pouco, piscando, mas então ele entrou em foco.

 

— Oi.

 

— Você está do meu lado da cama.

 

— Eu sei. – Kat ergueu a cabeça e olhou para o relógio na mesinha. – Você está mais atrasado que o habitual. É depois da uma.

 

— Precisava fazer algumas coisas.

 

Ela se sentou, cobrindo as curvas dos seios. Uma mão se aproximou, procurando pela lâmpada. Darkness a pegou, segurando. Kat não tinha escolha, mas continuou lá.

 

— Não, eu gosto desse jeito.

 

— Não estou surpresa com seu nome. Escuridão... Entendi isso.

 

— Não foi por isso que o escolhi. – Ele sorriu.

 

— Deveria ter sido.

 

Kat não tentou puxar a mão, Darkness gostava de tocá-la.

 

— Me desculpe por mais cedo.

 

— É mais fácil admitir que está errado quando não posso ver seu rosto. – Kat suspirou.

 

— Sim.

 

— Pelo menos chegue mais perto. – Ela deslizou para frente.

 

— Não tenho sido justo com você. – Darkness se ergueu e sentou no topo do colchão.

 

— Eu sei. – Kat o surpreendeu quando virou em sua direção e descansou a testa no peito dele, a outra mão se curvando ao redor do braço. Ela ficou lá, perto. – Não é fácil para você compartilhar algo com alguém.

 

— Não quis te machucar ou te deixar com raiva.

 

Kat virou a cabeça e esfregou a bochecha sobre a pele dele.

 

— Você quis me chatear, sou culpada por fazer a mesma coisa com você. Isso trouxe uma reação e isso é melhor que o silêncio. Precisamos trabalhar em nossas habilidades de conversação. Temos apenas dois volumes – alto ou mudo.

 

Darkness soltou a mão de Kat e passou o braço ao redor da cintura dela. Gostava dela em seus braços. Ele descansou o queixo no topo da cabeça de Kat, isso parecia encaixar lá.

 

— Não posso mudar.

 

— Não estou pedindo que mude. Apenas quero entrar.

 

— Não.

 

— Sem discussão sobre isso, hein? – Kat ficou tensa em seu aperto. – Nada de dar e receber?

 

— Te avisei desde o começo, Kat. Você é uma tentação que eu não poderia resistir, mas nunca serei o tipo de macho que você precisa. Posso te dar sexo, é isso. Eu quero ser honesto. Falei com Justice hoje e podemos encontrar um trabalho para você com a ONE. Nosso povo gosta de você e aprovaram suas aulas. Ele vai te pegar como uma instrutora em tempo integral.

 

— Ensinar a eles sobre segurança? Você tem a força-tarefa para isso.

 

— Para ensinar sobre os humanos em geral. Temos um débito com você pelo modo como lidou com aqueles humanos na van. Você estava certa, eles poderiam ter infligido muitos danos antes que os levássemos para fora. Não estávamos preparados para aquele tipo de assalto, estamos agora.

 

— Eu, hum... – Kat pausou. – Tenho que pensar sobre isso.

 

— Você poderia viver em Homeland ou dirigir para sua própria casa à noite. Isso seria sua escolha. Sempre é perigoso trabalhando para Homeland. Você teria que ser muito cuidadosa ao seu redor para ter certeza que ninguém te siga até sua casa. É menos perigoso que na Reserva. Lá há uma população de humanos menor, as residências próximas de nós, gostam de nós, mas percebi que provavelmente não seria sua preferência se mudar para tão longe. – Darkness correu as mãos pra cima e para baixo na espinha de Kat. – Eu prefiro que você viva em Homeland. Nós poderíamos ver um ao outro.

 

— Está me pedindo para continuar vivendo com você?

 

— Não, você seria atribuída a sua própria casa. Eu poderia te visitar depois dos meus turnos às vezes.

 

— Entendo. – Kat relaxou. – Você seria capaz de me foder e então ir embora sempre que estivesse no humor. – O tom ferido dela indicava que aquela não era uma opção.

 

— Não posso te oferecer mais.

 

Kat o empurrou e ela deixou cair os braços, Kat rolou para longe e foi para o outro lado da cama.

 

— Estou cansada.

 

— Isso não é o suficiente para você?

 

— Você já sabe a resposta, é um cara brilhante. Boa noite.

 

Kat puxou as cobertas, escondendo o corpo da visão de Darkness. O jeito que ela ergueu os joelhos e manteve as costas para ele não deixou dúvidas de que não queria ser tocada. Darkness estava desapontado, mas não surpreso. Kat queria um macho que podia dar a ela todas as coisas que precisava. Esse nunca seria ele.

 

Darkness se ajeitou no lado oposto da cama, deitou de costas e olhou para o teto como tinha feito milhares de vezes antes. O som da respiração irregular de Kat o machucou. Ela não chorava, mas sua angústia era clara. Ele a tinha derrubado.

 

— Eu sinto muito. – Essas eram palavras difíceis de dizer.

 

— Não sinta. – Kat fungou. – Eu fui a única que quis mudar as coisas.

 

— Você merece mais. – Darkness queria se aproximar e tocá-la. Ele não fez isso.

 

— Concordo.

 

Darkness mudou o foco de volta para o teto, a respiração de Kat eventualmente desacelerou e ele soube que ela dormia. Ele não pôde encontrar aquela paz dos seus pensamentos turbulentos. Levou um tempo, mas Darkness finalmente cochilou.

 

Kat montou em seu colo, sorrindo para ele. Ela estava nua, os seios nus. Ele os alcançou e os espalmou. Kat arqueou as costas, pressionando contra seu toque mais firmemente. Os dois estavam nus. Seu pênis estava duro quando Kat passou os dedos ao redor do eixo. Ela se ergueu, ajustando a posição do seu pau e se sentou sobre ele.

 

Darkness rosnou à sensação da boceta quente e molhada. Apertada. Ele olhou para o rosto dela. Kat estava deslumbrante. As bochechas dela estavam coradas de paixão, seus bonitos olhos quase fechados. Ela segurou o olhar dele e se moveu, pegando um pouco mais do seu pau, se erguendo e descendo. O prazer se partiu através dele até que Darkness não pôde mais aguentar. Ele correu as mãos costelas abaixo dela, curvo-os ao redor dos quadris dela e a segurou lá enquanto ia para frente, fodendo-a mais duro e profundamente. Gemidos saíram dos lábios partidos dela, o enlouquecendo.

 

Kat se aproximou e sua mão dedilhou o estômago dele e então mais para cima, para brincar com um dos seus mamilos. Ela prendeu a ponta entre seu indicador e o polegar. A sensação afiada quando o fez gozar, mas ela não estava lá ainda. Darkness cerrou os dentes, ignorando o jeito que suas bolas se apertavam e queria explodir. Ele ajustou seu aperto nela e pressionou o polegar contra o clitóris dela, esfregando.

 

Kat gemeu mais alto e sua boceta se apertou quase dolorosamente ao redor do eixo dele. Kat se aproximou até próximo da cabeça dele com a outra mão. Ele pensou que ela planejava pegar um aperto nos ombros dele para apoio, mas ela agarrou o travesseiro sob a cabeça dele, ao invés disso. Darkness fechou os olhos, apenas aproveitando a sensação de estar dentro dela, de tê-la o montando.

 

— Darkness?

 

Ele abriu os olhos ao som sexy da voz dela, mas não era mais Kat em cima dele – Galina montava nele. Ela segurava uma faca na mão e a lâmina refletiu a luz enquanto isso descia, a ponta entrou profundamente em seu peito. Agonia rasgou através dele e ele rugiu pela força disso...

 

— Darkness!

 

A voz de Kat veio à direita dele e ela apertou seu bíceps. Darkness estava sentado na escuridão, em sua cama. Ele estava respirando fortemente e suor cobria seu corpo. Ele tinha tido um pesadelo, estava fresco, enrolado em sua mente. Levou cada grama de controle para não atacar, ele trancou o corpo na posição, apenas permitindo o movimento do peito enquanto arquejava.

 

— Você está bem? Acho que você está tendo um pesadelo. – Kat esfregou seus braços.

 

— Não. – Darkness se ajeitou para sair. Ele lutou contra a vontade de derrubá-la para longe. – Pare de me tocar.

 

Ajudou quando Kat colocou a mão longe, mas isso poderia ter resultado em tragédia. Ele talvez tivesse atacado Kat. Seu peito estava intacto, seu coração não tinha sido rasgado pela lâmina de Galina. Ela estava morta, ele a tinha matado. Não era ela na cama.

 

— Tente diminuir sua respiração. – Kat murmurou. – Está tudo bem.

 

— Tenho que ir. – Darkness deslizou para a esquerda e se ergueu.

 

Ele se curvou, pegou sua roupa descartada e fugiu do quarto. Apenas colocou a calça, carregando a camisa para fora do apartamento. Ele precisava se distanciar de Kat, poderia tê-la matado. Ele não foi feito para um relacionamento com uma fêmea.

 

O humor de Kat estava sombrio enquanto ela esperava a médica loira entra na sala de exame. Ela olhou para o relógio na parede. Os minutos passavam vagarosamente e ela tinha certeza que esse tinha sido os vinte minutos mais longos de sua vida. A porta se abriu e ela ficou tensa. Não foi a doutora Alli, como ela tinha se apresentado, quem entrou. Darkness caminhou para dentro da sala.

Ele parecia quente no uniforme. No entanto, as feições dele estavam duras e o olhar escuro a prender no assento ao lado da mesa de exame.

— Olá.

Isso é tudo que ele tem a dizer pra mim? Kat não o tinha visto desde que ele fugiu do quarto na noite anterior. Mais tarde Field tinha aparecido, parecendo culpado e arrependido, para informar a ela que tinha sido instruído para movê-la para a habitação dos hóspedes.

Darkness não a queria mais em sua casa. Isso tinha doído, mas ela não estava surpresa.

— Eu deveria te agradecer por aparecer para pegar o resultado?

— Já descobriu?

— Ainda esperando. – Ela sacudiu a cabeça.

Darkness descansou contra a parede e cruzou uma bota sobre a outra. O silêncio dele a chateou. Kat lidou em permanecer sentada, mas estava tentada a cruzar a distância de poucos metros entre eles e o socar. Isso talvez a fizesse se sentir melhor, mas no final, ela usou palavras ao invés disso.

— Da próxima vez, tenha bolas para chutar uma mulher para fora de sua casa você mesmo.

Darkness pestanejou.

— Você me ouviu.

— Achei que era melhor fazer um término limpo.

— E o que você vai fazer se eu estiver grávida? – Kat arqueou uma sobrancelha.

— Eu não sei. – Darkness rosnou e olhou para longe.

— Eu muito menos, concordamos com algo.

— Você a criança seriam bem cuidadas.

— É melhor isso não ser uma ameaça.

A pele escura de Darkness empalideceu ligeiramente e ele olhou para ela.

— Você sabe que eu nunca te machucaria ou permitiria que alguém o fizesse. Quis dizer que a ONE e eu iriamos ter certeza que vocês dois estivessem providos e protegidos.

— À distância.

— Você iria ficar em Homeland ou na Reserva.

— Estou assumindo que, qualquer que eu escolha, você estará no outro local?

Darkness não disse nada, isso respondeu à pergunta. Kat tinha apostado certo. A porta se abriu e a doutora Alli entrou.

— O teste de gravidez é negativo. – Ela mexeu as mãos como se estivesse nervosa, olhando entre os dois. – Vou sair agora. – Ela se virou para ir embora.

— Tem certeza? – Darkness se afastou da parede.

— Sim. – A loira pausou. – Tenho certeza. Os níveis de hormônios iriam estar cravados se ela estivesse carregando um bebê Espécie. Eu poderia fazer uma ultrassonografia, mas isso não é necessário.

— Obrigado. – Darkness permitiu que ela saísse.

A porta se fechou e Kat deslizou do topo da mesa, as pernas se sentindo um pouco trêmulas. Ela odiou o desapontamento que sentiu com as notícias. Não seria a pior coisa ter um bebê, mas parte dela tinha começado a gostar da ideia. A outra parte estava agradecida. Darkness iria ter o desejo dele, eles teriam uma separação limpa. Não haviam nada para os prender juntos.

— Isso é bom.

Kat olhou para Darkness. Ele está tentando me convencer ou a ele mesmo?

— Não vou te afastar de sua celebração, tenho um taxi para pegar. – Ela caminhou para a porta e segurou a maçaneta.

Darkness subitamente caminhou atrás dela e bateu a mão na porta para mantê-la fechada. Kat podia senti-lo perto. Se ela se virasse, eles iriam se tocar. Isso a fez continuar, imaginando porque ele não estava abrindo a porta para ela.

— Kat. – Darkness murmurou.

Lágrimas encheram seus olhos. Kat esperava que ele dissesse que estava pronto para tentar ter um relacionamento real, que tinha mudado de ideia. Ela não iria segurar a respiração.

— O quê?

— Você considerou trabalhar com a ONE?

— Sim. – Kat se recusava a olhar para ele. – Agradeço a oferta, mas não. Vou continuar no FBI se eles permitiram isso ou trabalhar em outro lugar depois que a investigação estiver completa. Vou daqui a pouco falar com o supervisor no comando, planejo ir para casa primeiro e pegar algumas roupas de verdade. – Kat olhou para baixo para a camiseta da ONE e calças de moletom, menos para o logo dele. – Essa não é a minha melhor roupa para impressionar.

— Você precisa de algo?

Uma longa lista se formou na cabeça dela, começando por ele caindo de joelhos e implorando para ela ficar.

— Não. A ONE me assegurou que vão pagar o taxi para me levar para casa. É tudo o que eu preciso. Minha escolta vai me levar para um dos portões, eles querem evitar que alguém me veja saindo.

— Eu...

— Você o quê? – Kat piscou as lágrimas de volta e virou. Darkness era tão alto e grande. Ela sempre relembraria isso sobre ele, e como ele cheirava tão bem.

— Te desejo o melhor, Kat. – Dor passou pelos olhos de Darkness ou talvez fosse um pensamento desejoso da parte de Kat.

— Você também. – Ela girou. – Tenho que ir se isso é tudo o que quis dizer.

Darkness soltou a porta e deu um passo atrás, Kat girou a maçaneta, abriu a porta e escapou para o corredor em passos rápidos. Não quebre. Não dê a ele a satisfação de saber que te machucou. Kat repetia isso na cabeça até que localizou sua escolta próxima a porta da frente.

— Vamos embora.

O macho assentiu e a levou para o Jeep esperando. Kat estava deixando Homeland e nunca iria voltar. Isso deveria fazer Darkness feliz. Ela estava miserável, mas não era

da conta dele. Isso endureceu um pouco seu coração. O portão se tornou uma porta na parede com um único oficial Nova Espécie a ajudando, lá haviam alguns armados no caminho em cima da parede.

— Apenas caminhe através do corredor e através do portão da casa diretamente além. Um taxista está esperando na frente da casa, ele vai acreditar que você é uma residente aqui. Ele já foi pago. – O oficial forçou um sorriso. – Por favor, não revele a localização da casa para ninguém. Os dois portões de trás e da frente estarão abertos para você.

— Obrigado, não vou contar a ninguém. – Ela quis dizer isso.

As instruções eram claras. Ela deixaria Homeland, cruzaria o quintal e caminharia através de um bonito e arrumado jardim para o portão da frente, evitando a casa conjugada. Um taxi estava estacionado na rua. A mulher dirigindo sorriu enquanto ela se sentava no banco de trás.

A motorista recitou seu endereço.

— Está correto, certo? Sua mãe disse que você teve uma briga com seu namorado quando ela ligou. Ela já pagou pelo cartão de crédito, então eu não me incomodei em esperar enquanto você pegava mais de suas coisas.

— Vou voltar mais tarde. – Kat se recostou, era uma boa cobertura. – Ele precisa de tempo para se acalmar.

— Eu sinto muito, querida. Os homens podem ser tão idiotas. – A motorista colocou o carro em marcha.

— Sim, eles podem. – Kat pensou em Darkness. Ela não tinha ninguém a culpar além de si mesma por esperar mais com Darkness. Isso não suavizava o coração partido, entretanto. – Eu não quero conversar.

— Claro, entendi. – A mulher ligou o rádio, uma estação country.

Kat tocou o estômago, deveria ser uma notícia fantástica que tinha evitado uma gravidez não planejada. A ideia de ter um pequeno mini Darkness tinha estado em sua mente com frequência e ela tinha começado a gostar do conceito. Ele tinha que estar sentindo o oposto.

O táxi parou na frente da sua casa e Kat agradeceu a motorista e saiu, era bom estar em casa. A pintura estava descascada e as janelas precisavam ser substituídas, mas era sua casa. Missy iria estar feliz em vê-la. Ela teve que tocar a campainha desde que não tinha as chaves.

Missy atendeu e instantaneamente sorriu.

— Você está em casa! – Ela a abraçou forte. – Senti sua falta.

— Quis ligar, mas não fui capaz. – Darkness tinha certeza disso. – Você está bem?

Missy a soltou e a puxou para dentro, fechando a trancando a porta.

— Estou bem. Tudo limpo, gente. É apenas Kat.

Um homem uniformizado caminhou pelo corredor para a sala de estar. Ele segurava uma arma e as letras ONE colocadas no colete dele indicavam quem ele era. As feições dele revelavam que ele não era um NE. O segundo cara que caminhou pelo corredor vindo da cozinha era. Ele era alto, um macho de cabelos brancos com incomuns olhos azuis.

A visão dele chateou Kat.

— O que eles ainda fazem aqui? – Ela se direcionou para o oficial mais próximo, evitando olhar para o NE novamente.

— Fomos atribuídos para guardar a casa em caso de alguém aparecer.

O temperamento de Kat explodiu. Darkness queria uma separação limpa e ela também.

— Caiam fora da minha casa.

— Estamos sob ordens. – O homem argumentou, segurando sua arma.

— Kat. – Missy sussurrou. – Está tudo bem. Há quatro deles, dois estão dormindo agora, enquanto esses estão no turno. Eles estão aqui para me proteger.

— Eu posso fazer isso. – Ela foi o rosto do homem uniformizado. – Cai fora da minha casa. Não me faça pegar o telefone e chamar a polícia. Eu vou. Pegue sua equipe e vá. Estou em casa. Vocês pegaram minhas armas?

— Não.

— Então caiam fora. Vocês tem cinco minutos. – Ela caminhou ao redor dele, agarrando o pulso de Missy e a arrastando para a cozinha. – Vou fazer um sanduiche para mim e é melhor vocês terem ido no tempo em que eu terminar de comer. Voltem para a ONE.

— Kat. – Missy protestou.

Kat parou quando o Nova Espécie bloqueou seu caminho. Ele rosnou baixo e seus estranhos olhos se estreitaram.

— Estamos sob ordens para permanecer, senhorita Perkins.

Kat soltou Missy e enfiou o dedo no centro do colete dele.

— Você diga a Darkness para ir para o inferno. Ele me queria fora da vida dele e eu estou. Isso significa que você caras estão saindo da minha casa.

Confusão passou pelo rosto do cara.

— É melhor terem ido em cinco minutos ou vocês podem explicar para o departamento de polícia e provavelmente para as estações de TV com as orelhas deles para os escâneres dele sobre o porquê de vocês estarem aqui. Eu não quero ou preciso da proteção da ONE. Vocês não querem chamar atenção que estão aqui. Eu iria chamar isso de um acordo justo. Caiam fora! – Kat o empurrou na parede e caminhou para a cozinha.

— Kat, eles são legais. Eles estão preocupados sobre Robert Mason. Eles vieram aqui para nos manter seguras no caso dele aparecer.

— Ele não vai aparecer. – Kat virou, tentando acalmar seu temperamento. – Eu sou o menor dos problemas dele. Ele foi suspenso e está sob investigação. Ele abusou de sua posição, gastou dinheiro e o tempo dos agentes e eu nunca mais quero ouvir sobre Novas Espécies nunca mais. Fui clara?

— Oh, Kat. – Missy a estudou, pena se mostrou em sua expressão. – Eu sinto muito.

— Não. – Ela avisou. – Nem mais uma palavra. – Seu tom se suavizou. – Não quero falar sobre isso. Não quero falar sobre ele. Quero apenas comer e seguir com minha vida, okay?

— Claro. – Missy assentiu. – Vou agradecer a eles e dizer adeus.

— Você faz isso. – Kat abriu a geladeira, olhando para o relógio acima do fogão. – Cinco minutos, Missy. Quis dizer isso. Quero que eles vão embora.

— Okay, Kat. – Missy a deixou sozinha.

Kat abriu um refrigerante e umas das saladas empacotadas que Missy gostava tanto, a dor no peito iria eventualmente desaparecer. Ele não a tinha deixado com outra opção. Definhar por um homem que nunca iria permitir a si mesmo de se aproximar dela era uma perda de tempo. Ela assumira o risco, tentando por ele, mas essa era uma batalha perdida.

— Droga. – Kat sussurrou. Não seria fácil superar Darkness. Nem um pouco.

 

— O que você ia preferir que eu fizesse? Amarrá-la e amordaça-la para impedi-la de chamar o departamento de polícia? – Snow cruzou os braços no peito. – Ela estava zangada com você. Isso estava aparente.

— Você não deveria ter saído. – Darkness rosnou.

— Eles não tiveram escolha. – Fury foi para o lado de Snow. – Eles foram demitidos. Não temos jurisdição para permanecer dentro de uma casa sem o consentimento do dono. Nós temos os olhos em Robert Mason. Ele está indo entre o escritório do advogado e casa, não fez nenhum movimento de retaliação contra sua Kat.

— Ela não é minha. – Ele assobiou.

— Você está certo, ela não é. – Fury caminhou na frente dele. – Você a mandou embora. Ela é uma oficial treinada. Você viu em primeira mão quão bem ela pode cuidar de si mesma nos nossos portões. – Ele olhou para Snow. – Ela tem armas em casa?

— Duas armas e um rifle no closet. – Snow se sentou. – Nós as deixamos lá.

— Ela está armada. – Fury virou a cabeça para olhar incisivamente para Darkness. – Ela pode lidar com um único humano se a situação surgir.

— A segurança na casa dela era uma piada. – Darkness não estava pronto para concordar. – Pelo menos me permita enviar uma equipe para instalar um sistema.

— Não. – A cadeira de Justice rangeu. – Eu estava pronto para colocar uma equipe em campo, mas Katrina Perkins deixou claro que não iria receber mais assistência nossa. Devemos respeitar a decisão dela.

— Vou pagar por isso eu mesmo. – Darkness segurou o olhar do macho felino.

— Não. – Justice repetiu. – Snow, você está dispensado.

O macho saiu, fechando a porta atrás dele. Justice suspirou alto e se recostou.

— Você deveria ter pedido a ela para ficar se estava tão preocupado sobre a fêmea, Darkness.

— Eu não achei que ela fosse chutar nossa equipe.

— Você queria ela fora da sua vida. – Fury bufou. – Deixe-a ir.

— Ela corre riscos. – Darkness argumentou.

— Você não tem isso em dois caminhos, irmão. – Fury se sentou e balançou a cabeça. – Ela não é um tipo de humana indefesa. Você esteve com ela porque ela é durona. Mason não deu nenhuma indicação de que ela está em perigo. O FBI o tem monitorado de perto também. Eles compartilham as descobertas deles tão longe. A relação dele com Jerry Boris foi a única razão dele procurar por ele, eles não encontraram nada muito longe que indicasse que ele sabia ou fazia parte do que Boris fez com a ONE. Os humanos podem ser fortemente leais a família. Sabe o que eu penso?

— Não quero saber. – Darkness lançou a ele um olhar sujo. – Estou saindo agora. – Ele girou e marchou para a porta.

Foi uma surpresa quando Snow esperava do lado de fora do prédio, o macho se aproximou com uma expressão sorridente.

— Você se importa com aquela fêmea.

— Não quero que ela fique em perigo. – Darkness se recusava a admitir mais.

Snow lambeu os lábios e olhou ao redor antes de deslizar a mão para dentro do colete. Ele ofereceu um cartão.

— Aqui.

— O que é isso? – Darkness olhou para os números escritos nele.

— O código de acesso para as imagens das câmeras que colocamos do lado de fora da casa de Katrina Perkins. Eu não as removi. As câmeras do interior foram retiradas, mas você terá uma visão completa da frente e dos fundos da propriedade.

— Por que você as deixou? – Darkness guardou o cartão.

— Eu gostei de Missy. – Snow hesitou. – Ela era legal e eu queria manter um olho nela. Acho que isso importa mais para você do que pra mim. Eu a assustava muito para pegar seu interesse.

— Obrigado.

— De nada. – Snow parecia como se quisesse dizer mais.

— O quê?

— Você tinha uma fêmea, por que desistir dela? Foi por tudo que ela iria perder se fizesse parte do nosso mundo?

— Eu não sou o tipo para companheiro.

Entendimento passou no rosto do outro macho.

— É difícil vencer o passado. Não há ponto no futuro se você não deixar ir.

— Não é tão simples.

— Nos adaptamos. – Snow o relembrou. – Sempre aspiramos ser mais do que queremos ser. Você não mantém seu objetivo bem?

— Sou muito danificado.

— Todos nós somos em certos graus. Alguns danos são visíveis, alguns são entranhados profundamente dentro de nossas almas. É parte de ser Espécie. Você não é o macho menos propenso a ter uma companheira que já conheci. Valiant tem Tammy.

— Ele pelo menos estava pronto para ter uma companheira.

— Pronto e capaz de ser bem sucedido são duas coisas diferentes. Eles fizeram isso funcionar. Aquele é o único macho com quem eu não poderia viver. – Snow sorriu. – Acha que ela está surda agora, ouvindo os rugidos dele? Ele não é mais paciente e calmo dos machos.

— Ele não iria assustá-la.

— Ele me assusta, assim como aos residentes da Zona Selvagem e eles não são exatamente o que eu consideraria sãos. Isso fala de volumes, não fala?

Darkness teve um flashback de um momento com Kat. Ele quase pôde ouvir a voz dela. Nós temos dois volumes. Alto ou mudo.

— Eu não sou ele.

— Você é mais racional. Ele permite os sentimentos saírem em grande forma, até demais. Ele não sabe balancear.

— Nem eu.

— Você tentou?

— Não vou discutir isso.

— Você se importar com aquela fêmea, isso é um fato. Já considerou que ela pode encontrar algum humano? E se ele a machucar? Os humanos podem trair uma mulher, eles carregam doenças sexuais também. Eu fui a umas das aulas dela. A violência

doméstica é um problema no mundo dela. Eu não acho que ela escolheria um humano fraco para cruzar com ela. Ele poderia causar sérios danos ou matá-la.

— É o suficiente. – As coisas que Snow descreveu o enfureceram.

— Já assistiu aos jornais deles? Eles mostram roubos e invasões de casas, estupros, assassinatos e vários atos de violência. Não temos essas coisas em nossos territórios. As paredes ao nosso redor nos protegem e nossas fêmeas da violência do mundo de fora. É nosso dever como machos mantê-las seguras. Sua fêmea não está aqui.

— Ela não é minha fêmea. – Ele rosnou.

— Você não perdeu seu temperamento antes de conhecê-la. – Snow sorriu. – Você teria calmamente me corrigido. Ela já te mudou.

— Eu sou o mesmo macho.

— Talvez você devesse ir para casa e dar uma boa olhada no espelho. – Snow sacudiu a cabeça. – Está em negação. Minta para os outros, mas não para si mesmo.

Darkness assistiu o oficial caminhar para longe. Ele cerrou os punhos, zangado. Todos permaneciam dando conselhos a ele e não era a primeira vez que tinha sido acusado de não estar sendo honesto. Ele foi para casa e bateu a porta, traços ligeiros do aroma de Kat permaneciam no quarto. Darkness respirou pela boca e entrou no banheiro, acendendo a luz. Ele agarrou o balcão, inclinando-se para tomar o conselho de Snow.

O mesmo macho olhava de volta no espelho, ele não notou mudanças físicas. Tinha se esquecido de cortar os cabelos, que agora caiam em seus ombros. A última coisa que queria era se parecer com Fury ou com os irmãos que uma vez perdeu. Darkness fez uma nota mental para ter aquilo feito logo e foi para o quarto. Ele estudou a cama, as memórias de Kat eram inevitáveis.

Sentia saudades dela. Isso iria desaparecer com o tempo e ele voltaria a sua rotina normal. Ir para o trabalho, voltar para casa e ficar sozinho. Ele ficou olhando para o teto até adormecer, os pesadelos o acordariam em algum ponto. Ele iria tomar banho e começar o dia novamente, isso tinha se tornado um círculo sem fim que já não tinha qualquer apelo.

— Filha da puta. – Ele murmurou.

Darkness abriu o closet e retirou uma pasta. Kat não tinha tentado abri-la, ele tinha checado. Ele colocou a combinação certa e retirou o laptop. Em minutos tinha se plugado e colocado a vigilância de segurança – a frente e os fundos da casa de Kat na

tela dividida. Darkness removeu as botas, ficando confortável e se sentou na cama, colocando o aparelho no colo.

Não houve nenhum sinal de vida até que o sol baixou. As luzes começaram a se acender fora da casa, permitindo a ele rastrear movimentos. Uma mulher loira pausou na frente de uma janela no segundo andar na frente, essa tinha que ser Missy. Ela olhou para fora e virou, seus lábios se movendo.

Darkness odiou o modo que esperou que Kat iria entrar no campo de visão, a luz se apagou e o tempo passou. Ele se ergueu e fez uma pequena refeição. Retornando para o quarto, ele comeu enquanto continuava vendo a casa de Kat. O laptop coube na mesinha, encarando a cama dele.

O telefone tocou e ele atendeu.

— Darkness.

— Como você está?

— Estou bem, Fury.

— Você gostaria de vir para jantar?

— Já comi.

— Você poderia se juntar a nós amanhã.

— Estarei no meu turno amanhã à noite.

— Vou ligar novamente em alguns dias. –Fury suspirou.

— Faça isso. – Darkness desligou e colocou uma calça de pijama de seda.

Era cedo, mas ele se deitou e virou para seu lado, sua atenção na tela do laptop. Talvez não permitisse a si mesmo ser uma parte da vida dela, mas se sentia melhor assistindo-a. Era melhor que olhar para o teto. Essa desculpa o fez se sentir melhor.

 

— Eu atendo! É pra mim. – Missy gritou do escritório.

Kat olhou para o relógio acima do fogão, já passava das onze. Ela imaginou se Missy tinha uma fome súbita tarde da noite por pizza ou comida chinesa. Elas tinham comido o jantar mais cedo e sua amiga estava determinada a escrever na maior parte da noite. Geralmente a irritava quando elas tinham entrega de comida tão tarde, mas não tinha que ir para o trabalho de manhã cedo.

— Sim, é minha comida. – Missy gritou.

Kat pegou um copo de leite e tomou um gole. Ela tinha dito adeus a Darkness e encheu seu relatório sobre Robert Mason, não tinha sido seu melhor dia. A porta da frente se fechou, o som suave, mas distinto.

— Isso cheira tão bem. – Missy caminhou carregando uma caixa de pizza. – Quer um pedaço?

— Não, estou indo para a cama em alguns minutos.

— Eu pedi queijo e bacon extra.

— Você é uma vadia. – Kat deu risada. – Isso vai dos meus lábios diretamente para meus quadris se eu comer isso tão tarde.

— Então o quê?

— Me dá um pedaço. – Kat desceu seu copo e pegou dois pratos de papel do gabinete. – Um pequeno.

— Você está bem? – Missy colocou o pedaço. – Você esteve em um péssimo humor desde que veio para casa do trabalho.

— Eles trouxeram outro cara para assumir a posição de Mason. Ele está chateado. Ganhei uma palestra e tive que escrever um relatório muito detalhado. Estou suspensa com pagamento, eles vão me ligar quando tiverem terminado a investigação.

— Eles suspenderam os outros agentes enviados para Homeland?

— Sim. – Kat mordeu um pedaço e mastigou. – Chavez ficou furioso que qualquer um de nós iria, e eu citei “ouça o imbecil”. Tive que concordar. Eu deveria ter me recusado terminantemente a ir disfarçada, mas todos estávamos entre a cruz e a espada.

— Ferrada se fizesse, ferrada se recusasse a obedecer ordens diretas.

— Exatamente.

— Vou comer no meu escritório. – Missy pegou um refrigerante. – Quer se juntar a mim?

— Não, sei que você precisa terminar seu livro e enviá-lo para seu editor.

— Tenho três dias para estourar esse limite e não acho que vou dormir muito. Esta é para uma série de antologias, então que seja assim ou minha história não vai ter a data certa. Eles vão escolher outro alguém para fazer parte disso.

— Estou indo para a cama, te vejo de manhã. Tente dormir um pouco, okay? – Kat ergueu seu prato e o copo.

— Beleza. Pode checar Gus e Butch no caminho?

— Eles estão provavelmente dormindo, juro pra você que eles são os animais mais preguiçosos.

— Eles se tornam hiperativos no meio da noite. – Missy gargalhou. – É uma coisa boa que tenho horários estranhos.

Kat subiu as escadas e parou na porta de Missy para olhar. O cachorro dormia no travesseiro de Missy, mas o gatinho estava no chão, mastigando um dos sapatos de Missy. Kat piscou, grata que não era um dos dela, fechou a porta para evitar que o pequeno destruidor da moda fosse para o quarto ao lado.

A campainha tocou novamente, Kat girou.

— Eu atendo. – Missy gritou. – É provavelmente o cara da pizza novamente. Pedi por molho, mas ele não trouxe. Ele deve apenas ter lembrado.

Kat foi para seu quarto, ela acendeu a luz com o cotovelo e cruzou o quarto até a escrivaninha, ela colocou a comida para baixo. A porta da frente bateu alto. Kat pausou, ouvindo. Missy não chamou, isso era estranho. Sua amiga sempre a deixava saber quem estava na porta, era um hábito que Kat insistia.

Ela caminhou para fora do quarto e corredor abaixo.

— Missy?

Um arrepio correu por sua espinha quando ela não respondeu. Kat voltou e correu para dentro do quarto, agarrando a arma de serviço e deslizando pelo corredor. Ela pausou no topo das escadas.

— Missy?

Os segundos se passaram, Kat se abaixou para ouvir algo abaixo, mas tudo permanecia queito.

— Estou ligando para a polícia e tenho uma arma. – Ela gritou.

— Desligue o telefone ou eu vou mata-la. – Uma voz familiar ameaçou.

— Mason? – Os joelhos de Kat quase desabaram, ela tinha cometido um erro.

— Sua puta fodida! – Ele berrou. – Desça já aqui.

O pânico apareceu. Por que Mason estaria na casa dela? Obviamente Darkness não tinha sido paranoico em acreditar que o ex-chefe dela iria vir atrás dela. Kat lutou para ficar calma.

— Não vou fazer nada até saber que Missy está bem.

— Fale. – Ele grunhiu.

— Kat? – A voz de Missy era suave e tensa. – Ele tem uma arma em minha cabeça.

— É o suficiente. – Mason ordenou. – Jogue sua arma para baixo.

Kat tentou pensar, mas tudo que podia imaginar era nele atirando em Missy.

— Por que está aqui, Mason? O que você quer?

— Isso é sua culpa, acreditei em você para fazer o trabalho. O que você fez ao invés disso? Você me fodeu, disse aqueles animais que eu te enviei. Você não deveria ter fodido comigo, Katrina.

Kat mordeu o lábio. As táticas normais não iriam funcionar com ele. Mason tinha tido o mesmo treinamento, conhecia os mesmos truques.

— Isso não é verdade. Vamos conversar sobre isso, Mason. Tudo bem? Eu não fiz nada. Fui para Homeland procurar por aquele homem que você queria que eu encontrasse. Não pude encontrar nenhuma informação. – Ela tentou diminuir seus batimentos cardíacos. – Eu fui escrever um relatório e foi quando descobri que você tinha sido substituído. O que está acontecendo? Eles não me disseram nada.

— Estou sob investigação. Quero você aqui embaixo agora, Kat. Se eu ouvi sirenes ou policiais, vou matar essa vadia. Eu não tenho nada a perder. Quero sua arma ou ela está morta.

— Estou tentando descobrir porquê você está aqui. – Aquilo era honesto. Ele poderia ter ido atrás de qualquer agente, mas tinha escolhido ela. – Precisa de ajuda? – Kat mudou as táticas. Mason estava apreensivo e odiava a ONE. – Aqueles Nova Espécies descobriram que estávamos tentando rebenta-los e vieram atrás de você?

Silêncio. Kat rezou para que ele caísse nisso. Mason tinha que estar desesperado para aparecer na casa dela. ele estava procurando vingança? Apenas um alvo aleatório para a merda confusa que tinha caído na própria cabeça dele? A vida de Missy dependia de ser capaz de manipulá-lo.

— Quem mais sabia que você me enviou? – Kat não gostava do silêncio. – Foi apenas eu quem você enviou para lá, certo? Ninguém mais? Tenho certeza que não vazei nada. – Ela mentiu. Tinha apenas ampliado a lista de suspeitos para incluir os agentes que ele tinha enviado como seu grupo. – Quem te falou sobre Homeland?

— Eu quero sua arma. – A voz dele soou mais calma.

— Certo. – Kat ejetou o clipe e o tambor e colocou a trava. – Vou manda-la para baixo.

Kat jogou o clipe primeiro, então a arma segundos depois, se mantendo próxima da parede, protegendo o corpo. No entanto tinha olhado para baixo, vendo os pés descalços de Missy com os sapatos de Mason logo atrás dela. Ele a estava usando como escudo os mantinha longe da linha de fogo.

— Quero sua arma reserva. – Ele pediu.

— Está em meu quarto, peguei apenas minha arma do trabalho. Eu posso pegá-la?

— Dez segundos. – Ele começou a contar.

Kat voou pelo corredor e pegou sua segunda arma no topo do closet. Ela puxou seu celular do carregador e correu corredor abaixo. Kat teve certeza que tinha feito muito barulho então ele poderia ouvir cada movimento seu e saber onde ela estava. A última coisa que queria era ele ter tiques com a arma na cabeça de Missy.

Kat empurrou a arma para debaixo da axila e ativou o telefone, seu primeiro instinto era ligar para o 911, mas eles talvez viessem com sirenes ou luzes. Também era possível que seu ex-chefe estivesse escutando os canais deles.

— Eu peguei. – Ela gritou. – O que está acontecendo? Fale comigo, Mason. Estou um pouco desconfiada de jogar minha última arma para baixo. Talvez você mate minha namorada de qualquer jeito.

Kat passou pelos números e encontrou em que tinha programado quando Mason a tinha mandado em missão. Ela bateu no ícone, usando o ombro para segurá-lo contra a orelha enquanto agarrava a arma.

— Jogue a arma para baixo!

— Não até saber que você não vai matar nós duas.

— Você ligou para Homeland. – Uma voz profunda e alegre respondeu. – Como posso te ajudar?

— Eu quero a porra da arma. – Mason gritou.

— Eu sei que você tem uma arma na cabeça da Missy, Mason. Apenas me diga por que está em minha casa, eu só fui para Homeland como Katheyn Decker sob suas ordens. Vamos conversar. Não vou desistir de minha arma até que saiba o que você quer ou você poderia nos matar.

— Merda. – O cara no telefone rosnou.

— Vou contar até dez e você vai jogar sua arma ou sua namorada morre. Um, dois...

— Eu sei que você vocês gravam essas coisas. – Ela sussurrou. – Ele vai atirar em Missy ele ouvir sirenes. Não chame a polícia ou ela está morta. Apenas deixe seu canal mudo e continue gravando.

— Nove. – Mason gritou. – Jogue a arma para baixo.

Kat enfiou o celular na frente da calça, dentro da calcinha e removeu o clipe da arma.

— Lá vai, o clipe primeiro. Apenas se acalme. – Kat se aproximou e jogou, isso caiu nos degraus. – A arma em seguida. – Ela jogou.

— Vem para baixo. – Mason soava chateado.

— Estou indo. – Kat ergueu as mãos, as palmas para fora.

Mason tinha Missy em um estrangulamento, mantendo-a na frente do corpo, a arma dele pressionada contra a têmpora dela. Kat se moveu devagar, olhando para as roupas pretas dele. Ela pausou no meio das escadas.

— Eu quero te ajudar. Você precisa me dizer por que está aqui e o que posso fazer por você.

Mason virou o cano da arma para longe da cabeça de Missy e apontou para Kat.

— Vire-se.

Kat girou devagar, erguendo a blusa para mostrar que não tinha uma arma enfiada nas calças. Elas eram largas, mas uma arma iriam ser muito pesada e volumosa para esconder.

— Vê? Você tem minhas duas armas. – Kat manteve contato visual com ele. – Diz pra mim o que é tudo isso.

— Tudo que você tinha que fazer era tirar Jerry de lá.

— Tentei procurar por ele, mas eles me vigiavam todo o tempo. Eles colocaram um aparelho no tornozelo em mim. – Ela mentiu. – Ninguém iria me dizer nada e eu não poderia caminhar dez passos sem eles sabendo exatamente onde eu estava. Acho que você estava certo sobre eles. Estão escondendo algo lá. A segurança deles era a mais alta. Posso te chamar de Robert?

— Não. – Ele olhou. – Tudo o que você tinha que fazer era a porra de uma coisa, Perkins. Me trazer o Jerry.

— Eu tentei, realmente tentei. Eles vieram atrás de você? O que posso fazer pra te ajudar? Precisa de um lugar pra ficar? Dinheiro? Eu não mantenho dinheiro aqui, mas posso pegar algum. Eu quero te ajudar. – Kat esperava que parecesse sincera. – Eles virão atrás de mim depois?

— Aquele bastardo transferiu o dinheiro. – A expressão zangada de Mason se sacudiu ligeiramente, mas a arma dele não. – Eu tenho que pegá-lo.

— Jerry? Que dinheiro?

Mason pressionou os lábios em uma linha branca, a raiva mudando suas feições. Kat esperou que ele tivesse um ataque cardíaco, isso iria resolver o problema. Ele olhou ao redor e Kat aproveitou a oportunidade para olhar para Missy. Ela estava aterrorizada, mas não parecia machucada. Kat se focou em Mason novamente.

— Eu não posso ajudar a menos que conheça a situação. O que estamos procurando? Assumo que a ONE está atrás de você. Alguém em nosso departamento se virou contra a gente. – Kat queria que ele pensasse neles como um time, não como inimigos. – Minha bunda está na reta também.

— Você não está suspensa ou sob investigação. Eu tive que ir hoje e vi você saindo. Foi como eu soube que você tinha saído. Você contou a eles?

— Eu não contei, eles me suspenderam. Querem que eu vá na sexta e escreva um relatório. Seu substituto estava em uma reunião. – Kat não queria que ele soubesse que ela já tinha contado tudo a eles. – Você estava lá? Sabe que não fiquei lá muito tempo.

Mason parecia indeciso, ela decidiu empurrar.

— O que eu posso fazer? Você não tem que segurar uma arma em Missy, ela vai fazer tudo o que eu pedir. Nós somos os homens em nossas famílias, lembra? – Ela estava esperando para usar as palavras dele contra ele.

— Tenho que pegar o Jerry, ele transferiu o dinheiro.

Mason tinha dito isso antes.

— Certo, qual é o plano? Estou com você. A ONE obviamente manda no FBI, eles estão dando as cartas. Isso significa que nós dois estaremos em um mundo de merda.

— Precisamos pegar o Jerry. – A arma abaixou um pouco, Mason parecia considerar as palavras dela.

— Certo, por que ele importa? Se a ONE vier atrás de nós, deveríamos deixar o país.

— Não sem meu dinheiro. – Raiva mudou as feições dele. – Aquele bastardo estupido não deveria ter feito nada daquilo sem mim. A metade dos dois milhões e meio são é minha. Ele vai abrir a boca fodida dele eventualmente ou ele está usando eles para se esconder. Pensei de primeira que eles tinham pegado ele, mas depois que pensei sobre isso, ele talvez me usou como fez com aquela garota. Eu não vou para a prisão.

Kat não tinha certeza de qual garota ele estava falando, mas o resto tinha começado a fazer sentido.

— Isso é muito dinheiro.

— Eu arrumei as identidades falsas que ele usou, tendo certeza que ele cobria seus rastros e disse a ele como pegar todo o dinheiro, então isso não seria rastreado. Aquele idiota fez isso, então eu não pude acessar isso e agora ele está tentando ficar com tudo. – Mason a estudou. – Vou dividir o dinheiro com você, foda-se o Jerry. Vou mata-lo tão logo eu saiba para onde ele transferiu os fundos. Você está dentro, Perkins? Estaremos ferrados de outra forma. Vamos para a prisão ou pior. Jerry e aqueles animais não vão ganhar.

— Estou dentro.

Mason abaixou a arma para o lado e empurrou Missy para frente. Kat desceu o resto da escada e segurou o braço de Missy, colocando-a detrás dela e manteve o aperto nela. Missy poderia tentar correr e isso iria fazer com que Mason atirasse nela. Ele mantinha um aperto forte na arma.

— Precisamos descobrir onde ele está e pegá-lo. – Mason compassou. – O quanto de Homeland você viu?

— Muito, eles me deram uma tour com um guarda. – Kat queria que Mason pensasse que ela era útil ou ele mataria elas duas. – Quer que eu desenhe isso? Vi algumas casas legais onde eles provavelmente colocam os VIPs. Ele provavelmente está lá se o estão escondendo.

— Alguma fraqueza na segurança deles? – Ele enviou um olhar astuto na direção dela.

— Acho que poderia encontrar um caminho, vi um portão nos fundos para os caminhões de entrega. Ele não estava bem guardado. – Isso era besteira, mas ele talvez caísse nisso. – Poderíamos roubar uma van de entregas e pegar alguns uniformes. Eles não checam a identificação desde que eles têm uma alta rotatividade de empregados nesse tipo de trabalho. Até mesmo vi alguns deles então eu sei o que está acontecendo.

— Eles apenas os deixam dirigir dentro de Homeland?

— Sim. – Kat assentiu. – Eles têm guardas apenas nas paredes, dentro é limpo de guardas. Eles apenas mantiveram a coisa no tornozelo e atribuiram dois guardas que estavam sempre na minha bunda.

— Eles pularam em cima de você, não pularam? – Mason olhava para a blusa de Kat. – Você tem peitos lindos.

Custou um pouco para Kat se acalmar, ela esfregou o pulso de Missy com o polegar, tentando reassegurá-la.

— Você sabia disso. Eles não perderam a chance, no entanto.

— Vamos pegar Jerry e ele vai nos dar aquele dinheiro. – Mason compassou novamente.

 

Darkness se sacudiu acordado quando o telefone tocou. Ele abriu os olhos, fitou a tela do laptop longe a alguns centímetros. As luzes continuavam acesas dentro da casa de Kat. Ele atendeu o telefone.

— Darkness aqui.

— Aqui é Book, temos um problema. Vá para a Segurança agora.

— Estamos sob ataque? – Darkness estava fora da cama em um instante, se movendo rápido para o closet. Ele abriu as porta e agarrou um uniforme.

— Uma ligação chegou e continua rodando. Sua fêmea está atualmente planejando entrar em Homeland com alguém chamado Mason. Ele está na casa dela e tem uma arma na cabeça de Missy. Ela está mentindo para ele, presumo, desde que a maior parte do que ela diz é besteira.

— Estou olhando para a casa dela. – Darkness quase deixou cair o telefone e girou para olhar o laptop.

— Ele está dentro. – Book hesitou. – Bluebird está transcrevendo o que sabemos até agora. Kat ligou dizendo que Mason tinha uma arma na cabeça de Missy e para gravar a conversa. Estamos fazendo isso. Ela também disse para não chamar a polícia. Missy ia ser atingida se a polícia humana chegar, colocamos um rastreio nisso imediatamente. É um celular, mas a torre é na localização da casa dela e verifiquei o som da voz dela eu mesmo. É real.

— Acorde um piloto e tenha o helicóptero preparado.

— Já fizemos isso, estaremos voando em dez minutos. Vou querer estar lá. Mova-se! – Ele desligou.

Darkness jogou o celular na cama e se apressou em se vestir, quase esqueceu o telefone, mas o pegou junto com as botas, não parando para coloca-las. Ele passou pelas portas abertas da varanda, escaneou o chão lá embaixo e pulou, caindo na grama. Dor correu pelas pernas, mas nada se quebrou. Darkness correu para a área do helicóptero.

Kat estava com problemas, ele a tinha avisado que Mason era um perigo. Kat tinha ignorado e mandado embora a equipe que tinha sido atribuída para guarda-la. Sua raiva cresceu enquanto corria, o preenchendo. O som das pás do helicóptero o assegurou que eles não estavam indo sem ele, mas estavam preparados para sair.

Trey Roberts e Book o encontraram. Darkness ficou surpreso de ver o humano lá tão rápido, mas mudou sua atenção para Book, arquejando.

— Me dê os detalhes. – Ele se sentou no chão e colocou as botas. Eles ainda não tinham machos o suficiente ainda para montar uma equipe completa, mas esperava que eles servissem. Darkness queria o helicóptero no ar.

— Isso soa como se ele fosse o cérebro por trás de Boris. – Eles responderam ao invés disso. Darkness segurou o celular, lendo a tela. – Tenho as transcrições que me enviaram. Minha aposta é que Mason e Boris eram parceiros. Ele tentou acessar o dinheiro que tinham pego da ONE, mas ele ficou puto como isso foi transferido para outra conta. Boris o fodeu e ele quer encontra-lo para pegar os milhões que eles extorquiram da ONE.

— Recuperamos o dinheiro, arranquei isso de Boris. – Darkness se ergueu, batendo as botas no chão desde que não as tinha colocado direito. – Mason não sabe disso?

— Minha aposta? – Trey olhou para o celular. – Boris usou uma conta online. Ele provavelmente transferiu o dinheiro para a conta que você pegou dele, mas ele já tinha bloqueado Mason do dinheiro. Ele provavelmente fez isso antes de vir atrás de Jeanie Shiver. Filho da puta ganancioso, ele queria tudo. Agora Mason está surtando porque está sob investigação e quer sumir. Aquele dinheiro iria assegurar a ele uma boa vida em outro lugar.

Mais machos correram para a área e Darkness ergueu o punho e então apontou para o helicóptero. Ele estava assumindo o comando da equipe. Não se importava se pisava no pé de Trey ou de outra pessoa. Kat estava em perigo.

— Vamos lá.

Eles subiram no helicóptero e Darkness pegou um dos fones.

— Nos coloque no ar. – Ele pediu ao piloto, se virando no assento para olhar o macho.

O piloto assentiu e olhou para frente. Eles subiram e Darkness colocou o cinto de segurança, ele olhou para os rostos mal iluminados dos machos que tinham vindo. Eram seis ao todo, ele tocou a cabeça e todos colocaram os fones.

— Piloto, deixe-nos a oito ou dez blocos de distância. O humano ainda vai nos ouvir, mas talvez não vai ligar os pontos por causa da distância. Você está arranjado dentro da Segurança?

— É Darren e sim, eu estou, Darkness.

— Tenha eles procurando um local para pouso. Não ligo se eles tenham que parar o tráfego em uma rua. Quão longe estamos?

— Dez minutos se eu realmente empurrar isso. Eles querem saber se queremos assistência policial. – O piloto aguardou as instruções.

— Não. – Trey respondeu. – Esse cara pode ter um leitor de polícia. Eu teria um e esse cara é esperto. Vamos roubar um carro, será mais rápido que correr.

Darkness estava pronto para correr, mas usar um carro seria mais rápido.

— Você sabe como fazer isso?

— Sim, deixa isso comigo. – Trey sorriu e tocou a arma.

— Obrigado por alcançar Homeland tão rápido.

— Eu já estava lá. – Trey clareou a garganta.

— Tim te mandou tão tarde? Por quê? – Darkness pestanejou.

— Ele não me enviou. – O humano quebrou o contato visual. – Eu já estava em Homeland quando isso chegou. Vamos falar sobre isso mais tarde. – Ele olhou ao redor para os outros homens. – É pessoal.

Darkness deixou pra lá, ele confiava no homem. Não importava o porquê dele estar em Homeland no meio da noite. Estava preocupado com Kat. Ela estava viva? Darkness viu Trey remover seu fone e correr a tela lendo os textos. Ele deveria ter a Segurança enviando as transcrições para o telefone.

— Trey? Ela ainda está viva?

O homem olhou para cima e assentiu.

— Ela está desenhando mapas de Homeland para ele. Ele não soltou a arma. Eles estão aparentemente na cozinha e ela apenas pediu para Missy fazer café para eles. Não posso dizer o humor desse cara lendo os diálogos, mas ela não está ameaçando atirar nelas novamente. Está mais focado em pegar o dinheiro.

Darkness poderia respirar mais facilmente.

— Estamos quase lá. – O piloto disse. – Eu farei um pouso difícil, encontramos um parque. A casa está oito quarteirões ao norte, vou pegar as direções.

— Estou nisso. – Trey anunciou. – Eu conheço a área. Uma vez sai com uma mulher que vivia próximo e sei onde a rua é. Eles me deram o endereço exato. Estou colocando em um mapa agora para ter certeza.

Darkness desprendeu o cinto de segurança e se segurou no assento. Book se sentou mais próximo da porta e a abriu, o ar entrou e isso amplificou o som das hélices do helicóptero. Ele virou a cabeça enquanto o helicóptero sacudia e abaixava. Ele caiu

rápido, como Darren tinha avisado. As luzes da rua entraram na vista e pequenos prédios que ele identificou como abrigos públicos estavam a distância. O helicóptero desceu com um baque. Darkness arrancou os fones, mal tendo tempo para prendê-lo na parede.

Darkness era o terceiro na linha e se virou para Trey. Ele não gostou de passar o controle para o humano, mas não sabia realmente onde a casa de Kat estava. As ruas o confundiam e a maior parte das casas pareciam iguais. Trey incentivou o helicóptero desligar e apontou a para rua, ele correu e Darkness o seguiu, o som do helicóptero sumiu.

— Droga. – Trey alcançou uma rua lineada com casas e virou à esquerda.

— O quê? – Darkness olhou para ele.

— Pensei que aqui tinha mais trânsito. Espere, aquilo é um carro. – Ele ergueu um punho e todos eles pararam.

Um pequeno sedan de quatro portas passou por eles e Trey correu para a pista e ergueu a arma, apontando-a para o motorista. Ele apontou o colete com a outra mão onde as letras brancas da ONE estavam. O motorista pisou nos freios.

Trey se aproximou do motorista.

— Estou com a ONE. – Ele gritou. – Você está em perigo, não entre em pânico. Abaixe os vidros.

Era uma mulher e Darkness poderia ver o medo dela. ela abaixou os vidros e Trey foi para frente.

— Realmente sinto muito sobre isso, mas temos uma emergência. Precisamos do seu carro.

Ela sacudiu a cabeça, ainda pálida. Darkness se aproximou e tentou parecer amigável.

— Humana, está é uma emergência. Deixe-nos ter seu carro, vamos devolvê-lo.

— Promessa. – Trey colocou a mão para dentro e abriu a porta. – Apenas retire seu cinto e vá para trás. Você pode dirigir para longe uma vez que sairmos. Há um homem mantendo duas mulheres dentro de casa, ele vai mata-las se a polícia aparecer. Nós somos todos da ONE.

A mulher olhou para Darkness, ele não estava usando uma máscara e podia ver o terror dela. As mãos dela se sacudiram enquanto ela se ajeitou e desprendeu o cinto.

— Por favor, não me machuque.

— Apenas precisamos de uma corrida. – Darkness a assegurou.

— Entrem. – Ela assentiu.

— Precisamos de algo maior, todos nós não vamos caber. – Book assegurou.

— Vamos caber. – Trey anunciou. – Apenas vai ser apertado.

Trey ajudou a mulher a sair e pegou o assento do motorista.

— Darkness, foi para o assento do passageiro. Senhorita, você pode sentar no colo dele.

Ela olhou para Darkness.

— O resto de vocês entrem lá atrás. Três podem caber nos assentos e um de vocês pode se ajeitar no colo de um.

— Isso é indigno. – Jinx rosnou. – Mas vamos fazer isso.

Darkness agarrou a mão da mulher, ela estava tremendo na dele. Ele não tivera tempo para colocar as luvas.

— Vai ficar tudo bem. Você está com seis machos bem armados. Obrigado por sua assistência.

Ele a levou para o outro lado do carro e entrou, a mulher pausou, mas subiu no colo dele. Foi um aperto, mas um olhar atrás para os quatro machos tentando se mexer no espaço desenhado para três humanos o fez ficar grato por estar na frente.

— Viu? – Trey riu, batendo a porta. – Vamos fazer isso.

As portas traseiras se fecharam e Darkness bateu a do passageiro também. Ele passou um braço ao redor da mulher quando Trey pisou no acelerador e executou um giro de cento e oitenta graus. Trey removeu o celular do bolso do colete e ligou a tela, um mapa apareceu.

— Obrigado... – Trey pausou. – Qual é o seu nome?

— Amber. – A mulher relaxou contra Darkness.

— Você está ajudando a salvar duas vidas. – Trey fez uma curva ligeira. – Se você realmente sentir que precisar relatar isso, nos dê vinte minutos antes de ligar para a polícia. Aquele imbecil pode ter um leitor. Se você ligar para Homeland ao invés disso, vamos te recompensar, certo?

— Sim. – Amber agarrou os braços de Darkness quando Trey fez outra virada rápida.

— Você já quis uma tour por Homeland? – Trey diminuiu. – É sua se você não chamar a polícia, eu prometo. Diga a eles que Trey Roberts disse isso. Okay, Amber?

— Sim. – Ela continuava pálida, mas parecia menos amedrontada.

— Sinto muito sobre a arma, mas precisávamos realmente nos apressar. – Ele puxou o freio e deixou o carro no estacionamento. Trey se virou e olhou para a mulher. – Eu sou Trey Roberts. Esse é Darkness segurando você. Você foi fantástica, apenas ligue para Homeland. Vamos mostrar nossa apreciação.

— Não vou ligar para a polícia.

— Você é uma boneca. – Trey piscou para ela. – Aqui é onde vamos saltar. Obrigado, Amber.

Darkness abriu a porta e a mulher deslizou do seu colo, ela olhou curiosa para o rosto dele. Ele sorriu.

— Obrigado, Amber. Você está fazendo um grande serviço para ONE essa noite.

— Bom, eu sou pró-Espécie. – Ela sorriu de volta.

— Dirija com cuidado. – Darkness murmurou.

— Eu vou. – Ela corou.

— Vamos lá. – Darkness virou para Trey. – Quão longe?

— Apenas subir essa rua. – Trey olhou para Amber. – Vire seu carro quietamente ao redor e mantenha distância dessa área. Aqui pode haver disparos.

Ela rodeou o carro e entrou. Seguindo as ordens dele, ela dirigiu na direção oposta. Trey apontou e Darkness o seguiu. Eles permaneceram nas áreas gramadas para evitar fazer barulho. Trey parou e apontou, Darkness reconheceu a frente da casa. Eles tinham chegado à de Kat

 

Kat olhava para Mason, o humor dele variava onde era um sinal de alto estresse. Ele não confiava nela e não deveria. Mason manteve um ligeiro aperto na arma, ela tinha se aproximado o suficiente para olhar para saber que estava destravada. Ele tinha colocado a arma contra a perna e mantinha o olhar em Missy, pestanejando. Ela não gostou disso nem um pouco.

— Precisamos conversar. – Ele lançou um olhar agudo para Missy. – Mas eu a quero em minha vista.

— Okay. – Kat se ergueu a mesa, se movendo lentamente, para evitar fazê-lo pular. Ela entrou no corredor.

Mason se aproximou de Kat, apontando a arma para o peito dela. Estava claro que ele esperava que ela fosse tentar desarmá-lo. Kat colocou as mãos no batente da porta então ele se sentiu mais seguro. Mason se virou o suficiente para manter as duas no campo de visão.

— Ela é um risco.

— Ela vai fazer tudo o que eu disser. – O maior medo de Kat tinha se tornado realidade. Tinha imaginado o que Mason estava pensando e agora sabia. – Temos estado juntas por um tempo realmente longo. Ela é completamente submissa. – Ela usou o termo que ele provavelmente entenderia melhor.

— Preciso saber se você está cem por centro comprometida. Você não tem nada a perder por outro lado. – Ele manteve a voz baixa.

— O que você tem em mente? – Pavor fez o estômago dela se agitar.

— Mate-a.

— Acho que isso é um pouco drástico. – Kat esperou que tivesse mascarado seu horror.

— Merda nenhuma. – Ele assobiou. – Estou encarando a prisão ou pior se aqueles animais me pegarem. Preciso saber que posso confiar em você. Mate aquela vadia.

Kat podia entender a logica, tão bagunçada quanto isso era. Ela seria procurada pela polícia por assassinato se matasse Missy. Recuperando Jerry Boris e fazendo ele desistir do dinheiro seria uma estratégia de sobrevivência. Eles iriam precisar do

dinheiro para obter identidades falsas para deixar os EU para um país que não extraditava onde poucos milhões podiam providenciar uma vida luxuosa.

— Mate-a. – Ele sussurrou e ergueu a arma para a cabeça dela. – Ou eu vou te matar.

— Tudo bem, me dá a arma.

— Eu pareço estúpido para você. – Mason deu um passo atrás.

— Vou pegar uma das minhas então. – Kat não estava surpresa que ele não tinha caído nisso.

— Então você pode atirar em mim? – Ele sacudiu a cabeça. – Mãos nuas.

— Isso é frio. – Kat endireitou os ombros. – Mas como você disse, há milhões envolvidos. Tenho certeza que eu posso lidar com isso.

Mason sorriu. A opinião de Kat sobre Mason nunca tinha sido boa, mas agora ele não era melhor que uma merda no vaso para ela. Matar alguém que se ama por dinheiro era o mais baixo que alguém poderia chegar.

— Você mata ela e vamos embora. Eu sei que empresas eles usam para entrar em Homeland. Devemos atingi-los logo. É a melhor hora.

Ele estava certo. Muitas pessoas não estariam muito alertas – dormindo ou apenas acordando – se eles entrassem em Homeland por volta das sete da manhã. Isso seria o tempo que os caminhões de entrega começariam a andar.

— Okay, eu vou ter a metade. Certo? Não foda comigo, Mason.

— Eu não vou. Eu poderia usar você, Katrina. Você é inteligente. Nós iriamos ter um tempo mais fácil viajando como um casal. – A atenção dele desceu para os seios dela.

A pele de Kat se arrepiou pelo jeito que Mason olhava para ela, nunca permitiria que ele a tocasse.

— Você está certo. – Ela sorriu, fingindo que ele era atrativo para ela. Foi um dos atos mais difíceis que ela teve que fazer. – Vamos precisar depender um do outro.

— Nós vamos. – Ele olhou para os seios dela novamente. – Em todos os sentidos.

Que nojo! Kat forçou o enjoo de volta.

— Vou fazer isso agora, no entanto não quero que ela veja isso acontecendo. Missy poderia gritar. Nossos vizinhos chamam a polícia toda vez que discutimos. – Kat queria que ele continuasse acreditando que ela e Missy eram um casal, um com problemas

domésticos. – Vou esperar até que a guarda dela esteja baixa e me mover atrás dela. vamos fazer isso no escritório dela, é o lugar mais longe desse lado da casa.

— Faça isso. – Mason de afastou e manteve a arma mirada nela.

Kat cruzou a cozinha, Missy se apertou contra o fogão e encontrou seu olhar. Confia em mim, Kat moveu a boca.

— Como você está aguentando, querida? – Kat parou na frente de Missy, segurando a mão dela.

— Assustada. – Missy sussurrou.

— Vai ficar tudo bem. – Kat sabia que Mason continuava a três metros atrás dela, assistindo e ouvindo tudo. No entanto, ele não poderia ver seu rosto. Ela olhou para o balcão, procurando por uma arma.

O fogão pegou sua atenção.

— Por que não vamos para o seu escritório? Você pode escrever enquanto conversamos.

— Tudo bem.

Kat colocou o braço na cintura de Missy e deslizou a mão para os botões do fogão. Mason não iria ser capaz de ver isso, ela girou todos. Os olhos se Missy se arregalaram, mas Kat sacudiu a mão dela, dando a ela um olhar firme. Kat sentiu um pouco de orgulho de sua melhor amiga quando ela sorriu.

— Eu deveria terminar um pouco do meu livro. – Missy bravamente se adiantou.

O ligeiro som do gás saindo do fogão poderia ser ouvido, mas Kat duvidava que chegaria do outro lado do cômodo. Entretanto, Mason iria senti-lo em breve. Kat empurrou Missy para longe dele e virou, colocando-a detrás do corpo.

Mason voltou para o corredor, dando a elas uma abertura maior. Kat levou a amiga para o outro cômodo.

— Ela gosta de acender algumas velas quando escreve, isso a faz relaxar. – Ela endereçou a Mason, mas manteve o aperto em Missy. – Vou acender algumas.

Missy empalideceu, Kat a empurrou contra a janela que encarava o quintal.

— Onde você mantém o isqueiro? Continua na sua mesa?

— Está em uma das minhas gavetas. – Missy sussurrou, pegando a dica.

— Mason talvez esteja interessado no que esta em sua gaveta. Ele não te conhece, certo Mason?

Mason mordeu a isca. Kat tinha implicado que talvez lá houvesse uma arma; ele se moveu ao redor da grande mesa e se curvou, mantendo a arma nelas. No entanto a atenção dele estava dividida, quando puxou a gaveta da esquerda aberta no lado da grande mesa. Lá havia quatro isqueiros ao todo. Kat sabia quão bagunçadas elas estavam, ele teria que remexer nelas. Mason se curvou um pouco mais e Kat usou a oportunidade para agarrar o isqueiro do abrigo próximo às velas aromáticas de Missy.

— Devemos alimentar o cachorro e o gato logo. – Missy segurou seu braço, os dedos se enterrando.

Kat piscou, não havia jeito de salvar os animais. Era a vida de Missy na linha. Ela sabia que sua amiga tinha adivinhado o que ela estava fazendo e tinha dito isso para lembra-la que eles estavam no andar superior.

— Eles não são uma prioridade agora.

Lágrimas encheram os olhos de Missy e Kat teve que olhar para longe, doía nela também. O cheiro de gás alcançou seu nariz. Mason bateu outra gaveta e teve que virar para abrir uma atrás, a arma descansou na mesa, apontando na direção delas. Kat se moveu para ficar entre Missy e a arma, ela olhou para as cortinas. Elas eram horríveis, as mesmas flores impressas que compunham a maior parte da casa. A casa tinha sido o sonho delas, mas comprariam outra. Missy não poderia ser substituída.

— Nada. – Mason se moveu ao redor da cadeira e abriu a outra gaveta, ele subitamente ficou tenso. – Que cheiro é esse?

— Que cheiro? – Ela deu a ele um olhar em branco. O tempo tinha acabado.

Mason cheirou e se ergueu, se movendo para a porta do corredor. A arma dele se sacudiu e Kat girou, acendendo o isqueiro na primeira tentativa. Ela o pressionou contra as cortinas, empurrando para baixo na guia. Uma chama irrompeu. No segundo em que percebeu que as cortinas estavam em chamas, Kat o deixou cair e passou os braços ao redor de Missy.

— Que porra? – Mason gritou.

Kat empurrou Missy para longe das chamar e juntou as cortinas para mantê-las pegando fogo. A janela era unicamente de vidro desde que elas não a tinham substituído por uma mais eficiente. Missy tinha instalado uma persiana grossa cinzenta, a única coisa entre elas e o vidro.

Um tiro soou enquanto Kat girava, usando toda sua força para jogar as duas através do vidro. Elas bateram no vidro e quando isso quebrou não havia nada, mas felizmente a persiana e as roupas delas as protegeram.

Darkness se aproximou da casa com a equipe, gesticulando para eles se separarem e cercarem a casa. O som de um tiro cortou a noite. Ele congelou, aterrorizado do que isso significava. Isso foi imediatamente seguido por uma explosão nos fundos da casa, houve uma explosão de luz cegante e as janelas ao longo da frente da casa explodiram para fora. O som foi ensurdecedor e ativou os alarmes dos carros ao longo da rua, eles soaram e buzinaram, as luzes piscando.

— Movam-se. – Darkness rugiu. – Cheguem lá!

Qualquer plano de se esgueirar e tirar o homem foi esquecido. Darkness se lançou sobre o lado do portão e pulou, não se preocupando com o que estava do outro lado. Ele aterrissou no concreto e olhou horrorizado para os pedaços fumegantes da construção. Os fundos da casa tinham sido destruídos – uma ferida irregular de chamas abertas. As chamas pulavam de dentro, lembrando-o de uma tocha na área. Fumaça negra o atingiu enquanto corria para entrar, preparado para se lançar na casa queimando atrás de Kat.

Sua visão periférica pegou um movimento e ele congelou, virando a cabeça naquela direção. Um braço desnudo se ergueu do que parecia ser uma sessão de painéis de madeira. A mão era pequena e aparentava ser feminina.

— Kat! – Ele correu em direção a ela, esquivando-se de pedaços de detritos flamejantes.

Sangue manchava a palma dela quando ele a agarrou apertando, usando a outra mão para ergueu o painel de cima dela, ele o jogou para o lado. Não era Kat olhando para ele quando Darkness caiu de joelhos. Ela tinha cabelos loiros, olhos azuis aterrorizados e usava uma camisola. Cortes e sangue fresco marcavam os membros dela, mas ela não parecia estar gravemente ferida.

— Onde ela está? – Ela tentou se mover, mas gritou.

— Kat?

Ela assentiu.

— A casa explodiu e isso me jogou para longe dela. – A mulher tentou se sentar novamente, mas caiu espalmada, choramingando.

— Fique deitada. – Darkness pediu.

Book estava ao seu lado em uma instante, atendendo a mulher. Darkness se ergueu e procurou freneticamente o jardim. Um pedaço enorme do teto estava amassado dois metros à frente. Um pé ensanguentado cutucava para fora, debaixo da bora. Era pequeno e sem vida.

— Kat! – Darkness estava apavorado quando se curvou, com medo do que encontraria. O teto parecia pesado, dois metros e meio de comprimento e cinco metros de largura, isso tinha sustentado um dano profundo. Os dedos dele se engancharam numa borda e Trey se apressou para o outro lado, ajudando Darkness a movê-lo.

— Agora. – Trey impulsionou.

Eles ergueram ao mesmo tempo e jogaram para o lado, não era tão pesado quanto ele tinha pensado. Darkness olhou para baixo e dor o partiu ao meio, tinha encontrado Kat. Os joelhos dele entraram em colapso. Kat estava de lado, uma mão sobre o rosto como se ela tivesse tentado proteger a cabeça. Sangue por um corte no antebraço manchava a pele dela. sangue cobria o peito de Kat, mas Darkness não tinha certeza se isso era do primeiro ferimento ou pior. O pijama de Kat estava rasgado, manchas vermelhas em alguns pontos.

— Porra. – Trey assobiou e agarrou o celular. – Transporte aéreo para Homeland ou ligar para uma ambulância?

Darkness nem mesmo tinha certeza se Kat estava viva. Ele respirou, o cheiro da fumaça estava muito forte, mas ele pôde cheirar o sangue de Kat. Custou muito se aproximar e tocá-la. Darkness gentilmente segurou o braço dela e o moveu, sangue cobria a bochecha. Os olhos de Kat estavam fechados e Darkness não tinha certeza se respirava enquanto checava por pulso. Ele pressionou a ponta dos dedos contra a coluna da garganta dela. Ele não sentiu nada.

— Não! – Ele rugiu em angústia. O braço de Kat se contorceu e Darkness rosnou. – Transporte aéreo. – Ele apenas a queria em Homeland.

— Estou nisso, não mova-a. – Trey ordenou.

Darkness se curvou sobre Kat, empurrando os detritos para longe.

— Kat? Estou aqui. É Darkness.

Os olhos dela permaneceram fechados, mas ela continuava viva. Darkness quis pegá-la e coloca-la nos braços quando algo explodiu dentro da casa. Foi uma explosão menor, mas o suficiente para o fazer temer que mais da casa iria cair no quintal. Ele virou,

avaliando a casa novamente. Os dois pisos tinham ido nos fundos da casa, chamas tinham se espalhado para as outras áreas.

— Aqui é Trey. – O humano gritou. – Precisamos que aquele helicóptero volte. Desça ele na frente da casa, se você puder. Temos duas mulheres feridas. Alerte o Centro Médico, trauma severo. – Ele pausou. – A porra da casa explodiu.

Darkness bloqueou tudo menos Kat. Ele colocou o corpo acima do dela, mas manteve todo o peso fora. Queria protege-la de mais dor. Alguém o agarrou pelo braço, o sacudindo. Ele virou e rosnou, olhando para os olhos de Trey.

— Deixe-me ajudá-la, eu tenho algum treinamento médico. Ela está sangrando. – O homem o soltou e arrancou o colete e então a camisa. Ele começou a rasga-la em tiras.

Darkness sabia que Trey estava certo. Kat precisava de ajuda, mas ele estava congelado, sua mente em branco.

— Mova-se. – Trey repetiu. – Vamos parar os sangramentos ou ela não vai aguentar.

Darkness se afastou um pouco, Try assumiu o lugar. Isso fez Darkness se sentir indefeso, algo que ele odiava. Kat fez um som suave de dor quando Trey moveu o braço ensanguentado dela e passou a manga da camisa ao redor da ferida, usando as pontas para amarrar.

— É muito apertado.

— Você quer que ela sangre? – Trey pestanejou. – Procure por algo plano onde podemos coloca-la. O helicóptero não estava esperando uma emergência médica. Não temos uma maca nele, eu perguntei.

Sirenes cresceram mais perto, Darkness não se moveu para longe de Kat. Ele viu Trey cobrir cuidadosamente o corte no tornozelo dela, a causa do sangue no pé dela. Darkness sabia que deveria segurar os humanos e tomar o controle da situação. Novas Espécies estariam em perigo se ele não fizesse. Ele apenas não podia deixar Kat. Ele nem mesmo poderia seguir as instruções de Trey em como ajuda-la, era como se estivesse desligado até que gentilmente segurou a mão dela no chão próximo ao seu joelho. Não estava sangrando, mas estava sem vida.

— Terminei tudo o que posso. – Trey se ergueu. – Vou encontrar algo para usar como uma maca ou pegar uma da ambulância. Vou mandar os paramédicos para ela, tenho certeza que eles virão com a polícia. Todos no quarteirão devem ter ligado para ajuda.

Darkness o ignorou, olhando para o rosto de Kat. Os olhos dela permaneciam fechados.

— Kat? Pode me ouvir? Estou aqui.

Era culpa dele que ela estava deitada no chão. Ele a tinha mandado embora de Homeland. Kat estaria dormindo segura na cama dele de outro modo. Darkness examinou visualmente o corpo dela. cada corte, cada traço de ferimento repousava diretamente sobre os ombros dele. Kat quis dar uma chance à relação entre eles, ele a mandou embora.

— Kat. – A voz suave da mulher sussurrou.

Darkness virou a cabeça, a mulher loira caiu ao lado dele. O medo bruto no rosto dela talvez estivesse refletido no rosto dele se fosse capaz de olhar em um espelho. Lágrimas corriam livremente pelo rosto dela e Darkness invejou a habilidade de chorar. Ele sofria o suficiente, mas seus olhos permaneciam secos.

— Ela me salvou. – Missy fungou. – Ela explodiu a casa porque acho que Mason ia me matar. – Os ombros dela sacudiam enquanto ela lutava contra as lágrimas. – Ela nos jogou pela janela antes que explodisse. – Ela arfou, chorando. – Ela se colocou entre eu e o vidro. Atingimos o chão e ela rolou para cima de mim. Quando a casa caiu, apenas a jogou para longe. Eu deveria tê-la segurado apertado. Eu deveria ter... – Ela parou de falar, se dissolvendo em soluços.

Darkness percebeu que deveria tentar confortar a fêmea, mas não poderia. Ele virou a cabeça, olhando para onde tinha sido uma casa. Todo o lado do fundo da casa estava exposto para mostrar o interior queimando. O telhado tinha colapsado onde não havia sido explodido. Kat tinha feito aquilo para salvar a amiga. Ele queria matar Missy. Raiva pura o bateu, mas ele não a jogou na loira. Kat tinha que amá-la para sacrificar a própria vida.

Umidade encheu seus olhos, deixando a visão dele embaçada. Darkness foi para baixo, ficando mais perto do rosto de Kat. Ele detectou a respiração dela contra os lábios dele. Era fraca, mas ela estava viva. Darkness apenas não sabia por quanto tempo. Kat iria morrer. As sirenes pararam próximas. Seu cérebro começou a funcionar e um novo alvo para sua raiva apareceu. Ele se ajeitou e virou a cabeça, segurando um aperto no ombro de Missy. Ele a sacudiu uma vez.

— Onde está Mason?

Missy ergueu um dedo trêmulo para a casa destruída.

— Nós estávamos no escritório, ele estava perto da porta. Ele cheirou o gás e caminhou para o corredor. Ele atirou em nós quando Kat nos jogou pela janela. E explodiu.

Darkness podia ver que ela estava em choque. Ele estava dividido entre ir caçar Mason, se algo tivesse sobrado, e permanecer com Kat. Não queria que ela morresse sozinha. Não Kat. Ele se curvou, pressionando o rosto próximo ao dela.

— Estou aqui, Kat. Não me deixe.

— Aqui atrás! – Trey gritou. – Por aqui.

— Por favor, abra seus olhos. – Darkness pressionou, assistindo, esperando que ela fizesse isso. – Você é uma mulher durona, não deixe esse bastardo vencer. Ele ganha se você morrer.

Algo pesado caiu ao lado deles e Darkness ergueu a cabeça, rosnando para a ameaça. A fêmea humana em uma uniforme azul escuro estava de joelho no outro lado de Kat, um kit médico agarrado nas mãos. Os olhos dela se arregalaram e ela empalideceu.

— Ajude-a, você é médica. – Ele olhou para baixo, percebendo que tipo de uniforme era.

Ela assentiu, parecendo se livrar do medo que ele tinha instalado.

— Qual é o nome dela? você sabe?

— Kat. Ela é minha. Não a deixe morrer.

— Darkness, se afaste. – Trey agarrou seus ombros. – Há mais deles, eles precisam de acesso a ela e você está no caminho.

— Não consigo. – Darkness olhou para o homem.

— Tem que conseguir. – Trey se curvou, olhando para os olhos dele. – Deixe que eles a ajudem.

— Minhas pernas não funcionam.

— Você quebrou algo? – Trey olhou para baixo.

— Não posso me mover, não posso deixa-la.

Pena passou pelos olhos azuis do homem e ele se curvou, passando um braço ao redor de Darkness. Ele o puxou para cima, grunhindo um pouco no processo.

— Porra, você é pesado. Trave seus joelhos.

Darkness fez como ele disse, encontrando a si mesmo de pé novamente. Trey manteve o aperto nele e o forçou a se afastar. Mais três humanos se juntaram ao redor de Kat,

puxando detritos para ter acesso a ela. A alguns metros, mais dois humanos ajudavam Missy a se mover, pedindo a ela para se deitar então eles poderiam examiná-la.

Book apareceu. O macho tinha manchas escuras sob o nariz e ao redor da boca, como se tivesse respirado muita fumaça. Ele carregava um cachorro em um braço e um gato no outro. Eles estavam vivos, mas pareciam muito petrificados para se mover para longe. Apenas ficaram nos braços do macho, colocados contra o peito.

— Você foi lá atrás deles? – Trey sacudiu a cabeça. – Espécies fodidos loucos.

— Missy estava histérica e preocupada com eles. – Book pestanejou.

— Não posso acreditar que eles sobreviveram. – Trey liberou o aperto ao redor da cintura de Darkness. – Você está bem agora?

— Onde está o helicóptero? – Darkness permaneceu de pé.

— Está esperando. – Trey o soltou. – Você não o ouviu? Darren o desceu no fim da rua. Ele não queria que as hélices afetassem o fogo aqui.

— Precisamos levar Kat para Homeland.

— Eles vão querer leva-la para o hospital. – Trey hesitou.

— Homeland. – Darkness rosnou.

Trey caminhou para longe e parou próximo aos paramédicos, conversando suavemente com eles. Darkness não pôde ouvir as palavras. Alguns humanos estavam gritando e ele virou a cabeça, olhando para os que não tinha notado até agora. Bombeiros estavam jogando água na casa e a polícia estava movendo escombros, procurando por outras vitimas.

— Ela está em estado crítico. – Trey retornou para o lado de Darkness, parecendo sombrio. – Eles não puderam encontrar nenhum sinal de respiração no pulmão esquerdo dela, é o lado que ela caiu. Ela talvez tenha lesões por esmagamento. Hemorragia interna. – Ele pausou. – Os sinais vitais dela estão ruins.

Darkness manteve os joelhos travados, os paramédicos pegaram uma maca, colocaram um colar cervical ao redor do pescoço de Kat e a viraram contra a maca. Eles usaram restrições para passar ao redor da cabeça dela e do corpo, até mesmo as pernas, para mantê-la imóvel.

— Darkness. – Trey murmurou. – Eles não acham que ela vai conseguir. Eu sinto muito, cara.

Não! Darkness empurrou Trey e caminhou para os homens levantando Kat na maca. Ele olhou para a mulher que tinha assustado.

— Você tem uma ambulância lá na frente?

Ela assentiu.

— Trey, equipe, pegue Missy. Vamos embora. – Ele virou, estudando os animais nos braços de Book. – Traga-os também.

— Vocês todos não vão caber na ambulância com ela. – A mulher humana informou a ele. – Não há espaço suficiente.

— Eles vão para o helicóptero e vão esperar por sua ambulância levar Kat para ele. Eu vou ficar com ela. – Darkness lançou um olhar furioso a Trey. – Vocês não saiam sem nós. Informe Homeland que estamos indo, quero todos os médicos esperando e diga a eles para deixar as drogas de cura prontas.

— Ela é humana. – Book deu um passo à frente.

— Ela não vai morrer. – Darkness rosnou. – Eu não vou permitir isso.

— Faça como ele disse. – Trey empalideceu.

— Eu não posso permitir que você faça isso. – A fêmea humana protestou.

— Qual é o seu nome? – Darkness rosnou para ela.

— Heather.

— Eu sou o pior fodido pesadelo, Heather. Perceba isso e pare de discutir comigo. Faça como eu digo. Você vem conosco no helicóptero, eu insisto. Você pode trabalhar nela e mantê-la viva até que nossos médicos a tenham.

— Porra. – Trey murmurou. Ele ergueu a voz, aprofundando o tom. – Essas são ordens oficiais da ONE, nós temos jurisdição. Mandamos na cena e na sua ambulância. – Ele caminhou para frente e parou diante de Heather. – Você está trabalhando para a ONE agora até nova ordem. Vamos embora, você o ouviu.

Darkness olhou para Trey, o homem deu de ombros. Os dois sabiam que estavam ultrapassando os limites, mas ele apreciou que o macho o cobrisse. Darkness inclinou a cabeça, reconhecendo o débito.

— Tim e Justice vão entregar nossas bundas. – Ele murmurou baixo o suficiente para apenas Darkness ouvir. – Mas que se dane, essa é sua mulher.

Darkness ficou com Kat enquanto eles a colocaram dentro da ambulância e dirigiram rua abaixo. O helicóptero tinha aterrissado em uma encruzilhada, carros estavam alinhados, o tráfego bloqueado. Muitas pessoas estavam para fora dos carros. Darkness os ignorou, gritando ordens para que os paramédicos carregassem Kat para o helicóptero. Heather parecia assustada, mas subiu a bordo com eles.

Missy se sentou próxima a Book. Ele a segurou contra o corpo, como se ela tivesse um tempo difícil em se sentar direito sem ajuda. Dois dos machos tinham os animais de estimação nos colos. O cachorro parecia bem, mas o gato aparentava estar aterrorizado, as garras presas no colete de Jinx. Jinx acariciou as costas do gatinho, a cabeça abaixada, os lábios se movendo como se falasse com o pequeno.

Darkness tomou a palavra após ajudar a segurar a maca ao longo do banco, ele se manteve próximo a Heather desde que eles não poderiam afivelar os cintos. Ele agarrou a lado debaixo da maca e olhou para ela.

— Vou ter certeza que você não caia, mantenha sua atenção em Kat. Não a deixe morrer. – Ele teve que falar alto para ser ouvido.

— Isso é insano! – Ela gritou. – Ela precisa ser levada para um hospital.

Trey fechou a porta do lado e se agachou ao lado deles, agarrando uma alça desde que não havia nenhum lugar para sentar. Ele pegou um fone de ouvido, gritando para o piloto.

— Aqui vamos nós. Voe como nunca voou antes, Darren.

O helicóptero se ergueu rápido, eles sacudiram duro. Darkness manteve um braço ao redor de Heather quando ela deslizou, mas ela empunhou os lados da maca, agarrando-se a ela. Darkness se focou no rosto de Kat, ela estava respirando, mas o rosto estava muito pálido. Ela tinha que sobreviver até que alcançassem Homeland.

Heather ganhou a atenção dele quando ela agarrou sua mão. Ele virou a cabeça, olhando para ela. Ela se moveu para o cinto, deixando claro que ele deveria segurá-la ali. Ele segurou lá na espinha dela. Heather abriu o kit médico e começou uma intravenosa. Darkness admirou a coragem e habilidades dela enquanto ela trabalhava sobre pressão.

Fury acreditava que ele tinha sido desenhado para Kat porque ela era uma mulher corajosa. Ele não sentiu atração por Heather, apesar da aparência apelativa dela. As memórias de Kat apareceram. Ela tinha sido desenhada para ele como ninguém mais. O feriu vê-la deitada naquela maca quando outras imagens estavam tão frescas em sua

mente – ela rindo e até mesmo olhando pra ele com raiva. Tanta vida tinha brilhado naqueles olhos.

Ele talvez nunca mais visse aquilo novamente ou ouvisse o som da voz dela. ele seria deixado com nada exceto pequenas lembranças, sabendo que tudo poderia ter sido diferente se não tivesse negado quão importante ela tinha se tornado para ele. Queria protege-la, mas ao invés disso a tinha deixado vulnerável. As emoções se ergueram, quase o afogando em tristeza.

Darkness lutou para respirar, a dor o comendo por dentro. Ele queria rugir para fora sua raiva pela injustiça disso. Parte dele queria bater em algo até que seus punhos sangrassem, a outra parte sabia que nunca perdoaria a si mesmo se a perdesse.

Não me deixe, Kat. Não morra, continue lutando, Darkness a estimulou silenciosamente. Vou fazer qualquer coisa se você apenas ficar comigo.

 

— Por que está demorando tanto? – Darkness embalava seu punho sangrando, ignorando o buraco que tinha colocado em uma parede.

— Você se sente melhor? – Fury suspirou. – Permita que Paul coloque uma bandagem nisso. Você vai deslizar em seu próprio sangue.

— Eles já estão com ela há dez horas. – Darkness se recusava a parar de compassar.

— Isso leva tempo. – Fury o relembrou. – Você insistiu que eles dessem a elas as drogas curativas. Eles tiveram que mantê-la fortemente sedada e estabilizaram o coração dela antes de operar para parar a hemorragia interna. Nenhuma noticia é bom noticia, isso significa que ela continua viva.

— Talvez eles estejam com medo de me contar. – Ele parou.

— Eu estaria. – Trey sorveu seu café.

— Você não está ajudando. – Ellie murmurou.

— Você iria querer contar a ele? Darkness é assustador quando está compassando e acertando aleatoriamente as paredes. – Trey arqueou as sobrancelhas. – Entretanto, eles teriam que dizer a ele. Estou tentando melhorar o humor. Ela está aguentando lá.

— Por que mesmo você está aqui? – Darkness olhou para o humano.

— Quero saber como sua namorada está. Estou torcendo por ela.

— Você não deveria estar na reunião da força-tarefa?

— Eu não fui convidado. – Trey hesitou. – Estou suspenso por alguns dias.

— Tim te suspendeu? – Darkness rosnou. – Eu vou cuidar disso.

— Calma lá. – Trey murmurou. – Você quer alguém para pulverizar, mas não tem nada a ver com você ou com o que fizemos na noite passada.

— Por que você foi suspenso? – Fury pestanejou. – Eu não ouvi nada sobre isso.

— Isso é entre Tim e eu. Quebrei uma das regras dele. Ele está chateado, mas vai superar. Não vou dizer mais nada. – Trey ficou quieto.

Darkness continuou a compassar, Justice entrou no Centro Médico e Darkness olhou para ele.

— Você tem algo a me dizer?

Justice olhou para Fury.

— Nada ainda. – Fury olhou para o relógio. – Ela é uma lutadora.

— Para uma humana? – Darkness rosnou. – É isso que você quis dizer?

— Pare. – Fury ergueu as mãos. – Você está procurando por uma briga e não vou dar isso a você.

— Não olhe pra mim. – Justice sacudiu a cabeça. – Eu li os relatórios e não tenho problemas com nada que sua equipe fez. Retornamos a paramédica para a casa dela, ela terá uma boa história para conta e foi muito compreensiva pela situação estressante. Não haverá nenhum problema com as autoridades humanas. Quero que você saiba que a polícia recuperou um corpo da casa de Katrina. É Robert Mason.

Aquilo salvava Darkness do trabalho de caçar o homem e o matar.

— Eles têm certeza? – Fury parecia cético. – Eu vi alguns noticias, não sobrou muito da casa.

— Eles tiveram identificação positiva. Ele era uma prioridade desde que era do FBI e por causa da associação com a ONE. Eles pegaram registros dentários e imediatamente compararam eles no laboratório. O pai de Jessie colocou pressão neles também. É ele, não há dúvidas. O corpo estava gravemente danificado, mas sobrou o suficiente para eles fazerem outras distinções. – Justice caminhou para a máquina de café e pegou um copo. Ele se virou, estudando Darkness. – Temos pesadas perguntas da imprensa sobre o que aconteceu na noite passada, mas isso está sendo cuidado. A família dela está se comunicando com Missy. Não vamos permitir que eles tenham acesso a Homeland, mas Missy assegurou a eles o que está sendo feito por Katrina.

Darkness deu de ombros. Não sabia muito sobre a família de Kat, ele não tinha perguntado.

— Eles querem vê-la?

— Eles tem que voar. – Justice assentiu. – Eles vivem em outros estados, ela tinha Missy listada como seu contato médico no FBI. Isso foi sorte para nós desde que a fêmea está aqui e não protestou por nada que nosso centro médico está fazendo.

— Ela provavelmente não percebeu o quão perigoso essa droga de cura é. – Fury murmurou.

Darkness olhou para ele.

— Não estou dizendo que você agiu errado pedindo que fosse dado a ela. – Fury começou rapidamente. – Eu já tive que tomar a mesma decisão. – Ele lançou um olhar significativo para Ellie. – Apenas espero que a amiga dela não esteja informada dos efeitos colaterais.

— Quais são eles? – Ellie se aproximou do companheiro.

— Ele foi testado em Espécies, mas quando eles testaram em humanos isso causou ataques cardíacos e apoplexia massiva. Era muito potente para eles aguentarem. – Fury segurou a mão de Ellie.

— Pense em doses massivas de anfetaminas. – Trey adicionou. – Eu li sobre isso quando colocaram na companheira de True depois que ela foi baleada. Acelerou o processo de cura, mas também acelerou os batimentos cardíacos dela, causando muita arritmia e ataque cardíaco. O paciente também pode ter um derrame porque a pressão sanguínea vai para o teto. – Ele olhou para Darkness. – Você teve que aceitar os riscos.

Tenho certeza que ela continua lá por causa das drogas. Isso deu a ela uma chance real de sobreviver se eles apenas a manterem estabilizada. Isso é uma linha fina entre manter os sinais vitais dela altos o suficiente para mantê-la viva, mas baixo o suficiente para combater os efeitos colaterais das drogas.

— Bem, Jeanie está bem agora. – Ellie sorriu. – As drogas a salvaram, apenas precisamos pensar positivo. Elas vão salvar Katrina.

— Kat. – Darkness rosnou. – Ela gostava de ser chamada assim.

— Não. – Fury rosnou de volta. – Você quer arrumar uma briga? Não com minha mulher.

— Estou frustrado. – Darkness se acalmou. – Desculpe, Ellie.

— Está tudo bem. – Ela manteve o sorriso no lugar. – Você não iria ser o único Espécie que já tentou me testar.

A porta do outro lado da sala se abriu e a doutora Alli saiu. Ela tinha mudado o avental por um par de camiseta e shorts, as sandálias eram quietas no chão enquanto ela se aproximava. A expressão dela mascarava as emoções, mas ela prendeu o olhar em Darkness, caminhando diretamente para ele. Ela parou.

— Aquela é uma senhorita durona que temos lá, Darkness. Eu não sai com noticias até que tivesse certeza que ela iria fazer isso, salvo circunstancias imprevistas.

Ele deixou as informações se assentarem.

— Era tocar e ir. – Doutora Alli sorriu. – Eu não vou mentir. Tivemos um tempo infernal descobrindo que dosagem ela poderia aguentar, mas dar a ela o suficiente para ajuda-la. Os paramédicos na cena estavam errados, o pulmão dela estava machucado, mas não tinha colapsado. Ela teve fraturas capilares ao longo da caixa torácica, mas elas foram remendadas. Nós também não encontramos nenhuma hemorragia interna, então não tivemos que operar. Ela apenas se machucou como o inferno, teve muitas contusões precisou de pontos em três lugares. Ela perdeu muito sangue por todos os lados, o que explica seus assustadores sinais vitais quando ela chegou. Ela estava sofrendo por choque extremo. Ela é do tipo sanguíneo de Trisha, isso foi uma sorte. Treadmont insistiu em manter todos os tipos sanguíneos das companheiras em mãos apenas para o caso de uma de nós precisar.

— Eu posso ver Kat? – Darkness estava com medo de acreditar em Alli.

— Sim, vou te levar para trás. Nós a temos presa a muitos monitores, quero que você esteja preparado para isso. Treadmont e Trisha esta com ela. Ela está se curando tão

rápido que já estamos prontos para remover os pontos, então você não vá ver eles lá. Na próxima vez vamos apenas usar as bandagens se alguma vez precisarmos usar as drogas curativas em um de nós. Estamos mantendo-a sedada para lidar com os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea. Estamos ao redor dela para ter certeza que ela...

— Ela o quê? – Darkness não gostou do modo com o sorriso dela desapareceu e preocupação brilhou nos olhos dela.

— Ela recebeu muitas pancadas na cabeça. Tivemos que coloca-la para dormir rápido quando os batimentos cardíacos aceleraram muito, mas queríamos ter certeza que ela estava bem. Os escâneres que fizemos quando ela chegou mostraram alguns inchados, mas agora eles se foram. – Dra Alli se aproximou e colocou a mão no peito dele. – Estávamos preocupados com os danos.

— No entanto, ela está bem, certo? – Ele se sentiu doente.

— Foi um ferimento muito próximo a cabeça. Você a trouxe rápido e começamos imediatamente com as drogas. Pensamos que a pegamos a tempo, antes que ela sofresse um ferimento permanente. As imagens parecem boas agora, não há sangramento. Estamos correndo scans a cada hora para vê-la, a última coisa que queríamos fazer era abri-la. Não temos um neurocirurgião em Homeland, mas temos um em espera de um dos centros de traumas mais próximos para o caso de precisar.

— E se houver um dano?

Dra Alli mordeu o lábio inferior.

— Apenas me diga.

— Estamos consultado o departamento de neurologia. Se houver um dano e se for leve, ela pode não lembrar o que aconteceu com ela. Amnésia curta é uma possibilidade. Isso pode causar algumas mudanças de personalidade, oscilação de humor, depressão. – Ela pausou. – Pode haver algumas leves mudanças físicas. Visão embaçada, dores de cabeça e alguma fraqueza nos membros. Vamos procurar por dificuldades verbais também, fala arrastada ou problema em identificar palavras, faladas ou ouvidas.

Darkness fechou os olhos, isso doía. É minha culpa. Ele não podia parar de repetir aquilo dentro da cabeça. Deveria ter mantido Kat em Homeland, algemada em sua cama, ao invés de empurrá-la para longe. Ela quis que ele a encontrasse no meio do caminho, mas ele se recusou até mesmo a tentar.

— Darkness? – Dra Alli afagou o peito dele. – Ela é durona.

— Você disse que já a derrubou uma vez. Ela está bem? – Ele abriu os olhos.

— Ela abriu os olhos, pareceu confusa, mas então os batimentos cardíacos subiram muito alto. A desacordamos. Ela nunca falou, foi muito rápido. Os sedativos são duros para apagar e nós apenas não tivemos tempo suficiente para permitir que ela se tornasse coerente. – Ela deixou cair a mão. – Você quer vê-la?

— Quero.

— Siga-me. – Ela girou e rapidamente caminhou para longe.

Darkness permaneceu atrás dela. Eles tinham duas salas em funcionamento e foi onde ela o levou. A doutora Trisha e o Treadmont estavam em um cômodo grande, os dois sentados em cadeiras. Eles pareciam cansadas e tinham trocado as roupas também. A doutora Trisha sorriu para ele, isso pareceu forçado. O doutor Treadmont apenas abaixou a cabeça, olhando para algo no laptop.

Kat continuava deitada em uma maca acolchoada, eles tinham fios em cada lado dela. Ela vestia uma camisola hospitalar, um cobertor a cobria até o meio do peito. Os dedos de Kat estavam cobertos por clipes plásticos e uma coisa verde estava colocada no antebraço, próxima ao cotovelo. Isso pingava fluidos e drogas no sistema dela. Os fios de um monitor cardíaco corriam sob o topo da camisola para o peito dela. Kat respirava sozinha, mas continuava parecendo muito pálida.

Darkness parou ao lado da cama dela, o outro braço de Kat estava coberto onde ele sabia que ela tinha sofrido uma torção profunda, isso estava preso quase ao redor do braço dela. Ele pestanejou.

— É a cura. – A doutora Alli o informou. – Estamos mantendo isso nela, então é melhor não colocar isso. Quer ver os outros ferimentos dela?

Ele sacudiu a cabeça em concordância.

A doutora Alli ergueu o cobertor e Darkness rosnou. Kat tinha estado de lado quando ele a encontrou e muitos corpos tinham estado no caminho quando os paramédicos a tinham amarrado à maca. Trey tinha coberto Kat com cobertores para mantê-la aquecida contra os efeitos do choque, ele percebeu que os quadris e pernas estavam danificados.

As feridas pareciam como se ela tivesse sido cortada com uma lâmina grossa, a pele estava marcada por contusões multicoloridas, um progresso natural do processo de cura. Já estava em estágio avançado, eles já tinham começado a parecer amarelados.

— Eu não sei se isso foi pelos detritos da explosão ou se ela caiu em algo. – Dra Alli explicou. – Ela foi arranhada dos dois lados, de qualquer forma. O lado esquerdo foi cortado assim, mas ela tem os piores ferimentos no lado direito. O braço, a cabeça e as costelas.

Darkness se aproximou, notando como suas mãos tremiam quando cuidadosamente agarrou a camisola de Kat e puxou para baixo. Almofadas circulares atadas ao monitor descansavam sobre os seios dela e mais fios corriam para o inferior da costela. Haviam contusões abaixo do seio direito de Kat, ele soltou e se aproximou.

— Isso parecia pior quando ela foi trazida. – A doutora Trisha se moveu para o outro lado da cama. – Os cortes menores e as feridas nelas já estão quase curadas. Nem mesmo restaram contusões. – Ela encontrou o olhar dele. – Temos uma decisão a tomar, vou falar a amiga dela.

— Que decisão? – Ela ganhou toda a atenção de Darkness.

— Mantê-la nas drogas até que esteja completamente curada ou não. Neste ritmo isso vai acontecer até amanhã à noite. A outra opção de retirá-la delas para se curar naturalmente o resto do caminho. Se decidirem isso, vamos limpar o sistema dela para remover as drogas.

— Como ela está lidando com elas?

— Bem, considerando que ela está quase em coma. – A doutora Trisha deu de ombros e olhou para a doutora Alli.

— Eu disse a ele, todos estamos preocupados com o ferimento próximo à cabeça. – A doutora Alli puxou uma respiração. – Estamos ansiosos para acordá-la e ver como ela está.

— Ela não está mais em estado crítico. – Trisha o informou. – Isso seria seguro. O maior inimigo dela era a perda de sangue que sofreu e o trauma pelos ferimentos. Lutamos com os dois e vencemos. Vou falar com Missy e deixa-la decidir.

— Mantenha-a nelas. – Darkness sacudiu a cabeça. – Kat odiaria ficar contida no Centro Médico, deixe-a se curar completamente.

— Isso não cabe a você. – O doutor Treadmont destacou.

Darkness virou para olhar para o homem.

— Não é. Elas são hóspedes em Homeland e a melhor amiga dela está listada como sua parente mais próxima, os registros dela foram enviados para nós.

— Vocês farão como estou pedindo. – Darkness se afastou da cama e avançou para Treadmont. – Mantenha-a com as drogas.

A doutora Alli agarrou seu braço. Ele parou, não querendo empurrá-la. Ela caminhou ao redor dele, colocando seu pequeno corpo entre ele e o homem.

— Vamos mantê-las nelas, mas se ela começar e mostrar sinais de que a droga é muito para aguentar, vamos parar. Acho que é um compromisso razoável.

— Isso é bom. – Ele rosnou baixo, olhou para o doutor, mas se acalmou.

Darkness se soltou da mão de Alli e voltou para a cama, olhando Kat dormir. Ele não planejava sair, não confiava mais em Treadmont. O enfureceu que o homem iria desconsiderar seus desejos quando isso era sobre Kat. Darkness a tinha colocado em perigo, mas ele também teria certeza que ela estava completamente curada antes de que eles permitissem que ela acordasse.

— Vamos mantê-la aqui enquanto está com as drogas. – Trisha pegou os olhos deles. – Certo? Vamos movê-la para um quarto uma vez que estivemos prontos para acordá-la.

— Sim.

Kat iria querer saber que Mason estava morto, a próxima pergunta iria se provavelmente sobre a amiga. Ele se aproximou, pegando a mão dela.

— Como está Missy?

— Ela está bem. – A doutora Alli o assegurou. – Algumas contusões e cortes, mas nada sério. Ela apenas precisou de algumas bandagens e bolsas de gelo. Temos ela em um dos quartos.

— Elas tem animais de estimação. – Ele lembrou disso. – Onde eles estão?

— Book os levou para casa, eu os chequei. Não sou uma veterinária, mas eles pareciam bem. – Trisha se moveu para longe. – Ele vai mantê-los no dormitório dos homens até que Missy e Kat estejam prontas para deixar Homeland.

— Elas não têm outro lugar para ir. A casa delas foi destruída. – Darkness baixou a voz no caso de Kat poder ouvi-lo.

— Tenho certeza que a ONE vai ajuda-las a encontrar um novo lugar. – Alli se aproximou e afagou o braço dele. – Ela vai ficar bem, Darkness. Por que você não tenta dormir um pouco? Esteve acordado a noite toda. Vamos trazer alguns colchoes pra cá e vamos descansar um pouco. Terei um trazido para você também.

— Não.

— Darkness?

Ele olhou para baixo, para a companheira de Obsidian. Ela olhava de volta para ele com um olhar determinado.

— Estou acostumada a lidar com caras teimosos e cheios de rosnados. Você não me assusta. Quer ficar aqui? Você vai tirar uma soneca. Isso não está em discussão. Vamos te acordar se algo der errado. Kat está dormindo, descanse enquanto pode.

Ele entendia a logica disso e cedeu, assentindo.

— Bom. – Alli deu um passo atrás.

 

— Que bagunça. – Justice disse e suspirou, tomando um assento na área de espera.

— Isso poderia ter sido pior. – Fury colocou Ellie mais perto. – Ele continua negando, mas tem fortes sentimentos por aquela mulher.

— Você acha que isso é uma negação? – Ellie não parecia convencida. – Eu estava com medo de que ele ficaria louco se ela morresse. Eu tive Paul com uma arma de tranquilizantes no outro lado do balcão para o caso de precisarmos derrubá-lo.

— Darkness é teimoso. Podemos ser irmãos, mas eu sou o inteligente. – Fury virou a cabeça e colocou um beijo na testa de Ellie. – Eu parei de lutar com meus sentimentos por você.

— Está um circo fora dos portões. – Justice se ajeitou e esfregou a testa. – Repórteres, detetives de polícia e o FBI, todos querem entrevistar Darkness e a equipe. Disse a eles que estavam no Centro Médico. Deixei que eles assumissem que todos precisavam de tratamento pelos ferimentos.

— Estou no Centro Médico e Darkness também. – Trey esticou os braços, se ajustando na cadeira. – Então isso não é exatamente uma mentira. Quer que eu faça essa merda de dança de besteiras? Apenas me diga o que você quer que eles saibam.

Justice pareceu considerar isso.

— Isso é antes ou depois de você dar a uma fêmea humana uma tour por Homeland?

— Desculpe por isso, eu posso explicar. – Trey fez uma careta.

— Deixe pra lá, Jinx já fez isso. Foi inteligente. Ela não chamou a polícia ou a impressa. Estamos enviando a ela uma cesta com a merchandising da ONE e os arranjos estão sendo feitos para que ela visite Homeland na próxima semana. Teremos que explicar que ela não pode tirar fotos a menos que a gente aprove-a, mas terei Flame ou Smiley a escoltando. Eles podem parar no bar e almoçar, é um preço pequeno a pagar por não ter manchetes dizendo “Equipe da ONE rouba carro de mulher sozinha”. Você sabe que alguns jornalistas iriam implicar que estamos sequestrando mulheres para trazê-las para Homeland.

Fury rosnou.

— Tim está chateado com você. – Justice baixou as mãos e se focou em Trey. – Quer me dizer por quê?

— Não. É pessoal.

Justice pareceu em guarda, estudando Trey.

— Não podemos falar para ninguém sobre a ligação que veio da casa de Katrina. Eles querem umas transcrição disso. Book me assegurou que Katrina estava apenas planejando entrar em Homeland como uma tática para manter o homem até que ajuda pudesse chegar. Eu concordo, prefiro não ter que explicar isso para a imprensa. Eles tendem a torcer a verdade.

— Merda nenhuma. – Trey murmurou. – Eles vão pensar que o FBI estava conspirando para ultrapassar Homeland em vez de ser apenas um agente corrupto que se juntou ao cunhado para receber dinheiro por revelar o paradeiro de Espécies encarceradas.

— Exatamente. – Justice sorveu seu café. – O FBI iria querer manter uma tampa na investigação de Mason, isso os faria parecer ruins.

— Dane-se eles. – Trey pestanejou.

— Sempre pense dois passos à frente, Trey. – Justice gargalhou. – Poderíamos conceder a verdadeira história para a impressa ou poderíamos ter a apreciação do governo. O que soa mais útil para a ONE? Mason está morto, nós temos Boris sob custódia. – Justice pausou. – Eles vão ficar nos devendo e podemos sempre soltar os detalhes depois, se a oportunidade aparecer.

— Ganhamos pontos de brownie. – Ellie adicionou. – Entendi.

— Esse é um jeito de colocar. – Justice sorriu com ironia.

— Sim, entendi também. – Trey falou com Justice. – Qual história eles vão contar então? Aquelas TVs ao redor não vão desaparecer até que tenham algo ou apenas possam fazer merda. Você sabe que isso não vai acontecer.

— Nosso time de relações públicas está trabalhando nisso. Até agora eles acreditam que deveriam soltar uma nota dizendo que Katrina Perkins é uma consultora da ONE, atribuída pelo FBI para nos ajudar. Teremos ameaças mortais ao longo dos EUA e em outros países, isso soa razoável e ela pode ficar em Homeland por pouco tempo. Estamos dizendo que ela deveria entrar, mas não entrou, o FBI e a ONE enviou equipes para checa-la.

— Estou vendo aonde isso vai. – Trey assentiu. – Katrina e Missy foram cobertas pela fumaça de uma quebra na linha de gas. Mason alcançou a casa primeiro e forçou caminho para checa-las. A casa explodiu e nós chegamos à cena. A única coisa que me irrita sobre esse cenário é que Mason vai parecer como um herói que morreu tentando salvar uma colega de trabalho.

— Concordo que isso é péssimo, mas iria explicar por que nossa equipe chegou lá e isso não causaria um escândalo de corrupção no FBI. – Justice inclinou a cabeça. – Nós todos podemos caminhar para longe disso com uma boa impressão. Tenho certeza que eles estão aguardando para permanecer em silêncio ou concordar com nossa versão dos eventos.

— Posso cuidar disso. – Trey se ergueu. – Quer que eu lide com isso?

— Vá ver nossa equipe de relações públicas primeiro. Nós pagamos muito dinheiro então os coloque para trabalhar, eles estão concentrados na sala de conferencia no prédio de escritórios. Eles vão te ajudar a lidar com a imprensa e vou fazer uma nota com isso em algumas horas. Vou deixar Tim saber que estou te colocando no comando de lidar com esse tipo de coisa da força-tarefa. Isso vai parecer mais formalmente oficial ter um membro da equipe integrado à imprensa.

— Estou nisso. – Trey disse enquanto deixava o Centro Médico.

— O que você acha que está acontecendo na cabeça do seu irmão sobre Katrina? – Justice virou para Fury.

— Inferno se eu sei. – Fury deu de ombros. – Darkness resiste a laços emocionais, mas parece realmente mexido porque ela quase morreu. Ele agora vai perceber o que ela significa ou apenas crescer mais teimoso para mantê-la a distância de um braço. Eu não faço ideia de que caminho vai seguir, estou apenas feliz que ela não morreu.

— Ele deixou Homeland para ir para o mundo dos humanos. Isso é grande. – Ellie olhou para eles dois. – Ele tinha que se importar com ela. Ele se recusou a ir atrás da Presente que ele trabalhou tão duro para encontrar.

— Eu sei, temos que esperar e ver como isso vai ser. – Fury colocou Ellie mais perto.

— Espero que, seja lá que o futuro dele reserve, não mais explosões estejam envolvidas. Quase estou com medo de pensar nas consequências se ele a fizer sua companheira. – Justice sorriu.

— O que isso significa? – Ellie pestanejou.

— Merdas parecem explodir quando Kat está perto. – Fury murmurou. – Essa é uma perigosa ou azarada fêmea.

Uma porta se abriu do outro lado da sala e Sunshine pisou para fora, ela olhou ao redor e então para Fury.

— É seguro?

— Trey não vai voltar e nossa área está cercada pelo pessoal para mantê-los onde eles estão.

— Venha. – Sunshine chamou.

— Eu desenhei isso para vocês. – Salvation correu para fora da sala procurando os pais, segurando um papel.

— Venha mostrar para a mamãe! – Ellie deslizou para longe de Fury e abriu os braços.

O garoto a abraçou e sorriu, segurando um desenho que tinha feito com lápis de cor.

— Essa é você e papai.

— Vocês dois parecem tão finos. – Justice deu risada.

— Somos pessoas varetas, eu amei. – Ellie sorriu.

— Desculpe interromper. – Sunshine pediu. – Ele é hiperativo e é difícil mantê-lo contido em um escritório.

— Obrigado por cuidar dele. – Fury colocou o filho no colo. – Nós dois queremos estar aqui pelo Darkness.

— Esta tudo bem. – Sunshine se aproximou. – Amo passar tempo com ele.

— Vamos ficar aqui por mais algumas horas. – Fury olhou para o relógio. – Quero ter certeza que Darkness não surte se as condições da fêmea mudarem. Você poderia leva-lo para nossa casa.

— Ele quer ficar próximo de você. – Sunshine esticou a mão. – Salvation? Você ia gostar de ver um filme comigo? Eu tenho alguns dentro do laptop.

— Qual filme? – Salvation pulou do colo de Fury e correu para Sunshine. – Eu amo filmes.

A fêmea Espécie o ergueu, segurando-o perto.

— Qualquer filme que você quiser, essa é a coisa boa da internet. Podemos aluga-los. Vamos voltar para o escritório até que chegue. – Ela olhou ao redor, obviamente em alerta. – Vou me sentir melhor se estivermos lá. Há humanos...

— Ele não entende a necessidade de sigilo. – Fury clareou a garganta e sacudiu a cabeça.

— Certo. – Sunshine assentiu.

 

Kat abriu os olhos, a primeira coisa que veio a tona foi um teto almofadado. Ela piscou, tentando fazer sentido de por que estava lá ao invés do pipocado do seu quarto. A

memória apareceu rápido. Kat virou a cabeça e olhou para o monitor ao seu lado direito, o ritmo cardíacos estava normal de acordo com os números.

Tinha pulado de uma janela com Missy e então havia dor e um barulho alto, o gás deveria ter inflamado. Ela olhou abaixo para o braço, uma intravenosa lá e um sensor de oxigênio anexado ao seu dedo. Com medo, ela moveu as pernas, mudando os pés na cama de hospital. Elas estavam lá e intactas. O outro braço doía e ela virou para olhar para a atadura de gaze ao redor do antebraço.

Estou viva. Missy? Oh Deus! O pânico entrou e ela tentou se sentar. Foi mais fácil do que ela pensou que seria e menos doloroso. Isso não é um hospital. Ela reconheceu o layout. É o Centro Médico deles. Estou em Homeland? Ela estava sozinha no quarto com a porta parcialmente aberta para um corredor silencioso.

Algo escuro se moveu na ponta da cama, foi apenas um flash do que pareceu ser cabelos negros e então ela arfou, quase caindo quando um garoto colocou a cabeça para cima. Olhos escuros com incomuns, longos e finos cílios olhavam para ela. Ele se ergueu um pouco, os dedos agarrando os trilhos. Kat tomou a forma do nariz dele. Ele piscou, a expressão curiosa.

Ele parece com Darkness, exceto pela forma dos olhos. Talvez fosse apenas a cor e o tom de pele, mas Kat viu uma semelhança. Ele se ergueu mais alto, revelando a boca. Ela estava fechada, mas a inclinação para baixo era uma carranca. Ele não falou, apenas continuou a assisti-la.

Kat clareou a garganta.

— Qual é o seu nome? – Ela sorriu, esperando que ele não fosse embora.

— Quem é você?

— Eu sou Kat.

— Você não parece um.

Ele tinha uma voz grossa para uma criança, mas estava claro que era Nova Espécie. Kat jurava que ele tinha cinco anos de idade, pelo que pôde ver dele.

— É apenas um nome. Eu não sou um gato de verdade.

Ele se abaixou e desapareceu. Kat continuou lá, sabendo que ele não tinha deixado o quarto. Ela o teria visto indo com a visão clara da porta. Algo colidiu com a cama à esquerda e ele se endireitou, olhou para ela a poucos centímetros de distância, olhando para o monitor e então para o rosto de Kat.

— Você está machucada?

Kat ajeitou o corpo, um lençol cobria a maior parte e ela vestia uma camisola.

— Acho que estou bem na maior parte, me sinto bem.

— Você está no Centro Médico. – Ele se aproximou e tocou o clipe de plástico no dedo dela. – Isso dói? Está te beliscando.

— Não, não está apertado. – Kat continuou lá.

Ele puxou e a máquina apitou. Ele rosnou, jogando o clipe no chão, mas então olhou de volta para ela. Os olhos dele estavam grandes, quase amedrontados.

— Está tudo bem. – Kat resistiu a rir. – Os monitores fazem barulhos estranhos. Você não me machucou e não posso te machucar. Você não me disse seu nome.

— Salvation.

— É um nome legal. – Kat olhou para a porta, imaginando onde todos estavam por que o garoto estava em seu quarto. Ela não podia ver Novas Espécies permitindo que crianças corressem livremente pelo Centro Médico, isso não seria seguro com todas as drogas e equipamentos que ele poderia pegar. – Onde estão sua mamãe e o papai?

— Eu saí escondido. – Ele abaixou a voz. – Sunshine adormeceu, ela estava me olhando. Meus pais estão na sala de espera, eu passei por detrás do balcão, então eles não me viram. Eles estavam conversando.

Kat estava tentada e empurrar o botão de assistência na cama hospitalar, ela apostava que os pais dele não ficariam felizes se descobrissem que ele tinha escapado da babá. No entanto, ela não queria coloca-lo em problemas.

— Você deveria voltar para ela. Ela vai acordar e ficar preocupada se você não estiver lá.

— Ela ronca.

— Sério? – Kat deu risada.

— Alto. – Ele sorriu, a expressão adorável. – Isso me acordou.

— Salvation. – A porta subitamente se moveu e Darkness preencheu o espaço.

O garoto pulou, girando para olhar para a voz rosnada. Kat lançou a Darkness um olhar de advertência.

— Não o assuste.

— Ele deveria ficar assustado. Ele sabe melhor que fugir de alguém o olhando. – Darkness entrou no quarto, focado no garoto. Ele apontou para o corredor. – Corra para seu pai, ele está à esquerda.

Salvation correu, se movendo rápido para um garoto pequeno. Ele estava fora da porta em um flash, Kat olhou para Darkness.

— Isso que quis dizer. Você não deveria ter usado aquele tom.

— Ele não deveria estar aqui, estávamos procurando por ele. Sunshine acordou para descobrir que ele tinha saído. Todo mundo se mexeu para procurar no prédio.

— Ele é apenas uma criança pequena, não pode ter mais que cinco anos. Que criança não explora ao redor?

— Ele tem três e é Espécie. É uma questão de segurança.

— Três? – Ela estava surpresa. – Ele é apenas um bebê então. – Um enorme. – Você o assustou pra valer.

— Nossas crianças não são indivíduos desajeitados e indefesos nos primeiros anos de vida. Ele engatinhou aos três meses, começou a correr quando tinha seis meses e falou sentenças completas antes do primeiro aniversário. Ele estava lendo e fazendo o que a maioria das suas crianças fazendo na escola no segundo aniversário. Você talvez o veja como um bebê, mas ele não é humano. Ele sabe que não há desculpas para ele deixar o cuidado de Sunshine e entende porque tem que seguir regras. Elas estão lá para a proteção dele. – Darkness caminhou para o fim da cama.

— Eles envelhecem mais rápido? – Kat deixou aquilo assentar.

— Não, não temos a idades dos cachorros. – Darkness rosnou.

— Eu não quis dizer isso desse jeito.

— Continuo dizendo que somos diferentes de você.

— Eu não vou discutir com você. – Kat puxou uma respiração calma. – Onde está Missy? Ela está bem?

— Ela está bem.

— Obrigado. – Kat fechou os olhos, seu medo se aliviando.

— Você quase morreu salvando-a. – Darkness rosnou. – Não me agradeça, eu apenas cheguei a tempo para ver os resultados do seu esforço. Você estava morrendo.

— Eu me sinto bem. Um pouco dolorida, mas... – Ela olhou abaixo para o corpo.

Outro rosnado partiu de Darkness e ele se lançou, ficando no rosto dela quando caminhou para o outro lado da cama e se curvou.

— Demos a você drogas para te curar. Você estava sangrando quando te encontrei. Imóvel. Quase morta.

Os olhos de Darkness eram quase pretos e os lábios dele se separaram, revelando as presas. Kat continuou lá, pensando no que ele tinha dito.

— Você me salvou, obrigado.

— Você arriscou sua vida por outra, eu não quero seu agradecimento. Missy disse que você ligou o gás e usou isso para explodir sua casa. Ela também disse que você usou seu corpo para cobrir o dela dos vidros e dos destroços caindo. Nunca mais faça isso novamente.

— Ela é minha melhor amiga. – Kat tentou descobrir a razão da raiva dele. – Você teria feito o mesmo. Mason ordenou que eu a matasse e essa foi a única coisa que eu pude pensar em fazer, ele tinha a arma.

— Apenas não faça isso novamente. – Darkness se afastou alguns centímetros.

Darkness estava preocupado, Kat achou isso tocante.

— A casa?

— Destruida.

— Mason? – Isso não veio como uma surpresa.

— Morto.

— Bom.

— Eu teria matado ele se continuasse vivo quando cheguei.

— A explosão o levou?

— Sim, ele foi encontrado nas cinzas depois que os bombeiros foram capazes de apagar o fogo.

— Quão chateada Missy está... Comigo? – Mais detalhes vieram à mente.

— Ela disse que você fez tudo para salvá-la.

— Quero dizer sobre Butch e Gus, são o cachorro e o gato dela. Não pude salvá-los. Mason iria atirar nela se eu me recusasse a provar que estava comprometida a ser a parceira dele. Ele não iria me deixar perto o suficiente para desarmá-lo ou até mesmo atacar, então ela poderia ter corrido.

— Eles sobreviveram. Missy disse a um dos nossos machos que eles continuavam dentro da casa e o bastardo maluco foi atrás deles. Book tem sorte que não foi morto. Os fundos da casa tinha ido e a frente ia entrar em colapso e estava em chamas. Ele os encontrou debaixo do colchão que os prendeu contra a parede próxima à janela que ele pulou para pegá-los. Isso provavelmente os protegeu da maior parte da fumaça.

— Por favor, agradeça a ele por mim. Acho que ela não me perdoaria nunca se eles tivessem morrido.

— Ela te deve a vida. – Darkness rosnou. – Como você está se sentindo? – Ele parecia procurar os olhos dela, procurando por algo.

— Um pouco grogue e dolorida. – Kat olhou para o braço. – Quão ruim está abaixo da gaze?

— Você vai ficar bem. Eles estavam preocupados sobre danos à sua cabeça.

Kat alcançou, examinando os cabelos e a forma da cabeça com os dedos.

— Está intacta, eu pareço ruim?

— Está pálida, também tem todo seu cabelo. Eles não tiveram que operar, mas você sofreu um sangramento na cabeça, havia inchaço.

— Havia?

— As drogas curativas dos Espécie foram efetivas. Os ferimentos abertos se fecharam e a maior parte das suas contusões desapareceram.

— Ferimentos abertos? – Kat olhou para o braço novamente. – Há mais?

— Suas costelas e a coxa foram cortadas.

Kat empurrou o lençol e ergueu a camisola, ela encontrou mais gaze no lado direito. Darkness agarrou a camisola e puxou para baixo.

— Qualquer um pode entrar, você não tem nada embaixo disso.

— Não me importo, quero ver o que aconteceu comigo.

Darkness se endireitou, cruzou o cômodo e fechou a porta. Ele girou a fechadura e retornou para o lado da cama, ele baixou o apoio e ofereceu um braço a ela.

— Eu vou te ajudar. Os médicos disseram que você pode ficar de pé e usar o banheiro com assistência. Você poderia sofrer tonturas e fraqueza por um dia ou dois. Há um espelho no banheiro.

— Estou um pouco trêmula. – Kat deslizou as pernas para fora.

— Você quase morreu.

Kat permitiu que Darkness a ajudasse a sair da cama e entrar no banheiro, ele a ajudou a remover a camisola e ela olhou para o espelho. Gaz cobria seu braço e dois lugares nos quadris e perna, as costelas pareciam descoloridas sob um seio. Ela virou, olhando acima do ombro.

— Estava muito pior. – Darkness ressoou, o tom revelando a raiva. – As drogas trabalharam muito bem em você.

Darkness gentilmente removeu a gaze do braço dela. Kat o olhou, não surpresa em quão gentis aquelas grandes mãos poderiam ser. Ele jogou a bandagem no lixo e Kat olhou para a pele avermelhada, marcas fracas revelaram que pontos estiveram lá. Kat vacilou nos pés.

Darkness se curvou, pegando-a nos braços.

— Você deveria permanecer na cama.

— Quanto tempo fiquei desacordada?

— Apenas desde a noite passada.

— Isso é maravilhoso, eu não sabia que drogas assim existiam.

— Apenas Espécies as usam.

— Vocês deveriam compartilhá-la com o mundo. Sabe que milagre é que elas curam tão rápido?

— Mercile fez testes em humanos. – Um músculo ao longo da mandíbula dele pulou, a raiva clara. – Os resultados foram mortais. Somos mais resistentes que seu tipo. As drogas não seriam dadas a você por causa do risco de morte, mas você estava tão machucada que não havia nada a perder. É maravilhoso que esteja viva. – Ele a carregou para a cama de hospital e a deitou nela. – Vai ter que se aquietar por alguns dias. Seu corpo aguentou muita coisa, Kat.

— Eu me sinto bem. – Ela deixou aquelas informações se assentarem.

— Levou três médicos toda a noite para ter certeza que não te sedaram até a morte para evitar que seu ritmo cardíaco e a pressão sanguínea te matassem enquanto estava com as drogas. É uma sorte que você fez isso, Kat. Você talvez se sinta como se estivesse bem, mas seu corpo provavelmente nunca sofreu tanto estresse.

— Obrigado. Assumo que você pediu a eles para fazer isso?

— Você ia morrer de outra forma. – Ele hesitou. – Era sua única chance.

— Por favor, agradeça a todos por mim.

— É o trabalho deles.

O assunto estava fechado, Darkness não parecia estar esperando ou ser capaz de aceitar sua gratidão. Kat mudou o tópico para um mais seguro.

— Eu gostaria de falar com Missy.

— Ela está no corredor abaixo.

— Ela está em Homeland?

— Para onde nós supostamente deveríamos manda-la? A casa de vocês foi destruída. – Darkness pegou uma camisola limpa e ajudou-a a colocar pela cabeça e então puxou para baixo até que estava decentemente coberta.

— Obrigado, Darkness.

— Para de me agradecer. – Ele se afastou. – Eu supostamente deveria ter permitido que você fosse enviada para um hospital humano para morrer? – O tom dele se aprofundou para um rosnado. – Eu supostamente deveria apenas acreditar que eles iriam fazer tudo o que pudessem para te salvar? Pensei que você estava morta quando te encontrei debaixo do pedaço do telhado que caiu em cima de você.

— O telhado caiu em cima de mim?

— Apenas seu pé estava de fora. Foi como eu te encontrei.

— Graças a Deus eu não estava usando sapatos cor de rubi, Missy diz que eu pareço uma bruxa algumas vezes.

— O que isso significa? – Darkness fez uma careta.

— Desculpe, essa é minha tentativa falha de humor.

— Não foi engraçado! – Ele rugiu.

Kat tinha começado.

— Descanse. – Darkness arquejou, se afastando. Ele não gritou daquela vez, mas ainda parecia enfurecido. – E não mencione o garoto para ninguém, você não deveria tê-lo visto.

— Eu assinei o acordo de confidencialidade. Ele é lindo. Ele não vai estar com problemas, vai? Juro que não direi a ninguém sobre ele.

— É melhor ele não ter ido ao quarto de Missy, preciso checar isso. Isso faria um risco à segurança dela.

— Ela ia preferir morrer a pôr a vida de uma criança em perigo, eu a conheço tão bem como a mim mesma. Ela é minha melhor amiga. Não a ameaçe, Darkness. Apenas explique a situação ou eu farei se Salvation tiver feito uma visita a ela. Missy vai manter segredo.

— Fique na cama e permita que a seu corpo mais tempo para se curar.

Ele girou, destrancou a porta e se foi. Kat descansou contra os travesseiros.

— Merda. – Tinha quase morrido, Darkness tinha salvado a vida dela. Todos os fatos estavam se assentando. Ele também tinha tentado brigar com ela.

Tanto para uma separação limpa. Ela tinha voltado para Homeland. Se acreditasse em sinais, esse seria um de neon. Ela e Darkness não estavam acabados. Não por um longo tiro. Eu não sinto por isso, apenas acho que ele sim.

Darkness localizou Fury e Salvation abaixo no corredor, ele se aproximou. Fury sussurrava para o garoto, o punindo sobre o comportamento. Ele estava no chão, de joelhos no nível do garoto. Darkness pegou o final da conversa.

— É por isso que você não pode perambular por ai, Salvation. Aquela humana sabia sobre nossas crianças, mas e se ela não soubesse? Você é muito novo para entender, mas nós temos inimigos. Você precisa confiar em mim, eu sou seu pai.

— Desculpe. – Salvation pareceu contrito.

— Você precisa apenas ser mais cuidadoso. – Fury mexeu nos cabelos dele e o colocou nos braços.

— Ele visitou Missy também? – Darkness parou a poucos passos dele.

— Não, apenas Kat. – Fury olhou para cima e sacudiu a cabeça. – Como ela lidou com isso?

— Ela acha que ele é um bebê.

— Ellie também acha. – Fury sorriu.

— Eu não sou um bebê. – Salvation rosnou, mostrando as presas.

— Então siga as ordens e não vá contra as regras do seu pai. – Darkness se curvou. – Os adultos conhecem limites.

— Eu não sou um adulto, sou um jovem macho. – Sal descansou pesadamente contra o pai, um pouco de medo brilhando nos olhos.

— Isso vai ser um problema? – Fury abraçou o garoto no peito e se ergueu para ficar de pé com o filho nos braços.

— Kat não vai dizer nada sobre Sal. Ela entende por crianças Espécie precisam permanecer em segredo.

— Bom. Como ela está?

— Muito melhor, mas fraca.

— Isso é o esperado. Trisha e Alli foram para casa com os companheiros. Treadmont queria ser informado quando ela acordasse.

— Por quê?

— Para checar a paciente dele. Ele é o único médico no turno agora.

— Ela está bem.

— Não há nenhum dano neurológico?

— Ela está um pouco... – Darkness procurou por uma palavra apropriada. – Branda, mas acho que é por causa do sedativo.

— Ted pode determinar melhor do que você.

— Ela está bem, apenas não tão focada quanto o normal. Não há dificuldade na fala, perda de mobilidade nos pés e a memória está intacta. Essas foram as coisas que eles disseram para procurar. Diga a ele para evitar o quarto dela.

— Por que você não quer que Treadmont a veja? Ele é um bom médico.

— Ele queria tirá-la das drogas de cura.

— Okay. – Fury pestanejou. – Porque é perigosa para humanos.

— Ele ia deixar a escolha para Missy.

— Ela é a amiga dela.

— Era minha escolha, mas ele não a respeitou.

— Você não é o companheiro dela, ou é? – As sobrancelhas de Fury se ergueram.

— Preciso ir.

— Aonde? De volta para o quarto dela?

— Ela precisa descansar, tenho coisas a fazer.

— O que é mais importante que ficar com sua fêmea enquanto ela está no Centro Médico? – Fury sorriu.

— Pare com isso.

— Com o quê?

— Ser divertido.

— Ela é sua, admita isso. Você geralmente nega isso quando digo.

— Não estou brincando de palavras com você. – Darkness estava irritado. – Kat e Missy não tem um lar, eu não quero que ela trabalhe mais para o FBI. Isso significa que elas vão precisar de uma casa. Kat vai trabalhar para a ONE, eu tenho arranjos para fazer.

— Você está mantendo-a. – Fury gargalhou. – Eu terei papéis de companheiros impressos. Meus parabéns.

— Não me faça xingar na frente do seu filho. – Ele lançou um olhar para Salvation e depois para Fury. – Fique fora dos meus assuntos.

— Qualquer coisa que você disser, irmão.

— Mantenha seu filho longe de Missy, isso iria realmente ajudar.

— Mas Sal pode ter acesso livre a Kat? – Fury teve o nervo de gargalhar novamente.

Darkness rosnou e saiu do Centro Médico, Fury estava sendo insuportável de propósito. Haviam detalhes que ele precisava cuidar antes de Kat e Missy serem liberadas. Darkness correu para a Segurança, esperando que um pouco de exercício iria liberar um pouco de sua raiva.

Ele entrou e escaneou o cômodo, notando todos que estavam no dever. Precisava pedir um favor e Buebird parecia ser a mais legal para fazer isso. Ela tinha dito que queria ser de alguma ajuda. Darkness se aproximou dela. Ela virou a cadeira, seu sorriso instantâneo.

— Olá, Darkness.

— Preciso de uma lista de todas as casas disponíveis em Homeland. – Ele olhou ao redor e se agachou, baixando a voz.

As sobrancelhas dela se arquearam, a surpresa evidente.

— Na área Espécie. Há alguma aberta?

Bluebird se recuperou e virou o rosto para a tela, as pontas dos dedos flutuaram pelo teclado enquanto ela procurava a informação que ele queria.

— Sempre. Por que você quer saber?

— Não faça perguntas.

— Elas são geralmente para casais acasalados. – Ela pausou, virando a cabeça. – Você pegou uma?

— Não.

Bluebird girou de volta.

— Vê os pontos iluminados? – Ela apontou para um. – True e Jeanie normalmente estão nessa casa, no entanto isso apareceu na pesquisa como disponível por que nós os removemos do sistema quando pensamos que o FBI estava atrás dela.

— Qual é a mais distante das outras?

— É apenas curiosidade ou você quer marca-la como sendo usada? – Ela deu a ele a informação.

— Vou ficar com ela.

— Okay. – Ela pestanejou. – Você não quer mais viver no dormitório masculino? Alguns machos tem casas privativas. Você vai ficar próximo a Brass quando ele estiver em Homeland. Ele é um macho solteiro.

Darkness se debateu em dar a Bluebird uma resposta, percebendo que ela merecia uma.

— Quero mais privacidade, alguns eventos recentes me deixaram irritado com alguns machos.

— Você sabe que qualquer um teria te atribuído uma casa se você apenas pedisse. Por que vir para mim como se não quisesse que ninguém soubesse?

— Não posso fazer nada sem todo mundo querer discutir isso. – Darkness cerrou os dentes, mas se acalmou.

— Todos se preocupam porque nos importamos com você.

— Estou cansado disso. Isso vai me permitir ir e vir como eu quero, sem isso ser comentado.

— Entendido.

— Eles continuam permitindo que fêmeas humanas amigas das Espécies fiquem no dormitório das mulheres do jeito que Ellie ficou?

— Não precisamos de uma nova mãe da casa, mas sim, ficaria tudo bem para Katrina ficar lá se você quiser. Nós somos amigáveis com as fêmeas humanas.

— Há algum apartamento aberto?

— Sempre. Nós estamos em menor número que os machos.

— Há alguém esperando para uma tour pelo dormitório?

— Eu posso fazer isso. – Bluebird sorriu. – Eu gostaria de conhecer Katrina melhor.

— Obrigado. – Darkness fez uma careta. – Vou ver quando Treadmont vai liberar a paciente dele.

— Apenas me chame. – Ela piscou. – Você tem meu número.

Darkness deixou a Segurança, a mente trabalhando. Não tinha muito tempo e haviam muitas coisas para fazer. Ele chamou Book pelo telefone, o macho atendeu ao primeiro toque.

— Como estão os animais de Missy?

— Bem. O cachorro dorme muito, ele é preguiçoso. – Book gargalhou. – Por outro lado, o gato está lutando para abrir a porta e destruiu um laço da minha bota. Ele parece estar começando a ter dentes.

— Tenha-os prontos para ser movidos. Missy deve ser liberada do Centro Médico em breve, ela vai querer que os animais vão com ela.

— Okay. – Book hesitou. – Ela não tem um lar para onde retornar.

— Estou ciente. – Darkness desligou, pegando um dos Jeeps estacionados fora da Segurança.

 

— O que você quer dizer com Missy foi embora? – Kat avaliou astutamente o doutor Treadmont. Ele tinha uma personalidade rude, foi desagradavelmente direto e não tinha bons modos a sua cabeceira.

— Darkness a levou embora algumas horas atrás.

— Para onde ele a levou?

— Você precisa responder às minhas perguntas antes que eu responda as suas. – Ele tentou empurrar a luz nos olhos dela novamente.

Kat o bloqueou, agarrando a pequena lanterna e a arrancando das mãos dele.

— Para onde ele a levou?

— Eu não sei, ele não me respondeu. Aquele é um Espécie rude. Eu o lembrei que eu não a tinha liberado oficialmente, mas ele me disse que iria me colocar em uma das camas se ele não saísse do caminho dele. Ele nem mesmo esperou por uma cadeira de rodas e rosnou algo sobre como as pernas dela não estarem quebradas e que ela apenas

poderia caminhar bem pelas próprias pernas. Agora, se comporte antes que eu chame um enfermeiro para te segurar deitada.

— Eu não faria isso, se fosse você. – Ela avisou. – Eu me sinto bem.

— Você sofreu um ferimento muito próximo à cabeça. Eu gostaria que você respondesse as minhas perguntas e preciso checar a dilatação das suas pupilas, você pode ter sofrido um dano cerebral.

— Estou começando a ver porque Darkness rosnou para você. Estou bem.

— Você está irritada. Isso é uma indicação que você pode ter problemas neurológicos.

— Meu único problema é que você continua me aborrecendo. Acha que Darkness é rude? Eu quero apenas saber onde minha melhor amiga está.

— Eu não sei, ele provavelmente a levou para os portões da frente.

— Merda. – Kat empurrou os cobertores do colo e alcançou a barra lateral para soltá-la. – Mova-se.

— Você não está indo a lugar algum.

— Tenho que encontrar Missy, ela vai surtar. – Meu kit de emergência está na mala, eu tenho roupas o suficiente para nós duas. Vamos precisar de um quarto de hotel e descobrir o próximo movimento.

Kat deixou a barra cair e saiu da cama, o médico tentou pará-la, mas ela o empurrou para trás. Ela se sentia mais forte enquanto se erguia. Sem tonturas.

— Volte para a cama, senhorita.

— Preciso de algo para vestir, não vou sair pelos seus portões com minha bunda exposta. – Vou ter uma conversa doce com o taxista para nos levar para casa. Posso pagá-lo depois que recuperar minha mala. Tenho certeza que ele fará isso se eu prometer a ele uma gorjeta de cinquenta dólares.

— Volte para a cama ou chamarei um enfermeiro.

— Faça isso. Talvez ele ou ela vai me encontrar alguns roupas ou alguma outra coisa para vestir.

O doutor Treadmont deixou escapar um xingamento e saiu pela porta, Kat fez isso no banheiro e olhou para seu reflexo. Continuava incomumente pálida, mas jogar água no rosto ajudou. Ela encontrou uma escova de dentes no gabinete, não usada, escovou os

dentes e usou os dedos para pentear os cabelos. Vozes no outro quarto a asseguraram que o doutor tinha cumprido a ameaça. Ela caminhou para fora, preparada para uma batalha verbal.

Darkness e doutor Treadmont se encaravam. Field, o Nova Espécie com quem ela tinha falado antes, pairava perto da porta. Kat pausou, olhando a cena.

— Você não ameaça Kat. – Darkness rosnou.

— Ela não está saindo dos meus cuidados. – Treadmont atirou de volta. – Field? Faça-o sair desse quarto.

— Sem chance. – Os olhos de Field se arregalaram e ele deu um passo para o corredor.

— Hey. – Kat interrompeu. – Darkness, onde está Missy? Você não a deixou apenas fora dos portões, não é?

— Não, ela está segura. – Ele se virou para olhar para ela.

— Obrigado. – Kat descansou contra a porta. – Eu estava imaginando ela lá fora com aqueles protestantes.

— Você acredita que eu a colocaria em risco? – Ele pestanejou.

— O doutor Treadmont implicou que você talvez colocasse. Você saiu, eu tirei uma soneca e acordei com ele tentando brincar das vinte questões. Eu não estou no meu melhor humor. Então eu queria ver Missy e ele disse que você a tinha levado embora. Você não estava exatamente alegre com o que fiz para protegê-la de Mason. – A suspeita bateu. – Ela não está trancada ou algo assim, certo?

— Não, ela está com os animais de estimação. – Darkness rosnou. – Algumas fêmeas Espécies estão com ela.

— Gostaria de ser levada até ela. – Kat deixou sair um suspiro de alívio e olhou para Field. – Pode me encontrar algo para vestir? Roupa cirúrgicas, qualquer coisa. Apenas algo que não estava aberto ao longo das costas.

Ele assentiu e saiu pela porta. Doutor Treadmont ergueu os braços e virou, o seguindo para fora do quarto.

— Ninguém me ouve. Eu sou apenas a porcaria do doutor que ficou acordado a noite inteira e a maior parte do dia para olhar para minha paciente.

— Obrigado! – Kat gritou atrás dele. Ela abaixou a voz, olhando para Darkness. – Ele é meio agressivo.

— Ele é bom no que faz.

— Obviamente. Eu continuo aqui e você me disse que eu estava em má forma. Apenas não gosto das luzes brilhantes que ele tentou enfiar nos meus olhos e da atitude dele. Que papelada eu tenho que assinar para ser liberada? Preciso levar Missy e eu para casa. Bem, para o que sobrou da nossa casa, para meu carro. Isso deve ter sobrevivido. Tenho que pegar minha mala para fora do porta-malas e nos colocar em um hotel.

Darkness piscou, mas não disse nada. Kat passou ao redor dele, caminhou para a porta e olhou para o corredor. Field carregava um pequeno conjunto de roupas, ele pausou na frente dela.

— Espero que isto sirva. Fui para a área médica onde Trisha e Alli mantém algumas leggings e camisetas, vocês todas são do mesmo tamanho. As calças talvez fiquem um pouco pequenas em você desde que é mais alta que elas.

— Obrigado. – Kat aceitou-as e deu um passo atrás, fechando a porta.

Darkness permaneceu no banheiro enquanto Kat colocou as roupas na cama e colocou as mãos para trás, procurando pelas cordinhas da camisola.

— Uma pequena ajuda?

— Esse é o seu plano? Ficar em um hotel? – Ele correu os dedos para puxar as cordinhas.

— Sim, eu tenho economias. Amanhã vamos procurar por um aluguel, o depósito para os animais vai ser caro, mas posso lidar com isso. Missy vai precisar de um computador também, ela fica um pouco louca se não puder escrever por alguns dias. Sei que ela tem backups online de todo o trabalho, é uma preocupação a menos. Ela pode fazer isso em qualquer lugar contanto que tenha internet e eletricidade. Tenho cartões de crédito e débito extras escondido em minha mala, vamos ficar bem. Apenas espero que meu seguro cubra o que aconteceu na casa, o que eu duvido desde que eu a explodi, mas os relatórios da policia vão ajudar. Isso foi feito sob coação.

Kat arrancou a camisola e colocou a camiseta, a legging foi difícil de colocar em cima das bandagens, mas ela lidou com isso. Kat olhou para baixo.

— Suponho que você não poderia encontrar pra mim um sutiã no meu tamanho? Sinto-me um pouco estranha sem um. Sapatos também seria legal. – Ela virou para olhar Darkness.

— A polícia não contou a verdade.

— O quê? – Kat ergueu a cabeça.

— Ninguém queria a verdade sobre Mason ou o que realmente aconteceu saindo na mídia. Eles teriam torcido para coisas negativas sobre o FBI em geral e sobre a ONE.

— Eles vão pensar que explodi a casa para fraudar a companhia. Haverá uma investigação sobre o que causou a explosão.

— Isso está sendo cuidado, vai ser declarado como um acidente.

— A ONE vai cobrir isso? – Aquilo a surpreendeu. – Eles podem fazer isso?

— Você pode dizer ao nosso departamento legal suas considerações e eles vão te ajudar a lidar com o mundo lá fora e as coisas em relação à casa. Não se preocupe com isso agora.

— Você entende que eu seria presa se preencher uma declaração falsa? Se eles provarem que liguei o gás e coloquei fogo nas cortinas? É um crime destruir a própria casa e então cobrar o seguro para cobrir o que você ainda deve de hipoteca. Não quero ir para a prisão, a imprensa pode chutar minha bunda. Eu vou contar a verdade a eles. – Kat olhou para ele.

— Você fala demais. – Darkness deu de ombros e se curvou, pegando-a nos braços.

— Me coloca no chão.

Ele a ignorou, carregando-a pela porta, e a mudou nos braços para girar a maçaneta. Ele usou o pé para empurrar isso aberta e caminhou pelo corredor, Kat passou os braços ao redor do pescoço dele.

— Eu posso caminhar, você está me levando até Missy?

— Eventualmente. Precisamos conversar primeiro.

Ela estudou a expressão severa dele, Darkness parecia zangado e determinado.

— Tudo bem. Apenas não comece a latir pra mim sobre colocar minha bunda na reta por minha melhor amiga.

— Eu não sou de latir.

— Não. Você rosna e grunhe.

A boca dele se apertou em uma linha branca, mas Darkness não disse nada. O lobby estava vazio, as portas de saída se abriram automaticamente e ele a carregou para fora. Kat olhou para o céu, percebendo que o dia já tinha quase passado. O sol continuava em cima, mas não ficaria por muito tempo. Darkness parou na frente de um Jeep e a colocou no assento do passageiro.

— Obrigado.

— Pare com isso. – Ele rodeou o veículo e subiu no assento do passageiro.

— Desculpe. É isso que as pessoas dizem quando outras pessoas fazem algo legal para elas. Isso é chamado ser educado, você deveria tentar isso algumas vezes. Onde estamos indo, se não é encontrar Missy?

— Você vai ver.

— Okay. – Kat colocou o cinto de segurança. – Estamos jogando o jogo de poucas palavras novamente.

Darkness ligou o motor e os colocou em marcha, Kat agarrou o assento com as duas mãos, imaginando o que ele estava fazendo. Ela percebeu que ele não estava indo em direção aos portões da frente.

— Para onde está me levando?

— Não quero ninguém nos incomodando, temos algumas coisas para discutir.

— Tudo bem. Isso continua não respondendo a minha pergunta.

— Estou te levando para minha casa.

Eles passaram pelo dormitório masculino. Kat virou a cabeça, pestanejando para ele.

— Sua casa é lá atrás.

— Me mudei.

— Para onde?

— Para um lugar onde ninguém pode ouvir se houver gritos.

— Ótimo. – Isso não soou bom. Kat sabia que Darkness estava furioso que ela tinha arriscado a vida e ele tinha arrumado um monte de problemas para salvá-la. Ela estava grata por tudo que ele tinha feito. Ele estava provavelmente tendo uma pequena birra.

Uma pequena guarita apareceu à esquerda, com portões nos dois lados da estrada que ele virou. Darkness diminuiu e o Nova Espécie caminhou para fora do prédio, o oficial olhou para dentro enquanto acenava para eles seguirem. Os portões se abriram para permitir que eles entrassem na área de Homeland que ela não tinha visto ainda.

— O que é isso?

— A área em que Espécies vivem. É similar à habitação dos humanos, mas os chalés são maiores.

— Não sabia que eles eram separados.

— Agora você sabe.

Kat enfiou as unhas no assento, Darkness estava realmente irritando-a. ele dirigiu para uma rua abaixo com casa muito bonitas, virou à direita e então à esquerda. Ele parou na rua com uma bonita e marrom casa solitária, desligou o motor e estacionou na área em frente à casa.

— Não se mova.

— Okay.

Darkness saiu e caminhou pelo caminho até a porta da frente. Kat não tinha ideia do porque ele a estava fazendo esperar ali, a menos que ele tivesse que visitar alguém primeiro. Darkness retornou um minuto depois e se aproximou dela, ele apenas foi para frente, retirou rapidamente seu cinto de segurança e a ergueu do assento. Ela abraçou os ombros dele enquanto ele a carregava pelo caminho.

A porta da frente permanecia aberta e Darkness entrou na casa e então usou o pé para bater a porta. Ele parou. Kat olhou ao redor. Era um espaço aberto, mostrando uma sala de estar, de jantar e um bar que os separava da cozinha.

— Lugar legal.

— Obrigado. – Ele caminhou através da sala para seguir por um longo corredor.

— Onde estamos indo?

— Meu quarto.

Eles passaram por uma porta aberta à direita, provavelmente o quarto de hóspedes. A porta além deles parecia um banheiro pelo olhar rápido que ela pegou. Darkness pausou no fim do corredor e virou, tendo certeza que ela não iria bater no batente da porta enquanto ele os levou para a suíte máster da casa.

— Isso é maior que seu apartamento.

— É de dois quartos e dois banheiros. Não é tão grande quanto as casas na área que os Espécies vivem, mas foi a que escolhi. – Darkness se aproximou da cama e se curvou, deixando-a no topo da cama. Ele a deixou ir e se endireitou, se afastando alguns passos.

Kat ficou confortável e puxou uma respiração profunda.

— Okay, você me trouxe ate aqui, deixe-me ter isso. Vá em frente e grite comigo, diga-me o que fiz para te chatear. Estou pronta.

— Você não tem permissão para arriscar sua vida por mais ninguém, você ficou muito próxima da morte. Isso é inaceitável.

— Nós já tivemos essa briga. – Kat estava surpresa pelo tom racional dele. – Missy é minha melhor amiga e Mason não me deu muita escolha. Onde ela está?

— Eu a coloquei em um apartamento dentro do dormitório das mulheres junto com os animais de estimação dela. Ela está bem, uma amiga vai ter certeza que ela está confortável. As fêmeas vão olhar por ela e dar tudo o que ela precisa para se ajustar à nova vida aqui.

— A ONE concorda com isso? – Essa não era a resposta que ela tinha esperado.

— Eu disse que você iria trabalhar para a ONE, fiz algumas perguntas e você não precisa mais trabalhar para o FBI, dê seu aviso. Você e Missy são um pacote, você se preocupa com ela. Isso significa que nos importamos com ela também.

Elas não iriam ficar sem casa, seria uma coisa apertada compartilhar um apartamento de um quarto com Missy, mas elas já tinham feito isso depois do ensino médio. Missy iria provavelmente pegar a sala como seu escritório. Isso não interromperia o tempo de sono de Kat. Isso também significava que ela poderia dar um beijo de adeus na investigação sobre Mason e todo o estresse que vinha com seu trabalho. A polícia não poderia tocar nela se eles a declarassem como culpada. Isso era quase bom demais para ser verdade.

— Eu não sei como te agradecer o suficiente. – Darkness tinha feito tudo isso possível.

— Pare de dizer isso. – Ele rosnou, os olhos brilhando com raiva.

— Tudo bem. Foda-se, assim está melhor? – Isso puxou um pouco do temperamento ruim dela.

— Apenas se for uma oferta.

Aquilo a atingiu com força, ela olhou para ele. Darkness se aproximou e subiu na cama, prendendo as pernas dela entre as separadas dele. Kat olhou nos olhos dele, surpresa. Ele tinha aquele olhar faminto que ela se lembrava tão bem.

— Hm-hm, eu não estou fazendo isso novamente. – Ela colocou as palmas no peito dele. – Fizemos uma separação limpa, lembra?

— As coisas mudaram.

— Mas você não. Nós não queremos as mesmas coisas. Você deixou claro que não pode haver nada mais além de sexo com você, é mais que isso para mim.

— Eu vou te beijar, Kat. – Darkness colocou as mãos na cama, próximo aos quadris dela e se aproximou.

— Você não beija.

— Vou fazer uma exceção para você.

Kat olhou para os lábios de Darkness. Eles se separaram e ele correu a língua sobre eles antes de ficar mais próximo. Kat foi para trás, imaginando se isso era uma vingança por tê-lo irritado. Darkness tinha tido um monte de problemas por causa dela, primeiro salvando a vida dela e então conseguindo um trabalho e uma casa com a ONE.

— Não.

— Por que não? – Darkness falou suavemente, a voz rouca sexy.

— Isso é apenas cruel.

— Eu não compreendo.

— Sim, você compreende. Foi difícil o suficiente caminhar para longe uma vez.

Darkness ergueu uma mão e alcançou atrás dele, puxando algo do bolso traseiro. Metal clicou e ele mostrou a ela um par de algemas, Kat olhou para elas e então olhou nos olhos dele.

— Não.

Ele arqueou uma sobrancelha.

— Não vou permitir que você me prenda a sua cabeceira e faça essa dança novamente.

— Eu vou permitir que você me toque do jeito que quiser, eu as removi para fazer um ponto. Não vou te restringir mais. – Darknes a jogou através do quarto.

— Você é um grande bastardo. O que eu fiz para merecer isso?

— Você ficou sob minha pele. – Darkness se ergueu, o movimento a fez cair de costas com as mãos ainda no peito dele, apenas alguns centímetros entre seus corpos. Darkness subiu sobre ela, prendendo-a embaixo dele. – Você quase morreu, quando ergui aquele telhado de cima de você eu não pude detectar sua respiração de primeira. Pensei que tinha te perdido para sempre.

— Então é assim que você decide se vingar? Me dá o que eu quero e então se arrepender disso depois?

— Perdi o controle da última vez que você me tocou? – Darkness teve o nervo de rir.

— O que te faz pensar que isso não vai acontecer novamente? Você é tão presunçoso.

— Eu estava muito focado em quão boas suas mãos eram para lembrar de usar uma camisinha, eu poderia ter te engravidado acidentalmente.

— Sim, esses foram os cinco dias de espera que nunca vou esquecer.

— Dessa vez vai ser diferente.

— Não, estou cansada de sexo casual.

— Não há nada de casual entre nós.

— Meu ponto exatamente.

Darkness ergueu uma perna e gentilmente afastou as dela. Kat as fechou juntas, sacudindo a cabeça.

— Não.

— Separe-as para mim.

— Darkness, não me seduza apenas para ser um idiota.

— Eu não sou.

— Certo. Temos sexo e então o quê? Vai me dizer para ir embora novamente? Aquele trabalho que ofereceu e viver no apartamento eram apenas besteira?

— Você não está vivendo no dormitório feminino.

— Disse que era onde Missy estava.

— Ela está, aquela é a nova casa dela.

— Ela vai ficar em Homeland, mas eu não?

— Você vai ficar aqui comigo.

Kat tinha que ter escutado ele errado.

— Essa é nossa casa. – Darkness disse enquanto separava as pernas dela novamente. – Nosso quarto. Nossa cama. – Ele girou subitamente, levando-a com ele. – E não haverá mais arrependimentos.

Kat terminou em cima dele, ela separou as pernas e se segurou no colo dele, empurrando contra o peito dele até que se sentasse no topo dele.

— Que tipo de jogo você está fazendo?

— Eu não estou. Você é importante para mim, não quero te perder.

— Está brincando comigo? – Darkness parecia sincero e isso a deixou zangada.

— Pareço estar brincando? – Darkness rosnou, seu humor batendo no dela. – Consegui uma casa para nós. Não deveríamos ter que viver no dormitório masculino onde outros machos podem ouvir qualquer coisa através das paredes.

— Você não tem relacionamentos. Você não deixa ninguém ficar muito próximo de você. O que mudou? Eu quase morri? É isso que está dizendo?

— Sim.

— E sobre amanhã ou na próxima semana quando você se ligar ao fato de que estou muito próxima? Você vai me empurrar novamente e erguer as paredes? Não, obrigada.

Darkness se sentou, quase a tirando do colo. Os braços dele passaram ao redor da cintura dela e ele a puxou apertado contra o peito até que estavam quase se abraçando.

— Tentei resistir às emoções que você trouxe, eu lamentei isso quando você deixou Homeland.

— Qual vez?

— As duas.

— Mas você me deixou ir uma segunda vez.

— O que você quer de mim, Kat? Eu consegui uma casa para nós e prometo que não vou te restringir mais durante o sexo. Estou me oferecendo para compartilhar uma vida com você.

— Você quer uma lista?

— Sim.

— Você nunca está em casa, já vivi com você antes.

— Vou trabalhar menos horas e passar mais tempo com você.

— Você não gosta de conversar, eu gosto. – Kat queria acreditar nele.

— Estou conversando com você agora.

— Esta é apenas porque você quer sexo, isso motiva qualquer cara a ser tagarela se ele pensa que vai entrar nas calcinhas de uma mulher.

— Quer uma prova de que vou fazer tudo para ser o tipo de macho companheiro de uma fêmea?

— Companheiros? – Ela não podia acreditar que ele tinha usado aquela palavra.

— Companheiros. – Darkness rosnou. – É isso que eu quero.

— Não é o que você quer.

— Eu quero você.

— Para sexo.

— Trabalhe comigo dessa vez, Kat. – O tom dele se suavizou. – Estou tentando.

— Eu não quero meu coração quebrado. – Lágrimas encheram os olhos dela e ela piscou-as de volta.

— Eu não vou te machucar.

— Você não vai querer. Nisso, eu acredito.

Darkness estava frustrado. Tinha esperado que Kat permitisse que ele a beijasse e apenas concordasse em se mudar com ele. Ao invés disso, ela estava sentada em seu colo e ele se sentia como se estivesse prendendo-a no lugar. Kat talvez colocasse espaço entre eles se ele permitisse isso, ele não iria.

Kat queria que ele falasse com ela. Não era fácil expressar seus sentimentos. Perde-la não era uma opção.

— Eu sinto coisas por você.

— Eu sinto, você está duro. – Kat se mexeu no colo dele.

— Você está nos meus braços.

— Preciso de mais do que sexo.

— Tive um pesadelo quando você estava dormindo ao meu lado.

— Aposto que sim.

— Posso terminar de falar? – Ele mostrou as presas.

— Claro.

— Você estava em cima de mim, me tocando, e então isso se tornou um pesadelo.

— Isso está apenas ficando mais e mais melhor. Me desculpe se isso te traumatizou.

Darkness rolou, prendendo-a sob ele novamente. Dessa vez ela não poderia fechar as pernas – os quadris dele as prenderam abertas. Darkness foi cuidadoso em colocar a maior parte do peso fora dela e estava consciente das ataduras dela. Não queria feri-la de forma alguma.

— Era sobre a fêmea que me traiu. Eu confiei em Galina. Ela tentou enfiar uma lâmina em meu coração depois que percebi que ela a razão por meus irmãos terem morrido. No sonho você se tornou ela e ela realmente me matou. Eu deixei minha guarda baixa por você e morri em meu sonho por causa disso.

— Isso é difícil. – A expressão de Kat mostrava tristeza.

— Isso me motivou a te manter à distância. Pensei que podia ignorar as emoções que você agitou em mim e que elas iriam desaparecer se você não fosse uma parte da minha vida. Elas não desapareceram. Você disse que isso iria acontecer e estava certa. Distância não fez eu te querer menos, apenas me fez me sentir miserável quando você foi embora.

— Eu me identifico com isso. – As mãos dela o massageavam por cima da camisa.

— Você quase morreu e tudo o que eu podia pensar era quão arrependido estava por te mandar para longe. Eu não teria a chance de te ter em minha vida novamente. – Darkness engoliu com força contra o nó na garganta. – Do que você chama isso? Isso foi um soco potente.

— Foi? – Os lábios de Kat se curvaram e ela sorriu.

— Sim, eu vi um futuro que não queria. Você não estaria nele. Não seria fácil mudar, mas estou motivado a tentar. Tudo o que tenho que fazer é pensar em ir para a cama sem você ao meu lado e sabendo que você não é a primeira coisa que vejo quando acordo. É uma perspectiva sombria. Eu te quero em minha vida, você faz dela um lugar melhor.

— Droga. – Kat mudou as mãos para os ombros de Darkness, curvando-as lá. – Beije-me.

— Você vai morar aqui comigo, Kat?

— Estou nisso se você estiver. Eu tinha que te sacudir, mas realmente quero te beijar. Você tem a melhor boca, eu já te disse isso?

— Tem sido um longo tempo, eu posso ser péssimo nisso.

— Eu vou me arriscar. – Kat sorriu. – Vou arriscar tudo quando isso vem de você.

— Eu também.

Darkness abaixou o rosto, focando toda a atenção na boca de Kat. Ele podia lembrar o básico, tinha sido ensinado como beijar, mas tinha sido há um tempo realmente longo. Era importante que fizesse isso bem para Kat.

Ela fechou os olhos quando suas respirações se misturaram e os lábios se separaram. Ele gentilmente cobriu os dela com os dele. Eles eram suaves e também Kat. Darkness deixou a língua sair, traçando a linha do lábio inferior de Kat, os dedos dela se torceram na camisa dele o apressando para continuar. A língua dela encontrou com a dele e ele rosnou, o controle deslizando. Darkness possuiu a boca de Kat, beijando-a profundamente.

Isso voltou para ele quando ela gemeu, encontrando a paixão dele. Darkness rolou, tendo certeza que eles não quebravam a conexão intima. Ele rasgou a camiseta dela, cuidadosamente não pegando a pele dela com os dedos, o material rasgou e Kat se mexeu, ajudando-o a remover isso do corpo. Ela se arrastou, tentando destruir a camisa dele.

Eles rolaram novamente uma vez que Kat estava nua da cintura para cima. Darkness a ajudou usando as unhas para rasgar a própria camisa, Kat enfiou os dedos dentro dos buracos, mais forte do que ela parecia quando os rasgou. As mãos dela correram pela pele de Darkness, explorando quase freneticamente cada pedaço. Ele agarrou a cintura da legging, puxando-a para baixo, acertou uma atadura e congelou, com medo de tê-la machucado.

Kat o deixou ir e se ajeitou, puxando a calça para baixo ela mesma. Darkness o rolou novamente, quase caindo da cama. Ele rosnou, quebrando o beijo, e se ergueu.

— Droga, deveríamos nos mover para o chão.

— Só se você ficar por baixo, queimadura de tapete é uma puta. – Kat ergueu os quadris, puxou a calça para baixo e chutou-as para longe.

Darkness permitiu a si mesmo admirar a beleza do corpo lindo de Kat, ele removeu o que restava da sua camisa, arrancou as botas e as calças. As ataduras de Kat apenas serviram como uma lembrança de quão perto ele chegou de nunca mais tocá-la novamente.

— Você é minha. – Darkness rosnou, se lançando para ela.

Kat não piscou ou pareceu alarmada. Ela abriu os braços e os passou ao redor dele quando ficou em cima dela, as unhas correndo nas costas dele. Kat separou bem as pernas para aceitar os quadris dele. Darkness ansiava para pegá-la, estar dentro de Kat e conhecer o calor dela. O cheiro do desejo dela era forte o suficiente para saber que ela estava tão pronta para ser preenchida quanto ele estava para preenchê-la. Ele queria beijá-la novamente e foi para a boca dela. Kat virou a cabeça no último segundo, evitando que ele fizesse contato.

— Pare!

— O quê?

Kat ajustou o aperto nele e empurrou contra o peito dele. Darkness se ergueu um pouco e ela virou a cabeça para olhar para ele.

— Camisinha. Não vou ter você destruindo as paredes do nosso novo quarto ou bagunçando suas mãos. Você pode ter esquecido, mas eu não. Diga-me que você tem alguma.

— Eu tenho, elas estão na gaveta da mesa de cabeceira.

— Pegue-as.

— Não. – Darkness segurou o olhar dela e ajustou os quadris, pincelando a ponta do pau contra a boceta dela, encontrando o ponto certo. Ele se empurrou para frente devagar, entrando nela. Kat ficou tensa, as unhas se enterrando no peito dele, mas um gemido baixo quebrou dos lábios dela.

— O que você está fazendo?

— Não permitindo que nada fique entre nós dois nunca mais.

As pernas de Kat se ergueram e se prenderam ao redor das costas das pernas de Darkness, ela as prendeu, as pernas prendendo os quadris dele para segurá-lo no lugar.

— Eu poderia ficar grávida.

— Eu vou me arriscar. Você pensou que Salvation era lindo, não pensou?

— Ele é adorável, mas o que você está fazendo? – Kat parecia surpresa e animada ao mesmo tempo.

— Provando que estou sério sobre você e fazendo nosso relacionamento durar. – Darkness mudou os quadris, indo para frente apesar das tentativas de Kat de mantê-lo parado. A boceta dela o agarrou tanto quanto as pernas tinham feito, mas ele continuou ajeitando para ter cada centímetro do pau dentro do corpo dela. – Estou completamente nisso, querida. – Darkness cutucou o rosto de Kat para o lado e mordeu a garganta dela. Kat gemeu e o acariciou. – Relaxe e aproveite isso. É o primeiro passo em acasalar. Estou te reclamando de todas as maneiras.

Kat relaxou o aperto nele e ergueu as pernas mais alto, passando-as ao redor da bunda dele.

— É melhor não se arrepender disso. Eu vou te matar. Lembro do que mais você mantém na gaveta.

— Estou certo disso. – Darkness a prendeu novamente. – Eu te amo, Kat. Você não terá uma razão para atirar em mim.

— Diga isso novamente. – Ela virou a cabeça para olhar para ele.

— Eu não vou te dar uma razão para atirar em mim.

A boca de Kat se abriu e ela não escondeu o ultraje. Darkness gargalhou.

— Eu te amo, Kat.

— Te amo também. – Lágrimas encheram os olhos dela. – Agora foda-me, perca o controle.

— Isso vai acontecer muito, sem mais restrições.

— Bom.

Darkness deixou o passado ir, Kat era seu futuro. Ele começou a se mover em cima dela, sendo gentil. Os gemidos de Kat era música para seus ouvidos, ele amava o modo

como as mãos dela deslizavam sobre a pele dele, as unhas correndo pela espinha. Os mamilos de Kat endureceram, se esfregando contra o peito dele. Darkness se apoiou em um braço e se ergueu apenas o suficiente para alcançar entre eles, encontrando o clitóris de Kat e o esfregando. A boceta de Kat se fechou apertado ao redor do seu eixo e ele cerrou os dentes, lutando com a urgência de gozar. Darkness esperou por ela. As paredes vaginais de Kat cerraram e sacudiram o seu eixo, ordenhando-o. Ele entrou profundamente dentro dela, rugindo enquanto esvaziava sua semente.

Darkness rolou de costas, levando Kat com ele então ela poderia deitar em cima dele. Os dois estavam arquejando e exaustos. Ele sorriu, mantendo os olhos fechados e não olhou para o teto. Estava focado na fêmea em seus braços. A vida era boa.

— Quer bater em algo? – Kat pincelou um beijo próximo ao mamilo dele.

— Não. – Darkness gargalhou.

— E se eu ficar gravida? Você vai surtar?

— Provavelmente, mas apenas porque não tenho certeza de que tipo de pai eu iria ser.

— Um bom, eu sei disso.

— Confio em você, Kat.

Darkness quis dizer isso.

 

— Já era hora. – Fury abriu a porta da frente e sorriu.

Darkness segurou o braço de Kat, impulsionando-a para dentro da casa. Ele olhou ao redor da sala de estar, quadros adornavam as paredes e o cheiro de comida tentou seu apetite. Era uma cena muito doméstica. Salvation estava sentado no meio de uma pilha de brinquedos de plástico multicoloridos. O garoto acenou.

— Olá! – Kat se afastou de Darkness e se aproximou do garoto, ela apenas caiu de joelhos ao lado da bagunça e pegou um bloco. – O que você está construindo?

Fury fechou a porta e parou ao lado de Darkness, ele abaixou a voz para um sussurro.

— Ellie está na cozinha. Ela está preocupada sobre ter cozinhado demais a carne assada, por isso está muito seca. Disse a ela que estaria boa. Você vai adorar a comida dela.

— Ela pode cozinhar? – Darkness olhou para os olhos do macho e manteve o mesmo tom baixo.

— Melhor do que nós podemos. – Divertimento iluminou as feições dele. – Ela ensina as fêmeasm, está apens nervosa porque você finalmente concordou em jantar conosco. Ela sabe que isso significa muito para mim. – Fury olhou para Kat. – Sua fêmea cozinha?

— Comemos com frequência no bar.

— Entendido. – Seu irmão sorriu. – Fique à vontade.

Darkness cruzou a sala e se sentou no sofá. Kat estava brincando com Salvation, usando blocos para formar algum tipo de estrutura. Ele gostou de vê-la interagindo com uma criança Espécie. Kat continuava considerando o garoto um bebê na idade de três anos, mas teria que aprender se ele quisesse mostrar as proezas físicas brincando duro com ela. Darkness não ia permitir isso, Kat poderia ser machucada.

— Você parece feliz. – Fury se sentou em uma cadeira a poucos metros de distância.

— Ele está. – Kat virou a cabeça. – Quando ele não está tentando fingir outra coisa. Você sabe como ele pode ser.

— Eu sei. – Fury relaxou na cadeira. – Como você está se ajustando a Homeland, Kat?

— Estou amando isso. Começarei a dar aulas na próxima semana.

— Eu não a queria trabalhando na Segurança. – Darkness confidenciou.

— Ele tem medo que eu exploda a merda toda. – Ela piscou, olhando para Salvation. – Desculpe. Coisas. Merda é uma palavra ruim.

— Ele já ouviu coisas piores. – Ellie caminhou para fora da cozinha. – Não se preocupe com isso. Meu filho provavelmente poderia te ensinar algumas palavras que você nunca ouviu antes, alguns deslizes ocasionais. É quando as pessoas começam a combiná-la que desenhamos uma linha. – Ela apontou para Salvation. – Não dê a ela um exemplo.

— Culpado. – Salvation riu.

Ellie piscou para ele e se moveu atrás da cadeira de Fury. Ela se curvou, voltando com uma sacola de presente.

— Temos um presente para vocês dois.

— É uma troca de presentes esperada? – Darkness tentou esconder a surpresa.

— Não. – Fury colocou Ellie no colo. – Minha companheira apenas queria fazer algo para mostrar o quão felizes nós estamos por vocês dois.

— Isso é tão doce. – Kat ficou de pé e tomou um assento no sofá ao lado de Darkness.

— Não é nada grande, mas se tornou um tipo de tradição ao redor. – Ellie foi para frente e passou a sacola para Darkness. – Cuidado, é frágil.

— Você pega. – Darkness passou a sacola para Kat, ele estava com medo de talvez danificar o presente se fosse frágil. Ele assistiu o rosto dela, gostando da felicidade que ela expressava.

Kat abriu a sacola e removeu uma moldura de vidro. Darkness foi para frente, pressionando o corpo contra o corpo menor de Kat. Ele gostava de tocar Kat e procurava qualquer razão para isso. Não era uma foto na moldura, mas uma cópia dos papéis assinados de companheiros deles. Kat virou o rosto e ergueu o queixo, lágrimas brilhavam nos olhos dela.

— Olhe. – Ela o segurou como se fosse precioso. – Quão legal isso é? – Ela mudou a atenção para Ellie e Fury. – Obrigado!

— Mantemos o nosso acima da nossa cama. – Fury olhou pontualmente para Darkness. – Apenas cole-o na parede. Aprendemos do jeito difícil que isso pode cair se a cabeceira bater com muita força.

— Muita informação. Eles poderiam ter descoberto isso por eles mesmo sem você mencionar isso. – Ellie corou.

— Eu sou o irmão dele. É meu trabalho ajuda-lo a evitar cometer os mesmo erros que eu. – Fury bufou. – Nós quebramos três antes que eu tivesse certeza que não iria cair. – Ele assentiu para Darkness. – Use super cola. Apenas passe nas costas e cole diretamente na parede.

— Acho que a carne assada já deve estar pronta. Prontos para comer? – Ellie pulou para fora do colo de Fury.

— Precisa de ajuda? – Kat se ergueu para segui-la e colocou o documento emoldurado para baixo. – Sou péssima cozinhando, mas sou bom em seguir ordens.

— Você quer aprender? – Os olhos de Ellie se arregalaram. – Eu dou aulas de culinária para as mulheres do dormitório.

— Isso seria ótimo. Minhas aulas serão ensinadas no bar.

— O que você vai ensinar?

— De acordo com ele, é para reiterar como os humanos são criminosos. – Kat lançou um olhar brincalhão para Darkness e gargalhou. – A natureza humana. Parece que muitos Espécies estão curiosos sobre nós. Vou dar algumas dicas à Segurança, mas quero que eles sejam capazes de me perguntar tudo o que quiserem.

— Não tudo. – Darkness a relembrou. – É melhor os machos verem o que vão perguntar.

— Ninguém vai me bater. – Kat arqueou uma sobrancelha. – Eles tem muito medo de você. Eu não te digo como fazer seu trabalho. Idem, baby.

— Venha comigo, ele vai começar a rosnar. Ele já te avisou sobre o quão possessivo um companheiro pode ser? – Ellie segurou a mão dela.

— Não precisou, eu peguei isso rápido.

Darkness assistiu as mulheres entrarem na cozinha. Ele olhou para a moldura que Kat tinha colocado na mesa, era uma prova de que ele tinha tomado cada passo com sua fêmea. Eles eram acasalados e não estavam usando camisinha. Kat poderia engravidar, ele estudou Salvation. O jovem macho estava contente com os blocos.

— Essa vida talvez seja sua logo. – Fury murmurou. – É fantástico ter uma companheira e uma criança.

— Continuo não sabendo se serei bom nisso. – Darkness olhou para o irmão.

— Fazer Kat feliz é sua primeira prioridade?

— Sim. – Darkness poderia responder isso sem hesitar ou pensar.

— Você a ama?

— Com tudo o que eu sou. – Ele assentiu.

— Você tem uma família. – Fury se aproximou – Você nunca estará sozinho novamente, está é uma coisa boa, não é?

Darkness contemplou a vida antes e depois de Kat. Ele também se sentiu grato por ter finalmente permitido Fury em sua vida.

— Sim.

— Então você vai fazer isso. – Fury se ergueu. – Vamos comer. Sabe que isso vai se tornar um evento regular, certo? Queremos que vocês venham pelo menos uma vez por semana para compartilhar uma refeição e Ellie celebra os feriados humanos. Concorde com isso, eu concordo. Não é tão ruim. – Ele pegou o filho do chão e o jogou para Darkness. – Pegue.

Darkness ficou espantado que o garoto riu. Ele o abraçou perto, embalando-o contra o peito.

— Você o joga para as pessoas?

— Ele gosta disso, eu sabia que você não o deixaria cair. Diga a ele, Sal.

— Eu amo isso, tio Darkness. É divertido! – O garoto irradiava alegria.

Algo dentro do peito de Darkness se derreteu. A confiança que o garoto mostrava, o jeito que estava relaxado contra ele, era certo. Darkness subitamente não estava com medo do conceito de ter seus próprios pequenos.

— Não é tão alarmante, é? – Fury olhou para ele. – Posso ver isso em seus olhos. Amanhã Sal e eu vamos ao parque, encontre-nos lá às sete da manhã. Você vai precisar de alguma prática antes que isso aconteça. O que você me diz?

— Estarei lá.

— Quer jogá-lo de volta? – Fury abriu os braços.

— Acho que vou carrega-lo para a sala de jantar. – O aperto dele se estreitou no garoto.

— Bom. – Fury piscou. – Sabe que sua companheira vai te ver com ele e todas as apostas estão fora se você falou com ela sobre esperar para ter bebês. Nós fazemos pequenos adoráveis.

Darkness estava pronto para se arriscar.

 

 

                                                                                                    Laurann Dohner

 

 

 

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