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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


ONTEM / Lora Leigh
ONTEM / Lora Leigh

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

Biblio VT

 

 

 

 

Anna gostou dá noite incrível com Blake antes que fosse para outra missão secreta. Quando ficou gravemente ferido durante a missão, Blake deixa que Anna ache que o mataram. Quatro anos depois, Blake retorna fingindo ser seu irmão Devon, que esteve procurando durante muito tempo. Blake está a ponto de conhecer tudo o que Anna teve que fazer sozinha desde sua morte…

 

 

 

 

Ele fez que quebrasse um dos saltos de seus novos sapatos brancos. Também arrebentou a alça de seu vestido do verão, arranhou sua perna e a fez chorar. Anna passou os dedos por sua longa cabeleira enredada, fazendo uma careta ao ver como ficaram as mechas que penteou com tanto esmero. Agora, o cabelo caía sobre os ombros até a metade das costas, fazia momento que perdeu a fivela que antes o segurava na nuca.

Por um lado, o vestido ficava preso por estar apertado ao seio, mas o vestido de linho azul escuro nunca voltaria a ser o mesmo. Seus pés tinham arranhões e doíam e odiava a escuridão. Sempre a odiou. Sorveu as lágrimas enquanto seguia chorando, e odiou a si mesmo porque o medo a fazia chorar.

Anna estava orgulhosa de que nunca chorava. Mas aí estava, caminhando por uma deserta estrada rural, descalça, de saco cheio e chorando. Não estava segura do por que. Não era como se realmente gostasse desse imbecil. Só saiu com ele para satisfazer seu pai, que cada vez estava mais preocupado que sua garotinha não gostasse nada dos meninos.

Sorveu as lágrimas de forma lamentável. Sim, gostava dos meninos. Bom, um menino. Além disso, tinha certos critérios, e esse idiota do Charlie Austin não tinha tamanho. Enquanto se dirigia a sua casa, mancando pela estrada rural amaldiçoando Charlie, seus pais e os homens em geral.

Quando chegasse ali, não haveria ninguém em casa, é obvio. Seus pais partiram nesse dia para passar outro longo fim de semana nas montanhas, deixando a casa silenciosa e solitária. Anna teve um calafrio. E se ele cumprisse sua ameaça de ir procurar seus amigos para ajudar? E se a apanhavam antes que pudesse chamar o Xerife?

Então, fez um nó frio no estômago pelo medo. Não tinha nenhum outro lugar ao que acudir. Esfregou os braços tentando desfazer do frio que sentia, apesar de que essa noite fazia calor, e lutou contra a histeria que podia sentir surgindo em seu interior. Enquanto sua mente recordava as intensas imagens de como podia Charlie Austin ser cruel, o ruído de um veículo aproximando-se das curvas que havia atrás dela a aterrorizou.

Era Charlie? Anna gemeu, seus olhos escrutinaram a escuridão enquanto tentava encontrar um lugar para se esconder. Enquanto as luzes se aproximavam, afastou-se desesperada para a borda da estrada, tropeçou na pequena boca de lobo e raspou as pernas ainda mais ao agachar entre as ásperas rochas e rezou para que não a tivessem visto.

 

Essa noite quase não havia lua, o campo descansava sob o peso do calor escuro e de um clima agitado. Aproximava uma tormenta, e Blake tinha o pressentimento que não era só o tempo. Era sua última noite de liberdade antes de sair para outra missão. As ordens chegaram essa manhã e, em lugar de esperar com ansiedade a ação que ia ter, sentia um pesar vazio. Só tinha vinte e cinco anos, mas os sete últimos os passou treinando, lutando, com muito pouca vida entre estas atividades.

Pensava que possivelmente esta seria a última missão. Estava cansando e era o bastante inteligente para saber que entorpeceria a resposta de seus reflexos, que faria ser descuidado. Aqui tinha uma casinha agradável, uma vida que poderia viver se estivesse disposto a mudar. E uma coisinha bonita em quem se fixou durante os últimos meses. Ela era jovem, talvez muito malditamente jovem para sua experiência. Mas parecia que não podia tirar sua imagem da cabeça, nem de seu pau.

Franziu o cenho ao pensar nela. A viu sair hoje com esse pequeno presunçoso do Austin. Usava um vestidinho de verão que implorava que o tirassem de seu corpo, o comprido cabelo vermelho flutuando pelas costas, seus grandes olhos verdes olhando para Blake com inocente desejo. E ele, nesse instante, decidiu que esta seria sua última missão. Seu último país dividido pela guerra. Blake suspirou sombrio. Não podia evitar esta última missão e sabia. Mas que o condenassem se tinha vontade de ir.

Ao girar em uma das curvas mais fechadas da pequena estrada rural, um brilho de cor mais adiante fez que seus olhos se abrissem ainda mais pela surpresa e depois fechou quando desapareceu repentinamente. Era impossível. O destino não funcionava dessa forma.

Quando o brilho de azul e vermelho desapareceu pela lateral da estrada, com um movimento furtivo, seus instintos ficaram em alerta. Foi diminuindo a velocidade ao aproximar-se do lugar, parando bem antes, escrutinando a área com cuidado enquanto apagava as luzes de seu carro. Agarrou seu revólver que estava debaixo do assento, à lanterna do chão da parte detrás e saiu do carro.

Havia uma pequena boca de lobo ao lado da estrada, profunda o bastante para que alguém pudesse se esconder na quebrada rochosa. Aproximou mais, usando a escuridão para se esconder, embora algum instinto interior advertisse que o possível perigo seria mais emocional que físico. Mas mais perigoso que uma bala do inimigo.

Quando se colocou em posição, viu na escuridão o brilho de um rosto pálido, um ligeiro movimento quando uma pequena forma se movia com cuidado entre as rochas. Quando moveu a lanterna iluminando diretamente o pequeno rosto aterrorizado que estava por debaixo dele, ficou furioso.

 

Anna não gritou, começou a correr. Tropeçando torpemente nas pedras com seus pés descalços, seu vestido rasgou ao sair em disparada tentando escapar.

Blake não se incomodou em chamá-la por seu nome. Começou a correr mais rápido para alcançá-la, saltando o riacho enquanto colocava o revólver na parte detrás de seu jeans e a apanhou a poucos metros de sua posição original.

Então, ela gritou. Jogou as mãos para trás, curvando os dedos enquanto as unhas tentavam arranhar o rosto. Estava chorando, os fortes soluços que saíam de sua garganta rasgavam a noite.

— Anna, maldição! Fique quieta — Blake a segurou pelos braços, quase perdeu o equilíbrio enquanto dava chutes. — Maldição! Sou eu, Blake, Anna. Querida, deixa de lutar contra mim.

Anna arranhou os pulsos com as unhas, as enterrando profundamente um segundo antes que sua voz finalmente transpassasse o medo que a controlava. Ficou imóvel, sua respiração áspera, rápida enquanto Blake a girava com cuidado entre seus braços.

A lanterna caiu sobre o lado posterior, que era plano, iluminando o rosto úmido da jovem enquanto olhava aturdida. Tinha uma contusão na bochecha, um arranhão ao longo do pescoço que chegava até o peito. O sutiã de seu vestido afrouxou por sua resistência desesperada e aparecia um tentador seio.

— Anna, querida, o que aconteceu? — Blake estendeu o braço para subir o vestido sobre a curva pálida de seu ombro descoberto.

— Blake? — sua voz era rouca, espessa, pelo medo e as lágrimas que umedeciam o rosto.

— Bebê, o que aconteceu? — Blake retirou o longo cabelo do rosto enquanto a olhava, lutando contra a certeza que podia sentir queimando as vísceras. — Austin fez isto, neném?

Mataria. Blake manteve sua ira cuidadamente escondida com essa promessa silenciosa para si mesmo.

— Escapei — Anna sussurrou, com a voz fraca. — Quebrou o sapato quando bati. Mas ele foi procurar seus amigos. Disse que o ajudariam.

Blake podia ver como lutava para controlar, para manter a dignidade. Seus grandes olhos verdes estavam tão dilatados que quase não aparecia à cor da íris, seu corpo tremia em reação ao que fosse que aconteceu.

— Violou você, Anna? — Tinha que saber. — Não minta querida. Prometo que ninguém saberá, mas tem que me dizer isso para que possa ajudá-la.

Acariciou na bochecha com os dedos, um braço a segurava pela cintura para mantê-la de pé.

Ela franziu o cenho enquanto sacudia forte a cabeça.

— Não — Anna gritou desesperadamente. — Já disse. Bati e quebrou o sapato. Quando escapei, disse que ia procurar seus amigos para ajudar. — Sua voz quebrou. — Não há ninguém em casa, Blake. E se ele estiver me esperando?

— Vamos — Ele agarrou a lanterna do chão enquanto a pegava nos braços.

Anna se sobressaltou e seus braços foram de forma instintiva a seu pescoço, segurando-se forte enquanto Blake a tirava do buraco e ia para seu carro. Passando por cima da porta, sentou-a com cuidado no assento do Mustang conversível 65 antes de dirigir-se, rapidamente, ao lado do motorista. Subiu e arrancou o carro rapidamente enquanto a olhava. Anna estava tremendo, estava a ponto de entrar em choque.

— Veem aqui — Blake jogou seu assento para trás tudo o que pôde antes de empurrar seu corpo magro a seu colo.

A princípio, ficou rígida, mas depois enterrou o rosto em seu pescoço enquanto ele colocava a primeira e se dirigia para sua casa. A alavanca de marchas ficou, a princípio, um pouco complicada de segurar quando dirigia, mas de maneira nenhuma ia deixá-la partir. Ajustava contra ele perfeitamente, seu corpo virado para ele, seus joelhos dobrados e pressionando contra seu lado.

Era um homem grande. Com uma altura de quase 1,90, todo músculo pesado e ela parecia como uma maldita menina entre seus braços. Seu longo cabelo avermelhado batia contra seu peito, o aroma doce feminino balançava seus sentidos.

— Não posso ir para casa — sua voz tremia enquanto sussurrava as palavras contra seu pescoço. — Por favor, Blake.

— Shh, — acalmou-a enquanto esfregava a bochecha contra um lado de sua cabeça. — Não a levo para sua casa, Anna. Levo para minha casa. Não se preocupe Austin não voltará a tocar.

Blake se asseguraria disso.

Sua casa estava só a uma curta distância. Um rancho pequeno de dois hectares, encravado em um dos vales mais bonitos da face da Terra. Seu lar estava no leste de Kentucky, e a pequena cidade de Grayson, apesar dos pequenos problemas, acalmava sua alma depois que as missões a tivessem esmigalhado.

Girou no caminho de cascalho que levava a casa, mais que agradecido que o caminho fosse tão breve. Seu pau estava duro como o ferro e sua calça estava torturando-o. Além disso, não queria assustá-la com o desejo que sentia por ela depois do ataque dessa tarde.

Apertando o controle remoto que estava entre os assentos, entrou na garagem fracamente iluminada e desligou o motor. Agora, Anna se apoiava contra ele comodamente, seus braços colocados ao redor de seu pescoço, sua respiração, embora rápida, perdeu esse tom assustado.

— Chegamos, — sussurrou Blake, acariciando suas costas com as mãos enquanto tremia entre seus braços.

Apertou os dentes. Esse estremecimento não era de medo e esse leve gemido não era de angústia. Fechou os olhos lutando por não perder a prudência. Ela era muito suave, muito quente em seus braços, e a desejou malditamente por muito tempo.

— Anna, temos um problema aqui, — tentou rir, mas o som foi mais áspero que a respiração da jovem.

Anna levantou a cabeça de seu ombro e ele a olhou. A pequena contusão ao longo de sua bochecha não aumentou muito, assim foi fácil ver a sensualidade que avermelhava seu rosto. As delicadas feições pareciam quase sonolentas, mas as curvas úmidas, cheias, de seus lábios estavam pesadas pelo desejo e seus olhos verdes obscureceram.

Anna retirou a mão de seu pescoço. Foi um gesto delicado. Os finos dedos tocaram brandamente os lábios de Blake, que não pôde resistir a chupar a ponta dos dedos, desesperado por prová-la. Tremia entre seus braços e ficou sem respiração quando colocou uma das pontas em sua boca, segurando-a imóvel com seus dentes enquanto a chupava uma vez mais.

Ela mordeu o lábio inferior, olhando imóvel. Com pesar, Blake agarrou sua mão para tirar o dedo de sua boca enquanto a olhava intensamente. Seu pau palpitava debaixo de seu jeans, o sangue pulsava em suas veias e respirava com dificuldade.

— Anna, não quero assustá-la...

— Saí com Charlie porque papai me acusou de ser lésbica, — Anna tentou não demonstrar que estava doída. — Não tenho encontros porque estava esperando você — revelou. — Sabia que não me tocaria até que fizesse dezoito, Blake. E é que não quero ninguém mais.

As palavras deveriam ter parecido imaturas. Anna era tão condenadamente jovem que doíam as bolas pela tensão. Em troca, parecia intensa, segura do que queria e não estava disposta a aceitar menos. Ele tinha o mesmo problema desde dia que a conheceu, dois anos antes.

— Tenho que partir amanhã, — disse ele brandamente. — Estarei fora umas poucas semanas, Anna. Mas quando voltar…

— Não quero deixá-lo esta noite — As emoções da Anna se refletiam no rosto e quebrou o coração. Não era medo. Era necessidade. Crua. Cega.

Blake a segurou pela cintura com as mãos. Que o céu o ajudasse, sentia que estava se afogando.

— Anna, — gemeu enquanto apoiava a testa contra a dela, observando seu olhar escuro. — A desejo. Não sabe quanto nem durante quanto tempo a desejei. Mas quero que esteja segura.

Ela sorriu, seus lábios tremiam.

— Tão segura que comecei a tomar pílula faz três meses. Tão segura que assim que soube que voltou, pedi a Charlie que me levasse para casa. E esse é o motivo que se zangou tanto. Tão segura, Blake, que se não me tocar ficarei louca pela necessidade.

Estavam sentados em seu carro, em sua garagem, e suas mãos tremiam pela necessidade. Sabia que deveria levá-la para dentro da casa, deixá-la em um quarto e correr tão longe dela como pudesse. Deveria esperar. Esperar até que voltasse para casa, a ela, outra vez.

— A pílula? — sussurrou Blake.

Merda, nunca se deitou com uma mulher sem a segurança de uma camisinha. Nunca acreditou nelas ou na possibilidade de que outro amante tivesse deixado um aviso que não queria compartilhar. Mas no fundo de sua alma sabia que Anna nunca teve outro amante.

— Sim — As bochechas de Anna estavam bastante vermelhas, uma cor brilhante e delicada, tão encantada que seu pau esticou em resposta.

Blake se moveu para retirar o cabelo da bochecha, colocando atrás da orelha enquanto seus dedos abriam em leque para acariciar um lado de sua cabeça. Só provar, pensou, depois seria forte. Depois voltaria a encontrar a sensatez.

A sensualidade envolveu enquanto Blake baixava a cabeça, seu olhar estava fixo nela quando roçou seus lábios com os dela. Ambos tremiam acalorados, enquanto Anna movia os quadris contra ele, suas longas pernas se apertavam juntas enquanto seus lábios acariciavam os de Anna. Separaram devagar, com naturalidade, ela manteve a respiração quando ele parou.

Suas respirações eram irregulares. O controle de Blake era fraco e a inocência de Anna se refletia em cada linha de expressão. Blake sabia que ele era tudo menos inocente, e sua inocência aterrorizava. Aterrorizava e atraía.

Lutou por controlar sua fome. O último que desejava fazer era assustá-la. Mas os lábios de Anna eram suaves, doces e quentes. Gemeu contra eles, abrindo os seus para tomar o beijo que demandavam seus sentidos.

Anna abriu a boca timidamente, fazendo que o corpo de Blake esticasse pela pura sexualidade de provar semelhante inocência. Anna acariciava os ombros de modo vacilante, sua língua tocava timidamente enquanto gemia pelo crescente desejo. Blake sentia como a fome se amontoava em suas vísceras enquanto bebia mais que dar um banquete, do sabor de seus sedosos lábios, sua tímida língua que por fim se enredava com a sua.

Blake moveu a cabeça, inclinando seus lábios sobre os seus enquanto lutava contra o desespero de sua necessidade. Ela era muito suave. Muito delicada. E que Deus ajudasse, precisava mais do que precisava respirar para viver.

 

Anna estava alagada de sensações. Seu corpo tremia enquanto lutava para conter seu desespero pelo beijo. Ele ia mais devagar, provando-a quando só desejava que a devorasse. Sua experiência era nula, mas isso não parou a vertiginosa necessidade que fluía dela e umedecia sua tensa boceta. Realmente não sabia quase nada sobre estar com um homem. Mas, durante os últimos anos, sua imaginação e seus dedos compensaram essa falta.

Ela sabia que ele a desejava com a mesma intensidade. O corpo de Blake estava tenso, seus músculos contraídos pelo esforço de conter. Seu peito subia e descia com dificultosas respirações enquanto seus lábios se moviam sobre os de Anna, sua língua acariciava o interior de sua boca com golpes controlados que a deixavam louca. E ela precisava mais.

Anna gemeu pelo beijo enquanto se movia, levantando seu corpo ao mesmo tempo em que as mãos de Blake agarravam seus quadris para imobilizá-la, levantando a cabeça para olhá-la fixamente. Seus olhos, geralmente de um magnífico azul brilhante, agora estavam mais escuros, carregados de desejo enquanto a olhava silenciosamente. Ela se moveu até que se sentou escarranchado sobre seus quadris, sua boceta apertando ao pensar em pressioná-lo contra a borda dura de carne contida debaixo de seu jeans.

— Anna — sua voz era áspera, quente. Ela quase goza ao escutar sua profunda voz de barítono.

Anna se colocou contra seu colo, sua boceta pressionando contra a grossa ereção embaixo dela. Blake moveu os quadris, aproximando a dura ereção contra sua suave boceta enquanto Anna arqueava as costas em reação.

— Isto é perigoso, — disse com os dentes apertados, embora suas mãos estivessem retirando o tecido de seu vestido, subindo-o por cima de suas coxas enquanto a observava com cuidado.

— Sou virgem, Blake. Não sou tola, — assegurou. — Já sei que está acostumado a mulheres mais experientes, mas pode me ensinar o que você gosta.

Ela estava incrível e dolorosamente ciumenta das mulheres que sabia que estiveram com ele. Queria seu toque, tudo, para sempre.

—Vai me matar — Suas mãos se moveram sob a saia, curvando-se pela parte externa de suas coxas.

— Estou molhada para você, Blake, — sussurrou ela. — Me pus tão molhada por pensar em você que sinto que vou afogar-me pela necessidade.

— Merda — Blake exalou com força com o rosto avermelhado enquanto suas mãos se apertavam, a centímetros de sua boceta.

— Me ensine Blake — Anna roçou os lábios com os dele. — Mostre o que você gosta.

Não precisava um segundo convite, e embora Anna estivesse preparada pela fome que mostrava seu beijo, não estava pronta para sua própria resposta. Quando os lábios de Blake se inclinaram sobre os seus, sua língua introduziu em sua boca, tomando-a com uma sexualidade não controlada que a deixou sem fôlego.

Uma mão separou-se de suas coxas, acariciou sua cintura, logo se curvou no sutiã frouxo de seu vestido. Ela gritou. Não pôde silenciar o som quando sua grande mão acariciou o seio, seu polegar roçando seu mamilo e sua língua acariciou a sua em um sexual duelo de prazer.

Os quadris de Blake pressionaram para cima contra a barreira de sua calcinha, moendo contra sua sensível boceta enquanto seu sistema estremecia pelo prazer. Ela podia sentir as sensuais chamas atravessando sua boceta, balançando sua matriz enquanto o calor de seu pau a pressionava. Anna também empurrou com o movimento dos quadris, balançando-se contra ele enquanto capturava seu duro mamilo entre o polegar e o indicador.

Anna ofegava quando Blake separou sua boca da sua, seus lábios acariciaram sua mandíbula, sua garganta, arqueando-a em seus braços enquanto sua boca de repente cobriu o pico atormentado de seu seio.

— Blake, — ela gritou seu nome, não pôde evitar.

O prazer atravessou seu mamilo, esticando ainda mais, sensibilizando mais enquanto sua língua o lambia, enquanto sua boca o sugava e a fazia tremer entre seus braços.

Ana se movia contra o calor de seu pau coberto pelos jeans com a cabeça arremessada para trás, as sensações se amontoavam uma em cima da outra até que ameaçaram explorando pela pressão de sua própria necessidade.

A quente boca de Blake era um instrumento de tortuoso prazer sobre seu tenso mamilo, seus dentes eram uma grossa áspera de tensão ameaçadora ao mordiscar o pequeno pico duro. E suas mãos tampouco estavam quietas. Agarrou o elástico de sua calcinha, seu gemido surdo foi à única advertência antes que um rápido puxão rompesse o frágil tecido.

Sua mão acariciou sua boceta. Seus dedos aprofundaram entre as inchadas dobras para encontrar o mel espesso e quente que emanava de sua boceta. Anna não podia respirar, agarrou os ombros de Blake e seu corpo ficou imóvel, tentando pela esperada explosão enquanto Blake a sustentava perto, alimentando-se de seu mamilo enquanto seus dedos exploravam cuidadosamente sua boceta virgem.

— Anna — Blake levantou a boca de seu peito, seus lábios sussurrando sobre sua pele. — Deus, neném. Não sabe o que está pedindo.

Ela estremeceu entre seus braços quando dois dedos sondaram a apertada entrada a sua boceta.

— Blake eu sonhei com isto, — gemeu ela. — Durante tanto tempo. Durante muito tempo.

Ele descansou sua testa contra o seio de Anna enquanto ofegavam, seus dedos trabalhando lentamente dentro de sua boceta empapada, estirando a malha sensível, enquanto uma espiral de fogo parecia apertar-se em sua matriz.

Blake lutava por manter o controle. Anna podia sentir a batalha em seus músculos tremendo enquanto provava sua boceta com estocadas lentas de seus dedos. A plenitude ardente que estirava sua boceta a estava deixando louca. Movia-os dentro dela lentamente, entrando e saindo com movimentos lentos, controlados, acariciando as terminações nervosas, as fazendo arder por sua necessidade de mais.

— Fica quieta — advertiu bruscamente quando ela se moveu inquieta contra ele, precisando mais.

— Não posso Blake — gemeu Anna com as coxas apertadas, seus quadris movendo-se contra a áspera mão que acariciava seus clitóris. — Necessito mais. Por favor. Não posso suportar.

A dor sensual era diferente a tudo que alguma vez a jovem conheceu. Percorreu seu corpo, fez que sua pele desejasse seu duro corpo, precisando que a tomasse, que conduzisse seu pau com força e profundamente até seu interior.

Ele gemeu, um som baixo e quebrado ao retirar os dedos do agarre quente de sua boceta.

— Blake — Anna tinha medo de que nunca voltasse a tocá-la.

Empurrou para baixo quando ele se moveu, levando seus dedos ainda mais profundos, apertando os músculos de sua boceta ao redor dos invasores dedos enquanto gemia pelo desejo. Podia sentir a pressão, o crescente prazer que prometia com só o toque adequado.

— Maldição — Blake amaldiçoou então, o braço atrás de suas costas a segurou ao mesmo tempo em que seus dedos pareciam estender dentro de seu estreito canal.

Estava estirando. Anna gritou pela dor sensual enquanto os dedos de Blake voltavam para foder levianamente seu interior antes de alargá-la, separando-a, gerando ardentes ondas de prazer através de seu corpo.

— Blake. OH Deus — Suas costas se arquearam, seus músculos esticaram diante do intenso prazer.

— Está muito perto, verdade, neném? — sussurrou ele contra seu seio enquanto seus dedos se retiravam e, depois, voltavam para fodê-la lenta e pausadamente. — Sente como está apertada ao redor de meus dedos, Anna. Meu pau está muito duro, muito grosso. Muito condenadamente grosso e não sei se terei o controle suficiente para tomar devagar.

— Então, foda-me duro, — gritou ela desesperadamente. — Não me preocupa como me fode, Blake. Por favor, por favor, foda-me… Não… — Seu corpo estremeceu quando ele se moveu repentinamente.

Blake a levantou, tirando seus dedos do quente agarre de sua boceta enquanto abria a porta do carro. Com um braço ao redor da Anna, saiu do carro, logo gemeu fracamente quando ela colocou suas pernas ao redor de seus quadris, um gemido que saiu de sua garganta enquanto a ponta de seu pau pressionava seu inchado clitóris.

 

Anna sentiu como as mãos de Blake a agarravam pelas nádegas ao apoiar-se contra o carro, como se estivesse fraca. Mantinha-a perto, flexionando seus quadris, moendo sua ereção na almofadinha de sua boceta.

Seus dedos abriram as bochechas apertadas de seu traseiro, criando um pequeno beliscão de necessidade sensual e proibida em seu traseiro. Agora, Anna já perdeu totalmente a prudência pelo prazer, o sangue bombeava quente e rápido por suas veias ao mesmo tempo em que seu corpo era assaltado com muitas sensações, muitas necessidades.

— Merda, tenho uma cama, — gemeu Blake quando Anna beijou no pescoço, a forte coluna, tão masculina e escura, aumentando o calor de seu desejo.

Anna lambia sensualmente a áspera pele enquanto as mãos de Blake amassavam seu traseiro, seus dedos apertando o firme músculo enquanto se movia contra ele.

— Quem precisa de uma cama, — sussurrou ela com as pernas apertadas ao redor de seus quadris enquanto as ambiciosas demandas de seu corpo a deixavam sem respiração com um desejo cada vez maior.

Podia sentir a dura borda de seu pau através de seu jeans, pressionando contra seu úmido sexo. Sua boceta contraía ansiosa porque queria que a enchesse.

Anna sabia que desejava. Soube durante anos. Mas, agora que estava em seus braços, não podia conseguir suficiente de seu sabor, de seu toque, para saciar a fome que a devorava.

O gemido de Blake foi um grunhido áspero, rouco, que fez que sua matriz se esticasse em antecipação enquanto ele se agachava, seus lábios se moveram para sua bochecha até que pôde recapturar seus lábios.

Seu corpo estava ardendo enquanto sua língua fodia sua boca, conduzindo à loucura com a necessidade de mais.

— Precisamos uma cama, — Blake grunhiu, respirando com dificuldade, mas não fez nenhum esforço para afastar-se do carro. Ao contrário, girou-se devagar, sua língua ainda atacando sua boca enquanto a colocava em cima do porta-malas do carro.

Estava totalmente descontrolado por ela e Anna não tinha nenhuma esperança de esconder sua própria fome por seu beijo, seu toque. Blake separou os lábios dos seus, olhando-a, sua expressão selvagem, seus olhos ardendo com luxúria.

— Está me matando — Sua voz era um grunhido estrangulado enquanto suas mãos empurravam seu vestido baixando até os quadris, seus dedos agarraram a cintura de sua calcinha, rasgando-as e as tirou.

Anna gritou a causa do puro erotismo da ação. O som ao rasgar o tecido, seu gemido rouco e a sensação de suas mãos separando suas coxas fizeram que os sucos emanassem de sua boceta.

Agora, Blake perdeu o controle. Suas mãos eram mais bruscas, mas ainda naturalmente cuidadosas quando pressionou suas costas até que ela ficou reclinada contra o porta-malas do carro. Anna ouviu o zíper de seu jeans e gemeu de desejo. Suas fantasias mais selvagens estavam se realizando, por fim seus desejos mais desesperados estavam a seu alcance.

— Anna, quereria ir mais devagar, — gemeu enquanto estendia mais as coxas, movendo-se até que a cabeça de seu pau esteve colocada na entrada de sua boceta.

Anna olhou seu corpo tenso, ardendo pela necessidade enquanto a grossa largura de seu eixo empurrava contra a estreita abertura.

— Blake, — sussurrou seu nome, suas coxas se apertaram dentro do agarre por suas mãos enquanto lutava para aproximar-se mais.

— Doce Anna — se inclinou para frente, mantendo-a quieta enquanto seus quadris começavam a trabalhar a cabeça de seu pau dentro da pequena abertura.

Anna tremeu ao sentir como seu canal se estirava, sua boceta apertada ao redor da intrusão enquanto conduzia a ereção para seu interior. A lenta entrada estava matando-a com sua necessidade de mais.

— Anna.

As mãos de Blake apertaram seus quadris enquanto olhava, aturdida, confusa pelas sensações que agora a afligiam.

— Blake, por favor… — lutava por respirar, o mundo girava a seu redor. — Por favor, foda-me. Agora.

Os dedos de Blake se curvaram apertados outra vez enquanto seu pau empurrava mais profundo. Mas não era o bastante. Nunca seria suficiente. Precisava profundamente em seu interior, enchendo-a, aliviando a fome desesperada que enchia seu corpo.

Anna esticou a seu redor, permitindo que sua boceta acariciasse e abraçasse ainda mais enquanto se excitava com a ligeira espetada ardente de dor derivada de sua estocada. O gemido de Blake fez que sua matriz se apertasse em resposta, seu peito esticou pela emoção. Por fim, depois de tantos sonhos, de tantas rezas, Blake a amava.

— Não posso esperar — Sua respiração era mais dificultosa, sua voz a emocionava com a borda escura que a enchia. — Eu sinto Anna.

Sentiu mover. Retirou devagar, e depois, antes que pudesse adivinhar sua seguinte ação, empurrou em seu interior, com força, profundamente, rompendo o escudo de sua virgindade enquanto enterrava seu eixo nas longínquas profundidades de seu corpo.

Anna se arqueou, sua respiração encerrada em sua garganta pelo ardente prazer/dor de seu impulso. Agarrou os pulsos de Blake enquanto imobilizava os quadris, sua garganta deixou escapar um gemido estrangulado enquanto se esforçava em aceitar a invasão.

Era tão grande, tão grosso. Os músculos de sua boceta ardiam enquanto tentava aceitar, seu clitóris estava inchado, palpitava quando as sensações começaram a construir em seu interior.

— OH Deus, Blake.

Não havia palavras para descrever as sensações, o prazer que sentia como candentes rajadas de êxtase.

— Devagar — Blake a segurou mais forte em seus quadris quando se moveu contra ele. — Pelo amor de Deus, Anna. Não se mova.

Não existia nenhuma possibilidade. Tinha que mover. Tinha que sentir empurrando em seu interior, aliviando a dor brutal que ressonava por seu corpo antes que a destruíra.

— Anna. Querida.

Blake se inclinou suas mãos aproximando-a e logo começou a mover-se. Foguetes explodiam pelo corpo da jovem. Labaredas demolidoras e intensas percorreram suas veias. Blake a sustentou apertada contra ele enquanto começou a empurrar mais forte em seu interior, fodendo-a com um ritmo lento, estável, que a fazia ofegar, pedindo mais. Era muito bom. Muito quente. Muito intenso. A sensação de seu pau trabalhando dentro dela, estirando-a, acariciando sua suave carne a estava deixando louca.

Podia sentir como aumentava o prazer, apertando-se em sua matriz enquanto lutava por manter o equilíbrio, só para encontrar que não havia nenhum equilíbrio. Cambaleava a borda da destruição sem nenhum modo de recuperar o controle.

— Tão bom, — Blake murmurou contra seu pescoço enquanto seus lábios se moviam para baixo, sobre sua clavícula, até a curva de seus seios enquanto ela lutava por respirar.

Blake a lambia saboreava inclusive enquanto seu pau empurrava entre suas tensas coxas.

— Tão apertada, Anna. É tão doce e está tão apertada, é tudo o que posso fazer para evitar devorar.

Não terminou de dizer essas palavras e já estava devorando seus seios. Com os dentes, a língua e a úmida sucção de sua boca, começou a atormentar os duros mamilos muito sensibilizados.

Era muito. Anna tentou gritar, mas não pôde encontrar o fôlego já que começou a gozar. Uma onda de eletricidade percorreu seu corpo, eletrificando, destruindo-a quando as sensações começaram a arder dentro de sua boceta. Esticou ainda mais, lutando contra a violência crescente das sensações que a atravessavam.

Não podia escapar, ele não o permitiria.

— Sim, — Blake gritou brandamente enquanto suas mãos a seguravam pelos quadris, mantendo-a quieta, aumentando seus impulsos, seu pau inundando dentro dela em estocadas cada vez mais destrutivas.

Sua matriz se esticou e estremeceu um segundo antes que a tormenta a alcançasse. Anna ouviu seu próprio grito entusiasmado quando seu orgasmo a atravessou com a força de um furacão. Arqueou contra ele, apertando seu pau quando a sentiu esticar e estremecer, depois os quentes jorros de sêmen começou a abrasar sua boceta, lançando-a mais profundo em seu próprio vórtice de prazer.

Vários minutos mais tarde, os espasmos de prazer diminuíram deixando-a esgotada, fraca, enquanto deitava entre seus braços. Blake se retirou devagar, seus olhos ardentes pelo prazer, seu pau agora só semiereto, deslizou-se do cômodo agarre de sua boceta.

— Uma cama, — ele sussurrou então, um pequeno sorriso de satisfação em sua boca. — E não espere dormir muito esta noite, Anna. Nada absolutamente.

 

Ela era tão linda como um sonho. Pouco a pouco, o amanhecer ia se aproximando e Blake seguia segurando o delicado corpo de Anna em seus braços. Só abandonou a cama um momento. O suficiente para despertar a seu advogado e fazer algumas mudanças em seu testamento. Quando deixasse a cidade, passaria por seu escritório para assinar esses papéis.

Acontecesse o que acontecesse, asseguraria que, de agora em diante, a Anna não faltaria nada. Mas, sem dúvida nenhuma, tinha toda a intenção de voltar. Acariciou a suave curva de suas costas enquanto sorria. Ah sim, voltaria. Já a reclamou, de maneira nenhuma ia deixa-la ir.

Deu uma olhada ao relógio sobre a mesinha e suspirou profundamente. Ficou na cama tudo o que podia. Se não se levantava agora, chegaria tarde ao aeroporto para que o pegassem. Se chegasse tarde, seu comandante sentiria falta e ele deixaria a raiva rolar. E faria sem duvidar.

Blake se moveu com cuidado, tentando separar do calor do corpo de Anna, querendo olhar seu sonho, contido, satisfeito, no momento.

— Blake?

Sua voz era uma pergunta rouca de desejo enquanto ele deslizava para a borda da cama. Dando uma olhada sobre seu ombro, seu peito esticou. Merda tinha que ir. Ainda estava ali, toda sonolenta e quente, olhando com tal adorável inocência que não podia sair da cama.

— Quero que fique aqui — Blake se ajoelhou ao lado da cama quando ela girou por volta dele. — Voltarei logo, Anna. Prometa-me que ficará aqui até que volte.

Ela franziu o cenho, seus perfeitos dentes brancos mordiscavam seu lábio.

— O que digo a todo mundo?

— Que é minha esposa, — disse ele brandamente. — Diga isso, Anna — girou, abriu a pequena gaveta da mesinha e tirou uma caixa de veludo do interior.

Os anéis pertenceram a sua mãe. Os guardou, sabendo que um dia os daria a Anna. Abriu a caixa enquanto virava para ela, vendo como se abriam seus olhos ao ver um perfeito par de alianças.

Uma larga aliança de ouro com seu correspondente diamante de corte marquesa para ela. Outra aliança mais larga para ele.

— Quando voltar planejará o casamento, — ele sussurrou, de repente sentindo-se mais vulnerável que nunca em sua vida. — Sei que isto não é o mais tradicional, mas a quero aqui Anna. Quero que este seja nosso lar, se isso for o que quer.

Blake não questionou sua inesperada crença de que isso era o correto. Tampouco questionou a necessidade que o esmagava e imperativa de que tinha que fazer isto. Assegurar de que não ia faltar nada. Deixou levar por seus instintos durante muitos anos para fazer perguntas sobre o repentino formigamento em suas tripas.

— Está certo? — olhava como se temesse que fosse voltar atrás.

Blake tirou os anéis da caixa, ignorando a opressão de sua garganta e deslizou a aliança sobre o dedo anelar de Anna.

— A amo, Anna. Isto é tudo o que quis desde que tinha dezessete anos. É o que necessito agora. Esperará?

Anna abriu a boca pela surpresa e seus olhos estavam brilhantes pela emoção. Tirou o outro anel da caixa, agarrou a mão de Blake e o deslizou em seu dedo. Ficava perfeito. Reconfortante.

— Me jure que voltará, — sussurrou ela. — E juro que esperarei.

Com a mão acariciou sua bochecha, seus lábios desceram para os seus.

— Juro, Anna. Custe o que custar. Voltarei.

O beijo abrasou a alma de Blake. Anna separou os lábios sob os seus, sua língua se moveu timidamente com a dele enquanto suas mãos acariciavam o cabelo. Os músculos de Blake se esticaram pelo esforço para conter. Para separar de seu carinhoso abraço até que pôde olhar em seus olhos as ricas profundidades da paixão.

— Nossa casa, nossa cama, — sussurrou ele. — Mantém quente para mim, neném. Porque precisarei quando voltar. Mais do que acha.

As missões eram destrutivas, tanto para a alma como para a mente. Sangue e morte, traição e engano. Cada trabalho destruía uma quantidade incalculável de ambos.

— Para sempre, — jurou ela.

— Para sempre — Blake a beijou uma vez antes de obrigar a separar-se dela.

Para sempre começava com ontem, e seguiria amanhã, disse a si mesmo enquanto se preparava para ir. Sentiu os olhos de Anna sobre ele quando tomou banho e se vestiu. Sabia que estaria pensando nele. Esperando. Agora tinha uma razão para voltar.

 

Deserto do Oriente Médio

Armazém de Munições Terrorista

Blake nunca conheceu semelhante dor. Era horrendo, agonizante. Não podia mover-se, sentia paralisados os ossos, os músculos, cada célula de seu corpo enquanto sentia uma dor dilaceradora.

Estava ardendo, ondas de calor percorriam seu corpo enquanto, na lonjura, ouviam-se gritos e alguém chiava ordens. Caíram em uma emboscada. Uma missão que, se supunha, tinha que ser simples, de algum modo foi horrivelmente mal e sabia que pagaria por isso com sua vida.

Esforçou em recuperar o fôlego, a força. Só um pouco de força. A suficiente para poder escapar dos escombros em chamas e poder encontrar um lugar seguro. Não podia morrer assim. Não podia permitir que tudo terminasse ali, nesse inferno, a mercê do inimigo que era famoso por não ter piedade. Não podia permitir que arrebatassem dessa forma todos os sonhos pelos quais lutou tanto.

O rosto de Anna apareceu em sua mente. Inocente. Seus olhos brilhantes de esperança, de amor. Fizeram amor antes de ir. Amaram-se durante a noite, entregou seu coração e sua alma. Tinha que voltar para casa, para Anna. Ele prometeu. Não podia quebrar a promessa que fez.

Seus dedos se afundaram na areia, um gemido estrangulado saiu de sua garganta quando começou a separar do veículo em chamas. Podia ouvir os gritos de outros, os disparos. A unidade não se renderia facilmente. Primeiro teriam que matá-los a todos. Embora só um de seus homens pudesse sustentar uma arma, todos eles estariam lutando.

Seus olhos eram inúteis. Não podia ver pelo sangue e a sujeira que os recobriam. Quanta mais sujeira tentava retirar, mais entrava neles. Sentia como se estivessem cravando alfinetes nos olhos enquanto se esforçava em decifrar o impreciso contorno da zona. Aqueles homens eram os de sua unidade ou o inimigo rodeando como sombras em zigue zague?

Esforçou em compreender a confusão que havia a seu redor. As explosões, as rajadas de armas automáticas, os gritos dos que morriam, dos que estavam agonizando e dos que rogavam um milagre.

Queria voltar para casa com Anna. Queria estar o seu lado, sentir a seda de sua pele, saber que era dela. Um homem sem família, exceto por um irmão perdido, um órfão, um homem que inventou seu próprio nome, sua própria vida. Queria sua mulher.

Não podia ignorar a dor que passava por seu corpo, a debilidade pela perda de sangue e o choque que sentia aproximando-se, mas que condenassem se ia se dar por vencido. Lutou muito tempo. Muito duro. Esses sonhos de merda eram deles! Os merecia.

Blake rugiu como um selvagem, surpreendendo-se com frieza por sua força ao arrastar-se pela areia do deserto para a direção que pensava que era a segura. Sairia disto, dizia a si mesmo com ferocidade, rechaçando acreditar algo menos. Sairia dali, curaria e iria se casar com Anna. Onde pertencia.

Estados Unidos

Uma semana depois

Anna estava como um pudim enquanto terminava de preparar o jantar de boas vindas que planejou para Blake. Deu uma olhada ao pequeno relógio de bronze pendurado sobre a pia, maravilhando-se outra vez do delicado modelo de rosas dos azulejos de cerâmica entre a parte superior do armário da pia e os armários superiores planejados em carvalho.

O efeito das madeiras nobres e a combinação de lugares de estilos mais suaves também destacavam no resto da casa. Como se Blake tivesse combinado sua casa com cuidado para que estivesse cheia de calor e alegria.

Não havia nenhuma foto familiar, nenhuma foto da família da qual ainda não sabia nada. Embora sim houvesse fotos dele. Fotos dos homens com quem lutava e os diferentes lugares do mundo em que esteve. E em tudo isso, Anna descobriu certa tristeza. Como se faltasse algo significativo na vida de Blake. Algo que ela queria e que precisava encher.

Embora instalar-se em sua casa enquanto ele estava fora essa semana não foi nada fácil. Seus pais estavam muito zangados com ela. Sua mãe chorou. Seu pai a olhou fixamente como se tivesse ferido na alma.

— Se quisesse um vagabundo sem lar como filho, teria adotado um, Anna — disse seu pai quando informou que ia se casar com Blake quando voltasse. — O moço não tem família. Nenhum familiar. Nada.

— Mas eu sim, papai, — sussurrou solenemente. — Já sei que está zangado, mas o amo. E amo Blake. Não pode tentar gostar também?

No final, os convenceu. Não gostavam que vivesse na casa de Blake até sua volta, mas ela prometeu. E era aí onde queria estar.

Caíram duas delicadas rosas, atalhos das roseiras silvestres que cresciam ao longo da cerca exterior quando ouviu o timbre da porta. Deu uma olhada ao relógio outra vez. Blake chegava tarde, mas certamente não tocaria na porta em sua própria casa, verdade?

Anna estirou a estreita saia de seu vestido de linho enquanto saía rapidamente da cozinha e cruzava o curto corredor até a entrada. Seus finos saltos batiam sobre o piso de madeira, deixando um rastro de rosas e pinheiro.

Abriu a porta, olhando com o cenho franzido ao cavalheiro alto e diferente que estava na porta. Ia vestido com um uniforme militar branco. Tinha várias medalhas no peito, sua expressão era sombria.

— Sinto muito, Blake ainda não chegou — Ela sacudiu a cabeça, perguntando-se por que o Exército estaria procurando. Certamente sabiam onde estava.

Atrás dele, havia outras duas pessoas, também vestidas de branco, suas expressões cansadas. Então, Anna ignorou a tensão de seu peito, sentiu uma premonição, absorvendo o oxigênio do ar a seu redor.

— Senhorita Danvers, — o homem de mais idade a saudou solenemente. — Sou o Comandante Tyler Ridgeway, o oficial superior do Major Morgan…

— Não está aqui agora mesmo — Negou com a cabeça desesperadamente, odiando o olhar compassivo de seus olhos. — Prometeu que voltaria para casa esta noite — respirou fundo, profundo. — Estou segura que estará cansado. Deveriam voltar amanhã.

— Senhorita Danvers, podemos entrar? Temos que falar com você.

Anna olhou além dos três militares. Era verão. O sol se fundia com as sombras do entardecer, enviando delicadas sombras sobre a grama da frente. Precisava cortar a grama. Blake o faria depois de que estivesse em casa um dia ou dois. Imaginou olhando sobre esse grande cortador que tinha na garagem, sem camisa, com um sorriso no rosto, o aroma de grama fresca no ar. As mariposas sobrevoando com delicadeza entre as flores silvestres que cresciam na borda do bosque enquanto um coelho passava rapidamente entre a floresta.

— Não vai vir a casa, verdade? — Ela sentiu que algo se quebrava dentro de seu peito. Uma dor agonizante que nunca sentiu antes percorreu seu corpo.

— Lamento Senhorita Danvers, — o Comandante Ridgeway disse brandamente. — O Major Morgan…

— Blake — Tragou forte. — Seu nome é Blake.

Produziu um tenso silêncio depois de suas palavras.

— Blake morreu em ação faz três dias. Lamento. Não vai voltar.

Anna não os ia olhar. Podia sentir aos três homens olhando-a com espera.

— Seus últimos desejos foram que, se algo ocorresse, assegurasse de que a você não faltasse nada até que se case ou deixe a casa por sua vontade. Uma atribuição, o rancho…

— Vão — Anna deu um passo atrás para fechar a porta.

— Senhorita Danvers — Nada impediu de entrar na casa. — Entendo que tudo isto é terrível para você. Quando estiver pronta para falar… — Entregou um cartão de visita.

Anna aceitou o duro pedaço de papel automaticamente, olhando o nome impresso e o número.

— A casa é dela, a não ser que resova partir ou casar. Esses foram os desejos de Blake que deixou por escrito e dos que fui testemunha antes da missão. Porei em contato com seu advogado e, quando estiver pronta para falar, por favor, me chame.

Anna assentiu. Pronta para falar? Não queria falar. Queria gritar, esbravejar. Queria saber por que o destino destroçou seus sonhos tão cruelmente. Queria saber por que Blake não podia vir para casa.

Os homens partiram. Vestidos como anjos brancos, deixando a pequena varanda com passos lentos, as cabeças agachadas, enquanto ficava olhando o papel. Blake se foi.

Três dias mais tarde

Hospital Naval da Bethesda

— Ela estará bem. Assinou os papéis, mas não era a casa que queria. É uma garota bonita. — O Comandante Ridgeway suspirou com força ao olhar o paciente prostrado na cama.

O rosto de Blake ainda tinha muitas vendagens, as cicatrizes faciais pela ruptura dos vidros dos veículos e da cirurgia do dia anterior demorariam um pouco para curar. Nunca pareceria ele mesmo. Nem sequer a jovem que esteve esperando o reconheceria quando se completassem as cirurgias reconstructivas. Mas, contudo, isso seria uma bênção. Seus inimigos sabiam como era. Conheciam seu rosto e seu nome. Sua segurança, e a de qualquer que amasse, apoiavam na mentira de que morreu no inferno do que com muita dificuldade o resgataram.

— Não a fez chorar, não? — a voz era rouca, tensa pela dor.

— Não a fizemos chorar, Blake. Foi muito forte. Uma verdadeira senhora, filho. Teria estado orgulhoso dela.

Ela chorou. Sem parar. Dolorosamente. Os papéis que assinou estavam cheios de lágrimas. Seus pais estiveram atrás dela, sua mãe lutava por conter suas próprias lágrimas, seu pai olhava com impotência.

— Ela é forte, — Blake sussurrou.

— Está nisso — Ridgeway se revolveu incômodo em sua cadeira. — Os médicos dizem que em seis meses estará fora. Teremos todos os dados sobre tudo isto então. O resto da unidade está se recuperando, estão escondidos. Todos acreditarão que morreu naquela explosão até que capturemos DeMorga. Um ano no máximo, e poderá voltar para casa outra vez.

Depois dessas palavras, ninguém falou. Blake foi o mais prejudicado. O poderoso impacto da explosão no vidro de seu veículo de transporte cortou o rosto a tiras. Inclusive com a cirurgia reconstrutiva, ficariam cicatrizes. E mudanças. O rosto que sempre conheceu como próprio nunca seria seu outra vez.

Blake estava em silêncio.

— Blake, precisa algo? — Ridgeway não podia suportar o silêncio. Só podia imaginar a dor, as dúvidas que passariam pela mente do moço.

Merda, sua desmobilização se aprovou bem antes da missão. Em lugar de deixar com um homem a menos, ou que trabalhassem com um substituto ao que não conheciam, esteve de acordo em unir para ajudar a capturar ao bastardo traficante de armas que subministrava armas aos terroristas. Supunha que ia ser fácil. Mas DeMorga esteve esperando.

— Estou bem, Comandante — A voz de Blake era áspera, mas controlada.

Ridgeway suspirou pesadamente.

— Deixarei descansar agora, filho. Fique bem. Estaremos cuidando de sua garota, como prometi. Só preocupa-se em melhorar.

Tinha que melhorar. DeMorga poderia saber exatamente quais eram os homens da pequena unidade, mas o que Blake sabia era ainda mais importante. Ele viu DeMorga. Ninguém mais o conhecia. A inteligência sobre o bastardo era escassa e as fotos, por isso sabiam, eram inexistentes. Mas Blake o viu. Podia identificar. Para isso, os Militares se assegurariam que Blake Morgan tivesse tudo o que quisesse. Inclusive a mulher que acreditava que ele estava morto.

 

Quatro anos depois

— Disse que a propriedade não está em venda, — Anna olhou fixamente a Charlie Austin.

Ele não era mais agradável agora do que foi três anos antes. Estava convencido de que era um presente de Deus para as mulheres e pensava que o mundo girava a seu redor e segundo seus desejos e necessidades. Não era muito mais alto que ela, uns poucos centímetros se muito. Anna sabia que sua expressão de buldogue e seus aquosos olhos cinza mostravam uma grande força que ficava bem escondida por seu corpo magro. Era polêmico e um valentão, e mantinha a seu lado a amigos muito maiores pelo que, no geral, conseguia o que queria. Não ia conseguir o que queria aqui.

— Anna, está sendo terrivelmente obstinada sobre algo que deram de presente — A olhava com lascívia. A expressão de seu rosto de cão sugeria que era algo mais que o pagamento pelos serviços emprestados.

Anna estreitou seus olhos sobre ele. Atrás dele, Beau Edwards a olhava misteriosamente, seu rosto largo e ossudo estava enrugado por sua própria cólera. Supunha que Charlie conseguia o que queria. Anna já o desbaratou de seus planos uma vez, fazia três anos, e agora o estava fazendo outra vez.

— Não importa como consegui Charlie, — disse brandamente. — Segue sendo minha. Cada centímetro. E não vai ter.

Blake disse ela receberia tudo o que possuía em caso de acontecesse algo naquela missão. O porquê, não sabia. Foi uma noite, nada mais. Uma noite incrível e assombrosa que ainda não podia esquecer. Possuía o rancho, mais de 80 hectares de terra e uma casa que poderia fazê-la vinte vezes mais rica se estivesse de acordo em vender. Nunca ia vender. Sobre tudo não a Charlie Austin.

Infelizmente, Charlie cada vez era mais insistente. Queria o rancho e não gostava de receber um não por resposta.

— Já sabe, — ele finalmente disse devagar. — A uma moça que vive aqui nos subúrbios absolutamente sozinha pode acontecer muitas coisas. Coisas más, Anna. Sua segurança é importante, já sabe.

Ela ouviu a ameaça de sua voz.

— Então será melhor que use uma armadura malditamente boa, — ela espetou. — Blake me deixou mais que a casa e a propriedade, Charlie. Também me deixou uma arma condenadamente boa. E sei como usá-la.

Charlie avermelhou. Anna pôde ver como a fúria mudava sua expressão.

— Não seja tola, Anna — Beau grunhiu então. — Seja boa.

— Beau, já não sou uma pessoa muito agradável, lembra? — Quis grunhir de fúria. — Agora saiam de minha propriedade...

— Pequena filha de... — Charlie deu um passo mais perto.

— Conforme parece, seu ouvido não anda muito bem.

Anna não sabia quem estava mais surpreso, ela, Charlie ou Beau quando o grande forasteiro saiu das sombras pelo lateral da casa. A ela mesma quase dá um ataque. Por um instante, durante um momento exaltado e eufórico, viu Blake.

Blake colocando entre ela e Charlie, suas amplas costas como escudo, seu corpo tenso, preparado para lutar. Tinha uma arma no cinturão, na pequena cartucheira das costas. Uma pistola grande, negra, que ela pensava se parecia com a que guardava em seu dormitório. No dormitório de Blake.

Então, o estranho virou para ela. A luz exterior projetou suas feições muito marcadas e de linhas duras com um claro alívio, destruindo a imagem para sempre. Não era Blake.

— Quem merda é? — Tanto Charlie como Beau se separaram rapidamente, seus olhos estavam entrecerrados, o ar era tenso.

— O homem do saco, — disse ele arrastando as palavras. — Seu pior pesadelo de merda se não arrastarem seus traseiros ao carro e saem cagando leite daqui. O que escolhem? Façam, agora!

Partiram. Amaldiçoando, murmurando ameaças e Anna ficou ali em silêncio. Olhando fixamente suas costas, lutando contra a dor e a fúria que a afligiu quando compreendeu que não era Blake. Os olhos eram os mesmos. Deus, os mesmos olhos escuros, atrativos e com longos cílios. Seus olhos eram do mesmo azul brilhante, intenso. Mas não era Blake.

Girou para ela devagar e Anna não pôde evitar dar um olhar com um desejo faminto. Seu corpo era mais magro, mas não menos forte e musculoso. Seu rosto mais anguloso. Em algum momento quebrou o nariz. Suas feições eram mais duras, mais selvagens. Os lábios de Anna tremeram.

— Sou Devon Morgan, senhorita Danvers. O irmão de Blake…

Anna sentiu como se fosse desmaiar. O irmão que Blake procurou com tanto esforço. Encontrou vários jornais que Blake guardou em umas caixas no porão. Leu com devoção, leu sobre seu esforço por encontrar ao irmão que se separou, para recuperar uma parte da família que perdeu sendo um menino.

Devon Morgan era o nome do irmão. Anna sentiu como sua garganta se apertava pela dor. Blake albergou muitos sonhos dentro de sua alma. Só para permitir que a morte o enganasse.

— Blake… — ela tragou outra vez. Não sabia se podia dizer as palavras.

— Sei — Blake inspirou profundamente. — Me inteirei ontem quando cheguei à cidade. Queria vir aqui — Agachou à cabeça, seus ombros estavam ainda mais tensos. — Queria ver se precisava algo. Talvez conversar um momento.

Anna assentiu e foi para trás.

— Por favor, entra — Tentou sorrir, mas tinha medo de que seu rosto se desmoronasse pela dor. — A casa de Blake sempre estará aberta para você, Devon.

Ele olhou o interior da casa surpreso. Parecia mais pálida, sua garganta estava tensa. Anna girou e olhou para trás, seu peito afrouxando ligeiramente quando o menino olhou enquanto passavam da entrada à sala de estar.

— Posso comer bolachas agora, mamãe? — Olhos azuis claros, pele bronzeada pelo sol e cabelo negro como o diabo. Devon Michael Morgan era a imagem do pai que nunca conheceu.

Ela girou para Devon Morgan.

— Entra Devon, e conhece seu xará, — disse brandamente. — O filho de Blake.

O filho de Blake. Seu filho. Blake não sabia se poderia falar. Não sabia se poderia mover. Moveu devagar pela casa, sua garganta estava fechada, seu peito ardia em chamas enquanto lutava contra todo seu ser que suplicava que contasse a verdade a Anna. Estava morrendo por dentro para deter a charada agora e retomar sua vida. Sua mulher. Seu filho. E não sabia. Mas, de ter sabido, teria terminado a missão? E agora que terminou o que conseguiu?

A casa mudou pouco desde que esteve ali a última vez. Tapete novo, mas o mesmo tom creme suave que escolheu a princípio. As paredes estavam recém-pintadas, com algumas sianinhas colocadas por debaixo dos tetos. Um padrão de bordado delicado de abundante verde. A casa cheirava a flores e a mulher. E a sala de estar estava cheia de brinquedos.

— Gosta de brincar com todos seus brinquedos juntos — Ela sorriu ao entrar na sala e pegou nos braços o menino.

Usava uma camiseta suave. Shorts. Suas pequenas pernas se agarraram ao redor da cintura de sua mãe enquanto o menino olhava fixamente a Blake, quase com medo.

— Chama Devon Michael, — então disse brandamente. — Vamos Mike. Blake escreveu em um diário que, se alguma vez tivesse um filho, queria chamar como seu irmão e seu pai — Anna acariciou a cabeça do menino. A dor encheu seus olhos quando, por fim, olhou outra vez.

Blake não podia sair de seu assombro. Mataria Ridgeway. Sabia que o Comandante era consciente do menino e não o advertiu. Seu filho.

— É bonito, — sussurrou. E era. Era perfeito. Olhos azuis e cabelo negro como os dos homens Morgan. Mas suas feições eram mais suaves por ser ainda um bebê e por parecer com sua mãe.

Era uma pequena imagem perfeita de todos os sonhos que Blake pensava que destruíram.

— Sim, é — Ela esteve de acordo, o orgulho de mãe ressonando em sua voz. — Estava a ponto de dar umas bolachas quando apareceram esses dois imbecis. Quer algo para comer? Fiz chili para o jantar e sobrou muito.

Ele assentiu. Maldição. Não podia articular palavra. Não podia encontrar uma forma de pôr em marcha o plano que programou com cuidado. Tudo o que podia fazer era olhar fixamente ao menino. Depois a Anna. Seu filho. Sua mulher.

Algo dentro de sua alma estava quebrando em pedacinhos. Esteve sozinha. Grávida. Estava criando um menino que sabia que não planejou e sem um pai. Como fez? Como superou todos os problemas que sabia que deve ter confrontado?

Blake a seguiu à cozinha. Seus olhos estavam fixos nos do menino até que ela o sentou sobre um dos bancos de respaldo alto e se moveu a geladeira.

— Vai cair — Ele se aproximou rapidamente ao banco, suas mãos quase tremiam enquanto o menino se movia no assento.

Anna virou surpreendida.

— Estará bem. Senta sempre.

Blake se sentou devagar em um banco ao lado do menino. Ainda não podia separar seus olhos dele.

— Quantos anos tem?

— Tenho três anos, — respondeu o menino. — Me chamo Mike.

— Não precisa que ninguém responda por ele — A risada de Anna era quente, talvez um pouco tensa. — Sinto o que aconteceu aí fora — Colocou uma tigela de chili nas micro-ondas. — Era Charlie Austin. Decidiu que o rancho de Blake seria uma agradável adição para ele. Comprou a propriedade do lado.

Austin. Ia ter que matar esse bastardo, pensou Blake. Deveria tê-lo feito antes de ir a aquela última missão.

— É meu papai? — A voz infantil do pequeno Mike enviou dor e cólera que alagou o sistema de Blake. Raiva. Tanta fúria que queria gritá-lo.

— Não, Mike — a voz de Anna era suave. — É o tio Devon. Lembra? Mamãe contou sobre o tio Devon. É o irmão de papai.

O menino a olhou, não compreendendo suas palavras.

— Ele sabe quem é seu papai — Anna olhou diretamente. — Não tinha fotos suas. ― Anna encolheu os ombros. — Parece com seu papai.

Ele era seu papai. Blake queria gritar as palavras. Queria gritá-las aos quatro ventos. Mas não podia. Sobre tudo não agora. O perigo era muito grande. Filho da puta, por que Ridgeway não o advertiu ao menos?

— É bem-vindo a ficar enquanto esteja aqui, — sua voz era tão suave e doce como a chuva do verão. — Há um quarto de hospedes. O Comandante Ridgeway me ligou ontem e me disse que o conhecia. Está bem. Não gosta de muitas pessoas. Não o esperava tão cedo.

Ao menos Ridgeway advertiu a alguém.

Blake comeu o chili, mas apenas o saboreou. Comeu bolachas de chocolate e leite com o menino, mas nem sequer podia dizer se estavam boas. Olhava seu filho. Seu filho. O menino não tinha muito cuidado, mas Anna era paciente e deu umas risadas enquanto o limpava e logo enviou a brincar com seus brinquedos.

O silêncio encheu o lugar enquanto ela limpava os pratos. Outra vez, ela era paciente, esperando. Dando tempo para esclarecer seus pensamentos.

— Não sabia do menino — no final disse Blake, sua voz era dura. — Eu gostaria de ficar algum tempo.

Blake não podia terminar seu plano anterior. Visitá-la quando pudesse. Seduzi-la. Ficar no motel. Ficar seu amigo e depois ser seu amante. Não agora. Não podia fazer isso. Tinha que ficar ali. Tinha que protegê-la. Proteger seu filho.

Anna girou para ele. Estava agarrando o pano de cozinha com mãos desesperadas, mas sua expressão era compreensiva. Gentil. Assentiu devagar.

— Prepararei o quarto de hospedes para você, Devon. Blake teria querido que ficasse.

O nome quebrou o coração. A expressão cuidadosa e impessoal de Anna traçou sua alma. Levantou devagar, o desejo estava lutando contra uma tempestade que percorria seu sangue, a raiva corroia suas tripas.

— Trarei minhas coisas. Te verei logo, Anna — Tocarei logo. Amarei logo. Reclamarei. Mas antes de voltar, ensinaria a Austin algumas coisas sobre maneiras.

 

Tinha um menino. Um menino de quem não sabia nada. Um menino que Anna deu a luz e criou durante os quase cinco anos que esteve fora. Apostava que o pequeno Mike tinha quase quatro anos. Não podiam faltar mais que uns meses. E era um menino forte e são.

Sua carinha rechonchuda era o mais inocente que Blake já viu alguma vez. Espessos cílios negros que caíam sobre suas bochechas, sua boca franzida, o punho apertado contra o peito de Blake enquanto dormia profundamente.

— Poderia tê-lo deixado em cima do sofá — Anna estava olhando da entrada da sala de estar, seu corpo exuberante apoiado contra o amplo marco da porta enquanto secava as mãos em um pano de cozinha. Limpar depois do jantar de Mike às vezes levava vários minutos.

Sua ardente cabeleira ruiva estava presa em um rabo-de-cavalo frouxo, seus olhos verdes eram serenos enquanto observava.

— Queria abraçar — Trocou o menino de posição em seus braços e se levantou. — Se quiser levarei para o quarto.

Anna levou a noite anterior. Frequentemente segurando o menino, levantando em seus braços e embalando em seu peito, apesar de que era um pequenino que pesava bastante.

Ela assentiu devagar antes de atravessar o quarto e dirigir ao vestíbulo que levava ao dormitório de Mike. Seu quarto era o sonho de um menino pequeno. Uma cama que era um carro de corridas, colocada muito perto do chão para evitar que o menino caísse da cama. Uma pequena zona de brincadeiras e uma televisão. Criações de Lego que mostravam mais imaginação que habilidade para construir edifícios. Na parede, ao lado da cabeceira de sua cama, havia sua foto tirada anos antes. Blake com alguns de seus companheiros, em uniforme de tarefa e rindo para câmara. Tiraram na base do Exército bem antes que voltasse para casa essa última vez.

Outras fotos, Blake de menino, solene e frequentemente desalinhado, cobriam a parede. As pequenas lembranças que guardou durante anos estavam colocados em lugares destacados por todo o quarto. Anna estava fazendo tudo para assegurar que seu filho soubesse quem era seu pai.

Seu coração cresceu em seu peito, quase não cabia nele enquanto deitava o menino na cama que já estava aberta e preparada. Anna agasalhou as mantas ao redor do menino vestido de pijama, beijou na bochecha brandamente, depois se levantou e observou.

— Parece tanto a Blake, — sussurrou ela tristemente então. — Todas as fotos de quando ele era um menino. Como uma miniatura dele — Havia muito amor e uma dolorosa perda em sua voz.

— Sim — Blake se forçou a estar de acordo. — Sim se parece.

Um sorriso apareceu em seus lábios então.

— Você também se parece muito a ele. A semelhança é assombrosa.

Blake engoliu forte.

— Sim. Também nos parecemos.

Maldição. Não sabia o que dizer, não sabia como aliviar a dor de ser quem era e ainda ser incapaz de dizer a verdade. Olhá-la fixamente nos olhos e dizer a verdade, ver reconhecimento, talvez desejo. Talvez amor.

Ela aspirou profundamente ao guiar fora do quarto, parando para acender o pequeno abajur da mesinha e apagar do teto. Blake notou que nunca corria riscos com o bebê. Sempre havia uma luz no caso do menino se levantar. O corredor tinha umas pequenas luzes em cada extremo que se mantinham acesas durante toda a noite. Em seu quarto, tinha uma luz acesa toda à noite. Pequena, tênue. O bastante tênue para que pudesse ver se Mike a procurava.

Anna se dirigiu à sala de estar, onde começou a recolher brinquedos e a empilhá-los em uma caixa colocada em uma das paredes. Movia com graça, sensualmente. Não havia nada que gostasse mais que olhá-la mover.

— Dava uma volta por aí enquanto esteve às compras esta tarde, — disse finalmente para encher o silêncio. — Encontrei o abrigo das ferramentas e o celeiro. Pensei em começar a limpar a grama, arrumar as coisas um pouco.

Ela se virou surpreendida.

— Não espero que trabalhe por ficar aqui, Devon.

Ele encolheu os ombros ligeiramente.

— Terá que fazer esse trabalho e posso fazê-lo. Tem uma boa terra de lavoura aqui, Anna. Algo de ganho daria um bom benefício durante o ano. Um jardim, talvez.

Blake viu como seus olhos brilharam durante um segundo, logo obscureceram enquanto sorria irônica.

— Não posso pedir que faça isso, Devon. Além disso, quando partir, não há forma de que me possa ocupar. Quando Mike comece a ir ao colégio, poderei conseguir um trabalho que faça as coisas muito mais fáceis.

Blake franziu o cenho. Não havia nenhuma razão para que tivesse que trabalhar.

— Blake não se ocupou de tudo isso? — Ele sabia que sim.

Anna sorriu ligeiramente.

— Muito. Mas é a herança de Mike, Devon. Não minha. Eu não estava… — Olhou o outro lado. — Blake e eu não estivemos juntos muito tempo. Eu… — encolheu os ombros. — É o futuro de Mike.

Blake trocou de postura inquieto discretamente o protesto que surgia de seus lábios. Maldição assegurou que não faltasse nada. Ele ganhou dinheiro, ocupou-se de seu futuro, e não esperava menos para seu filho depois de que chegasse à maioridade.

Ele pigarreou. Poderia falar com ela mais tarde. Não tinha nenhum sentido desgostá-la agora quando precisava que estivesse de acordo com o que queria.

— Não fará nenhum dano limpar a grama, arrumar os celeiros e os abrigos. Parecerá agradável de todos os modos.

Ela inclinou sua cabeça, seus olhos brilhando com humor.

— Aborrece.

— Não estou acostumado a não fazer nada — Blake encolheu os ombros ao tratar de rir com ela. — Eu gostaria de ficar um tempo, chegar a conhecê-la e ao Mike. Já que não me permitirá pagar as contas ou fazer a compra, ao menos posso fazer isto.

Foi sua primeira discussão. Ela ganhou porque ele cedeu. Os olhos da Anna brilharam pelas lágrimas, sua expressão abatida, como se, de algum modo, tivesse ofendido.

— Bem, — ela finalmente suspirou. — Só que lamento ver trabalhar tão duro quando não há nenhuma necessidade.

Os olhos de Anna brilharam com pesar. Sonhos perdidos. Frustração. Blake podia ver muito claramente. E viu algo mais. A traiçoeira piscada de seu olhar. Seu pau levantou enquanto olhava durante não mais de meio segundo antes que se virasse.

— Anna. Realmente eu gosto de trabalhar, — assegurou enquanto se aproximava dela, sentindo o calor de seu corpo ao pôr suas mãos sobre seus ombros, girando-a para que ficasse frente a ele.

Deus. Ia arder em chamas. Antes que ela pudesse esconder. Antes que pudesse afastar a necessidade de seus olhos, ele o viu. Um desejo ardente, confuso, agitado, que deixou tão condenadamente quente que fez tudo o que pôde para não empurrá-la no sofá e tomá-la nesse momento. Queria-a debaixo dele, quente e molhada e gritando seu nome. Queria fodê-la até que o horror e a dor dos anos passados se apagassem de sua mente e não houvesse nada mais que eles dois explorando.

Os lábios de Anna se separaram, com um ligeiro rubor em suas bochechas.

— Certo. Sim. Bem. Pode fazer, ― tremendo, mas não antes que ele visse os picos apertados de seus mamilos empurrando contra o tecido de sua camisa. — Agora vou para cama, Devon. Está em sua casa. Boa noite.

Anna estava fugindo dele. Devon refreou seu sorriso de vitória. Por agora, deixaria escapar. Não conhecia, não realmente, e queria mais que sexo quente, mais que o calor dela em sua cama. Queria tudo. Sua casa, sua vida, seu filho, mas ainda mais, queria sua mulher. Toda ela.

 

Blake pensava que poderia levantar antes que Anna, uma semana depois de chegar a casa. Todas as manhãs, ela já estava acordada e se movia pela casa muito antes que ele tivesse conseguido sair da cama. Era madrugador e poucas vezes dormia bem. Não esperou dormir tão profundamente como fez desde sua chegada, embora esperasse os sonhos extremamente eróticos que assediavam esse sonho. Sonhos de Anna, quente e molhada, sua doce boceta agarrando seu pau quando se inundava acaloradamente em seu interior. Seus gemidos sussurrando a seu redor enquanto bombeava dentro de sua apertada boceta, desesperado por derramar sua semente dentro e, ao mesmo tempo, aterrorizada, porque se fazia, a visão dela se desvaneceria como sempre ocorria.

Não despertou até as nove, quando ouviu sua suave voz dizendo algo ao pequeno Mike. As risadas enchiam a casa. As suaves risadas tolas do bebê e a doce voz de Anna. Ficou na cama durante longos minutos escutando, atraído pelos sons enquanto lutava para convencer a si mesmo que poderia reconquistá-la. Reconquistá-la como Devon, em lugar de Blake.

Blake abriu os olhos e olhou ao teto do quarto de hospedes. Maldição, deveria ter posto uma cama mais cômoda ali. Podia sentir o ligeiro afundamento do colchão, o vulto irritante das molas velhas. Seu pensamento naquele momento foi assegurar-se que qualquer que ocupasse esse quarto não ficasse muito tempo. Soprou ao pensar que com essa ideia, saiu o tiro pela culatra. Seus companheiros sempre advertiam que seu presente de falta de hospitalidade chutaria o traseiro algum dia. Este era o dia.

Pensar nos homens com quem lutou durante mais de dez anos fez que sorrisse. Homens duros, resistentes. E estiveram ali quando os necessitou nessa batalha. Apanhar DeMorga não foi fácil. Se não fosse pela unidade que ele conseguiu voltar a reunir, teria sido impossível. Mas acabou. O sujo bastardo estava morto e Blake deveria ter sido capaz de garantir a segurança de sua família com aquela morte. O que levou a assumir a identidade de seu irmão em uma aposta desesperada por voltar a introduzir-se rapidamente na vida de Anna.

Uma hora mais tarde, tomado banho e vestido e depois de estar sentado sobre a cama e ser chamando de dez tipos diferentes de covarde, levantou-se e se dirigiu para a porta. Encontrar a sala de estar foi bastante fácil.

— Anna, está certa de que é seguro? — parou bem antes da porta de sala de estar para ouvir a nova voz. Margaret Lawrence, a mãe de Anna. Sua voz era suave, com um tom de advertência enquanto perguntava a sua filha.

— É o irmão de Blake. Não vou jogá-lo à rua, — disse Anna firmemente, embora sem entusiasmo.

— Anna, está se aferrando muito a Blake, — disse Margaret com menos ênfase carinhoso. — Apenas conhecia e atua como se estivesse casada com ele durante anos.

— Mãe, por favor, — a voz de Anna era fria, firme. — Não enquanto Mike esteja aqui na sala.

— Por que não? — A voz de sua mãe era beligerante. — Pensa que não saberá? Quando crescer, Anna, não haverá nenhum modo de esconder como foi fácil. Apenas o conhecia.

— Deve ir para casa, mãe — A voz de Anna era fria, mas Blake ouviu a dor persistente em seu tom. — Devon se levantará logo e estou certa que quererá passar algum tempo com Mike.

— Anna, não deveria ficar aqui — Margaret perdeu qualquer intento de amabilidade. — As duas sabemos que, de algum modo, enganou o pobre Blake e, se suspeitar que comporte de forma indecorosa com seu irmão, tirarei Mike desta casa.

O silêncio encheu o ar agora. Blake apertou os punhos com fúria. Inteirou da atmosfera menos que carinhosa em que viveu Anna jovem, mas não entendeu completamente o alcance que chegava.

— Pode tentar outra vez, mãe, — Anna disse brandamente. — Pode tentar o que quiser, mas prometo que não terá Mike. Agora quero que vá e preferiria não voltar a ver durante um tempo.

— OH, voltarei, — soprou Margaret. — E não pense que não manterei um olho nas coisas…

— Mãe, parte agora — O que ouvia em sua voz eram lágrimas? Nesse instante, Blake se encheu de raiva.

— Possivelmente deva esperar…

Blake entrou na sala. Não se incomodou em esconder o fato de que esteve escutando a conversa, tampouco escondeu sua cólera. Margaret se levantou rapidamente, seus olhos abertos com medo enquanto Blake a olhava sem piedade.

— Ninguém levará este menino fora desta casa, — ele manteve sua voz baixa, mais que consciente do menino que brincava em silencio ao outro lado da sala. — Anna já não estará sozinha nunca mais, senhora Lawrence, possivelmente deva pensar nisso antes de fazer ameaças que não pode cumprir.

Os olhos de Margaret se estreitaram enquanto se levantava. Uns gélidos olhos verdes em um rosto perfeitamente esculpido que qualquer rainha do gelo teria invejado. Era a armação desolada de uma mulher sem piedade, nenhum carinho pela filha que teve.

Blake olhou Anna. Podia ver a dor em seus olhos, mas também a força que precisou para enfrentar sua mãe todos estes anos. Como devia ter enfurecido à mulher mais velha saber que já não podia controlar sua filha.

— Devon. Por favor — Anna olhou Mike. — Minha mãe já vai. Não é assim, mãe?

Margaret soprou com ira.

— Pensar como consolei quando o pobre Blake morreu. Como ajudei com o advogado e apoiei. Não tem nenhuma lealdade, Anna.

— Tenho tudo o que necessito, — Anna suspirou. — Avisa a papai de minha parte quando vir, mas acredito que será melhor que se mantenha longe durante um tempo.

Os olhos de Blake se estreitaram. Um tempo? Seria melhor que a bruxa nunca voltasse a pôr um pé nessa casa. Estava a ponto de dizer o que pensava em voz alta quando Anna rapidamente sacudiu a cabeça, como se fosse consciente do que ia dizer.

— Por agora — Margaret se ergueu de forma enrijecida. — Mas lembra do que disse Anna. Não me renderei à próxima vez.

Saiu da sala pisando forte, segundos mais tarde, a porta se fechou de repente atrás dela.

— Quer me explicar isso ― Blake perguntou a Anna com cuidado.

Ela suspirou cansada, passando seus dedos por sua longa cabeleira enquanto olhava para Mike antes de dirigir à cozinha.

— Farei café.

— Não pedi café, — lembrou. — O que está acontecendo, Anna?

Ela encolheu os ombros com fria normalidade.

— Blake deixou muito dinheiro, assim como este rancho e algumas ações muito lucrativas. Minha mãe acredita que pode ocupar-se da herança de Mike melhor que eu. Ela ou Charlie Austin, — sua voz cheia de repugnância.

— Brinca? — Agarrou-a pelo braço, girando-a enquanto olhava surpreendida. — Esse idiota que vi fora ontem à noite? Realmente quer vê-lo com você?

— Esse idiota é o filho de sua melhor amiga — encolheu os ombros enquanto soltava de seu agarre. — Esteve me pressionando com isto desde que era uma adolescente. Ficou furiosa quando averiguou que Blake ia se casar comigo e havia me trazido aqui depois que Charlie me atacasse uma noite. Pensei que ia ter um enfarte quando disse que me casei com ele.

Blake pôde ver que não foi fácil contar essa mentira. Era a mentira que disse que contasse. A mesma que se assegurou que seu advogado incluíra na documentação e que assinou diante do Juiz de Paz local, que, curiosamente, resultou ser seu irmão. Blake estava aterrorizado de que algo acontecesse e deixasse Anna desprotegida.

Anna fez café enquanto falava, tratando de esconder o tremor de suas mãos, mas não havia nenhuma forma de esconder os grãos de café que caíram sobre a bancada de mármore.

— Então? — Blake a pressionou mais.

— Quando chegaram às notícias de que Blake morreu, estava eufórica. Sabia que estava tomando pílula e pensou que poderia passar diretamente por cima de mim para conseguir o que Blake tinha — encolheu os ombros. Sua voz era fria, clínica. — Quando me inteirei de que estava grávida, quase teve um ataque. Não podia acreditar que Blake fizesse planos para ocupar-se de mim, por não falar de uma criança. Não acredito que chegue a perdoar alguma vez por isso.

Embora de forma resumida, Blake ainda descobriu muito mais. Fez uma nota mental de ligar para o advogado mais tarde e ver exatamente como estavam às coisas com os Danvers e sua filha.

— Quando tentou levar Mike? — Ele tratou de impedir de parecer duro, mas ela não estava respondendo as perguntas como queria.

Anna encolheu os ombros.

— Tentou duas vezes. Estive muito doente depois de Mike nascer. O advogado interveio e contratou uma enfermeira para me ajudar, mas minha mãe ainda apresentou uma petição para obter sua custódia. Não conseguiu. Faz aproximadamente um ano, averiguou que publiquei vários livros. Apoiando-se no conteúdo desses livros, tentou outra vez.

Graças a Deus, Anna se manteve de costas a ele. Blake a olhava fixamente em estado de choque e sabia. Anna. Uma escritora?

— Que problema havia com o conteúdo? — Não podia imaginá-la escrevendo algo que fizesse que sua mãe tentasse tirar seu filho.

Seus ombros esticaram enquanto resmungou algo.

— Não ouvi — Ele a olhou com cuidado enquanto ela virava.

Seus olhos verdes brilharam quase com ira dentro das feições ruborizadas de seu rosto.

— Escrevo romance erótico, — declarou ela claramente então. — Muito explícito frequentemente romance erótico muito polêmico. Decidiu que, se eu escrevia, então praticava e tentou me separar de Mike apoiando-se nisso.

Se ela dissesse que era a assassina da tocha não se surpreenderia tanto. Blake observou esse rosto inocente, seus olhos verdes escuros e lembrou como era virgem na parte de trás de seu Mustang, e quase goza em seu jeans. Pigarreou.

— Posso ler? — Merda, não sabia que mais dizer. Pensar em ler suas fantasias eróticas fazia seu pau tão duro que teve que esconder-se atrás do balcão para evitar que visse estirando seu jeans.

Anna ficou como um tomate, como seu cabelo, e parecia tão fodidamente inocente que não podia imaginar que escrevesse algo como para que possivelmente alguém pudesse pensar que não era uma mãe decente.

Ela encolheu os ombros nervosa.

— Não posso evitar que faça.

Ele esperou ansiosamente enquanto ela se virava, agarrava as xícaras de café, o açúcar para ela, as colheres. Blake podia ver que não podia deter os tremores que percorriam seu corpo.

— Então, que pseudônimo usa? — Encontraria se tivesse um computador portátil, pensou com uma sensação de selvagem antecipação.

Ela pigarreou.

— Anna Dane.

— Assim que seus romances indignaram a sua mãe? — Ele se sentou no balcão enquanto ela dava a volta e colocava sua xícara de café.

Anna encolheu os ombros outra vez.

— A ela e a outras pessoas.

Blake podia ver que isto a feria e envergonhava. E o confrontou sozinha. Ele sabia. Antes de voltar a entrar em sua vida outra vez, assegurou de que Anna não tivesse encontrado outro amante. Não queria que sofresse mais, nem desejava que perdesse algo mais do que já perdeu por sua culpa. Mas não sabia nada dos intentos de sua mãe de separar de Michael. Ia ter uma longa conversa com o Comandante Ridgeway e com o advogado.

Olhou-a enquanto ela bebia o café, com a cabeça abaixada, rechaçando olhar nos olhos, como se esperasse sua condenação.

— É uma mulher linda, Anna, — disse brandamente então. A mulher mais linda que já conheci. — O que escreve ou que faz, sem importar como faz, não é um reflexo de como é mãe. Mike é feliz e está são e não posso imaginar tendo orgias em casa, assim que o que a faz pensar que pode usá-lo para levar Mike?

Ela suspirou e então levantou seu olhar.

— Porque tem as conexões e o dinheiro para levar a cometer um só engano. Esse é o como. Poderia perder Mike e tudo o que Blake sacrificou em sua vida para assegurar-se que tivéssemos. Mas não fingirei que estou morta por ela, nem por ninguém. Nem pela memória de Blake nem pela avareza de minha mãe. E se espera algo diferente, então ficar aqui poderia não ser uma boa ideia. Pode encontrar os livros no último quarto ao final do corredor, na biblioteca. Lê tudo o que queira.

— Anna — Blake a parou quando tentou sair da cozinha. Sua mão foi para seu braço, sua suave pele estava quente sob seus dedos. — Não preciso ler os livros. Não preciso conhecer o que escreve nem o porquê. E é malditamente bom que não morresse com Blake, porque esta ereção seguro como o inferno não se deve a uma mulher morta. E não é por uma escritora. É por uma moça linda, muito malditamente inocente que me deixou sem respiração assim que a vi. E me assegurarei muito de que qualquer um que venha a levar o que é seu o pense duas vezes. Prometo isso.

 

Provocou uma ereção. Anna escapou da cozinha tão rápido como foi humanamente possível, pegou Mike nos braços e saiu ao pátio detrás com a esperança de poder compreender as emoções contrárias que açoitavam seu corpo.

E não mentiu. Deu uma olhada a sua parte inferior, viu crescer a dura ereção debaixo de seu jeans e não pôde deter seu desejo. Ninguém a havia tocado desde Blake. Sua sexualidade, seus hormônios estiveram em hibernação, exceto pelas fantasias eróticas que permitia cobrar vida em seu computador portátil. Fantasias que, frequentemente, faziam-na ruborizar ao escrever, mas que a faziam vibrar pelo desejo. Infelizmente, não encontrou a ninguém com quem pudesse considerar dar rédea solta as suas fantasias. Até Devon. Na escura solidão de sua cama, o amante de seus sonhos por fim tinha um rosto. E era Devon. Devon dominando-a, movendo-se entre suas coxas, inundando-se duro e rápido em sua boceta enquanto suplicava que permitisse gozar, mas ele não o permitia.

Esforçou em tranquilizar a um palpitante coração enquanto observava brincar com Mike na gaveta de areia protegido e no balanço que seu pai instalou esse verão. Era um bebê muito bom. Brincalhão e risonho e ainda disposto a brincar sozinho quando tinha que fazer. Não tinha raiva e quase nunca chorava. E era todo seu mundo.

Teria deixado de escrever se acreditasse que prejudicaria seriamente a suas possibilidades de ficar com seu bebê, mas o advogado assegurou que não havia nada que fazer. Apesar do fato de que o juiz era primo de sua mãe e o condado onde vivia não aprovava o que escrevia, até agora, seu conselho foi acertado. Rejeitou cada intento.

Anna sacudiu a cabeça. Não estava segura do por que o tolerava. Ganhava dinheiro suficiente para poder ir de Grayson. Poderia ter começado de zero em alguma outra parte e ter mantido o rancho para quando Mike fosse maior. Mas não podia fazer. Blake construiu a casa e se ocupou da terra para a família que ansiava ter. Para os meninos com os quais sonhou. Não podia afastar-se desse sonho. Não podia afastar de suas lembranças de Blake e do calor que encontrou.

Deus, o amou. Cruzou os braços sobre o peito enquanto seu coração se queixava. Esperou tanto tempo para poder estar com ele. Cada dia esperou e temeu que encontrasse a alguém mais, que amasse a alguém mais antes que ela fizesse dezoito anos. Aquela noite foi um sonho realizado. Cada toque, cada suspiro, cada gemido masculino foi um tesouro. Sua morte quase a destruiu.

E, agora, aqui estava Devon. Não se parecia muito a Blake. Suas feições eram muito duras, sua estrutura óssea mais selvagem. Havia certo parecido, mas isso era tudo. Devon era mais duro, de algum modo mais frio, embora não houve nada frio nele quando declarou seu desejo por ela.

— Anna, vou ao celeiro para ver como está — Anna se sobressaltou quando ouviu sua voz a suas costas. — Perguntava se estaria de acordo que levasse Mike comigo. Só vou dar uma olhada, ver como está tudo.

Anna se levantou da cadeira olhando fixamente com os olhos muito abertos.

— Por que? — Anna não foi ao celeiro durante anos. — Haverá muito mato. Poderia haver serpentes.

Blake fez uma pequena careta cômica.

— Irei no Jipe. Só quero dar uma olhada. Não há problema.

Anna umedeceu os lábios, nervosa.

— Dev… — Mike correu para ele.

Anna viu como seu rosto se relaxava enquanto levantada o pequeno em seus braços. De repente, sua expressão se transformou, suavizou, algo intenso e possessivo brilhou em seus olhos ao olhar o menino.

— Brinca, — Mike exigiu enquanto agitava sua pequena pá de plástico para Devon. — Tenho areia.

— Claro que sim, homenzinho, — Devon reconheceu solenemente. — Por toda parte.

Mike riu e pôs sua cabeça contra o ombro de Devon, olhando fixamente Anna com um sorriso.

— Quanto tempo estará fora? — Uns minutos a só poderiam vir bem.

Devon encolheu os ombros.

— Não mais de uma hora. Levo meu celular e deixei o número anotado ao lado do telefone da cozinha. Pode me ligar se ficar preocupada.

Anna trocou sua postura insegura.

— Não confia em mim, Anna? — perguntou brandamente.

— Confio em você, — suspirou. — Mas o celeiro é velho…

— Não é tão velho. Tire uma sesta, ou nada um momento — Blake deu uma olhada à piscina atrás dos brinquedos do Mike. — Voltaremos logo.

Ela assentiu então. Quando Devon virou, sufocou um gemido. Deus santo tinha um traseiro para morrer. Resistente e duro e arredondado como um sonho. Poderia olhá-lo andar todo o dia. Apertou os dedos diante do impulso repentino de afundá-los na provocadora carne masculina e provar o músculo flexionando-se.

— Tome cuidado, — disse enquanto desapareciam pela lateral da casa.

— Sempre, — respondeu ele, olhando sobre seu ombro, com um brilho de maliciosa risada em seus olhos. — Até mais tarde, querida.

Anna lambeu os lábios antes de olhar para a porta e ir ao fresco interior da casa. Um bom momento para seu consolador? Definitivamente.

 

Quanto tempo mais poderia estar afastado dela? Blake observava o anoitecer enquanto Anna passava o momento na cozinha, seu elegante corpo magro, sensual. Deus, quantas vezes fantasiou sobre isto? Olhando-a mover-se por sua casa, fazendo as pequenas coisas que fazem as mulheres para obter que a vida seja o paraíso.

Anna formava parte dele. Não podia tirar os laços com os que os prenderam fazia tanto tempo. Uns laços que estavam envoltos ao redor de seu coração e de sua alma e que fizeram que estivesse acordado e dolorido, atormentado de forma incrível enquanto se esforçava por encontrar um modo de apanhar DeMorga. Esteve tentado a ligar a cada minuto, de ir a ela. Cada segundo era um aviso do perigo em que a colocaria se fazia assim.

E agora? Olhava como bebia a goles uma xícara de café antes de voltar para a mesa da cozinha e computador portátil que estava colocado ali. Mike brincava tranquilamente com um pequeno caminhão que tinha a seu lado, de vez em quando olhava um dos poucos desenhos animados que Anna permitia ver.

Anna estava escrevendo. Blake engoliu forte. Cometeu o engano de escolher um de seus livros antes e folheá-lo. Sua ereção não diminuiu após. Estava totalmente ereto, engrossado e perigosamente excitado.

O título da história era “His to Take" . A intensidade sexual da história era explosiva. Uma jovem inocente e um extraterrestre decidido a tomá-la. Blake engoliu forte. O herói também a tomou. De forma que provocaram que, agora, os dentes de Blake se apertassem pelo desejo.

Tratavam das fantasias de Anna? O destino, de algum modo, deu há anos uma mulher que faria realidade cada uma de suas fantasias sexuais enquanto envelhecesse. Uma mulher que poderia satisfazer seus desejos, e que o obteria.

Olhou-a outra vez. Seu rosto estava um pouco avermelhada, seus olhos se estreitavam enquanto escrevia. Estava excitada? Sacudiu a cabeça, incapaz de olhá-la, morrendo lentamente pelo desejo que comia vivo.

Observando seu filho, um sorriso apareceu em seus lábios. Mike ficou adormecido rapidamente, encolhido ao lado de Blake, o caminhão de brinquedo agarrado com firmeza em suas pequenas mãos.

Sacudindo a cabeça, agarrou nos braços o menino e se dirigiu ao corredor. Era consciente de Anna, que olhava surpreendida, deixando de teclar no notebook.

Girando, Blake cabeceou para o note.

— Termina o que está fazendo. Agasalharei-o por você.

Anna franziu o cenho, como se, de algum modo, não estivesse segura de permitir fazê-lo. Sentiu o que estava tramando? Blake virou e dirigiu ao quarto do menino. Não importava se sabia. Estava em casa. Esta era sua família. Sua mulher e seu filho. E que condenassem se abandonava agora.

Um momento depois, com Mike deitado e a televisão desligada, Blake passeava pelo pátio detrás. O silêncio da noite ali sempre acalmava. As estrelas que brilhavam no aveludado céu escuro pareciam estar o bastante perto para estender a mão e as pegar. No bosque a seu redor ressonava a vida noturna e apaziguou a agitação de seu interior que não sabia que existisse até que retornou.

Este era seu lar. Seu mundo. Estabeleceu aqui com uma fome de paz e encontrou muito mais do que alguma vez esperou. E agora…

Suspirando profundamente, sentou-se no balanço acolchoado da varanda e contemplou a escuridão. Havia voltado para reclamar sua mulher e também encontrou um filho. Seu desejo por Anna estava comendo vivo, mas não com mais intensidade que sua culpa. Pensou que deveria dizer a verdade. Deveria dizer o que aconteceu, por que esteve longe e os perigos que temeu que seguissem se revelava sua identidade.

Era sua família. Como esconder a verdade a sua família, à mulher que ama mais que à vida mesma?

— Devon?

A voz suave de Anna fez que girasse devagar a cabeça para as portas trilhos. Estava rodeada pela luz débil do interior da casa, seu corpo magro perfilado com um halo de ouro.

A lembrança da primeira vez que tomou voltou de repente para seu cérebro. Na garagem, seu corpo colocado sobre a lateral do carro enquanto ele empurrava dentro de sua apertada boceta. Não conteve o estremecimento pelo prazer recordado. Ela estava molhada, tão malditamente molhada que foi como deslizar por xarope quente e seda ultra-apertada.

— Sinto — Blake respirou profundamente. — Só estava desfrutando da noite.

— Parecia preocupado — Anna se sentou na cadeira frente a ele. Tentando.

Blake se perguntou o que faria se ajoelhasse diante dela e rasgasse a camisa antes de devorar seus pequenos mamilos duros. Maldição, sua boca se enchia de água por saboreá-la.

— Devon? — Anna perguntou outra vez.

Blake pigarreou, compreendendo que, possivelmente, ficou olhando muito fixamente seus seios.

— Sim?

— Está tudo bem? Esta tarde se comportou de forma estranha. Está cansado de estar por aqui?

— Cansado do que? — Então, ele sacudiu sua cabeça confuso. — O que faz pensar isso, Anna?

— Bom, não sei, Devon, — ela replicou rapidamente. — Poderia ser pela forma que esteve rondando pela casa como um animal enjaulado nas duas últimas noites. Lamento ter perguntado.

Anna levantou rapidamente. Ia partir. Ia deixa-lo de noite sozinho com uma ereção que estava matando e seu aroma em sua cabeça. Não pensava o mesmo.

— Não vá — Então, Blake se levantou.

Só queria atrasá-la. Não pretendia encurralá-la contra a lateral da casa, disso estava seguro. E realmente não pretendia pressionar seus quadris contra os seus. Mas fez, e a insinuação de suavidade entre as camadas de roupa estava deixando louco.

— Estou ficando louco, — sussurrou ele diante de sua expressão surpreendida. — Sente como estou duro Anna. Estive assim desde o primeiro dia que cheguei aqui. Estou tão desesperado por foder que não posso respirar.

Sua afogada respiração fez que seu peito se levantasse, pressionando o peito de Blake, fazendo que seu olhar fosse para baixo.

— Vou tocar a não ser que saia correndo agora mesmo como alma que leva o diabo, — grunhiu Blake. Não podia conter. Que Deus o ajude, era um homem desesperado. — E uma vez que comece Anna, não poderei parar.

— Devon… — olhou, surpresa, quase aturdida, seu rosto pálido brilhante pela luz que saía da casa.

Anna se agarrou a seus braços enquanto a segurava pelos quadris, mantendo-a junto a ele. Os pequenos movimentos que Ana fazia, para aproximar ou afastar dele, estavam deixando louco.

— Anna, me deixe beijar — Ela paralisou quando Blake baixou a cabeça e sussurrou as palavras em seu ouvido. — Deixe provar, antes que enlouqueça pela necessidade.

 

Ana sentiu os lábios de Devon em sua orelha, sussurrando uma necessidade que trovejava tão duro e tão quente por sua corrente sanguínea que se fazia impossível lutar contra ela. Queria seus lábios sobre os seus, queria sentir o beijo que tentava seus sonhos desde a primeira noite que dormiu em sua casa. E isso a aterrorizava.

Não sentiu uma excitação como esta desde Blake. Anna fechou os olhos, vendo seu rosto sorridente, seus olhos, tão parecidos com os de Blake. Mas seu toque foi tão decidido? Alguma vez conheceu uma fome como a que agora rodeava a ela e Devon?

Quase ofegava pela necessidade de que a beijasse. O desejo de sentir seu corpo duro e quente, tenso pelo desejo enquanto tomava.

Anna não pôde evitar os gemidos de desejo que escapavam de sua garganta enquanto Blake enroscava os dedos por seu cabelo, mantendo-a imóvel, sua cabeça levantada.

— Mas é linda, — murmurou ele, sua voz escura e rouca. — Assim é como sonhei, Anna. Olhando-me assim, seus lábios úmidos e separados esperando meu beijo. Deixe-me provar, neném, antes que a necessidade me mate.

OH Deus, só estava falando. Sua voz era baixa, mas vibrava pela luxúria e sua boceta ardia por ele.

— Desejo, Anna.

Ela estremeceu quando seus lábios tocaram os seus, as palavras palpitando contra eles.

— Abre…

OH Deus. Anna não podia respirar, não podia inalar suficiente ar enquanto seus lábios se separavam ainda mais para ele.

— Assim, neném. Shhh isso é — Blake a acalmou brandamente enquanto sua língua percorria seus lábios com a carícia mais leve. — Estou aqui.

Blake. Sua voz era a de Blake, mas seu beijo era puro calor carnal e intenção lasciva. Seus lábios cobriram os seus, sua língua pressionava sua boca enquanto ela gemia por sua posse.

Como se esse frágil som fosse tudo o que Blake estava esperando, suas mãos deslizaram por debaixo de seu top, umas a suas costas, a outra a sobressaltou quando pesou o peso de seu seio. Enquanto isso, seus lábios se moveram sobre os seus, enviando labaredas que não sabia que existiam dentro dela, enviando ondas de calor e sensações esmagadoras que foram diretamente ao doloroso vazio de sua boceta.

Sua cabeça caiu para trás quando a aproximou ainda mais, sem deixar nunca a posse de seus lábios enquanto seus dedos se fechavam em um duro mamilo.

A eletricidade atravessou o sistema de Anna, sensibilizando suas terminações nervosas e sobrecarregando seu corpo com tanto prazer que podia sentir como se debilitava, cantarolando sua fome em seu beijo enquanto liberava os frágeis fios de seu controle.

— Deus sim! — Blake separou os lábios dos seus, indo para trás só o suficiente para tirar a camisa e atirá-la de qualquer modo ao chão da varanda.

Pareceu que o tempo parou. Blake olhou os pálidos montículos, acariciando com as mãos com reverência, umedecendo os lábios enquanto Anna olhava aturdida, muda de assombro pela luxúria entre eles que cada vez era mais alta, mais quente.

— Não vou poder parar, — sussurrou ele levantado seu olhar para ela, às escuras profundidades sombrias e afligidas. — Me ouve Anna? Se isto balança mais, não poderei parar. Se quiser que pare, diga agora, neném. Por favor.

Parar? Se parasse agora, morreria da necessidade que açoitava seu sistema. Anna baixou as mãos até o fecho de seu jeans ajustado, seu olhar fixo nele enquanto os afrouxava lentamente.

— Desejo você, Devon, — sussurrou ela então, incapaz de negar o desespero que percorria seu corpo. — Por favor, não pare.

Soltou o fecho dos jeans, o zíper baixou sobre a grossa ereção que pulsava debaixo. Devon ficou imóvel, sua expressão atormentada, excitado enquanto a olhava com uma pergunta silenciosa.

Os lábios de Anna tremeram pela crescente luxúria e a emoção que podia sentir elevando-se entre os dois.

— Não vou… — Ela tragou forte. — Não desde que Blake…

— Shh — pôs um dedo sobre seus lábios, sua garganta engolia desesperadamente enquanto Anna acariciava a cueca de algodão que abraçava seu pau com carinho. — Não existe o passado, — sussurrou. — Só nós. Só isto, Anna. Deixe-me dar isto. A cama? — perguntou então.

Anna se perguntou se poderia esperar tanto tempo.

— Aqui, — murmurou ela. — Sob as estrelas, Devon. Nunca fiz amor sob as estrelas.

Essa era uma de suas maiores fantasias. No exterior, selvagem e livre com a noite sussurrando a seu redor. E Devon não ia dar a possibilidade de mudar de opinião. Antes que pudesse dar conta, já desabotoou os jeans e estavam sobre seus quadris, agachando diante dela, levantando primeiro uma perna e depois a outra para tirar. Esperava que a deitasse na varanda. Que a deitasse sobre a suave madeira e se colocasse entre suas coxas, não esperava o que fez depois.

Blake estendeu suas pernas devagar, seu olhar fixo na suave carne nua de sua boceta.

— Está molhada para mim, — sussurrou ele, soprando seu fôlego sobre a quente pele em uma carícia que a fez ofegar. — Tão molhada e tão suave. Nada é tão lindo como isto, Anna.

Ela gritou quando seus dedos se moveram devagar pela estreita fenda, separando as dobras de carne, enviando ardentes sensações por sua matriz enquanto a acariciava.

— Devon — Anna segurou os ombros de Blake desesperadamente. — Não acredito que possa suportar…

— Se agarre a mim mais forte, querida, — ele voltou a sussurrar. — Quero bem assim. Bem assim, Anna, enquanto tomo a sobremesa. Perdi isso esta noite. Lembra?

Seu grito rompeu a calma da noite. Uma mão a manteve imóvel enquanto dava um beijo tão demolidor que Anna se perguntou se sobreviveria. Sua língua rodeou seus clitóris, esse pedacinho de carne torcida enviou ondas de prazer tão destrutivas por seu corpo que estava tremendo.

Lambeu-a e a acariciou, gemendo contra as molhadas curvas enquanto saciava sua necessidade. Sugando seu clitóris com a boca, conseguiu que gritasse seu nome com um desejo descarado, inclinando os quadris, respirando no banquete lascivo no que participava.

— Deus. Devon. Devon por favor, — repetia seu nome enquanto se movia mais abaixo, sua língua diabólica fazendo estragos em seu sistema nervoso ao aproximar-se com passo seguro ao desconsolado centro de seu corpo.

Fazia muito tempo. Os brinquedos não importam os avançados ou os perfeitamente desenhados que fossem nunca poderiam substituir a um homem que sabia como excitar o corpo de uma mulher. Quando seus lábios cobriram a entrada de sua boceta e sua língua lentamente, muito malditamente devagar, penetrou a carne dolorida, Anna perdeu todo o controle. Explorou em um orgasmo que a impressionou, aterrorizou-a e a deixou ofegante enquanto começava a inundar sua língua em seu interior, montando-a através da explosão, bebendo o calor e a umidade que derramava até seus lábios.

As estrelas desceram do céu e explodiram ao redor de Anna. Brilhante, ensurdecedor, seu poder corria por suas veias enquanto o profundo grito da liberação quebrava a noite. O calor e a magia a rodearam, seu corpo palpitou com as explosivas ondas de sensações e tremeu em seu agarre enquanto ele ainda bebia de seu úmido calor.

— Merda. Anna — Se separou só para recolher a almofada do balanço e colocá-lo no chão da varanda antes de empurrá-la sobre seus joelhos e incliná-la em uma posição que a deixou vulnerável, aberta para ele, de uma forma que ela nunca imaginou.

— Não quero fazer mal — Blake se colocou atrás dela, levantando seus quadris para ele enquanto sentia a ampla cabeça de seu pau contra as dobras de sua boceta.

Respirava duro, forte, suas mãos se apertavam sobre as curvas de seus quadris enquanto se colocava firmemente.

— Anna. Querida…

Anna manteve a respiração quando começou a estirar sua carne. Um calor abrasador a marcou com sua excitação enquanto seu pau trabalhava devagar para estirar os músculos apertados que estava reclamando lentamente.

— Devon, — ela gritou seu nome com assombro, em zelo, quando a cabeça de sua ereção a encheu.

— Está tão fodidamente apertada, Anna — Se deixou cair sobre ela, suas coxas abraçando as suas enquanto seus quadris trabalhavam a longitude dura de carne mais profundamente em seu interior. — Tão quente e apertada, neném. Sim, OH merda sim, neném, tome.

Sua voz era rouca, as palavras duras, mas só aumentaram sua própria excitação, levando-a a empurrar para trás, a gemer com o crescente prazer enquanto seu corpo aceitava.

Isto era o que ela precisava. Um prazer e uma dor que a queimou até a alma enquanto Devon enterrava seu pau duro como uma pedra nas mesmas profundidades de sua boceta faminta.

— Sim, — gemeu ela ao sentir toda sua longitude em seu interior, palpitando contra a vulnerável malha e as sensíveis terminações nervosas enquanto ambos lutavam pelo controle. — Agora, Devon. — Não podia esperar. Estava em chamas. A necessidade de culminar uivava por seu sistema, agarrando sua matriz. — Foda-me agora, — gritou, movendo-se contra ele para ouvir gemer em seu ouvido. — Agora, Devon…

Anna não esperava o que ocorreu depois, mas tampouco ia protestar. Estocadas duras, longas que foram aumentando o ritmo. Seu pau empurrando em seu interior, o som da úmida carne quente e dura ressonando a seu redor enquanto a fodia com poderosas e fortes estocadas. Sua voz estava quebrada, rouca, elogiando o apertado ajuste, as palavras quentes e desesperadas que saíam de sua garganta enquanto dava tudo o que pediu e mais.

Os dedos de Anna agarraram a almofada que estava abaixo, seus quadris inclinando-se para trás, tomando mais profundo. Devon esticava seus dedos apertados sobre seus quadris e cada impulso aumentava a intensidade de seu prazer ainda mais. Estava excitada, voando, ia explorar…

— Devon — tentou gritar seu nome, mas não podia fazer mais que gemer enquanto seu orgasmo a sacudiu. Estava flutuando, jogada em um novo mundo estranho de prazer e sensações exigentes, cada terminação nervosa de seu corpo começou a ressonar com a liberação.

Ao longe, ouviu-o gemer, sentiu-o gozar sobre ela, seu corpo tremendo, a sensação do sêmen quente saindo a jorros em seu interior, aumentando sua liberação, prolongando-enquanto ambos se derrubavam juntos, fracos e tremendo pelas sequelas.

 

Como ocorreu? Anna olhava o teto em cima de sua cama, franzindo o cenho confusa enquanto contemplava a situação em que se encontrava agora. Devon dormia a seu lado. Seu corpo grande e forte estava relaxado, sua respiração profunda e forte. Seu braço colocado por cima de sua cintura como se a ancorasse no lugar.

Isto não era o que esperou. Era mais do que nunca poderia ter imaginado, mas era mais confuso do que esperava. Era o irmão de Blake.

Mordeu o lábio diante desse pensamento, pensando nas estranhas emoções que a enchiam. Não sentia nenhuma culpa. Não deveria sentir-se culpada? Ao menos, não deveria preocupá-la que estava se apaixonando pelo irmão de Blake? O irmão que ele procurou durante tanto tempo e que nunca encontrou?

Anna girou a cabeça devagar, com cuidado de não incomodar, e observou as feições escurecidas de seu rosto. Seu cabelo negro caía sobre a testa e deveria suavizar os ângulos duros, dando a sua expressão um aspecto mais relaxado. Em troca, isto fazia que parecesse mais escuro mais perigoso.

Deu a volta, lutando contra a dor repentina de seu peito. Não ia permitir. Não ia deixar que esse pensamento se intrometesse.

Parecia muito a Blake.

Estremeceu. Lutou contra essas emoções que a feriam como uma faca afiada e que desvelavam a confusão que fervia dentro de sua alma.

Não era Blake. Uma dor dilaceradora bateu seu coração. Blake se foi e nunca ia voltar. Estava morto e enterrado e pensava que seu coração morreu com ele. Mas, agora, podia senti-lo despertando, podia senti-lo ardendo e tinha medo dela e de suas emoções, agora mais que nunca.

— Para — Sua voz a assustou e virou para ele antes que pudesse esconder a lágrima que caía devagar por sua bochecha.

Ela pigarreou, girando sua cabeça no travesseiro para tentar esconder a traiçoeira umidade enquanto se esforçava por encontrar certa aparência de controle.

— O que? — a voz de Anna era rouca e rezou para que ele achasse que era pela sonolência mais que às lágrimas.

— Deixa de sentir culpa, Anna, — disse ele com suavidade, enquanto se apoiava sobre o cotovelo, e a segurava com seu braço. — Não tem que sentir culpada de nada, neném.

Era certo isso? Podia ver que ele sim parecia culpado. Via em seus olhos ao olhá-la. Inclusive na escuridão, podia ver um vislumbre de suas emoções. E sabia que ele também parecia culpado.

—Se foi — Ela sacudiu a cabeça, tentando levantar-se da cama, afastar-se dele o bastante para poder dar sentido às emoções que agora a atormentavam. — Sei que foi. Não me sinto culpada.

Seus sentimentos por Devon não se pareciam em nada ao que sabia antes, mas estavam tão entrelaçados com seu amor por Blake que não podia separar os dois. E isso a estava destroçando.

— Anna — Era a voz de Blake. A suave voz de Blake dizendo seu nome.

— Deus, isto foi um engano — Anna tratou de afastar, de ignorar a ternura em seu rosto, a ereção que pressionava contra sua coxa. — Sinto Devon. Sinto muito. Pensei que poderia fazer…

— Querida, não — Blake a manteve imóvel, uma mão segurando seu quadril enquanto sua cabeça baixava seus lábios retirando as lágrimas que começavam a cair de seus olhos. — Não faça isto. Por favor, Anna, não chore.

Ele estava quente e duro contra ela, seus ombros largos, fortes ao agarrá-los, suas unhas cravando em sua pele.

— Foi, Devon, — ela sussurrou outra vez. — Pensava que superei. Pensava que poderia seguir em frente, amar outra vez…

— Por favor, Anna…

— Não posso — empurrou contra ele, lutando contra os soluços que cresciam em sua garganta ao escutar a voz de Blake, ao sentir suas mãos sobre sua pele.

Anna tremia pelo desejo. Era o toque de Blake. O som de sua amada voz enquanto dizia brandamente seu nome, sussurrando promessas, tentando aliviar a dor.

— Anna, neném. — Ele apoiou a testa contra a sua, olhando-a a fraca luz do quarto, seu olhar também cheio de dor. — Está bem. Independentemente do que sinta, não passa nada. Enquanto esteja aqui, enquanto seja uma parte de mim, não me importa.

A voz de Blake. Anna sacudiu a cabeça, cada vez custava mais respirar enquanto ele se movia, seus lábios acariciavam sua mandíbula, sua língua recolhendo suas lágrimas. Os sentimentos contraditórios que sentia a faziam choramingar, rezando por respostas inclusive enquanto seu corpo começava a exigir seu toque. Umas mãos ásperas, fortes e seguras a seguravam a seu lado enquanto seus lábios apanhavam os seus, esfregando contra as curvas úmidas com uma sedosa suavidade ao mesmo tempo em que absorvia os gemidos que deixava escapar.

— Que suave é, — sussurrou ele. — Que doce e sensível. Juro Anna, faz que deseje que deseje coisas que nunca quis com outra mulher em minha vida.

— Devon…

— Shh. — Blake mordiscou os lábios, essa pequena queimadura se uniu ao prazer que estava crescendo no corpo de Anna.

Ela se jogou a seus braços, seu corpo arqueando-se para ele enquanto se surpreendia.

— Tranquila, — grunhiu ele.

Ela tremeu pelo som.

— Maldição, põe-me tão duro que sinto que meu pau vai arder esperando para entrar nessa bocetinha quente. Sabe como está apertada? Molhada e selvagem que põe quando a fodo, Anna? Deixa-me louco. Faz esquecer que o mundo existe.

Sua mão cavou um peito enquanto deitava sobre ela, suas pernas separaram suas coxas enquanto se colocava em cima, sua ereção, grossa e quente, empurrando contra as dobras escorregadias de sua boceta.

Suas palavras explícitas faziam que respirasse mais rápido, que seu corpo estivesse mais quente. Sentia-se culpada, e esse sentimento a estava rasgando, mas a explosiva excitação que crescia em seu interior não deixava nenhum espaço para rechaçar a ele ou a seu toque. Estava perdida debaixo dele, suas mãos seguravam seus ombros, olhando com uma crescente antecipação quando seu polegar e indicador agarraram seu mamilo, puxando ele tentativamente.

O calor alcançou o ponto máximo. Ofegando, Anna olhou seus olhos cada vez mais abertos enquanto Blake aumentava a pressão.

— OH sim, — murmurou ele. — Sente como queima, bebê. Sente o bom que pode ser muito melhor que algo que tenha imaginado.

Ele lambeu seus lábios, rechaçando entrar enquanto ela os separava e gemia pelo desejo. Precisava seu beijo. Precisava esquecer apartar as emoções que a destroçavam.

— Dev…

— Shhh. Ou amordaçarei — Anna se surpreendeu pelo aço subjacente de sua voz. Tentou dizer a si mesma que deveria estar zangada, que deveria lutar contra esta dominação repentina, mas, em troca, excitou-se ainda mais.

Ele se moveu mais abaixo, seu olhar fixo em seus seios, o movimento de sua respiração difícil, o mamilo avermelhado atormentava eroticamente.

— Vou fodê-la tão malditamente forte que nunca esquecerá o que é me ter dentro de você, — ele grunhiu enquanto agachava à cabeça, sua língua lambia a dura ponta que seguravam seus dedos. — Quero que grite Anna. Que implore por meu pau. Que implore que a foda de todas as formas em que um homem pode tomar a uma mulher.

Antes que pudesse protestar, antes que pudesse calibrar sua intenção, a ampla cabeça de seu pau empurrou em seu interior, um movimento de seus quadris que enviou às profundidades de sua apertada boceta.

Anna separou ainda mais as pernas, dobrando os joelhos enquanto se arqueava contra ele, desesperada por tomar cada polegada, por atrasar o amanhecer, a realidade que sabia que logo romperia essa intensa luxúria.

— Deus, está apertada — Blake ficou imóvel, enterrado profundamente dentro dela, levantando a cabeça, seu olhar fixo no seu enquanto movia os quadris, empurrando sua ereção ainda mais profundo. — Tão quente e apertada. Faz que me pergunte Anna — Se retirou devagar, olhando-a, seus olhos entrecerrados. — Como apertado estará esse pequeno traseiro quente?

Antes que pudesse responder, empurrou outra vez, acariciando profundamente sua boceta enquanto ela gritava. O traseiro de Anna esticou quando apertou contra ela ainda mais, segurando-a com um braço enquanto a outra mão acariciava seu corpo. Cintura, quadril, nádega.

Seus dedos encontraram a estreita fenda e a seguiu até que alcançou a franzida entrada de seu traseiro.

— Dev…

— Não diga nada — Sua voz endureceu enquanto seu pau empurrava em seu interior outra vez, enviando ondas de prazer a seu sistema e ela gritava pela dura pressão que a enchia.

Anna mordeu o lábio, arqueou os quadris, seus dedos cravando em seus ombros. Lutava por chegar ao clímax.

— Ainda não, neném, — sussurrou com um sorriso enquanto seus atormentadores dedos juntavam os sucos que derramam de sua boceta e os levava ao pequeno buraco apertado.

Cada estocada lubrificava ainda mais a entrada. Depois de cada dura estocada de seu pau, pressionava ainda mais em seu traseiro ao começar a introduzir a ponta de seu dedo além dos músculos sensíveis que o protegiam.

Retorcia debaixo ele, levantando os quadris, sua boceta palpitando sobre seu pau quando se retirava, recolhendo seus sucos com os dedos e depois empurrava outra vez.

O grito de Anna ressonou no quarto enquanto Blake empurrava dentro de sua boceta com força e profundamente ao mesmo tempo em que seu dedo perfurava o túnel estreito de sua entrada, queimando-a com um prazer proibido, desconhecido, e fazendo voar seus sentidos.

Ele gemeu forte quando começou a fode-la cada vez com mais intensidade. Anna gritou, sustentando perto, sentindo a dupla penetração do dedo e do pau enquanto ele acendia um fogo dentro de seu corpo que temia que fosse reduzir a cinzas. Mas a negação era impossível. Sua cabeça se movia sobre o travesseiro debaixo dela enquanto se esticava pelo dedo invasor e sua ereção estirava sua boceta, enchendo-a com as estocadas e empurrando-a mais perto da borda da loucura.

— Sim, neném, — gemeu em seu ouvido então. — Tome Anna. Tudo, querida. Tudo o que tenho para dar.

Tudo. Seus quadris se elevavam e caíam com cada estocada enquanto ela gemia pela devastadora excitação, sentindo como o calor crescia em sua matriz ao ser invadida com cada impulso de sua boceta. Levantou as pernas, as colocando ao redor dos quadris de Blake, abrindo-se ainda mais, tomando mais profundo, mais duro, sentindo que o fogo a consumia.

Anna perdeu a capacidade de respirar. De repente, substituiu o dedo por outro em seu traseiro, estirando-a, enviando labaredas de fogo por seu traseiro enquanto seu orgasmo começou a explorar por seu corpo. Fortes rajadas brilhantes de luz e cor explodiram diante de seus olhos desintegrando em seus braços.

Anna estremeceu, ondas violentas corriam de prazer enquanto gritava seu nome.

―Blake...

 

Blake…

À tarde seguinte Anna estava sentada sozinha na varanda de detrás, sua cabeça agachada, as mãos tensas no cabelo enquanto descansava os cotovelos sobre os joelhos.

Devon não se deu conta do nome que gritou quando gozou em seus braços? Não ouviu que seu coração parou?

Não mostrou nenhum sinal de que notasse. Respirando profundamente, seu corpo duro em cima dela com seu próprio orgasmo, seu sêmen saindo a jorros dentro de sua boceta palpitante, ele sussurrou seu nome como uma oração. Minha Anna. Minha Anna.

Ficou adormecido pouco depois de separar-se dela, abraçando-a forte, sua cabeça enterrada contra seu peito enquanto Anna olhava fixamente a escuridão.

Amou Blake durante muito tempo. Desde que era pouco mais que uma menina e ele apareceu pela primeira vez na pequena cidade. Foi um forasteiro para a unida comunidade. Esse moço da cidade com ares de superioridade que parecia não poder ficar na casa que construiu durante mais que uns meses seguidos.

Mas enquanto estava ali, não se escondeu. Sorridente, cheio de alegria e de vida, lentamente se converteu em parte de sua cidade natal. Aos dezesseis, Anna estava encantada por ele. Sempre que falava, seu coração acelerava, seus crescentes hormônios iam a toda máquina. Passou esses dois anos imersa no fosso do desespero quando se ia e no auge da alegria quando sabia que estava em casa.

Seu carinho por ele não era normal, seus amigos a advertiam. Não existia nenhuma possibilidade, disseram, de que, quando tivesse dezoito anos, seus sonhos alguma vez se realizassem.

Mas ocorreu. Em uma estrada escura e deserta, durante uma das noites mais espantosas de sua vida, ele esteve ali. A resgatou. A amou. Conseguiu que fosse a mulher que era hoje.

E seu coração nunca deixou partir. Em quase cinco anos, tantas noites solitárias, tantas lágrimas, súplicas e maldições, seu coração nunca deixou partir. Nem sequer agora.

— O que faço Blake? — sussurrou com nostalgia, suas mãos tensas em seu cabelo enquanto se esforçava por não chorar. — Como deixo ir?

Não houve nenhuma resposta. Blake se foi.

Levantou com uma onda de fúria violenta, desesperadora.

Levantou os olhos ao céu azul claro, brilhante, os olhos enchendo-se de lágrimas.

— Por que me abandonou? — gritou desesperada, apertando os punhos em seu lado, suas vísceras estremecendo-se com tal desespero que já não sabia como combatê-la.

Foi forte. Durante cinco anos longos e solitários, foi forte por ele, por Mike. Cuidou de sua casa, conservou tudo pelo que ele trabalhou, apesar das maquinações de sua mãe para destruir o último dos sonhos que construiu ao redor de Blake.

— Por que me deixou sozinha? — finalmente exigiu ao céu e ao homem que agora residia nesse paraíso sem dor e sem os remorsos que atormentavam seu coração. Sua alma. — Por que Blake? Por que me abandonou?

Anna pôs os braços ao redor de seu peito, esforçando-se em conter a miséria que rasgava sua alma.

O destino não teve suficiente levando o homem que guardava inclusive sua alma. Isso não teria sido suficiente para fazer mal. Não foi suficiente que inclusive tivesse perdido sua feminilidade com sua morte. Que seus hormônios tivessem morrido com ele. Não era suficiente que sua vida tivesse girado só ao redor de sua lembrança e do menino que deixou.

Não. Tinha que subir a aposta inicial. Tinha que trazer para Devon a sua porta. Tinha que voltar a despertar seu corpo, fazer lembrar como era fazer algo mais que sonhar com o toque de um homem. Fazer mais que simplesmente escrever sobre as necessidades que tinha, rezou desesperadamente para que Blake voltasse e ficasse. Não, o destino tinha que piorá-lo. Também teve que voltar a despertar a devoção desesperada, controladora da alma que conheceu por só um homem.

Então, começou a chorar. Alyssa, sua amiga mais querida do colégio, levou Mike essa manhã para que passasse o dia com seus dois filhos. Não havia nenhum perigo que seu filho a visse perder o controle, ou a dor que rasgava seu coração em fortes soluços, desesperado.

Caminhou até a borda da varanda, sua cabeça baixou enquanto se apoiava contra a lateral da casa. A casa de Blake. Sua casa. A terra de Blake. O menino de Blake e a mulher de Blake. Mas Blake estava morto. Em todas as partes menos em sua alma.

E onde a deixava isto com Devon? Seu corpo pulsava ao pensar em seu toque. Doía, estava ardendo. Podia sentir o vazio em sua boceta, como uma fome constante por ter enchido com a força acerada de seu pau.

Seus seios estavam inchados, seus mamilos duros, a sensação ao recordar sua boca envolvendo-os, sua língua quente acariciando-a era suficiente para voltá-la louca pela necessidade de empurrá-lo a sua cama e que forçasse sua carne em sua boca enquanto ela forçava seu pau em sua boceta. E veria Blake. Quando gemesse pela excitação, mostrando os dentes com um grunhido silencioso de luxúria, veria Blake. Quando sussurrasse seu nome, quando suas mãos a sustentaram, quando gozasse, sempre seria Blake. Só Blake.

— Blake…

Blake lutava contra a necessidade de ir a ela. Seus soluços, suas súplicas, eram mais do que podia suportar. Estava jogando a culpa por amar, por precisar, por conhecer e suas mãos estavam amarradas.

Afastou da porta que levava à varanda e perambulou pela silenciosa casa. Já não podia seguir com isto. Pensou que poderia voltar recolher os restos de sua vida e a mulher que amava e continuar. Mas não contou com a força do amor da Anna por ele, ou a miséria que a traria.

Degradava. Quebrava seu coração.

Não podia continuar com a charada. Para ser honesto, não esperou isto. Não esperou que sua vida de celibato fosse por ele. Que seu amor por ele fosse tão profundo, tão forte em tão curto período de tempo. Enquanto que o seu esteve ali, acreditava, desde o primeiro dia que a conheceu. Com apenas dezesseis anos, olhando como se ele sustentasse o sol e a lua em suas mãos.

Sacudiu a cabeça enquanto voltava para horta que esteve arando. Seria um tardio, mas a tempo para desfrutar da colheita e para semear o que se precisasse. Além disso, o trabalho físico ajudaria a averiguar como contar a verdade. Confiava nela com sua mesma alma. A verdade era algo que sabia que ela nunca contaria. Mas perdoaria alguma vez?

 

Como a caixa de Pandora, uma vez que se abrem as fechaduras a suas paixões e a suas necessidades, Anna descobriu que era impossível se esconder delas. Eram uma praga, uma enfermidade em aumento dentro de sua mente e de seu corpo que a atormentava dia e noite. Se Devon a tivesse pressionado, se tivesse exigido ou insistido em continuar com a relação, sentia que poderia ter se negado, poderia ter adotado uma posição forte contra isso. Mas não fez nada disso.

Era tão paciente como os longos dias de verão e igual malditamente quente. Sonhava acordada com ele e com todas suas escuras fantasias e fazia que sua boceta pulsasse com a necessidade de que a enchesse. Mas não era o rosto de Devon o que via nesses sonhos, era a de Blake. O que ouvia era a voz de Blake, tocavam as mãos de Blake, sempre era Blake. E a estava destruindo.

— Já plantei a horta — Era última hora da tarde, três dias depois quando voltou para a casa, poeirento, cauteloso, olhando-a com aqueles olhos azuis que lembravam tanto seu irmão.

— Não tinha que fazer, — lembrou. — Não sei nada de jardinagem, Devon. Murchará quando for.

Ele agachou a cabeça, jogando as luvas de couro pacientemente no meio do chão da cozinha.

— Não vou, Anna, — respondeu-a com suavidade enquanto levantava a cabeça, seus olhos azuis frios e decididos.

A suavidade de sua voz não a enganou. Pôde ouvir o aço baixo ela.

— Não pode ficar aqui para sempre — Anna se aproximou da bancada, apoiando-se contra ela enquanto se esforçava em encontrar a força para fazer o que sabia que tinha que fazer. — Isto não vai funcionar, Devon. Sabe. O que passou foi um engano…

— Anna, está pisando em um terreno que nenhum dos dois está disposto a confrontar agora mesmo, querida, — advertiu brandamente, olhando-a de forma sombria enquanto enfrentava. — Esperemos até que os dois possamos dirigir a discussão.

Anna cruzou os braços sobre o peito, franzindo o cenho.

— Esta não é sua decisão, Devon — Blake fez uma careta diante de suas palavras, com um olhar aflito que, por alguma razão, acelerou seu pulso pelo medo.

— Anna, por favor — Ele sacudiu sua cabeça firmemente. — Ainda não. Não agora mesmo. Deixemos passar uns dias antes de irmos mais longe.

— Não há nenhum motivo para esperar… — A campainha da porta interrompeu suas palavras e suspirou pela frustração. — Maldição.

Anna girou consciente de que a seguia, enquanto se aproximava da porta de entrada e a abria.

Ela olhou incrédula. O estranho a olhava com olhos da cor dos de Devon, embora fosse mais baixo e fornido, seu rosto não tão vasto ou desumano, um sorriso fácil inclinava seus lábios.

— Olá senhora! Estou procurando Anna Morgan — seu suave acento era agradável, rouco.

Por alguma razão, o medo começou a florescer dentro de seu peito, fazendo-a respirar de forma violenta, forte.

— Sou Anna…

Ela ouviu Devon amaldiçoar atrás dela.

— Sou Devon Morgan, senhora, o irmão de Blake. Inteirei-me de sua morte…

Anna girou devagar, ignorando a explicação que dava o outro homem, para enfrentar à pessoa que acreditava que era Devon, o vestíbulo separando-os, a agonia em seus olhos se equiparava com a dor que se estendia por seu corpo.

—… levou muito tempo encontrá-lo, só para me inteirar de que se foi…

As palavras pareciam vir de muito longe enquanto olhava ao homem que acreditava que era o irmão de Blake.

— Senhora? — O homem atrás perguntava preocupado enquanto o estranho com o que dormiu se aproximava devagar.

Foi então quando se deu conta de coisas que antes ignorou. A forma em que colocava os ombros, a forma de andar suave e confiada, seus olhos quando os fechava ao olhá-la, os cílios largos e sedosos, mas também havia algo indefinido que sempre lembrava Blake. Uma dureza, uma aura de determinação e poder que outros homens não tinham.

— OH Deus — Anna podia sentir como afrouxavam suas pernas, sua cabeça girava enquanto se enchia de fúria e agradecimento.

Estava vivo. Estava vivo e esteve longe dela durante cinco longos anos. Abandonou a ela e ao filho que ajudou a criar, e pensava que podia voltar como se nada, com um rosto novo e um novo nome e fazer borrão e conta nova.

Sentia como as lágrimas cresciam em seu peito, em sua garganta. Sentia que a raiva e a dor agonizante de todos os anos que viveu sem ele crescia em seu peito enquanto Blake se aproximava dela.

— Anna, querida… — Ele estendeu a mão para ela, seu olhar arrependido. — Ia dizer isso

— Bastardo — Não havia nenhum calor nas palavras, a fúria e o calor dilacerador da emoção estavam encerrados dentro de seu peito, o choque de compreender quem era ficou em suspense.

Blake. O nome gritava em sua mente enquanto lutava contra as emoções que a bombardeavam. Estava vivo. Seu Blake.

Só foi vagamente consciente das lágrimas quando começaram a cair, a vergonha, a dor, o absoluto agradecimento de que estava vivo formavam redemoinhos em uma pilha de emoções que ameaçavam afligindo-a.

— Deveria voltar mais tarde? — Devon Morgan, o verdadeiro Devon Morgan, olhava-os, confuso.

Anna virou para ele, consciente de que estava fazendo papel ridículo, que suas lágrimas umedeciam seu rosto, o horror total do reconhecimento a percorria, destruindo-a.

— Me perdoe, — sua voz quebrou, os soluços rasgavam seu peito enquanto dava a volta. — Não posso fazer isto. Não posso.

Então, afastou-se dos dois homens. Não sabia por que Blake mentiu para ela. Por que tinha um rosto novo, um novo nome, por que fingia ser o irmão que não era, mas as implicações eram aterradoras.

— Anna, espera, — Blake a chamou atrás. — Maldição, Anna.

— Volto em outro momento? — O verdadeiro Devon Morgan agora estava mais confuso que ela, Anna pensou quase histericamente enquanto se precipitou fora da sala.

Blake teria que tratar com isso. Ela não podia. Não agora, e talvez nunca.

 

Estava vivo. Blake estava vivo. Mentiu para ela. Deixou-a sozinha durante cinco anos por só Deus sabe que razão. Aguentou com apenas umas poucas lembranças que deixou e o menino que encheu sua vida. Até agora…

Agora Blake estava em casa e as emoções que sentia não eram menos intensas, não menos dolorosas que quando disseram que estava morto.

Anna escapou da mesma forma que fez quando se inteirou pela primeira vez da morte de Blake. O celeiro guardava a essência do homem que amava tão desesperadamente. As ferramentas para trabalhar a madeira, as peças ao meio terminar de estantes, mesas, os desenhos descoloridos que fez de projetos que queria começar. Ali foi onde se encontrou quando escapou das mentiras dos últimos cinco anos. E ali viu a verdade que seu inconsciente já aceitou.

Várias das peças estavam terminadas. A mesa de centro com um desenho intrincado que era nada mais que um desenho antes de sua volta. As duas estantes que só estavam pela metade já estavam terminadas. Havia mais desenhos, mas, esta vez, não eram de peças individuais, a não ser desenhos da casa, os quartos que logo teriam as lindas obras de arte que estava criando. A última peça desatou a corrente de lágrimas que se abriam passo por seu peito.

Debaixo de um suave tecido branco, havia um desenho, exata pelos detalhes e a precisão. As feições femininas a olhavam, sedutora, atrativa. A expressão de seu rosto cheia de amor e alegria. Era um desenho dela e foi criada por uma mão carinhosa e suave.

— Nunca esqueci Anna — sua voz estava quebrada, rouca ao falar com suas costas. — Inclusive meio morto, preso em minha própria inconsciência, via você. Amava. Quando despertei, nada importava mais que voltar para você, Anna.

Ela sacudiu a cabeça, sua visão velada pelas lágrimas, pela dor com que viveu como uma sombra escura da qual nunca poderia escapar.

— Mentiu-me — Seus punhos estavam apertados a seu lado enquanto a cólera a percorria como ondas. — Voltou e mentiu.

Anna girou para ele, vendo as diferenças e ainda a familiaridade de seu rosto. Seus olhos eram brilhantes pela dor, o arrependimento e, embora estivesse erguido alto, podia ver o cansaço arrastar em seus ombros.

— Sim, menti, — disse Blake brandamente. — Dia atrás dia, noite atrás noite. E quando, por fim, tive outra vez entre meus braços tive que viver com a culpa que estava rasgando depois. Tive que saber que pensava que estava fazendo amor com outro homem. Mas além de tudo isso, Anna, tinha o peso acrescentado de saber que se soubesse oficialmente que estava vivo, então ambos, você e Mike, estariam em perigo. Um perigo que não poderia proteger. Não podia correr esse risco. Não podia arriscar sua vida e a de Mike.

A agonia que atormentava sua voz era dilaceradora.

— Não podia voltar com você, Anna — Seu rosto estava crispado pela dor enquanto a olhava, seu braço levantado, sua mão acariciou sua bochecha enquanto o polegar acariciava o rosto cheio de lágrimas. — Não podia arriscar sua vida.

Anna estremeceu pelas emoções que a bombardeavam. A cólera e o medo e um agradecimento que não podia esquecer. Estava vivo. Depois de todos os longos anos vazios e a dor que encheu seu coração, ele estava aqui, e estava vivo.

— Te amava, — ela gritou com voz rouca, esticando os braços para alcançar. — Não podia deixar ir. Não podia deixar de sonhar, de precisar.

O calor de seu corpo a rodeou quando a aproximou contra ele, abraçando-a enquanto as mãos da Anna agarravam sua camisa em seus punhos e lutava contra os gritos que se elevam em seu interior.

— Abandonou-me — Se não a estivesse segurando nesse momento, teria caído ao chão. Toda a raiva contida, o medo e a pena brotavam de seu interior, destroçando sua alma. — Me abandonou e não me disse que ia voltar — gritou ela, chorando, agarrando-se a ele com um desespero da que não podia livrar.

— Anna, por favor, querida — Ele a sustentou mais forte, balançando-a, sustentando-a tal e como sempre sonhou que a sustentaria. — Eu sinto. Ah, neném, Deus, por favor…

Anna não podia parar os soluços que rasgavam seu corpo. Mas não era a cólera, nem a dor, era dar conta de que estava vivo. Estava vivo, em seus braços, sustentando-a. Seu Blake. Os sonhos que a obcecaram, que a atormentaram desde dia que disseram que estava morto, estavam acontecendo. Blake estava vivo e a sustentava, beijando-a rápida e intensamente, suas mãos acariciando suas costas por cima de seus braços antes de apertá-la contra seu peito, inclinando-se sobre ela, seu corpo tremendo pela emoção que embargava a ambos outra vez.

— Amo, — Blake sussurrava as palavras uma e outra vez. — Te amo, Anna. Para sempre, para sempre, amo, amo.

Mas ela precisava mais. Precisava estar segura de que o homem que a sustentava era seu Blake. Seu amante. Seu coração.

 

Anna traçou a camisa de Blake, a paixão e o medo unidos por sua necessidade de se assegurar. Por saber que este era Blake.

— Anna, — seu gemido mostrava o prazer que sentia enquanto as mãos rasgavam a camisa, jogando os botões ao chão e seus lábios atacavam seu peito.

Não havia tempo para ser suave. Não havia tempo para saborear ou deleitar nas emoções mais gentis do amor. Isto era uma renovação. Era uma caldeira de luxúria e necessidade, desejo e promessas que não podiam conter.

— Anna, neném... — As mãos de Blake agarraram seu cabelo enquanto os lábios de Anna se moviam para baixo, suas mãos se agarravam a sua cintura e sua língua acariciava seu estômago.

— Me demonstre que está vivo, — gritou ela enquanto Blake a agarrava pelos braços, levantando-a e a apoiava sobre a mesa atrás. — Demonstra Blake, demonstra que está vivo.

Ela não podia tocar o bastante. Não podia aproximar o suficiente. Podia sentir o calor de sua pele, podia sentir o batimento de seu coração, mas não era suficiente. Precisava a fome, a ferocidade de sua luxúria. Precisava o calor incrível de seu corpo, suas coxas separando os suas, suas mãos tocando-a.

Seguindo o exemplo de Anna, Blake traçou sua camisa pelas costas, lançando as partes inúteis ao chão enquanto seus lábios baixavam até um mamilo arredondado e inchado. O meteu na boca, chupando-o com força, enviando brilhos de prazer/dor que açoitavam seu seio e espetadas de êxtase elétrico que terminavam em sua boceta. Ela era uma chama ardente em seus braços, seu corpo cada vez mais quente enquanto Blake soltava o fechamento e baixava o zíper de seu jeans antes de empurrá-los sobre seus quadris.

— Merda, está quente — Sua mão cobriu o monte de sua boceta enquanto ela jogava em seus braços, sua respiração era dificultosa pelo incrível prazer de seu toque. Anna podia sentir cada terminação nervosa na zona que estava ao alcance de Blake enquanto a suave essência de sua necessidade se derramava de sua boceta.

— Tome — Anna baixou a cintura do jeans de Blake enquanto dava pequenos beijos na clavícula e por cima de seus seios. — Agora, Blake. Tome agora.

Ele grunhiu descendo em sua garganta quando os dedos de Anna acariciaram seu pau coberto pelo algodão, sua palma pressionando enquanto sentia as pulsações duras da vida que pulsava só por ela. Tudo para ela.

Ela puxou o fecho de suas calças, retirando ao empurrar o material sobre seus quadris, gemendo quando sua mão agarrou o eixo de seu pau, segurando quieto enquanto o descobria.

Então a mão que estava no cabelo de Anna manteve sua cabeça imóvel enquanto ele empurrava o grosso eixo de seu pau a seus lábios. Estava pronta para ele. Seus lábios abertos, envolvendo a crista engrossada, sua língua chupando enquanto o metia na boca.

Adorava seu sabor. Selvagem e feroz, com o sabor forte e salgado do pré-sêmen que emanava da ponta. Gemeu pelo sabor erótico, seguindo a guia da mão de Blake na nuca quando começou a chupá-lo, sugando com ânsias o eixo duro como o aço. Precisava, ansiava seu sabor.

— Está me matando — O som gutural de sua voz foi seguido de um estremecimento duro, logo esticou as coxas.

Anna podia sentir a necessidade da liberação de Blake, que era cada vez maior, deixando seu pau mais duro, mais forte enquanto a acariciava com o calor úmido de sua boca.

— Suficiente… — Ele a levantou para seu corpo, um segundo antes de gozar, ignorando seu protesto quando a levantou da mesa.

Tirou os tênis. Rapidamente seguiram seu jeans e, em poucos segundos, movia entre suas coxas, levantando suas pernas a seus quadris enquanto ele se inclinava para ela.

— Estou vivo, Anna, — grunhiu com ferocidade. — Sente neném. Sente tudo de mim.

O grito de Anna ressonou a seu redor enquanto ele empurrava profundamente dentro de sua boceta, separando os músculos suaves e enchendo-a com a prova palpitante de vida.

— Aí, neném — Então parou, respirando profundamente enquanto se inclinava sobre ela, o suor brilhando sobre seu rosto muito bronzeado enquanto seus profundos olhos azuis escavavam em sua alma. — Deus, que linda é, Anna, tão ruborizada e quente, tão molhada para mim.

Blake flexionou seus quadris, empurrando seu pau mais profundamente em seu interior enquanto ela gemia pelas explosivas sensações que a arrasavam.

Só ficavam uns segundos para que alcançasse seu orgasmo e Anna sabia. Podia senti-lo crescendo em sua matriz, queimando por seu corpo.

— Não me deixe Blake — sustentou forte pelos ombros, com as lágrimas caindo de seus olhos outra vez ao olhar, vendo sua dor, seu amor, sua necessidade. — Nunca Blake. Por favor, nunca volte a me deixar.

Blake a beijou enquanto seus quadris retrocediam a longitude de sua ereção acariciando o agarre apertado de sua boceta até que parou outra vez na entrada. Suas mãos emolduraram seu rosto enquanto a olhava, seus olhos úmidos com a emoção, seu rosto vermelho com a paixão.

— Nunca Anna, — ele sussurrou com nostalgia. — Jamais abandonarei outra vez, querida. Jamais.

Seu pau empurrou com força e profundamente dentro dela outra vez, e sem pausa começou um ritmo forte que estremeceu seus sentidos com o êxtase. Anna apertou as pernas ao redor de seus quadris, cravando os dedos em seus ombros e seus lábios se abriram aos seus.

Como uma flor ao sol, ela abriu seu coração e sua alma e, naquele momento, os medos dos anos passados se esqueceram. Já não tinha frio, já não estava sozinha. A dor desesperada, que foi uma parte dela durante cinco longos e solitários anos, encheu com o amor, os sonhos e a paixão que pensou que perdeu.

Não era só seu toque, ou seu beijo, embora ambos fossem melhores que qualquer outra coisa que já conheceu antes dele. Era um calor etéreo e brilhante, um vínculo que sabia que nunca conheceria com nenhum outro homem.

Cada estocada de seu pau dentro das profundidades apertadas de sua boceta a empurrava mais alto, roubava mais de seu fôlego enquanto o prazer se convertia em uma explosão a que não sabia se poderia sobreviver.

— Agora. Agora Anna. Goze por mim, neném. Goze por mim agora — sua voz era rouca, tensa pelo esforço para conter-se, para empurrá-la além das fronteiras da prudência.

Anna poderia ter dito que não era necessário, se tivesse fôlego para falar. Uma explosão em cascata começou a fazer erupção através de sua matriz, de sua boceta, cada uma de suas células repetia a liberação forte, e potente. Estava gritando seu nome, seu corpo arqueando-se contra enquanto sentia empurrar profundamente uma vez mais antes que seu pau palpitasse, tremendo em seu interior ao enchê-la com jorros fortes, quentes de sua própria liberação.

Os dois estavam tremendo, lutando por respirar agora enquanto descansavam fracamente sobre a mesa, sentindo as réplicas que atravessavam seus corpos.

— Amar você me salvou, — sussurrou ele então. — Me fez voltar, deu-me uma razão para lutar, Anna. Deu-me uma razão para viver.

Anna abriu os olhos, sentindo-se fraca agora, saciada, pela primeira vez em cinco anos estava completa outra vez.

— Vivi por você — Ela tocou seu rosto, intimidada, assombrada de que na realidade ele estivesse ali. — Mas se alguma vez voltar a me fazer isto de novo, Blake, o matarei eu mesma. Juro. — Se é que conseguia sobreviver.

— Nunca mais, — jurou ele, dando um beijo rápido antes de separar-se. — Devon ainda está esperando na sala de estar — sorriu abertamente então. — Não vi esse bastardo desde que fomos crianças e não pensei nem um segundo nele quando saí atrás de você.

Ela ruborizou consciente agora de que não haveria nenhum modo de esconder ao homem que estava na casa o que estiveram fazendo no celeiro.

— Tem muitas explicações a dar, — disse ela então, sua expressão sóbria. — Muitas Blake. Sem mais mentiras.

Tinha que saber por que.

Blake fez uma careta exasperado, suspirando profundamente ao recolher sua camisa do chão e dar a ela.

— E explicarei isso tudo — afirmou ele. — Não é bonito, mas explicarei Anna. Tudo.

Ela olhou como se vestia, vendo pela primeira vez todos os motivos de por que soube que era Blake. Suas mãos, seu corpo forte, a beleza de seus olhos, a sensação de seu cabelo. Seu coração sabia. E o porquê não importava. Tudo o que importava era que Blake estava em casa. Estava em casa e, se tentava abandoná-la outra vez, ia algema-lo à cama e assegurar-se de que não se movesse mais do que precisasse para fode-la até deixá-la louca, três ou dez vezes ao dia. Dez vezes ao dia parecia realmente bem para ela.

— Eu não gosto desse sorriso de suficiência, Anna — deu uma olhada por debaixo de seus cílios, compreendendo o que estava fazendo.

Anna sorriu lentamente então.

— Só espera até que veja por que tenho este sorriso de suficiência, — ela riu brandamente, seus braços ao redor de seu pescoço enquanto ele a levantava da mesa, olhando-a com olhos gentis, com uma expressão tão cheia de amor que seu coração batia mais rápido.

— Meu irmão, — lembrou, baixando a voz, ficando rouca com paixão outra vez.

— Cinco minutos mais — Ela sorriu seus braços apertando-se ao redor de seu pescoço enquanto Blake a beijava. — Cinco minutos mais.

— Mmmm, para sempre, — grunhiu ele. — para sempre, Anna.

 

 

                                                                  Lora Leigh

 

 

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