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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


FALCÃO NOTURNO / Lora Leigh
FALCÃO NOTURNO / Lora Leigh

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

Biblio VT

 

 

 

 

Ele não era exatamente o que ela tinha esperado. Um assassino não deveria ser tão bonito que só o mero pensamento de saboreá-lo, enchesse de água a boca de qualquer uma. Ele não deveria ser tão másculo ao ponto de fazer seu coração bater mais rápido com pensamento de o montar duro ao longo da noite. Um assassino não deveria assombrar seus sonhos, suas fantasias ou seus desejos.

Como este aqui faz.

Black Jack. Esse era seu nome codificado na Elite Ops. Qual era o seu verdadeiro nome, ela não sabia. Ela não era uma das pessoas que podiam ter essa informação e era provável que nunca soubesse o que ou quem ele tinha sido na sua primeira vida. Ela tinha certeza, entretanto, que ele como ela, tinha sido alguém muito diferente de quem ou o que ele era hoje.

Ela assistiu extasiada como ele entrava no escuro e pequeno bar para o encontro que tinha marcado a fim de conhecê-lo pessoalmente. Principalmente porque teria a chance de vê-lo entrando, ver seus movimentos felinos. Um passo confiante que atraiu seu olhar direto para suas coxas apesar dos seus melhores esforços.

 

 

 

 

Ele tem coxas musculosas e fantásticas. Elas estavam cobertas por uma calça jeans que abraçava eroticamente cada músculo, movendo de acordo com a carne dura que cobria. E entre essas coxas... Ela conteve um suspiro de avaliação pelo modo como o jeans amorosamente cobria uma protuberância impressionante. Nenhuma dúvida, o homem não tinha nenhuma razão para estar envergonhado quanto a seu dote físico.

Entretanto fazia uma mulher desejar saber, como a maioria dos homens bonitos, seria só embalagem?

Quase riu de si mesma. Claro que era. Não importava se o homem era bonito ou não. Na maioria dos casos, o ego era seu melhor amigo e claro que, sempre era o melhor, não importando a quantidade de empenho que tivesse que realizar.

Lillian Belle deu um pequeno suspiro lamentável quando o objetivo dela caminhava pelo lugar sombrio, seus olhos de um azul cinzento varrendo os cantos enquanto seu corpo bem-harmonizado se movia com precisão cuidadosa.

Ele era um homem em guarda, um assassino que entendia muito bem as regras. Mas ela devia julgá-lo pelo que ele tinha feito e voltaria a fazer? Afinal de contas, ela era melhor que ele?

Ambos tinham assinado um contrato que disponibilizava suas vidas à Elite Ops por 12 anos em troca de outra chance para viver. Os agentes de Operações de elite brincavam freqüentemente que eles assinaram por toda a vida, porque suas missões não eram nada menos que suicida.

Ela tinha sobrevivido a três anos dessas missões. Três anos nos quais ela tinha vendido sua alma mais vezes do que durante os cinco anos que tinha passado como um agente na Europa. Ela era um fantasma. Na realidade não vivia. Ela realmente não tinha vivido em todos esses anos. Até que conheceu o Black Jack.

Olhos cinzentos a sondavam. Como fragmentos de gelo, mas também queimando com uma chama interna. Quente e frio, chamejando em cima dela com um interesse masculino na medida certa para enviar seus hormônios como fogo líquido por seu sistema. Um interesse que a fazia se lembrar que, no momento, apesar das circunstâncias de sua vida, ela era ainda uma mulher. Mulher bastante para querer todas as coisas que, uma vez, tinha se prometido nunca querer de novo.

Ela não o conhecia, pensou enquanto ele se aproximava. Ela não sabia nada sobre ele. Jordan Malone, cabeça de Operações de Elite, recusou a dar qualquer informação. Seu próprio comandante agiu como se ela estivesse cometendo um pecado só por perguntar.

Ela não deveria se interessar com os agentes de fora de sua própria unidade, lhe foi dito. Mas ela não tinha como não se interessar por esse agente. Com este homem em particular.

Ela não podia fazer com que seu coração batesse mais devagar, não podia impedir que suas mãos tremessem em sua presença e quando dormia, não podia parar os sonhos.

— Chegou cedo — A voz dele parecia uísque velho, escura e lisa, enquanto ia acariciando e aquecendo seus sentidos.

— Sempre — Lillian descruzou suas pernas e se afastou da parede que estava recostada, enquanto o assistia se aproximando pelo bar mal iluminado. — Você deve se acostumar com isso a partir de agora.

Seus lábios se estreitaram. Lábios feitos para beijar uma mulher. Finamente moldado, não muito magro, não muito cheio. Havia um crescimento de barba de três dias que cobria sua face inferior, como a tentava. Tons de marrom claro e loiro misturavam-se, dando-lhe uma aparência de safado, de mau.

— Me acostumarei — ele concordou. Sua voz, como a de todos os agentes do Elite Ops, foi bem moldada. Não tinha sotaque de nenhum país. Nenhuma sugestão de onde ele tinha vindo ou de sua nacionalidade. Não havia nada em que se segurar nenhuma maneira de descobrir mais sobre o homem que queria desesperadamente conhecer.

Empurrando seu cabelo para trás dos ombros, Lillian olhou ao redor do bar. Era um local que ela tinha certeza que era seguro, mas ultimamente, como agora, ela não pôde deter o medo de estar sendo observada. Como a visão de uma arma apontada diretamente pra ela, com um dedo que acaricia o gatilho amorosamente.

Paranóia? Ela desejou acabar com o medo com essa explicação tão simples.

— Vamos dar uma volta? — ela perguntou, enquanto olhava como ele se sobressaia em frente a ela, seus 1,85cm lhe davam uma vantagem real em cima dos seus 1,70cm.

A sobrancelha dele ergueu curiosamente, entretanto não havia nem sequer uma sugestão da surpresa que ele com segurança, experimentava. Afinal, ela não relutou em ceder as informações que tinha descoberto a ele. Ela comprovou pessoalmente ao bar para se sentir segura, era um hábito dela se familiarizar com cada pedaço da propriedade em que entraria.

Ela não se sentia mais segura.

— Um passeio soa agradável — ele concordou, a examinando com os olhos. Então, ele ergueu sua mão e estendeu em sua direção. Como se soubesse, como se ele quisesse tocá-la tanto quanto ela queria ser tocada.

Lillian olhou para sua mão não mais que um segundo antes de colocar sua mão dentro da dele e sentiu quando ele enrolava seus dedos ao redor dos seus.

Como ela tinha imaginado. Sua mão era morna e forte. Os dedos dele encaixaram nos seus enquanto a tirava do canto escuro e a conduzia pelo salão.

Poucas pessoas prestaram alguma atenção. Afinal, ela era conhecida deles e sabiam que encontraria um homem para um drink. Ela não era uma pessoa esquisita, e ela deixou de ser uma curiosidade há muito tempo.

Ainda sim, ela não deixou de procurar, olhando o salão através dos cílios. Ela poderia sentir aquela coceira na nuca, aquele sentimento que lhe dava certeza que para alguém, ela era realmente merecedora de interesse.

— A noite está fria — comentou quando se aproximaram da porta. — Você trouxe um casaco?

Ele olhou para ela, seu olhar passando pelos seus ombros nus e conferindo o curto vestido preto que usava e as sandálias de strass de salto alto.

— Eu estou bem.

A noite realmente estava fria, da mesma maneira que tinha estado mais cedo. Seu casaco ainda estava no carro, na sua vaga de estacionamento atrás do bar. Ela escolheu não cobrir o vestido. Era uma de suas roupas mais atraentes. Terminava sobre suas coxas, a bainha curta exibia suas pernas bronzeadas enquanto o corpete abraçava seus seios.

Ela queria que ele olhasse para ela. Ela queria ser vista como mais que um mensageiro, uma fonte de informação. Ela queria que ele visse que ela era uma mulher.

Que bobeira, ela pensou quando ele abriu a porta e saiu, puxando-a atrás dele. Imediatamente seu coração quase parou no peito quando braço forte dele circulou seus ombros e a atraiu para ele.

— O carro está estacionado aqui perto — A voz dele era baixa como um sussurro. — Você foi seguida?

Sempre em guarda. Sempre atento por que sua vida poderia terminar depressa se o engano mais leve fosse cometido. Ela já tinha aprendido aquela lição, ela não precisava ser lembrada. Ela negou com a cabeça.

—Não até onde eu pudesse ver.

Ela não era uma amadora, mas isso não significava que estava imune aos erros. Ela era tão preparada quanto ela pudesse ser, entretanto, não trouxe perigo com ela.

Ela poderia sentir a vigilância fixa que ele fazia como uma proteção invisível. Fez com que tivesse o desejo de se apoiar nele. Ela quis se amolecer contra ele, sentir ambos os braços que a cercando, enquanto conservava seu calor.

Ela estava perdendo seu controle. Ela não pôde explicar a carência que a assaltou, porque era muito mais que uma simples falta de um toque. Ou talvez fosse. Talvez fosse de um pouco de toque que precisasse, calor humano para combater aquele frio que parecia estar grudado a sua alma.

— O carro ainda deve estar morno — ele declarou, tirou as chaves do bolso de sua calça jeans e pressionou o sensor.

Lillian permaneceu calada enquanto ele a atraiu para o carro, abriu a porta do carona e a ajudou a entrar. Então assistiu como ele fechava a porta, caminhava ao redor da frente do carro para o lado do motorista.

Ela deveria ter insistido em usar seu próprio carro. Se ela estivesse dirigindo, se sentiria no controle, ou pelo menos, um pouco mais no controle que ela sua passageira.

— Algum destino em particular? — ele perguntou ao fechar sua porta e empurrava a chave na ignição.

Lillian balançou sua cabeça.

— Não, onde quiser...

—Você não se sentia segura no bar — ele usou a ré e saiu pelo portão do estacionamento. — Nós temos um problema?

Sim, eles tinham um problema. Pelo menos ela tinha. Suas calcinhas estavam molhadas. Querido Deus, não tinha tido este problema há muito tempo.

— Estamos limpos. — Ela deu de ombros e olhou para o reflexo dele na sua janela em vez de se virar.

— Talvez eu só esteja excitada esta noite.

— Talvez... humm? Havia traço de diversão na voz dele. — Eu não acredito. Nunca vi Falcão Noturno excitado.

Como ela estava começando a odiar aquele codinome. Ela quis exigir que ele usasse o nome que tinha adotado depois de sua "morte". Um nome novo para uma vida nova que, afinal, não era realmente uma vida. Ela então se virou a ele, enquanto o olhava cuidadosamente.

—Você fica excitado, Jack? — Ela não o chamou de Black Jack. Usar o nome Jack fez parecer mais pessoal para ela de certo modo. O fez parecer mais íntimo.

Ele estreitou os lábios a menção do nome.

— Eu raramente tenho tempo para estar excitado. — Havia um tom sombrio em sua voz que estava presente em todos os agentes do Elite Ops. Um pesar profundo, um sentimento de perda. Todos eles tinham perdido tudo que amavam em uma situação que não foram capazes de controlar. Uma lembrança que todos eram humanos, apesar da arrogância que tinha entrado em suas vidas anteriores.

Para Lillian, ela tinha tanta certeza que sua vida foi perfeita uma vez. Que ela era esperta o suficiente, rápida o suficiente, sortuda o suficiente para sobreviver à vida que estava levando e que já não levava mais.

Como ela estava enganada, muito enganada.

— Eu fico excitada — Deixou um pequeno sorriso zombeteiro em seus lábios quando ele a olhou. — E a noite está bonita, você tem que admitir.

— Eu admito — Ele controlava o carro suavemente pelo pesado tráfico de St. Louis e foi ao rio, mas ele a pegou de surpresa dizendo — A noite não está tão bonita quanto você, entretanto.

Uma onda de tesão desceu pelo seu estômago, apertando seu útero, viajando depressa para golpear seu muito sensível clitóris.

Ele pensava que ela estava bonita? Ela saltou do banco, sua boca seca, enquanto desejava dizer algo impertinente e provocante só pode devolver de forma simples um...

— Obrigado — ela sussurrou finalmente.

Ela se sentia como um peixe fora de água com este homem. Em chão pouco conhecido. Quase inocente. Ele fazia com que se sentisse uma adolescente que vive sua primeira paquera.

O sorriso dele, antes cuidadoso, era ligeiramente quente agora.

— Você mora em St. Louis há algum tempo, verdade? — ele perguntou finalmente, virando em baixo da ponte velha e seguindo a estrada que terminava na rua do rio.

— Ocasionalmente. — Ela, amargamente, se obrigou a lembrar das regras. Não poderia dar informação pessoal. “Não fazer amigos”. Uma parte de sua tarefa era retransmitir a informação que tinha encontrado com seus contatos.

A unidade em que Lillian trabalhava é especializada em colher informações para as outras unidades. Juntando certas pistas ela tinha encontrado uma trama que sabia estar relacionada diretamente a outra operação que a unidade de Black Jack estava envolvida.

Aquela informação era bastante sensível, tão imperativo que não tinham exigido que passasse pelos canais regulares para marcar esta reunião. Só por isso, ela estava extremamente contente. Significava que não seria cuidadosamente interrogada como antes dessa reunião. Seria uma parte do seu relatório, nada mais.

Eles seguiam calados. Ele reduziu a velocidade o carro e entrou na área do estacionamento pavimentado que beirava a água. Um barco cassino estava passando, seu remo girava lentamente agitando água e os passageiros riam alegremente no deck.

Como inocente eles era, ela pensou. Ela não tinha percebido como o quão cínica tinha se tornado durante os anos.

Parando o carro, o Jack desligou o motor antes de se virar. Ela poderia sentir seu olhar fixo, o modo que o olhar dele estava sobre ela, estava fazendo uma onda de calor flamejar pelo seu corpo.

— Você chamou o encontro — ele finalmente declarou — qual é o problema?

Todo o encontro.

Lillian ergueu seus olhos e deixou o olhar dele cativar o seu. Ela sentia suspensa então, lutou entre dever e desejo, entre as regras e uma fome ela não podia explicar nem sequer a ela mesma.

— Risa Clay. — Ela clareou a garganta. — Filha de Jansen Clay. O traidor que conspirou com Sorrell.

Ele acenou com a cabeça.

— Eu a conheço.

Lillian sabia. Não havia um agente do Elite Ops que não tinha ouvido falar dela. Jansen e os de sua laia eram a principal razão pela qual o Elite Ops tinha sido criado.

— Há um preço por sua cabeça — ela declarou. — Dois milhões e boatos que Orion está na corrida.

Ela viu seus olhos então. Eles se estreitaram e apertou sua mandíbula. Era uma reação pequena, mas uma que a assegurou que a procura pelo assassino mortal só conhecido como Orion ainda era uma prioridade em sua unidade.

— Por que o trabalho? — perguntou.

— O rumor é que ela está começando a se lembrar de coisas que alguém não quer que ela se lembre. Coisas como o homem que conspirou com seu pai.

— O homem que a estuprou. — A voz dele escureceu pela fúria.

Risa Clay tinha sido brutalizada pelo seu estuprador, e novamente pelo pai, quando ele a manteve drogada e presa durante dezenove longos e horrendos meses. A jovem escapou da morte quando a verdade foi revelada. Mas nada, Lillian pensou, aliviaria os pesadelos que a menina seguramente tem.

Ela assentiu com a cabeça à declaração. — O homem que a estuprou. Evidentemente, ele é mais influente que acreditamos inicialmente. Orion estará chegando aos Estados Unidos dentro de uma a duas semanas. — Ele tem quatro semanas para completar o trabalho através de faca.

Esse era o método preferido de Orion para matar. Ele tinha sido conhecido por usar uma bala muitas vezes, mas ele regularmente gostava de brincar com suas vítimas, especialmente as mulheres.

—Alguma sugestão para ponto de chegada ou sua identidade? — Jack perguntou.

Lillian negou com sua cabeça. — Nada. Nós ainda estamos trabalhando nisso, mas nós temos trabalhado nisto durante anos com nada novo. Eu não esperaria isso para salvar a vida dela. Você sabe como ele trabalha, Jack. Pelo menos nós tivemos um aviso antes. É mais do que normalmente temos quando homens como ele aceitam um trabalho. Deveríamos nos considerar com sorte.

E ela deveria saber. Um homem, como Orion tinha destruído sua vida, tinha para todos os efeitos, tomado a sua vida. E agora, ela estava se perguntando, o preço que tinha pagado para continuar a viver poderia ter sido muito alto. Era um preço que realizou a sua volta, realizou seu silêncio, e forçou-a a negar a sua necessidade de um homem que estava tão morto quanto ela.

Travis olhou para a mulher ele tinha apelidado "Lady Falcão" há muito tempo. Falcão Noturno era seu codinome e ele não tinha percebido quanto odiava esses codinomes até que ele quase morre de curiosidade por esta mulher.

A curiosidade estava virando desejo, e bem depressa. Quando começou? Inferno, talvez sempre tenha estado lá. Fitando seus olhos de esmeralda, vendo a suavidade feminina, uma fome feminina, ele percebeu que sempre esteve lá afinal.

Ele armazenou a informação que ela repassou. Ele iria hoje à noite ao comando da unidade e retransmitiria a mensagem a Jordan. Ele não mencionaria um passeio de carro a meia-noite ou o fato que seu pênis estava pulsando e a necessidade de tocar seu contato estava deixando-o louco.

Maldição. Ela se parecia com um anjo sombrio quando se sentou próximo a ele no carro, olhando com uma solidão dolorosa. Aquela solidão era fácil identificar, vivia e respirava bem dentro dele.

— Alguma informação adicional? — Ele forçou a pergunta passar por seus lábios. Ele não queria falar com ela sobre morte ou assassinos. Ele não queria falar nada, mas o que ele queria era proibido e poderia torná-lo um homem morto de verdade. Ou não?

Ela negou com a cabeça, seu cabelo castanho escuro e comprido caia sobre seus ombros e braços, atraindo seu olhar, sua fome. Ele queria sentir aquele cabelo acariciando sua pele, assistir como caia ao redor de seu rosto quando ela se abaixasse para beijá-lo e respirasse seu fôlego morno.

— A informação foi enviada diretamente a mim por um contato que eu tenho mantido por um muito tempo — ela falou. — Orion é um de nossas “missões prioritárias”.

Travis assentiu com a cabeça quando o que queria era fazer nada além de beijar os lábios que foram separados e umedecidos pela língua pequena e rosada.

Ela o desejava, da mesma condenada maneira que ele a desejava.

—Nós tomaremos todo cuidado com isso — ele falou. — Informe seu chefe de unidade que EO-1 recebeu a informação como também a tarefa que está ligada a ela.

Não havia uma chance no inferno que essa missão seria rejeitada por Jordan e Travis tinha certeza.

Ela assentiu lentamente, enquanto ainda o olhava. Travis reparou que estava se afundando na merda. Ele tinha certeza que estava mas não conseguia parar.

Ele tinha jogado dentro das regras em sua vida anterior. Ele tinha feito tudo de acordo com o livro e tinha perdido tudo pelo que tinha trabalhado. Ele tinha abandonado esse hábito com a Elite Ops. Jogando pelas regras. Inferno, se havia um bom motivo para quebrar as regras, então era a fome que subia dentro do seu corpo.

Seus lábios se estreitaram quando ergueu a mão para o rosto dela. Seus dedos passeavam pelo queixo delicado enquanto os olhos dela cintilavam pela surpresa.

— Quanto tempo temos nos encontrado? — ele então perguntou.

Falcão noturno estremeceu.

—Alguns de anos.

Três anos. Ela tinha sido atribuída a sua unidade, como correio e coletora de informações, três anos atrás, e Travis se esforçava para que sempre fosse ele que se encontrasse com ela.

—Três anos são muito tempo — ele disse suavemente.

Os lábios dela se separavam e seus seios começaram a subir e descer, sua respiração mais desigual. Com a luz pálida que banhou o carro, ele podia ver seus mamilos apertando o material justo do vestido e também poderia ver o tentador rubor que subiu pela pele visível de seus seios.

— Muito tempo? — Era uma pergunta, mas não sobre a quantidade de tempo que eles encontravam. Ela estava questionando a quantidade de tempo eles desejavam saber e nunca fizeram um movimento para suavizar a curiosidade.

Ele sempre tinha desejado saber se os lábios dela eram tão macios quanto parecia, se o beijo dela era tão quente quanto ele imaginava.

Com a palma de sua mão em sua bochecha disse — Nós pagaremos por isto — a advertindo.

— Eu já paguei — ela sussurrou um segundo antes dos lábios dele cobrirem o seu. Quando ele mordiscava seus lábios, ela os abriu e ele pode sentir o arranque de sua respiração e sentiu a fome na resposta dela, ele soube então que este castigo era muito pior. Era fato que ele teria que a deixar no fim desta noite. Que ele teria que ir embora. Que este único momento era todo o tempo que poderia se permitir.

Então seus braços se entrelaçaram ao redor do seu pescoço. Os lábios dela se separaram novamente para liberar um pequeno gemido que vibrou o ar ao seu redor. O gemido dela. A necessidade dela. E ele não iria negar nada a ela.

Ele era um homem morto. Ele era um homem faminto. Ele estava a ponto de realizar o empreendimento mais arriscado de sua vida.

 

 

                                                                  Lora Leigh

 

 

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